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GEOPROCESSAMENTO AMBIENTAL

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UNIVERSIDADE POTIGUAR 
ESPECIALIZAÇÃO EM LICENCIAMENTO E AUDITORIA AMBIENTAL 
Geoprocessamento Ambiental 
 Discente: Ricassilly Isac Bruno R. Lima 
 
GEOMORFOLOGIA 
A geomorfologia é a ciência que estuda as formas residuais da Terra, tendendo a 
estudar, analisar e identificar formas em todos os seus aspectos genéticos, cronológicos, 
morfométricos e dinâmicos. Este é um ramo da ciência que integra a geografia física e humana 
pois envolve os desastres naturais e a relação do homem com o meio ambiente e, ainda, no 
quesito geografia matemática com o estudo da topografia (SANTOS, 2020). Essa área de 
estudo pode ser subdividida em geomorfologia descritiva, genética, estrutural, climático e 
histórica. 
A geomorfologia estrutural se encarrega de estudar e analisar as estruturas geológicas 
que formam os relevos, sendo estes alterados constantemente por ações internas como 
tectonismos e vulcanismo (fatores endógenos), ou externas como o intemperismo e as ações 
humanas (fatores exógenos) na crosta terrestres. Logo, para compreender a relação desses 
fatores com as alterações geológicas é preciso entender a estrutura interna do solo terrestre e 
suas divisões. 
É importante ressaltar que a estrutura interna da terra não é uma massa homogência e 
estática. O solo terrestre tem em sua formação uma série de camadas sobrepostas que vão 
desde a superfície terrestre até o seu núcleo no centro da sua estrutura. Em resumo, a estrutura 
da terra é formada por uma crosta, a menor de todas as camadas, o manto onde estar 
concentrado um material pastoso denominado magma e, por fim, o núcleo. 
Além dessas divisões ainda existem as chamadas descontinuidades, classificação 
utilizada para determinar as zonas de transição entre as camadas. Entre a costa e o manto estar 
a descontinuidade de Mohorovic e, entre o manto e o núcleo estar a decontinuidade de Wichert-
Gutenberg. Essas camadas apresentam mudanças de características bruscas, principalmente no 
que diz respeito a sua composição química, refletindo em modificações na ondulações sísmicas 
e, ainda, no estado físico do material. 
As constantes movimentações existentes nessas camadas internas da terra, 
juntamentos com outros processo naturais, são os responsáveis pela formação das rochas em 
sua superfície. Dependendo da origem e tipo de formação, as rochas podem ser classificadas 
em: 
a) Magmáticas: aquelas formadas pelo magma que é expelido pelas erupções 
vulcânicas. Também são conhecidas como ígneas; 
b) Sedimentares: são resultantes da deposição de detritos de outras rochas ou, ainda, 
da deposição de matéria orgânica; 
c) Metamórficas: quando as rochamas magmáticas e sedimentares são submetidas a 
certas condições de temperatura, pressão e umidade elas se transformam 
formando as rochas metamórficas. 
 
Nas áreas onde estão presentes, predominantemente, rochas mais rígidas, as 
constantes pressões faz com que ocorram colisões entre essas rochas ocasioando ruptura nas 
mesmas. Essas rupturas são conhecidas como falhas que, após acontecerem, podem gerar 
deslizamentos em sua forma vertical ou inclinado. Já os dobramentos são mais ferquentes em 
áreas com predominância de rochas sedimentares onde, devido as pressões em sentido 
horizontal, acaba formando o enrugamento do relevo. 
 
 
Fonte: Mundo Educação 
 
As bacias sedimentares tem grande importância para os estudo geológicos e de 
fósseis. Além disso, são áreas de grande valor econômico, tendo em vista que seus sendimentos 
acumulados por milhões de anos são os responsável pela presença de rescursos orgânicos 
utilizados como fonte de energia, como por exemplo, o petróleo, o gás natural, o carvão 
mineral, dentre outras fontes. 
Essas bacias são formadas por depressões de relevo que com o passar dos tempos 
foram acumulando sedimentos. Tem em sua estrutura uma vasta quantidade de camadas que 
podem apresentar osos, restos de animais e vegetais, rochas, dentre muitos outros 
componentes. No Brasil, cerca de 60% de todo o seu território é formado por essas estrturas, 
sejam elas de grandes ou pequenas extensões. 
Além das áreas da geomorfologia já citadas, outras duas foram desenvolvidas para 
auxiliar os estudos sobre clima e pluviosidade. A geomorfologia climática se detém aos 
estudos nas condições climáticas em que determinada quadro geomorfológico estar inserido, 
já a geoformologia pluvial interessa-se pelos processos e formas geológicas que estão 
diretamente relacionadas com ao escoamento dos rios. Está, por sua vez, engloba o estudo das 
bacias hidrográficas e dos rios. 
Vale ressaltar que os rios são importantes agentes responsáveis pelo transporte de 
materias intemperizadores das áreas mais elevadas para as mais baixas e dos continentes para 
o mar, funcionando assim como canais responsáveis pelo escoamento desses materiais. Logo, 
esse escoamento fluvial é um processo integrante do ciclo hidrológico tendo sua alimentação 
através das águas superficiais e subterrâneas. 
 
Fonte: TEIXEIRA et al., 2000 
 
Os processo fluviais sofrem diversas alterações no decorrer do tempo e podem ser 
definidos, em escala espacial, pela distribuição da velocidade e da turbulência da corrente 
dentro do canal. Esses processos são cahamado de correntes pluviais e podem transportar a 
craga sedimentar de diferentes maneiras que variam de acordo com a graluação desses 
materiais e, ainda, pelas característica da própria corrente, podendo acontecer de forma 
desuspensão, saltação ou rolamento. 
As cargars transportadas podem ser classificadas em três formas diferentes: 
a) Carga Dissolvida: aquele transporte que ocorre por solução química e depende de 
vários fatores, tais como, vegetação, solo, rochas, dentre outros. Nesse tipo de 
transporte os materiais seguem na mesma velocidade que a água; 
b) Carga em Suspensão: são formadas por partículas mais finas, como silte e argila, 
que se mantém suspensas na água até a velocidade do fluxo decrescente; 
c) Carga do Leito do Rio: essas partículas apresentam uma granulometria maior, são 
exemplos a areia e os cascalhos, que vão saltando ou deslizando ao logo do leito 
fluvial. 
 
Esses processo fluviais sofrem variações que dependem, em conjuntos com outros 
vários fatores, das formas estruturais onde eles ocorrem. Essas estruturas são chamadas de 
formas fluviais e são divididas em bacias hidrográficas, canais fluviais e em formas 
desposicionais. Estas últimas incluem as planíceis de inundação, terraçoes fluviais e leques 
aluviais. 
As bacias hidrográficas são caracterizadas por drenar a água e os sendimentos para 
uma saída comum, em um detrminado ponto de um canal fluvial. O estudo dessas estruturas 
leva em cosideração toda a sua área drenada pelo conjunto do sistema fluvial, o seu 
comprimento, a sua forma, sendo esta determinada pelo índice de circularidade, a densidade 
de drenagem e a densidade dos rios. 
Os canais fluviais são considerados os agentes mais importantes no transporte de 
materiais do tipo sendimentos. Eles funcionam como corredores por onde ocorre o escoamento 
da água das partes mais altas para as mais baixas, sendo os receptores finais das alterações que 
ocorrem na bacia de drenagem. Esses canais apresenta-se de três formas, sendo elas, canais 
rochosos, aluviais e os semi-controlados. 
Outa definição importante para o estudo da geomorfologia pluvia é a de leitos de rios. 
Os leitos correspondem ao espaço ocupado pelo escoamento das águas e podem ser divididos 
em três partes: leioto vazante, onde ocorre o escoamento das águas baixas; leito menor, estar 
encaixado entre as margens dos rios, onde seu escoamento tem uma frequência suficiente para 
impedir o crescimento da vegetação; e o leito amior que determina a planície de inundação. 
 
Fonte: USP, 2015 
 
Por sua vez, os canais fluviais podem ser classificados levando em consideração a 
fisionomia que estes exibem ao longo do seu perfil longitudinal. Essas característicassão 
descrítas como retilíneo, entrelaçado, meadrante e anastomosado. É imporatante ressaltar que 
aqueles canais que não apresentam propriedades geométricas alteradas, como o retilíneo, 
tendem a mater certa proporcionalidade nas variáveis que determinam o fluxo de sendimentos. 
a) Canais retilíneos: sua existência estar associada a um leito rochoso homogênio 
que oferece uma certa igualdade de resistência à ação das águas; 
b) Canais anastomosados: apresentam vários canais com inpumeras ramificações 
separadas por ilhas; 
c) Canais meândricos: são formados por curvas sinuosas e poussuem um único canal 
que transborda nas épocas de cheias. 
As formas desproporcionais são classificadas em planíceis de inudação que são as 
mais comuns formas de disposição fluvial. Formadas a partir de detritos depositados durante 
as cheias dos rios, são periodicamente inundadas e tem seu tamanho determinado pela descarga 
do rio. Outro tipo dessas formas são os chamos terraços fluviais que representam antigas 
planíceis de inundações, com larguras variadas e tem sua formação diretamente relacioanda 
com as alterações climáticas e geológicas. 
Por último, os leques aluviais são outro tipo de formas desproporcionais e 
representam um corpo de sedimentos com um formato de cone. Apresentam até 100 km de 
raio e tem seu desenvolvimento concentrado em áraes onde há uma certa abundancia de 
sendimentos. Quando localizados em um clima árido pode haver a formação de de bajadas que 
são áreas capeadas por leques e acompanham uma frente montanhosa. 
A geomorfologia climática analisa os processos e formas de paisagens relacionadas 
com o clima que predomina na região. Assim, as condições climáticas tem grande importância 
na morfogênese do relevo terrestre. Logo, os climas podem ser divididos em zonais, regionais 
locais e microclimas onde todos tem sua parcela na formação dos processos geológicos 
observados na terra. 
Logo, é possível afirmar que a influência climática na origem dos relevos da terra 
ocorre de forma direta e indireta. Um exemplo de influência direta são as alternâncias de gelo 
nas áreas periglaciais, as fortes amplitudes térmicas que ocorem nos ambientes desérticos, , as 
precipitações pluviais que ocorrem nos rios, a atuação dos ventos nas áreas secas acarretando 
a formação de depressões, dentre inúmeras outras. 
Outro processo que causa modificações no solo, modificando sua dinâmica, é a 
erosão. Esse fenômeno ocorre através do desgaste do solo e das rochas de áreas mais altas para 
áreas mais baixas ocasionando na sedimentação de detritos conseguindo alterar, ao logo dos 
anos, paisagens, cursos de rios, relevos, dentre outros. Por ser um processo que ocorre no 
exterior da crosta terrestre este é classificado como um fator exógeno de modificação de 
relevos. 
Mesmo sendo um processo que ocorre de forma natural, a erosão pode ser 
causada/agravada pela ação humana. Essa forma tem um papel muito importante na alteração 
dos relevos e paisagens, podendo ocorrer devido ao desmatamento de florestas para pastos, 
estradas, cidades, dentre muitos outros motivos.esse tipo de erosão é considerado o mais fugaz 
e a mais violenta com a natureza devido, principalmente, a velocidade que ela ocorre. 
A erosão pluvial é aquela ocasionada a partir da transformação do relevo pela água 
das chuvas. Todo o processo começa pela infiltração dessas águas no solo, deixando-o 
enxargado e com uma grande quantidade de sedimentos livres o que facilita que sejam 
carreados para outras áreas por inúmeras outras ações da natureza. 
A erosão fluvial é causada pelos rios ao longo de seu curso, sendo mais comum de 
acontecer em áreas elevadas e com uma formação montanhosa, pois a gravidade tende a tornar 
o rio mais veloz o que ocasiona em margens com mais facilidade em passar pelo processo de 
erosão. Pode ainda contecer em épocas de maiores chuvas o que causa um aumento na 
disponibilidade de água. 
A erosão oceânica ou marinha acontece pela construção e destruição constante feita 
pelas águas dos mares nas área litorâneas. Também conhecida como abrasão, esse tipo de ersão 
pode produzir várias formas de relevos, tais como, as praias, as falésias e as restingas. 
Erosão glacial é aquela que ocorre com as geleiras. Essas estruturas atuam no 
ambiente como uma lixa sobre a rocha, tendo seu poder de abrasão maior que o do rio. 
Ocorrendo nos polos do planetas e nos picos mais altos das montanhas. A força e a intensidade 
do gelo consegue carrear solos e rochas que possam estar em seu caminho. 
Por fim, a erosão eólica é aquela que ocorre através das forças das massas de ar que 
transportam materiais capazes de desgastar as rochas e os solos. Tem maior concentração nas 
áreas áridas, semiáridas e desérticas. No seu processo de transporte pode ocorrer a formação 
de arcos, rochas e desertos pedregosos. 
Quando se analisa a estrutura geomorfológica brasileira é possível observar a 
formação de três tipos predominantes de relevos, sendo eles, as depressões e os planaltos, que 
juntos ocupam cerca de 95% de todo o território, e as planícies que ocupam cerca de 5%. As 
depressões e planaltos têm origem cristalina e sedimentar, já as planícies tem sua formação 
apenas por origem sedimentar. 
a) Planaltos: também chamados de platôs, essas áreas são terrenos elevados e planos 
marcados por uma altitude acima de 300 metros e com uma predominância de 
desgaste erosivo. Podem ser classificados em planalto sedimentar (formado por 
rochas sedimentares), planalto cristalino (formados por rochas cristalinas) e 
planalto basáltico (formado por rochas vulcânicas); 
b) Planície: são formadas por terrenos planos que não ultrapassam uma altitude de 
100 metros, sendo predominante o processo de acumulação de sedimentos. 
Podendo ser dividia em: planície costeira (constituídas pela ação do mar), planície 
fluvial (constituída pela ação dos rios) e planície lacustre (constituída pela ação 
de lagos). 
c) Depressões: são formadas pelo processo de erosão e caracterizam-se por serem 
terrenos inclinados e com altitudes abaixo das áreas ao seu redor, entre 100 e 500 
metros. Por sua vez são divididas em: depressões absolutas (localizadas abaixo 
do nível do mar) e depressões relativas (localizadas acima do nível do mar). 
 
Por fim, essas formações geológicas apresentam-se em quase que todas as partes do 
país. A maior predominância no território brasileiro são de planaltos, ocupando cerca de 
5.000.000 km² e presente em todas as regiões do país. Já as planíceis representam 3.000.000 
km² e estão presentes na região amazênica, no pantanal e nas áreas litorâneas.

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