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ENFERMAGEM - MÓDULO I - EPIDEMIOLOGIA E PROCESSOS PATOLOGICOS (2)

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Técnico em 
Enfermage
m
Módulo I
EPIDEMIOLOGIA E 
PROCESSOS 
PATOLÓGICOS
Introdução
PHATOS
ESTUDO 
DAS 
DOENÇAS
LOGOS
Estuda as causas, mecanismos que as produzem e alterações 
morfológicas e funcionais que apresentam.
Introdução
 Doença: perturbação da saúde, isto é, um mal-estar
causado por distúrbio orgânico, mental ou social com
causas exógenas, endógenas e idiopáticas.
 A doença pode evoluir para a cura (com ou sem
sequelas), cronificação, complicações e óbito.
Introdução
 A Patologia é constituída por:
• Etiologia (Causas);
• Patogenia (Desenvolvimento);
• Alterações morfológicas (Alterações estruturais nas
células e órgãos);
• Desordens funcionais (Manifestações clínicas).
PATOLOGIA
Geral Específica
Introdução
Estuda os processos
patológicos gerais, dando
ênfase à lesão, causas e efeitos
nas células e tecidos.
Estuda as lesões nos diferentes
aparelhos e sistemas,
correlacionando-as com
achados clínicos e
laboratoriais.
Lesão e adaptação celular
Alterações do volume celular
Alterações da proliferação e 
diferenciação celulares
Alterações da diferenciação 
celular
Alterações da proliferação 
celular
Outros distúrbios
LESÕES
Lesão e adaptação celular
Lesão e adaptação celular
 Quando o equilíbrio das células é rompido pelo efeito de
uma agressão, a célula pode adaptar-se, sofrer um
processo regressivo ou morrer.
 Nos casos em que a célula agredida não está adaptada,
tendo seu metabolismo reduzido e, portanto, sua função
celular diminuída, diz-se que a célula apresenta uma
alteração regressiva, ou degeneração.
Lesões degenerativas
 As degenerações se situam entre a célula normal e a morte 
celular. 
 Como há diminuição da função celular, é compreensível que 
se acumule dentro da célula, ou mesmo fora dela, uma série 
de substâncias que são produtos de um metabolismo 
perturbado. 
 Deste modo, as lesões degenerativas são classificadas de 
acordo com o tipo de substância acumulada.
Acúmulo de água 
(degeneração hidrópica) 
 Essa alteração se caracteriza pelo acúmulo de água no citoplasma e é 
vista com mais frequência nas células parenquimatosas, principalmente 
do rim, fígado e coração. 
 A degeneração hidrópica ocorre em função do comprometimento da
regulação do volume celular, que é um processo basicamente centrado
no controle das concentrações de sódio e potássio no citoplasma.
 Todos os processos agressivos que reduzem a atividade da membrana
plasmática, da bomba de sódio/potássio e da produção de ATP
(energia) pela célula, levam à retenção do sódio no citoplasma
deixando escapar o potássio e aumentando a água citoplasmática na
tentativa de manter as condições exosmóticas da célula.
Acúmulo de água 
(degeneração hidrópica) 
Acúmulo de água 
(degeneração hidrópica) 
Acúmulo de lipídios (degeneração 
gordurosa – esteatose)
 Refere-se ao acúmulo anormal de lipídios no interior das células 
parenquimatosas. Como o fígado é o órgão diretamente 
relacionado com o metabolismo lipídico, é nele que encontra-se 
mais comumente a esteatose.
 As principais causas da esteatose é a obesidade e o alcoolismo; 
as consequências são variáveis, dependendo da intensidade e da 
associação com outros fatores. 
 Na grande maioria dos casos, a lesão é reversível e, cessada a 
causa, a célula volta a normal. Quando a esteatose é grave e 
duradoura, pode ocasionar a morte do hepatócito com 
alterações funcionais do órgão e a progressão para a cirrose 
hepática.
Acúmulo de lipídios (degeneração 
gordurosa – esteatose)
Esteatose hepática
Acúmulo de proteínas (degeneração 
hialina)
 Este tipo de degeneração resulta da ação de substâncias 
irritantes com intensidade moderada. Caracteriza-se pela 
presença de massas translúcidas de formas arredondadas, 
com parte central de aparência calcificada. 
Acúmulo de muco (degeneração 
mucóide)
 Ocorre pela hiperprodução de muco pelas células 
mucíparas dos tratos digestório e respiratório.
 Levando ao acúmulo de glicoproteínas, podendo inclusive 
causar morte celular;
 Síntese exagerada de mucinas em adenomas e 
adenocarcinomas, as quais geralmente extravasam para o 
interstício e conferem ao mesmo aspecto de tecido 
mucóide.
Acúmulo de muco (degeneração 
mucóide)
Acúmulo de açúcar (degeneração 
glicogênica)
 Anormalidades no metabolismo da glicose ou glicogênio 
levam a um aumento no depósito intracelular de 
glicogênio;
 Presença de vacúolos claros no citoplasma. 
 Afecções que levam ao acúmulo de glicogênio são 
principalmente o diabetes melittus e as doenças de 
armazenamento de glicogênio ou glicogenoses.
Acúmulo de açúcar (degeneração 
glicogênica)
Distúrbios de crescimento e 
diferenciação celular –
adaptações celulares
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Crescimento celular é a multiplicação celular que ocorre 
durante o desenvolvimento, para reposição celular dos seres 
vivos. Já diferenciação é a especialização morfológica e 
funcional da célula. 
 Toda célula e toda população celular (tecidos, órgãos, 
organismos) obedecem comandos exercidos pela própria célula 
e pelo organismo como um todo. 
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Em condições normais, ritmo e velocidade de crescimento são 
balanceados através de mecanismos homeostáticos que não 
permitem multiplicação nem superior nem inferior às 
necessidades do órgão e do organismo. 
 A ruptura desses mecanismos de controle leva a modificações 
do ritmo de crescimento que nada mais são do que respostas 
adaptativas.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular – adaptações 
celulares
Displasia
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Hipertrofia
É o aumento quantitativo dos constituintes e das funções 
celulares, o que provoca aumento das células e órgãos afetados. 
Pode ser fisiológica ou patológica.
Hipertrofia muscular
Hipertrofia da musculatura do útero
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Atrofia 
É a redução do tamanho e da função da célula. Pode ocorrer por 
desuso, diminuição do suprimento sanguíneo, insuficiência de 
nutrientes, envelhecimento e compressão.
Atrofia uterina devido à menopausaAtrofia muscular por desuso
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Hiperplasia 
É uma proliferação celular (aumento do número de células) que 
conserva o caráter morfofuncional da célula originária, retirando 
o estímulo, a proliferação cessa.
Útero aberto mostrando mucosa endometrial espessa e contendo glândulas endometriais hiperplásicas e dilatadas. Geralmente a 
hiperplasia endometrial é uma manifestação de hiperestrinismo, e pode causar sangramento vaginal irregular e abundante. 
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Metaplasia 
Pode ser definida como o processo pelo qual uma célula e/ou 
um tecido perdem suas características específicas e adquirem 
outras.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Metaplasia 
Metaplasia escamosa na traqueia secundária à infecção
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Displasia 
Consiste em modificações ou situações em que o transtorno do 
processo de diferenciação não permite a maturação da célula 
até seu nível de diferenciação normal, ou a faz parar num nível 
de diferenciação inferior ao da célula mãe. Pode ser considerada 
como lesões pré-cancerosas epiteliais. 
Agenesia, aplasia e hipoplasia correspondem a situações 
congênitas. A primeira pode ser definida como ausência de 
formação, a segunda como ausência de proliferação e a terceira 
como diminuição da proliferação.
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
 Displasia 
Lesão e morte celular
 As causas mais frequentes de lesão celulares são: 
• Hipóxia;
• Agentes físicos (temperatura, radiações);
• Drogas e agentes químicos;
• Agentes biológicos (bactérias, fungos, protozoários);
• Reações imunológicas (doenças autoimune);
• Distúrbios genéticos;
• Distúrbios nutricionais.Lesão e morte celular
 As lesões celulares irreversíveis ocorrem quando a célula 
não consegue se adaptar e caminha progressivamente para 
a morte. 
 Morte celular é definida como a perda irreversível das 
atividades integradas da célula com consequente 
incapacidade de manutenção de seus mecanismos de 
homeostasia, isto é, de equilíbrio da célula com o seu 
meio. 
Lesão e morte celular
 A partir do momento da morte celular, após uma agressão, 
havendo incapacidade irreversível de retorno à integridade 
bioquímica, funcional e morfológica, a célula passa a 
desencadear uma série de fenômenos bioquímicos e, 
consequentemente, funcionais e morfológicos. A esta 
sequência de fenômenos denomina-se necrose celular.
 A necrose celular pode ocorrer em consequência da 
atuação de enzimas da própria célula (autólise) ou da 
atuação de enzimas extracelulares (heterólise).
Lesão e morte celular
 A morte celular em tecidos normais como uma forma de 
regulação da população celular é um fenômeno biológico 
conhecido cuja causa é intrínseca à célula e não depende 
de alterações do seu meio ambiente. 
 Essa autodestruição ativa de células ou grupos de células é 
uma forma de morte denominada apoptose.
Distúrbios circulatórios
Distúrbios Circulatórios
 A circulação sanguínea é responsável pelo aporte de 
nutrientes, remoção de catabólitos, condução de 
hormônios, manutenção da homeostasia, eliminação renal 
de eletrólitos e troca de substâncias entre o meio intra e 
extra celular.
 A homeostase é mantida por meio do líquido normal 
(concentração de soluto na sangue, estado endotelial e da 
membrana basal vascular) e pelo fluxo sanguíneo 
adequado. 
Distúrbios Circulatórios
Distúrbios Circulatórios
Distúrbios Circulatórios
Distúrbios Circulatórios
 As condições patológicas ocorre:
1- No meio líquido = Desidratação e Edema
2- No fluxo sanguíneo = Hiperemia, Trombose, Embolia e 
Infarto
3- No líquido intersticial + fluxo sanguíneo = Hemorragia e 
Choque.
Distúrbios Circulatórios
 A desidratação é um estado patológico do organismo, 
causado pelo baixo nível de líquido (água, sais minerais e 
orgânicos) no corpo. Ela pode ocorrer quando há excesso 
de calor , diminuição do consumo de água, febre , diarreia, 
vômitos ou pelo uso de medicamentos diuréticos.
Distúrbios Circulatórios
 A hiperemia é o aumento da quantidade de volume 
sanguíneo em um determinado órgão ou tecido, causados 
por maior afluxo sanguíneo (hiperemia ativa ou arterial) ou 
por deficiente escoamento (hiperemia passiva ou venosa). 
Pode ser fisiológica ou patológica.
Rubor facialInsuficiência Cardíaca Congestiva
Distúrbios Circulatórios
 Edema refere-se a um acúmulo anormal de líquido no 
espaço intersticial devido ao desequilíbrio entre a pressão 
hidrostática e a pressão oncótica. 
 É constituído de uma solução aquosa de sais e proteínas 
do plasma e sua composição varia conforme a causa do 
edema. 
 Quando o líquido se acumula no corpo inteiro gera um 
edema generalizado. 
Distúrbios Circulatórios
Distúrbios Circulatórios
 Trombose é a solidificação dos elementos do sangue na luz 
dos vasos ou do coração. As causas e mecanismos de 
formação dos trombos ocorrem pela alteração de pelo 
menos dois elementos da tríade de Virchow.
Distúrbios Circulatórios
 As lesões das células endoteliais determinam o aparecimento de 
tromboses. Isto é bem evidente quando a superfície dos vasos, 
em um ponto específico, fica cem células endoteliais, com 
exposição do colágeno e/ou fibras elásticas subjacentes. 
Outro método para produção de trombose, e a presença de uma 
superfície estranha, tal como um fio cirúrgico, em contato com a 
corrente sanguínea. Em qualquer uma dessas eventualidades o 
quadro trombótico se inicia por depósito inicial de plaquetas no 
sítio da lesão.
Condições que aumentam o número de plaquetas na circulação 
predispõem à trombose. Após o parto ou depois de cirurgias, a 
tendência ao desenvolvimento de trombose é paralela ao 
progressivo aumento de plaquetas.
Distúrbios Circulatórios
São outros exemplos de êmbolo: glóbulos de gordura, fragmentos de 
medula óssea, massa de gases, fragmentos de placas ateromatosas, 
células tumorais, parasitas e líquido amniótico.
Embolia:
Distúrbios Circulatórios
Distúrbios Circulatórios
 Infarto: é uma localizada de necrose tecidual, causada por 
isquemia arterial ou venosa prolongada.
Distúrbios Circulatórios
 Hemorragia: é a saída de sangue dos vasos e do coração para o 
compartimento extracelular ou fora do organismo.
Causas vasculares localizadas, fatores extrínsecos (traumas), 
fatores intrínsecos ao vaso ou ao organismo (arteriosclerose, 
aneurisma, hipertensão arterial);
A lesão hemorrágica, conforme o aspecto macroscópico, 
compreende vários tipos, como petéquias, víbices, púrpuras, 
equimoses, hematomas. Se as hemorragias ocorrem nas 
cavidades corpóreas recebem também denominações especiais: 
hemotórax, hemopericárdio e hemoperitônio.
Distúrbios Circulatórios
Distúrbios Circulatórios
 Choque: 
Outro tipo de perturbação circulatória periférica é o quadro de 
choque ou colapso circulatório, que implica alterações na 
perfusão sanguínea dos tecidos com hipóxia ou anóxia, com 
consequências variadas até a morte. O choque tem como 
principais causas: 
a. A diminuição do volume sanguíneo (choque hipovolêmico);
b. A vasodilatação periférica; 
c. Diminuição acentuada do débito cardíaco; 
d. Obstrução aguda do fluxo sanguíneo.
Distúrbios Circulatórios
Processo inflamatório e processo 
de cicatrização
Processo Inflamatório 
 Consiste em uma reação local, de caráter predominantemente 
vascular, por meio da qual o organismo procura defender-se da 
ação de agentes lesivos. 
 O processo inflamatório, sob determinado ponto de vista, pode 
ser encarado como um mecanismo de defesa do organismo e, 
como tal, atua destruindo, diluindo, isolando ou sequestrando o 
agente agressor, abrindo caminho para os processos reparativos 
do tecido afetado. 
 Entretanto, a inflamação pode ser potencialmente danosa, uma 
vez que sua manifestação pode lesar o próprio organismo, às 
vezes de forma mais deletéria que o próprio agente injuriante.
Processo Inflamatório 
 Os agentes ou causa da inflamação:
• Micro-organismos vivos; 
• Agentes físicos; 
• Agentes químicos; 
• Corpos estranhos;
• Reparação dos tecidos.
A nomenclatura é sempre igual ao nome do órgão ou 
tecido + sufixo ITE. Exemplo: apendicite, meningite, 
pleurite e artrite.
Processo Inflamatório 
Processo Inflamatório 
 As alterações que ocorrem nos vasos sanguíneos da 
microcirculação nas primeiras horas após uma injúria 
subletal envolvem três tipos de processos:
1. Fase alterativa = Agressão
2. Fase exsudativa = Aumento da permeabilidade vascular
3. Produtiva = Proliferação de vasos, fibroblastos, monócitos 
e linfócitos.
Processo Inflamatório 
 Uma vez desenvolvida a reação inicial à injúria, a extensão 
da lesão local dependerá da intensidade, natureza e 
duração do estímulo lesivo bem como das características 
do hospedeiro (idade, imunidade, estado nutricional). 
 Assim, se o agente nocivo for de curta duração, ou 
rapidamente anulado pelos mecanismos de defesa do 
organismo, as alterações inflamatórias sofrerão rápida 
resolução ou deixarão uma quantidade variável de tecido 
cicatricial na área lesada. 
Processo Inflamatório 
Processo Inflamatório 
Processo Inflamatório 
Tipos de inflamação - inflamação aguda 
 A inflamação aguda é de curta duração, de alguns 
minutos, horas ou um a dois dias, dependendo do estímulo 
causal. 
 Caracterizada por exsudação de fluidos e proteínas do 
plasma e emigração de leucócitos e neutrófilos. 
 Há uma vasodilatação causando aumento do fluxo 
sanguíneo, responsável pelo calor e rubor. Além desses 
sinais, temos o edema, dor e perda da função.
Processo Inflamatório – inflamação 
crônica 
 A inflamação crônica é um processo um pouco mais 
demorado, ocorredentro de semanas ou meses;
 É caracterizada por inflamação ativa (infiltrado de células 
mononucleares), com destruição tecidual e tentativa de 
reparar os danos (cicatrização). 
 Pode ser a continuação de uma reação aguda, mas muitas 
vezes, acontece de maneira insidiosa. 
Processo Inflamatório – inflamação 
crônica 
 As células apresentadoras de antígenos, os macrófagos, 
são ativados para combater esse processo e secretam 
vários mediadores químicos da inflamação; 
 Se não controlados, podem levar à destruição do tecido 
lesado e fibrose, características desse tipo de inflamação;
 Infiltração de células mononucleares (macrófagos, 
linfócitos e plasmócitos), reflexo de uma reação persistente 
à lesão; destruição tecidual induzida, sobretudo pelas 
células inflamatórias.
Processo de Cicatrização
Neoplasias
Estudo das Neoplasias
 Morfologia 
O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. 
As dos tumores benignos, que são semelhantes e reproduzem 
o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, são 
denominadas bem diferenciadas. 
As células dos tumores malignos possuem graus variados de 
diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as 
células que as originaram e são denominadas pouco 
diferenciadas. 
Quando estudam-se suas características ao microscópio, veem-
se células com alterações de membrana, citoplasma irregular e 
núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo.
Estudo das Neoplasias
 Cápsula 
Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e 
expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o 
que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos 
dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, 
infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta 
pseudocápsula.
Estudo das Neoplasias
 Crescimento 
Os tumores benignos, por exibirem crescimento lento, possuem 
estroma e uma rede vascular adequada. Por isso raramente 
apresentam necrose e hemorragia. 
No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez, 
desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e 
pelo alto índice de duplicação celular, apresentam uma 
desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma 
vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de 
grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" 
tumoral.
Estudo das Neoplasias
 Mitose 
O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. 
Isto significa dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de 
um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. Nos 
tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico, 
enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior 
número e atípicas.
Estudo das Neoplasias
 Antigenicidade 
As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas, 
não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as 
células malignas, pouco diferenciadas, têm esta propriedade, o 
que permite o diagnóstico e o tratamento precoce de alguns 
tipos de câncer.
Estudo das Neoplasias
 Metástase 
As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a 
capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de 
metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento 
neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do 
foco primário.
Estudo das Neoplasias
Nomenclatura
 A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e 
histopatologia. 
 Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo 
"oma" (tumor) ao termo que designa o tecido que os 
originou.
Exemplos:
Tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma;
Tumor benigno do tecido gorduroso – lipoma;
Tumor benigno do tecido glandular – adenoma.
Nomenclatura
 Para tumores malignos, devemos considerar a origem 
embrionária dos tecidos que derivaram o tumor. 
• Tecidos de revestimento externo e interno: carcinomas.
• Origem glandular: adenocarcinomas. 
• Tecidos conjuntivos ou mesenquimais: acréscimo de 
"sarcoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido. 
• Células blásticas: acréscimo de "blastoma" ao vocábulo 
que corresponde ao tecido.
Exemplo
Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido hepático jovem;
Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem.
Nomenclatura
 Exceções
Apesar de a maioria dos tumores incluírem-se na classificação 
pela regra geral, alguns constituem exceção a ela. Os casos mais 
comuns serão apresentados a seguir.
 Tumores Embrionários
Teratomas (podem ser benignos ou malignos, dependendo do 
seu grau de diferenciação), seminomas, coriocarcinomas e 
carcinoma de células embrionárias. São tumores malignos de 
origem embrionária, derivados de células primitivas 
totipotentes que antecedem o embrião tridérmico.
Nomenclatura
 Epônimos
São tumores malignos que receberam os nomes daqueles que 
os descreveram pela primeira vez: linfoma de Burkitt, Doença de 
Hodgkin, sarcoma de Ewing, sarcoma de Kaposi, tumor de Wilms 
(nefroblastoma), tumor de Krukemberg (adenocarcinoma 
mucinoso metastático para ovário).
Nomenclatura
 Morfologia Tumoral
Os carcinomas e adenocarcinomas podem receber nomes 
complementares (epidermóide, papilífero, seroso, mucinoso, 
cístico, medular, lobular etc.), para melhor descrever sua 
morfologia, tanto macro como microscópica: 
cistoadenocarcinoma papilífero, carcinoma ductal infiltrante, 
adenocarcinoma mucinoso, carcinoma medular, etc.
Nomenclatura
 Sufixo Indevido
Algumas neoplasias malignas ficaram denominadas como se 
fossem benignas (ou seja apenas pelo sufixo "oma") por não 
possuírem a correspondente variante benigna: melanoma, 
linfomas e sarcomas (estes dois últimos nomes representam 
classes de variados tumores malignos).
Nomenclatura
 Outros
Algumas vezes, a nomenclatura de alguns tumores escapa a 
qualquer critério histogenético ou morfológico.
Câncer (também conhecido como neoplasia) é o nome de um 
grupo de mais de 100 diferentes doenças. Células anormais que 
se dividem e formam mais células de maneira desorganizada e 
descontrolada. 
O câncer é causado por fatores externos (radiação, produtos 
químicos, vírus, cigarro, álcool) e internos (predisposição, 
hormônios). 
Nomenclatura
 Outros
Não se sabe ao certo como prevenir todos os casos de câncer, 
contudo algumas medidas preventivas, conhecidas, podem ser 
adotadas.
Para um correto diagnóstico é imprescindível compreender que 
existem muitos tipos de câncer, existindo assim diferentes 
tratamentos para cada um deles.
Para isto o médico depende de vários recursos como sinais e 
sintomas do paciente, exames físicos, exames de imagem, 
laboratoriais gerais e específicos, marcadores tumorais e a 
biopsia.
Nomenclatura
 Outros
Pode ser necessária a realização de vários exames especiais da 
amostra para se caracterizar o câncer de um modo mais 
acurado. 
É importante conhecer o tipo de câncer já que isto ajuda o 
médico a determinar quais os exames que poderão ser 
solicitados, devido fundamentalmente a que cada tipo de câncer 
segue um padrão específico de crescimento e disseminação.
Atualmente existem quatro formas de tratamento do câncer: 
cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.
Noções de Imunopatologia
Noções de Imunopatologia
 A Imunopatologia é a ciência que estuda as lesões e 
doenças produzidas pela resposta imunitária.
 Podem ser agrupadas em quatro categorias de estudo: 
doenças por hipersensibilidade, doenças autoimunes, 
imunodeficiências e rejeição de transplantes.
Noções de Imunopatologia
 Hipersensibilidade
O termo hipersensibilidade é aplicado quando uma 
resposta adaptativa ocorre de forma exagerada ou 
inapropriada, causando reações inflamatórias e dano 
tecidual. A hipersensibilidade é uma característica do 
indivíduo e não se manifesta no primeiro contato com o 
antígeno indutor da reação de hipersensibilidade, 
geralmente, aparece em contatos subsequentes.
Noções de Imunopatologia
 Doenças Autoimunes
Autoimunidade é a falha em uma divisão funcional do 
sistema imunológicochamada de auto tolerância, que 
resulta em respostas imunes contra as células e tecidos do 
próprio organismo. Qualquer doença que resulte deste 
tipo de resposta é chamada de doença autoimune. 
Exemplos comuns incluem a diabetes mellitus tipo 1, lúpus 
e atrite reumatóide. 
Noções de Imunopatologia
 Imunodeficiência
É uma desordem do sistema imunológico caracterizada pela 
incapacidade de se estabelecer uma imunidade efetiva e uma 
resposta ao desafio dos antígenos. Chama-se a pessoa que 
apresenta imunodeficiência de imuno comprometida. Qualquer 
parte do sistema imunológico pode ser afetada. A 
imunodeficiência resulta numa crescente suscetibilidade a 
infecções oportunistas e certos tipos de câncer. Pode surgir 
como resultado de uma doença, como a infecção pelo HIV e a 
AIDS, ou pode ser induzida por administração de drogas 
(imunossupressão), como no tratamento de doenças 
autoimunes ou na prevenção contra a rejeição de um 
transplante de órgãos. 
Noções de Imunopatologia
 Rejeição de Transplantes
Transplantação, em imunologia, refere-se ao ato de transferir 
células, tecidos ou órgãos de um local para outro. O 
procedimento surgiu da compreensão de que era possível curar 
muitas doenças pela implantação de células, tecidos ou órgãos 
saudáveis de um indivíduo para outro. 
O desenvolvimento de técnicas cirúrgicas que permitem uma 
fácil reimplantação de tecidos constituiu um importante avanço 
para o sucesso dos transplantes. 
Noções de Imunopatologia
 Rejeição de Transplantes
No entanto, levantada esta barreira, restam muitas outras a 
ultrapassar para que a transplantação de órgãos se torne um 
tratamento médico rotineiro. A ação do sistema imunitário na 
rejeição de tecidos transplantados continua a ser um sério 
impedimento ao sucesso desta intervenção médica.
Até os dias atuais, o obstáculo da rejeição de transplantes tem 
vindo a ser solucionada com a utilização de agentes 
imunossupressores. 
Noções de Imunopatologia
 Rejeição de Transplantes
Estes agentes poderão ser fármacos e anticorpos específicos 
desenvolvidos para diminuírem a resposta imunitária aos 
transplantes. 
No entanto, a maioria destes agentes tem um efeito 
imunossupressor global, sendo o seu uso a longo termo 
deletério. 
Novos métodos de indução de tolerância específica ao 
transplante, sem suprimir outras respostas imunitárias estão a 
ser desenvolvidos, prometendo uma maior sobrevivência dos 
transplantes sem comprometer a imunidade do receptor. 
Noções de Imunopatologia
 Rejeição de Transplantes
Em transplantações clinicas, podem ocorrer três tipos principais 
de rejeição: hiperaguda (Ocorrendo minutos ou dias após a 
transplantação), aguda (ocorrendo frequentemente nos 
primeiros 6 meses após a transplantação) e crónica (evidências 
histológicas de hipertrofia e fibrose). 
Independentemente do tipo de rejeição, sinais de perigo 
incluem febre, sintomas febris, hipertensão, edemas ou 
aumento súbito de peso, mudança no ritmo cardíaco, falta de ar 
e dor e sensibilidade no local do transplante.

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