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1. INTRODUÇÃO 
 
 
A Bacia do Paraná abrange os territórios dos Estados de Mato Grosso, 
Paraná, São Paulo e partes dos territórios dos Estados de Minas Gerais e Goiás, 
estendendo-se pelo Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. É uma bacia sedimentar 
intracratônica (sinéclise), que evoluiu sobre a Plataforma Sul-Americana, e sua 
formação teve início à cerca de 400 milhões de anos, no Período Devoniano, 
terminando no Cretáceo. 
Sob a Bacia do Paraná deposita-se a Bacia do Bauru que é a mais extensa 
seqüência sedimentar de idade cretácea da América do Sul. Sua constituição é de 
arenitos e siltitos depositados em ambiente fluvial. É neste ambiente que 
encontramos o Grupo Bauru que pode ser dividido em três intervalos estratigráficos: 
a) intervalo inferior, assentado sobre um substrato basáltico irregular; b) intervalo 
médio, compreendendo sedimentos essencialmente arenosos de origem aluvial; e c) 
intervalo superior, englobando na base um componente lacustre que passa, vertical 
e lateralmente para oeste, a depósitos aluviais arenosos (CASTRO et al., 1999). O 
Grupo Bauru cobre todo o planalto do Estado de São Paulo, estende-se ao extremo 
oeste de Minas Gerais, ao Sul de Goiás e ao Sul e Leste de Mato Grosso sendo sua 
estratigrafia e idade temas de grande controvérsia na literatura. 
O caráter continental, com fácies terrígena e lacustre, que lhe permite uma 
descontinuidade na sedimentação dos seus termos litológicos emprestando-lhe 
distribuição lenticular MEZZALIRA (1974) é um dos principais fatores que alimenta 
as diferentes opiniões a respeito de sua estratigrafia. Dentro desse conceito alguns 
 1 
 
autores sugeriram divisões e propuseram designações para as mesmas, entre eles 
encontramos SETZER (1948) que propôs a divisão do Grupo Bauru em Bauru 
Superior (abundância de cimento calcário) e Bauru Inferior (ausência do mesmo); 
ALMEIDA & BARBOSA (1953) que, propuseram as denominações de Formação 
Marília (Bauru Superior – abundância de cimento calcário) e Formação Itaqueri 
(Bauru Inferior – constituído de membros alternados de arenitos com cimento 
argiloso, folhelhos e conglomerados); FREITAS (1964) que sugere a divisão do 
Grupo Bauru em duas formações: Formação Itaqueri (composta de um 
conglomerado basal sem caráter universal) e Formação Bauru (arenito, variando 
lateral e verticalmente a siltito, argilito e conglomerato); MEZZALIRA (1964), que 
após a verificação de todas essas hipóteses e estudos realizados em campo sugere 
a adoção da Formação Bauru como um todo; SOARES et al. (1980) que divide o 
Grupo Bauru nas formações Caiuá, Santo Anastácio, Adamantina e Marília, da base 
para o topo que repousam em discordância erosiva, predominantemente sobre 
basaltos da Formação Serra Geral; BARCELOS et al. (1983) que propuseram a 
inclusão da formação Itaqueri por esta unidade estar inserida na região do 
arcabouço estrutural do grupo; FULFARO & BARCELOS (1991) pela primeira vez 
propõem a existência de uma bacia individualizada para os depósitos da Formação 
Caiuá, que seria anterior a existência da Bacia Bauru; FERNANDES (1992) eleva 
hierarquicamente a Formação Caiuá a Grupo Caiuá dividindo-o em três formações: 
Goio Erê, Rio Paraná e Santo Anastácio; FERNANDES & COIMBRA (1992) elevam 
o Grupo Bauru a uma Bacia independente da Bacia do Paraná que se originou de 
uma depressão pós-gondwânica criada por subsidência termo-mecânica, depois de 
cessados os derrames no Cretáceo Inferior; MILANI (1997) que afirma que o Grupo 
Bauru é composto por dois outros grupos: Caiuá (compreendido por arenitos 
 2 
 
acumulados em ambiente eólico) e o Bauru (agrupa unidades depositadas em 
ambientes fluviais e de leques aluviais); CASTRO et al. (1999) que propõem a 
Formação São Carlos como uma nova unidade do Grupo Bauru. 
De fato, a estratigrafia da Bacia Bauru é controversa e ainda carece de 
estudos mais aprofundados FULFARO e PERINOTTO (1996) sendo, na realidade, a 
associação de diferentes fácies sedimentares predominantemente continentais. A 
figura 01 sintetiza o conhecimento estratigráfico atual nos estados onde a Bacia do 
Bauru é depositada. 
 
 
 3 
 
Figura 1- Carta litoestratigráfica do Grupo Bauru nos estados onde aflora. Retirada de Fulfaro & 
Perinotto, 1996. 
 
Tão controverso quanto à estratigrafia do Grupo Bauru, é a determinação da 
sua idade. Já logo após a descrição dos primeiros fósseis, surgem dúvidas quanto a 
sua real datação. Através dos anos as descobertas de diferentes fósseis fizeram 
com que vários autores propusessem a cronologia do Grupo Bauru, entre eles 
podemos citar PACHECO (1913) que o situa entre o Jurássico e o Cretáceo; VON 
HUENE (1927) que propôs duas idades para o Bauru, uma Senoniana Superior 
(Cretáceo), devido aos restos de Titanossauros encontrados e outra Jurássica ou 
Cretácea Inferior; outros autores como PRICE (1953), ARID & VIZOTO (1963) e 
SUAREZ (1969), confirmam a idade sugerida por VON HUENE. Atualmente, 
considera-se o Grupo Bauru como sendo do Cretáceo Superior devido à presença 
de dinossauros que ocorrem associados aos moluscos e cuja extinção ocorreu na 
mesma era. 
Ambientalmente, os depósitos sedimentares do Grupo Bauru são tipicamente 
fluviais e lacustres. Durante o ciclo inicial de deposição do Grupo Bauru (formações 
Caiuá e Santo Anastácio), as fácies representam frentes deltáicas e planícies 
aluviais. O clima, ao menos para a formação Caiuá, seria árido a semi-árido com 
presença de dunas e sistema lacustre efêmero interdunas POPP & BIGARELLA 
(1975). Já a Formação Adamantina teria sistemas deposicionais mais energéticos 
sendo representada por sedimentos relativos a rios de maior porte que os da fase 
anterior. 
Ainda nessa formação encontram-se sedimentos representativos de 
ambientes de planícies de inundação, associados a sedimentos de canais fluviais. O 
clima seria quente e úmido alternado por períodos mais secos. Esse ambiente fluvial 
 4 
 
meandrante foi progressivamente sendo alterado para um sistema fluvial 
anastomosado devido ao aumento da aridez e desertificação visto nas formações 
posteriores (Formação Marília). 
 
 
1.1 FÓSSEIS DE MOLUSCOS DO GRUPO BAURU: ESTADO DA 
ARTE 
 
Dentre os fósseis do Grupo Bauru, certamente os mais conhecidos são os 
répteis crocodilianos, quelônios e dinossauros. De fato, inúmeros são os trabalhos 
referentes a esses grupos (IHERING, 1911; PACHECO, 1913; CAMPOS, 1920; VON 
HUENE, 1927; MILWARD, 1935; MORAES REGO, 1935; ROXO, 1936; PRICE, 
1945, 1950 e 1953; ARID et al., 1962; MACIEL, 1962; ARID & VIZOTTO, 1963 e 
SUAREZ, 1969). Contudo outros macrofósseis podem ser descritos para esses 
sedimentos como vegetais (MEZZALIRA, 1959 e 1964 e PETRI, 1955), bivalves 
(IHERING, 1913; CUNHA, 1937; ARID et al., 1962; MACIEL, 1962; MEZZALIRA, 
1964 e 1966; SUAREZ E ARRUDA, 1968; PARODIZ, 1969; SOAREZ, 1980; 
BARCELOS et al., 1983; FULFARO & BARCELOS, 1991; FERNANDES, 1992; 
FERNANDES & COIMBRA, 1992; FULFARO & PERINOTTO, 1996; CASTRO et al., 
1999.) e restos de peixes (PACHECO, 1913; MORAES REGO, 1935 e ARID E 
VIZZOTO, 1963). São os moluscos, entretanto, o táxon menos estudado e os que 
mais carecem de trabalhos mais detalhados e modernos de sua tafonomia e 
paleoautoecologia para o melhor entendimento da gênese dessas acumulações, 
sendo os poucos trabalhos existentes versando sobre a sistemática do grupo (tabela 
1). 
 5 
 
Tabela 1- Trabalhos relacionados a moluscos fósseis do Grupo Bauru e táxons descritos. 
AUTOR PESQUISA FÓSSIL DESCRITO 
Ihering, 1913 Sistemática Pleiodon priscus 
Arid et al., 1962 Geologia Gastrópodes indeterminados 
Mezzalira, 1966 Geologia Roxochelys sp. 
Suarez & Arruda 1968 Sistemática Podocnemis elegans 
Parodiz,1969 Geologia Bivalves indeterminados 
Mezzalira, 1974 Sistemática Viviparus souzai, Physa aridi, 
Diplodon arrudai, Florenceia 
peiropolensis, Sancticarolis 
tolentinoi, Taxodontites 
paulistanensis, Anodontitesfreitasi, Anodontites pricei, 
Monocondylaea cominatoi, 
Hydrobia prudentinensis 
Campanha et al, 1993 Sistemática ?Hydrobia sp, Turritelídeos 
De-Simone & Mezzalira, 1993 Morfologia 
Funcional 
Anodontites freitasi 
Senra & Silva e Silva, 1999 Sistemática Musculium? 
Mezzalira & Simone, 1997 Sistemática Florenceia, Sancticarolis e 
Taxodontites 
Mezzalira & Simone, 1999 Sistemática Castalia cretacea, Castalia 
minuta 
Ghilardi & Benedetti, 2004 Paleoecologia e 
Tafonomia 
Anodontites 
 6 
 
 
IHERING (1913) foi o primeiro a descrever um bivalve para os sedimentos do 
Grupo Bauru. A espécie Itaimbea priscus (IHERING, 1913), foi descrita em 
sedimentos no município de São José dos Dourados, no estado de São Paulo. 
Apenas cerca de 50 anos posteriormente a essa descrição, ARID et al. (1962), 
descrevem, pela primeira vez, um gastrópode em afloramentos nas imediações de 
São José do Rio Preto. MEZZALIRA (1966), SUAREZ & ARRUDA (1968) E 
PARODIZ (1969) aumentam o número de espécies descritas de moluscos para o 
estado de São Paulo porém sem classifica-los taxonomicamente de maneira 
precisa. É o trabalho de Mezzalira (1974), que descreve a maior quantidade de 
táxons (?Hydrobia prudentinensis, Viviparus souzai, Physa aridi, Diplodon arrudai, 
Florenceia peiropolensis, Sancticarolis tolentinoi, Taxodontites paulistanensis, 
Anodontites freitasi, Anondotites pricei e Monocondylaea cominatoi) conhecidos, 
além de organizar sistematicamente os moluscos do Grupo Bauru na maneira 
atualmente empregada. Adicionalmente, MEZZALIRA (1974), pioneiramente, 
descreve esses animais em sedimentos de Goiás e Minas Gerais. Após esse 
trabalho MEZZALIRA (1974), DE-SIMONE & MEZZALIRA (1993) voltam ao tema ao 
descrever preservação de restos de partes moles (palpos, demibrânquias e 
músculos) em um bivalve Unionoida (Anodontites freitasi) do Grupo Bauru, no 
estado de São Paulo e Campanha et al. (1993), descrevem o gastrópode? Hydrobya 
sp. e Turritella sp. em sedimentos localizados entre Uberaba e Uberlândia, MG. 
SENRA & SILVA E SILVA (1999) relatam a ocorrência de microbivalves em 
sedimentos de Uberaba, MG. As autoras classificam provisoriamente esse novo 
táxon como ?Musculium. MEZZALIRA & DE-SIMONE (1997) normalizam a situação 
taxonômica dos gêneros Florenceia, Sancticarolis e Taxodontites já alterados 
 7 
 
previamente mas sem valor taxonômico em DE-SIMONE & MEZZALIRA, 1994. 
Finalmente, MEZZALIRA & DE-SIMONE (1999), descrevem, a partir de material 
depositado em coleção científica, o gênero Castalia para sedimentos do Grupo 
Bauru sendo constituído por duas espécies (C. cretacea e C. minuta). Existe uma 
carência considerável em relação aos trabalhos paleoecológicos e tafonômicos dos 
bivalves do grupo Bauru. Exceção feita ao trabalho de GHILARDI & BENEDETTI 
(2004) que, de maneira pioneira, tramam considerações iniciais sobre a ecologia e 
tafonomia do gênero Anodontites. 
A paleofauna representada no Grupo Bauru apresenta algumas semelhanças 
com os depósitos argentinos do Cretáceo Superior. Algumas variedades inclusive já 
eram conhecidas na Argentina. Mas a presença de formas exclusiva sugere que 
pode ter ocorrido algum endemismo na fauna. Uma das hipóteses para a existência 
de espécies particulares era a diferenciação climática do Grupo Bauru, mais seco, 
provocando um "stress" ambiental e gerando mudanças particulares nos animais. 
 
 
 
2. PROPOSTA DE TRABALHO: 
 
 
 É notável a carência de trabalhos descritivos sobre os moluscos bivalves do 
Grupo Bauru. Assim, esse trabalho visa contribuir no preenchimento de uma 
importante lacuna da literatura cientifica desse pacote de rochas. 
 Para tanto, pretende-se fazer uma revisão bibliográfica meticulosa dos 
trabalhos publicados envolvendo macrofósseis de invertebrados. Almeja-se estudar 
 8 
 
apenas os moluscos, discernindo, entre toda a literatura, sua sistemática e pontos de 
afloramentos passíveis de coleta dos táxons descritos. 
 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS (METODOLOGIA) 
 
 
A classificação sistemática dos moluscos bivalves apresentada nesse 
trabalho foi reunida a partir de diferentes fontes de referências bibliográficas. Foram 
considerados os trabalhos da literatura científica internacional assim como as 
publicações dos pesquisadores brasileiros em caráter regional. 
Neste sentido, é de fundamental importância a utilização de catálogos de 
referências bibliográficas. Preferiu-se, nesse estudo, a utilização do catálogo da 
Universidade de São Paulo disponível na rede internacional de computadores 
(Internet), locado na página www.usp.br/sibi. Tal procedimento mostrou-se 
adequado, pois os principais e mais recentes catálogos de referência bibliográfica 
das áreas de geologia (e.g., Georef, Geobase) e biologia (e.g., Zoological Abstracts) 
estão disponíveis de maneira on line. 
Adicionalmente, visitou-se a coleção cientifica Sergio Mezzalira, localizada no 
Instituto de Geociências da Secretaria do Estado do Meio Ambiente, em São Paulo, 
capital, onde a grande maioria dos holótipos descritos está depositada. Por motivos 
técnicos, não foi possível fotografar os espécimes no local nem retirar os mesmos 
para análises no Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências da 
 9 
 
http://www.usp.br/sibi
UNESP/Bauru. Contudo, a visita se mostrou proveitosa ao permitir o contato e 
averiguação das diagnoses destinadas a cada gênero. 
 
 
 
4. RESULTADOS 
 
 
4.1 Localização dos Afloramentos 
 
Grande parte dos fósseis de moluscos do Grupo Bauru está descrita na 
região centro-norte do Estado de São Paulo (fig. 02). A tabela 02 representa esses 
afloramentos assim como lista os táxons encontrados em cada ponto de coleta. 
 
Tabela 2- Afloramentos relacionados aos táxons fósseis. 
Afloramento Espécies descritas Referencia na figura 02 
Álvares Machado - SP Taxodontites paulistanenesis, 
Castalia minuta 
1 
 Fernando Prestes – SP Itaimbea priscus 2 
Madeira – GO Viviparus souzai 3 
Pacaembu Paulista – 
SP 
Anodontites freitasi, 
Monocondylaea cominatoi, 
Taxodontites paulistanensis, 
Castalia cretacea 
4 
 10 
 
Peirópolis – MG Anodontites pricei, 
Musculium? 
5 
Presidente Prudente – 
SP 
Diplodon Arrudai, Anodontites 
paulistanensis, Hydrobia 
prudentinensis 
6 
São Carlos – SP Sancticarolis tolentinoi 7 
São José do Rio Preto – 
SP 
Physa aridi 8 
Uberaba – MG Florenceia peiropolensis, 
Hydrobia sp., Turritelideos 
9 
 
 11 
 
 
Figura 2- Mapa de localização dos afloramentos fossilíferos de moluscos do Grupo Bauru. Modificado 
de Fulfaro e Perinotto (1996). 
 
 
 
 12 
 
 4.2 CLASSIFICAÇÃO SISTEMÁTICA 
 
 
 Os bivalves e gastrópodes do Grupo Bauru são a seguir classificados. 
 
 
Classe Bivalvia 
Ordem Unionoidea 
Família Mycetopodidae (Banarescu, 1990) 
 
Gênero Anodontites Bruguiere, 1972 
 
Anodontites pricei Mezzalira, 1974 
 
Diagnose: A atribuição ao gênero Anodontites está baseada na forma de concha e 
no tipo de charneira. Concha elítica; umbo baixo; liso, ocupando posição mais 
próxima da borda anterior; inequílatera. Borda dorsal subreta; borda ventral 
ligeiramente abaulada; borda posterior subreta e borda anterior convexa. Superfície 
com finas linhas concêntricas de crescimento. Charneira, aparentemente edentelosa. 
Impressão do músculo adutor anterior subcircular. Linha palial mais ou menos 
perceptível. A convexidade da valva está em torno de 6 mm. 
Procedência: Peirópolis, MG. 
 
 13 
 
Anodontites freitasi, Mezzalira 1974 
 
Diagnose: Concha subelítica, estreita alongada; inequilátera e equivalva. Umbo 
baixo, liso; bico liso, raso e subanterior. Depressão mediana acentuada na porção 
inferior da concha. Borda dorsal levemente angulosa com extensão posterior pouco 
maior que a anterior; borda ventral subreta e levemente convexa, com suave 
concavidade na sua extensão média-posterior, passandoem curva continua para a 
borda anterior. Esta é curta com convexidade acentuada. Borda posterior, a julgar 
pelas linhas de crescimento, curta subvertical passando em curva forte na borda 
ventral. 
Procedência: Pacaembu Paulista, SP. 
 
 
Gênero Monocondylaea D´Orbigny 1835 
 
Monocondylaea cominatoi, Mezzalira 1974 
 
Diagnose: Concha subquadrangular; equivalva, inequilatera; prosógira. Umbo 
conspícuo, liso. Região umbonal entumescida. Charneira desconhecida. Borda 
dorsal subreta, com pequena depressão entre o bico e a porção anterior. Impressão 
do músculo posterior subelítico, alongado, maior que o anterior que é subcircular. 
Linha palial indistinta. Borda anterior curta e reta; borda ventral obliqua passando 
para a borda posterior em curva acentuada e para a borda anterior em curva mais 
 14 
 
suave. Borda posterior subreta e subvertical. A convexidade da valva está em torno 
de 8 mm. 
Procedência: Pacaembu Paulista, SP. 
 
 
Família Hyriidae Swainson, 1840 
Gênero Florenceia Mezzalira, 1974 
 
Florenceia peiropolensis, Mezzalira 1974 
 
Diagnose: Concha alongada, subelítica, equivalva, inequilatera. Umbo baixo., liso e 
pequeno. Bico pouco saliente e liso. Borda dorsal subreta; o ângulo póstero-dorsal 
expande-se moderadamente em forma de pequena asa. Borda anterior curva e 
fortemente convexa passando em curva suave para a ventral. Borda ventral 
levemente convexa, subparalela a borda dorsal, com leve inflexão na sua extensão 
mediana, passando para a sua borda posterior em curva forte. Borda posterior 
obliqua, moderadamente convexa. Espessura pequena, oscilando entre 6 mm a 10 
mm para cada valva. Impressões musculares e da linha palial definidas devido a má 
conservação. 
Procedência: Uberaba, MG. 
 
Gênero Diplodon - Spix 1827 
 
? Diplodon arrudai, Mezzalira 1974 
 15 
 
 
Diagnose: Concha subelitica, inequilatera. Umbo inconspícuo, região umbonal 
caracterizada por ornamentação subvertical constituída por uma série de costelas 
finas subparalelas, com uma leve tendência a anastomosamento e se cruzam com 
as linhas de crescimento. Borda dorsal subangular incompletamente imperceptível 
no exemplar; borda posterior indistinta, mas pelo traçado das linhas de crescimento, 
subvertical e relativamente curta passando em curva acentuda à borda ventral. Esta 
é subreta, levemente deprimida na porção mediana, passando em curva moderada 
para a borda anterior. Borda anterior pouco visível mas, aparentemente subvertical, 
ligeiramente convexa e mais alta que a borda posterior. Espessura da valva 
moderada, em torno de 10 mm. Linhas de crescimento subconcêntricas e mais ou 
menos marcadas. 
Procedência: Presidente Prudente, SP. 
 
Gênero Castalia - Lamarck 1819 
 
Castalia cretacea, Mezzalira & Simone 1999 
 
Diagnose: Concha com umbo sub-central por vezes grosso; bruscamente 
descendente à sua margem posterior; a região entre as margens ventral e posterior 
é angulosa. 
Procedência: Pacaembu Paulista, SP. 
 
 
Castalia minuta, Mezzalira & Simone 1999 
 16 
 
 
Diagnose: Concha de tamanho pequeno, umbo proeminente e anterior, margem 
anterior dorsal com concavidade grande anterior a ponta do umbo, margem posterior 
convexa e por vezes curta, a junção entre as margens posterior e ventral é 
arredondada. 
Procedência: Álvares Machado, SP. 
 
 
Família Sancticarolidae Mezzalira & de-Simone, 1997 
Gênero Sancticarolis Mezzalira 1974 
 
Sancticarolis tolentinoi, Mezzalira 1974 
 
Diagnose: Concha pequena, subelítica, equivalva, inequilatera, levemente 
expandida na porção posterior e moderadamente entumecida na região umbonal. 
Umbo submediano, relativamente baixo; bico pequeno e pouco saliente; prosógiro; 
crista umbonal levemente definida. Borda dorsal subangulosa com a extensão 
posterior maior que a anterior; borda ventral moderadamente convexa passando em 
curva suave à borda anterior. Esta é curta e acentuadamente convexa. Borda 
posterior curta, obliqua e ligeiramente convexa. Charneira dotada, na valva direita de 
2 lamelas e uma fosseta e na valva esquerda de uma lamela e duas fossetas, tanto 
na extensão anterior como na posterior de cada valva. Linhas de crescimento finas, 
subconcênctricas e bem nítidas. Impressões musculares e linha palial 
imperceptíveis. Aparentemente a concha possuía as paredes delgadas. 
 17 
 
Procedência: São Carlos, SP. 
 
 
Família Mutelidae Swainson, 1840 
Gênero Itaimbea Mezzalira 1974 
 
Itaimbea priscus (Ihering 1913) 
 
Diagnose: Concha comprida, oval, sólida, leve, subcomprimida; borda anterior 
redonda, subalongada tendo a borda dorsal reta e inclinada para baixo; borda 
posterior alongada, obliquamente angulada, borda ventral um pouco arqueada. 
Charneira curta contendo tubérculos, irregularmente dispostos; a extensão posterior, 
com tubérculos verticais, subdivididos em dentes análogos. O ápice é pequeno e 
pouco distinto e dista da borda anterior 33 mm sendo pois situado em 44% do 
comprimento total ou talvez 40% tomando-se em consideração a ausência da 
extremidade posterior da concha. Sobre a porção posterior da concha corre uma 
dobra romba decorrente do ápice para trás e em baixo. Impressão muscular anterior 
distinta e em parte destruída e a posterior bem visível, escavada e oval. 
Procedência: Fernando Prestes, SP. 
 
Gênero Taxodontites - Simone & Mezzalira 1994 
 
Taxodontites paulistanensis (Mezzalira 1974) 
 
 18 
 
Diagnose: Concha de tamanho médio a grande, subtrapezoidal. Umbos conspícuos, 
submedianos. Bicos ponteagudos e prosógiros. Equivalva, inequilatera. Borda 
anterior curta, moderadamente convexa; borda posterior mais longa, subreta na 
parte superior e mais curva na inferior. Borda ventral reta; borda dorsal subreta. 
Ausência de morfologia interna. Superfície ornamentada por finas linhas 
concêntricas. Na parte média da concha como que delimitando a área umbonal, há 
um sulco mais profundo, indicando provavelmente, paralisação do crescimento do 
animal. 
Procedência: Álvares Machado e Pacaembu Paulista, SP. 
 
Subclasse Heterodonta 
Ordem Veneroida 
Família Sphaeriidae Deshayes, 1855 
Gênero Musculium Link, 1807 
 
? Musculium sp. Senra & Silva-Silva 1999 
 
Diagnose: A concha apresenta ornamentação radial nas espiras e o contorno da 
abertura. É esferiídeo com 2,0 mm de comprimento e 1,4 mm de altura, é um molde 
composto, conservando tênues linhas de crescimento próximo a margem ventral. A 
concha encontra-se inteira com as valvas articuladas e as margens anterior, 
posterior e a região da charneira, completas, não apresentando sinais de transporte. 
A fossilização é atípica, apresentando entre a região apertural e a parte mediana, 
 19 
 
um molde, e deste ponto até o ápice da columela, recristalização por carbonato de 
cálcio. 
Procedência: Peirópolis, MG. 
 
 
 
Classe Gastrópodes 
Ordem Basommatophora 
Gênero Physa - Draparnaud 1801 
 
Physa aridi, Mezzalira 1974 
 
Diagnose: Concha de tamanha médio, ovla-alongada, sinistra, advoluta. Espira 
contendo voltas de menor altura. Ápice fragmentado. Suturas adjacentes e 
profundas. Última volta com convexidade maior no meio e ocupando 8/10 do 
comprimento da concha. Voltas em numero de 4 no espécime descrito. Lado 
apertural (ventral ou anterior) contendo abertura alongada, estreitando-se na parte 
superior mais larga e arredondada na base. Perístoma espesso e holomatoso 
(continuo). Lábio externo ligeiramente sasliente. Presença de um pseudo-umbílico. 
Lado apertural (posterior ou dorsal) liso. Linhas de crescimento em toda a extensão 
da concha, mais distinta nas proximidades de sua abertura. 
Procedência: São José do Rio Preto, SP. 
 
 
 20 
 
Ordem Mesogastropoda 
Gênero Viviparus - Montfort 1810 
 
Viviparus souzai, Mezzalira 1974 
 
Diagnose: Concha pequena, globosa, umbilicada, dextra, paucispiral, evoluta. 
Espira curta com voltas convexas e suturasprofundas. Voltas em número de 4. A 
última volta não muito larga, fraca descendência, apresenta marcas de linhas de 
crescimento. Abertura circular, umbílico, largo e profundo. Ápice ligeiramente 
fragmentado. 
Procedência: Madeira, GO. 
 
Gênero Turritella Lamarck 1799 
 
Turritella sp. Campanha et al. 1993 
Diagnose: Apresenta conchas contando com 5 e 6 voltas, aparentemente sem 
qualquer tipo de ornamentação. 
Procedência: Uberaba, MG. 
 
Ordem Caenogastropoda - Cox 1959 
Gênero Hydrobia - Hartmann 1821 
 
? Hydrobia prudentinensis, Mezzalira 1974 
 21 
 
 
Diagnose: Concha pequena, cônica ovalada, dextra. Espira aguda, cônica. Última 
volta globulosa, fortemente convexa e subplana. Voltas em número de 4; umbilicada. 
Abertura aparentemente ovalar. Suturas profundas e preenchidas por grãos de 
quartzo e cimento silicoso. Lados abapertural e apertural lisos. Ápice ligeiramente 
fragmentado. 
Procedência: Presidente Prudente, SP. 
 
Hydrobia sp. Campanha et al. 1993 
 
Diagnose: Possui conchas pequenas e aparentemente cônicas ovaladaas com 
cerca de 4 voltas. 
Procedência: Uberaba, MG. 
 
 
5. Conclusões 
 
 
a) Os moluscos fósseis constituem um táxon ainda pouco estudado no Grupo 
Bauru, Cretáceo, Bacia Bauru, Brasil; 
b) Cerca de 10 afloramentos que possuem registro fóssil de moluscos foram 
identificados nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás; 
c) A sistemática do grupo ainda é pobre na literatura sendo necessário estudos 
mais aprofundados de sua taxonomia; 
 22 
 
d) Não há trabalhos tafonômicos ou ecológicos consideráveis para os moluscos 
do Grupo Bauru; 
e) São necessários estudos mais meticulosos, inclusive com fotografias e 
descrição de novos materiais para que a sistemática dos moluscos do Grupo 
Bauru se torne consistente. 
 
 
 
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 29 
 
	Tabela 1- Trabalhos relacionados a moluscos fósseis do Grupo
	AUTOR
	Pleiodon priscus
	Gastrópodes indeterminados
	Roxochelys sp.
	Podocnemis elegans
	Bivalves indeterminados
	Viviparus souzai, Physa aridi, Diplodon arrudai, Florenceia 
	?Hydrobia sp, Turritelídeos
	Tabela 2- Afloramentos relacionados aos táxons fósseis.
	Espécies descritas
	Itaimbea priscus
	Viviparus souzai

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