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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA DEPARTAMENTO DE MORFOFISIOLOGIA VETERINÁRIA/CCA CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA II PROFª: Dra. RAIZZA EVELINE ESCÓRCIO PINHEIRO AULA PRÁTICA 3: IDENTIFICAÇÃO DE LEVEDURAS DO GÊNERO CANDIDA ALUNOS: JOSÉ ALBERTO FERREIRA MAIA FILHO JHENNIFER CRISTINE AMORIM DE SOUSA RAISSA GOMES LIMA WEVERTON ARAGÃO DA SILVA TERESINA 2023 1. INTRODUÇÃO Os fungos são organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares e heterotróficos não-fotossintéticos que produzem enzimas e obtêm seus nutrientes por meio de absorção. Possuem dois principais tipos morfológicos: filamentosos e leveduriformes, que podem ser patogênicos ou oportunistas, causando os mais variados tipos de infecções. Fungos dimórficos são aqueles que podem ocorrer tanto na forma de bolores como na de leveduras. Fatores ambientais geralmente determinam a forma na qual os fungos dimórficos aparecem. Um exemplo é o fungo da Cândida albicans, que produzem formas adicionais a essas duas principais, são descritos como polimórficos. 2. OBJETIVOS A aula prática teve como objetivo a identificação da espécie de Candida de importância clínica, disponibilizada, de forma aleatória, para análise em placas de Petri (presença ou ausência de assimilação com certos tipos de açúcares) e em tubos de ensaio (visualização de possível fermentação). Além disso, foram escolhidas as leveduras de Candida albicans para preparos em lâminas, por meio do azul de algodão e do panótico rápido e Cryptococcus spp. para preparo em lâmina, por meio da tinta nanquim e estudo de ambas espécies no microscópio. 3. MATERIAL E MÉTODOS Essa prática foi dividida em dois momentos: no primeiro momento, foi realizada a identificação do fungo utilizando provas bioquímicas de fermentação, previamente preparadas de carboidratos: sacarose, trealose, inulina, glicose, galactose, lactose, dulcitol e maltose. No segundo momento foi feita a produção, observação e leitura da lâmina contendo o fungo Cryptococcus spp. e Candida albicans. 3.1. Identificação do fungo por meio das provas bioquímicas As provas bioquímicas utilizadas foram todas feitas antecipadamente, e por isso fizemos apenas a identificação do fungo utilizando uma tabela com todas as provas. 3.2. Observação e leitura de lâminas Primeiramente, foram feitas duas lâminas de Candida albicans: uma utilizando o corante azul de algodão e outra utilizando um kit de coloração panótico. Essa coloração consiste em adicionar o fungo na lâmina contendo solução salina e fixar a lâmina na chama do bico de Bunsen até a secagem. Posteriormente, a mesma foi lavada com três tipos de corantes do kit em um tempo de 10 a 30 segundos cada e depois esperar a secagem natural antes de levar para a visualização no microscópio. Além disso, também foi feita uma lâmina de Cryptococcus spp. com coloração de tinta nanquim. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Utilizando a tabela disponibilizada (Tabela 1) e comparando os tubos (Figura 1) e a placa (Figura 2) contendo os resultados dos testes, podemos chegar à espécie do fungo em questão. Todas as provas bioquímicas tiveram resultados satisfatórios para identificação e chegamos à conclusão de que se tratava da espécie Candida guilliermondii. . Tabela 1 Na primeira lâmina de Candida albicans, preparada com azul de algodão, não foi possível a identificação de nenhuma estrutura, pois foi adicionado muito material fúngico, deixando-os todos sobrepostos, o que dificultou a identificação. Na segunda lâmina produzida (Figura 3), identificamos a presença do fungo e de suas estruturas de leveduriformes no aumento de 40x. Na lâmina com coloração panótico (Figura 4) foi identificado a presença do fungo, mas não foi possível identificar estruturas devido a grande quantidade de material que foi depositada durante o preparo da lâmina, deixando muitas estruturas sobrepostas. Na lâmina com Cryptococcus spp. (Figura 6), utilizamos a tinta nanquim na cor azul. Foi possível a identificação do fungo no aumento de 100x, devido a cápsula do fungo Figura 1 Figura 2 Figura 4 Figura 5 que é evidenciada devido a tinta naquim que cobre toda a lâmina, mas não consegue penetrar na cápsula. 5. CONCLUSÃO O estudo da Cândida e do Cryptococcus é de extrema importância, pois se destacam como micoses sistêmicas, ou seja, infecções fúngicas, podendo ser oportunistas, que afetam diversos tecidos e órgãos de humanos e animais. Apesar da dificuldade encontrada na aula prática, durante a primeira tentativa de preparo das lâminas e visualização de estruturas das leveduras, o procedimento foi repetido e obtido sucesso na observação microscópica dos fungos. 6. BIBLIOGRAFIA MCVEY, S. KENNEDY, M.; CHENGAPPA. Diagnóstico Laboratorial. In: Microbiologia Veterinária. 3. ed. - Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2016 Microbiologia veterinária e doenças infecciosas. P. J. Quinn, B. K. [et al]; tradução: Lúcia Helena Niederauer Weiss, Rita Denise Niederauer Weiss. Dados eletrônicos. Porto Alegre: Artmed, 2007. ISBN: 978-85-363-0927-9. Figura 5
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