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CONTEXTUALIZADA ATENÇÃO AO PÉ DIABÉTICO Ana Carolina Torrezan Torete Ra: 01439814 Polo Sorocaba Superior de tecnologia em Podologia TEMA DE AULA: AVALIAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO 1 1. Discorrer sobre o passo a passo como deve ser realizada a avaliação sensório motora do pé diabético. Tem como objetivo principal a identificação da perda da sensibilidade protetora dos pés, para classificação de risco e prevenção de complicações. Os testes mais úteis para a pesquisa de neuropatia diabética foram as avaliações da sensibilidade tátil com o monofilamento e a vibratória. A seguir são apresentados os principais testes para avaliação neurológica: Figura 24 - Deformidades anatômicas do pé diabético. Fonte: apud. Manual do pé diabético. Ministério da saúde, BRASIL, 2016a. Pé diabético: rastreamento, avaliação e cuidado 91 Avaliação da sensibilidade tátil com Monofilamento Semmes-Weinstein de 10g 1. Devem ser testados 4 pontos na região plantar: hálux (região plantar da falange distal) e 1ª, 3ª e 5ª cabeças de metatarsos. 2. A incapacidade do paciente de sentir o filamento de 10g em um ou mais pontos, entre os quatro pontos testados, indica perda da sensibilidade protetora (PSP). 3. O monofilamento deve ser utilizado cuidadosamente, da seguinte maneira: · Mostre o filamento ao paciente e aplique-o em sua mão para que o indivíduo reconheça o tipo de estímulo. · Solicite ao paciente para manter os olhos fechados durante o teste. · Pressione o monofilamento sobre a pele (quatro pontos padronizados) e peça para que o paciente diga “sim” ou “não” durante o toque nas áreas de teste. Repita a aplicação duas vezes no mesmo local e alterne com uma aplicação simulada, na qual o monofilamento não é aplicado; faça três perguntas por local de aplicação, sendo 8 efetivas (aplicação do monofilamento duas vezes em cada um dos quatro pontos) e 4 aleatórias (uma pergunta sem aplicação do monofilamento). · Se o paciente não responder à aplicação do filamento em determinado local, continue a sequência aleatória e volte àquele local para confirmar. Duas respostas corretas por local testado descartam PSP. · Ao aplicar o monofilamento, mantenha-o perpendicularmente à superfície testada, a uma distância de 1-2 cm; com um movimento suave, faça-o curvar-se sobre a pele e retire-o. A duração total do procedimento, do contato com a pele e da remoção do monofilamento, não deve exceder dois segundos. · Se o monofilamento escorregar pelo lado, desconsidere a eventual resposta do paciente e teste o mesmo local novamente mais tarde. · Use uma sequência ao acaso nos locais de teste. · Havendo áreas ulceradas, necróticas, cicatriciais ou hiperceratóticas, calos/calosidades, avaliar a região circundante, pois os pacientes provavelmente não sentirão o monofilamento nestas regiões. · Demorará algum tempo para que as pessoas idosas se orientem para o que está sendo feito. · A percepção da sensibilidade protetora está presente se duas respostas forem corretas das três aplicações em cada área. Pé diabético: rastreamento, avaliação e cuidado 92 Conserve o filamento protegido, cuidando para não o amassar ou quebrá-lo, lave-o com água e sabão entre um paciente e outro. Não se deve usar o monofilamento em mais de 10 pacientes ao dia; ademais, um “repouso” de 24 horas é requerido para assegurar as 500 horas de meia-vida do instrumento em boas condições Para confirmação do diagnóstico de perda da sensibilidade protetora plantar é recomendado a realização do teste com monofilamento de 10g e um ou mais testes, podendo ser: avaliação da sensibilidade vibratória (diapasão), reflexos (martelo) ou dor (pino ou palito). Porém, por necessitarem de materiais ainda não padronizados e nem disponíveis em todas as unidades de saúde da rede básica, neste momento, optou-se por manter como padrão o teste de sensibilidade com monofilamento 10g. Avaliação da sensibilidade vibratória com o Diapasão 128Hz 1. Aplicar, inicialmente, o diapasão sobre uma proeminência óssea (por exemplo, cotovelo, clavícula, esterno, mento) para demonstrar ao paciente a sensação esperada. 2. Solicitar que o paciente feche os olhos. 3. Aplicar o diapasão perpendicularmente e com pressão constante, sobre o lado dorsal da falange distal do hálux ou de outro dedo do pé se o hálux estiver ausente. 4. Manter o cabo do diapasão até que a pessoa refira que deixou de sentir a vibração. Figura 26 - Aplicação do monofilamento 10g. Fonte: apud. Manual do pé diabético, Ministério da Saúde, BRASIL, 2016a. Figura 25 - Locais de aplicação do monofilamento 10g. Fonte: apud SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019a. Pé diabético: rastreamento, avaliação e cuidado 93 5. Repete-se a aplicação duas vezes, mas alterna-se com pelo menos uma aplicação “simulada”, na qual o diapasão não está vibrando. O teste será positivo se o paciente responder corretamente a, pelo menos, duas das três aplicações; e negativo se duas das três respostas estiverem incorretas, ou seja, quando a pessoa perde a sensação da vibração enquanto o examinador ainda percebe o diapasão vibrando. Figura 27 - Aplicação do diapasão 128 Hz sobre o Hálux. Fonte: apud. Sociedade Brasileira de Diabetes, 2019a. 2. Quais os instrumentos utilizados para avaliação da pisada de uma paciente diabético? Descreva os tipos de pisada. Existem alguns equipamentos, tais como a plantigrafia e a baropodometria, que emitem as impressões plantares, que podem ser analisadas, fornecendo informações para classificar o tipo de pé. A plantigrafia é a impressão grafada em papel das superfícies plantares dos pés com a carga do peso corporal. A baropodometria é um exame utilizado para avaliar complicações que atingem pés, pernas, joelhos e quadris. O diagnóstico é feito com a análise de imagens que mostram tipo de pisada, zonas de pressão, distribuição de carga e formato do pé do paciente. Assim, é possível detectar lesões que atingem as articulações da região inferior do corpo REFERÊNCIA https://www.minhavida.com.br/materias/materia-21453 https://www.google.com/search?q=plantigrafo&rlz=1C1CHZN_pt-BRBR959BR959&sxsrf=ALiCzsZLCRq8n0oklbjwviCL8PKlBOhYuw:1670448000451&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwiArLrdt-j7AhVyrZUCHZW2AQgQ_AUI1AcoAA&biw=1440&bih=700&dpr=1 https://palmipe.com.br/teste-da-pisada/ https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/053_Artigo_Pe_diabetico.pdf