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Intensivao de Medicina Preventiva

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Prévia do material em texto

J 
.. 
INTENSIVÃO 2013 - MEDICINA PREVENTIVA 
PARTE 1 
MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA/ DECLARAÇÃO DE ÓBITO ................................... 3 
PARTE li 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS/ TESTES DIAGNÓSTICOS .................................... 11 
PARTE Ili 
VIGILÂNCIA DA SAÚDE/ PROCESSO EPIDÊMICO/ SAÚDE DO TRABALHADOR. 17 
PARTE IV 
' ' SISTEMA UNICO DE SAUDE ...................................................................................... 23 
EDITOR 
CASSIO ENGEL 
COEDIÇÃO E ORGANIZAÇÃO 
MÁRCIO ROCHA 
ROGÉRIO PAIVA 
ANTONIO PAULO 
MARCELLO NtCOLICH 
KAREN PANISSET 
FLÁVIA NARDES 
- , , 
COAUTORIA E SUPERVISAO DE CONTEUDO DIDATICO 
MÁRCIO ROCHA 
MARCELLO N ICOLICH 
• 
TRATA A PRESENTE COLEÇÃO DE OBRA DERIVADA COLETIVA DE COLABO- - , ARTE FINAL/ PRO DUÇAO GRAFICA: CAUZZI - , -RAÇAO. E PROIBIDA A REPRODUÇAO TOTAL OU PARCIAL, POR QUALQUER 
' ,,, , 
MEIO OU PROCESSO, INCLUSIVE QUANTO AS CARACTERISTICAS GRAFICAS 
E / OU EDITORIAIS. A VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS CONSTITUI CRIME 
(CÓDIGO PENAL ART. 1 84 E §§, E LEI 6.895/ 80} , SU.JEITANDO-SE À 
BUSCA E APREENSÃO E INDENIZAÇÕES NA FORMA LEGAL (LEI 9.61 0 / 98). 
- I IMPRESSAO: ZIT GRAFICA E EDITORA 
COPYRIGHT © 2013 BY MEDERI EDITORA 
DE ES P EC IALI DADES MÉDICAS LTDA. 
PARTE 1 
-, - , 
MEDIDAS DE SAUDE COLETIVA / DECLARAÇAD DE DBITD 
"O mundo vem enfrentando um envelhecimento 
progressivo de sua população. Em 1950, 
havia 214 milhões de pessoas com 60 anos 
ou mais e as estimativas indicam que serão 
1 bilhão em 2025. 
O Brasil, a exemplo de outros países, enfrenta 
o mesmo fenômeno. A população brasileira 
envelhece rapidamente. Projeções indicam 
que em 2025 o Brasil terá cerca de 34 milhões 
de pessoas acima de 60 anos, 1 Oo/o da 
população, sendo o país com a sexta maior 
população de idosos em todo o mundo. 
A esperança de vida ao nascer do brasileiro 
atingiu 73,4 anos em 201 O. Trata-se de um 
ganho de três anos em relação a 2000. 
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística), que elaborou a Tábua 
de Vida, o país foi beneficiado pelo declínio da 
mortalidade infantil. No Brasil, entre 2000 e 
201 O, essa taxa caiu de 24, 7 para 16 por mil 
nascidos vivos. 
De acordo com o instituto, houve relativa 
melhora no acesso da população aos 
serviços de saúde, além de campanhas de 
vacinação, aumento de pré-natais, alta na 
escolaridade e no saneamento e a mudança 
dos indivíduos em relação a enfermidades. 
Os números apresentados tornam-se ainda mais 
expressivos quando tomamos consciência da 
relação diretamente proporcional que a doença 
de Alzheimer mantém com o aumento da idade. 
4 
Esses dados são úteis para demonstrar a 
importância da doença de Alzheimer no nosso 
meio, alertando os planejadores de saúde. 
Para os epidemiologistas esta situação 
espelha um verdadeiro desafio: há uma 
erdadeira epidemia de demência emergindo; 
a carga que os serviços de saúde pública 
suportam atualmente já é grande; 70 a 80o/o 
dos pacientes demenciados vivem em seus 
omicílios; e a doença de Alzheimer, causa 
mais comum de demência, é uma doença 
incurável, de causa desconhecida, cuja 
prevalência e incidência aumentam 
dramaticamente com a idade. 
No Brasil não há dados objetivos com 
respeito à doença de Alzheimer, porém é 
possível, com base em alguns índices, 
estimarmos a sua frequência em nosso meio: 
a taxa estimada de incidência para a doença 
e Alzheimer aos 60 anos é de cerca de 1 Oo/o. 
taxa dobra a cada 5 anos e ao redor dos 
85 anos é nove vezes maior que aos 69 anos 
de idade. As taxas de prevalência apresentam 
aumento geométrico a partir dos 60 anos de 
idade, ultrapassando de 50o/o aos 95 anos. 
Utilizando esses dados de outros países, com 
base nas estatísticas populacionais brasileiras 
o último censo (IBGE- 201 O), estima-se a 
prevalência da doença de Alzheimer em nosso 
meio em 1 milhão e 200 mil de pacientes, com 
a incidência de 100 mil novos casos por ano." 
Fonte: www.alzheimermed.com.br 
M EDGRUPO - R ES IOtN CIA M ÉDICA 20 1 3 
1 - Julgue os itens e assinale o incorreto. 
a) prevalência de uma determinada doença é 
a expressão do número de casos novos e 
antigos da mesma. 
b) a incidência depende do número de casos 
novos de uma doença. 
c) a prevalência de uma doença varia propor-
cionalmente com o produto da incidência pela 
duração da doença. 
d) a não instituição de tratamento em doen-
ças curáveis pode provocar aumento da pre-
valência. 
e) a melhoria das possibilidades diagnósticas 
está relacionada à diminuição da prevalência. 
2 - Uma determinada doença possui inci-
dência de 1 O casos novos por 10.000 habi-
tantes e prevalência de 6 casos por 1.000 
habitantes. Qual é a duração desta doença 
em anos? 
a) 24 anos. 
b) 12 anos. 
c) 1 O anos. 
d) 6 anos. 
e) 3 anos. 
PARA LER EM CASA! 
Considerando as principais medidas de 
morbidade utilizadas em Epidemiologia, 
assinale a alternativa INCORRETA: 
a) a incidência somente considera os casos 
novos identificados numa população e em 
determinado período. 
b) a densidade incidência é uma maneira 
mais intensa de avaliar o risco, pois tam-
bém leva em consideração o tempo que as 
pessoas ficaram expostas. 
c) os coeficientes de prevalência são valio-
sos para o planejamento do setor saúde em 
função dos números existentes na comuni-
dade. 
d) para a identificação dos fatores de risco 
de doenças, as medidas de incidência são 
mais utilizadas. 
-INTENSIVAO PREVENTIVA 5 
e) a prevalência lápsica ou pontual é medida 
em um ponto definido do tempo, seja dia, 
A 
semana, mes, ano. 
Comentário 
Vamos às alternativas: 
Letra A: correta, pois a incidência só leva 
em consideração os casos novos. 
Letra B: correta, pois densidade incidência é 
uma outra maneira de utilizarmos o conceito 
de incidência. Aqui o denominador não são 
as pessoas em risco por um período especí-
fico de tempo, e sim as pessoas-tempo em 
risco para o evento. É utilizada quando pre-
cisamos medir o número de casos novos 
numa população que varia no tempo, por 
exemplo, a incidência de infecções hospita-
lares em que o denominador varia de acordo 
com as novas internações, altas e óbitos. 
Vamos entender com o exemplo: 
O estudo ao longo de quatro anos foi rea-
lizado com o objetivo de verificar se as 
pessoas iriam desenvolver leucemia após 
exposição ao benzeno. Veja a figura: 
Pomutnec:eu 2 anos no estudo • dosenvotvou e doença, 
Pormanecau 1 ano no estudo e nlo desenvolveu a doença 
Permaneceu 3 anos no estudo e desenvolveu • doença 
Perma:.oeceu 1 ano no estudo e nlo desenvolveu a doença 
t--+-+--t--t Penn;inoeeu 4 a:no5 no estudo • nllo d"envolveu a doença 
Cada período entre duas linhas verticais 
corresponde a um ano. 
Cada linha horizontal representa um indivíduo. 
As setas indicam que o paciente adquiriu a 
doença, enquanto os traços horizontais indi-
cam que o paciente não adquiriu a doença. 
Qual foi a densidade incidência desse estudo? 
Densidade incidência é igual ao nº de casos 
novos dividido pela soma dos períodos de 
tempo em que cada indivíduo permaneceu 
no estudo. 
O número de casos novos é fácil de encon-
trar. Quantos desenvolveram a doença? Dois 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
indivíduos. Mas como calcular a soma de 
tempo em que cada indivíduo permaneceu 
no estudo? Fácil! Paciente 1 = 2 anos; pa-
ciente 2 = 1 ano; paciente 3 = 3 anos; pa-
ciente 4 = 1 ano; paciente 5 = 4 anos. Ago-
ra é só somar: 2+ 1 + 3 + 1 + 4 = 11 pessoas 
ano. 
Então temos: densidade incidência = 2 / 11 
= 2 eventos para 11 pessoas ano. 
Letra e~ correta, pois medem todos os ca-
sos existentes de um agravo. 
Letra D: correta, pois avaliam somente os 
casos novos. 
Letra E: incorreta, pois prevalência lápsica 
ou por período mede a prevalência em um 
intervalo de tempo longo. Não concentra a 
informação em um único ponto. E lembrar 
que a prevalência lápsica ao medir a pre-
valência em um período, leva em conside-
ração todos os casos, incluindo os óbitos, 
as curas e a emigração (fatores que são 
retirados da prevalênciainstantânea ou 
pontual, que é aquela que mede a preva-
lência em um ponto definido do tempo, dia, 
semana, ano). 
Resposta letra E. 
OBJETIVOS 
- Entender as diferenças entre Coeficiente e 
Índice. 
- Diferenciar: Prevalência x Incidência. 
- Conhecer os fatores que alteram a Preva-
lência. 
- Definir o melhor parâmetro para avaliar do-
ença aguda e doença crônica. 
- Diferenciar: Incidência Acumulada x Densi-
dade de Incidência. 
3 - O coeficiente geral de mortalidade -
CGM - é um indicador muito empregado 
em avaliações de saúde coletiva por sua 
simplicidade de cálculo e resultados sim-
ples que refletem a experiência da popula-
-INTENS IVAO PREVENTI VA 6 
ção em termos de mortalidade. Sobre o 
CGM, pode-se dizer que: 
a) o numerador pode estar superestimado em 
localidades com maiores facilidades médico-
-hospitalares, que recebem doentes de outras 
áreas, se os óbitos forem tabulados segundo 
o local de ocorrência. 
b) no denominador, o principal fator de erro 
reside no fato de que o número de pessoas, 
na população que apresenta a doença, é su-
bestimado, pois faltam doentes que nele de-
veriam estar incluídos. 
c) permite comparações populacionais fide-
dignas entre vários países, independente da 
composição da população por idade, sexo e 
outros parâmetros. 
d) representa uma média para toda a popula-
ção e, por isto, é suficiente para informar sobre 
a situação dos diversos segmentos que a 
-compoem. 
e) para ser calculado depende somente de 
dados fornecidos pelo S 1 M. 
" ... A pesquisa enfoca as mudanças nas es-
truturas da mortalidade e de saúde durante 
a década de 90 no Brasil, grandes regiões e 
unidades da federação, segundo grupos etá-
rios específicos, constitufdos pelas crianças, 
adultos-jovens e idosos. 
No que diz respeito aos grupos infantis, 
enfatiza-se, inicialmente, a sua contribui-
ção relativa nos ganhos da esperança de 
vida ao nascer, comparativamente às de-
mais faixas etárias, no período de 1940 a 
2000. O quadro delineado ao longo do 
estudo aponta os progressos obtidos na 
redução da mortalidade infantil no País, 
particularmente a partir de meados da dé-
cada de 70, decorrentes de intervenções 
governamentais no âmbito das políticas 
públicas. É dada ênfase ao período 1990/ 
2000 em razão dos compromissos assumi-
dos pelo Brasil durante a Cúpula Mundial 
pela Infância, que previa decréscimos da 
M EDGRUPO - R ES IO t N C IA M É DICA 20 1 3 
mortalidade infantil , em cerca de um terço, 
até o final daquela década. 
Em relação aos jovens-adultos, observou-
-se que uma proporção importante deste 
segmento populacional , do sexo masculino, 
morre por causas externas/violentas, par-
ticularmente aqueles que compõem a faixa 
etária entre 15 e 39 anos de idade. Essas 
mortes precoces ampliam o número de 
anos de vida perdidos, com repercussões 
na redução da esperança de vida ao nascer 
masculina. Tal fenômeno é mais frequente 
nas regiões Sudeste e Nordeste e, entre as 
unidades da federação analisadas, no Dis-
trito Federal, Rio de Janeiro, Pernambuco e 
São Paulo. 
Finalmente, na análise realizada em relação 
aos idosos, chamou-se a atenção sobre a 
importância, tanto absoluta quanto relativa, 
que este grupo vem adquirindo dentro da 
nova estrutura demográfica brasileira. Além 
disso, a sua esperança de vida também 
vem aumentando. São destacadas as cau-
sas circulatórias como as principais res-
ponsáveis pela morte na faixa etária 
idosa. Destacou-se, ainda, a necessidade 
de políticas públicas de qualidade, nas áre-
as de saúde e outras do contexto social , 
como elementos fundamentais para tornar 
mais saudável essa sobrevida que vem 
sendo obtida." 
Fonte: OPAS - Organização Pan-America-
na de Saúde. 
PARA LER EM CASA! 
Observe os dados abaixo: 
Indicadores de mortalidade dos Municípios A 
e B durante o ano de 2000. 
Coeficiente de mortalidade geral 
Município A - 8,56/1000 
Município B - 6 ,56/1000 
-INTEN S IVAO P R E V E N T I V A 
Coeficiente de mortalidade geral padro-
nizado por idade (método direto) 
Município A - 5,45/1000 
Município B - 7,113/1000 
Razão de mortalidade padronizada (SMR) 
do Município Bem relação ao Município 
A - 1,57 
Assinalando estes dados é correto afirmar: 
a) a mortalidade no município B é menor do 
que a do município A e isto indica que o 
município B apresenta melhores condições 
de saúde do que o município A. 
b) a mortalidade padronizada por idade no 
município B é maior do que no município A 
e isto indica o município A possui uma po-
pulação mais jovem. 
c) a mortalidade padronizada por idade no 
município B é maior do que no município 
A isto indica o município B possui melhores 
condições de saúde do que o município A. 
d) o município B apresentaria 57º/o mais 
óbitos do que seria esperado se a força da 
mortalidade neste município fosse a mesma 
do que o município A. 
e) o município A apresenta 570 óbitos a 
menos do que o município B. 
Comentário: 
Letra A: se a população A apresentar maior 
número de idosos, tem uma probabilidade 
maior de ocorrer óbitos do que a população 
B com proporção menor de idosos. Com isso, 
o coeficiente de mortalidade geral será maior 
na população A do que na B. E desta manei-
ra poderíamos afirmar que a população A 
tem um sistema de saúde ou social pior do 
que a B? Claro que não, pelo contrário, pois 
são os idosos de uma população quem deve 
morrer. Portanto, alternativa incorreta; 
1 Letra B: primeiramente, o que é mortalida-
de padronizada? Serve para realizar a com-
paração entre coeficientes gerais, neutraliza 
a influência devida à composição etária, se 
esse for o fator de perturbação, por exem-
plo. Os coeficientes observados em todas as 
populações para serem comparados, são 
aplicados a uma mesma população padrão. 
7 
M EDGRUPO - R ES IOtN CIA M ÉDICA 20 1 3 
Agora sim posso comparar os coeficientes 
gerais. Ainda não entendi???? Veja o exem-
plo abaixo: 
Os coeficientes, por faixa etária, realmen-
te observados em todas as diferentes 
populações a serem comparados são apli-
cados a uma mesma população padrão de 
composição etária convencionada. A par-
tir daí é calculado o número total de óbitos 
que ocorrem nessa população padrão. 
Finalmente, é calculado o coeficiente pa-
dronizado, dividindo-se o número total de 
óbitos esperados naquela região pela po-
pulação padrão. Veja o exemplo abaixo: 
Vamos pegar a população mundial como 
população padrão. No ano de 2000 a popu-
lação mundial era de 3.045.370.000. 
Na África, o coeficiente de mortalidade geral 
em 2000 foi de 16,5 por 1.000 habitantes, 
já na Europa de 11 , 1 por 1.000 habitantes. 
Com esses dados, você pergunta: então são 
próximos? Claro que não podemos afirmar 
isso, pois na Europa tem que morrer mais 
indivíduos, pois tem a população mais velha, 
e não é isso que está ocorrendo. Então para 
podermos comparar vamos colocar os dois 
padronizados: 
Europa= 23.945.1213 (óbitos na Europa em 
2000) / 3.045.370.000 (população mundial) 
= 7,9 por 1.000 habitantes. 
África = 59.946.337 (óbitos na África em 
2000) / 3.045.370.000 (população mundial) 
= 19, 7 por 1.000 habitantes. 
Essa é a verdadeira realidade, pois ambos 
foram expostos a uma população padrão. 
Como estamos reparando, apesar de ser 
uma população mais velha, morre muito 
menos indivíduos. Portanto, tem um siste-
ma de saúde muito melhor. 
Voltando à alternativa: não necessariamente, 
pois pode indicar que a população A tem um 
sistema de saúde/social melhor do que B. 
Alternativa incorreta. 
Letra C: incorreta, pois pode indicar uma 
população mais velha. 
Letra D: correta, pois a razão de mortalidade 
padronizada foi de 1,57, ou seja, 57o/o a mais. 
-INTENSIVAO PREVENTIVA 
Letra E: incorreta, pois o que ocorre é que 
o município A possui 57o/o a menos de óbi-
to se tivesse a mesma força de mortalidade 
do município B. 
Resposta letra D. 
OBS: Na verdade o exemplo colocado na 
questão foi o coeficiente padronizado le-
vando em consideração todas as idades, 
e já mostramos o exemplo já chegando nos 
"final mentes", mas parafins de compara-
ção deve se seguir da seguinte maneira: 
em primeiro lugar se seleciona a população 
padrão. Como população padrão pode-se 
utilizar a soma das populações estudadas, 
somente uma delas ou uma terceira outra 
população. Em seguida, as taxas de mor-
talidade específicas por idade das popula-
ções estudadas são aplicadas nos grupos 
etários respectivos da população padrão, 
ou seja, multiplica-se cada taxa específica 
pelo número de pessoas no grupo etário 
da população padrão. Calcula-se assim, o 
número de óbitos esperados em cada gru-
po etário. A soma desses óbitos represen-
ta o número total de óbitos esperados nas 
populações estudadas se elas tivessem a 
distribuição etária padrão. Esta soma cons-
titui o numerador do coeficiente padroni-
zado. Este numerador dividido pelo total 
da população padrão (geralmente multipli-
cado por 1.000) nos dá o coeficiente de 
mortalidade padronizado por idade. 
8 
4 - Sobre a tendência de queda da mortali-
dade infantil no país nos últimos vinte 
anos, podemos afirmar: 
a) Quando há redução da mortalidade infantil , 
a mortalidade pós-neonatal tende a cair mais 
rapidamente que a mortalidade neonatal. 
b) De todas as causas de morte, a diarreia foi 
a única que não apresentou declínio. 
e) O declínio foi observado em todas as regi-
ões, exceto na Região Norte, onde as condi-
ções predisponentes permanecem imutáveis. 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
d) As maiores causas de mortalidade infantil 
são, por ordem decrescente, a diarreia, as 
infecções respiratórias e as malformações. 
e) Apesar da redução observada, houve uma 
diminuição das campanhas de vacinação, 
incentivo ao aleitamento e melhorias no sa-
neamento básico. 
5 - O coeficiente de mortalidade infantil 
(CMI) é expresso pela razão entre o nú-
mero de óbitos de menores de um ano e 
o número de nascidos vivos no mesmo 
período. Sobre esse indicador, é INCOR-
RETO afirmar que: 
a) Expressa o risco de uma criança morrer no 
seu primeiro ano de vida. 
b) O CMI neonatal compõe a maior parte do 
CM 1 em regiões subdesenvolvidas. 
c) O CMI neonatal tem diminuído, mas ainda 
está elevado. 
d) O CM 1 pós-neonatal tem também como 
denominador o número de nascidos vivos no 
mesmo período e local. 
e) O CMI neonatal não inclui os natimortos. 
SAÚDE DA MULHER 
Vigilância da Mortalidade Materna 
De acordo com os padrões propostos pela 
Organização Mundial da Saúde, a Morte Ma-
terna abrange todas as mulheres que morrem 
em decorrência de complicações decorrentes 
diretamente da gravidez (eclâmpsia- hemor-
ragia gestacional - complicações de aborto 
- infecção puerperal - entre outras), de com-
plicações de alguma doença preexistente 
(cardiopatias- diabetes- hipertensão arterial 
crônica - entre outras) ou de alguma doença 
que se instala durante a gestação ou puerpé-
rio e é agravada pelos efeitos fisiológicos da 
gravidez (broncopneumonias - pielonefrites 
- entre outras). 
A morte de mulheres por complicações na 
gestação, aborto, parto e puerpério, é evitável 
-INTENS IVAO PREVENTI VA 
e passível de prevenção em 90o/o das vezes, 
através de medidas eficientes de assistência 
à saúde, desde o planejamento familiar até 
os cuidados pós-parto, passando por todo o 
processo gestacional. Portanto, é considerada 
uma das mais graves violações dos direitos 
humanos dessas mulheres. 
Várias políticas públicas de saúde têm sido 
propostas para a redução da morte materna 
no Brasil e no mundo. Em 1987, a Conferência 
Internacional sobre Maternidade Segura rea-
lizada em Nairobi, no Quênia, iniciou uma 
discussão de proporções internacionais sobre 
a problemática da morte materna. Em 1990, 
a UNICEF retomou essa discussão, durante 
a Conferência da Infância. Nesse momento, 
o Brasil foi signatário, junto com países de 
todo o mundo, da Declaração e Plano de Ação 
para a Redução em 50°/o de suas taxas de 
mortalidade materna. Em 1994, na Conferên-
cia Internacional sobre população e Desen-
volvimento, ocorrida no Cairo e em 1995, na 
4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, em 
Beijing, China, novamente essa meta foi en-
fatizada [UNICEF/ OMS /FNUAP, 1997]. 
Na avaliação da magnitude do problema 
utiliza-se um indicador denominado Razão 
de Morte Materna (RMM), sendo considerado 
um dos mais importantes indicadores das 
condições de vida de uma população e da 
qualidade de assistência que lhe é prestada. 
A OMS considera aceitável uma RMM de 
até 20/100000 nascidos vivos (NV). O 
Canadá, os Estados Unidos, a Austrália e 
os países nórdicos têm RMM abaixo de 
20/100000 NV, enquanto a América Latina 
tem uma RMM estimada de até 190/100000 
NV. Na região central da África esses valores 
ultrapassam 1000/100000 NV. 
No Brasil, a RMM Oficial é de 68/100000 NV, 
apresentando diferenças importantes entre as 
várias regiões. Porém, a RMM Real do nosso 
país é desconhecida. O Brasil não possui um 
sistema nacional de investigação de casos de 
morte materna, lançando mão da aplicação 
9 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
de um fator de correção sobre as mortes ma-
ternas declaradas para se obter um valor 
aproximado da situação real. Em trabalho 
abrangendo 15 municípios da Região Norte, 
realizado em 2000, a ProF. D,.a. Ana Cristina 
Tanaka conclui que regiões menos desenvol-
vidas apresentam maiores RMM, confirman-
do que este é, de fato, um indicador da desi-
gualdade social do país como também da 
iniquidade da assistência recebida pelas 
mulheres. 
O Comitê de Mortalidade Materna do Municí-
pio de São Paulo vem pesquisando a situação 
da cidade há mais de 1 O anos, constatando 
que são as mulheres pobres, moradoras da 
periferia, com baixa escolaridade e com aces-
so restrito a serviços de saúde de qualidade 
as mais vulneráveis. 
O Brasil só poderá reduzir em 75°/o a mortali-
dade materna até 2015, como prevê a Orga-
nização das Nações Unidas (ONU) nos Obje-
tivos do Milênio, caso enfrente o problema em 
todas as suas dimensões, inclusive as relacio-
nadas ao direito sexual e reprodutivo. Houve 
avanços significativos no país desde a criação, 
em 2004, do Pacto pela Redução da Morta-
lidade Materna e Neonatal, que envolve go-
vernos e sociedade civil. Entre esses avanços 
a ONU citou a criação de mecanismos para 
prevenção, como os Comitês de Mortes Ma-
ternas, as políticas de humanização do parto 
e a obtenção de dados mais precisos sobre as 
causas dos óbitos maternos. 
Em 2006, com o lançamento do Pacto pela 
Saúde, a melhoria da saúde materna e are-
dução da mortalidade infantil foram reafirma-
das como ações prioritárias no Pacto pela 
Vida, implicando a obrigatoriedade da inclu-
são dessas ações nos Planos Estaduais e 
Municipais de Saúde, por meio da formaliza-
ção do compromisso dos gestores com o al-
cance de metas pactuadas de modo tripartite 
nos Termos de Compromisso de Gestão as-
sinados por estados e municípios. 
De 1990 a 201 O, o indicador de mortalidade 
INTENS IVÁD PREVENTI VA 1 o 
materna no país passou de 141 para 68 
óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. 
Também durante o período, houve redução 
em todas as causas diretas de mortalidade 
materna: hipertensão arterial (66, 1 º/o), he-
morragia (69,2°/o ), infecções pós-parto 
(60,3°/o), aborto (81,9o/o), e doenças do 
aparelho circulatório complicadas pela gra-
videz, pelo parto ou pelo pós-parto (42,?o/o). 
Desde 2008, o governo realiza uma espécie 
de gerenciamento das investigações de mor-
tes de mulheres em idade fértil (entre 1 O e 49 
anos). Os casos são analisados por equipes 
de vigilância dos estados e municípios, e as 
informações são repassadas ao ministério. 
O objetivo é avaliar as causas e as circuns-
tâncias da morte e verificar se os casos foram 
provocados por complicações gestacionais. 
Um relatório da Organização Mundial da 
Saúde (OMS) em parceria com o Fundo das 
Nações Unidas para a Infância (Unicef), o 
Fundo de População das Nações Unidas e 
o Banco Mundial da Organização das Na-
ções Unidas, aponta uma queda de 51 º/o no 
número de mortes maternas no Brasilentre 
1990 e 2010. 
Fontes: http://www.prefeitura.sp.gov. br; 
http://www.redesaude.org.br; http://www. 
agenciabrasil. gov. br 
6 - A mortalidade materna está relacionada 
à inadequação dos serviços de saúde para 
gestantes, à falta de planejamento familiar 
e à pobreza a que estão submetidos impor-
tantes contingentes de mulheres. Em rela-
ção à situação no Brasil, considera-se que: 
a) os óbitos maternos devem ser notificados 
e registrados através de via específica no Sl-
NAN. 
b) a variável sobre óbito materno não faz par-
te da declaração de óbito, dificultando o regis-
tro dessa causa. 
c) a morte materna pode ser evitada em cerca 
de 90°/o dos casos, devendo ser registrada na 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
declaração de óbitos de mulheres em idade 
fértil. 
d) o coeficiente relaciona o número de óbitos 
à gestação e ao parto com a população esti-
mada de mulheres com idade entre 15 e 49 
anos. 
e) para reduzir essas mortes, é estipulado que 
um pré-natal adequado deve ter o mínimo de 
seis consultas, sendo, preferencialmente, três 
no primeiro trimestre, duas no segundo trimes-
tre e uma no terceiro trimestre da gestação. 
OBJETIVOS 
- Diferenciar o Coeficiente de Mortalidade: Ge-
ral x Específica. 
- Sempre identificar a população exposta. 
- Saber se o Coeficiente de Mortalidade Geral 
-serve para comparaçao. 
- Conhecer o Coeficiente de Mortalidade Geral 
Padronizada. 
- Saber os tipos de Mortalidade Específica: 
Idade/ Causa. 
- Conhecer o Coeficiente de Mortalidade Ma-
terna: fórmula, fatores relacionados e contex-
to atual. 
- Conhecer o Coeficiente de Mortalidade In-
fantil: fórmula, fatores relacionados e con-
texto atual. 
- Variantes da Mortalidade Infantil: fórmulas, 
fatores relacionados em cada variante e con-
texto atual. 
No Brasil , a leishmaniose visceral é uma 
doença endêmica, no entanto têm sido 
registrados surtos frequentes. Inicialmen-
te, sua ocorrência estava limitada a áreas 
rurais e a pequenas localidades urbanas, 
mas, hoje, encontra-se em franca expansão 
para grandes centros. A LV está distribuída 
em 21 unidades da federação, atingindo as 
cinco regiões brasileiras. Nos últimos dez 
anos, a média anual de casos de LV foi de 
3.379 casos e a incidência de 1,9 casos por 
100.000 habitantes. 
-INTE NS IVAO PREV ENTI VA 11 
O Programa de Vigilância e Controle da LV, 
no Brasil, tem como principal objetivo a re-
dução do número de casos e de óbitos por 
meio do diagnóstico e tratamento precoces. 
No entanto, a letalidade aumentou de 3,4°/o, 
em 1994, para 5,5°/o, em 2008, o que repre-
sentou um incremento de 61 ,8o/o. A letalidade 
média nos últimos 4 anos foi 6,3°/o (Gráfico). 
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o 
1994 1~$ 1996 1007 1ooe 199'9 2000 2001 2002 2003 2004 
Ano 
Figura 1. Letalidade da leishmaniose visceral no Brasil, 1994 a 2004. 
A doença é mais frequente em menores de 
1 O anos (58°/o) e o sexo masculino é pro-
porcionalmente o mais afetado (61 o/o). 
A razão da maior suscetibilidade em crianças 
é explicada pelo estado de relativa imaturida-
de imunológica celular, agravado pela des-
nutrição, tão comum nas áreas endêmicas, 
além de uma maior exposição ao vetor no 
peridomicílio. Por outro lado, o envolvimen-
to do adufto tem repercussão significativa na 
epidemiologia da LV, pelas formas frustradas 
( oligossintomáticas) ou assintomáticas, além 
das formas com expressão clínica. 
No Brasil , em função da sua ampla distri-
buição geográfica, a LV apresenta aspec-
tos geográficos, climáticos e sociais dife-
renciados, envolvendo as regiões Norte, 
Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul. 
Na década de 90, aproximadamente 90°/o dos 
casos notificados de LV ocorreram na região 
Nordeste. Na medida em que a doença ex-
pandiu para as outras regiões, essa situação 
vem se modificando e, recentemente, a região 
Nordeste representa 48o/o dos casos do país. 
Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE - Guia da 
Vigilância Epidemiológica - 7ª edição - Bra-
sília - DF 201 O. 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
- Em uma determinada localidade, em um 
determinado ano, foram observados 120 
óbitos por AIDS e 120 óbitos por meningite 
em um total de 5000 óbitos. Assim, é COR-
RETO afirmar que: 
a) a AIDS e a meningite apresentam a mesma 
letalidade. 
b) as taxas de mortalidade são iguais para as 
duas doenças. 
c) a incidência de AIDS é seguramente maior 
do que a da meningite. 
d) a prevalência das duas doenças é igual. 
e) a taxa de incidência das duas doenças é 
igual. 
8 - Para uma doença grave, que apresenta 
curta duração e letalidade alta: 
a) o coeficiente de mortalidade tende a ser mui-
to mais alto do que o coeficiente de incidência. 
b) o coeficiente de incidência será muito mais 
elevado do que as taxas de mortalidade. 
c) os coeficientes de incidência e de mortalida-
de tendem a ser semelhantes. 
d) o coeficiente de incidência não guarda 
relação com o coeficiente de mortalidade. 
e) a prevalência tenderá a ser maior do que o 
coeficiente de incidência. 
OBJETIVOS 
- Conhecer a fórmula da Letalidade. 
- Entender a função da Letalidade. 
- Saber quanto a Letalidade pode variar. 
- Lembrar que as doenças não possuem leta-
lidade fixa. 
"Em todas as regiões brasileiras observa-se 
significativo deslocamento da mortalidade 
proporcional para faixas etárias maiores, 
como resultado da redução da mortalidade 
infantil e do aumento da expectativa de 
vida. Essa transição está mais adiantada na 
Região Sul, e incipiente na Região Norte, 
seguida da Região Nordeste." 
-INTE NS IVAO PREV ENTI VA 12 
• As bases de dados nacionais sobre 
mortalidade apresentam cobertura 
insatisfatória em muitas áreas do país, 
especialmente nas regiões Norte e 
Nordeste. 
•A subenumeração de óbitos pode estar 
desigualmente distribuída entre as diver-
sas faixas etárias, resultando distorções 
na proporcionalidade dos óbitos informa-
dos. Nas faixas etárias extremas (crianças 
e idosos), a subenumeração é geralmen-
te mais elevada. 
• O aumento percentual de óbitos em 
uma ou mais faixas etárias pode dever-
se, apenas, à redução da frequência em 
outras faixas. 
Fonte: www.ripsa.org.br / Ministério da Saúde: 
Sistema de Informações sobre Mortalidade 
(SIM). 
9 - Sobre as curvas de mortalidade propor-
cional, assinale a alternativa correta: 
a) As curvas do tipo 1, em forma de N, são tí-
picas de regiões desenvolvidas, com maior 
frequência de agravos fatais relacionados a 
faixa estaria pediátrica. 
b)As curvas do tipo li, em forma de L, refletem 
nível de saúde baixo, com a maior frequência 
de óbitos ocorrendo nos idosos. 
c) As curvas do tipo IV, em forma de J, carac-
terizam regiões subdesenvolvidas, em que os 
óbitos ocorrem fundamentalmente nas faixas 
etárias produtivas. 
d)As curvas do tipo Ili, em forma de U, indicam 
o melhor nível de saúde, com baixa proporção 
de óbitos nos grupos infantil, pré-escolar e 
• 
Jovem. 
e) As curvas do tipo IV, em forma de J, indi-
cam o melhor nível de saúde, com predomí-
nio quase absoluto de óbitos de pessoas 
idosas. 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
10-0 quadro atual da mortalidade no Brasil, 
na faixa etária de 1 aos 4 anos de idade, de-
monstra que as causas externas ocupam o: 
a) 1° lugar. d) 4° lugar. 
b) 2° lugar. e) 5° lugar. 
c) 3° lugar. 
11 - A principal causa de mortalidade de 
mulheres, de todas as idades, no Brasil, é: 
a) câncer de mama. 
b) câncer do colo de útero. 
c) doença cerebrovascular. 
d) câncer de pulmão. 
e) acidentes de transporte 
PARA LER EM CASA! 
Sobre a mortalidade por causas externas 
no Brasil, marque a alternativa incorreta: 
a) Entre 1990 e 2004, a taxa de mortalidade 
por causas externas aumentou em todas as 
regiões, exceto na Região Sudeste. 
b) A taxa de mortalidade por causas externas 
evidência uma acentuada e generalizada 
sobremortalidade masculina. 
c) Segundo os últimos dados do Ministério 
da Saúde, os homicídios ocupam o primeiro 
lugar nas regiões Norte,Nordeste e Sudes-
te; no Sul predominam os acidentes de 
transporte e na Região Centro-Oeste, o 
número de homicídios e de acidentes de 
transporte são equivalentes. 
d) As mortes devido a causas externas são 
mais frequentes na população na faixa etá-
ria de 20 a 29 anos. 
e) Levando em consideração toda popula-
ção brasileira, as mortes por causas exter-
nas constituem hoje a segunda principal 
causa de morte. 
Comentário 
Questão sem problemas e conceituai, a 
única alternativa incorreta é a letra E, pois 
as causas externas constituem hoje, a 
INT ENSIVÁD PREVENTI VA 13 
TERCEIRA principal causa de óbito. A 
principal causa de óbito são as doenças 
do aparelho circulatório e em segundo 
lugar as neoplasias. 
j2 - No Brasil, a principal causa de interna-
ção entre indivíduos do sexo masculino é 
de natureza: 
a) circulatória 
b) respiratória 
c) infecciosa 
d) genitourinária 
e) neurológica. 
~ 3 - Considere as assertivas abaixo sobre 
saúde maternoinfantil no Brasil: 
1 - Diarreia é a principal causa da mortalidade 
infantil. 
11 - As mortes no período neonatal (do nasci-
mento até 27 dias de vida completos) supe-
ram as do período pós-neonatal (entre 28 e 
364 dias de vida completos). 
Ili -A mortalidade materna por causas diretas 
é menor do que a determinada por causas 
indiretas. 
Quais são CORRETAS? 
a) apenas 1. 
b) apenas li. 
c) apenas Ili. 
d) apenas li e Ili. 
e) 1, li e Ili. 
~ 4 - O processo de transição vivenciado 
pela população brasileira, de jovem para 
estacionária, deve-se: 
a) ao aumento da fecundidade e da mortalidade. 
b) a queda da natalidade e ao aumento da 
mortalidade. 
c) a queda da fecundidade e da mortalidade. 
d) a queda da fecundidade e ao aumento da 
natalidade. 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
e) ao aumento da natalidade e a queda de 
mortalidade. 
:15 - Sobre a transição epidemiológica que 
o Brasil vem sofrendo nas últimas décadas, 
marque a alternativa correta: 
a) Está ocorrendo o recrudescimento de do-
enças infecto parasitárias, como malária, có-
lera e dengue. 
b) Os óbitos por causas externas vêm dimi-
nuindo na última década. 
c) Graças a campanhas do Governo, as do-
enças não transmissíveis vêm em declínio. 
d) Está ocorrendo o aumento das doenças 
transmissíveis. 
e) Temos o aumento importante das doenças 
crônico degenerativas. 
:16 - Dentre os grandes grupos de causas 
de mortalidade, o que responde pelo maior 
número de anos potenciais de vida perdi-
dos é o seguinte: 
a) neoplasias. 
b) doenças infecciosas e parasitárias. 
c) causas externas. 
d) doenças cardiovasculares. 
e) doenças crônicas não infecciosas. 
OBJETIVOS 
- Conceituar os Índices de Mortalidades 
(Mortalidade Proporcional): Causas / Idade. 
- Relembrar os Índices de Mortalidade por 
Idade: Infantil I Swaroop-Uemura 
- Índice de mortalidade Infantil no Brasil: em 
que época os menores de 1 ano morrem mais? 
- O ISU como indicador socioeconômico -
Como está o ISU no Brasil? 
- Curva de Nelson-Moraes - reconhecer os 
quatro tipos e a fórmula. 
- Curva de Nelson-Moraes - em qual curva o 
Brasil se encontra? 
INTENS IVÁD PREVENTI VA 14 
- Índice de Mortalidade por Causa: conhecer 
as causas de morte em cada faixa etária no 
Brasil. 
- Saber os principais dados do Brasil: 
demográficos I morbidade I mortalidade. 
PRECISÃO NAS DECLARAÇÕES DA 
CAUSA BÁSICA 
Ainda que a partir de 1948 fosse definida qual 
a causa a ser utilizada para as tabulações de 
mortalidade e qual a maneira de registrá-la 
no atestado, vários estudos têm demonstra-
do que as estatísticas de mortalidade por 
causa não são ainda inteiramente corretas. 
Está muito claro que o erro na declaração da 
causa básica é devido, principalmente, a não 
ter havido, em muitos locais, suficientes pro-
gramas de esclarecimento, junto aos médicos, 
sobre o preenchimento correto do atestado de 
óbito. O mesmo pode ser dito quanto ao en-
sino deste assunto nas escolas médicas. 
Não é raro, também, ocorrerem erros na de-
claração das causas de morte quando uma 
causa materna atua como causa básica de 
uma morte perinatal e o médico não informa 
essa causa, mas tão somente a complicação. 
Como exemplo, suponha-se um caso de 
desprendimento prematuro de placenta com 
intensa hemorragia e choque da mãe, sendo 
que a criança nasceu com anoxia intensa, 
vindo a falecer uma hora depois. Nesse caso, 
em último lugar no atestado de óbito da crian-
ça, deve-se informar o desprendimento pre-
maturo de placenta e, na linha de cima, a 
anoxia. É muito frequente os médicos infor-
marem apenas a anoxia, deixando de regis-
trar, no devido lugar, a causa básica. 
Milanesi e Laurenti estudaram uma amostra 
de óbitos do Distrito de São Paulo. Entre 
outros aspectos analisaram qual a propor-
ção daqueles considerados corretos, sendo 
que correto foi definido como o atestado que 
mencionasse a causa básica, mesmo tendo 
sido escrita fora do lugar apropriado, inclu-
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
sive na Parte 2. A causa básica era conhe-
cida através de informações adicionais, tais 
como entrevistas aos médicos que cuidavam 
do falecido, consulta ao prontuário dos hos-
pitais, laudos de autópsias e outros. Os 
autores verificaram que apenas 67,6o/o dos 
atestados foram preenchidos corretamente, 
sendo que grande parte dos considerados 
incorretos deveu-se ao fato de que os mé-
dicos não souberam preenchê-los. 
Algumas investigações realizadas no Brasil, 
sobre aspectos da mortalidade em adultos, 
em crianças, bem como estudo de causas 
múltiplas de morte, proporcionaram uma 
avaliação da qualidade das informações 
referentes à causa básica registrada pelos 
médicos, nos atestados de óbito. Assim, nas 
declarações de óbito de adultos no período 
1962/64, em São Paulo, como causa básica, 
a tuberculose (todas as formas) deveria ser 
declarada 16°/o a mais; o câncer no esôfago, 
42°/o; o câncer no estômago, 1°/o; a doença 
aterosclerótica do coração, Bo/o. 
Por outro lado, algumas causas foram de-
claradas como básicas maior número de 
vezes que deveriam ser; pois o estudo mos-
trou que, na realidade, mesmo existindo, no 
caso daquelas mortes, elas não tinham sido, 
a rigor, a sua causa básica. É o caso muito 
frequente das Pneumonias que deveriam ter 
sido declaradas 36°/o a menos. 
A existência desses erros, entre nós, justifi-
ca plenamente os esforços no sentido de 
educar ou treinar os alunos de medicina, 
bem como os médicos, sobre a maneira 
correta de preencher os atestados de óbito 
e esclarecer o que essas informações repre-
sentam para a saúde pública. 
Fonte: http://gamba.epm.br/publatestadol 
precisao.htm 
17 - Um óbito ocorreu em uma pequena 
cidade no interior da Floresta Amazônica. 
Nesta cidade, só há um médico, e ele se 
INTENS IVÁD PREVENTI VA 15 
encontrava distante da cidade no momen-
to do óbito. A família pretende sepultar o 
paciente o mais rápido possível, e não quer 
esperar o médico voltar. Como orientar a 
família neste caso? 
a) temos, obrigatoriamente, que esperar o 
retorno do médico para preencher a declara-
ção de óbito. 
b) nesse caso a lei permite o sepultamento 
sem declaração de óbito. 
c) o Juiz da cidade, como maior autoridade 
local, pode emitir a declaração de óbito, desde 
que verifique a morte. 
d) a declaração do óbito pode ser feita em 
Cartório, por duas pessoas que tenham veri-
ficado a morte. 
e) a autoridade religiosa pode emitir a de-
claração de óbito, desde que verifique a 
morte. 
18 - Em relação à declaração de óbito julgue 
os itens e assinale o incorreto. 
a) na declaração de óbito, o campo diagnós-
tico confirmado por refere-se à causa básica 
do óbito que deve ser registrada em último 
lugar no que se trata a causa do óbito. 
b) tradicionalmente as estatísticas de morta-
lidade são produzidas atribuindo-se à morte 
uma só causa. Esta, chamada causa básica, 
é definida como a doença que iniciou a su-
cessão de eventos que levaram à morte. Daí 
a importância do preenchimento correto da 
declaração de óbito. 
c) no exemplo: paciente queapresentou per-
furação intestinal após acidente com arma de 
fogo e faleceu em consequência de peritonite, 
a causa básica do óbito é a peritonite e, por-
tanto, será declarada em último lugar no item 
causa do óbito do atestado de óbito. 
d) não é o documento definitivo da morte, que 
permite o sepultamento do falecido em cemi-
térios oficiais. 
e) em caso de morte natural, a cremação de 
cadáver só poderá ser realizada se a declara-
ção de óbito for assinada por dois médicos. 
M EOGRU P O - R ESID Ê NCIA M ÉDICA 20 1 3 -INTENSIVAO PREVENTIVA 16 
19 - Preencha a declaração de óbito da seguinte situação clínica: 
Diabético é internado mi CAUSAS OA MORTE ANOTE SOMEHTE U\I OIA.CH0111CO POA UHHA lempo º '110.lmDOO 
PARTE I nnnoWdodn CIO 
~···""°"· por fratura transtrocan- Ooonça ou osUldo môfbtcto QUO c::ousou dirotamonio ~ 31 1 1 1 """'º 
teriana após queda em CAUSAS AHTECEOENTES Oe'1do oo como coosoQ':Mlno..a da ; 
úlados m6rbk:loJ. so exbl.1cm, qu.o orcdu,~m a b 
1 1 casa. Submetido a ci-
~ CM::inlll t lll'Of1bOOJa, mo~tMtt om tflimo 
llgilractA-.s~ Oc'Yldo ou corr.o eio.tsoqOOl'lCltl do : 
rurgia corretiva imedia- cl 
ls:ovido o-.i ÇOmO ÇOO$eq{Wnc;la d o ; 
1 1 1 
tamente. Evoluiu com d 
1 1 1 
TEP e i n s ufi ciência 
respiratória que culmi- fc:mpo 8PfOJÓn'.a-do onlro o Dôo da CI> PARTE li 
1 
doonço o a mor.o 
1 nou em parada cardior- Otilr.l.S Coodiçõol ~~tiva~ QUO c;on:tibufiHn 1 1 l»!'D n ma.1 .. o qJe n.'IO et\Crnm.m. P016m1 n:. 
respiratória após 5 dias --
1 1 
da cirurgia. 
Quem deve preencher a declaração de óbito da situação acima? ,_ __________ __. 
20 - Preencha a declaração de óbito da seguinte situação clínica: 
Criança de 11 anos, mi CAUSAS OA MORTE .AAtOlf IOU(MTI. U\I Ol4CN0111COl'OA tJN'wA 
Totnp<> OPtOK.lflôdO 
PARTE I tntt•olnrdodD Cl!l 
• I 
doitrte:ll • tt morit 
1 desnutrida, otite 
Ooo~ OU Cll\000 mOll>t<IO QUO ClllUIOU dWWMnonkt ;a 
1 1 com -·· CAUSAS ANTECEDENTES Oo\1d.o ou'°'"° comoq:Jtno..- do 
média aguda desen- Etll'dol ~os. so oxll\-.fom, quo otodutirJm o b 
1 1 couu oelm.1 raolsttMO.. rn~""° om Utlmo 
volve meningoencefa- tJo..'' a ctn.rin b;;ik., Oot'tdO ou W"'O c.omoq\.IO.neill do ~ 
e 1 1 1 1 lite 1 O dias após o iní- bOVidõ O'J '°"'° êõft$4'QGtíídi ª• : 
cio do quadro. Iniciada d 1 1 1 
anti bioticoterapia em- Yempo aproicfmado 
pírica venosa, porém 3 
Ot\L!O O tnldo 08 
CIO PARTE li 
1 
docnç.;, O 3 rnor!O 
1 dias 
, 
quadro 
Outras; cOtdçõos ~n1"ieatrlas q_ue eotr'.rlbalr.1m 
1 1 apos, o p:lf3 3 mot1Jt, a Q"'.Jió n.10 ef"ll~at:\'1. porém, 1"' cad~ia acim.1. 
evoluiu com choque 1 ,-
séptico e óbito. 
Quem deve preencher a declaração de óbito da situação acima? 
OBJETIVOS 
- Diferenciar: Declaração x Certidão de Óbito. 
- Saber o fluxo da declaração. 
- Quem faz o preenchimento: mortes naturais em estabelecimentos de saúde; mortes naturais 
fora dos estabelecimentos de saúde (com/sem assistência médica, localidades com/sem 
médicos); mortes acidentais e/ou violentas. 
- Preencher corretamente as Causas da Morte: Parte 1 x Parte li e a ordem a ser preenchida. 
- Relembrar a Legislação: Sepultamento x Cremação. 
PARTE 11 
, , 
ESTUDOS EPIDEMIOLOGICOS I TESTES DIAGNDSTICOS 
"Estudos epidemiológicos se limitam à ob-
servação de uma determinada população, 
não envolvendo nenhuma intervenção nos 
indivíduos estudados. Podem ser utilizados 
para avaliar a mortalidade de determinada 
doença ou relações entre estilo de vida e o 
risco de contraí-la, por exemplo. Este é o tipo 
de estudo que costuma aparecer nas man-
chetes de jornais, indicando que comer a 
comida X ou beber a bebida Y diminui (ou 
aumenta) o risco de contrair determinada 
doença. Nesses estudos, os cientistas regis-
tram uma série de dados sobre a saúde e os 
hábitos de um número de indivíduos e bus-
cam associações entre esses dados. A sua 
grande limitação é que, através deles, é 
geralmente possível chegar apenas a corre-
lações, mas não a relações de causa e efei-
to. Um estudo desse tipo pode mostrar, por 
exemplo, que pessoas que tomam um copo 
de uísque por dia têm menor risco de desen-
volver determinada doença, mas não podem 
provar que o copo de uísque é a causa des-
se menor risco. Algum outro fator associado 
à ingestão do uísque poderia ser a verdadei-
ra causa (por exemplo, talvez as pessoas 
que tomam uísque diariamente tenham uma 
situação financeira que lhes permita o aces-
so a um sistema de saúde mais moderno). 
Vários estudos epidemiológicos indicando a 
mesma correlação constituem um forte indí-
cio de que uma relação causal provavelmen-
te existe, mas essa relação só será provada 
quando o mecanismo através do qual ela 
atua for identificado e comprovado. 
Testes clínicos são os mais confiáveis na 
avaliação de um medicamento ou terapia. 
Neste tipo de estudo, os médicos têm o maior 
controle possível sobre as variáveis que po-
dem afetar os resultados, permitindo estudar 
com maior precisão cada fator envolvido. Em 
um estudo clínico típico, dois grupos de 
pacientes são utilizados: um grupo recebe 
o medicamento a ser avaliado (a interven-
ção que diferencia este tipo de estudo de 
um estudo epidemiológico), enquanto um 
segundo grupo (chamado de grupo de con-
trole) normalmente recebe um pia cebo ou 
algum outro medicamento já testado ante-
riormente. Atualmente a administração de 
um placebo ao grupo de controle só é con-
siderada justificada na ausência de algum 
tratamento comprovado. Os resultados dos 
dois grupos são então comparados, deter-
minando se o medicamento em teste real-
mente apresenta um efeito significativo. 
Testes clínicos normalmente são realiza-
dos em uma progressão, cada vez com um 
número maior de pacientes. A FDA (Food 
and Drug Administration ), por exemplo, usa 
um sistema de três fases: a fase 1 utiliza 
de 20 a 100 pacientes ao longo de alguns 
meses, visando principalmente garantir a 
segurança do medicamento; a fase 2 utili-
za centenas de pacientes durante até dois 
anos, visando confirmar mais uma vez a 
segurança do medicamento, mas princi-
palmente estudar sua eficácia; a fase 3 
pode empregar até milhares de pacientes 
durante até quatro anos, visando determi-
nar, além da eficácia e segurança do me-
dicamento, sua dosagem adequada. 
Como em qualquer tipo de pesquisa cien-
tífica, cuidados precisam ser tomados para 
garantir que a conclusão obtida seja real-
mente bem fundamentada. Erros na me-
todologia ou na execução de um estudo 
podem deixar margem para dúvidas que 
invalidariam suas conclusões. 
Fonte: www.projetoockham.org 
M EOGRUPO - R ESIDÊNC IA M ÉDICA 20 1 3 
1 - Investigou-se a prevalência de HIV, HPV 
e sífilis em todas as mulheres de uma de-
terminada penitenciária feminina no ano de 
1997. Constatou-se uma correlação esta-
tisticamente significativa entre os indica-
dores socioeconômicos e a frequência 
destas doenças sexualmente transmissí-
veis.Trata-se de um estudo epidemiológico 
do tipo: 
a) coorte. 
b) caso-controle. 
c) transversal. 
d) estudo de intervenção. 
e) coorte histórico, pois pesquisou dados re-
trospectivos de 1997. 
~ 
-Assinale a alternativa CORRETA: 
a) os estudos de coorte são apropriados para 
doenças raras e de longo período entre expo-
sição e doença. 
b) nos estudos de coorte, os grupos controles 
devem ser diferentes dos grupos expostos, com 
relação à maior parte das variáveis, para facilitar 
o contraste entre exposição e não exposição. 
c) os ensaios clínicos são estudos epidemio-
lógicos onde o pesquisador tem pouco contro-
le das variáveis a serem estudadas. 
d) os estudos transversais são apropriados 
para investigação da etiologia de doenças. 
e) o estudo caso-controle é retrospectivo, sen-
do que os antecedentes de exposição são 
investigados entre os casos e não casos. 
3 - Um pesquisador foi ao ambulatório de 
um hospital e identificou as pessoas obe-
sas que eram acompanhadas lá entre 1996 
e 1997. Selecionou ainda, pessoas da mes-
ma idade, porém não obesas que acompa-
nhavam o ambulatório de ortopedia daque-
le hospital nesta época.A partir daí, asso-
ciou-se esta situação com o risco das 
pessoas virem a desenvolver diabetes até 
2006. Este tipo de estudo é denominado: 
-INT ENSIVAO PREVENT IVA 18 
a) ecológico. d) experimental. 
b) caso-controle. e) coorte histórica. 
c) coorte. 
4 - Nos estudos de acompanhamento lon-
gitudinal, o significado da medida do Risco 
Relativo é: 
a) a diferença entre a frequência de ocorrência 
da doença entre os expostos e os não expos-
tos ao fator de risco. 
b) a relação entre a letalidade e a incidência 
da doença entre os expostos ao fator de risco. 
c) a diferença entre a frequência da doença e 
a ocorrência do fator de risco. 
d) a relação da ocorrência do agravo entre os 
expostos e não expostos ao fator de risco. 
e) indica quantos casos do agravo em questão 
foram exclusivamente relacionados ao fator 
de risco estudado. 
5 - Ao se instalar uma siderúrgica numa 
determinada região, decidiu-se acompa-
nhar os moradores da região ao longo do 
tempo para verificar o surgimento de asma. 
Duas mil pessoas foram convidadas a par-
ticipar do estudo, sendo metade exposta e 
metade não exposta à poluição. Ao longo 
de 1 O anos ocorreram 1 O casos novos de 
asma entre as mil pessoas expostas à po-
luição e dois casos novos nas mil pessoas 
não expostas à poluição, no mesmo perío-
do. Assinale a alternativa incorreta: 
a) trata-se de um estudo observacional, lon-
gitudinal e prospectivo. 
b) o risco relativo informa quantas vezes o risco 
é maior no grupo exposto, quando comparado 
ao não exposto e, neste caso, foi igual a 5. 
c) o risco atribuível é de 8 casos de asma por 
mil habitantes e é obtido pela diferença de 
incidências entre dois grupos. 
d) trata-se de um estudo de caso-controle em 
que os casos foram os indivíduos submetidos 
à poluição e o grupo de controle foi constitu-
ído pelos não expostos. 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
e) a poluição mostrou-se um fator de risco para 
asma, apesar de não ter sido calculado o IC. 
6 - Um estudo sobre o papel do tabagismo 
no aparecimento de câncer de bexiga en-
controu valores de risco relativo e de risco 
atribuível populacional percentual respec-
tivamente iguais a 4 e 85o/o. A partir destes 
dados, pode-se concluir que: 
a) fumantes têm um risco mais elevado de 
desenvolver a doença, que varia de um valor 
mínimo de 4 a um valor máximo de 85. 
b) não fumantes têm apenas 15°/o de risco de 
desenvolver a doença, a qual se apresenta 4 
vezes mais letal naqueles que iniciaram o há-
bito precocemente. 
c) não fumantes representam uma população 
4 vezes maior que a de fumantes, com risco 
85o/o menor de desenvolver a doença. 
d) Na população estudada, 85°/o dos fumantes 
e 4o/o dos não fumantes situam-se sob o risco 
de desenvolvimento da doença. 
e) fumantes têm um risco 4 vezes mais eleva-
do de desenvolver a doença e a eliminação 
do tabagismo na população de estudo promo-
veria redução de 85°/o dos casos. 
Uma pesquisa foi realizada na cidade do 
Rio de Janeiro (Mendonça e col. lnt J Can-
cer, 1999; 83:596-600) para avaliar a asso-
ciação entre câncer (Ca) de mama e expo-
sição a pesticidas organoclorados (DDT). 
Foram estudadas 162 mulheres admitidas 
no Hospital do Instituto Nacional do Câncer 
(INCA) com diagnóstico confirmado de Ca 
de mama e 331 mulheres sem esta doença, 
selecionadas entre as visitantes. Nestas 
últimas, 265 apresentaram níveis séricos 
de DDT igual ou maior que 1,3 ng/ml, en-
quanto entre as mulheres com Ca de mama 
este número foi de 133. Respeitando o de-
senho da pesquisa e com base nos resul-
tados apresentados, conclui-se que o: 
a) risco relativo de Ca de mama associado à 
exposição ao DDT é de 1,09. 
-I NTENS IVAO PREV ENTI VA 19 
b) risco relativo de Ca de mama associado à 
exposição ao DDT é de 1,03. 
c) risco relativo de Ca de mama associado à 
exposição ao DDT é de 0,91. 
d) odds ratio de Ca de mama associado à ex-
posição ao DDT é de 0,88. 
e) odds ratio de Ca de mama associado à ex-
posição ao DDT é de 1, 14. 
8 - Em um estudo de coorte sobre diabetes 
como fator de risco para doença renal crô-
nica, o risco relativo foi de 3,0, e o resulta-
do foi estatisticamente significativo ao ní-
vel de p=0,04. Isso quer dizer que: 
a) 4o/o dos pacientes com doença renal crôni-
ca tinham diabetes. 
b) 4°/o dos pacientes com diabetes desenvol-
veram doença renal crônica. 
c) a história de diabetes era 4°/o mais frequen-
te entre os pacientes com doença renal crôni-
ca do que entre os que não desenvolveram 
essa doença. 
d) há uma possibilidade de 4°/o de que a as-
sociação observada entre diabetes e doença 
renal crônica seja devida ao acaso. 
e) o desenvolvimento de doença renal crônica 
foi 4°/o maior entre os pacientes com diabetes 
do que entre os não diabéticos. 
PARA LER EM CASA! 
Ao estudar uma possível associação entre 
o uso intensivo de telefone celular e neo-
plasia cerebral, os autores observaram um 
risco relativo de 3,9 e um intervalo de con-
fiança de 0,95 a 128,9. Este fato permite 
concluir que: 
a) indivíduos que utilizam intensamente celu-
lares têm um risco quase 4 vezes maior de 
desenvolver neoplasia cerebral. 
b) não há associação entre a exposição e o 
efeito, uma vez que o intervalo de confiança 
engloba o valor do risco relativo. 
c) a grande variação do intervalo de confiança 
M EOGRU P O - R ESID Ê NC IA M ÉDICA 20 1 3 
indica que a pesquisa foi realizada com um 
pequeno tamanho amostral. 
d) há indícios de uma forte associação entre 
as variáveis, com um risco que pode ser qua-
se 130 vezes mais elevado entre os usuários. 
e) existe uma associação entre o uso de ce-
lular e desenvolvimento de neoplasia cere-
bral, porém ela é estatisticamente pouco 
significante. 
Letra A: incorreta, pois isso não pode ser 
afirmado já que o estudo não teve significân-
cia estatística; 
Letra B: incorreta, pois o correto seria: uma 
vez que o intervalo de confiança engloba o 
valor 1 e valores abaixo e acima dele. Claro 
que tem que englobar o RR; 
Letra e~ correta, quanto menos participantes, 
maior o intervalo de confiança e quanto maior 
o número de participantes, menor intervalo de 
confiança; 
Letra D: incorreta, pois não houve significân-
cia estatística. O intervalo de confiança englo-
bou o valor um e valores abaixo e acima dele; 
Letra E: incorreta, pois ela não tem significân-
cia estatística. 
Resposta letra C. 
9 - Vários estudos mostraram que pessoas 
magras têm mortalidade maior que pesso-
as de peso médio. Um estudo, com achado 
semelhante, mostrou que as pessoas ma-
gras fumavam mais do que as de peso 
médio. A variável fumo, neste caso, corres-
ponde a um: 
a) viés de seleção. 
b) viés de confusão. 
c) erro aleatório. 
d) viés de aferição. 
e) alto risco relativo. 
1 O - Um estudo buscando identificar fatores 
de risco para uma hipotética doença X en-
controu os seguintes resultados: 
-INT ENSIVAO PREVENT IVA 20 
Fator de risco A: OR de 1,8 e intervalo de 
confiança de 95o/o de 1,4 a 1,9; 
Fator de risco B: OR de 2,2 e intervalo de 
confiança de 95o/o de 1, 1 a 3, 7; 
Fator de risco C: OR de 3,3 e intervalo de 
confiança de 95o/o de 0,9 a 7 ,3. 
Considerando que as prevalências dos três 
fatores de risco estudados são semelhan-
tes, é correto afirmar que: 
a) o fator C tem risco maior para causar a do-
ença, embora a associação não tenha signifi-
cância clínica. 
b) o fator A teve uma menor amostra popula-
cional. 
c) o fator B apresenta um risco maior do que 
o fator A. 
d) não é possível comparar os três fatores 
porque suas prevalências são semelhantes. 
e) o OR não é uma medida de associação 
adequada para esse estudo. 
11 - Um estudo avaliou o papel da hiperli-
poproteinemia A como fator de risco para 
acidente vascular cerebral. A tabela abaixo 
mostra os resultados encontrados: 
Hmta:I •™ mntml studa. SW[Sl!i;S fAt aadl SIM~ 
Slarl!•m Od4s 
e... eov ... -_,!IM. Q >15 0.69 021 - 220 1 1 
,,...... ! !IM 29 121 1,07 0,2&-4 32 t 
- . 199$ 1911 1911 1,05 0.29 - 3.67 
~. IS99 !16 196 1,26 o,55-2,89 1-e- 3" 66:1 1,64 0.60 - 1.80 • 
e.!!>RN.iu!ô!!hort li!lHlilJ - 0.2 o.s 1 2 s - T«•U d St.tjêdS mio 
~-' 413 - 0,80 0.31 - 2.07 
N~1911 cai 49!11 1,50 0.82- 2,16 -
Prioe. 2()01 46 15S2 1,38 O.Sl-3,7• 
llrrp..alll: 1!117 2.30 1,39- 3,81 
Mp.200l 2315 1,08 0.76- 1,!15 
Gao,.l!Xl6 ~ 57.!2 1,07 0,70- 1,E3 
Otn.l!Xl6t 119 2281 1.1~ 0.67- 1.94 
OIQ. l!Xl6 !!O 13!6 1.32 0.81 - 2.16 
Ohto.l!Xltl 119 5749 1.01 0.69- 1,44 
Oh<a.l!Xl6 ·~ <1825 1,26 0,79-2,Gl 
C-bined >16'5 35<$3 1,22 1,°'- 1·'3 • 
1,21 l,0&-1 .. 1 • 
02 0'5 1 2 5 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
De acordo com o estudo, marque a alternativa 
CORRETA: 
a) Apesar da hiperlipoproteinemia A mostrar 
ser fator protetor, o estudo não teve significân-
cia estatística. 
b) O estudo em questão trata-se de observa-
cional, longitudinal, retrospectivo. 
c) O estudo pode concluir, com significância 
estatística, que hiperlipoproteinemia A é fator 
de risco para AVE. 
d) Todos os estudos selecionados apresenta-
ram significância estatística. 
e) Os estudos de caso-controle combinados 
concluíram que hiperlipoproteinemia A foi fator 
de risco com significância estatística. 
OBJETIVOS 
- Entender a classificação dos Estudos. 
- Diferenciar Estudos Descritivos x Analíticos. 
- Conhecer os principais Estudos: Transversal 
(Ecológico / Inquérito) / Coorte (coorte 
histórica) / Caso-controle / Ensaio clínico / 
Metanálise. 
- Saber as vantagens e desvantagens de cada 
estudo. 
- Montar tabela dos Estudos. 
- Entender a Análise dos Estudos: Medidas de 
Frequência / Associação / Estatística. 
- Associar as principais Medidas de Associa-
ção com seus estudos: RR, RAf, RAP / OR / 
RR, RRR, RAR, NNT. 
- Estatística: entender os Erros Sistemáticos 
e os Erros Aleatórios. 
- Dominar o Intervalo de Confiança. 
- Conhecer maneiras de evitar os erros: con-
trolar, randomizar, mascarar ... 
. PARA LER EM CASA! 
Sobre as variáveis, marque a alternativa 
incorreta: 
a) A variável dependente constitui a variável 
efeito (consequência). 
-I NTENS IVAO PREV E N TI VA 21 
o A variável inaependente const1tu1 a variável 
causal, ou seja, é aquela candidata a explicar 
a variável dependente. 
c) A variável qualitativa lida com diferenças 
"radicais" , por exemplo: sexo, profissão, bair-
ro, cidade. 
d) A variável quantitativa contínua tem como 
exemplos: temperatura corporal, peso e altura. 
e) A variável quantitativa descontínua admite 
valores fracionários. 
Comentário 
Vamos recordar rapidamente: o que são as va-
riáveis? São "coisas" que podem ser medidas. 
Por exemplo: gravidade de doença, peso do pa-
ciente, sexo, número de cura, número de óbitos, 
comorbidades ... Apresenta os seguintes tipos: 
Variável independente + é o fator causal, 
ou seja, é aquela tenta explicar o desfecho; 
, . 
e o risco. 
Variável dependente+ é a variável efeito, ou 
seja, é a consequência ou o desfecho. Tenta ser 
explicada pela variável independente; é o agravo. 
Variável qualitativa ou categórica + é a que 
lida com as características das amostras, por 
exemplo: sexo, profissão, bairro, cidade ... 
Variável quantitativa ou numérica + são 
variáveis que se diferenciam apenas pelo 
grau, ou seja, podem ser medidas por valores 
numéricos, por exemplo: peso, altura, idade ... 
- Quantitativa contínua + é aquela que ad-
mite valores fracionários entre os valores con-
secutivos, por exemplo: temperatura corporal. 
- Quantitativa descontínua + é aquela que 
não admite valores fracjonários entre os 
valores consecutivos, por exemplo: número 
de batimentos cardíacos. 
Depois dessa rápida revisão, chegamos à con-
clusão que a alternativa incorreta é a letra E, 
pois a variável descontínua não admite valores 
fracionários. 
Para fechar com chave de ouro: o que são 
variáveis ordinais e cardinais? 
As ordinais são variáveis que trabalham 
com ordem hierárquica. Por exemplo: esta-
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
diamento de neoplasias , grau de escolari-
dade ... 
Já as cardinais são aquelas que não possuem 
ordem hierárquica. Por exemplo: tipo sanguí-
neo, sexo, etnia ... 
Marque a alternativa incorreta: 
a) a randomização aloca os pacientes para os 
grupos de uma forma que possibilite a cada 
paciente uma probabilidade igual de ficar em 
um ou outro grupo. 
b) pareamento significa que, para cada pa-
ciente em um grupo, seleciona um ou mais 
pacientes com características diferentes para 
um grupo de comparação. 
c) a estratificação compara taxas dentro de 
subgrupos com probabilidades de desfecho 
semelhante. 
d) as amostras de conveniência têm como 
maior virtude a obtenção de amostras de pa-
cientes que estão fazendo parte de uma insti-
tuição médica. 
e) a restrição amostral limita o espectro de 
características dos pacientes sob estudo. 
Comentário 
Vamos analisar as afirmativas: 
Letra A: correta. Serve para evitar o erro de 
seleção. 
Letra B: incorreta. Pareamento é uma manei-
ra de formação de grupos semelhantes. Para 
cada indivíduo de um grupo, seleciona-se um 
ou mais indivíduos com as mesmas caracte-
rísticas para o grupo comparação. Evita o viés 
de seleção. 
Letra e~ correta. Serve também para evitar o 
viés de seleção. 
Letra D: correta. Como o nome fala , forma-
-se amostra com indivíduos que estão mais 
disponíveis. Indivíduos de instituições são 
ótimos para isso. 
Letra E: correta e autoexplicativa. 
Resposta letra B. 
INTE NS IVÁD PREV ENTI VA 22 
"O acidente vascular cerebral isquêmico 
(AVCI) é a principal causa de morbidade na 
população brasileira. Apesar de predominar 
em faixas etárias elevadas, seu impacto so-
cioeconômico é maior quando acomete pa-
cientes jovens. Nessa população, a incidên-
cia anual de eventos isquêmicos é estimada 
entre 6 e 26: 100.000. Em centros terciários, 
até 12°/o dos pacientes internados possuem 
menos de 45 anos. Nos jovens, apesar de 
extensa investigação, até 40o/o dos casos não 
têm sua etiologia definida, sendo denomina-
dos criptogênicos. Nas duas últimas décadas 
tem-se atribuído à embolia paradoxal, da qual 
o forame oval patente (FOP) é o principal 
exemplo, participação significativa nesses 
casos. A associação estatística entre eventos 
cerebrovasculares isquêmicos e FOP já foi 
amplamente demonstrada. O presente estu-
do tem por objetivo verificar se a associação 
FOP e AVCI apresenta uma relação de cau-
salidade ou trata-se apenas de relação esta-
tística, considerando os consagrados crité-
rios de causalidade . 
• • • 
O presente estudo demonstrou, que pacien-
tes jovens (com menos de 45 anos), com 
AVCI de causa indeterminada, podem ter sua 
etiologia relacionada à presença de um fora-
me oval patente. Especificamente, constata-
mos que essa associação foi mais importan-
te naqueles casos em que o shunt foi mais 
intenso. Além de uma associação, esses 
resultados falam a favor de uma relação 
causal entre FOP e AVCI. Confirmada essa 
hipótese, as possibilidades etiológjcas para 
os casos de AVCI e ataque isquêmico tran-
sitório devem ser ampliadas, incluindo a pa-
tência do forame oval. 
Fonte: Arq. Bras. Cardiol. v.88 n.5: Forame oval 
patente e acidente vascular cerebral isquêmico 
em jovens: associação causal ou estatística? 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
2'" Sobre os critérios de Hill, marque a al-
ternativa incorreta: 
a) a temporalidade é o critério mais importan-
te, mas pode passar despercebido em um 
estudo transversal. 
b) o critério analogia é uma evidência fraca de 
causalidade. 
c) o critério consistência indica que quanto 
maior o RR maior a associação. 
d) o critério plausibilidade mostra que a asso-
ciação faz sentido de acordo com os conheci-
mentos fisiopatológicos. 
e) o critério especificidade diz que o fator de 
risco só causa uma doença. 
OBJETIVOS 
- Relembrar Associação Causal x Não Causal. 
- Saber quais são os Crité.rios de Causalidade. 
"A aplicabilidade do teste tuberculínico em crian-
ças menores de 5 anos vacinadas com BCG é 
assunto controvertido. Visando contribuir para 
esclarecê-lo foi analisado o valor preditivo posi-
tivo do teste tuberculínicopadronizado em po-
pulação sob elevada cobertura vacinai e baixa 
prevalência de infecção tuberculosa. 
Na faixa etária mais sujeita ao risco de adoe-
cimento primário, especialmente os menores 
de 2 anos, o valor preditivo positivo do 
teste tuberculínico para a infecção por BK 
é insignificante, mesmo com a elevação do 
ponto de corte, por exemplo, para 15 mm. 
Deve-se ressaltar que a elevação do ponto 
de corte, embora aumente a especificida-
de do teste, acompanha-se de uma cor-
respondente diminuição da sensibilidade, 
deixando de fora crianças que também se-
riam passíveis de alguma atenção especial 
que pudesse diminuir-lhes o risco de adoe-
cimento primário. 
INT ENS IVÁD PREVENTI VA 23 
Fonte: Rev. Saúde Pub., 26(4): 264-8. Valor 
preditivo do teste tuberculínico padronizado 
em crianças vacinadas com BCG. 
13 - Em uma população de 1000 trabalha-
dores de uma pedreira, a técnica de refe-
rência para diagnóstico de silicose revelou 
100 portadores dessa patologia. Nessa 
mesma população, foi aplicado um novo 
tipo de exame, também para detectar sili-
cose, que revelou 80 resultados positivos 
entre os portadores de silicose e 630 resul-
tados negativos entre os trabalhadores 
sem silicose. Se você aplicar esse novo 
teste diagnóstico em uma população de 
800 trabalhadores, porém de outra pedrei-
ra, sendo 200 indivíduos sabidamente por-
tadores de silicose, qual será a probabili-
dade do resultado positivo estar correto? 
a) 0,20. d) O, 70. 
b) 0,30. e) 0,80. 
c) 0,47. 
<1 4- A sensibilidade e a especificidade de 
um teste são fundamentais para o clínico 
tomar decisões confirmando ou não um 
determinado diagnóstico e a alteração do 
ponto de corte altera a validade do teste. 
Pensando em diabetes, o que pode se es-
perar, ao reduzir o ponto de corte? 
15 - Um novo teste de diagnóstico criado para 
uma determinada doença X apresenta sensi-
bilidade e especificidade de 90°/o para a popu-
lação da cidade A. Se esse mesmo teste for 
aplicado em uma população cuja prevalência 
M EOGRUPO - R ESIDÊNC IA M ÉDICA 20 1 3 
da doença X é bem maior do que na cidade A, 
o que acontecerá com o valor preditivo? 
a) não se altera. 
b) aumenta. 
c) diminui. 
d) faltam dados. 
e) pode aumentar ou diminuir. 
PARA LER EM CASA! 
Sobre a utilização de testes diagnósticos 
múltiplos, é correto afirmar que a aplicação 
de testes em: 
a) série é mais indicada no início da investi-
gação diagnóstica e aumenta a capacidade 
de diagnosticar doentes anteriormente não 
detectados. 
b) série aumenta a sensibilidade e o valor 
preditivo positivo da estratégia diagnóstica, 
mas diminui a especificidade. 
c) paralelo aumenta a sensibilidade da estra-
tégia diagnóstica e é indicada quando a do-
ença é letal. 
d) paralelo aumenta a especificidade e o valor 
preditivo negativo, mas diminui a sensibilidade. 
Comentário 
Primeiramente, o que são os testes diagnósticos 
múltiplos? Os testes diagnósticos que utilizamos 
muitas vezes são imperfeitos, ou seja, com me-
nos de 100°/o de especificidade e sensibilidade. 
Para minimizar esse problema realizamos múl-
tiplos testes diferentes, que podem ser aplicados 
de duas formas básicas: em PARALELO (todos 
os testes realizados ao mesmo tempo), onde 
um resultado positivo de qualquer teste é con-
siderado confirmatório da doença. É um método 
que aumenta a sensibilidade e diminui a espe-
cificidade; e em SÉRIE (testes realizados de 
maneira consecutiva), onde todos os testes 
precisam ser positivos para confirmar o diag-
nóstico. Um resultado negativo afasta a doença. 
É um método que aumenta a especificidade e 
diminui a sensibilidade. 
Agora, vamos às alternativas: 
INTENSIVÁD PREVENTIVA 24 
Letra A: incorreta, pois é um método com baixa 
sensibilidade, para o inicio da investigação pre-
cisamos de testes mais sensíveis (em paralelo). 
Letra B: incorreta, pois em série diminui a sen-
sibilidade e aumenta a especificidade, embora 
realmente aumente o WP e diminui o VPN. 
Letra C: correta, pois doença grave devemos 
privilegiar os testes sensíveis. 
Letra D: incorreta, pois os testes em paralelo 
aumentam a sensibilidade e o VPN e diminuem 
a especificidade e o VPP. Resposta letra C. 
(.(;-O gráfico abaixo mostra curvas do tipo 
Receiver Operator Characteristic (ROC) 
sobre o desempenho de dois testes 
diagnósticos A e 8. Assinale a alternativa 
incorreta: 
100 
80 
#. • 60 'U .. 
'O -== ..a -.. e 40 ... 
VI 
20 
o 
, 
• 
I 
• 
.. , 
i 
, 
20 
r 
" 
........ ., ... ...,. 
"'º 60 80 100 1 ~&pedfiddade % 
o Ex.,...A 
··•·· EnlMB 
a) embora os testes possuam a mesma 
especificidade, o teste A é mais sensível. 
b) a taxa de falsos positivos aumenta com o 
aumento da sensibilidade para ambos os 
testes. 
c) O ponto de corte de escolha para estabelecer 
parâmetro de normalidade de um teste 
diagnóstico é o ponto que mais se aproxima do 
canto superior esquerdo do gráfico. 
d) A área abaixo das curvas simula a acurácia de 
um teste; neste caso, é maior para o exame A. 
e) o teste A possui maior taxa de falsos nega-
tivos do que o teste B. 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
PARA LER EM CASA! 
Foi realizado um hipotético estudo sobre 
a capacidade dos clínicos de diagnosticar 
dengue em uma emergência em 200 pa-
cientes que chegaram com cefaleia retro-
-orbitária, febre alta e mialgia. As impres-
sões clínicas dos médicos foram compa-
radas com a sorologia para Dengue. Os 
resultados foram: dos 100 pacientes com 
sorologia positiva para dengue, 80 foram 
diagnosticados pelos médicos. Entre os 
100 com sorologia negativa, os médicos 
diagnosticaram que 40 deles apresentavam 
a doença. 
A partir dos dados acima, marque a alter-
nativa incorreta: 
a) a razão de verossimilhança positiva foi de 2. 
b) a razão de verossimilhança negativa foi de 
0,33. 
c) as razoes de verossimilhança resumem o 
mesmo tipo de informação da sensibilidade e 
especificidade. 
d) as razoes de verossimilhança devem ser usa-
das como chances e não como probabilidade. 
e) a razão de verossimilhança negativa do 
estudo indica que o mesmo é um péssimo 
método diagnóstico. 
Comentário 
Para ficar mais clara e mais fácil a questão 
devemos montar a tabela de validação dos 
testes de diagnósticos: 
Dengue Sem dengue Total 
Diao. Clínico + 80 40 120 
Diaa. Clínico - 20 60 80 
Total 100 100 200 
Muito bem, voltando à questão. Ela quer 
saber sobre as razões de verossimilhança, 
que representam a probabilidade de um re-
INTENS IVÁD PREVENTI VA 25 
sultado do teste em pessoas com a doença, 
dividida pela probabilidade do resultado do 
teste em pessoas sem a doença. Expressam 
quantas vezes é mais provável (ou menos) 
se encontra um resultado de um teste em 
pessoas doentes comparadas com as não 
doentes. 
Resumem o mesmo tipo de informação da 
sensibilidade e da especificidade (letra C 
correta), e são chances, pois representam 
a razão de duas probabilidades. Lembrar 
que as probabilidades são a sensibilidade, 
a especificidade, o VPP, o VPN (letra D 
correta). 
Como calcular? 
Razão de verossimilhança positiva (RVP) = 
(sensibilidade) / (1 - especificidade) ou (a/a+c) 
/ (b/b+d). Neste caso = (80/100) I (40/100) = 
2 (letra A correta). Quanto mais longe de 1, 
melhor será o teste. 
Razão de verossimilhança negativa (RVN) 
= ( 1 - sensibilidade) / (especificidade) ou ( c/ 
a+c) / (d/b+d). Neste caso = (20/ 100) I 
(60/ 100) = 0,33 (letra B correta). Quanto 
mais perto de zero, melhor será o teste (le-
tra E incorreta). Resposta letra E. 
OBJETIVOS: 
- Sensibilidade, Especificidade, Valor Preditivo 
Positivo e Negativo, Acurácia e Razões de 
Verossimilhança. 
- Conhecer as fórmulas. 
- Identificar na tabela. 
- Quando solicitamos/usamos um teste com 
alta sensibilidade? 
- Quando solicitamos/usamos um teste com 
alta especificidade? 
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 -INTENS IVAO PREVENTI VA 26 
- Conhecer a relação da sensibilidade/especificidade com os valores preditivos. 
- Conhecer as relações: Prevalência (probabilidade pré-teste)x Valores Preditivos (probabilidade 
pós-teste). 
- Curva ROC: identificar a sensibilidade, especificidade e acurácia. 
- Diferenciar: Teste em Série x Testes em Paralelo. 
PARTE Ili 
" , " , 
VIGILANCIA DA SAUDE I PROCESSO EPIDEMICO I SAUDE DO TRABALHADOR 
"Como define a Lei Orgânica da Saúde (Lei 
8.080/90), a vigilância epidemiológica é "o 
conjunto de atividades que permite reunir a 
informação indispensável para conhecer, a 
qualquer momento, o comportamento ou his-
tória natural das doenças, bem como detectar 
ou prever alterações de seus fatores condi-
cionantes, com o fim de recomendar oportu-
namente, sobre bases firmes, as medidas 
indicadas e eficientes que levem à prevenção 
e ao controle de determinadas doenças". 
No âmbito do SNVE, a Secretaria de Vigilância 
em Saúde - SVS define normas e procedimen-
tos técnicos e diretrizes operacionais, além de 
promover a cooperação técnica e assessorar 
as Secretarias Estaduais e Municjpais de Saú-
de. Também promove a cooperação técnica 
com organismos internacionais correlatos. 
A Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS 
trabalha para a promoção e disseminação do 
uso da metodologia epidemiológica em todos 
os níveis do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Objetiva o estabelecimento de sistemas de 
informação e análises que permitam o monito-
ramento do quadro sanitário do país e subsi-
diem a formulação, implementação e avaliação 
das ações de prevenção e controle de doenças 
e agravos, a definição de prioridades e a orga-
nização dos serviços e ações de saúde. 
Em um grande número de doenças transmis-
síveis para as quais se dispõe de instrumentos 
26 
eficazes de prevenção e controle, o Brasil tem 
colecionado êxitos importantes. Esse grupo 
de doenças encontra-se em franco declínio, 
com reduções drásticas de incidência. Duas 
delas já foram erradicadas ou estão em 
fase de erradicação (varíola e poliomielite), 
o sarampo encontra-se eliminado e a meta 
da erradicação será atingida ainda nesta 
década para a raiva humana transmitida 
por animais domésticos, para a rubéola 
congênita e para o tétano neonatal. Entre-
tanto, algumas doenças transmissíveis apre-
sentam quadro de persistência, ou de redução 
em período ainda recente, configurando uma 
agenda inconclusa nessa área. Para essas 
doenças é necessário o fortalecimento de 
novas estratégias, recente.mente adotadas, 
que propõem uma maior integração entre as 
áreas de prevenção e controle e a rede assis-
tencial, já que um importante foco da ação 
nesse conjunto de doenças está voltado para 
o diagnóstico e tratamento das pessoas do-
entes, visando à interrupção da cadeia de 
transmissão. 
Além da necessidade de promover ações de 
prevenção e controle de doenças transmissí-
veis que mantêm importante magnitude em 
nosso País, é necessário ampliar a capacida-
de de atuação para novas situações que se 
colocam sob a forma de surtos ou devido ao 
surgimento de doenças inusitadas, muitas 
vezes com gravidade elevada. Desde o início 
da década de 80, algumas doenças infec-
M EOGRUPO - R ES ID Ê N C IA M ÉD IC A 20 1 3 
ciosas passaram a ser registradas ou fo-
ram reintroduzidas no Brasil, destacando-
-se a aids (1980), a dengue (1982), a cólera 
(1991) e a hantavirose (1993) sendo que, 
dentre estas, somente a cólera apresentou 
redução significativa na última década." 
Para o desenvolvimento de ações de preven-
ção e controle, face a esta complexa situação 
epidemiológica no País, têm sido fortalecidos 
programas específicos, como também desen-
volvidas estratégias para detecção e resposta 
às emergências epidemiológicas. 
Fonte: www.saude.gov.brl svs 
1 - Sobre os critérios de inclusão das 
doenças na lista de notificação nacional, 
assinale a afirmativa falsa: 
a) a magnitude avalia a gravidade, a relevância 
social e econômica da doença. 
b) a vulnerabilidade é definida como a possibili-
dade de redução de um problema de saúde na 
população diante de uma intervenção conhecida. 
c) a transcendência corresponde ao dano 
causado pelo problema, vinculando-se aos 
conceitos de mortalidade (óbitos/população) 
e letalidade (óbitos/indivíduos acometidos). 
d) o potencial de disseminação se expressa 
pela transmissibilidade da doença, possibilida-
de de sua disseminação através de vetores e 
demais fontes de infecção, colocando sob risco 
outros indivíduos ou coletividades. 
e) o novo regulamento sanitário internacional 
coloca somente quatro doenças como de no-
tificação compulsória obrigatória: varíola, po-
liomielite por vírus selvagem, influenza huma-
na causada por novo subtipo de vírus e SARS. 
2 - São doenças de notificação compulsória 
no Brasil, EXCETO: 
a) Leishmaniose, Malária, Hanseníase, Febre 
Amarela. 
-INT ENSIVAO PREVENT IVA 27 
b) Hantavirose, Febre do Nilo, Tuberculose, 
Varíola. 
c) Doença de Creutzfeldt-Jacob, Síndrome Aguda 
Respiratória Grave, Tularemia, Hepatite A. 
d) Poliomielite, Cólera, Peste, Meningite Virai. 
e) Malária, Tétano, Difteria, HIV. 
3 - Das alternativas abaixo, marque a que 
se enquadra como situação de notificação 
compulsória no Brasil: 
a) orquite consequente ao vírus da caxumba. 
b) herpes genital durante a gestação. 
c) toxoplasmose nas mulheres em idade fértil. 
d) silicose. 
e) intussuscepção até 46 dias após vacinação 
contra o rotavírus. 
4 - Das alternativas abaixo, marque a que 
se enquadra como situação de notificação 
compulsória imediata no Brasil: 
a) febre amarela, tétano acidental. 
b) raiva, dengue. 
c) cólera, tuberculose. 
d) botulismo, hanseníase virchowiana. 
e) rubéola, peste. 
OBJETIVOS 
- Entender a função da Vigilância Epidemiológica. 
- Conhecer as fontes de informação. 
- Saber a quem e quando notificar. 
- Identificar o que e como notificar. 
- Conhecer a lista de notificação nacional. 
- Saber as situações de notificação imediata. 
5 - Entende-se por comportamento 
endêmico de uma doença quando: 
a) sua ocorrência está claramente em ex-
cesso em relação ao normal esperado. 
b) sua ocorrência apresenta-se na comunida-
de de forma regular. 
M EOGRU P O - R ESID Ê NC IA M ÉDICA 20 1 3 
c) ocorre em grande número de países simul-
taneamente. 
d) apresenta uma variação sazonal bem de-
finida. 
e) apresenta uma variação cíclica. 
6 - Epidemias diferem de endemias por: 
a) variações sazonais. 
b) ocorrência em surtos. 
c) incidência acima da esperada. 
d) envolver doenças transmissíveis. 
e) alta prevalência. 
7 - Analise o diagrama de controle abaixo 
e assinale a alternativa correta. 
Diagrama de Controle de Hepatite A (por 100.000 
habitantes) em um Município Z 
De 2001 até 2010 com Incidência de 2011 
18 -.--~~~~~~~~~~~ 
16 -
14 -+--~e-,.\ 
12 t--;::A-,f-\-........ 
10 +-"""",.--/--- , _ _..,_ 
s à--~(_ ... umite superror 
6 -1-tG- -~;:::::!::~~'.::::::~~::...._- ...... lncidê-nci.a 2011 
4 --umite Inferior 
2 
0 +-..---..--~..--~~---,.~---.----.--. 
a) houve epidemia de hepatite A em agosto e 
dezembro de 2011. 
b) não podemos caracterizar pelo gráfico 
acima a existência de epidemia em 2011. 
c) houve epidemia de hepatite A nesse mu-
nicípio no primeiro trimestre de 2011. 
d) a menor prevalência de 2011 foi registrada 
no mês de julho. 
e) a vacinação justificou a queda da incidência 
em julho. 
8 - Sobre as epidemias, marque a alterna-
tiva incorreta: 
-INT ENSIVAO PREVENT IVA 28 
a) a epidemia por fonte comum ocorre pela 
transmissão direta pessoa-pessoa. 
b) na epidemia por fonte pontual a exposição 
se dá em um curto intervalo de tempo. 
c) na epidemia por fonte persistente a exposi-
ção se dá por um longo intervalo de tempo. 
d) na epidemia explosiva a incidência máxima 
ocorre em um curto intervalo de tempo. 
e) a epidemia progressiva ocorre através de 
transmissão hospedeiro-hospedeiro. 
9 Desenhe nos gráficos abaixo, uma epi-
demia explosiva e uma epidemia propagada: 
OBJETIVOS 
- Reconhecer as variações "fisiológicas" das 
doenças. 
- Conhecer e saber como montar um Diagrama 
de Controle/Curva Endêmica. 
- Diferenciar: Endemia x Epidemia. 
- Conceituar: surto, pandemia. 
-

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