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Aula 6 - Aplicação da Lei para Vulneráveis

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Aula Aplicação da Lei para vulneráveis
Aplicação da Lei no caso de grupos vulneráveis: Mulheres, crianças e adolescentes; vítimas da criminalidade e do abuso de poder; refugiados e deslocados internos.
1) Grupo vulnerável X Minoria
Conceito senasp
Grupo de vulnerável é o conjunto de pessoas que por questões ligadas a gênero, idade, condição social, deficiência e orientação sexual, tornam-se mais suscetíveis à violações de seus direitos. Classificados em: mulheres; crianças e adolescentes; idosos; população de rua; pessoas com deficiência física ou sofrimento metal e comunidade LGTB.
Grupo de minoria: grupo de cidadãos de um Estado, constituindo uma minoria numéria e em posição não dominante no Estado, dotada de caracteristicas étnicas, religiosas ou linguisticas que diferem daquelas da maioria da população, tendo um senso de solidariedade um para com o outro, motiva, senão implicitamente, por vontade coletiva de sovreviver e cujo objetivo é conquistar igualdade com a maioria, nos fatos e na lei (a ONU não institui um conceito universal) Ex: índios, ciganos, budistas, muçulmanos, espíritas, praticantes de candomblé (aspectos étnicos, linguísticos e religiosos).
É o conjunto de pessoas pertencentes a uma minoria que por motivação diversa, tem acesso, participação e/ou oportunidade igualitária dificultada ou vetada, a bens e serviços universais disponíveis para a população.(Bastos 2002).
São grupos que sofrem tanto materialmente como social e psicologicamente os efeitos da exclusão, seja por motivos religiosos, de saúde, opção sexual, etnia, cor de pele, por incapacidade física ou mental, gênero, dentre outras.
Minorias são grupos de pessoas participantes do estado democrático de direito que constituem minoria numérica e em posição desprivilegiada no Estado. Possuem características religiosas, étnicas ou linguísticas diferentes daquelas que a maioria da população adota.
Demonstram um senso de solidariedade um para com o outro, alavancado, senão apenas implicitamente, por desejo coletivo de sobreviver e cujo objetivo é conquistar igualdade com a maioria, nos fatos e na lei.
Existem critérios subjetivos e objetivos que definem a identificação das minorias.
Exemplo de minorias: índios, remanescentes de quilombos, negros, ciganos, etc.
Já os grupos vulneráveis, devido a suas características, se constituem de pessoas que podem fazer parte de uma minoria, mas dentro dessa minoria têm uma característica que as difere das demais e as torna parte de outro grupo.
Portanto, "as minorias estão limitadas aos aspectos étnicos, linguísticos e religiosos e os grupos vulneráveis estão relacionados com as características especiais que as pessoas adquirem em razão da idade, gênero, orientação sexual, deficiência e condição social."
Obs. A igualdade formal e a igualdade material e a importância das ações afirmativas. 
2) Aplicação da lei para grupos vulneráveis: MULHERES.
2.1) Introdução: A realidade do gênero na sociedade. 
A igualdade é o alicerce da democracia e dos Direitos Humanos. Acontece que em praticamente todas as sociedades a mulher está sujeita a desigualdades fáticas. 
No mundo inteiro, as mulheres ganham, em média, 30 a 40% a menos do que os homens pelo mesmo trabalho. Ocupam 10 a 20% dos cargos de gerência e administração. 
A desigualdade se intensifica quando falamos em violência. Mulheres morrem a cada dia por causa do seu gênero. 
2.2) Documentos que trazem proteção para as mulheres. 
Carta das Nações Unidas
NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS
a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional possam ser mantidos, e
Tal proteção é repetida na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH / 1948), PIDCP e PIDESC. 
2.2) Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher. 
Considerou-se necessário, contudo, elaborar um instrumento jurídico separado para tutelar os direitos das mulheres, trazendo-lhes uma proteção adicional. 
DECRETO Nº 4.377, DE 13 DE SETEMBRO DE 2002.
	
	Promulga a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, de 1979, e revoga o Decreto no 89.460, de 20 de março de 1984.
2.3) O que se entende por discriminação contra a mulher?
O próprio Art. 1º da Convenção explica dizendo: 
“A expressão "discriminação contra a mulher" significará toda a distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo.”. 
x) Problema do alto número de reservas. 
Dos 188 Estados que ratificaram a convenção, 50 opuseram reservas, delimitando cláusulas as quais estes recusavam aplicação. É o tratado de direitos humanos com o maior número de reservas. 
2.4) O comitê para eliminação da discriminação contra as mulheres. 
· Objetivo
· Composição: 23 peritos. 
· Função: Receber relatórios por parte dos Estados.
· Pode formular recomendações aos Estados.
O Comitê para eliminação da discriminação contra as mulheres foi criado para supervisionar a implementação das disposições contidas na Convenção. 
Referido comitê é composto por 23 (vinte e três) peritos designados pelos Estados partes à convenção, os quais exercem funções a título pessoal e não como delegados ou representantes de seus países de origem. 
O comitê não está capacitado a receber denúncias provenientes de particulares ou denúncias de um Estado parte, sendo esta, segundo alguns, a maior debilidade da convecção. 
Os Estados partes apresentam relatórios nos quais anunciam quais são as medidas tomadas acerca da implementação da convenção. 
O comitê dispõe de competência para formular sugestões e recomendações aos Estados partes, com base nos relatórios. 
2.5) O problema da violência contra a mulher. 
O comitê da mulher definiu a violência baseada no gênero como: 
“A violência que é dirigida à mulher pelo fato dela ser mulher ou que atinge a mulher desproporcionalmente. Inclui atos que infrinjam sofrimento ou dano físico, mental ou sexual, ameaças de tais atos e outras privações da liberdade”. 
Falar sobre a proteção à mulher prevista na Lei 11.340/06. 
2.5) Artigos mais importantes das convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher. 
· Art. 2º Prevê o compromisso do Estado em combater a discriminação da mulher em vários campos, consagrando a igualdade; estabelecendo proteção jurídica; e derrogando todas as disposições penais que constituam discriminação contra a mulher.
· Art. 4º Prevê a adoção de ações afirmativas e proteção à maternidade. Tais medidas não serão consideradas discriminatórias.
· Art. 6º Combate ao tráfico de mulheres. 
· Art. 11 Adoção de medidas apropriadas para eliminar a discriminação contra a mulher na esfera do emprego.
· Art. 15 Igualdade perante a lei. Todo contrato que restrinja a capacidade jurídica da mulher será considerado nulo. 
· Art. 16 Igualdade no matrimônio.
· Etc.
3) Aplicação da lei para grupos vulneráveis: CRIANÇAS. 
3.1) Introdução. As crianças devem receber proteção especial por parte do Estado. 
3.3) Convenção sobre os direitos da criança. 
DECRETO No 99.710, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1990.
	
	Promulga a Convenção sobre os Direitos da Criança.
3.3.1) Conceito internacional de criança. 
Artigo 1
Para efeitos da presente Convenção considera-se como criança todo ser humano com menos de dezoito anos de idade, a não ser que, em conformidade com a lei aplicávelà criança, a maioridade seja alcançada antes.
Obs. As regras mínimas das nações unidas para a administração da justiça juvenil (Regras de Beijing) definem a criança e adolescente como: 
2.2 Para os fins das presentes regras, os Estados Membros aplicarão as definições seguintes, de forma compatível com seus respectivos sistemas e conceitos jurídicos :
a) Jovem é toda criança ou adolescente que, de acordo com o sistema jurídico respectivo, pode responder por uma infração de forma diferente do adulto.
No Brasil, responde-se de forma diferente do adulto a criança e o adolescente. 
Obs2. Os Instrumentos não regulam decisivamente a idade da responsabilidade criminal, deixando a cargo das leis internas. 
3.2) Princípio do interesse superior da criança. 
É o princípio do interesse superior da criança que dirige todas as medidas prescritas na convenção. Tendo em vista o seu processo de amadurecimento e formação da sua personalidade. 
3.3) Alguns artigos importantes da convenção sobre os direitos da criança.
· Direito ao registro, ao nome e à nacionalidade. 
· Direito de não ser retirado dos pais. 
· Combate à transferência ilegal de crianças para o exterior. 
· Direito de expressar suas opiniões em juízo.
· Proteção contra toda as formas de violência física ou mental, abuso ou tratamento negligente, maus tratos ou exploração, inclusive abuso sexual, enquanto a criança estiver sob a custódia dos pais ou representante legal. 
· Proteção à saúde. 
· Direito à educação. 
· Proteção contra o uso de drogas. 
· Proteção contra o tráfico de crianças. 
3.5) Artigos 33 a 36: Medidas de combate à violência, a negligência e à exploração. 
Art. 33: Adotar normas que combatam o consumo de drogas e previnam a utilização de crianças no tráfico de drogas. 
Art. 34: Proteger contra todas as formas de violência e exploração sexuais, incluindo atividade sexual ilícita, exploração de crianças na prostituição ou práticas sexuais ilícitas e exploração de crianças na produção de espetáculos ou material pornográfico. 
Art. 35: Adotar medidas nacionais, bilaterais e multilaterais para impedir o rapto, a venda ou tráfico de crianças independente de sua finalidade ou forma. 
Art. 36: Proteger contra todas as formas de exploração prejudiciais a qualquer aspecto do bem-estar da criança. 
3.4) Outros documentos internacionais que tratam da proteção das Crianças. 
3.4.1) Regras mínimas das nações unidas para a administração da justiça juvenil (Regras de Beijing) 
Ampliam os artigos do CDC que tratam de tópicos como captura, detenção, investigação e ação penal, julgamento e sentença, e tratamento institucional e não institucional de infratores juvenis. 
3.4.2) Diretrizes das Nações unidas para a prevenção da delinquência juvenil (Diretrizes de Riad). 
Promove a prevenção da delinquência juvenil mediante a participação de todas as camadas da sociedade e a adoção de uma abordagem voltada à criança. As diretrizes estão fundamentadas na crença de que a prevenção da delinquência juvenil é uma parte essencial da prevenção do crime na sociedade. 
O instrumento define para isso o papel da família na educação da comunidade e da mídia para as massas, e ainda estabelece o papel e responsabilidade da política social, da legislação, da administração da justiça juvenil, da pesquisa e do desenvolvimento e coordenação de políticas. 
Uma das premissas subjacentes das diretrizes é de que a conduta do jovem que não condiz com as normas sociais gerais deve ser considerada como parte do processo de amadurecimento, que tende a desaparecer espontaneamente com a transição para a idade adulta (art. 5º).
Documentos internacionais sobre os direitos das crianças
Convenção sobre os direitos da criança. 
Regras mínimas das nações unidas para a administração da justiça juvenil (Regras de Beijing)
Diretrizes das Nações unidas para a prevenção da delinquência juvenil (Diretrizes de Riad).
Regras das nações unidas para a proteção das crianças e adolescentes privadas de sua liberdade (RNUPCA).
Regras mínimas das nações unidas para a elaboração de medidas não privativas de liberdade (Regras de Tóquio).
3.4.3) Regras das nações unidas para a proteção das crianças e adolescentes privadas de sua liberdade (RNUPCA). 
Trata-se de um instrumento elaborado para assegurar que as crianças e adolescentes privados de sua liberdade sejam mantidos em instituições somente quando houver necessidade absoluta. 
Destaca-se nas regras 17 e 18 que a detenção preventiva de menores deve ser evitada ao máximo, e limitada a circunstâncias excepcionais. 
3.6.4) Regras mínimas das nações unidas para a elaboração de medidas não privativas de liberdade (Regras de Tóquio).
As regras de Tóquio formulam princípios básicos para promover o uso de medidas não custodiais. 
 
3.4) Alguns direitos das crianças durante a captura e detenção. (sempre lembrando que Criança aqui nós entendemos quem tem até 18 anos) (conceito do Direito internacional). 
3.4.1) CDC: 
· Nenhuma criança será privada arbitrária ou ilegalmente de sua liberdade. 
· A captura, detenção ou aprisionamento de uma criança ou jovem deverão estar em conformidade com a lei e serão usados somente como medidas de última instância, e pelo mais breve período de tempo apropriado. 
· Qualquer criança privada de sua liberdade deverá ter direito ao acesso imediato à assistência jurídica, ou a outra assistência adequada, assim como o direito de impugnar a legalidade da privação de sua liberdade. 
· Proibição de tortura, maus tratos, pena de morte e prisão perpétua para crianças. 
· Direito de manter contato com suas famílias. 
PIDCP
· Toda pessoa capturada deverá ser informada, no momento de sua captura, das razões da captura e deverá ser prontamente informada de qualquer acusação contra ela (PIDCP, Art. 9.2). 
· A pessoa capturada deverá ser levada a um local de custódia e ser trazida prontamente perante um juiz ou outro agente oficial autorizado por lei a exercer poder judicial, que decidirá sobre a legalidade e necessidade da captura (PIDCP, Art. 9.3). 
Regras de Beijing.
· Os pais ou tutores da criança ou adolescente capturado deverão ser imediatamente notificados da captura (regras de Beijing, regras 10.1).
· Um juiz ou autoridade competente deverá examinar, sem demora, a possibilidade de liberar a criança ou adolescente (Regras de Beijing, Art. 10.2). 
· As crianças e adolescentes em detenção preventiva deverão ser mantidas separados dos adultos (Regras de Beijing, Art. 13.4). 
· Respeito à privacidade da criança. (Regras de Beijing, 8). 
3.7) Proteção das crianças e adolescentes no âmbito interno (Brasil). 
Estatuto da criança e do adolescente. Lei 8.069/90. 
4) Aplicação da lei para grupos vulneráveis: VÍTIMAS DA CRIMINALIDADE E DO ABUSO DE PODER. 
Introdução. 
Há a tendência de concentrar os esforços nos infratores da lei ou perturbadores da ordem pública, preocupando-se pouco, ou nada, com a grande maioria das pessoas que respeitam a lei e são, eventualmente, vítimas dos infratores. 
A primeira incongruência que se nota é a existência de inúmeros instrumentos que estipulam os direitos e a situação dos suspeitos e acusados ao passo que existe apenas um instrumento que protege as vítimas da criminalidade e do abuso de poder. 
4.1) A declaração das nações unidas sobre os princípios fundamentais de justiça relativos às vítimas da criminalidade e do abuso do poder. 
Não se trata de um tratado, não criando obrigações legais para os Estados. 
A declaração das vítimas define “Vítimas de crime” como: “1. Entendem-se por "vítimas" as pessoas que, individual ou coletivamente tenham sofrido um prejuízo, nomeadamente um atentado à sua integridade física e um sofrimento de ordem moral, uma perda material, ou um grave atentado aos seus direitos fundamentais, como consequência de atos ou de omissões violadores das leis vigor num Estado membro, incluindo as que proíbem o abuso de poder.”
Alguns direitos previstos na declaração:
· Direito de ser tratado com compaixão e respeito por sua dignidade.(Art. 4º). 
· Direito ao acessoàs instâncias judiciais e a uma rápida reparação. (Art. 4º ). 
· Direito de ser informado sobre o andamento do seu processo. (Art. 5º). 
· Direito de apresentar suas opiniões e que estas sejam examinadas nas fases adequadas. (Art. 6º)
· Proteção à sua privacidade e às medidas que garantam sua segurança e de sua família, preservando-as de intimidação e represálias (Art. 6º). 
4.2) Alguns artigos esparsos prevendo direito para as vítimas: 
· Direito das vítimas de captura ou detenção ilegal à indenização (PIDCP, Art. 9.5). 
· Vítimas de pena cumprida em virtude de erro judicial devem ser indenizadas em conformidade com a lei. (PIDCP, Art. 14.6). 
· Vítimas de tortura possuem o direito exequível à indenização justa e adequada (Convenção contra a tortura, Art. 14.1). 
LEI Nº 9.807, DE 13 DE JULHO DE 1999.
Estabelece normas para a organização e a manutenção de programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas, institui o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas e dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham voluntariamente prestado efetiva colaboração à investigação policial e ao processo criminal.
5) Aplicação da lei para grupos vulneráveis: Refugiados e deslocados internos. 
5.1) Conceitos
Refugiados: São migrantes que se deslocam, basicamente do oriente médio e da África, principalmente da Síria e Afeganistão, em virtude de condições desfavoráveis como Guerra civil; terrorismo e miséria. 
O destino da maior parte dos refugiados é a Europa. 
O problema é que eles são obrigados a passar por caminhos adversos, podendo levar os refugiados à morte. 
Deslocados internos são pessoas que se encontram na mesma situação dos refugiados, entretanto a sua fuga não chega a cruzar fronteiras, permanecendo no mesmo Estado. Por isso também recebem o nome de “Refugiados internos”. 
Figura 1
Fonte Google imagens.
5.2) Convenção sobre os refugiados de 1951.
Alguns direitos importantes: 
DECRETO No 50.215, DE 28 DE JANEIRO DE 1961.
	Vide Decreto nº 70.946, de 1972
Vide Decreto nº 99.757, de 1990
	Promulga a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados, concluída em Genebra, em 28 de julho de 1951.
A. Para fins da presente Convenção, o termo "refugiado" se aplicará a qualquer pessoa:
 1) Que foi considerada refugiada nos termos dos Ajustes de 12 de maio de 1926 e de 30 de junho de 1928, ou das Convenções de 28 de outubro de 1933 e de 10 de fevereiro de 1938 e do Protocolo de 14 de setembro de 1939, ou ainda da Constituição da Organização Internacional dos Refugiados;
Obs. No início a convenção se limitava a proteger os refugiados da segunda guerra.
O artigo 1° da Convenção, emendado pelo Protocolo de 1967, dá a definição de refugiado como sendo toda a pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer fazer uso da proteção desse país ou, não tendo uma nacionalidade e estando fora do país em que residia como resultado daqueles eventos, não pode ou, em razão daqueles temores, não quer regressar ao mesmo. [1]
Artigo 2º
Obrigações gerais
 Todo refugiado tem deveres para com o país em que se encontra, os quais compreendem notadamente a obrigação de respeitar as leis e regulamentos, assim como as medidas que visam a manutenção da ordem pública.
Artigo 4º 
Religião
 Os Estados Contratantes proporcionarão aos refugiados, em seu território, um tratamento pelo menos tão favorável como o que é proporcionado aos nacionais no que concerne à liberdade de praticar sua religião e no que concerne à liberdade de instrução religiosa dos seus filhos.
De uma maneira geral, a convenção determina que seja dispensado o mesmo tratamento dado aos nacionais com respeito aos direitos de religião; propriedade; associação; de ingressar em juízo; empregos remunerados; educação; assistência social, etc.

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