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Técnico em Enfermage m Módulo I EPIDEMIOLOGIA E PROCESSOS PATOLÓGICOS Introdução PHATOS ESTUDO DAS DOENÇAS LOGOS Estuda as causas, mecanismos que as produzem e alterações morfológicas e funcionais que apresentam. Introdução Doença: perturbação da saúde, isto é, um mal-estar causado por distúrbio orgânico, mental ou social com causas exógenas, endógenas e idiopáticas. A doença pode evoluir para a cura (com ou sem sequelas), cronificação, complicações e óbito. Introdução A Patologia é constituída por: • Etiologia (Causas); • Patogenia (Desenvolvimento); • Alterações morfológicas (Alterações estruturais nas células e órgãos); • Desordens funcionais (Manifestações clínicas). PATOLOGIA Geral Específica Introdução Estuda os processos patológicos gerais, dando ênfase à lesão, causas e efeitos nas células e tecidos. Estuda as lesões nos diferentes aparelhos e sistemas, correlacionando-as com achados clínicos e laboratoriais. Lesão e adaptação celular Alterações do volume celular Alterações da proliferação e diferenciação celulares Alterações da diferenciação celular Alterações da proliferação celular Outros distúrbios LESÕES Lesão e adaptação celular Lesão e adaptação celular Quando o equilíbrio das células é rompido pelo efeito de uma agressão, a célula pode adaptar-se, sofrer um processo regressivo ou morrer. Nos casos em que a célula agredida não está adaptada, tendo seu metabolismo reduzido e, portanto, sua função celular diminuída, diz-se que a célula apresenta uma alteração regressiva, ou degeneração. Lesões degenerativas As degenerações se situam entre a célula normal e a morte celular. Como há diminuição da função celular, é compreensível que se acumule dentro da célula, ou mesmo fora dela, uma série de substâncias que são produtos de um metabolismo perturbado. Deste modo, as lesões degenerativas são classificadas de acordo com o tipo de substância acumulada. Acúmulo de água (degeneração hidrópica) Essa alteração se caracteriza pelo acúmulo de água no citoplasma e é vista com mais frequência nas células parenquimatosas, principalmente do rim, fígado e coração. A degeneração hidrópica ocorre em função do comprometimento da regulação do volume celular, que é um processo basicamente centrado no controle das concentrações de sódio e potássio no citoplasma. Todos os processos agressivos que reduzem a atividade da membrana plasmática, da bomba de sódio/potássio e da produção de ATP (energia) pela célula, levam à retenção do sódio no citoplasma deixando escapar o potássio e aumentando a água citoplasmática na tentativa de manter as condições exosmóticas da célula. Acúmulo de água (degeneração hidrópica) Acúmulo de água (degeneração hidrópica) Acúmulo de lipídios (degeneração gordurosa – esteatose) Refere-se ao acúmulo anormal de lipídios no interior das células parenquimatosas. Como o fígado é o órgão diretamente relacionado com o metabolismo lipídico, é nele que encontra-se mais comumente a esteatose. As principais causas da esteatose é a obesidade e o alcoolismo; as consequências são variáveis, dependendo da intensidade e da associação com outros fatores. Na grande maioria dos casos, a lesão é reversível e, cessada a causa, a célula volta a normal. Quando a esteatose é grave e duradoura, pode ocasionar a morte do hepatócito com alterações funcionais do órgão e a progressão para a cirrose hepática. Acúmulo de lipídios (degeneração gordurosa – esteatose) Esteatose hepática Acúmulo de proteínas (degeneração hialina) Este tipo de degeneração resulta da ação de substâncias irritantes com intensidade moderada. Caracteriza-se pela presença de massas translúcidas de formas arredondadas, com parte central de aparência calcificada. Acúmulo de muco (degeneração mucóide) Ocorre pela hiperprodução de muco pelas células mucíparas dos tratos digestório e respiratório. Levando ao acúmulo de glicoproteínas, podendo inclusive causar morte celular; Síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas, as quais geralmente extravasam para o interstício e conferem ao mesmo aspecto de tecido mucóide. Acúmulo de muco (degeneração mucóide) Acúmulo de açúcar (degeneração glicogênica) Anormalidades no metabolismo da glicose ou glicogênio levam a um aumento no depósito intracelular de glicogênio; Presença de vacúolos claros no citoplasma. Afecções que levam ao acúmulo de glicogênio são principalmente o diabetes melittus e as doenças de armazenamento de glicogênio ou glicogenoses. Acúmulo de açúcar (degeneração glicogênica) Distúrbios de crescimento e diferenciação celular – adaptações celulares Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Crescimento celular é a multiplicação celular que ocorre durante o desenvolvimento, para reposição celular dos seres vivos. Já diferenciação é a especialização morfológica e funcional da célula. Toda célula e toda população celular (tecidos, órgãos, organismos) obedecem comandos exercidos pela própria célula e pelo organismo como um todo. Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Em condições normais, ritmo e velocidade de crescimento são balanceados através de mecanismos homeostáticos que não permitem multiplicação nem superior nem inferior às necessidades do órgão e do organismo. A ruptura desses mecanismos de controle leva a modificações do ritmo de crescimento que nada mais são do que respostas adaptativas. Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular – adaptações celulares Displasia Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Hipertrofia É o aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares, o que provoca aumento das células e órgãos afetados. Pode ser fisiológica ou patológica. Hipertrofia muscular Hipertrofia da musculatura do útero Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Atrofia É a redução do tamanho e da função da célula. Pode ocorrer por desuso, diminuição do suprimento sanguíneo, insuficiência de nutrientes, envelhecimento e compressão. Atrofia uterina devido à menopausaAtrofia muscular por desuso Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Hiperplasia É uma proliferação celular (aumento do número de células) que conserva o caráter morfofuncional da célula originária, retirando o estímulo, a proliferação cessa. Útero aberto mostrando mucosa endometrial espessa e contendo glândulas endometriais hiperplásicas e dilatadas. Geralmente a hiperplasia endometrial é uma manifestação de hiperestrinismo, e pode causar sangramento vaginal irregular e abundante. Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Metaplasia Pode ser definida como o processo pelo qual uma célula e/ou um tecido perdem suas características específicas e adquirem outras. Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Metaplasia Metaplasia escamosa na traqueia secundária à infecção Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Displasia Consiste em modificações ou situações em que o transtorno do processo de diferenciação não permite a maturação da célula até seu nível de diferenciação normal, ou a faz parar num nível de diferenciação inferior ao da célula mãe. Pode ser considerada como lesões pré-cancerosas epiteliais. Agenesia, aplasia e hipoplasia correspondem a situações congênitas. A primeira pode ser definida como ausência de formação, a segunda como ausência de proliferação e a terceira como diminuição da proliferação. Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular Displasia Lesão e morte celular As causas mais frequentes de lesão celulares são: • Hipóxia; • Agentes físicos (temperatura, radiações); • Drogas e agentes químicos; • Agentes biológicos (bactérias, fungos, protozoários); • Reações imunológicas (doenças autoimune); • Distúrbios genéticos; • Distúrbios nutricionais.Lesão e morte celular As lesões celulares irreversíveis ocorrem quando a célula não consegue se adaptar e caminha progressivamente para a morte. Morte celular é definida como a perda irreversível das atividades integradas da célula com consequente incapacidade de manutenção de seus mecanismos de homeostasia, isto é, de equilíbrio da célula com o seu meio. Lesão e morte celular A partir do momento da morte celular, após uma agressão, havendo incapacidade irreversível de retorno à integridade bioquímica, funcional e morfológica, a célula passa a desencadear uma série de fenômenos bioquímicos e, consequentemente, funcionais e morfológicos. A esta sequência de fenômenos denomina-se necrose celular. A necrose celular pode ocorrer em consequência da atuação de enzimas da própria célula (autólise) ou da atuação de enzimas extracelulares (heterólise). Lesão e morte celular A morte celular em tecidos normais como uma forma de regulação da população celular é um fenômeno biológico conhecido cuja causa é intrínseca à célula e não depende de alterações do seu meio ambiente. Essa autodestruição ativa de células ou grupos de células é uma forma de morte denominada apoptose. Distúrbios circulatórios Distúrbios Circulatórios A circulação sanguínea é responsável pelo aporte de nutrientes, remoção de catabólitos, condução de hormônios, manutenção da homeostasia, eliminação renal de eletrólitos e troca de substâncias entre o meio intra e extra celular. A homeostase é mantida por meio do líquido normal (concentração de soluto na sangue, estado endotelial e da membrana basal vascular) e pelo fluxo sanguíneo adequado. Distúrbios Circulatórios Distúrbios Circulatórios Distúrbios Circulatórios Distúrbios Circulatórios As condições patológicas ocorre: 1- No meio líquido = Desidratação e Edema 2- No fluxo sanguíneo = Hiperemia, Trombose, Embolia e Infarto 3- No líquido intersticial + fluxo sanguíneo = Hemorragia e Choque. Distúrbios Circulatórios A desidratação é um estado patológico do organismo, causado pelo baixo nível de líquido (água, sais minerais e orgânicos) no corpo. Ela pode ocorrer quando há excesso de calor , diminuição do consumo de água, febre , diarreia, vômitos ou pelo uso de medicamentos diuréticos. Distúrbios Circulatórios A hiperemia é o aumento da quantidade de volume sanguíneo em um determinado órgão ou tecido, causados por maior afluxo sanguíneo (hiperemia ativa ou arterial) ou por deficiente escoamento (hiperemia passiva ou venosa). Pode ser fisiológica ou patológica. Rubor facialInsuficiência Cardíaca Congestiva Distúrbios Circulatórios Edema refere-se a um acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao desequilíbrio entre a pressão hidrostática e a pressão oncótica. É constituído de uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma e sua composição varia conforme a causa do edema. Quando o líquido se acumula no corpo inteiro gera um edema generalizado. Distúrbios Circulatórios Distúrbios Circulatórios Trombose é a solidificação dos elementos do sangue na luz dos vasos ou do coração. As causas e mecanismos de formação dos trombos ocorrem pela alteração de pelo menos dois elementos da tríade de Virchow. Distúrbios Circulatórios As lesões das células endoteliais determinam o aparecimento de tromboses. Isto é bem evidente quando a superfície dos vasos, em um ponto específico, fica cem células endoteliais, com exposição do colágeno e/ou fibras elásticas subjacentes. Outro método para produção de trombose, e a presença de uma superfície estranha, tal como um fio cirúrgico, em contato com a corrente sanguínea. Em qualquer uma dessas eventualidades o quadro trombótico se inicia por depósito inicial de plaquetas no sítio da lesão. Condições que aumentam o número de plaquetas na circulação predispõem à trombose. Após o parto ou depois de cirurgias, a tendência ao desenvolvimento de trombose é paralela ao progressivo aumento de plaquetas. Distúrbios Circulatórios São outros exemplos de êmbolo: glóbulos de gordura, fragmentos de medula óssea, massa de gases, fragmentos de placas ateromatosas, células tumorais, parasitas e líquido amniótico. Embolia: Distúrbios Circulatórios Distúrbios Circulatórios Infarto: é uma localizada de necrose tecidual, causada por isquemia arterial ou venosa prolongada. Distúrbios Circulatórios Hemorragia: é a saída de sangue dos vasos e do coração para o compartimento extracelular ou fora do organismo. Causas vasculares localizadas, fatores extrínsecos (traumas), fatores intrínsecos ao vaso ou ao organismo (arteriosclerose, aneurisma, hipertensão arterial); A lesão hemorrágica, conforme o aspecto macroscópico, compreende vários tipos, como petéquias, víbices, púrpuras, equimoses, hematomas. Se as hemorragias ocorrem nas cavidades corpóreas recebem também denominações especiais: hemotórax, hemopericárdio e hemoperitônio. Distúrbios Circulatórios Distúrbios Circulatórios Choque: Outro tipo de perturbação circulatória periférica é o quadro de choque ou colapso circulatório, que implica alterações na perfusão sanguínea dos tecidos com hipóxia ou anóxia, com consequências variadas até a morte. O choque tem como principais causas: a. A diminuição do volume sanguíneo (choque hipovolêmico); b. A vasodilatação periférica; c. Diminuição acentuada do débito cardíaco; d. Obstrução aguda do fluxo sanguíneo. Distúrbios Circulatórios Processo inflamatório e processo de cicatrização Processo Inflamatório Consiste em uma reação local, de caráter predominantemente vascular, por meio da qual o organismo procura defender-se da ação de agentes lesivos. O processo inflamatório, sob determinado ponto de vista, pode ser encarado como um mecanismo de defesa do organismo e, como tal, atua destruindo, diluindo, isolando ou sequestrando o agente agressor, abrindo caminho para os processos reparativos do tecido afetado. Entretanto, a inflamação pode ser potencialmente danosa, uma vez que sua manifestação pode lesar o próprio organismo, às vezes de forma mais deletéria que o próprio agente injuriante. Processo Inflamatório Os agentes ou causa da inflamação: • Micro-organismos vivos; • Agentes físicos; • Agentes químicos; • Corpos estranhos; • Reparação dos tecidos. A nomenclatura é sempre igual ao nome do órgão ou tecido + sufixo ITE. Exemplo: apendicite, meningite, pleurite e artrite. Processo Inflamatório Processo Inflamatório As alterações que ocorrem nos vasos sanguíneos da microcirculação nas primeiras horas após uma injúria subletal envolvem três tipos de processos: 1. Fase alterativa = Agressão 2. Fase exsudativa = Aumento da permeabilidade vascular 3. Produtiva = Proliferação de vasos, fibroblastos, monócitos e linfócitos. Processo Inflamatório Uma vez desenvolvida a reação inicial à injúria, a extensão da lesão local dependerá da intensidade, natureza e duração do estímulo lesivo bem como das características do hospedeiro (idade, imunidade, estado nutricional). Assim, se o agente nocivo for de curta duração, ou rapidamente anulado pelos mecanismos de defesa do organismo, as alterações inflamatórias sofrerão rápida resolução ou deixarão uma quantidade variável de tecido cicatricial na área lesada. Processo Inflamatório Processo Inflamatório Processo Inflamatório Tipos de inflamação - inflamação aguda A inflamação aguda é de curta duração, de alguns minutos, horas ou um a dois dias, dependendo do estímulo causal. Caracterizada por exsudação de fluidos e proteínas do plasma e emigração de leucócitos e neutrófilos. Há uma vasodilatação causando aumento do fluxo sanguíneo, responsável pelo calor e rubor. Além desses sinais, temos o edema, dor e perda da função. Processo Inflamatório – inflamação crônica A inflamação crônica é um processo um pouco mais demorado, ocorredentro de semanas ou meses; É caracterizada por inflamação ativa (infiltrado de células mononucleares), com destruição tecidual e tentativa de reparar os danos (cicatrização). Pode ser a continuação de uma reação aguda, mas muitas vezes, acontece de maneira insidiosa. Processo Inflamatório – inflamação crônica As células apresentadoras de antígenos, os macrófagos, são ativados para combater esse processo e secretam vários mediadores químicos da inflamação; Se não controlados, podem levar à destruição do tecido lesado e fibrose, características desse tipo de inflamação; Infiltração de células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos), reflexo de uma reação persistente à lesão; destruição tecidual induzida, sobretudo pelas células inflamatórias. Processo de Cicatrização Neoplasias Estudo das Neoplasias Morfologia O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. As dos tumores benignos, que são semelhantes e reproduzem o aspecto das células do tecido que lhes deu origem, são denominadas bem diferenciadas. As células dos tumores malignos possuem graus variados de diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as células que as originaram e são denominadas pouco diferenciadas. Quando estudam-se suas características ao microscópio, veem- se células com alterações de membrana, citoplasma irregular e núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo. Estudo das Neoplasias Cápsula Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula. Estudo das Neoplasias Crescimento Os tumores benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada. Por isso raramente apresentam necrose e hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez, desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de duplicação celular, apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia, de grau variável com a velocidade do crescimento e a "idade" tumoral. Estudo das Neoplasias Mitose O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. Isto significa dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. Nos tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico, enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior número e atípicas. Estudo das Neoplasias Antigenicidade As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas, não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as células malignas, pouco diferenciadas, têm esta propriedade, o que permite o diagnóstico e o tratamento precoce de alguns tipos de câncer. Estudo das Neoplasias Metástase As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo-destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário. Estudo das Neoplasias Nomenclatura A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo "oma" (tumor) ao termo que designa o tecido que os originou. Exemplos: Tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma; Tumor benigno do tecido gorduroso – lipoma; Tumor benigno do tecido glandular – adenoma. Nomenclatura Para tumores malignos, devemos considerar a origem embrionária dos tecidos que derivaram o tumor. • Tecidos de revestimento externo e interno: carcinomas. • Origem glandular: adenocarcinomas. • Tecidos conjuntivos ou mesenquimais: acréscimo de "sarcoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido. • Células blásticas: acréscimo de "blastoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido. Exemplo Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido hepático jovem; Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem. Nomenclatura Exceções Apesar de a maioria dos tumores incluírem-se na classificação pela regra geral, alguns constituem exceção a ela. Os casos mais comuns serão apresentados a seguir. Tumores Embrionários Teratomas (podem ser benignos ou malignos, dependendo do seu grau de diferenciação), seminomas, coriocarcinomas e carcinoma de células embrionárias. São tumores malignos de origem embrionária, derivados de células primitivas totipotentes que antecedem o embrião tridérmico. Nomenclatura Epônimos São tumores malignos que receberam os nomes daqueles que os descreveram pela primeira vez: linfoma de Burkitt, Doença de Hodgkin, sarcoma de Ewing, sarcoma de Kaposi, tumor de Wilms (nefroblastoma), tumor de Krukemberg (adenocarcinoma mucinoso metastático para ovário). Nomenclatura Morfologia Tumoral Os carcinomas e adenocarcinomas podem receber nomes complementares (epidermóide, papilífero, seroso, mucinoso, cístico, medular, lobular etc.), para melhor descrever sua morfologia, tanto macro como microscópica: cistoadenocarcinoma papilífero, carcinoma ductal infiltrante, adenocarcinoma mucinoso, carcinoma medular, etc. Nomenclatura Sufixo Indevido Algumas neoplasias malignas ficaram denominadas como se fossem benignas (ou seja apenas pelo sufixo "oma") por não possuírem a correspondente variante benigna: melanoma, linfomas e sarcomas (estes dois últimos nomes representam classes de variados tumores malignos). Nomenclatura Outros Algumas vezes, a nomenclatura de alguns tumores escapa a qualquer critério histogenético ou morfológico. Câncer (também conhecido como neoplasia) é o nome de um grupo de mais de 100 diferentes doenças. Células anormais que se dividem e formam mais células de maneira desorganizada e descontrolada. O câncer é causado por fatores externos (radiação, produtos químicos, vírus, cigarro, álcool) e internos (predisposição, hormônios). Nomenclatura Outros Não se sabe ao certo como prevenir todos os casos de câncer, contudo algumas medidas preventivas, conhecidas, podem ser adotadas. Para um correto diagnóstico é imprescindível compreender que existem muitos tipos de câncer, existindo assim diferentes tratamentos para cada um deles. Para isto o médico depende de vários recursos como sinais e sintomas do paciente, exames físicos, exames de imagem, laboratoriais gerais e específicos, marcadores tumorais e a biopsia. Nomenclatura Outros Pode ser necessária a realização de vários exames especiais da amostra para se caracterizar o câncer de um modo mais acurado. É importante conhecer o tipo de câncer já que isto ajuda o médico a determinar quais os exames que poderão ser solicitados, devido fundamentalmente a que cada tipo de câncer segue um padrão específico de crescimento e disseminação. Atualmente existem quatro formas de tratamento do câncer: cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. Noções de Imunopatologia Noções de Imunopatologia A Imunopatologia é a ciência que estuda as lesões e doenças produzidas pela resposta imunitária. Podem ser agrupadas em quatro categorias de estudo: doenças por hipersensibilidade, doenças autoimunes, imunodeficiências e rejeição de transplantes. Noções de Imunopatologia Hipersensibilidade O termo hipersensibilidade é aplicado quando uma resposta adaptativa ocorre de forma exagerada ou inapropriada, causando reações inflamatórias e dano tecidual. A hipersensibilidade é uma característica do indivíduo e não se manifesta no primeiro contato com o antígeno indutor da reação de hipersensibilidade, geralmente, aparece em contatos subsequentes. Noções de Imunopatologia Doenças Autoimunes Autoimunidade é a falha em uma divisão funcional do sistema imunológicochamada de auto tolerância, que resulta em respostas imunes contra as células e tecidos do próprio organismo. Qualquer doença que resulte deste tipo de resposta é chamada de doença autoimune. Exemplos comuns incluem a diabetes mellitus tipo 1, lúpus e atrite reumatóide. Noções de Imunopatologia Imunodeficiência É uma desordem do sistema imunológico caracterizada pela incapacidade de se estabelecer uma imunidade efetiva e uma resposta ao desafio dos antígenos. Chama-se a pessoa que apresenta imunodeficiência de imuno comprometida. Qualquer parte do sistema imunológico pode ser afetada. A imunodeficiência resulta numa crescente suscetibilidade a infecções oportunistas e certos tipos de câncer. Pode surgir como resultado de uma doença, como a infecção pelo HIV e a AIDS, ou pode ser induzida por administração de drogas (imunossupressão), como no tratamento de doenças autoimunes ou na prevenção contra a rejeição de um transplante de órgãos. Noções de Imunopatologia Rejeição de Transplantes Transplantação, em imunologia, refere-se ao ato de transferir células, tecidos ou órgãos de um local para outro. O procedimento surgiu da compreensão de que era possível curar muitas doenças pela implantação de células, tecidos ou órgãos saudáveis de um indivíduo para outro. O desenvolvimento de técnicas cirúrgicas que permitem uma fácil reimplantação de tecidos constituiu um importante avanço para o sucesso dos transplantes. Noções de Imunopatologia Rejeição de Transplantes No entanto, levantada esta barreira, restam muitas outras a ultrapassar para que a transplantação de órgãos se torne um tratamento médico rotineiro. A ação do sistema imunitário na rejeição de tecidos transplantados continua a ser um sério impedimento ao sucesso desta intervenção médica. Até os dias atuais, o obstáculo da rejeição de transplantes tem vindo a ser solucionada com a utilização de agentes imunossupressores. Noções de Imunopatologia Rejeição de Transplantes Estes agentes poderão ser fármacos e anticorpos específicos desenvolvidos para diminuírem a resposta imunitária aos transplantes. No entanto, a maioria destes agentes tem um efeito imunossupressor global, sendo o seu uso a longo termo deletério. Novos métodos de indução de tolerância específica ao transplante, sem suprimir outras respostas imunitárias estão a ser desenvolvidos, prometendo uma maior sobrevivência dos transplantes sem comprometer a imunidade do receptor. Noções de Imunopatologia Rejeição de Transplantes Em transplantações clinicas, podem ocorrer três tipos principais de rejeição: hiperaguda (Ocorrendo minutos ou dias após a transplantação), aguda (ocorrendo frequentemente nos primeiros 6 meses após a transplantação) e crónica (evidências histológicas de hipertrofia e fibrose). Independentemente do tipo de rejeição, sinais de perigo incluem febre, sintomas febris, hipertensão, edemas ou aumento súbito de peso, mudança no ritmo cardíaco, falta de ar e dor e sensibilidade no local do transplante.
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