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Rede GPON conceito e aplicações

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III SRST – Seminário de Redes e Sistemas de Telecomunicações 
Instituto Nacional de Telecomunicações – INATEL 
ISSN 2358-1913 
Setembro de 2015 
 
 
 
Abstract—The evolution of the services offered by the internet 
and the accession of more users with different profiles accessing 
telecommunications networks means that there is need for 
greater bandwidth in transmission systems. As a consequence it 
is necessary to upgrade systems with the development of new 
technologies to improve their access to available services users. 
The main feature of PON (Passive Optical Networks - Passive 
Optical Networks) is the use of passive optical components. With 
GPON configuration can better meet the growing demand, with 
getting higher rates of transmission. 
This paper presents the concept and applications associated 
with GPON networks. 
Index Terms—PON, OLT, ONT, ONU, GPON, FTTx. 
Resumo—A evolução dos serviços ofertados pela internet e a 
adesão de mais usuários com diferenciados perfis acessando as 
redes de telecomunicações faz com que haja necessidade de maior 
largura de banda nos sistemas de transmissão. Como 
consequência faz-se necessário aperfeiçoar os sistemas com o 
desenvolvimento de novas tecnologias para melhorar o acesso 
destes usuários aos serviços disponíveis. 
A principal característica das redes PON (Passive Optical 
Networks – Redes Ópticas Passivas) é o uso de componentes 
ópticos passivos. Com a configuração GPON é possível atender 
melhor à demanda crescente, com a obtenção de maiores taxas de 
transmissão. 
Neste trabalho são apresentados os conceitos e as aplicações 
associadas às redes GPON. 
Palavras chave—PON, OLT, ONT, ONU, GPON, FTTx. 
I. INTRODUÇÃO 
Por conta da demanda crescente de serviços que exigem 
mais tecnologia para atender às novas necessidades de um 
público cada vez mais exigente, as redes metálicas estão 
perdendo espaço para as redes ópticas. De olho nesta 
demanda, as operadoras de telecomunicações estão buscando 
canalizar seus investimentos na implantação de redes de fibras 
ópticas, visto que tais redes proporcionam um aumento nas 
oportunidades de oferta de serviços, com maior confiabilidade 
e apresentam uma diminuição bastante significativa das 
despesas operacionais, melhorando o resultado do negócio. [1] 
[2] [11] 
 A fibra óptica tem capacidade de tráfego com altas taxas de 
transmissão de forma confiável e segura, bem como apresenta 
atenuações mais baixas, se comparada a outros sistemas de 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de 
Telecomunicações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado 
de Pós-Graduação em Engenharia de Redes e Sistemas de Telecomunicações. 
Orientador: Prof. Msc. Edson Josias Cruz Gimenez. Trabalho aprovado em 
Junho/2015. 
transmissão, como por exemplo a comunicação via rádio, a 
qual é afetada pelas altas atenuações devido à distância e 
condições atmosféricas diversas. 
II. REDES PON – CARACTERÍSTICAS 
A utilização de elementos passivos é a característica mais 
importante das redes PON. Os elementos passivos utilizados, 
tais como emendas ópticas e spliters, não necessitam de 
energia elétrica para desempenharem seus papéis, portanto não 
há elementos ativos entre os clientes e a operadora. [11] 
O sinal óptico, uma vez injetado na rede, é compartilhado 
por todos os usuários ligados à mesma, fazendo com que o 
custo operacional seja diluído. O elemento responsável por 
compartilhar o sinal injetado na fibra é o divisor óptico 
passivo (splitter). O splitter divide os sinais ópticos de acordo 
com o nível de divisão especificado para cada caso e os 
distribui ao longo da rede, a partir do OLT (Optical Line 
Terminal) aos ONTs (Optical Network Terminal) ou ONUs 
(Optical Network Unit). [2] [11] 
As aplicações PONs operam atualmente com até 64 ONUs 
para cada OLT. A Figura 1 ilustra a arquitetura básica de 
transmissão de uma rede PON, com splitter 1:32. 
 
 
 
Figura 1 – Arquitetura de transmissão PON [1]. 
A. Elementos da Rede PON. 
O objetivo da rede PON é transmitir os sinais ópticos a 
partir dos OLTs, os quais são redirecionados pelos divisores 
ópticos passivos (spliters) e convertidos nos ONTs e ONUs, 
em formato eletrônico. Esses dispositivos disponibilizam em 
suas saídas os sinais elétricos para os equipamentos ligados a 
eles (aparelhos de TV, telefones, computadores, modens e 
outros). [2] [11] 
Os principais elementos de uma rede PON são indicados a 
seguir. [2] 
OLT (Optical Line Terminal) 
O OLT é o ponto de conexão entre a rede de acesso e o 
núcleo (core) da rede, faz a conversão do sinal elétrico-óptico 
Rede GPON: Conceito e Aplicações 
Odair José Picin1 & Edson Josias Cruz Gimenez2
e óptico-elétrico. Também consolida e concentra o tráfego, 
reduzindo as interfaces interligadas ao core da rede. A 
multiplexação dos diferentes usuários é realizada no OLT, 
conforme ilustra a Figura 2. 
 
 
Figura 2 – Funcionamento do OLT [2]. 
ONU (Optical Network Unit) 
A conversão do sinal óptico em sinal elétrico, que será 
encaminhado para as portas padrões dos equipamentos do 
usuário final, é realizada por este equipamento. O ONU possui 
banda dinamicamente alocada, na qual recebe e transmite 
sinais em um canal próprio, possibilitando ainda a utilização 
de SLAs (Services Level Agrement) e QoS (Quality of Service) 
próprios. A Figura 3 ilustra o funcionamento típico das ONUs. 
 
 
 
Figura 3 – Funcionamento da ONU [2]. 
 ONT (Optical Network Terminal). 
 O ONT pode ser comparado a um ONU, porém, instalado 
no ambiente do usuário e, com isso, ser utilizado para 
aplicações FTTH (Fiber To The Home) ou FTTB (Fiber To 
The Building). O ONT também possui duas portas Ethernet 
para tráfego de dados e até duas portas E1 para o transporte de 
voz. É geralmente utilizado em instalações residenciais ou 
corporativas. Na Figura 4 é possível verificar a topologia 
básica da rede PON e a localização dos ONTs. 
 
 
Figura 4 – Local da instalação do ONT [3]. 
B. Arquitetura, Topologia e Segmentos da Rede PON. 
Dois principais tipos de arquitetura que utilizam fibras 
ópticas são: configuração ponto-a-ponto (point-to-point) e 
configuração ponto-multiponto (point-to-multipoint), 
ilustradas na Figura 5. 
 
 
 
Figura 5 – Exemplo de rede ponto-a-ponto e rede ponto-multiponto [10]. 
 
Na configuração ponto-a-ponto utilizam-se fibras dedicadas 
para cada assinante, o que acarreta uma baixa penetração no 
mercado em função do alto custo de infraestrutura, se 
comparado ao custo da arquitetura compartilhada. [2] 
Na configuração ponto-multiponto uma mesma fibra pode 
ser compartilhada por múltiplos pontos de atendimento 
(corporativo e residencial) e não se usa elementos ativos entre 
OLT (Optical Line Terminal) e ONU (Optical Network 
Terminal) ou OLT (Optical Line Terminal), fazendo com que 
haja uma considerável economia (não há necessidade de 
pontos de captação de energia ao longo da rede (sites) e não há 
necessidade de manutenção em equipamentos eletrônicos). [2] 
 
A topologia básica de uma rede PON é baseada em 
arquitetura ponto-multiponto e é constituída de diferentes 
segmentos, conforme ilustra a Figura 6. Uma explicação 
rápida de cada um desses segmentos é dada a seguir. 
 
 
Figura 6 – Topologia básica de arquitetura PON [1]. 
Central de Equipamentos (Central Office) - Local onde 
estão instalados os equipamentos ópticos de transmissão, bem 
como o Distribuidor Geral Óptico (DGO) destinado à conexão 
entre os cabos ópticos e os equipamentos de transmissão. 
Deste local saem os cabos que são destinados aos pontos de 
distribuição. [1] 
Rede Óptica (Feeder) - Composta por cabos ópticos aéreos 
ou subterrâneos os quais transmitem o sinal da central aos 
pontos de distribuição. [1] 
Pontos de Distribuição/Centros deDistribuição - Locais 
onde é feita a divisão, a distribuição e a gestão do sinal óptico 
associado a uma determinada área. Geralmente utiliza-se a 
topologia em estrela, permitindo uma melhor utilização das 
fibras. Neste ponto se concentram as fibras que chegam da 
central e as fibras de acesso aos usuários. [1] 
Rede Óptica de Distribuição - É constituída de cabos 
ópticos, os quais levam os sinais dos pontos de distribuição às 
áreas de atendimento especificadas no projeto. Visando a 
facilidade na instalação, geralmente usa-se cabos com núcleo 
seco, autossustentáveis. Caixas de emendas são utilizadas para 
derivar as fibras e se obter uma melhor distribuição do sinal. 
Nas terminações desta rede, caixas de emenda terminal, 
também conhecidas como Network Access Point (NAP), são 
instaladas de forma estratégica para a distribuição do sinal e 
realização da transição da rede óptica de backbone (feeder) à 
rede óptica terminal (drop). [1] 
Rede Óptica Drop - É uma rede onde são implantados 
cabos ópticos autossustentados, de quantidade reduzida de 
fibras (baixa capacidade), os quais levam, a partir da caixa de 
emenda terminal (NAP), o sinal óptico até o assinante. Estes 
cabos podem terminar em Distribuidores Internos Ópticos 
(DIOs), onde ocorre a transição do cabo para cordão óptico, 
ou em caixas de bloqueios ópticos, onde ocorre a transição do 
cabo para a extensão óptica. [1] 
Rede Interna - É constituída de extensões ópticas ou 
cordões ópticos utilizados para levar o sinal, a partir da caixa 
de bloqueio óptico ou do DIO, até o receptor interno do 
assinante. Para evitar atenuação do sinal devido às curvas 
acentuadas que podem ocorrer nas edificações, geralmente são 
utilizadas fibras ópticas com características especiais, que 
suportam ângulos menores de curvaturas. [1] 
III. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA REDE GPON 
Um projeto visando especificar um padrão mais flexível 
para suportar taxas de transmissão mais altas em redes PON 
foi iniciado em 2001, pela FSAN (Full Service Access 
Network) - associação mundial de fabricantes e operadoras 
que implementam equipamentos com as tecnologias PON. [4] 
A ITU-T (International Telecommunication Union - 
Telecommunication Standardization Sector) elaborou e 
aprovou a arquitetura GPON (Gigabit PON) entre 2003 e 
2004, tendo como resultado, as especificações ITU-T G.984.x, 
em que são detalhadas as características gerais do sistema, são 
especificados os requisitos para camada física e camada de 
enlace de dados. 
Com o aumento dos serviços que podem ser oferecidos aos 
clientes, e com o aumento da capacidade dos mesmos, as 
principais operadoras de telecomunicações do mundo tendem 
a utilizar redes convergentes avançadas de banda larga 
baseadas em IP, que permitem oferecer mais serviços sobre a 
mesma infraestrutura. [11] 
A utilização da tecnologia GPON na evolução das redes de 
acesso atual pode ser justificada pelos seguintes argumentos: 
1. Tecnologia com elevado grau de padronização; 
2. Implementações comerciais disponíveis; 
3. Permite upgrade da rede existente; 
4. Percurso de evolução já previsto pela padronização; 
A Figura 7 mostra uma lista com normas do ITU-T 
associadas às redes GPON. [10] 
 
GPON
 
 
Figura 7 – Lista de Normas ITU-T [10]. 
A. Caraterísticas Gerais da GPON (G.984.1) [15] 
Elementos de rede: Uma Rede Óptica Passiva é constituída 
de em um terminal de linha óptico (OLT) situado no lado da 
operadora da rede e uma série de terminais de rede óptica 
associados, situados nas instalações do cliente (ONT) ou em 
armário de rua (ONU). A ligação entre estes terminais é 
suportada por uma rede óptica composta por fibras e 
dispositivos passivos (splitters) que dividem a potência do 
sinal óptico. A Figura 8 ilustra os elementos citados. 
 
Equipamento ativo
Equipamento ativo
 
Figura 8 – Elementos de Rede GPON [10]. 
B. Camada Física, PMD (G.984.2)[16] 
Limite de terminais de rede óptica por porta óptica 
PON de equipamento de central: Para cada porta PON pode-
se ter 64 terminais de rede óptica. Isto é conseguido mediante 
a utilização de divisores ópticos (splitters). Os divisores 
ópticos são elementos passivos que dividem o sinal óptico 
recebido na entrada, em vários sinais de saída de menor 
potência que o sinal de entrada. O nível final de divisão 1:64 
pode ser obtido combinando dois ou mais níveis (estágios) de 
divisão em cascata. A Figura 9 ilustra esta situação. 
OLT
ONT UC
ET Splitter
Splitter
Porta GPON
Nº UC  64
 
 
Figura 9 – Rede FTTH-GPON [10]. 
Taxas agregadas: As taxas agregadas são de 2,5Gbit/s no 
sentido da estação para o cliente. No sentido do cliente para a 
estação, embora a norma permita 2,5Gbit/s no máximo, as 
implementações atuais apresentam um débito agregado no 
sentido ascendente de 1,2Gbit/s. [10] 
Orçamento de potência óptica: O orçamento de potência 
óptica define os limites, superior e inferior, da atenuação 
permitida no percurso óptico entre a estação e o cliente. O 
limite máximo de atenuação condiciona o alcance geográfico 
da PON. A normalização define cinco classes de PON 
caraterizadas pelo seu orçamento de potência óptica. As 
classes são indicadas na Tabela 1. [10] 
 
TABELA I 
CLASSES PADRONIZADAS PELO ITU. 
 
CLASSE ATENUAÇÃO OBSERVAÇÃO 
 A de 5 dB a 20 dB 
 B de 10 dB a 25 dB 
 B+ de 13 dB a 28 dB Anexo 1 à norma de 2006 
 C de 15 dB a 30 dB 
 C+ de 17 dB a 32 dB Anexo 2 à norma de 2008 
As implementações atuais de GPON são classe B+, 
correspondendo assim a um limite máximo de atenuação de 
28dB. [10] 
Alocação de comprimentos de onda: A GPON utiliza 
WDM alocando três comprimentos de onda, dois no sentido 
descendente (1490ηm e 1550ηm) e um no sentido ascendente 
(1310ηm). Numa implementação típica GPON, os valores 
utilizados para os comprimentos de onda, e débitos, são os 
apresentados na Tabela 2. [10] 
 
TABELA II 
ALOCAÇÃO DE COMPRIMENTO DE ONDA. 
 
SENTIDO λ OBSERVAÇÃO 
Descendente 1490ηm 
 Saída do OLT (Equipamento 
GPON de estação) 
 Sinal digital (IPTV, Voip, acesso 
internet, VoD) 
 Débito agregado: 2,5Gb/s 
Descendente 1550ηm 
 Saída do equipamento RF 
 RFoPON (RF over PON): Sinal 
analógico (sinal RF que transporta 
vários canais de vídeo analógico) 
Ascendente 1310ηm 
 Saída do ONT (Equipamento 
GPON de estação) 
 Sinal digital (VoIP, acesso internet, 
canal de retorno – IPTV, VoD) 
 Débito agregado: 1,2Gb/s 
 
A Figura 10 ilustra uma implementação típica de rede 
GPON. 
 
Figura 10 – Implementação típica de rede GPON [10]. 
Funcionamento genérico da rede: Na rede GPON, no 
sentido descendente, toda a informação chega a todos os 
extremos da rede, no entanto cada ONT apenas reconhece a 
informação que lhe é destinada. No sentido do cliente para a 
estação todos os ONTs enviam ao meio físico por 
multiplexagem no domínio do tempo. A atribuição de 
intervalos de tempo é um processo dinâmico, liderado pelo 
OLT, que atribui a cada ONT um instante e um intervalo de 
duração para que o ONT transmita a informação armazenada. 
Através da Figura 11 é possível ter uma ideia sobre este 
funcionamento. 
 
A B C
A B C A B C
A B C
Sentido Descendente
A
A B C B
C
Sentido Ascendente
OTN A
OTN B
OTN C
B
C
A
OTN A
A
OTN B
B
OTN C
C
Splitter
Splitter
 
 
Figura 11: Funcionamento genérico da rede GPON [10]. 
 
As diversas formas de atendimento de uma rede GPON são 
especificadas de acordo com a demanda de uma determinada 
área, podendo ser mesclados os atendimentos residenciais e 
corporativos a partir de uma mesma estação (sala GPON), 
conforme ilustra a Figura 12. 
 
 
 
Figura 12 – Exemplo de Arquitetura GPON [6]. 
IV. PRINCIPAIS APLICAÇÕES (FTTX) 
O termo FTTx é utilizado para identificararquiteturas de 
redes de transmissão de alto desempenho, as quais são 
baseadas em tecnologia totalmente óptica. A sigla FTTx 
significa Fiber To The X, na qual X representa o tipo de 
arquitetura utilizada. [1] [5] [7] [10] 
A seguir, são relacionados alguns modelos de aplicações, 
com algumas particularidades de cada modelo. [1] [10] 
A. FTTA (Fiber To The Apartment) 
Neste modelo a rede óptica drop termina em um edifício, o 
qual pode ser comercial ou residencial, e chega em uma sala 
de equipamentos. A partir desta sala o sinal pode ser dividido 
através de divisores ópticos (splitters), sendo encaminhado aos 
apartamentos ou salas comerciais utilizando-se cordões ou 
extensões ópticas. Este modelo é semelhante à arquitetura 
FTTH. [1] 
B. FTTB (Fiber To The Building) 
Neste modelo a rede óptica termina em um prédio, podendo 
este ser comercial ou residencial. O encaminhamento interno, 
do ponto de chegada, na entrada do edifício, até o assinante, 
geralmente é feito utilizando-se uma rede de cabeamento 
estruturado. A chegada da fibra óptica na entrada do edifício 
evita degradação do sinal. [1] [7] [10] 
C. FTTC (Fiber To The Curb) 
Neste modelo a rede é formada por unidades remotas, as 
quais atendem um número reduzido de assinantes. A fibra é 
levada até armários situados no máximo a trezentos metros das 
edificações. A partir destes armários utilizam-se cabos de par 
metálico para transportar o sinal até os assinantes. [1] 
D. FTTD (Fiber To The Desk) 
Este modelo é utilizado quando a oferta de banda de 
transmissão necessita de capacidade adicional à das ofertadas 
nas redes locais. É um modelo que proporciona o uso de banda 
larga para transmissão de dados, voz e imagem, sendo usado 
principalmente para atendimento às redes de clientes 
corporativos. [1] 
E. FTTH (Fiber To The Home) 
Neste modelo a rede drop termina na casa do assinante. A 
realização da transição do sinal geralmente é feita com a 
utilização de DIOs (Distribuidores Internos Ópticos) ou FOBs 
(Bloqueios Ópticos). Uma vez realizada a transição, a 
condução do sinal até o receptor óptico do assinante é feita 
utilizando-se extensão óptica ou cordão óptico. [1] [10] 
F. FTTN (Fiber To The Node) 
Neste modelo as fibras ópticas são levadas diretamente da 
central telefônica até um armário de distribuição localizado na 
rua. Depois deste ponto o sinal passa por uma transformação, 
de óptico para elétrico, e é distribuído até os pontos de 
atendimento através de cabo metálico. [1] 
V. CONCLUSÃO 
A evolução tecnológica a respeito de GPON contribui com 
o atendimento das novas necessidades do mercado, que possui 
clientes cada vez mais exigentes e conscientes das 
possibilidades de inovação. Serviços de telecomunicações de 
alta qualidade podem representar um grande diferencial para 
clientes corporativos, podendo ter como consequência um 
grande diferencial em relação aos seus concorrentes e ganhos 
consideráveis em seus ramos de atuação. Já para clientes 
residenciais a oferta de novos serviços pode proporcionar até 
mesmo uma melhoria de qualidade de vida. 
O que se vê, na prática, é que a evolução tecnológica 
acontece com rapidez muito maior que a capacidade de 
implementação dessa tecnologia pelas empresas operadoras de 
telecomunicações, com isso, o cliente demora muito para ter 
acesso às melhorias que o sistema poderia oferecer. 
A qualificação de profissionais é essencial para que os 
serviços sejam entregues aos clientes com a qualidade 
disponível na tecnologia, a qual é indicada na divulgação e na 
comercialização do produto. 
Cabe aos órgãos competentes regularem os serviços 
oferecidos pelas operadoras de telecomunicações e exigir uma 
boa prestação de serviço por parte dos seus contratados, de 
forma a entregar um produto de qualidade e contribuir com o 
desenvolvimento de novas soluções. 
REFERÊNCIAS 
[1] PINHEIRO, J. M. S. “Redes Ópticas de Alto Desempenho”. Disponível 
em: 
<http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_redes_opticas_alto_d
esempenho.php>. Acesso em Junho/2015. 
[2] SANCHEZ,W. P. “PON: Redes Ópticas de Acesso de Baixo Custo”. 
Disponível em: 
<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialpon/pagina_1.asp>. Acesso 
em Junho/2015. 
[3] PADTEC. “Plataforma Metropad GPON”. Disponível em: 
<http://www2.padtec.com.br/br/php/gpon.php>. Acesso em Junho/2015. 
[4] Takeuti, Paulo. "Projeto e dimensionamento de redes ópticas passivas 
(PONs)". Disponível em: 
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18133/tde-22092005-
205226/pt-br.php>. Acesso em Junho/2015. 
[5] FURUKAWA. "Soluções FTTx". Disponível em: 
<http://www.furukawa.com.br/br/solucoes/na/adaptador/fttx-150.html>. 
Acesso em Junho/2015. 
[6] Forest Hill Networks. “Cable Competition”. Disponível em: 
<http://www.foresthillnetworks.com/Competition.html>. Acesso em 
Junho/2015. 
[7] “Entenda o FTTx”. Disponível em 
<http://douglasfab.blogspot.com.br/2010/11/entenda-o-fttx.html>. 
Acesso em Junho/2015. 
[8] BRKOPT-2024 - FTTH access architectures and solutions (2012 
London). Disponível em: 
<https://www.ciscolive.com/online/connect/sessionDetail.ww?SESSIO
N_ID=2763&backBtn=true>. Acesso em Junho/2015. 
[9] RIBEIRO, José Antonio Justino. Comunicações Ópticas 4ª Ed. São 
Paulo: Érica, 2009. 
[10] OI, Engenharia. Manual de Projeto FTTH Oi 1ª Ed. Rio de Janeiro: 
Departamento de Planejamento de Redes, 2014. 
[11] Serviços Banda Larga: O uso de Rede Óptica Passiva GPON. Disponível 
em: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblgpon/default.asp>. 
Acesso em Junho/2015. 
[12] KEISER, Gerd. FTTX concepts and applications, John Wiley & Sons, 
Inc., Hoboken, New Jersey, 2006. 
[13] KRAMER, G. Ethernet Passive Optical Networks, McGraw-Hill 
Professional Engineering, 309 páginas, 2005. 
[14] HAJDUCZENIA, H.J. da Silva; MONTEIRO, P.P. “EPON versus 
APON e GPON: a detailed performance comparison”. J. Optical 
Networking, vol. 5, no.4, pp298-319, april 2006. 
[15] ITU-T - G.984.1 - Gigabit-capable passive optical networks (GPON): 
General characteristics – Disponível em: https://www.itu.int/rec/T-REC-
G.984.1-200803-I/en. Acesso em Junho/2015. 
[16] ITU-T – G.984.2 - Gigabit-capable Passive Optical Networks (GPON): 
Physical Media Dependent (PMD) layer specification – Disponível em: 
https://www.itu.int/rec/T-REC-G.984.2-200303-I/en. Acesso em 
Junho/2015. 
 
 
 
Odair José Picin nasceu em Olímpia, SP, em 21 de novembro de 1965. 
Recebeu o título de Engenheiro Eletricista (Inatel, 1991). 
 De 1992 a 1998 atuou como engenheiro na empresa Formato Construções, 
em Cascavel (PR) onde, durante este período, foi responsável técnico em 
eletricidade (CREA-PR) e teve cargos como gerente de obras, gerente de 
projetos e gerente de contratos. De 1998 a 2003 atuou na área de treinamentos 
na Dale Carnegie Training, na filial de Cascavel (PR), com os cargos de 
instrutor e diretor de área. Em 2003 foi gerente de unidade na Fortesul 
Distribuidora em Curitiba (PR), empresa do ramo de alimentos. Entre 2003 e 
2007 coordenou equipes na prestação de serviços de implantação na Flórida, 
Georgia e Wisconsin para as empresas Comquest, Adhelphia e Charter, 
empresas operadoras de TV a Cabo nos Estados Unidos. De 2007 a 2008, foi 
gerente no Hotel Delta de Maresias, no litoral norte do estado de São Paulo. 
Em 2009 coordenou execução de obras de infraestrutura para FTTH para a 
empresa Verizon em Long Island, Nova Iorque e realizou atividades de site 
survey para ampliação e implantação de sistemas de comunicação 3G para a 
empresa Time Warner, em Cleveland, no estado de Ohio (EUA). Em 2010 e 
2011 atuou como coordenador de OSP (out side plant) na GVT, em Fortaleza 
(CE). Desde abril de 2011, trabalha na área de planejamento de rede externa 
da Oi, onde ocupa atualmente o cargo de especialista em telecomunicações 
consultor, no Rio de Janeiro(RJ). 
 
 
 
Edson Josias Cruz Gimenez - graduação em Engenharia Elétrica pelo 
Instituto Nacional de Telecomunicações (1987), especialização em 
Informática Gerencial pela Faculdade de Administração e Informática (1994), 
especialização em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade 
Católica de Campinas (1987) e mestrado em Telecomunicações pelo Instituto 
Nacional de Telecomunicações (2004). Professor titular do Inatel.

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