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Exame físico em grandes animais

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Exame Físico
em Grandes
Animais
Luana C de Melo
Medicina Veterinária Fevereiro 2003
Universidade Estácio de Sá
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luana Cabral de Melo
 
 
Introdução à Semiologia Veterinária
Exame físico em grandes animais
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEVEREIRO 2023
 
 
 
EXAME FÍSICO EM GRANDES ANIMAIS
Inspeção em relação à Frequência Respiratória (FR) e Movimentos
Respiratórios (MR)
Fisiológico
O movimento respiratório normopneico é costoabdominal onde os grupamentos musculares
intercostais expandem o tórax e o diafragma que expande o abdômen, podendo ser observado
através do flanco do animal. Se o respiração for só torácico, costal ou abdominal já é indício de
algum problema não necessariamente no trato respiratório. 
Um animal que tem a respiração torácica provavelmente tem um desconforto abdominal, e no
caso de respiração exclusivamente abdominal é indício de desconforto torácico, podendo ser
uma fratura de costela, periostite dos arcos intercostais, estiramento das musculaturas
intercostais.
NORMOPNEIA - movimentos respiratórios normais.
TAQUIPNEIA - aumento da FR. Ocorre nos casos de dor, síndrome febril e diminuição da
oxigenação.
BRADPNEIA - diminuição da frequência respiratória. Normalmente associado a patologias
ou depressão do SNC, traumas cranioencefálico, meningites.
APNEIA - ausência 
A contenção química gera bradpneia pela depressão do SNC e alguns fármacos como
propofol, podem gerar apneia por causar gravíssima depressão do SNC, causando parada
respiratória.
Classificação da atividade respiratória
Para classificar de forma geral atividade respiratória é necessário avaliar qual o tipo de
movimento respiratório, o ritmo e a postura.
Eupneia 
Movimento respiratório toracoabdominal ritmado e postura normal.
Em relação à normalidade do ritmo se espera que seja 1:2, sendo 1 tempo de inspiração e 2
tempos de expiração no animal em repouso. Na inspiração há gasto de energia pela contração
dos músculos intercostais e diafragma, e a expiração é o relaxamento, sendo um movimento
mais prolongado.
Animais em estresse ou sob exercício realizam o rítmo de 1:1, por fazer força para inspirar e
expirar.
Dispneia
Dificuldade respiratória caracterizada por alteração em qualquer parâmetro respiratório.
A postura dispneica consiste em membros anteriores afastados do eixo do corpo para expansão
do tórax, cavidade oral aberta para maior captação de ar do ambiente e pescoço esticado para
manter mais retilíneo a passagem de ar.
Respiração de Cheyne- Stokes
Se caracteriza por uma dispneia, alterando o ritmo respiratório causando uma inspiração e
expiração superficiais , misturada com movimentos respiratórios profundos intercalados por
períodos de apneia respiratória, retornando para o quadro de dispneia. Essa respiração é
característica de processos inflamatórios e infecciosos do sistema respiratório como
broncopneumonia e pneumonia metastática que se caracterizam pela instalação de êmbolos
sépticos ou neoplásicos no pulmão.
A pneumonia metastática se caracteriza por processos neoplásicos dentro do pulmão, podendo
ser primário ou secundário, quando surge em outro órgão e um êmbolo neoplásico ganha a
corrente sanguínea e se aloja no pulmão. Outra possibilidade de pneumonia metastática é por
processos infecciosos crônicos como um abscesso hepáctico que se rompe e libera o êmbolo
que obstrui a circulação pulmonar. Geralmente são de cunho superagudo e se caracterizam por
uma grande hemorragia nasal e oral.
DISPNEIA -> RESPIRAÇÃO SUPERFICIAL -> APNEIA -> DISPNEIA
Respiração de Biot
Se caracteriza por respiração de amplitude variável com períodos de apneia. É característica de
processos patológicos do SNC, não mantendo padrão respiratório. Traumas cranioencefálicos,
meningites fúngicas e bacterianas, encefalomelites.
Respiração de Kussmaul
Se caracteriza por inspirações profundas seguidas de apneia e expirações curtas seguidas de
apneia. Característica de animais que apresentam dor no movimento respiratório que pode ser
causada por inflamações acentuadas ou traumas no gradil costal como pleurite, pericardite,
fratura de costelas.
Classificação do corrimento nasal
O corrimento nasal é um sinal clínico importante de patologia do sistema respiratório,
podendo se apresentar de diversas formas.
Serosa
Secreção translúcida e cristalina com baixa viscosidade, característica de processos alérgicos e
nos momentos inicias de infecção. Os problemas alérgicos são mais propensos no inverno pelo
ar seco que interfere na resposta mucociliar pela desidratação do muco e consequentemente a
entrada de patógenos , bem como na primavera pela proliferação de pólen. A troca de cama
também pode gerar esse tipo de secreção pela suspenção de partículas 
Mucosa
Secreção translucida e cristalina com alta viscosidade, característica de agravamento de casos
alérgicos ou inicio da manifestação clínica de processo infeccioso.
Purulenta
Secreção de alta viscosidade amarelo esverdeado característica de processos infecciosos. 
É necessário ter cuidado na avaliação das narinas de bovinos por terem o plano nasolabial
fusionado acarretando o acúmulo de alimentos.
Hemorrágica
Secreção com conteúdo hemorrágico caracterizada por por traumas circulatórios e
extravasamento de sangue para dentro do parênquima respiratório.
Em equinos geralmente associada a traumas circulatórios e em bovinos pode ser por
pneumonia metastática ou reticulopleurite traumática que consiste na ingestão de corpo
estranho que perfura o retículo, o diafragma e a pleura gerando hemorragia.
Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercícios (HPIE) 
Ocorre pela ruptura de vasos nos alvéolos. Pode ser graduada pela quantidade de sangue da
seguinte forma.
Grau 1 e 2 - não é perceptível a hemorragia, somente interna com redução de performance e
intolerância ao exercício, sendo diagnosticada por endoscopia. 
Grau 3 - ocorre estrias de sangue
Grau 4 - extravasamento de sangue por uma fossa nasal
Grau 5 - extravasamento de sangue pelas duas fossas nasais.
É permitido o uso da furosemida para aumentar a diurese e a eliminação de líquido com
consequente queda na pressão.
Palpação
Realizada com o uso das mãos.
Percussão sonora
Realizada com o uso de martelo e plessímetro. 
BIBLIOGRAFIA
Aulas de Semiologia Veterinária
Professor Rodrigo Hanke
FEITOSA, Francisco Leydson F.
Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico - 3ª edição
São Paulo: Roca, 2014

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