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APS Atenção Primária à Saúde

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AULA 29/11: ATENÇÃO 1ª À SAÚDE APS 
• Marco - 1º relato de organização de sistema de saúde - Relatório Dawson 1920 na Grã-
Bretanha: sugere um sist público, universal, gratuito p/ conseguir atender as pessoas de 
forma integral; Centros de saúde primários; Próximos a residência das pessoas; Centros de 
especialidade e hospital; Equipes suplementares treinadas; hospital-escola; organização 
descentralizada; a APS caracterizaria a delimitação de um distrito, com atenção baseada 
em necessidades locais, desenvolvida por um médico generalista que promoveria ações de 
prevenção de doenças e recuperação da saúde; divide um sistema de saúde em três níveis: 
 primário - com generalistas em comunidades; 
 secundário - com especialistas atuando em ambulatórios; e 
 terciário - com especialistas vinculados à atenção hospitalar. 
• I Conferência Internacional sobre Atenção Primária à Saúde ou Alma-Ata URSS - 1978: 134 
governos (o Brasil esteve ausente). OMS lançou em âmbito mundial a Estratégia de Saúde para 
Todos no Ano 2000. A Declaração de Alma-Ata afirma a responsabilidade dos governos sobre a 
saúde de seus povos por meio de medidas sanitárias e sociais, reiterando a saúde como direito 
humano fundamental e uma das mais importantes metas sociais mundiais. O texto denuncia a 
chocante desigualdade existente no estado de saúde dos povos; considera a APS como função 
central do sistema nacional de saúde e como parte do processo mais geral de desenvolvimento 
social e econômico das comunidades, o que envolve a cooperação com outros setores de 
modo a promover o desenvolvimento social e enfrentar os determinantes de saúde mais 
amplos de caráter socioeconômico; tem que fortalecer o primeiro nivel de atenção; a atenção 
primária à saúde foi entendida como atenção à saúde essencial, fundada em tecnologias 
apropriadas e custo-efetivas, primeiro componente de um processo permanente de assistência 
sanitária orientado por princípios de solidariedade e equidade, cujo acesso deveria ser 
garantido a todas as pessoas e famílias da comunidade mediante sua plena participação e com 
foco na proteção e promoção da saúde; compreensão da saúde como direito humano e para a 
necessidade de se abordarem os determinantes sociais e políticos mais amplos da saúde. 
• A atenção 1ª não oferece TODO o serviço ao paciente 
• Porta de entrada preferencial do SUS; filtra o que vai pra especializada ou continuar por ele > 
através do conhecimento do paciente; faz triagem; 
• Fornece atenção a pessoa+família, e não a doença 
• Por mais que vá p/ especializada, ele não perde vínculo com a APS 
• 6 Atributos da AP: 1º contato, integralidade, coordenação, orientação p/ comunidade, 
centralidade na família, competência cultural (ex respeitar o conhecimento dos indígenas no 
atendimento) 
 
 
AULA 6/12: APS – PERSPECTIVA NO CONTEXTO BR 
• Sanitarismo campanhista; centros de saúde p/ profilaxia, ações curativas e preventivas; 
inspiração no instituto rockfeller 
• Educação sanitária – fundação sesp – déc 40 e 50; visitadoras da fundação sesp 
• 3ª Conf Nac de Saúde em 1963: percebe-se a necessidade de medidas 1ªs de saneamento, 
fiscalização de gêneros alimentícios e prestação de 1ºs socorros → tudo isso em nivel 
municipal; foi o embrião da municipalização da saúde 
• Em 64 há o golpe militar, que interrompe essa municipalização da saúde; ações concentradas 
nas grandes capitais; 
• 74 Relatório Lalonde: o relatório do Ministério da Saúde canadense mostrava a importância do 
objetivo de prevenção de doenças e da promoção de boa saúde para a população, além da 
organização de um sistema de saúde adequado, assumido como responsabilidade 
governamental; a relação da saúde com as condições de vida, em particular o saneamento 
ambiental e a nutrição (disponibilidade de alimentos) 
• PIASS Programa de Interiorização das ações de saúde e saneamento – 78 
o Por influência da alma-ata, AP ampliada 
o Déc de 70: medicina comunitária 
o Crise nos sist de saúde → críticas ao modelo biomédico 
o Uso de tecnologias + simples; Ações básicas 
o Público pobre e materno-infantil; pastoral da criança; UNICEF; 
o Inicialmente, o PIASS foi desenvolvido no Nordeste e, em um segundo momento, 
nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste 
o ampliar a cobertura da assistência em saúde, atingindo populações até então 
marginalizadas pelas políticas sanitárias 
• 81 Programa Nac de Serviços básicos em saúde → PREV-Saúde, que tinha intenção de expandir 
os postos; não foi levado adiante 
• 83 PAIS Plano das ações integradas de saúde: P/ criar uma porta de entrada e descentralizar o 
sistema; Regionalização do sistema e gerenciamento 
• 87 SUDS Sist Unificado Descentralizado de Saúde 
• 8ª CNS 1986: implantação do SUS 
• 91: norma operacional básica que fornece instrução p/ os SUS atuar nos níveis dos municípios: 
município é responsável pelas ações de saúde básicas daquela população, pela urgência e 
emergência 
***em 87 no Ceará implanta “ACS”, que inspira o PACS 
***saúde da família inspirada em cuba 
• 91 PACS Prog Nac dos Agentes Comunitários de Saúde: APS seletiva; implantado pela 
Fundação Nacional de Saúde (FNS), inicialmente nas regiões Norte e Nordeste, em áreas rurais 
e periurbanas, atendeu às demandas de combate e controle da epidemia do cólera e das 
demais formas de diarreia com foco na reidratação oral e na orientação à vacinação; caráter 
emergencial e visou a dar suporte à assistência básica onde não houvesse condições de 
interiorização da assistência médica. 
o A expansão do modelo Pacs para outras regiões do país a partir de 1993-94; 
priorizar as áreas periféricas das grandes cidades identificadas como bolsões de 
pobreza pelo ‘Mapa da Fome’; 
o Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde (PNACS), implementado em 
1991 pelo MS e, atualmente, denominado (PACS). 
• 94 PSF Prog Saúde da Família: APS ampliada; propõe a organização das práticas de saúde 
voltadas para a atenção à família, elegendo o espaço social *domicilio* por ela ocupado como 
 
foco das ações desenvolvidas pela equipe de saúde; portaria MS n. 692, de dezembro de 1993; 
colaborar na organização do SUS em seu processo de municipalização, promovendo a 
integralidade do atendimento e estimulando a participação da comunidade por meio da 
reorganização das práticas de trabalho; pela necessidade de se formarem equipes mínimas de 
saúde nos municípios em consonância com a prioridade de interiorização do SUS; diagnóstico 
da saúde da comunidade; planejamento e programação local; complementaridade entre ações 
de saúde pública e atenção médica individual; estímulo à ação intersetorial; acompanhamento 
e avaliação; 1993 documento Saúde Dentro de Casa, embrião do PSF; hoje denominado 
Estratégia de Saúde da Família (ESF) 
• ESF: incorpora e reafirma os princípios do SUS e está estruturada com ênfase na atenção 
básica à saúde, em especial da saúde da família; p/ aumentar o acesso da população aos 
serviços de saúde, propiciando longitudinalidade e integralidade na atenção prestada aos 
indivíduos e grupos populacionais. Pretende trabalhar com o modelo da vigilância da saúde, 
com a responsabilização da equipe de saúde pela população moradora em seu território, 
incentivando a participação popular, criação de parcerias intersetoriais e responsabilização da 
equipe pelo atendimento integral dos indivíduos e grupos populacionais. 
• A partir da NOB (norma operacional básica) 96, a atenção básica em saúde assumiu a 
caracterização de primeiro nível de atenção, ou seja, “um conjunto de ações, de caráter 
individual e coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas 
para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação” 
• ESF está contida na APS; 
• Diretrizes da ESF: a ênfase nos serviços básicos de saúde, a participação da comunidade, a 
regionalização e integralização das ações de saúde, além do desenvolvimento de recursos 
humanose de tecnologia simplificada. 
• APS resolutiva, ampliada 
• Unidade básica como centro da rede 
• Visita domiciliar 
o alternativas de atenção fora do ambiente hospitalar. 
o começo dessas práticas sanitárias no início do século XX; visitas domiciliares 
realizadas por inspetores sanitários 
o Oswaldo Cruz, ao assumir a Diretoria Geral de Saúde Pública, em 1903, priorizou o 
combate à febre amarela, doença endêmica na época na cidade do Rio de Janeiro 
o Em 1920, sob a presidência de Carlos Chagas e a parceria com a Fundação 
Rockefeller, houve a inclusão da VD como atividade de saúde pública 
o atenção domiciliar é o termo genérico que envolve ações de promoção à saúde, 
prevenção, tratamento de doenças e reabilitação, todas desenvolvidas em domicílio. 
o Assistência domiciliar é definida como o conjunto de atividades de caráter 
ambulatorial, programadas e continuadas, realizadas em domicílio. 
o As atividades do ACS caracterizam-se pelo exercício de atividade de prevenção de 
doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, 
individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS e 
sob supervisão do gestor local deste 
o Na Atenção Primária, a ESF possibilitou que o médico de família, ao encontrar o 
paciente no contexto da comunidade onde vive, e também local de trabalho da 
equipe de saúde, fortalecesse o vínculo, gerando uma relação de maior confiança. 
• As práticas educativas em saúde e a Estratégia Saúde da Família 
o As ações educativas restringiam-se às questões de higiene e conscientização 
sanitária, assumindo um caráter individualista, autoritário e assistencialista 
 
o educação em saúde, quando trabalhada como uma prática social comprometida 
com a promoção da saúde, é chamada de educação popular em saúde. 
o O SUS, proposto em 1986 e consolidado pela nova Constituição Federal em 1988 
• Relação médico-paciente 
o Desafio para implementação de práticas mais humanizadas em saúde; humanização 
da prática médica e os aspectos comunicacionais no encontro clínico 
o condições principais que influenciam a interação clínica na ESF: as características 
pessoais do médico, o agir profissional e os problemas na organização dos serviços 
o na ESF, médicos e pacientes ainda reproduzem comportamentos do modelo 
biomédico, ferindo os princípios da atenção primária. Ele dificulta o entendimento 
do paciente, pois realiza uma comunicação em linguagem científica incompreensível 
(“pedir TS H e o T4”), baseada no modelo cognitivo dos médicos ou mesmo 
consultas “a curto prazo”, do tipo queixa-conduta, com perguntas dirigidas 
• TERRITORIALIZAÇÃO COMO INSTRUMENTO DO PLANEJAMENTO LOCAL NA ATENÇÃO BÁSICA 
o O território não se restringe às fronteiras entre diferentes estados ou países, mas é 
caracterizado pela ideia de posse, domínio e poder, correspondendo ao espaço 
geográfico socializado, independentemente da extensão territorial. 
o foco das ações das equipes de saúde fica voltado à doença, tornando-as menos 
resolutivas e mais paliativas. 
o O TERRITÓRIO EM SAÚDE: Lugar de entendimento do processo de adoecimento, em 
que as representações sociais do processo saúde-doença envolvem as relações 
sociais e as significações culturais 
o a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080) definiu que o município passaria a ser o 
responsável imediato pelo atendimento das necessidades e demandas de saúde da 
sua população e das exigências de intervenções saneadoras em seu território 
 
• Estratégia Saúde da Família 
o Em 2006, foi elaborada e aprovada a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), 
que explicita a Saúde da Família (SF) como modelo preferencial de reorganização da 
atenção primária no SUS 
o Na PNAB, atenção básica é definida como ‘um conjunto de ações de saúde 
desenvolvidas em âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção e 
proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e 
manutenção da saúde’. Essas ações se desenvolvem por meio de uma equipe 
multidisciplinar, em um território geograficamente definido e com sua respectiva 
população, tornando-se o primeiro ponto de contato da população com o sistema 
de saúde. Fortalecem os princípios da APS em um Sistema Universal de Saúde, como 
é o SUS: universalidade, acessibilidade, coordenação, vínculo, continuidade, 
integração, responsabilidade, humanização, equidade e participação social. Em 
 
2011, com a proposta de Redes de Atenção à Saúde nas regiões brasileiras, a APS foi 
definida como porta de entrada do SUS 
o a atenção primária é mais eficaz quando se concentra na pessoa (e não em uma 
doença ou órgão, como é o caso das especialidades médicas focais) e cria um 
vínculo entre o usuário e os profissionais de saúde durante o curso da vida 
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica - PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 
• Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que 
envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de 
danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado 
integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população 
em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. 
• §1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, 
coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. 
• § 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de 
acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e 
condicionantes de saúde. 
• § 3º É proibida qualquer exclusão 
• Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção 
Básica: 
I – Princípios (3): 
Universalidade: possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e 
resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da RAS (primeiro 
contato), acolhendo as pessoas e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela 
atenção às suas necessidades de saúde. O estabelecimento de mecanismos que assegurem 
acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização e funcionamento do 
serviço de saúde que parte do princípio de que as equipes que atuam na Atenção Básica nas 
UBS devem receber e ouvir todas as pessoas que procuram seus serviços, de modo universal, 
de fácil acesso e sem diferenciações excludentes, e a partir daí construir respostas para suas 
demandas e necessidades. 
Equidade: ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e saúde e de 
acordo com as necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas 
diferenciações sociais e deve atender à diversidade. Ficando proibida qualquer exclusão, com 
estratégias que permitam minimizar desigualdades, evitar exclusão social de grupos que 
possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação; de maneira que impacte na autonomia e 
na situação de saúde. 
Integralidade: É o conjunto de serviços executados pela equipe de saúde que atendam às 
necessidades da população adscrita nos campos do cuidado, da promoção e manutenção da 
saúde, da prevenção de doenças e agravos, da cura, da reabilitação, redução de danos e dos 
cuidados paliativos. Inclui a responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos de 
atenção à saúde e o reconhecimento adequado das necessidades biológicas, psicológicas, 
ambientais e sociais causadoras das doenças, e manejo das diversas tecnologias de cuidado e 
de gestão necessárias a estes fins, além da ampliação da autonomia das pessoas e 
coletividade. 
II – Diretrizes (9): 
a) Regionalização e Hierarquização: dos pontos de atenção da RAS, tendo a Atenção Básica 
como ponto de comunicação entre esses. 
 
b) Territorialização: de forma a permitir oplanejamento, a programação descentralizada e o 
desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com foco em um território específico, com 
impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde das pessoas e coletividades 
que constituem aquele espaço e estão, portanto, adstritos a ele. Considera-se Território a 
unidade geográfica única, de construção descentralizada do SUS na execução das ações 
estratégicas destinadas à vigilância, promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde. 
c) População Adscrita: população que está presente no território da UBS, de forma a estimular 
o desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população, 
garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado e com o 
objetivo de ser referência para o seu cuidado. 
d) Cuidado centrado na pessoa: aponta para o desenvolvimento de ações de cuidado de forma 
singularizada, que auxilie as pessoas a desenvolverem os conhecimentos, aptidões, 
competências e a confiança necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua 
própria saúde e seu cuidado de saúde de forma mais efetiva. O cuidado é construído com as 
pessoas, de acordo com suas necessidades e potencialidades na busca de uma vida 
independente e plena. A família, a comunidade e outras formas de coletividade são elementos 
relevantes, muitas vezes condicionantes ou determinantes na vida das pessoas e, por 
consequência, no cuidado. 
e) Resolutividade: utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e 
coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções 
clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na perspectiva de ampliação dos graus 
de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. Deve ser capaz de resolver a grande maioria dos 
problemas de saúde da população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da 
RAS, quando necessário. 
f) Longitudinalidade do cuidado: pressupõe a continuidade da relação de cuidado, com 
construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e 
de modo permanente e consistente, acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e 
de outros elementos na vida das pessoas , evitando a perda de referências e diminuindo os 
riscos de iatrogenia que são decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da falta 
de coordenação do cuidado. 
g) Coordenação do cuidado: elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os 
pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos 
de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos 
através de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão 
compartilhada da atenção integral. 
h) Ordenação da rede: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua 
responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos 
de atenção à saúde, contribuindo para que o planejamento das ações, assim como, a 
programação dos serviços de saúde, parta das necessidades de saúde das pessoas. 
i) Participação da comunidade: estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária 
das ações de saúde na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de 
ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e 
coletividades do território. Considerando ainda o enfrentamento dos determinantes e 
condicionantes de saúde, através de articulação e integração das ações intersetoriais na 
organização e orientação dos serviços de saúde, a partir de lógicas mais centradas nas pessoas 
e no exercício do controle social. 
• Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e 
consolidação da Atenção Básica. 
 
• Art. 5º A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica 
• Art. 7º São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo: apoiar e estimular a 
adoção da ESF como estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualificação da Atenção 
Básica; garantir a infraestrutura adequada; contribuir com o financiamento tripartite para 
fortalecimento da Atenção Básica; assegurar ao usuário o acesso universal, equânime e 
ordenado às ações e serviços de saúde do SUS; desenvolver mecanismos técnicos e estratégias 
organizacionais de qualificação da força de trabalho para gestão e atenção à saúde, estimular e 
viabilizar a formação, educação permanente e continuada dos profissionais, garantir direitos 
trabalhistas e previdenciários; estimular a participação popular e o controle social; 
• responsabilidades da União: definir e rever periodicamente na Comissão Intergestores 
Tripartite (CIT), as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica; garantir fontes de 
recursos federais para compor o financiamento da Atenção Básica; destinar recurso federal 
para compor o financiamento tripartite da Atenção Básica, de modo mensal, regular e 
automático, prevendo, entre outras formas, o repasse fundo a fundo para custeio e 
investimento das ações e serviços; 
• responsabilidades dos Estados e do Distrito Federal: pactuar, na Comissão Intergestores 
Bipartite (CIB) e Colegiado de Gestão no Distrito Federal, estratégias, diretrizes e normas para 
a implantação e implementação da Política Nacional de Atenção Básica vigente nos Estados e 
Distrito Federal; destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite da 
Atenção Básica (...); ser corresponsável pelo monitoramento das ações de Atenção Básica nos 
municípios; 
• responsabilidades dos Municípios e do Distrito Federal: organizar, executar e gerenciar os 
serviços e ações de Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu território, incluindo as 
unidades próprias e as cedidas pelo estado e pela União; programar as ações da Atenção 
Básica a partir de sua base territorial de acordo com as necessidades de saúde identificadas 
em sua população, utilizando instrumento de programação nacional vigente; 
o A gestão municipal deve articular e criar condições para que a referência aos 
serviços especializados ambulatoriais, sejam realizados preferencialmente pela 
Atenção Básica, sendo de sua responsabilidade: 
o a) Ordenar o fluxo das pessoas nos demais pontos de atenção da RAS; 
o b) Gerir a referência e contrarreferência em outros pontos de atenção; 
o c) Estabelecer relação com os especialistas que cuidam das pessoas do território. 
• A PNAB é resultado da experiência acumulada de movimentos sociais, população, 
trabalhadores e gestores das três esferas de governo 
• organização em RAS como estratégia para um cuidado integral e direcionado às necessidades 
de saúde da população, destaca a Atenção Básica como primeiro ponto de atenção e porta de 
entrada preferencial do sistema, que deve ordenar os fluxos e contrafluxos de pessoas, 
produtos e informações em todos os pontos de atenção à saúde. 
• Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. 
• A Atenção Básica considera a pessoa em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando 
produzir a atenção integral, incorporar as ações de vigilância em saúde - a qual constitui um 
processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados 
sobre eventos relacionados à saúde - além disso, visa o planejamento e a implementação de 
ações públicas para a proteção da saúde da população, a prevenção e o controle de riscos, 
agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde. 
• As RAS constituem-se em arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde com 
diferentes configurações tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma 
 
complementar e com base territorial, e têm diversos atributos, entre eles, destaca-se: a 
Atenção Básica estruturada como primeiro ponto de atenção e principal portade entrada do 
sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, 
coordenando o cuidado e atendendo as necessidades de saúde das pessoas do seu território. 
• O Decreto nº 7.508, de 28 de julho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080/90, define que "o 
acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas portas de 
entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada". 
• A Atenção Básica é caracterizada como porta de entrada preferencial do SUS, possui um 
espaço privilegiado de gestão do cuidado das pessoas e cumpre papel estratégico na rede de 
atenção, servindo como base para o seu ordenamento e para a efetivação da integralidade. 
Para tanto, é necessário que a Atenção Básica tenha alta resolutividade, com capacidade 
clínica e de cuidado e incorporação de tecnologias leves, leve duras e duras (diagnósticas e 
terapêuticas), além da articulação da Atenção Básica com outros pontos da RAS. 
• As UBS devem ser cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 
(SCNES) 
• tipos de unidades e equipamentos de Saúde 
a) Unidade Básica de Saúde: consultório médico e de enfermagem, consultório com sanitário, 
sala de procedimentos, sala de vacinas, área para assistência farmacêutica, sala de inalação 
coletiva, sala de procedimentos, sala de coleta/exames, sala de curativos, sala de expurgo, sala 
de esterilização, sala de observação e sala de atividades coletivas para os profissionais da 
Atenção Básica. Se forem compostas por profissionais de saúde bucal, será necessário 
consultório odontológico com equipo odontológico completo; 
a. área de recepção, local para arquivos e registros, sala multiprofissional de acolhimento à 
demanda espontânea, sala de administração e gerência, banheiro público e para funcionários, 
entre outros ambientes conforme a necessidade. 
b) Unidade Básica de Saúde Fluvial: 
c) Unidade Odontológica Móvel 
• Recomenda-se que as Unidades Básicas de Saúde tenham seu funcionamento com carga 
horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do 
ano, possibilitando acesso facilitado à população. 
• Como forma de garantir a coordenação do cuidado, ampliando o acesso e resolutividade das 
equipes que atuam na Atenção Básica, recomenda-se: 
i) - População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 
2.000 a 3.500 pessoas 
ii) - 4 equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde da Família), para que possam atingir seu 
potencial resolutivo. 
• As ações e serviços da Atenção Básica, deverão seguir padrões essenciais e ampliados: 
o Padrões Essenciais - ações e procedimentos básicos relacionados a condições 
básicas/essenciais de acesso e qualidade na Atenção Básica; devem ser garantidos 
igualmente para todo o país, buscando uniformidade de atuação da Atenção Básica 
no território nacional 
o Padrões Ampliados -ações e procedimentos considerados estratégicos para se 
avançar e alcançar padrões elevados de acesso e qualidade na Atenção Básica, 
considerando especificidades locais, indicadores e parâmetros estabelecidos nas 
Regiões de Saúde; a partir de suas especificidades locorregionais. 
• As unidades devem organizar o serviço de modo a otimizar os processos de trabalho, bem 
como o acesso aos demais níveis de atenção da RAS. 
 
• Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS: Identificação e horário de 
atendimento; Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe; Identificação do 
Gerente da Atenção Básica no território e dos componentes de cada equipe da UBS; 
• Tipos de Equipes: 
1 - Equipe de Saúde da Família (eSF): É a estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à 
reorganização da Atenção Básica no país. É considerada como estratégia de expansão, 
qualificação e consolidação da Atenção Básica. Composta no mínimo por médico, 
preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro, 
preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e 
agente comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às 
endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente 
especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal. 
o O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional, 
epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local. 
o Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, 
recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 
pessoas por ACS. 
o os profissionais da ESF poderão estar vinculados a apenas 1 equipe de Saúde da 
Família, no SCNES vigente. 
2 - Equipe da Atenção Básica (eAB): minimamente por médicos preferencialmente da 
especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro preferencialmente especialista 
em saúde da família, auxiliares de enfermagem e ou técnicos de enfermagem. A composição 
da carga horária mínima deverá ser de 10 (dez) horas, com no máximo de 3 (três) profissionais 
por categoria, devendo somar no mínimo 40 horas/semanais. 
3 - Equipe de Saúde Bucal (eSB): cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal e/ou auxiliar 
de saúde bucal. 
4 - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) 
Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de 
profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. É formada por 
diferentes ocupações da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte 
(clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das eSF e eAB. Nasf-AB não se constituem 
como serviços com unidades físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso para 
atendimento. Devem, a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as 
equipes, atuar de forma integrada à Rede de Atenção à Saúde e seus diversos pontos de 
atenção. Poderão compor os NASF-AB as ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO 
na área de saúde: Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional de Educação Física; 
Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psicólogo; Médico 
Ginecologista/Obstetra, Homeopata, Pediatra, Psiquiatra, etc; ou seja, profissional graduado 
na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente 
em uma dessas áreas conforme normativa vigente. Compete: 
a. Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica à que 
estão vinculadas; 
b. Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por 
intermédio da ampliação da clínica 
c. Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, 
construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no 
território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade, 
 
ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de 
trabalho das equipes dentre outros, no território. 
5 - Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) 
• São consideradas equipes de Atenção Básica para Populações Específicas: Equipes de Saúde 
da Família para o atendimento da População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantaneira, 
Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR); Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF); 
Equipe de Consultório na Rua (eCR); Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP) 
• Atribuições Comuns a todos os membros das Equipes que atuam na Atenção Básica: 
- Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, 
identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; 
- Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos 
indivíduos no sistema de informação da Atenção Básicavigente 
- Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita 
- Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local 
- Garantir a atenção à saúde da população adscrita, buscando a integralidade por meio da 
realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, prevenção de doenças e 
agravos e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações 
programáticas, coletivas e de vigilância em saúde, e incorporando diversas racionalidades em 
saúde, inclusive Práticas Integrativas e Complementares; 
- Participar do acolhimento dos usuários, proporcionando atendimento humanizado, 
realizando classificação de risco, identificando as necessidades de intervenções de cuidado, 
responsabilizando-se pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do 
vínculo; 
- Responsabilizar-se pelo acompanhamento da população adscrita ao longo do tempo e às 
necessidades de cuidados preventivos, permitindo a longitudinalidade do cuidado; 
- Realizar a gestão das filas de espera, evitando a prática do encaminhamento desnecessário 
- Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória 
- Realizar visitas domiciliares e atendimentos em domicílio 
-Acompanhar e registrar no Sistema de Informação da Atenção Básica e no mapa de 
acompanhamento do Programa Bolsa Família (PBF), e/ou outros programas sociais 
equivalentes 
• Médico: 
I - Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua responsabilidade; 
II - Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS 
e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários 
(escolas, associações entre outros); 
III - Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem 
condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe; 
IV - Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos 
locais 
V - Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização 
pelo acompanhamento da pessoa; 
VI - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em conjunto com os 
outros membros da equipe; 
• fundamental que o processo de trabalho na Atenção Básica se caracteriza por: 
I - Definição do território e Territorialização 
II - Responsabilização Sanitária 
III - Porta de Entrada Preferencial 
 
IV - Adscrição de usuários e desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre 
a equipe e a população do seu território de atuação 
V - Acesso 
VI - O acolhimento à demanda espontânea 
• Destacam-se como importantes ações no processo de avaliação de risco e vulnerabilidade na 
Atenção Básica o Acolhimento com Classificação de Risco (a) e a Estratificação de Risco (b). 
• fundamental a integração do trabalho entre Atenção Básica e Vigilância em Saúde, que é um 
processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de dados 
sobre eventos relacionados à saúde, visando ao planejamento e a implementação de medidas 
de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, 
agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde. 
a. vigilância da situação de saúde da população, com análises que subsidiem o planejamento, 
estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde 
pública; 
b. detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta de saúde pública; 
c. vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; e 
d. vigilância das violências, das doenças crônicas não transmissíveis e acidentes. 
• A AB e a Vigilância em Saúde deverão desenvolver ações integradas visando à promoção da 
saúde e prevenção de doenças nos territórios sob sua responsabilidade. Todos profissionais de 
saúde deverão realizar a notificação compulsória e conduzir a investigação dos casos suspeitos 
ou confirmados de doenças, agravos e outros eventos de relevância para a saúde pública 
• A coordenação deve ser realizada por profissionais de nível superior das equipes que atuam na 
Atenção Básica. 
• Formação e Educação Permanente em Saúde, como parte do processo de trabalho das equipes 
que atuam na Atenção Básica. Considera-se Educação Permanente em Saúde (EPS) a 
aprendizagem que se desenvolve no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao 
cotidiano das organizações e do trabalho, baseando-se na aprendizagem significativa e na 
possibilidade de transformar as práticas dos trabalhadores da saúde. 
• A Formação em Saúde, desenvolvida por meio da relação entre trabalhadores da AB no 
território (estágios de graduação e residências, projetos de pesquisa e extensão, entre outros) 
• O financiamento da Atenção Básica deve ser tripartite e com detalhamento apresentado pelo 
Plano Municipal de Saúde garantido nos instrumentos conforme especificado no Plano 
Nacional, Estadual e Municipal de gestão do SUS. No âmbito federal, o montante de recursos 
financeiros destinados à viabilização de ações de Atenção Básica à saúde compõe o bloco de 
financiamento de Atenção Básica (Bloco AB) e parte do bloco de financiamento de 
investimento e seus recursos deverão ser utilizados para financiamento das ações de Atenção 
Básica. 
• Os repasses dos recursos da AB aos municípios são efetuados em conta aberta 
especificamente para este fim, de acordo com a normatização geral de transferências de 
recursos fundo a fundo do Ministério da Saúde com o objetivo de facilitar o acompanhamento 
pelos Conselhos de Saúde no âmbito dos municípios, dos estados e do Distrito Federal. 
• O financiamento federal para as ações de Atenção Básica deverá ser composto por: 
I - Recursos per capita; mensalmente, de forma regular e automática 
II - Recursos que estão condicionados à implantação de estratégias e programas da Atenção 
Básica, tais como os recursos específicos para os municípios que implantarem, as eSF, eAB, 
eSB, EACS, Nasf-AB, eCR, eSFF), eSFR e Programa Saúde na Escola e Programa Academia da 
Saúde; 
III - Recursos condicionados à abrangência da oferta de ações e serviços; 
 
IV - Recursos condicionados ao desempenho dos serviços; Programa de Melhoria de Acesso e 
Qualidade; 
V - Recursos de investimento; 
• em 2019, o Ministério da Saúde instituiu a equipe de Atenção Primária, substituindo o que 
antes eram conhecidas como equipes de atenção básica. Essas equipes se diferenciam da 
equipe de Saúde da Família em sua composição: obrigatoriedade restrita a pelo menos 
médicos e enfermeiros. 
• Em 2020, criação das Unidades de Saúde da Família (USF). A diferença para a Unidade Básica 
de Saúde é a exigência de pelo menos uma equipe de Saúde da Família, formada por um 
auxiliar ou técnico de enfermagem, um enfermeiro, um médico e um agente comunitário da 
saúde. Houve também a inclusão da teleconsulta. 
16. Atenção Primária à Saúde 
• Atenção primária refere-se a um conjunto de práticas integrais em saúde, direcionadas a 
responder a necessidades individuais e coletivas, que, no Brasil, durante o processo de 
implementação do SUS, passou a ser denominado de atenção básica à saúde. A atenção básica 
constitui a porta de entrada e o primeiro nível de atenção de uma rede hierarquizada e 
organizada em complexidade crescente, conforme definido na Constituição Federal de 1988, 
que criou o SUS. 
• A atenção ambulatorial de primeiro nível, ou seja, os serviços de primeiro contato do paciente 
com o sistema de saúde, de fácil acesso, direcionados a cobrir as afecções e condições mais 
comuns e a resolver a maioria dos problemas de saúde de uma população, é em geral 
denominada de atenção primária à saúde (APS). 
• 
• Na Declaração de Alma-Ata, a APS é concebida como a atenção à saúde essencial, baseada em 
métodos e tecnologias apropriadas, cientificamente comprovados e socialmente aceitáveis, 
cujo acessodeve ser garantido a todas as pessoas e famílias da comunidade mediante sua 
plena participação; participação comunitária e a democratização dos conhecimentos, incluindo 
‘praticantes tradicionais’ (curandeiros, parteiras) e agentes de saúde da comunidade treinados 
para tarefas específicas, contrapondo-se ao elitismo médico. 
• a APS não se restringe ao primeiro nível, integrando um processo permanente de assistência 
sanitária, que inclui a prevenção, a promoção, a cura e a reabilitação. 
• Um ano após Alma-Ata, em 1979, a Fundação Rockefeller promoveu uma reunião: atenção 
primária à saúde seletiva, como estratégia para o controle de doenças em países em 
 
desenvolvimento; pacote de intervenções de baixo custo para combater as principais doenças 
em países pobres. O enfoque seletivo desconsidera os determinantes sociais do processo 
saúde-enfermidade e busca intervir sobre problemas específicos de forma isolada e paralela. 
• A primeira Assembleia de Saúde dos Povos, realizada em Bangladesh, no ano 2000, lançou a 
Carta dos Povos pela Saúde, conclamando um movimento internacional de cidadãos 
comprometidos com a realização do sonho de Alma-Ata; incorporem saúde e direitos humanos 
na constituição e legislação de cada país; incidam sobre os determinantes sociais da saúde; 
Defende a atenção primária à saúde integral 
• O Relatório Mundial de Saúde da OMS de 2008, Atenção Primária à Saúde: agora mais do que 
nunca. Comemorando os trinta anos da Declaração de Alma-Ata, o informe aponta a atenção 
primária à saúde como coordenadora de uma resposta integral em todos os níveis de atenção, 
não mais um programa ‘pobre para pobres’; O informe propõe uma atenção primária centrada 
na pessoa que responda às necessidades de saúde individuais e coletivas, 
• os serviços de atenção primária devem estar orientados para a comunidade, conhecendo suas 
necessidades de saúde; centrar-se na família, para bem avaliar como responder às 
necessidades de saúde de seus membros; e ter competência cultural para se comunicar e 
reconhecer as diferentes necessidades dos diversos grupos populacionais 
• O primeiro atributo da atenção primária é constituir-se como serviço de primeiro contato, 
porta de entrada do sistema de saúde; Outro requisito é a exigência de encaminhamento por 
profissionais de atenção primária para acesso à atenção especializada; o serviço de atenção 
primária torna-se o ponto de início da atenção, porta de entrada preferencial, e exerce papel 
de filtro para acesso aos outros níveis, 
• atenção primária à saúde integral: saúde como inseparável do desenvolvimento econômico e 
social, como discutido em Alma-Ata; 
• Health Service (NHS), em 1946, foi constituído por médicos generalistas que atuam em seus 
consultórios com dedicação exclusiva ao NHS. Os centros de saúde foram difundidos somente 
na década de 1960, quando muitas unidades foram construídas na Inglaterra. 
• Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, difundiu-se um modelo diferente de centro de 
saúde, limitado a serviços preventivos. A Fundação Rockefeller fomentou esse modelo de 
centro de saúde como instituição exclusivamente de saúde pública nas décadas de 1930 e 
1940, o que inspirou no Brasil, na época, a criação de centros de saúde e unidades do Serviço 
de Saúde Pública (Sesp) com apoio da fundação. Exceto para certas doenças transmissíveis – 
como doenças venéreas e tuberculose, para as quais eram realizados tratamentos como 
medida para prevenir contágio –, esses centros de saúde não prestavam atendimento clínico 
nem para os pobres, os quais eram tratados nos ambulatórios de hospitais filantrópicos (de 
caridade) após comprovarem sua indigência. 
• A saúde pública no Brasil como função estatal consolida-se na década de 1930, tendo por base 
práticas normativas de prevenção de doenças mediante campanhas sanitárias de saúde 
pública e a organização de serviços rurais de profilaxia, centralizadas no Ministério da 
Educação e Saúde Pública (Mesp). A organização das ações e dos serviços de saúde para a 
atenção de caráter curativo e individual realizava-se pela assistência médica urbana, com base 
em especialidades, por meio de Caixas e de Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP), 
criados nas décadas de 1920 e 1930, seguindo o modelo de seguros sociais 
• A reorganização dos serviços básicos se inscreveu no projeto de Reforma Sanitária brasileira 
desde a década de 1970, quando, no processo de democratização do país, um movimento 
sanitário defendeu a unificação do sistema de saúde e valorizou o primeiro nível de atenção 
• As bases legais para a organização do Sistema Único de Saúde (SUS) também foram fixadas na 
Constituição de 1988, seguindo os princípios e diretrizes de universalidade, descentralização, 
integralidade da atenção, resolutividade, humanização do atendimento e participação social. 
Foram complementadas na aprovação das Leis Orgânicas da Saúde (I e II), de 1990, que 
 
criaram o Fundo Nacional de Saúde, composto por recursos fiscais, e o Conselho Nacional de 
Saúde, que garante a participação social. 
• Agente Comunitário de Saúde (ACS): mediação social entre a equipe, os usuários e as famílias 
cadastradas. iniciou nos anos 90 
• A NOB 96 teve entre suas principais determinações: 1) substituir o modelo de alocação de 
recursos financeiros federais para estados e municípios por nova modalidade de transferências 
diretas do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais e estaduais; 2) fortalecer a 
capacidade gestora do Estado em nível local, incentivando mudanças no modelo de atenção 
básica (para reduzir desigualdades do acesso), avançando para além da seletividade (que 
focaliza a atenção em razão do risco) e propondo a Saúde da Família como estratégia; 3) 
definir indicadores de produção e de impacto epidemiológico; Piso de Atenção Básica (PAB), 
com duas variantes – fixo e variável. 
• Como estratégia, a Saúde da Família foi explicitada em documento do Ministério da Saúde de 
1997 intitulado Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial; 
preconiza equipe de caráter multiprofissional que trabalha com definição de território de 
abrangência, adscrição de clientela, cadastramento e acompanhamento da população 
residente na área. 
• A construção de uma APS abrangente exige além da prestação adequada de serviços de saúde, 
ações intersetoriais em resposta aos determinantes sociais e para promoção da saúde. A saúde 
da população é inseparável do desenvolvimento econômico e social. Depende das condições 
de vida e trabalho das pessoas, do acesso à renda, educação, lazer, alimentação saudável, 
moradia, transporte, e a serviços de saúde. Nesse contexto, foram criadas as Câmaras 
Territoriais, fórum permanente de discussão dos principais problemas do território e de 
integração das políticas públicas que propicia otimização de recursos humanos, financeiros, 
materiais, organizativos e políticos. As Câmaras Técnicas têm caráter deliberativo e são 
constituídas por gestores e técnicos das diversas secretarias municipais que atuam no 
território. 
• Clínica ampliada na atenção primária: Pautado na defesa das diretrizes básicas dos SUS, 
procura constituir dispositivos e arranjos institucionais para a gestão democrática dos 
estabelecimentos de saúde, o acolhimento humanizado da clientela, o acesso a serviços 
resolutivos e o fortalecimento de vínculos entre profissionais e usuários com clara definição de 
responsabilidades. Nesta abordagem, entende-se que para a atenção primária resolver 80% 
dos problemas de saúde de uma população, é fundamental articular três funções básicas 
desenvolvidas por uma equipe multiprofissional: 
o Acolhimento e atenção à demanda e busca ativa com avaliação de riscos e de 
vulnerabilidades de pacientes, famílias e comunidades 
o Clínica ampliada ou clínica do sujeito 
o Saúde coletiva: a equipe de atenção primária deve realizar procedimentos 
preventivos e de promoção da saúde. Busca ativa de doentes, imunização,educação 
em saúde, projetos intersetoriais para melhorar a qualidade de vida 
• Em 2006, o Ministério da Saúde editou a Política Nacional de Atenção Básica pela portaria 
ministerial n. 648/GM, de 28 de março, mediante a qual ampliou o escopo e a concepção da 
atenção básica ao incorporar os atributos da atenção primária à saúde abrangente, colocando-
a como porta de entrada preferencial do SUS e ponto de partida para estruturação dos 
sistemas locais de saúde. A Política Nacional de Atenção Básica (Pnab) reconhece a Saúde da 
Família como modelo substitutivo e de reorganização da atenção básica. 
• Fundamentos da atenção básica brasileira na Política Nacional de Atenção Básica de 2006: 
Acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados 
como porta de entrada preferencial do sistema de saúde. Efetivação da integralidade em suas 
várias dimensões, articulando ações programáticas e de atendimento à demanda espontânea, 
integrando ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento 
 
e reabilitação e coordenando o cuidado na rede de serviços. Desenvolvimento de relações de 
vínculo e responsabilização entre as equipes e a população, garantindo a longitudinalidade. 
Valorização dos profissionais de saúde por meio de formação e capacitação. Realização de 
avaliação e monitoramento sistemático dos resultados. Estímulo à participação popular e 
controle social. 
• Para ampliar a resolutividade das equipes de Saúde da Família, desde 2008 o Ministério da 
Saúde incentiva financeiramente a criação do Nasf que deve ser constituído por equipes 
compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, para atuarem em parceria 
com os profissionais das EqSF, compartilhando as práticas em saúde nos territórios sob sua 
responsabilidade. O Nasf compõe-se de oito áreas estratégicas: atividade física/práticas 
corporais, práticas integrativas e complementares, reabilitação, alimentação e nutrição, saúde 
mental, serviço social, saúde da criança/adolescente/jovem, saúde da mulher e assistência 
farmacêutica. duas modalidades de Nasf: 
Nasf 1 – vinculado a oito a vinte equipes Saúde da Família – composto 
no mínimo por cinco profissionais daquelas profissões 
Nasf 2 – vinculado a no mínimo três EqSF – composto por no mínimo 
três profissionais de nível superior de ocupações não coincidentes 
• O apoio matricial em saúde objetiva assegurar retaguarda especializada a equipes e 
profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde das pessoas. É um dispositivo 
importante para ampliação da clínica. O apoio matricial pretende oferecer tanto retaguarda 
assistencial quanto suporte técnico pedagógico às equipes de atenção básica. Na abordagem 
em apoio matricial, concebe-se que a relação entre sujeitos com saberes, valores e papéis 
distintos – os especialistas e a Equipe de Saúde da Família – pode ocorrer de maneira 
horizontal, dialógica, não hierárquica. 
• No PMAQ-AB são afirmados como princípios e diretrizes da atenção básica: 
I – Territorialização e responsabilização sanitária; 
II – Adscrição dos usuários e vínculo; 
III – Acessibilidade, acolhimento e porta de entrada preferencial; 
IV – Cuidado longitudinal; 
V – Ordenação da RAS: a atenção básica deve ser organizada como base da RAS, por sua 
capilaridade e lógica de trabalho, devendo possuir papel-chave na ordenação da RAS. Deve ter 
cobertura populacional adequada e alta capacidade de cuidado e resolutividade. 
VI – Gestão do cuidado integral em rede; 
VII – Trabalho em equipe multiprofissional. 
• Ainda que não haja definição oficial, denomina-se posto de saúde a unidade de menor 
complexidade com atendimento por apenas um médico ou, na sua origem, como definido no 
Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass), na década de 1970, 
apenas com atuação de pessoal auxiliar. 
• em 2011, o decreto presidencial n. 7.508, ao regulamentar a lei n. 8.080/90, estabeleceu como 
portas de entrada das redes de atenção à saúde no SUS, além dos serviços de atenção 
primária, as unidades de atenção a urgências e emergências, os centros de atenção 
psicossocial e os especiais de acesso aberto. 
• A Rede de Atenção à Saúde, conforme definido pelo decreto presidencial n.7.508/2011, 
constitui-se em um conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de 
complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde. 
Nessa rede, o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços de saúde deve ser ordenado 
pela atenção primária. A APS deve coordenar a atenção à saúde na rede, além de satisfazer a 
maior parte das necessidades de saúde da população por meio de uma equipe multidisciplinar; 
o acesso aos serviços especializados e hospitalares está condicionado à referência, isto é, ao 
encaminhamento formal, pela atenção básica, conforme a necessidade. 
 
• Parte dos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico (SADT) corresponde a serviços de APS e 
é ofertada pelo SUS em serviços próprios ou por meio de contratos com prestadores privados 
• No período anterior à criação do SUS, a atenção primária à saúde abrangente – com ênfase 
nos determinantes sociais da saúde e nas suas inter-relações com o desenvolvimento 
econômico e social do país – representou a alternativa de mudança do modelo assistencial e 
foi referência para experiências desenvolvidas em universidades e naqueles municípios com 
governos de tendência socialdemocrata, de oposição à ditadura militar, engajados no 
movimento da Reforma Sanitária brasileira. A abordagem de Alma-Ata inspirou as primeiras 
experiências de implantação dos serviços municipais de saúde, voltados a atender às 
necessidades da população local no final da década de 1970 e no início da de 1980. 
Posteriormente, no processo de implementação do SUS e do desenvolvimento de mecanismos 
financeiros e operacionais para que os municípios se responsabilizassem pela atenção à saúde, 
de modo a concretizar os princípios constitucionais de universalidade do direito à saúde, o 
termo atenção básica passou a ser empregado como referência aos serviços municipais 
ambulatoriais de primeiro nível 
• No final da primeira década do século XXI, a Política Nacional de Atenção Básica incorporou os 
atributos da atenção primária à saúde abrangente. A Saúde da Família torna-se a estratégia 
prioritária e permanente para a organização da atenção básica e do sistema local de saúde; 
assim, o modelo brasileiro de atenção básica incorpora os outros elementos da atenção 
primária à saúde abrangente, de centralidade na família e direcionamento para a comunidade. 
• A primeira edição de uma Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) oficial data de 2006, com 
a segunda edição em 2011 e a terceira em 2017. Em 2006, no contexto do Pacto pela Saúde, 
ampliou o escopo e a concepção da AB ao incorporar os atributos da atenção primária à saúde 
abrangente, reconheceu a Saúde da Família como modelo substitutivo e de reorganização da 
AB. Além disso, revisou as funções das UBS e reconheceu a existência de diferentes 
modalidades segundo o modelo de organização predominante - UBS com ou sem ESF 
• Comissão Intergestores Tripartite (CIT) do SUS, em 2017, uma mudança instituindo uma nova 
PNAB. A conceituação da AB praticamente mantém o texto das antigas edições, sendo que 
nesta incorporam-se os 'cuidados paliativos' e enfatiza-se a 'vigilância em saúde'. PNAB 2017 
coloca que cada EqSF deve ser responsável por 2.000-3.500 pessoas. 
• Se lida c/ problemas frequentes, indiferenciados e incertos, em um ambiente de alta 
complexidade, alto grau de multimorbidades e baixa densidade tecnológica. 
• Serviços da APS: 1. Educação em saúde 2. Suprimento alimentar e nutrição 3. Água tratada e 
saneamento básico 4. Cuidado materno-infantil 5. Imunização 6. Prevenção e controle de 
endemias 7. Tratamento básico de problemas essenciais em saúde 8. Fornecimento de 
medicamentos essenciais 
• Atenção Primária: 
o Objetivos:Acesso universal; Serviços abrangentes; Promoção e prevenção 
o Características: Contato inicial com o sistema de saúde que orienta para outros 
níveis (se necessário) 
o Serviços: Unidade Básica de saúde; Centros de saúde; Clínicas da família 
• Alta resolutividade (80-90%) 
• apoio matricial ou matriciamento: processo de construção de conhecimento compartilhado 
entre equipes, que criam uma proposta de intervenção terapêutica para um indivíduo; as 
equipes das unidades de saúde fornecem apoio e parceria para realizar o matriciamento dos 
pacientes sempre que necessário 
• O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) prevê 
alguns indicadores com o objetivo de incentivar os gestores e as equipes da Atenção Básica a 
melhorar a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população de determinado território. 
Nesse sentido, o PMAQ selecionou 11 indicadores de desempenho para as equipes de atenção 
básica e 1 indicador de desempenho para os NASF no terceiro ciclo do PMAQ. 
 
• O NASF é constituído de diferentes tipos de profissionais da saúde para fornecer cuidado 
integral aos usuários dos Centros de Saúde. 
• A ESF foi criada para desenvolver ações de tratamento, prevenção, promoção da saúde e 
reabilitação para a população vinculada. 
• Os Centros de Saúde foram criados no Brasil na década de 30, mas com objetivos que foram se 
modificando até chegarem na Atenção Básica atual. 
• A VD não é exclusiva da unidade básica de saúde. A VD como "meio" é aquela que não 
restringe a busca ativa, também atuando para dar conta da demanda reprimida e da vigilância 
em saúde relacionada aos programas prioritários. 
 
• Atenção Primária à Saúde é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um 
conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a 
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a 
redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção 
integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades. 
• No Brasil, a Atenção Primária é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e 
capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. 
• A vigilância em saúde é o processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de 
dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o 
planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, 
intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e 
promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças

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