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Trabalho de Gestão Ambiental Relatório Final: Ecodesign – Ecoeficiência Prof. Dr. Vagner Cavenaghi Bruno Pacce Heitor Bezerra Lucas Veronezi BAURU MARÇO/2015 Sumário Evolução histórica do Ecodesign e da Ecoeficiência ..................................................... 1 Princípios do Ecodesign e da Ecoeficiência .................................................................. 2 Objetivos do Ecodesign ................................................................................................ 3 Por que implantar o ecodesign e a ecoeficiência em uma empresa? ............................ 5 Manual inEDIC.............................................................................................................. 6 1º Passo – Planejamento do projeto de Ecodesign: ................................................................. 7 2º Passo – Análise do produto: ................................................................................................. 8 3º Passo – Definição das estratégias de Ecodesign: .................................................................. 8 4º Passo – Desenvolvimento de novos conceitos: .................................................................... 8 5º Passo – Detalhe do produto: ................................................................................................ 9 6º Passo – Produção e lançamento no mercado: ..................................................................... 9 7º Passo – Avaliação do produto e do projeto:......................................................................... 9 8º Passo – Atividades de seguimento: ...................................................................................... 9 Princípios estratégicos do Ecodesign ......................................................................... 10 Métodos e ferramentas ............................................................................................... 11 1. Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) .................................................................................... 11 2. Matriz Eco-Funcional ....................................................................................................... 12 3. Casa da Qualidade para o Ambiente (QFDE) ................................................................... 12 4. Matriz MET ...................................................................................................................... 12 5. Matriz MECO ................................................................................................................... 12 6. LiDS – Wheel (Estratégias de Design para o Ciclo de Vida) ............................................. 12 7. Matriz de Avaliação da Responsabilidade Ambiental do Produto (ERPA) ...................... 12 8. Matriz de Design para o Ambiente (DfE Matrix) ............................................................. 13 9. As Dez Regras de Ouro .................................................................................................... 13 10. Análise ABC .................................................................................................................. 13 11. Análise do Efeito Ambiental (EEA) .............................................................................. 13 Do Ecodesign ao Design para a Sustentabilidade ...................................................... 13 Referências ................................................................................................................ 14 Lista de Figuras Figura 1: Características do Ecodesign ........................................................................ 4 Figura 2: Ecodesign e ciclo de vida ............................................................................... 5 Figura 3: Ecodesign para o Design para a Sustentabilidade ....................................... 14 Evolução histórica do Ecodesign e da Ecoeficiência Ao longo da história, o homem sempre usou dos recursos fornecidos pela natureza para confeccionar seus produtos, construções e tudo o que a mente humana pudesse conceber. Com a Revolução Industrial no século XVII, a exploração de recursos naturais se intensificou enormemente. Neste período não havia nenhuma preocupação com a finitude dos recursos usados, e muito menos com o impacto que o uso desses recursos causavam na natureza, e à saúde do ser humano. Muitos dos problemas do meio ambiente hoje são provenientes de um design e planejamento que não levaram em consideração a matéria-prima envolvida e os impactos ambientais de suas ações na natureza e na saúde do homem. O conceito de ecodesign foi se aprimorando ao longo do tempo, e hoje podemos defini-lo como “a integração sistemática de considerações ambientais no processo de design de produtos (entendidos como bens e serviços).” David Camocho, 2011. Ou seja, é um termo para uma crescente tendência mundial nos campos da arquitetura, engenharia e design em que o objetivo principal é desenvolver produtos, sistemas e serviços que reduzam o uso de recursos não-renováveis e/ ou minimizem o seu impacto ambiental sendo assim amigáveis para o meio ambiente. Mas a relação do design com a ecologia, não é nova como parece, o primeiro designer a ter consciência do impacto ambiental da profissão foi o americano Victor Papanek nos anos 1970. Visionário, foi um homem a frente do seu tempo, mas mesmo assim ridicularizado pelos colegas, que acreditavam que esta preocupação pela relação do design com o entorno artificial e natural era exagerado. Ele escreveu o livro "Design for the real world", onde já expressava desesperadamente essa preocupação com a relação homem-natureza e o 2 papel do design em essa relação como produtor de artefatos. Outra figura importante no tema é o designer e engenheiro Buckminster Fuller, também um visionário e pioneiro na relação homem-natureza. Sabemos hoje que grande parte dos problemas ambientais atuais foram causados pela mesma engenharia, design, manufatura tradicional que sempre desconsiderou qualquer posterior impacto ambiental na hora de projetar, manufaturar, transportar e vender bens e serviços. Princípios do Ecodesign e da Ecoeficiência Seguem abaixo os princípios do ecodesign: Escolha de materiais de baixo impacto ambiental: menos poluentes, não-tóxicos, de produção sustentável ou reciclados, ou que requerem menos energia na fabricação. Eficiência energética: utilizar processos de fabricação com menos energia. Qualidade e durabilidade: produzir produtos que durem mais tempo e funcionem melhor a fim de gerar menos lixo; Modularidade: criar objetos cujas peças possam ser trocadas em caso de defeito, pois assim não é todo o produto que é substituído, o que também gera menos lixo. Reutilização/Reaproveitamento: Propor objetos feitos a partir da reutilização ou reaproveitamento de outros objetos; projetar o objeto para sobreviver seu ciclo de vida, criar ciclos fechados sustentáveis. A ecoeficiência pode ser obtida através da união entre, o fornecimento de bens e serviços sustentáveis, que satisfaçam as necessidades humanas, e assim, promove a redução dos impactos ambientais e de consumo de recursos naturais. No âmbito da poluição ambiental, um sistema ecoeficiente é aquele que consegue produzir mais e melhor, com menores recursos e menores resíduos. Para tal, pressupõem-se oito elementos fundamentais para a ecoeficiência: 1. Minimizar a intensidade de materiais dos bens e serviços 2. Minimizar a intensidade energética de bens e serviços 3 3. Minimizar a dispersão de tóxicos 4. Fomentar a reciclabilidade dos materiais 5. Maximizar a utilização sustentável de recursos renováveis. 6. Estender a durabilidade dos produtos. 7. Promover a educação dos consumidores para um uso mais racional dos recursosnaturais e energéticos. Implantar um sistema de gestão ambiental em uma empresa, diminui custos, evita riscos ambientais, acaba com o diferencial competitivo, evita riscos à saúde dos funcionários e clientes, alcança a conformidade legal, reduz a poluição, garante a manutenção de recursos naturais e motiva as pessoas envolvidas a se engajarem nas questões ambientais. Objetivos do Ecodesign Com a competividade crescente no mercado, o design de produtos se tornou uma ferramenta de grande importância para a competividade das empresas. O design tradicional leva em consideração 7 aspectos no desenvolvimento do projeto: funcionalidade, qualidade, segurança, custo, facilidade de produção, ergonomia e estética. O ecodesign pode ser considerado uma evolução do design tradicional, pois ele engloba mais uma característica além das 7 consideradas tradicionalmente, a variável ambiental. A Figura 1, a seguir, demonstra esta relação: 4 Figura 1: Características do Ecodesign Todos os produtos têm impactos ambientais, que podem ocorrer em qualquer fase do ciclo de vida: extração das matérias-primas, fabricação, distribuição, utilização e fim de vida. Os impactos no ciclo de vida podem variar, de proporção e de curto prazo a longo prazo, e podem ocorrer a nível local, regional ou global. Levando em consideração os aspectos ambientais desde o início do processo de desenvolvimento do produto é a maneira mais eficaz de introduzir mudanças que afetam positivamente o seu perfil ambiental em todos os estágios do ciclo de vida. Estudos compravam que mais de 80% dos impactes ambientais relacionados com o produto são determinados na fase de design, ou seja, o ecodesign é uma ferramenta importantíssima, que busca diminuir os impactos ambientais ao longo do ciclo de vida do produto, além de reduzir a quantidade de insumos utilizados, melhorando a eficiência dos processos e reduzindo e reutilizando os resíduos descartados na produção. A Figura 2, a seguir, demonstra o papel do ecodesign no ciclo de vida dos produtos. 5 Figura 2: Ecodesign e ciclo de vida Esta abordagem levando em consideração todo o ciclo de vida segue os seguintes princípios: Nenhum material é arbitrariamente excluído; Todas as características ambientais do produto são consideradas; Se considera não só o próprio produto, mas todo o sistema em que este opera ou funciona; Os impactes ambientais não são transferidos de uma fase do ciclo de vida para outra, nem de um meio receptor (ar, água, solo) para outro. Por que implantar o ecodesign e a ecoeficiência em uma empresa? Primeiramente, qualquer empresa que deseja prosperar deve seguir as tendências do mercado. Algumas destas tendências estão estritamente ligadas ao meio-ambiente, entre elas: Leis ambientais cada vez mais rígidas; 6 Empresas ambientalmente incorretas não são mais competitivas, visto que o consumidor “percebeu” o poder sobre as empresas e estão cada vez mais exigentes; Abertura de capital para novos negócios com disponibilidade para projetos ambientais seguros; Consumidores mais exigentes com a responsabilidade ambiental; Acordos internacionais; Crescimento do mercado verde Além destas tendências, as empresas vêm adotando estas novas práticos devido aos diversos benefícios resultantes. Dentre os benefícios da ecoeficiência, ecodesign e responsabilidade ambiental, podemos listar diversos: Redução de custos: proveniente da redução do uso de matéria-prima e energia e da economia com multas, penalidades e impostos Redução do impacto ambiental: Melhor utilização de materia-prima e energia, redução e melhora do descarte de residuos e reciclagem. Aumento da receita: Melhora da imagem do produto e da empresa e atração de novos consumidores do crescente mercado verde. Além de facilitar o acesso ao mercado internacional. Promove a inovação: a inovação é posta em prática com a necessidade de desenvolvimento de novos produtos, do desenvolvimento de novos materiais e processos e da proposição de novos desafios. Melhora nos relacionamentos: Melhora no relacionamento com clientes, ONGs, sociedade e governo. Manual inEDIC A atividade de design é um processo criativo. As soluções inovadoras desenvolvidas para problemas em design comumente não podem ser pré- determinadas. Porém, até ser ponto é possível planejar com certa precisão a metodologia utilizada para desenvolver tais soluções. Para o apoio a projetos, foi desenvolvido um manual de 8 passos da inEDIC (Innovation and ecodesign 7 in the ceramic industry – projeto da National Laboratory of Energy and Geology, Sustainable Production and Consumption Research Unit de Portugal). Pode parecer simples, mas existe um longo caminho a percorrer desde a tomada de decisão de implementar o ecodesign em uma linha de produtos já existente ou desenvolver um produto novo com esta preocupaçãp até a entrega final. Faz-se necessária a escolha adequada, a avaliação do desempenho atual, do desempenho potencial, das medidas para explorar tal potencial e as práticas de suporte. Tal processo envolve diversas funções distintas e engloba diversas áreas organizacionais de uma empresa. As empresas que decidem implementar o ecodesign podem começar por componentes dos seus produtos e gradualmente estender o projeto ao completo redesign de produtos ou serviços. A duração de um projeto pode variar, sendo que isso dependerá da complexidade do produto e do projeto em si. Comumente tais projetos levam de três meses a um ano para serem concluídos, sendo que o recomendado é que durem o mínimo possível, tanto pela perspectiva estratégica quanto a motivacional dos membros envolvidos. Seguem abaixo os oito passos de apoio ao desenvolvimento de projetos ecodesign: 1º Passo – Planejamento do projeto de Ecodesign: Obtenção do compromisso da alta administração (o comprometimento deve ser enraizado em toda a empresa e, para isso, é fundamental que comece na alta administração e passe para outros níveis hierárquicos); Definição da equipe (para tais projetos é sempre necessário formar equipes multifuncionais, sendo que geralmente serão composta, pelo menos, de um designer, um engenheiro ambiental e um engenheiro de produção); Investigação da motivação (procurar descobrir claramente quais são ganhos, tanto para a empresa quanto para o ambiente, que serão proferidos pela conclusão do projeto); Seleção do produto (escolher com base em análise de potencial qual produto será trabalhado ou criado com foco no ecodesign); 8 Definição do Brief (documento visual contendo todos os aspectos definidos até então do projeto, para que todos tenham conhecimento e possam se envolver no mesmo); Estabelecimento do plano (definição do plano de fato. O que será feito, como, por quem, para que e etc.). 2º Passo – Análise do produto: Definição da unidade funcional (definição, neste caso, de qual unidade ambiental o produto atenderá); Análise de mercado (analisar as necessidades do nicho de mercado alvo e etc); Análise ambiental (análise dos impactos ambientais ao longo do ciclo de vida do produto); Análise econômica (análise do retorno financeiro do produto); Análise dos requisitos legais (análise do produto perante leis e certificações); Echobenchmarking (comparação interna ou externa de produtos ou processos semelhantes); Revisão do Brief (adicionar novas informações ao documento). 3º Passo – Definição das estratégias de Ecodesign: Análise das estratégias de Ecodesign (analisar quais serão os princípios guia e as estratégias em potencial – serão explicadas posteriormente); Seleção das estratégias mais adequadas (dentre as analisadas, escolher as que se adequam a realidade do produto). 4º Passo – Desenvolvimento de novos conceitos: Desenvolvimento de conceitos de produto(estabelecer as características básicas e essenciais do produto); Análise e avaliação detalhadas do conceito de produtos (analisar com equipes multifuncionais o conceito até então estipulado); Definição do conceito final do produto (confirmação ou replanejamento do conceito do produto ocasionando no conceito final). 9 5º Passo – Detalhe do produto: Definição das especificações do produto (definição de especificações e medidas técnicas); Desenvolvimento do protótipo (fase de teste das especificações). 6º Passo – Produção e lançamento no mercado: Produção (manufatura do produto final real); Promoção interna do produto (teste por parte da própria organização); Lançamento no mercado (inserir o produto no mercado alvo estipulado). 7º Passo – Avaliação do produto e do projeto: Avaliação do projeto de Ecodesign (através de feedbacks avaliar o desenvolvimento e a consecução do projeto); Avaliação do produto final (também através de feedbacks avaliar o resultado final do produto); Relatório (elaborar relatório que contenha as informações acima e que será utilizado para tomada de decisões futuras). 8º Passo – Atividades de seguimento: Integração do design nos processos e sistema de gestão da empresa (tomada de decisão com base no sucesso ou no fracasso do produto: estudar a possibilidade de implementar a ótica do ecodesign em outras áreas da empresa); Do Eco(re)design à Eco-inovação e design para a sustentabilidade (tomada de decisão importante: pode significar apenas uma mudança no produto ou uma mudança total na filosofia da empresa). Neste contexto, é importante ressaltarmos também a existência de barreiras a implementação de projetos com enfoque em ecodesign. Algumas das mais recorrentes são Dificuldades de compreensão do Ecodesign; Fraca percepção do impacto; Convicção de que o Ecodesign implica em investimento elevado; Resistência à mudança; 10 Falta de talentos especializados; Dificuldades técnicas na adaptação a novos desenvolvimentos; Dificuldades em desenvolver equipes multi-funcionais. Princípios estratégicos do Ecodesign Durante a avaliação ambiental do produto ao longo do ciclo de vida, são identificados aspectos ambientais importantes e algumas ideias de melhoria podem surgir. Porém, o processo de geração de ideias fica incompleto se apenas for embasado em avaliações ambientais. Para o desenvolvimento de soluções ambientais efetivas e que levem em consideração de maneira holística todos os aspectos chave do desenvolvimento de um produto em Ecodesign, é necessário repensar o produto e sua função como um todo. Para tal, sugere-se uma lista de estratégias e princípios que devem ser seguidos durante um projeto de ecodesign. As estratégias de ecodesign, com os respectivos critérios ou medidas, podem ser usadas como um checklist para avaliar, qualitativamente, o perfil ambiental de um produto. A primeira das estratégias e o princípio mais inovador a ser seguido é etapa de levantamento de novas ideias e novas formas de atender as expectativas de projeto (tanto no aspecto produtivo da Ecoeficiência quanto a ao aspecto do produto do Ecodesign). É o passo que envolve maior criatividade e necessita de suporte constante da alta administração. A seguir os demais princípios chave: 1. Selecionar materiais de menor impacto (foco na ecoeficiência) 2. Reduzir o uso de materiais (foco na ecoeficiência) 3. Reduzir o impacto ambiental da produção (foco na ecoeficiência) 4. Promover embalagem e logística com enfoque ambiental (foco na ecoeficiência) 5. Reduzir o impacto ambiental no ciclo de vida (foco no ciclo de vida) 6. Aumentar a durabilidade (foco no ciclo de vida) 7. Otimizar o sistema de fim de vida (foco no ciclo de vida) 11 Métodos e ferramentas Ao longo das últimas décadas, diferentes métodos e ferramentas de ecodesign foram desenvolvidos para a avaliação de impactos ambientais, evidenciando potenciais problemas e conflitos e facilitando a escolha entre diferentes aspectos através da comparação entre estratégias de design ambiental. Tais métodos e ferramentas configuram-se como formas sistemáticas de lidar com questões ambientais durante o processo de desenvolvimento do produto e podem apresentar abordagens qualitativas, ou ambas. Diversas ferramentas focam-se no ciclo de vida de produtos, identificando potenciais de melhoria no desempenho ambiental em diversas fases do mesmo. Apesar do otimismo apresentado na virada do milênio em relação a esses métodos e ferramentas, atualmente a busca por comprovação dos seus benefícios, em escala global. E, justamente, a falta de tal comprovação é, potencialmente, uma fonte de descontentamento por parte de empresas manufatureiras. O intenso desenvolvimento de novos métodos e ferramentas de ecodesign em detrimento ao estudo e aprimoramento das existentes e a falta de integração do contexto do desenvolvimento de produtos, bem como sua ligação com a estratégia da empresa e com os processos de competição e cooperação, são possíveis explicações para a não obtenção das potencialidades do ecodesign. Seguem abaixo 11 métodos e ferramentas que comprovaram sua importância na aplicação no processo de desenvolvimento de produtos com enfoque em ecodesign: 1. Avaliação do Ciclo de Vida (ACV): utilizada para fornecer uma visão holística do desempenho ambiental total de um produto ao longo de todo o seu ciclo de vida, de forma a se entender a complexidade dos problemas ambientais. É geralmente utilizado para comparar produtos que desempenham a mesma função ou para determinar pontos críticos. 12 2. Matriz Eco-Funcional: maneira sistemática de incorporar adequadamente as propriedades funcionais necessárias e importantes para um produto ao menor preço ambiental possível. 3. Casa da Qualidade para o Ambiente (QFDE): ferramenta desenvolvida para a incorporação dos aspectos ambientais (requisitos ambientais e especificações de engenharia ambientais) no QFD tradicional para lidar com os requisitos tradicionais da qualidade e com os requisitos ambientais simultaneamente. 4. Matriz MET: os maiores problemas ambientais do ciclo de vida de um produto são identificados e utilizados para a elaboração de diferentes estratégias ambientais para melhoria do desempenho ambiental do produto. Os impactos ambientais são classificados nas categorias Ciclo de Materiais (M), Uso de Energia (E) e Emissões Tóxicas (T) 5. Matriz MECO: uma estimativa do impacto ambiental de cada fase do ciclo de vida (fornecimento de matéria-prima, manufatura, uso, disposição e transporte) é realizada através de estimativas das quantidades de materiais (M), energia (E), químicos (C) e outros materiais (O) utilizados na produção e uso do produto. 6. LiDS – Wheel (Estratégias de Design para o Ciclo de Vida): oferece uma visão geral do potencial de melhorias ambientais de um produto ao designer. Oito estratégias ambientais de melhoria são utilizadas nessa ferramenta: seleção de materiais com baixo impacto ambiental, redução do uso de materiais, otimização das técnicas de produção, otimização dos sistemas de distribuição, redução do impacto durante o uso, otimização da vida útil, otimização do sistema de gestão do fim de vida do produto e um novo conceito de desenvolvimento. 7. Matriz de Avaliação da Responsabilidade Ambiental do Produto (ERPA): utilizada para estimar o potencial de melhorias de um produto de acordo com o seu desempenho ambiental atual e desejado. Cada fase do seu ciclo de vida (pré-manufatura, manufatura, distribuição, uso e remanufatura/reciclagem/reuso) é avaliada de acordo com cinco critérios (escolha de materiais, uso de energia, resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões gasosas). O impacto ambiental de cada fase do 13 ciclo de vida é estimado através da pontuação de cadacritério de 0 (máximo impacto) a 4 (mínimo impacto). 8. Matriz de Design para o Ambiente (DfE Matrix): levanta questões relacionadas aos impactos ambientais do produto que podem não ter sido considerados previamente e fornece uma análise semi-quantitativa das alternativas de design do produto. 9. As Dez Regras de Ouro: guia o desenvolvedor de produtos quanto às questões gerais a serem consideradas através da sua aplicação de acordo com os desafios específicos de um produto particular. Consiste de um sumário de diversas linhas guias e manuais utilizados por empresas dos mais diversos setores, contendo recomendações de estratégias ambientais. 10. Análise ABC: realiza a avaliação dos impactos ambientais de um produto. O produto é avaliado em onze critérios diferentes e, de acordo com essa avaliação qualitativa, é classificado em uma das seguintes áreas: A = problemática (requer ações), B = média (a ser observado e melhorado) e C = sem perigo (nenhuma ação é requerida). 11. Análise do Efeito Ambiental (EEA): os impactos ambientais em todas as fases do ciclo de vida de um produto são identificados e avaliados de maneira sistemática, através da avaliação de todas as atividades do ciclo de vida do produto que possam ter influência ambiental significativa. Do Ecodesign ao Design para a Sustentabilidade O Design para a Sustentabilidade, como parte de uma evolução do conceito e metodologia de Ecodesign aplicado com sucesso por várias organizações e empresas, com benefícios significativos a nível económico e ambiental, é uma nova abordagem baseada num forte componente social como um fator chave nas estratégias de longo prazo. Nesta abordagem, empresas atuam de forma responsável, incorporando fatores ambientais e sociais no desenvolvimento do produto e adotando formas inovadoras para atender às necessidades do consumidor. 14 A Figura 3, a seguir, ilustra a evolução da abordagem do ecodesign para o design para a sustentabilidade, com ênfase em aspectos tecnológicos, aspectos funcionais e os prazos e os tipos de impactos considerados. Figura 3: Ecodesign para o Design para a Sustentabilidade Referências <http://www.adam-europe.eu/prj/5887/prd/1/2/InEDIC_MANUAL_PT.pdf> <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_sto_077_542_12125.pdf> <http://www.eesc.usp.br/ecoinovacao/files/Downloads/Sesso_B_- _A_Experincia_do_Brasil_no_Desenvolvimento_do_Modelo_de_Maturidade_e m_Ecodesign.pdf> 15 <http://pt.slideshare.net/marthaandya/conceitos-ecodesign>
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