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Sumario
INTRODUÇÃO
O progresso material, técnico e cultural da civilização estiveram sempreestreitamente ligado à exploração dos recursos minerais, atividade exercida pelo homem desde a pré-história, como testemunham as galerias e túneis encontrados por arqueólogos em numerosos portos da Europa e que datam do período neolítico.
A mineração, representada pelos produtos por ela gerados, está presente no cotidiano da sociedade de forma relevante e praticamente indispensável. O ser humano depende, por ano, de 400 a 500 kg de insumos do reino animal e, de acordo com o nível de desenvolvimento do país onde vive, consome entre2000 e 20000 kg de insumos de origem mineral.
 Nos Estados Unidos, considerado um dos países com melhor padrão de vida, o consumo anual per capita é de 4145 kg de brita, 3890 kg de areia e cascalho, 363 kg de cimento,222 kg de argila, 199,5kg de sal, 140,6kg de rocha fosfática, 485,3kg de outros minerais não metálicos, 546,6kg de ferro e aço, 24,9kg de alumínio, 10,4kg de cobre, 6,3kg de chumbo, 5,4kg de zinco, 6,3kg de manganês e 8,6kg de outros metais.
No Brasil, em menor escala, por conta de menor nível de desenvolvimento, a mineração aparece de forma constante no dia a dia dos brasileiros. De simples artigos em vidro (areia) e cerâmica (argila) a insumos para computadores e satélites, assim como na fabricação de remédios. 
Atuando como base de sustentação para a maioria dos segmentos industriais, a extração mineral, hoje, desempenha papel fundamental na economia brasileira, não só como geradoras de empregos (cerca um milhão de empregos diretos e indiretos) e impostos, como também representa fator determinante para o desenvolvimento de elevado número de cidades e microrregiões. A atividade de extração em si é responsável por apenas 3% do Produto Interno Bruto brasileiro, porém, se considerarmos as etapas de transformação de bens minerais (fases onde o produto é beneficiado para posterior aproveitamento industrial), esse valor sobe para aproximadamente 26%.Como referência do potencial mineral do Brasil, o país possui: as maiores reservas mundiais de nióbio, com 85% das jazidas existentes; a terceira maior reserva de cassiterita do mundo, com 12,2% das jazidas; a terceira maior reserva de bauxita, com 11,1% das jazidas; a quarta maior reserva de caulim,com 9,3% e a quinta maior reserva de minério de ferro, com 8% do total.Embora o Nordeste tenha sido pouco influenciado pela atividade mineral.
Com relação às demais unidades da Federação, sem a inclusão dos produtos energéticos, a Bahia ocupa o sexto lugar no universo da mineração brasileira, sendo que a produção destes seis estados (MG, PA, SP, MT, GO e BA) representa 76% da produção mineral brasileira. Com a inclusão dos produtos energéticos, a Bahia passa a ocupar o quarto lugar; Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pará, nessa ordem, ocupam os três primeiros lugares.
Conceito
Mineração é um termo que abrange os processos, atividades e indústrias cujo objectivo é a extração de substâncias minerais a partir de depósitos ou massas minerais. Podem incluir-se aqui a exploração de petróleo e gás natural e até de água.
Como actividade industrial, a mineração é indispensável para a manutenção do nível de vida e avanço das sociedades modernas em que vivemos. Desde os metais às cerâmicas e ao betão, dos combustíveis aos plásticos, equipamentos eléctricos e electrónicos, cablagens, computadores, cosméticos, passando pelas estradas e outras vias de comunicação e muitos outros produtos e materiais que utilizamos ou de que desfrutamos todos os dias, todos eles têm origem na actividade da mineração. 
Pode-se dizer que sem qualquer tipo de dúvida, sem a mineração a civilização atual, tal como a conhecemos, pura e simplesmente não existiria, fato ao qual a maioria de nós nao aperceba. 
A imagem um tanto negativa desta actividade junto da sociedade em geral, sobretudo nas últimas décadas, deve-se sobretudo, aos profundos impactos que ela pode ter no ambiente, sobretudo os negativos, que têm sido a causa de numerosos acidentes ao longo dos tempos.
História da mineração
Pré-história
Os primeiros mineiros, datam provavelmente de 300 000 a.C., e ocupavam-se sobretudo da obtenção de sílex e cherte para a fabricação de utensílios e armas de pedra. As suas pedreiras e cortas levaram à criação primeiro de galerias e mais tarde de poços e finalmente às primeiras explorações subterrâneas durante o sistema neolítico. Surpreendentemente, algumas destas minas subterrâneas, escavadas em giz no sul da Inglaterra e norte de França atingiam os 90 metros de profundidade. 
A partir daqui a humanidade passou a dirigir a sua atenção também para os minérios metálicos. Inicialmente os metais eram apenas apreciados como pedras ornamentais. Por volta de 40 000 a.C. era extraída hematite, na atual Suazilândia, para utilização em pinturas rituais. 
Entre 7000 a.C. e 4000 a.C. desenvolveu-se a metalurgia do cobre até à produção de ligas com características variáveis de fusão, dureza e flexibilidade. A tecnologia pirometalúrgica apareceu pela primeira vez no Médio oriente por volta de 6000 a.C..
Fases da vida de uma exploração mineira
A vida de uma exploração mineira (mina ou pedreira) é composta por um conjunto de etapas que se podem resumir a:
1. Pesquisa para localização do minério.
2. Prospecção para determinação da extensão e valor do minério localizado.
3. Estimativa dos recursos em termos de extensão e teor do depósito.
4. Planeamento, para avaliação da parte do depósito economicamente extraível.
5. Estudo de viabilidade para avaliação global do projecto e tomada de decisão entre iniciar ou abandonar a exploração do depósito.
6. Desenvolvimento de acessos ao depósito que se vai explorar.
7. Exploração, com vista à extracção de minério em grande escala.
8. Recuperação da zona afectada pela exploração de forma a que tenha um possível uso futuro.
Lavra (mineração)
Entende-se por lavra: o conjunto de operações coordenadas que objetivam o aproveitamento industrial das jazidas, desde a extração das substâncias minerais até o beneficiamento destas. Sendo observadas as condições econômicas, sociais, geológicas, geográficas e ambientais para o planejamento do método de lavra.
Durante o planejamento, a viabilidade econômica é o fator mais importante para a seleção do método de lavra. Porém, aspectos de higiene, segurança, estabilidade da mina, a recuperação do minério e a produtividade máxima também são considerados. A escolha do método de lavra é o fator que possibilita o desenvolvimento da operação de extração do material. A escolha errada poderá trazer consequências negativas para a viabilidade da mina. Os métodos de lavra são limitados pelas condições de disponibilidade e o desenvolvimento de equipamentos, assim como, os aspectos tecnológicos, sociais, econômicos e políticos. Os métodos de lavra devem ser bastante flexíveis já que podem ocorrer mudanças devidas a alguns fatores inesperados que podem causar custos adicionais. Por isso, a maioria das minas utiliza mais de um método de extração.
Após selecionado o método de lavra, deve se produzir condições adequadas para os funcionários, reduzir os impactos causados ao meio ambiente e ao mesmo tempo conseguir estabilidade, na mina, durante sua vida útil.
As características físicas do depósito, como a profundidade e sua extensão, limitam as possibilidades de aplicação de alguns métodos de lavra. Como por exemplo, o mergulho de corpo, que é um fator importante não só na escolha do método de lavra, mas também na escolha dos equipamentos que serão utilizados. O mergulho de corpo pode ser classificado como: suave (horizontal a 20º), médio (20º a 50º) e íngreme (50º a vertical). A espessura do depósito também é um fator limitante para a escolha do método, podendo ser classificado como: estreito (<10 m), intermediário (10 m a 30 m), espesso (30 m a 100m) e muito espesso (> 100m) (Nicholas, 1968).
Além desses fatores, há outras considerações que devem ser analisadas: sobre as águas superficiaise subterrâneas, quanto à formas de drenagem e bombeamento; a permeabilidade do rochoso maciço, deformabilidade, resistência, etc. Todas devem ser aliadas as características da geologia estrutural - falhas, dobras, diques – avaliadas no início do projeto.
A estabilidade política de um país, questões sociais e geográficas influenciam diretamente na escolha do método de lavra, pois, como por exemplo, a mineração em regiões remotas não desperta o interesse de operários qualificados e de sua permanência no local, isso influencia também os custos e a produtividade, o que afeta a escala de produção, pois esta depende do desenvolvimento tecnológico, que para uma operação grande exige uma infra-estrutura adicional.
O critério de avaliação econômica é muito importante e deve ser levado em conta, assim como a situação financeira da empresa, pois se trata reconhecidamente de uma atividade que está sujeita a riscos elevados.
Métodos de lavra
Relativamente ao modo de escavação as minas podem dividir-se em dois tipos principais: minas subterrâneas e minas a céu aberto.
A escolha do método de lavra depende em grande parte da localização e forma do depósito mineral, devendo ser escolhido o método mais seguro e ao mesmo tempo mais económico. O desmonte do minério pode ser efectuado por meios mecânicos (por exemplo com escavadoras hidráulicas) ou com recurso a explosivos (na grande parte dos casos).
Operações de lavra
As operações executadas com vista à extracção de um minério e até ao seu processamento são sequenciais e podem ser resumidas da seguinte forma (no caso de desmonte com explosivos):
1. Perfuração – o minério é furado utilizando máquina de perfuração hidráulicas; a perfuração é executada com diâmetro, comprimento e distâncias entre furos previamente calculadas;
2. Desmonte – os furos previamente executados são preenchidos (ou carregados) com explosivo, procedendo-se então à detonação deste e consequente fragmentação do minério.
3. Remoção – o minério assim fragmentado é carregado em caminhões, vagonetas ou outro meio de transporte, até à instalação de processamento, geralmente situada próximo da mina.
Importância econômica da mineração no Brasil
A economia brasileira sempre teve uma relação estreita com a extração mineral. Desde os tempos de colônia, o Brasil transformou a mineração - também responsável por parte da ocupação territorial - em um dos setores básicos da economia nacional. Atualmente, é responsável por três a cinco por cento do Produto Interno Bruto. 
Importante na obtenção de matérias-primas, é utilizada por indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, fertilizantes, petroquímica e responsável pela interiorização da indústria inclusive em regiões de fronteiras. Em 2000, o setor mineral representou 8,5 % do PIB - US$ 50,5 bilhões de dólares. É um setor portanto de profunda importância, pois, além do que já representa para a economia nacional, o subsolo brasileiro representa um importante depósito mineral. Entre as substâncias encontradas, destacam-se o nióbio, minério de ferro, segundo maior produtor mundial, tantalita, manganês, entre outros.
Deixando de lado aspectos já mencionados, não se pode esquecer que a atividade mineradora é responsável pela criação de inúmeros empregos diretos, representando no ano 2000, 500.000 empregos e um saldo na balança comercial de US$ 7,7 bilhões de dólares.
Produção mineral no Brasil
 Em 2011, a produção mineral brasileira (PMB) deverá atingir um novo recorde ao totalizar US$ 50 bilhões (valor estimado), o que configurará um aumento de 28% se comparado ao valor registrado em 2010: US$ 39 bilhões.
Assim sendo, a PMB em 2011 mostrará, definitivamente, uma recuperação ante ao recuo de 2009 ocasionado pelos efeitos da crise econômica internacional, fenômeno que estimulou retração na demanda por matérias primas de origem mineral.
O Brasil é um importante player mundial no Setor Mineral. No entanto, apresenta dependência de alguns minerais que são essenciais para a economia. É o quarto maior consumidor de fertilizantes, mas responde por apenas 2% da produção mundial. O Brasil importa 91% de todas as suas necessidades de potássio e 51% de fosfato, insumos minerais utilizados na fabricação de fertilizantes.
Os maiores estados produtores de minérios em 2010, de acordo com o
recolhimento da CFEM – Contribuição Financeira pela Exploração de Recursos
Minerais são:
MG (48%), PA (28%), GO (5%), SP (4%), BA (2, 7%), MS (1, 8%), SE (1, 7%)
e outros (8,8%).
Em 2010, a arrecadação da CFEM alcançou novo recorde: R$ 1 bilhão, ou seja, 46% superior à de 2009, que foi de R$ 742 milhões.
 Em 2011, a previsão é que a arrecadação alcance R$1,3 bilhão.
Assim em 2011, o minério de ferro continuará a ocupar o 1º lugar na lista de produtos que geram as maiores rendas nas exportações brasileiras.
Evolução da Produção Mineral Brasileira
A partir do ano 2000, a procura maior por minerais, principalmente pelo elevado índice de crescimento mundial, impulsionou o valor da PMB. No período 2001/2011 o valor da produção mineral brasileira terá crescimento de 550%, saindo de US$ 7,7 bilhões para US$ 50 bilhões. Com o processo de urbanização mundial e o crescimento das economias emergentes, estima-se que a PMB continuará crescendo entre 10% e 15% ao ano, nos próximos três anos.
Legislação Ambiental
No Brasil, a mineração está submetida a um conjunto de regulamentações, onde os três níveis de poder estatal possuem atribuições com relação ao meio ambiente. Se não há interação-integração dos organismos estatais gestores da política ambiental, há desincentivo à mineração sustentável.
Os órgãos federais atuam na concessão, fiscalização e cumprimento da legislação mineral e ambiental:
•Ministério do Meio Ambiente – MMA
• Ministério de Minas e Energia – MME
• Secretaria de Minas e Metalurgia – SMM/MME
• Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM
• Serviço Geológico do Brasil – CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais.
• Agência Nacional de Águas – ANA
• Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA
• Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH
• Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
• Centro de Estudos de Cavernas – CECAV (IBAMA)
A mineração é uma atividade poluidora e utilizadora de recursos naturais e está submetida ao prévio licenciamento pelo órgão ambiental competente, conforme determinação do art. 10 da Lei nº 6.938/81.
O art. 3º da Lei nº 7.805/89 estabelece que a outorga da permissão de lavra garimpeira depende de prévio licenciamento ambiental, mesmo requisito exigido para a concessão de lavras (art. 16 do mesmo dispositivo).
O licenciamento de mineração é diferenciado em relação ao das demais atividades. A Resolução CONAMA nº 09/90 edita normas específicas para o Licenciamento Ambiental de extração mineral.
Na mineração são exigidos o EIA/RIMA e o PRAD (plano de recuperação de área degradada). No final da exploração há reutilização do solo e estabilização do meio ambiente para atender o artigo 2º, VII da Lei nº 6.938/81, regulamentado pelo Decreto 97.632/89.
A comunidade local participa do processo nas audiências públicas, opinando sobre o projeto de aproveitamento sustentável dos bens minerais. A legislação infraconstitucional do meio ambiente relacionada à mineração possui vários diplomas legais, resoluções e portarias nos três níveis do poder estatal – municipal, estadual e federal.
Leis Federais
Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981 e suas alterações (Leis nos 7.804, de 18 de julho de 1989, e 8.028, de 12 de abril de 1990) - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação;
Lei no 9.537, de 11 de dezembro de 1997 - Dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional e que atribui à Autoridade Marítima estabelecer normas sobre obras, dragagem, pesquisa e lavra mineral sob, sobre e às margens das águas jurisdicionais brasileiras.
Decretos Federais
Decreto nos 97.632 de 10 de abril de 1989 - Dispõe sobre Plano de recuperação de área degradada pela mineração;Decreto no 99.274 de 6 de junho de 1990 Regulamenta a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA
Resolução do CONAMA no 1, de 23 de janeiro de 1986 – Estabelece critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA);
Resolução do CONAMA no 009 de 6 de dezembro de 1990 – Dispõe sobre normas específicas para a obtenção da licença ambiental para a extração de minerais, exceto as de emprego imediato na construção civil.
Resolução do CONAMA no 010 de 6 de dezembro de 1990 – Dispõe sobre o estabelecimento de critérios específicos para a extração de substâncias minerais de emprego imediato na construção civil.
Resolução do CONAMA no 2 de 18 de abril de 1996 – Dispõe sobre a compensação de danos ambientais causados por empreendimentos de relevante impacto ambiental;
Resolução do CONAMA no 237 de 19 de dezembro de 1997 – Dispõe sobre os procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental.
Estudo de Impacto Ambiental
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para a mineração tem sua definição, normas, critérios básicos e diretrizes de implementação estabelecidos pela Resolução do CONAMA nº 1/86.
A exigência do EIA aplica-se a todas as substâncias minerais, com exceção daquelas de emprego imediato na construção civil Em função das características do projeto de lavra, o EIA poderá ser substituído pelo Relatório de Controle Ambiental (RCA), de acordo com diretrizes do órgão ambiental estadual competente.
O EIA é elaborado obrigatoriamente por técnicos habilitados, deve estar consubstanciado no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), o qual é submetido ao órgão de meio ambiente estadual competente, integrante do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), para análise e aprovação. O RIMA deve ser tornado público para que a coletividade ou qualquer outro interessado tenha acesso ao projeto e a seus eventuais impactos ambientais e possa conhecê-los e discuti-los livremente, inclusive em audiência pública.
Da aprovação do EIA/RIMA e do Licenciamento Ambiental depende a concessão da Portaria de Lavra dada pelo MME – Ministério de Minas e Energia.
O Licenciamento Ambiental (LA) é obrigatória para a localização, instalação ou ampliação e operação de qualquer atividade de mineração objeto dos regimes de concessão de lavra e permissão de lavra garimpeira o Decreto 99.274/90 dá competência aos órgãos estaduais de meio ambiente para expedição e controle das licenças.
Licença Prévia (LP) – relacionada com localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) normatiza e os órgãos ambientais estaduais também normatizam, buscando não conflitarem.
Licença de Instalação (LI) - autoriza a montagem da mina, de acordo com o Plano de Controle Ambiental aprovado.
Licença de Operação (LO) – autoriza o início da lavra, o funcionamento da mina com seus equipamentos e instalações de controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévias e de Instalação.
Segurança do trabalho em minas
O trabalho em campos de mineração é um dos mais arriscados do setor industrial, com altos índices de acidentes graves ou fatais. Com a tarefa de extrair os recursos minerais a muitos metros abaixo da superfície do solo, os mineiros colocam suas vidas em risco por falta de preparo e de melhores treinamentos, e, principalmente, pela negligência das empresas as quais eles representam. As minas podem variar em extensão e profundidade, no entanto, as mesmas precauções básicas de segurança são usadas em cada mina. Para fiscalizar a indústria de mineração a cerca das medidas e precauções de segurança tomadas por elas, cada país possui uma agência que regulamenta especificamente a questão da segurança do trabalho no setor de mineração. Além de aprovar a legislação, cabe ao governo e seus órgãos competentes inspecionar regularmente as condições de trabalho nas minas e se certificarem de que os mineiros estão em condições seguras.
As duas principais preocupações dos mineiros são o fornecimento de oxigênio enquanto estão em zonas subterrâneas e os riscos de desabamentos. Muitos mineiros ficam em contato intenso com diversos tipos de substâncias tóxicas enquanto trabalham, o que, em longo prazo, pode lhes render inúmeros problemas de saúde e respiratórios. Portanto, a ventilação adequada em toda a mina é algo crucial para que os trabalhadores possam desempenhar suas atividades com algum grau de conforto e segurança. Além disso, a maioria dos mineiros usa proteção para o rosto, que inclui uma máscara de proteção, óculos especiais, respiradores e capacetes de proteção. Vale destacar que os sistemas de ventilação de minas são verificados regularmente, e a qualidade do ar são monitorados para verificar os níveis de gases tóxicos dentro das minas. Em caso de vazamentos de gases nocivos, a área precisa ser evacuada rapidamente. 
A instalação de sistemas de iluminação com ampla de visibilidade é outro fator essencial nas minas, pois a falta de iluminação adequada pode resultar em acidentes graves. Além de proteger os seus rostos, os mineiros também fazem proveito de roupas pesadas e botas para proteger seus corpos. Outro procedimento básico nas minas é a cobertura de poços, como regra geral, para que os mineiros não corram o risco de acidentar ao cair em um dos poços abertos. Outras fontes potenciais de risco, tais como fios elétricos, também devem ser bem protegidos, isolados e identificados.
Os mineiros não trabalham sozinhos, especialmente em áreas perigosas, e muitos deles carregam rádios de comunicação. Para sua segurança, os mineiros não são autorizados a trabalhar sob a influência de drogas ou alcoolizados. Os mineiros também podem denunciar violações de segurança, sem medo de represálias. A maioria das minas também tem um plano de evacuação no local, no caso de uma emergência, e todos os mineiros devem receber os planejamentos de segurança nas minas com todos os detalhes possíveis. Cabe lembrar que a violação ou desrespeito às normas de segurança do trabalho pode render às empresas multas e até mesmo o fechamento das minas de extração por tempo indeterminado.
NR 22
A NR 22 englobou os trabalhos de mineração a céu aberto e subterrâneo, incluindo também os garimpos, no que couberem, beneficiamentos de minerais e pesquisa mineral.
Riscos no setor de mineração
Os riscos das atividades do setor mineral dependem de algumas condições, entre as quais podemos destacar: 
Tipo de mineral ou lavrado: Ferro, ouro, bauxita, manganês, mármore,
granito, asbestos, talco etc.;
 Formação geológica do mineral e da rocha encaixante (hospedeira). Tal
conhecimento é importante, pois, dependendo da formação geológica, o
mineral lavrado poderá conter outros minerais “contaminantes”, como, por exemplo, a conhecida possibilidade de contaminação do talco com amianto;
 Porcentagem de sílica livre no minério lavrado. Também guarda relação com o tipo de mineral lavrado e com a rocha encaixante. Existem minérios e rochas encaixantes que têm uma maior ou menor porcentagem de sílica livre que varia de região para região. Por exemplo, o mármore possui menor quantidade de sílica livre do que o granito; 
 Presença de gases. A ocorrência de gases, principalmente metano, é mais comum em rochas sedimentares do tipo carvão mineral e potássio, sendo importante atentar para sua presença especialmente em minas subterrâneas. É importante destacar também que gases podem se acumular em áreas abandonadas de minas subterrâneas, que apresentam riscos quando da sua retomada;
Presença de água. Importante em minas subterrâneas, mas também em minas a céu aberto pelo risco de inundações;
Métodos de lavra. Implicam em diversos riscos, pois alteram o maciço rochoso, possibilitando desabamento, se não forem executados adequadamente.
Responsabilidades do empregador
As responsabilidades básicas do empregador, também denominado nesta NR de permissionário de lavra garimpeira, são as mesmas previstas no Art.158 da CLT como qualquer outro empregador. Para o setor da mineração, a NR 22 estabelece as seguintes responsabilidades:
· Estabelecer, em contrato, nome do responsável pelo cumprimento da presente Norma Regulamentadora;
· Interromper todo e qualquer tipo de atividade que exponha os trabalhadores a condições de risco grave e iminente para sua saúde e segurança;
· Garantir a interrupção das tarefas, quando proposta pelos trabalhadores,em função da existência de risco grave e iminente, desde que confirmado o fato pelo superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
· Fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos potenciais nas áreas em que desenvolverão suas atividades;
· Coordenar a implementação das medidas relativas à segurança e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas e prover os meios e condições para que estas atuem em conformidade com esta norma;
· Elaborar e implementar o PCMSO (NR 7);
· Elaborar e implementar o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), contemplando os aspectos da NR 22.
Gerenciamento de riscos
O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) previsto na NR 22 contempla, no mínimo, os itens relacionados abaixo:
· Riscos físicos, químicos e biológicos;
· Atmosferas explosivas;
· Deficiências de oxigênio;
· Ventilação;
· Proteção respiratória, de acordo com a Instrução Normativa MTb/SSST nº01, de 11/04/94;
· Investigação e análise de acidentes do trabalho;
· Ergonomia e organização do trabalho;
· Riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em espaços confinados;
· Riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas,
· equipamentos, veículos e trabalhos manuais;
· Equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando-se no mínimo o constante na NR 6;
· Estabilidade do maciço;
· Plano de emergência;
· Outros resultantes de modificações e introduções de novas tecnologias.
Riscos de acidentes no trabalho de mineração
O trabalho nas atividades potencializa a ocorrência de acidentes do tipo:
· Queda de “chocos” em minas subterrâneas: depende das condições de estabilidade do maciço rochoso, do sistema de contenção adotado e sua manutenção, pressão por produtividade e existência, ou não, de iluminação suficiente para identificação da sua existência;
· Desmoronamentos e quedas de blocos: podem ocorrer não só em minas de subsolo, mas em minas a céu aberto;
· Máquinas e equipamentos sem proteção, tais como correias transportadoras, polias, guinchos etc.;
· Eletricidade: fiação elétrica desprotegida, disjuntores e transformadores sem proteção, supervisão e manutenção insuficiente e falta de sinalização são alguns dos fatores de risco elétrico;
· Falta de proteção de aberturas dos locais de transferência e tombamento de minério, escadas com degraus inadequados, escorregadios e sem corrimãos, passarelas improvisadas sem guarda-corpo e corrimão;
· Iluminação deficiente: propicia quedas e dificulta a identificação de chocos em minas subterrâneas;
· · Pisos irregulares;
· · Trânsito de equipamentos pesados.
Fatores potenciais de risco
Os fatores potenciais de risco, decorrentes da organização e processos de trabalho, envolvem:
· Esforço físico excessivo: decorrentes de grandes percursos a pé (minas a céu aberto ou em subsolo), uso de escadas de grande extensão, quebra manual de rochas e abatimento manual de “chocos”;
· Levantamento e transporte de pesos. Uso e transporte de ferramentas pesadas (marteletes, brocas integrais, hastes de abatimento de “chocos”),
· manuseio de pás e movimentação manual de vagonetas;
· Posturas inadequadas: percurso de galerias muito baixas e abatimento manual de chocos em minas subterrâneas, trabalhos sobre minério desmontado, trabalhos sobre máquinas e assentos inadequados de equipamentos;
· Controle de produtividade, ritmos de trabalho excessivos, monotonia e repetitividade, trabalhos em turnos e prorrogação de jornada de trabalho.
Riscos ambientais no trabalho de mineração
Físicos:
· Radiações ionizantes: presentes em minerações de urânio, podendo ainda ocorrer na presença de radônio, principalmente em minas subterrâneas. Em usinas de beneficiamento, também podem ser utilizados medidores radioativos em espessadores e silos de minério;
· Radiações não-ionizantes: ocorrem em atividades de solda e corte e são decorrentes da exposição à radiação solar, que é de grande importância em minas a céu aberto;
· Frio: ocorre em minas a céu aberto em regiões montanhosas e frias e em níveis superiores de minas de subsolo, cujo sistema de ventilação exige o resfriamento do ar utilizado;
· Calor: ocorre exposição em trabalhos a céu aberto e em níveis inferiores de minas subterrâneas, sendo neste caso dependente do grau geotérmico da região e do sistema de ventilação utilizado;
· Umidade: ocorrem em trabalhos a céu aberto, em operações de perfuração a úmido, usinas de beneficiamento e em casos de percolação de água em trabalhos subterrâneos;
· Ruído: é um dos maiores fatores de risco presentes no setor mineral e decorre da utilização de grandes equipamentos, britagem ou moagem, atividades de perfuração (manual ou mecanizada), utilização de ar comprimido e atividades de manutenção em geral;
· Vibrações: também presentes na operação de grandes equipamentos como tratores, carregadeiras, caminhões e no uso de ferramentas manuais como marteletes pneumáticos e lixadeiras.
Químicos:
· Poeiras minerais: a de maior importância é a sílica livre, cuja ocorrência vai depender das condições geológicas locais. Outras poeiras também são importantes, como poeiras de asbestos, manganês, minério de chumbo e de cromo;
· Fumos metálicos: presentes nas atividades de beneficiamento (moagem, britagem e fundição) e nas atividades de solda e corte;
· Névoas: geradas, por exemplo, nos processos de perfuração decorrentes do óleo de lubrificação do equipamento, sendo mais importantes na perfuração manual;
· Gases: o de maior importância é o metano, em virtude do risco de explosão e incêndio, principalmente em minas de carvão e potássio. Outros produtos químicos podem estar presentes, tais como cianetos (nos processos de beneficiamento de minério de ouro), uso de graxas, óleos e solventes nas operações de manutenção em geral.
Biológicos:
· Exposição a fungos, bactérias e outros parasitas: decorrentes de precárias condições de higiene, tais como falta de limpeza dos locais de trabalho e de sanitários e vestiários, sendo clássica a maior incidência de tuberculose em trabalhadores silicóticos (silicotuberculose).
CONCLUSÃO
Sabe-se que a mineração foi historicamente relevante como fator de atração descontingentes populacionais para a ocupação do interior do território brasileiro e,ainda hoje, e um vetor importante para o desenvolvimento regional. 
Dada a rigidez locacional que a caracteriza, pois (não se pode mudar o lugar que a natureza escolheu para as jazidas), seu impacto econômico cresce na medida em que são identificadas minas em regiões de baixa densidade demográfica, com atividades produtivas pouco diversificadas. A poluição visual é o primeiro efeito visível da mineração ao meio ambiente.Grandes numerosos casos, impedindo a posterior utilização. Em alguns casos (grandes jazidas), a reconstituição da paisagem tal qual era antes da extração é difícil.
Porém, através de condução adequada das operações de lavra e de um projeto de recuperação, que leve em conta o destino a ser dada à área futuramente, a degradação ambiental pode ser reduzida e até eliminada. Sendo assim, os cuidados para a recuperação das áreas mineradas vão desde a concepção do plano de lavra até a implantação do projeto de revegetação,realizada concomitantemente à exploração da mina. 
Por outro lado, com o conceito cada vez mais forte de desenvolvimento sustentável, faz-se necessário um programa eficiente de disposição de resíduos gerados por parte da mineração, pois de uma forma geral, precisa-se fazer uso dos bens minerais no momento, porém, precisamos proporcionar um meio ambiente adequado para as futuras gerações que estão por vir.Referencial Bibliográfico
· Disponivel em: <http://www.dnpm.gov.br/ >
 acesso em 24 Nov.2012
· Disponivel em <http://www.mte.gov.br/ > 
acesso em 26 Nov 2012
· Disponível em <http:// www.mma.gov.br/>
 acesso em 28 Nov 2012
· Disponível em <http://www.ibram.org.br/>
 acesso em 28 Nov 2012
· Manual- Informações e Analises da economia Mineral Brasileira
 6ª Edição-2011
· Livro- Normas Regulamentadoras
 Edição- 2011

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