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Políticas de Saúde para a Infância e Adolescência Qual era o papel da criança nessa sociedade sem infância? Revolução industrial: ❖ Leis sobre trabalho infantil; ❖ Aumento dos salários; ❖ Melhores condições de vida; ❖ Escola obrigatória; ❖ Advento da tecnologia; ❖ Menor demanda por mão-de-obra. Por que trabalho não é coisa pra criança? Os benefícios do brincar levam à reflexão de que as experiências da infância são únicas e insubstituíveis. Dessa forma, há de haver um cuidado ao afirmar que a importância da infância está somente na construção de um futuro mais sólido para o país. Sem desmerecer essa ideia, é importante que se tenha a clareza de que as crianças precisam e têm o direito de viver o presente, de forma despretensiosa, feliz e plena. Direitos da Criança: Mundo: ❖ 1946: criação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF); ❖ 1948: Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU); ❖ 1959: Declaração dos Direitos da Criança (ONU); ❖ 1973: Organização Internacional do Trabalho define 18 anos como idade mínima para trabalhos perigosos; ❖ 1989: Convenção sobre os Direitos das Crianças (ONU). Brasil: ❖ 1979: Código de Menores; ❖ 1988: Constituição Cidadã; ❖ 1990: Estatuto da Criança e do Adolescente - modifica o antigo “código de menores”. Em seu art. 132 define a obrigação de todos os municípios , criar, instalar e ter um funcionamento, no mínimo, um Conselho Tutelar; ❖ 1991: criação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA. Sendo esse o órgão responsável por tornar efetivos dos direitos, princípios e diretrizes contidos no ECA; ❖ 2016: Marco Legal da primeira infância. Como a sociedade assegura esses direitos à infância? Políticas públicas: ❖ Políticas públicas: são diretrizes definidas pelo Estado para lidar com um problema público e para garantir direitos; ❖ Políticas governamentais: são aquelas elaboradas e estabelecidas por atores governamentais e são um subgrupo das políticas públicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC): Estruturada em princípios, diretrizes e eixos estratégicos; "Promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante atenção e cuidados integrais e integrados, da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento." Princípios: ❖ Direito à vida e à saúde; ❖ Prioridade absoluta da criança; ❖ Acesso universal à saúde; ❖ Integralidade do cuidado; ❖ Equidade em saúde; ❖ Ambiente facilitador à vida; ❖ Humanização da atenção; ❖ Gestão participativa e controle social. Diretrizes: ❖ Gestão interfederativa das ações de saúde da criança; ❖ Organização das ações e dos serviços na rede de atenção; ❖ Promoção da saúde; ❖ Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da família; ❖ Qualificação da força de trabalho do SUS; ❖ Planejamento e desenvolvimento de ações; ❖ Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento; ❖ Monitoramento e avaliação; ❖ Intersetorialidade. Eixos estratégicos: ❖ Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido; ❖ Aleitamento materno e alimentação complementar saudável; ❖ Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral; ❖ Atenção integral a crianças em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz; ❖ Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade; ❖ Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno. Eixo estratégico I: Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido; ❖ Consiste na melhoria do acesso, cobertura, qualidade e humanização da atenção obstétrica e neonatal, integrando as ações do pré-natal e acompanhamento da criança na atenção básica com aquelas desenvolvidas nas maternidades, conformando-se uma rede articulada de atenção. Eixo estratégico II: Aleitamento materno e alimentação complementar saudável; ❖ Estratégia ancorada na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, iniciando na gestação, considerando-se as vantagens da amamentação para a criança, mãe, a família e a sociedade, bem como a importância do estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis. Eixo estratégico III: Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento integral; ❖ Consiste na vigilância e estímulo do pleno crescimento e desenvolvimento da criança, em especial do "Desenvolvimento na Primeira Infância (DPI)", pela atenção básica à saúde, conforme as orientações da Caderneta de Saúde da Criança, incluindo ações de apoio às famílias para o fortalecimento de vínculos familiares. Eixo estratégico IV: Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas; ❖ Consiste em estratégia para o diagnóstico precoce e a qualificação do manejo de doenças prevalentes na infância e ações de prevenção de doenças crônicas e de cuidado dos casos diagnosticados, com o fomento da atenção e internação domiciliar sempre que possível. Eixo estratégico V: Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz; ❖ Consiste em articular um conjunto de ações e estratégias da rede de saúde para a prevenção de violências, acidentes e promoção da cultura de paz, além de organizar metodologias de apoio aos serviços especializados e processos formativos para a qualificação da atenção à criança em situação de violência de natureza sexual, física e psicológica, negligência e/ou abandono, visando à implementação de linhas de cuidado na rede de atenção à saúde e na rede de proteção social no território. Eixo estratégico VI: Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade; ❖ Consiste na articulação de um conjunto de estratégias intrasetoriais e intersetoriais, para inclusão dessas crianças nas redes temáticas de atenção à saúde, mediante a identificação de situação de vulnerabilidade e risco de agravos e adoecimento, reconhecendo as especificidades deste público para uma atenção resolutiva. Eixo estratégico VII: Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno. ❖ Consiste na contribuição para o monitoramento e investigação da mortalidade infantil e fetal e possibilita a avaliação das medidas necessárias à prevenção de óbitos evitáveis. Programa Saúde na Escola (PSE): Organizado pelas Unidades Básicas de Saúde e as escolas; Componentes: ❖ Avaliação das condições de saúde; ❖ Promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos; ❖ Formação de profissionais de saúde e educação. Intersetorialidade.
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