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SLIDES_-_Epidemiologia_e_Processos_Patologicos

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Técnico em 
Enfermagem
 
Módulo I
EPIDEMIOLOGIA E PROCESSOS PATOLÓGICOS
Prof. Enfermeira Maysiam Picinim 
 Enf 25 – M 2022
EPI= sobre DEMO= população LOGOS= estudo
Epidemiologia pode ser definida como a “ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (ROUQUAYROL e GOLDBAUM, 2003).
Epidemiologia 
A epidemiologia congrega métodos e técnicas de três áreas principais de conhecimento: 
📊 Estatística, 
🩺 Ciências da Saúde,
🏙️ Ciências Sociais. 
Sua área de atuação compreende ensino e pesquisa em saúde, avaliação de procedimentos e serviços de saúde, vigilância epidemiológica e diagnóstico e acompanhamento da situação de saúde das populações.
Epidemiologia 
A epidemiologia tem como princípio básico o entendimento de que os eventos relacionados à saúde, como doenças, seus determinantes e o uso de serviços de saúde não se distribuem ao acaso entre as pessoas.
 Há grupos populacionais que apresentam mais casos de certo agravo, por exemplo, e outros que morrem mais por determinada doença. 
Tais diferenças ocorrem porque os fatores que influenciam o estado de saúde das pessoas se distribuem desigualmente na população, acometendo mais alguns grupos do que outros (PEREIRA, 1995).
Unasus UFSC
Historicamente 
Alguns autores indicam que a epidemiologia nasceu com Hipócrates na Grécia antiga. Numa época em que se atribuía as doenças, as mortes e as curas a deuses e demônios, o médico grego se contrapôs a tal raciocínio e difundiu a ideia de que o modo como as pessoas viviam, onde moravam, o que comiam e bebiam, enfim, fatos materiais e terrenos eram os responsáveis pelas doenças. Foi uma proposta revolucionária de se pensar o processo saúde-doença.
No entanto, pesquisadores apontam o médico britânico John Snow o pai da epidemiologia. Durante uma violenta epidemia de cólera em Londres 1854, Snow fez uma ampla, inovadora e criteriosa pesquisa.
🦠Agente etiológico:
Causada pela toxina liberada por 2 sorogrupos da bactéria Vibrio cholerae (O1 e O139). 
A toxina se liga às paredes intestinais, alterando o fluxo de sódio e cloreto do organismo.
💩👄 Modo de transmissão:
Ocorre por via fecal-oral, pela ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pela contaminação pessoa a pessoa.
🤮 Sintomas:
Diarreia, vômitos e desidratação, com diferentes intensidades, pode ser confundido.
🧼🧴Profilaxia:
Medidas de higiene, como lavar as mãos, saneamento básico e vacina (em regiões endêmicas).
💧 Tratamento:
Rápida reidratação de soro via oral ou endovenosa para reposição de líquidos e sais minerais perdidos.
💊 Doxiciclina (gestantes e crianças)ou Azitromicina ou Ciprofloxacino. 
Cólera 
Epidemia
= Sobre a população.
É o aumento repentino e incomum de casos de uma doença em diversas regiões simultaneamente.
Ao final da pesquisa John Snow relatou que as feições clínicas da doença revelava que “o veneno da cólera entra no canal alimentar pela boca, e esse veneno seria um ser vivo, específico, oriundo das excreções de um paciente com cólera. [...] Assinalou, afinal, que o esgotamento insuficiente permitia que os perigosos refugos dos pacientes com cólera se infiltrassem no solo e poluíssem poços.” (ROSEN,1995).
John Snow
“pai da epidemiologia”
Conceitos e ferramentas da epidemiologia 
Em cada parte do mundo existem características diferentes e comuns em relação a saúde que estão diretamente relacionadas ao meio social, cultura, higiene, alimentação e meio ambiente.
Exemplos:
Os numerosos fatores associados à ocorrência de asma brônquica:
Infecções, exercícios;
Estresse emocional;
Exposição à alergênicos;
Suscetibilidade genética, etc.
A etiologia das doenças coronarianas:
Obesidade;
Níveis de colesterol;
Sedentarismo;
Tabagismo, alcoolismo, etc.
Processo saúde-doença
Processo saúde-doença
O que é doença?
Classificação de doenças 
A Classificação Internacional de Doenças (CID) é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte.
Transmissíveis:
Infecciosas ou parasitárias.
Não transmissíveis:
Genéticas, autoimunes ou metabólicas.
Identificação;
Tratamento;
Prevenção e medidas de controle.
Cadeia epidemiológica 
A cadeia epidemiológica é um modelo prático que permite reconhecer cada um dos elos que intervêm no mecanismo de transmissão de uma doença, identificar onde se pode atuar, aplicando medidas de prevenção e controle e assim evitar o seu aparecimento.
A cadeia epidemiológica ou de infecção é definida como o percurso percorrido pelo agente infeccioso desde o foco de infecção até aquele que lhe é susceptível. O mesmo se aplica, com mais frequência, às doenças transmissíveis com base na teoria dos processos infecciosos.
Como as doenças se manifestam?
Medidas de frequência de doenças 
Conceitos
INCIDÊNCIA - é uma medida da ocorrência de novos casos durante um período especificado em uma população em risco de ter a doença.
PREVALÊNCIA - se refere a casos novos e casos já existentes (antigos) da doença.
Mortalidade – A taxa de mortalidade representa o número de óbitos ocorridos ao longo de um ano. Esse indicador é calculado a cada mil habitantes e reflete a relação entre o número de óbitos anuais e de habitantes de um determinado local.
Letalidade – Taxa de letalidade ou coeficiente de letalidade é a proporção entre o número de mortes por uma doença e o número total de doentes que sofrem dessa doença, ao longo de um determinado período de tempo.
Sistema de informação 
Epidemiologia em USF
https://www.paho.org/pt/noticias/11-11-2022-numero-pessoas-com-diabetes-nas-americas-mais-do-que-triplica-em-tres-decadas
Doenças mais comuns
DCNT – doenças crônicas não transmissíveis:
Doenças cardiovasculares.
Diabetes.
Parkinson.
Asma e problemas respiratórios 
Dislipidemia.
Neoplasias.
Referências:
Unasus UFSC pdf
BVSMS gov .br
Ministério da Saúde
Organização internacional de saúde.
Poder 360 – DATASUS.
UFAC
Patologia - Aula 2
A Patologia é o ramo da ciência médica que estuda as alterações morfológicas e fisiológicas dos estados de saúde. Quando essas alterações não são compensadas podemos dizer que um indivíduo está doente. 
Etimologicamente, o termo “patologia” origina-se do grego (“pathos” = sofrimento, doença; “logia” = estudo).
Patologia -UFG
Introdução
Patologia: é o estudo das doenças. Através dela, estuda-se como os órgãos e os tecidos de um organismo saudável modificam-se quando o mesmo está doente. 
Doença: perturbação da saúde, isto é, um mal-estar causado por distúrbio orgânico, mental ou social e pode ter causas exógenas, endógenas e idiopáticas (causa desconhecida).
A doença pode evoluir para a cura (com ou sem sequelas), cronificação, complicações e óbito. 
Introdução
Ela é constituída por: 
Etiologia (Causas);
Patogenia (Desenvolvimento);
Alterações morfológicas (Alterações estruturais nas células e órgãos);
Desordens funcionais (Manifestações clínicas).
Introdução
A Patologia divide-se em dois grandes ramos:
Geral: estuda os processos patológicos gerais dando ênfase à lesão em si, suas causas e efeitos nas células e tecidos.
 
Específica: estuda as lesões nos diferentes aparelhos e sistemas, correlacionando-ascom achados clínicos e laboratoriais.
Processo patológico 
É o conjunto de alterações morfológicas, moleculares, e ou funcionais que surgem nos tecidos após as agressões. Entende-se que o processo patológico é compreendido de eventos que culminem em alterações da Homeostasia.
Alterações morfológicas: São alterações macroscópicas ou microscópicas. Apresentam alterações celulares e estruturais.
 Alterações moleculares: São detectadas em métodos bioquímicos ou biomoleculares. Caracterizado pelo desequilíbrio na concentração de substâncias no organismo.
Alterações funcionais: São fenômenos fisiopatológicos (envolve os sistemas). Implica na perda de função ou comprometimento de um determinado sistema.
ETAPAS SISTEMÁTICAS DOS PROCESSOS PATOLÓGICOS
Os processos patológicos são estabelecidos pode etapas que determinam os 
estágios de evolução da doença. Qualquer patologia inicia obrigatoriamente por uma CAUSA (agente agressor), mesmo que a causa não seja diagnosticada, o que chamamos de causa idiopática, mas sempre decorrida de uma causa. Após causa, pode ocorrer o período de INCUBAÇÃO, período onde o indivíduo já tem contato com o agente agressor mas ainda não manifesta a doença. O PERÍODO PRODÔMICO é caracterizado pela manifestação de sintomas, porém, sintomas inespecíficos. O PERÍODO ESTADO é reconhecido como o estabelecimento definitivo da doença, com a presença de sintomatologia clássica da doença.
Aspectos cronológicos de uma doença 
Tipos de células do corpo humano 
Resposta celular
A célula normal está limitada, em suas funções, a uma faixa de variação bastante estreita devido a sua estrutura, por restrições pelas células vizinhas e pela disponibilidade de substratos metabólicos. No entanto, ela é capaz de suprir as demandas fisiológicas, mantendo um estado de equilíbrio chamado homeostase.
Lesão e adaptação celular
Quando o equilíbrio das células é rompido pelo efeito de uma agressão, a célula pode adaptar-se, sofrer um processo regressivo ou morrer. 
Nos casos em que a célula agredida não está adaptada, tendo seu metabolismo reduzido e, portanto, sua função celular diminuída, diz-se que a célula apresenta uma alteração regressiva, ou degeneração. 
Alterações diante de estímulos nocivos 
Quando ocorrem alterações fisiológicas no organismo, ou até mesmo alguns estímulos patológicos, as células são capazes de passar por adaptações estruturais e funcionais reversíveis, durante as quais um novo estado de equilíbrio é alcançado, permitindo sua sobrevivência e manutenção da atividade funcional. 
Quando o estímulo é eliminado, a célula pode retornar ao seu estado original sem ter sofrido qualquer consequência danosa.
Agressão celular severa
No entanto, se os limites das respostas adaptativas forem excedidos ou se as células forem expostas a agentes ou estímulos nocivos, privadas de nutrientes essenciais, ou ficarem comprometidas por mutações que afetem constituintes celulares essenciais, ocorre uma sequência de eventos denominada lesão celular.
Lesão celular 
A lesão celular ocorre quando as células são submetidas a um estresse tão severo que não são capazes de se adaptar, ou quando são expostas a agentes perniciosos. 
A hipóxia, a isquemia, os agentes físicos/químicos, os agentes infecciosos e as reações imunológicas são algumas das causas de injúria celular.
Causas das lesões 
As causas de lesões e doenças são divididas inicialmente em dois grandes grupos: exógenas e endógenas, porém nem todas as causas são conhecidas e, nesses casos, recebem a denominação de causa criptogenética, idiopática ou essencial.
Lesão Celular: causas exógenas
As causas exógenas são representadas por agentes físicos como força mecânica, radiação, variação de temperatura e alteração da pressão atmosférica; agentes químicos, como os agrotóxicos, poluentes ambientais, medicamentos e drogas ilícitas; agentes biológicos, como vírus, bactérias, protozoários, etc; e pelos distúrbios da nutrição, que envolvem tanto a deficiência como o excesso de nutrientes.
Lesão Celular: causas endógenas
Já as causas endógenas estão relacionadas com a herança genética, o sistema imunológico e os fatores emocionais, estes influenciados também pelo ambiente social.
As agressões atuam por mecanismos muito diversos, sendo os mais conhecidos e importantes: redução na disponibilidade de O2 às células; radicais livres; anormalidades em ácidos nucleicos e proteínas; resposta imunitária; e distúrbios metabólicos.
Reversível/ Irreversível 
A lesão celular pode ser reversível até certo ponto, mas se o estímulo persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula sofre lesão irreversível, levando-a a morte celular, que é o resultado final da lesão celular progressiva, sendo um dos principais eventos na evolução de uma doença em qualquer tecido ou órgão. 
Porém, ela constitui também um processo normal e essencial na embriogênese, no desenvolvimento dos órgãos e na manutenção da homeostase.
Reversível/ irreversível 
Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, as alterações morfológicas e funcionais são reversíveis, se o estímulo nocivo for removido.
Os principais marcos da lesão reversível são a redução da fosforilação oxidativa, com consequente depleção do armazenamento de ATP e tumefação celular causada por alterações da concentração de íons e influxo de água. Além disso, várias organelas intracelulares, tais como as mitocôndrias e o citoesqueleto, podem apresentar alterações.
Alteração nuclear irreparável, extravasamento de conteúdo celular, rompimento da membrana plasmática.
Lesão e adaptação celular
As degenerações se situam entre a célula normal e a morte celular. 
Como há diminuição da função celular, é compreensível que se acumule dentro da célula, ou mesmo fora dela, uma série de substâncias que são produtos de um metabolismo perturbado. 
Deste modo, as lesões degenerativas são classificadas de acordo com o tipo de substância acumulada.
Acúmulo de água 
(degeneração hidrópica) 
Essa alteração se caracteriza pelo acúmulo de água no citoplasma e é vista com mais frequência nas células parenquimatosas, principalmente do rim, fígado e coração. 
A degeneração hidrópica ocorre em função do comprometimento da regulação do volume celular, que é um processo basicamente centrado no controle das concentrações de sódio e potássio no citoplasma. Todos os processos agressivos que reduzem a atividade da membrana plasmática, da bomba de sódio/potássio e da produção de ATP (energia) pela célula, levam à retenção do sódio no citoplasma deixando escapar o potássio e aumentando a água citoplasmática na tentativa de manter as condições isosmóticas da célula. 
Acúmulo de lipídios (degeneração gordurosa – esteatose)
Refere-se ao acúmulo anormal de lipídios no interior das células parenquimatosas. Como o fígado é o órgão diretamente relacionado com o metabolismo lipídico, é nele que encontra-se mais comumente a esteatose.
As principais causas da esteatose é a obesidade e o alcoolismo; as consequências são variáveis, dependendo da intensidade e da associação com outros fatores. 
Na grande maioria dos casos, a lesão é reversível e, cessada a causa, a célula volta a normal. Quando a esteatose é grave e duradoura, pode ocasionar a morte do hepatócito com alterações funcionais do órgão e a progressão para a cirrose hepática.
Acúmulo de proteínas
Este tipo de degeneração resulta da ação de substâncias irritantes com intensidade moderada. Caracteriza-se pela presença de massas translúcidas de formas arredondadas, com parte central de aparência calcificada. 
Degeneração hialina
Acúmulo de muco
Ocorre pela hiperprodução de mucopelas células mucíparas dos tratos digestório e respiratório, levando-as a se abarrotarem de glicoproteínas, podendo inclusive causar morte celular ou pela síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas, as quais geralmente extravasam para o interstício e conferem ao mesmo aspecto de tecido mucóide.
Acúmulo de açúcar
Anormalidades no metabolismo da glicose ou glicogênio levam a um aumento no depósito intracelular de glicogênio, o qual se mostra como vacúolos claros no citoplasma. Afecções que levam ao acúmulo de glicogênio são principalmente o diabetes melitus e as doenças de armazenamento de glicogênio ou glicogenoses.
Acúmulo de açúcar
As lesões celulares irreversíveis ocorrem quando a célula não consegue se adaptar e caminha progressivamente para a morte. 
Morte celular é definida como a perda irreversível das atividades integradas da célula com consequente incapacidade de manutenção de seus mecanismos de homeostasia, isto é, de equilíbrio da célula com o seu meio. 
Acúmulo de açúcar
As causas mais frequentes de lesão celulares são: 
Hipóxia;
Agentes físicos (temperatura, radiações);
Drogas e agentes químicos;
Agentes biológicos (bactérias, fungos, protozoários);
Reações imunológicas (doenças autoimune);
Distúrbios genéticos;
Distúrbios nutricionais.
Acúmulo de açúcar
A partir do momento da morte celular, após uma agressão, havendo incapacidade irreversível de retorno à integridade bioquímica, funcional e morfológica, a célula passa a desencadear uma série de fenômenos bioquímicos e, consequentemente, funcionais e morfológicos. A esta sequência de fenômenos denomina-se necrose celular.
A necrose celular pode ocorrer em consequência da atuação de enzimas da própria célula (autólise) ou da atuação de enzimas extracelulares (heterólise).
Acúmulo de açúcar
A morte celular em tecidos normais como uma forma de regulação da população celular é um fenômeno biológico conhecido cuja causa é intrínseca à célula e não depende de alterações do seu meio ambiente. Essa autodestruição ativa de células ou grupos de células é uma forma de morte denominada apoptose.
2 Tipos de morte celular 
Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo, a célula não pode se recuperar e morre. Existem dois tipos de morte celular, a necrose e a apoptose, que diferem em sua morfologia, mecanismos e funções na homeostase e na doença.
Quando a lesão das membranas é grave, as enzimas lisossômicas entram no citoplasma e digerem a célula, dando origem a um conjunto de alterações morfológicas descritas como necrose.
Necrose
Quando a lesão das membranas é grave, as enzimas lisossômicas entram no citoplasma e digerem a célula, dando origem a um conjunto de alterações morfológicas descritas como necrose.
A necrose é considerada uma forma desregulada de morte celular resultante de danos às membranas celulares e perda da homeostase dos íons. Conteúdos celulares também são perdidos, através da membrana plasmática lesada, para o espaço extracelular, onde causam inflamação.
Necrose
A necrose se caracteriza pelo tamanho celular aumentado (edema), alterações nucleares (picnose, cariorréxis, cariólise), membrana plasmática danificada e extravasamento de conteúdo celular para fora da célula, além do aumento da eosinofilia. 
Já a aparência morfológica da necrose resulta da desnaturação das proteínas intracelulares e/ou da digestão enzimática. A partir disso, esse processo de morte celular pode ser classificado em diversos tipos de necrose:
Necrose 
Necrose de Coagulação: é característica da morte por hipóxia em todos os tecidos, à exceção do cérebro. Com isso a acidose intracelular desnatura proteínas e enzimas, bloqueando a proteólise celular. O tecido, ainda, apresenta a textura firme e a manutenção da sua arquitetura, com preservação do contorno celular por pelo menos alguns dias.
Necrose de liquefação: é característica de infecções bacterianas ou fúngicas, pois estas estimulam o acúmulo de células inflamatórias, sendo as células mortas completamente digeridas por enzimas. O resultado final é a transformação do tecido em massa viscosa.
Necroses
Necrose caseosa: Esse termo é derivado da aparência semelhante a queijo branco da área necrótica. É uma forma distinta de necrose de coagulação, encontrada comumente em focos de tuberculose, os quais são caracterizados por reação granulomatosa. 
Necrose gordurosa: se refere a áreas de destruição de gordura que ocorre como resultado da liberação de lípases pancreáticas ativadas no parênquima pancreático.
Apoptose
Já a apoptose é uma forma de morte celular caracterizada pela dissolução nuclear, fragmentação da célula sem perda completa da integridade da membrana, e rápida remoção dos restos celulares.
Como o conteúdo celular não é perdido, ao contrário da necrose, não existe reação inflamatória. Em termos de mecanismo, a apoptose é conhecida por ser um processo altamente regulado, dirigido por uma série de vias genéticas. É, por isso, às vezes, também chamada de “morte celular programada”.
Apoptose
Os sinais que induzem a apoptose incluem a ausência de fatores de crescimento ou hormônios, a ação específica dos receptores de morte e os agentes nocivos. Esse fenômeno, portanto, pode estar presente em situações fisiológicas e em condições patológicas.
Apoptose
Em situações fisiológicas esse fenômeno pode estar relacionado à destruição programada de células durante a embriogênese, à involução dependente de hormônios (colapso endometrial no ciclo menstrual), à eliminação celular em células em proliferação, à eliminação de linfócitos auto reativos, etc. Já em condições patológicas, esse processo pode ser desencadeado por estímulos nocivos, doenças viróticas e tumores. 
Apoptose 
Dentre as principais características morfológicas que definem as células em apoptose, observa-se o encolhimento celular, condensação da cromatina, formação de bolhas citoplasmáticas, corpos apoptóticos e fagocitose das células, geralmente mediada por macrófagos.
Além disso, a célula é rapidamente eliminada, antes que seu conteúdo possa extravasar e causar reação inflamatória, tornando sua detecção histológica mais difícil.
Morte celular 
A incapacidade do organismo de adaptar e manter as funções vitais pode culminar na morte celular. Embora existam diversas causas para inúmeras patologias, o mecanismo de morte celular é resultante de 4 mecanismos que podem ocorrer de forma independente ou em ação conjunta. 
Rompimentos ou lesões da MEMBRANA CELULAR 
Processos que interfiram na produção de ATP (energia celular)
Fatores inibitórios da SÍNTESE DE PROTEÍNAS
Lesões que comprometam a integridade do DNA.
Aula 3 
Apresentações de trabalhos em grupo. 
Escrita de definições no caderno.
Desenhos sobre adaptações celulares. 
Ouse sonhar.
Aula 4
Adaptações celulares.
Neoplasias.
Nomenclatura.
Atividade avaliativa. 
ERROR
https://youtu.be/coLGFb_43Uk
ADAPTAÇÕES CELULARES
As adaptações celulares são mecanismos relacionados às ações indiretas que permitem realizar mudanças celulares no intuito de inviabilizar a morte celular ou lesões irreversíveis. São exemplos de adaptações celulares: Hipóxia, Anóxia, Hipoxemia, Hipertrofia, Atrofia, Hiperplasia,Hipoplasia, Metaplasia, 
Degenerações, Regeneração, Cicatrização. Outras alterações celulares que não são reversíveis podem ser classificadas como morte celular NECROSE.
Termos patológicos 
HIPÓXIA: Processo caracterizado pela redução de oxigênio nas células, 
ocasionada normalmente por obstruções parciais
ANÓXIA: Processo caracterizado pela ausência total de oxigênio, ocasionada 
por obstrução total.
Vários fatores podem desencadear a hipóxia e anóxia como aterosclerose,trombose, embolias, entretanto, todos esses processos são responsáveis pode desencadear ISQUEMIAS.
ISQUEMIA: é a interrupção do fornecimento de oxigênio (total ou parcial) 
devido a processos obstrutivos.
HIPOXEMIA: É a diminuição da concentração de oxigênio na corrente 
sanguínea, ocasionado geralmente por parada cardiorrespiratória.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Crescimento celular é a multiplicação celular, indispensável durante o desenvolvimento e para reposição celular dos seres vivos. Já diferenciação é a especialização morfológica e funcional da célula. 
Toda célula e toda população celular (tecidos, órgãos, organismos) se acham sob controle, exercido pela própria célula e pelo organismo como um todo. Em condições normais, ritmo e velocidade de crescimento são balanceados através de mecanismos homeostáticos que não permitem multiplicação nem superior nem inferior às necessidades do órgão e do organismo. A ruptura desses mecanismos de controle leva a modificações do ritmo de crescimento que nada mais são do que respostas adaptativas.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Hipertrofia
Atrofia 
Hiperplasia 
Metaplasia 
Displasia 
Neoplasias
Cápsula
Crescimento
Morfologia
Antigenicidade
Metástase.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Hipertrofia
É o aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares, o que provoca aumento das células e órgãos afetados. Pode ser fisiológica (aumento do útero na gestação) e patológica (cardiomegalia por lesão valvular).
Atrofia 
É a redução do tamanho e da função da célula. Pode ocorrer por desuso, diminuição do suprimento sanguíneo, insuficiência de nutrientes, envelhecimento e compressão.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Hiperplasia 
É uma proliferação celular (aumento do número de células) que conserva o caráter morfofuncional da célula originária, retirando o estímulo, a proliferação cessa.
Metaplasia 
Pode ser definida como o processo pelo qual uma célula e/ou um tecido perdem suas características específicas e adquirem outras.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Displasia 
Consiste em modificações ou situações em que o transtorno do processo de diferenciação não permite a maturação da célula até seu nível de diferenciação normal, ou a faz parar num nível de diferenciação inferior ao da célula mãe. Pode ser considerada como lesões pré-cancerosas epiteliais. 
Agenesia, aplasia e hipoplasia correspondem a situações congênitas. A primeira pode ser definida como ausência de formação, a segunda como ausência de proliferação e a terceira como diminuição da proliferação.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Neoplasias 
É uma neoformação local de tecido originada pela modificação do código genético de células normais preexistentes, atípica em relação ao tecido do qual se originou, capaz de crescimento progressivo, geralmente autônomo.
De acordo com o comportamento biológico os tumores podem ser agrupados em benignos e malignos. Os critérios de diferenciação entre cada uma destas lesões são, na grande maioria dos casos, morfológicos.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Cápsula 
Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Crescimento 
Os tumores benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada. Por isso raramente apresentam necrose e hemorragia. 
No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez, desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" tumoral.
Retroretal
Teratoma
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Morfologia 
O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. 
As dos tumores benignos, que são semelhantes e reproduzem 
o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, são denominadas bem diferenciadas. As células dos tumores malignos perderam estas características, têm graus variados de diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as células que as originaram e são denominadas pouco diferenciadas. Quando estudam-se suas características ao microscópio, veem-se células com alterações de membrana, citoplasma irregular e núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo.
Parênquima: tecido de células vivas que podem se dividir.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Mitose 
O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. Isto significa dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. Nos tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico, enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior número e atípicas.
Uma mitose atípica é uma célula em divisão anormal. Como resultado dessa divisão celular anormal, as células recém-criadas recebem uma quantidade desigual de material genético (DNA) e são incapazes de funcionar normalmente.
A mitose é um processo de divisão celular que apresenta grande importância para os organismos. Nos seres multicelulares, a mitose é importante para garantir o crescimento desses indivíduos e também para a regeneração dos tecidos. 
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Antigenicidade 
As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas, não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as células malignas, pouco diferenciadas, têm esta propriedade, o que permite o diagnóstico e o diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer.
Os antígenos tumorais vêm sendo utilizados no diagnóstico de alguns tipos de câncer. Por 
exemplo, sabe-se que, no caso do câncer hepático, as células malignas voltam a produzir antíge-nos fetais (alfafetoproteína), que normalmente não são produzidos pelos hepatócitos.
Antígeno prostático específico ou PSA é uma enzima com algumas características de marcador tumoral ideal, sendo utilizado para diagnóstico, monitorização e controle da evolução do carcinoma da próstata.
Entendendo um pouco mais
A diferenciação celular consiste em um conjunto de processos que transformam e especializam as células embrionárias. Após estas transformações, sua morfologia e fisiologia são definidas, o que as tornam capazes de realizar determinada função.
Marcadores tumorais
Os marcadores tumorais são proteínas ou outras substâncias produzidas tanto por células normais quanto por células cancerígenas, mas em quantidades maiores pelas células cancerígenas. Eles podem ser encontrados no sangue, urina, fezes, tumores ou em outros tecidos ou fluídos corporais de alguns pacientes com câncer. No entanto, cada vez mais, marcadores genômicos, como mutações genéticas tumorais, padrões de expressão gênica tumoral e alterações não genéticas no DNA tumoral, estão sendo usados como marcadores tumorais.
Hepatocarcinoma exofítico com pontos de necrose. 
hepatectomia do lobo esquerdo e ressecção da massa tumoral 
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Metástase 
As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependênciado foco primário.
Radiofármaco
Nomenclatura
A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. 
Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo "oma" (tumor) ao termo que designa o tecido que os originou.
Exemplos:
Tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma;
Tumor benigno do tecido gorduroso – lipoma;
Tumor benigno do tecido glandular – adenoma.
Nomenclatura
Para tumores malignos, devemos considerar a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor. 
Tecidos de revestimento externo e interno: carcinomas.
Origem glandular: adenocarcinomas. 
Tecidos conjuntivos ou mesenquimais: acréscimo de "sarcoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido. 
Células blásticas: acréscimo de "blastoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido.
Exemplo
Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido hepático jovem;
Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem.
Nomenclatura
Exceções
Apesar de a maioria dos tumores incluírem-se na classificação pela regra geral, alguns constituem exceção a ela. Os casos mais comuns serão apresentados a seguir.
Tumores Embrionários
Teratomas (podem ser benignos ou malignos, dependendo do seu grau de diferenciação), seminomas, coriocarcinomas e carcinoma de células embrionárias. São tumores malignos de origem embrionária, derivados de células primitivas totipotentes que antecedem o embrião tridérmico.
Nomenclatura
Epônimos
São tumores malignos que receberam os nomes daqueles que os descreveram pela primeira vez: linfoma de Burkitt, Doença de Hodgkin, sarcoma de Ewing, sarcoma de Kaposi, tumor de Wilms (nefroblastoma), tumor de Krukemberg (adenocarcinoma mucinoso metastático para ovário).
Nomenclatura
Morfologia Tumoral
Os carcinomas e adenocarcinomas podem receber nomes complementares (epidermóide, papilífero, seroso, mucinoso, cístico, medular, lobular etc.), para melhor descrever sua morfologia, tanto macro como microscópica: cistoadenocarcinoma papilífero, carcinoma ductal infiltrante, adenocarcinoma mucinoso, carcinoma medular, etc.
Carcinoma epidermóide em boca. Dentre as neoplasias malignas em boca, o mais frequente, sendo bastante prevalente na população brasileira. Sua presença atualmente tem sido correlacionada a hábitos de uso de fumo e álcool.
Nomenclatura
Sufixo Indevido
Algumas neoplasias malignas ficaram denominadas como se fossem benignas (ou seja apenas pelo sufixo "oma") por não possuírem a correspondente variante benigna: melanoma, linfomas e sarcomas (estes dois últimos nomes representam classes de variados tumores malignos).
Neoplasias
Outros
Algumas vezes, a nomenclatura de alguns tumores escapa a qualquer critério histogenético ou morfológico.
Câncer (também conhecido como neoplasia) é o nome de um grupo de mais de 100 diferentes doenças. Células anormais que se dividem e formam mais células de maneira desorganizada e descontrolada. 
O câncer é causado por fatores externos (radiação, produtos químicos, vírus, cigarro, álcool) e internos (predisposição, hormônios). 
Neoplasias
Outros
Não se sabe ao certo como prevenir todos os casos de câncer, contudo algumas medidas preventivas, conhecidas, podem ser adotadas.
Para um correto diagnóstico é imprescindível compreender que existem muitos tipos de câncer, existindo assim diferentes tratamentos para cada um deles.
Para isto o médico depende de vários recursos como sinais e sintomas do paciente, exames físicos, exames de imagem, laboratoriais gerais e específicos, marcadores tumorais e a biopsia.
Neoplasias 
Outros
Pode ser necessária a realização de vários exames especiais da amostra para se caracterizar o câncer de um modo mais acurado. 
É importante conhecer o tipo de câncer já que isto ajuda o médico a determinar quais os exames que poderão ser solicitados, devido fundamentalmente a que cada tipo de câncer segue um padrão específico de crescimento e disseminação.
Atualmente existem três formas de tratamento do câncer: cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Quimioterapia 
quimioterapia utiliza medicamentos que matam as células tumorais com sua toxicidade. Em princípio, o tratamento mata todas as células que se dividem rápido e, como os tumores podem se dividir rapidamente, os quimioterápicos acabam matando as células tumorais. No entanto, outras células também se dividem rapidamente, como, por exemplo, cabelo, unhas, células da defesa do organismo e mucosas, por isso os quimioterápicos são tóxicos para essas células.
Ao contrário da radioterapia, que tem ação restrita à região em que é aplicada, e da cirurgia, que remove um tumor de uma parte do corpo onde a doença foi encontrada, a quimioterapia atua de forma sistêmica, ou seja, alcança as células cancerígenas em qualquer região do corpo.
Obrigada!
Aula 5
Processo inflamatório.
Cicatrização.
Distúrbios circulatórios.
Noções de imunologia.
Processo Inflamatório 
Consiste em uma reação local, de caráter predominantemente vascular, por meio da qual o organismo procura defender-se da ação de agentes lesivos. 
O processo inflamatório, sob determinado ponto de vista, pode ser encarado como um mecanismo de defesa do organismo e, como tal, atua destruindo, diluindo, isolando ou sequestrando o agente agressor, abrindo caminho para os processos reparativos do tecido afetado. 
Entretanto, a inflamação pode ser potencialmente danosa, uma vez que sua manifestação pode lesar o próprio organismo, às vezes de forma mais deletéria que o próprio agente injuriante.
Processo Inflamatório 
Os agentes ou causa da inflamação:
Micro-organismos vivos; 
Agentes físicos; 
Agentes químicos; 
Corpos estranhos;
Reparação dos tecidos.
A nomenclatura é sempre igual ao nome do órgão ou tecido + sufixo ITE. Exemplo: apendicite, meningite, pleurite e artrite.
Processo Inflamatório 
As alterações que ocorrem nos vasos sanguíneos da microcirculação nas primeiras horas após uma injúria subletal envolvem três tipos de processos:
1. Fase alterativa = Agressão
2. Fase exsudativa = Aumento da permeabilidade vascular
3. Produtiva = Proliferação de vasos, fibroblastos, monócitos 
e linfócitos.
Processo Inflamatório 
Uma vez desenvolvida a reação inicial à injúria, a extensão da lesão local dependerá da intensidade, natureza e duração do estímulo lesivo bem como das características do hospedeiro (idade, imunidade, estado nutricional). 
Assim, se o agente nocivo for de curta duração, ou rapidamente anulado pelos mecanismos de defesa do organismo, as alterações inflamatórias sofrerão rápida resolução ou deixarão uma quantidade variável de tecido cicatricial na área lesada. 
Processo Inflamatório 
O processo inflamatório é dividido em agudo e crônico. 
A inflamação aguda é de curta duração, de alguns minutos, horas ou um a dois dias, dependendo do estímulo causal.Se caracterísa por exsudação de fluidos e proteínas do plasma e emigração de leucócitos, predominantemente neutrófilos. Há um vasodilatação, causando aumento do fluxo sanguíneo, responsável pelo calor e rubor. Além desses sinais, temos o edema, dor e perda da função.
Processo Inflamatório 
A inflamação crônica é um processo um pouco mais demorado, ocorre dentro de semanas ou meses e é caracterizada por inflamação ativa (infiltrado de células mononucleares), com destruição tecidual e tentativa de reparar os danos (cicatrização). 
Pode ser a continuação de uma reação aguda, mas muitas vezes, acontece de maneira insidiosa. As células apresentadoras de antígenos, os macrófagos, são ativados para combater esse processo e secretam vários mediadores químicos da inflamação, os quais, se não controlados, podem levar à destruição do tecido lesado e fibrose características desse tipo de inflamação.
Processo Inflamatório 
A inflamação crônica caracteriza-se por: Infiltração de células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos), reflexo deuma reação persistente à lesão; destruição tecidual induzida, sobretudo pelas células inflamatórias.
Tentativas de cicatrização por substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo, realizada por proliferação de pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e, em particular, fibrose.
Distúrbios Circulatórios
A circulação sanguínea é responsável pelo aporte de nutrientes, remoção de catabólitos, condução de hormônios, manutenção da homeostasia, eliminação renal de eletrólitos e troca de substâncias entre o meio intra e extra celular.
A homeostase, equilíbrio, é mantida pelo meio líquido normal (concentração de soluto na sangue, estado endotelial e da membrana basal vascular) e pelo fluxo sanguíneo adequado. 
Distúrbios Circulatórios
As condições patológicas ocorre:
1- No meio líquido = Desidratação e Edema
2- No fluxo sanguíneo = Hiperemia, Trombose, Embolia e Infarto
3- No líquido intersticial e fluxo sanguíneo = Hemorragia e Choque.
Distúrbios Circulatórios
A desidratação é um estado patológico do organismo, causado pelo baixo nível de líquido (água, sais minerais e orgânicos) no corpo. Ela pode ocorrer quando há excesso de calor , diminuição do consumo de água, febre , diarreia, vômitos ou pelo uso de medicamentos diuréticos.
A hiperemia é o aumento quantidade de volume sanguíneo em um determinado órgão ou tecido, causados por maior afluxo sanguíneo (hiperemia ativa ou arterial) ou por deficiente escoamento (hiperemia passiva ou venosa). Pode ser fisiológica ou patológica.
Distúrbios Circulatórios
Edema refere-se a um acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao desequilíbrio entre a pressão hidrostática e a pressão oncótica. É constituído de uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma e sua composição varia conforme a causa do edema. Quando 
o líquido se acumula no corpo inteiro gera um edema generalizado. 
É por si só o sinal de doença, podendo ser cardíaca, hepática, desnutrição grave, hipotireoídismo, obstrução venosa e ou linfática. As causas podem ser por diversos motivos, como exemplo, o retorno venoso alterado (estase venosa) ou imobilidade prolongada. 
Distúrbios Circulatórios
O fenômeno conhecido como trombose é a solidificação dos elementos do sangue na luz dos vasos ou do coração. As causas e mecanismos de formação dos trombos ocorrem pela alteração de pelo menos dois elementos da tríade de Virchow.
Distúrbios Circulatórios
Alterações da parede vascular
As lesões das células endoteliais determinam o aparecimento de tromboses. Isto é bem evidente quando a superfície dos vasos, em um ponto específico, fica cem células endoteliais, com exposição do colágeno e/ou fibras elásticas subjacentes. 
Outro método para produção de trombose, e a presença de uma superfície estranha, tal como um fio cirúrgico, em contato com a corrente sanguínea. Em qualquer uma dessas eventualidades o quadro trombótico se inicia por depósito inicial de plaquetas no sítio da lesão.
Distúrbios Circulatórios
Alterações do fluxo sanguíneo
A lesão do endotélio é facilitada e surge mesmo espontaneamente em locais onde há alteração da corrente sanguínea, particularmente quando tem sua velocidade reduzida ou quando se formam correntes ou redemoinhos em torno de obstáculos parciais.
Distúrbios Circulatórios
Alterações nos constituintes do sangue
Condições que aumentam o número de plaquetas na circulação predispõem à trombose. Após o parto ou depois de cirurgias, a tendência ao desenvolvimento de trombose é paralela ao progressivo aumento de plaquetas.
Por embolia, entende-se o transporte pelo sangue de fragmentos de trombo, gordura, gases e outros corpos estranhos, a pontos distantes de sua sede de origem. Cerca de 99% das embolias correspondem a deslocamento de trombos (tromboembolismo). São outros exemplos de êmbolo: glóbulos de gordura, fragmentos de medula óssea, massa de gases, fragmentos de placas ateromatosas, células tumorais, parasitas e líquido amniótico.
Distúrbios Circulatórios
Alterações nos constituintes do sangue
O infarto é uma área localizada de necrose isquêmica. A isquemia é definida como deficiência do suprimento de sangue numa determinada área de tecido ou órgão. Geralmente, a isquemia é produzida por trombose ou embolia. Na maioria das vezes o infarto é consequente da oclusão arterial, mas em determinadas circunstâncias, a obstrução venosa também produz infarto.
Distúrbios Circulatórios
Alterações nos constituintes do sangue
Hemorragia é a saída de sangue dos vasos e do coração podendo ocorre por inúmeras causas: causas vasculares localizadas, fatores extrínsecos (traumas), fatores intrínsecos ao vaso ou ao organismo (arteriosclerose, aneurisma, hipertensão arterial) ou mesmo se relacionar a deficiência de plaquetas ou mais fatores envolvidos no mecanismo intrínseco e/ou extrínseco da coagulação sanguínea. 
A lesão hemorrágica, conforme o aspecto macroscópico, compreende vários tipos, como petéquias, víbices, púrpuras, equimoses, hematomas. Se as hemorragias ocorrem nas cavidades corpóreas recebem também denominações especiais: hemotórax, hemopericárdio e hemoperitônio.
Distúrbios Circulatórios
Alterações nos constituintes do sangue
Outro tipo de perturbação circulatória periférica é o quadro de choque ou colapso circulatório, que implica alterações na perfusão sanguínea dos tecidos com hipóxia ou anóxia com consequências variadas até a morte. O choque tem como principais causas: 
a. A diminuição do volume sanguíneo (choque hipovolêmico); 
b. A vasodilatação periférica; 
c. Diminuição acentuada do débito cardíaco; 
d. Obstrução aguda do fluxo sanguíneo.
Noções de Imunopatologia
A Imunopatologia é a ciência que estuda as lesões e doenças produzidas pela resposta imunitária. Podem ser agrupadas em quatro categorias de estudo: doenças por hipersensibilidade, doenças autoimunes, imunodeficiências e rejeição de transplantes.
Noções de Imunopatologia
Hipersensibilidade
O termo hipersensibilidade é aplicado quando uma resposta adaptativa ocorre de forma exagerada ou inapropriada, causando reações inflamatórias e dano tecidual. A hipersensibilidade é uma característica do indivíduo e não se manifesta no primeiro contato com o antígeno indutor da reação de hipersensibilidade, geralmente, aparece em contatos subsequentes.
Noções de Imunopatologia
Doenças Autoimunes
Autoimunidade é a falha em uma divisão funcional do sistema imunológico chamada de auto tolerância, que resulta em respostas imunes contra as células e tecidos do próprio organismo. Qualquer doença que resulte deste tipo de resposta é chamada de doença autoimune. Exemplos comuns incluem a diabetes mellitus tipo 1, lúpus e atrite reumatóide. 
Noções de Imunopatologia
Imunodeficiência
É uma desordem do sistema imunológico caracterizada pela incapacidade de se estabelecer uma imunidade efetiva e uma resposta ao desafio dos antígenos. Chama-se a pessoa que apresenta imunodeficiência de imuno comprometida. Qualquer parte do sistema imunológico pode ser afetada. A imunodeficiência resulta numa crescente suscetibilidade a infecções oportunistas e certos tipos de câncer. Pode surgir como resultado de uma doença, como a infecção pelo HIV e a AIDS, ou pode ser induzida por administração de drogas (imunossupressão), como no tratamento de doenças autoimunes ou na prevenção contra a rejeição de um transplante de órgãos. 
Noções de Imunopatologia
Rejeição de Transplantes
Transplantação, em imunologia, refere-se ao ato de transferir células, tecidos ou órgãos de um local para outro. O procedimento surgiu da compreensão de que era possível curar muitas doenças pela implantação de células, tecidos ou órgãos saudáveis de um indivíduo para outro. 
O desenvolvimento de técnicas cirúrgicas que permitem uma fácil reimplantação de tecidos constituiu um importante avanço para o sucesso dos transplantes. 
Noções de Imunopatologia
Rejeiçãode Transplantes
No entanto, levantada esta barreira, restam muitas outras a ultrapassar para que a transplantação de órgãos se torne um tratamento médico rotineiro. A ação do sistema imunitário na rejeição de tecidos transplantados continua a ser um sério impedimento ao sucesso desta intervenção médica.
 
Até os dias atuais, o obstáculo da rejeição de transplantes tem vindo a ser solucionada com a utilização de agentes imunossupressores. 
Noções de Imunopatologia
Rejeição de Transplantes
Estes agentes poderão ser fármacos e anticorpos específicos desenvolvidos para diminuírem a resposta imunitária aos transplantes. 
No entanto, a maioria destes agentes tem um efeito imunossupressor global, sendo o seu uso a longo termo deletério. 
Novos métodos de indução de tolerância específica ao transplante, sem suprimir outras respostas imunitárias estão a ser desenvolvidos, prometendo uma maior sobrevivência dos transplantes sem comprometer a imunidade do receptor. 
Noções de Imunopatologia
Rejeição de Transplantes
Em transplantações clinicas, podem ocorrer três tipos principais de rejeição: hiperaguda (Ocorrendo minutos ou dias após a transplantação), aguda (ocorrendo frequentemente nos primeiros 6 meses após a transplantação) e crónica (evidências histológicas de hipertrofia e fibrose). 
Independentemente do tipo de rejeição, sinais de perigo incluem febre, sintomas febris, hipertensão, edemas ou aumento súbito de peso, mudança no ritmo cardíaco, falta de ar e dor e sensibilidade no local do transplante.
Fim

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