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Gestão na Saúde e SUS Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª M.ª Solange Spanghero Mascarenhas Chagas Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Construção das Políticas de Promoção à Saúde Construção das Políticas de Promoção à Saúde • Mostrar como o processo histórico pelo qual passamos levou a intensas modificações na maneira que os governantes tratam e cuidam da saúde da população brasileira; • Perceber a evolução do pensamento, no qual o cuidar passou a envolver medidas de promoção, prevenção e recuperação da saúde. OBJETIVOS DE APRENDIZADO • Introdução; • Principais Objetivos da Implantação das Políticas de Promoção à Saúde; • Estratégias de Implantação das Políticas de Promoção à Saúde; • Responsabilidades das Gestões. UNIDADE Construção das Políticas de Promoção à Saúde Contextualização Os programas de ações voltados para a promoção da saúde demonstram grande esforço em proporcionar qualidade de vida tanto ao indivíduo como à toda comunidade. Tornou-se muito mais importante cuidar da vida para se diminuir o risco de adoecer, pois, ao ficar doente, o indivíduo tem muito mais chance de adquirir incapacidade per- manente, sofrimento ou até mesmo morte prematura. Temos como exemplo medidas preventivas de orientações fornecidas em relação à qua- lidade dos alimentos que devem ser ingeridos, de higiene pessoal e doméstica, associado à melhora do saneamento básico que levaram à diminuição de doenças da população. 8 9 Introdução Sabemos, por meio do estudo da Unidade anterior, que o processo histórico pelo qual que passamos, levou a intensas modificações na maneira como os governantes tratam e cuidam da saúde da população brasileira. Percebemos a evolução do pensamento, no qual o cuidar passou a envolver medidas de promoção, prevenção e recuperação da saúde. As ações atuais demonstram grande esforço em proporcionar qualidade de vida, tanto ao indivíduo como a toda comunidade. Tornou-se muito mais importante cuidar da vida, para que se diminua o risco de ado- ecer, pois, ao ficar doente, o indivíduo tem muito mais chance de adquirir incapacidade permanente, sofrimento ou até mesmo morte prematura. Temos como exemplo as medidas preventivas, como as orientações fornecidas em relação à qualidade dos alimentos que devem ser ingeridos, de higiene pessoal e domés- tica, associadas à melhora do saneamento básico, que levaram à diminuição de doenças diarreicas em crianças de várias regiões do país, contribuindo para uma melhora dos índices de morbi/mortalidade infantil. Destacamos, neste processo de evolução do pensamento, a importância da 8ª Confe- rencia Nacional de Saúde (CNS), ocorrida em 1986, que incentivou a criação de políticas sociais que defendessem e cuidassem da vida. Foi no relatório final dessa Conferencia que os fundamentos da proposta do SUS foram lançados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006): As discussões da VIII Conferência Nacional da Saúde, em março de 1986, resultaram na formalização das propostas do Movimento da reforma sani- tária (MRSB), ensejando mudanças baseadas no direito universal à saúde, acesso igualitário, descentralização acelerada e ampla participação da so- ciedade. A Conferência já apontava para a municipalização como forma de executar a descentralização. As bases do sistema atual, o SUS – Sistema Único de Saúde – foram dadas por esta conferência, que envolveu mais de 5.000 participantes e produziu um relatório que subsidiou decisivamente a Constituição Federal de 1988 nos assuntos de Saúde (PAULUS, 2006). Diante de todas as mudanças de pensamento, o grande desafio para o gestor federal do SUS é a proposta de políticas que coloquem as áreas encarregadas de ações sanitá- rias em contato com setores privados, não governamentais, e a sociedade, com o objeti- vo de discutir a qualidade de vida da população de forma que todos sejam responsáveis pelas ações que forem estabelecidas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006): A Constituição Federal de 1988 deu nova forma à saúde no Brasil, es- tabelecendo-a como direito universal. A saúde passou a ser dever cons- titucional de todas as esferas de governo, sendo que antes era apenas da União e relativo ao trabalhador segurado. O conceito de saúde foi ampliado e vinculado às políticas sociais e econômicas. A assistência é concebida de forma integral (preventiva e curativa). Definiu-se a gestão participativa como importante inovação, assim como comando e fundos financeiros únicos para cada esfera de governo (PAULUS, 2006). 9 UNIDADE Construção das Políticas de Promoção à Saúde Essa parceria passa a ser fundamental, pois os aspectos que provocam adoecimento da população surgem de vários fatores que precisam ser discutidos, como violência, desem- prego, habitação inadequada e, muitas vezes, até inexistente, falta de saneamento básico, dificuldade de acesso à educação, fome, qualidade do ar e da água e outros que dependem de ação conjunta entre vários setores do governo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Em 2005, o Ministério da Saúde estabeleceu, por meio da Agenda de compromisso pela saúde, três prioridades e formas de ação: • O Pacto em defesa da vida; • O Pacto em defesa do Sistema Único em saúde (SUS); • O Pacto de gestão. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). Quadro 1 Pacto pela Vida Trabalham com medidas que atuem sobre a saúde da população. Essas medidas definem as prioridades e estabelecem metas que devem ser alcançadas em todo o país, como: • Saúde do Idoso; • Controle do câncer do colo do útero e da mama; • Redução da mortalidade infantil e materna; • Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e en- demias, como a dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; • Promoção da Saúde; • Fortalecimento da Atenção Básica. Pacto em Defesa do SUS Refere-se às ações que tem por finalidade aproximar a população do SUS. Pacto de Gestão Refere-se à regionalização, à qualificação do processo de descentrali- zação, ações de planejamento, de programação e mudanças no finan- ciamento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). Principais Objetivos da Implantação das Políticas de Promoção à Saúde Promover a qualidade de vida da população e reduzir os riscos de adoecer advindos do modo de vida da população, das condições de trabalho, tipo de habitação, educação, acesso aos serviços essenciais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Estratégias de Implantação das Políticas de Promoção à Saúde As estratégias para a implantação foram criadas para atender às exigências do Pacto em defesa do SUS e estão expostas no organograma a seguir. 10 11 Figura 1 Fonte: Ministèrio da Saúde, 2010 Responsabilidades das Gestões O Pacto da gestão traz as responsabilidades que competem a cada gestor. Figura 2 Fonte: Ministèrio da Saúde, 2010 As ações específicas para implementação das Políticas de Promoção à saúde, como sendo propriedade do Pacto em defesa da vida, tem por objetivo, enfatizar e fortalecer a qualificação de estratégias, como as demonstradas no organograma a seguir. 11 UNIDADE Construção das Políticas de Promoção à Saúde Figura 3 Fonte: Ministério da Saúde, 2010 Todas essas medidas o objetivo de alcançar melhores resultados na situação de saúde da população brasileira e, para que isso aconteça, contam com a cooperação vinda das esferas governamentais (União, estado e municípios); com isso, pretende-se atingir as metas exigidas pelos princípios defendidos pelo SUS. 12 13 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Políticas Públicas de Saúde no Brasil Aylton Paulus Júnior, Luiz Cordoni Júnior. https://bit.ly/35AIbiT 13 UNIDADE Construção das Políticas de Promoção à Saúde Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política nacional de promoção da saúde/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasí- lia: Ministério da Saúde, 2006. 60p. (Série B. Textos Básicos de Saúde) ________. Ministério da Saúde. Secretariade Vigilância em Saúde. Secretaria de Aten- ção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde / Ministério da Saúde, Se- cretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – 3. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 60p. (Série B. Textos Básicos de Saúde) PAULUS JR. A.; CORDONI JR. L. Políticas Públicas de Saúde no Brasil. Rev.Espaço para a Saúde. Londrina. v.8. nº1. p.13-19, dez. 2006. 14
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