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Escola Estadual Sagrado Coração de Jesus Diretoria Regional de Educação de Palmas Secretaria de Educação Equipe Pedagógica – EESCJ Tel.: (63) 3576-1072 1º Reunião Coordenadores Pedagógicos – Equipe Pedagógica 14/02/2023 Local: Sala LABIN “Afagar a terra; conhecer os desejos da terra. Cio da terra, propícia estação. e fecundar o chão.” Milton Nascimento Objetivos: - Refletir sobre a ação formativa do coordenador pedagógico, bem como o acompanhamento pedagógico (planejamento, aulas, atividades). - Definir a importância do registro das atividades realizadas semanalmente, como uma ferramenta de acompanhamento pedagógico. - IDEB/SAEB 2023 Análise dos indicadores de forma a revelar aspectos que devem ser objetivos fundamentais nos espaços organizados para formação dos professores. PARTE I Momento de Reflexão: leitura do texto - Se Assim é, Assim será? Silvinha Meirelles (Era uma Vez vol.4 – Edição Especial- abril-2007) Informes: · SGE; · Planejamento; · Entregas dos Livros didáticos; · Cópias; Coordenador Pedagógico em 2023 (entregar) manter portifólio de trabalho atualizado – Forma de registro adotada pela escola. PARTE II Documentos norteadores do trabalho em 2023 - Indicadores de qualidade – consultá-los para a construção do PPP da escola – e acompanhar de forma sistemática – mensal/bimestral; Tarefas para o próximo encontro: 24/02/23 – socialização dos avanços e dificuldades da quinzena, Plano de ação do CP, Leitura do texto Coordenação Pedagógica: Três Compromissos e uma Rotina- Luiza Helena da Silva Christov. Calendário Reunião Pedagógica de Trabalho Março 06 Março 20 Abril 03 Abril 17 Maio 02 Maio 15 Maio 29 Junho 12 Junho 26 “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota” Madre Tereza de Calcutá Muito obrigada pela presença! Josélia Pereira dos Santos Diretora da U.E. Leitura deleite Se Assim É, Assim Será? Tudo era bem normal lá em Santantônio da Lamparina. As crianças iam para a escola enquanto os pais trabalhavam. Todos riam, se divertiam e às vezes ficavam bem tristes também. Tomavam banho, soltavam pum e tinham coceira no pé, como toda gente em qualquer parte. Só tinha um detalhe, mínimo, insignificante, que deixava tudo com cara de esquisito e diferente: lá, o dia era escuro como a noite, e quando era noite era noite também. Os moradores estavam acostumados. Viviam à sombra da Lua, estudavam à luz de abajur, sabiam brincadeiras de escuro: gato-mia; cabra-cega, detetive… Os mais velhos diziam que lá sempre foi assim e que, se é assim, assim será até o fim; sentiam-se cansados de imaginar como seria viver num lugar claro e diferente. Os mais jovens sonhavam e diziam que conhecer o Sol era o maior desejo que tinham no mundo, no universo. Um desejo infinito. Por que ninguém pensava em se mudar dali? Porque lá havia o mais lindo luar e o mais delicioso banho de mar e um povo com um sonho em comum. Às vezes, coisas assim são suficientes para nos fazer ficar. Num dia noite, chegou um, chegaram dois e mais três ou cinco equilibristas. Era uma família de artistas! Enquanto uns tocavam, os outros faziam lances incríveis, coisa de especialista! Há muito tempo o vilarejo não recebia visita tão animada. Os equilibristas estavam acostumados a se apresentar até o Sol raiar e estranharam: já se sentiam cansados e nada de o dia clarear. – O Sol não vai aparecer? E foi assim que souberam que em Santantônio da Lamparina o dia era tão escuro como a noite e que já estavam acordados fazia dois dias e meio. – Daí o nome da cidade? – Daí o nome. – Mas por que é assim? – Diz meu avô que o avô dele dizia que o seu tataravô ensinou que é assim porque sempre foi assim e assim será até o fim! Os artistas acharam aquela explicação meio fraquinha, de quem já cansou de procurar solução. Avisaram que por cinco dias escuros e quatro noites treinariam um novo número exclusivo e então voltariam para o espetáculo de despedida! Voltaram. Voltaram com o número mais arriscado e sensacional de equilíbrio, coragem e precisão já visto em toda a história da humanidade! Precisaram de muita concentração. Foram subindo, um sobre o outro e sobre o outro e sobre o outro e sobre o outro ainda… Até que o menino equilibrista mais levinho e muito craque, com o braço bem esticado, atingiu o céu. Com a ponta do dedo fez um picote. Um pequeno rasgo no céu, por onde passou um facho de luz. Era mínimo, mas suficiente para iluminar de alegria e expectativa cada santantonio-lamparinense. Podiam saber como era o Sol, a luz e o calor que vinham do céu. Devagar o rasgo foi aumentando, sozinho, como furo de meia velha, que vai crescendo até virar um rombo… E um dia, Santantônio da Lamparina amanheceu toda e completamente iluminada! Os moradores, que nem tinham venezianas e cortinas, acordaram sobressaltados com tanta luz. Festejaram até o Sol raiar outra vez. Até hoje, não se cansam de ver o Sol nascer e depois o Sol se pôr e de novo o Sol nascer e mais uma vez o Sol se pôr. Acham graça, agradecidos. Conto de Silvinha Meirelles