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Aula 01 - base epistemológica da ciência moderna

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Aula 01 – Base epistemológica da ciência moderna. 
 
Epistemologia 
A epistemologia é uma área da filosofia que se preocupa com o estudo do conhecimento, 
incluindo sua natureza, origem, extensão e validade. Em outras palavras, é o ramo da filosofia 
que se dedica a investigar o que é o conhecimento, como adquirimos o conhecimento, em que 
podemos confiar e como podemos justificar nossas crenças. 
A epistemologia tenta responder a perguntas como: O que é conhecimento? Como podemos 
saber se algo é verdadeiro? Como justificamos nossas crenças? A partir dessas questões, a 
epistemologia se divide em diversas teorias, que buscam responder a essas perguntas de 
maneiras diferentes. Algumas das principais teorias da epistemologia incluem o empirismo, o 
racionalismo, o ceticismo e o relativismo. 
A epistemologia é uma área da filosofia importante para muitas outras disciplinas, incluindo a 
ciência, a psicologia, a teoria do conhecimento, a lógica e muitas outras áreas que dependem 
de pressupostos sobre a natureza e a origem do conhecimento. 
 
Epistemologia da ciência moderna 
A base epistemológica da ciência moderna é geralmente considerada como sendo a 
abordagem científica desenvolvida por Francis Bacon, René Descartes e outros filósofos do 
século XVII. Esta abordagem enfatiza o papel da observação empírica e da experimentação na 
obtenção de conhecimento sobre o mundo natural. 
De acordo com essa base epistemológica, a ciência moderna parte de hipóteses que são 
formuladas com base em observações e experimentos, e essas hipóteses são testadas por meio 
de novas observações e experimentos. Essa abordagem é conhecida como o método científico. 
Além disso, a base epistemológica da ciência moderna também enfatiza a importância da razão 
e do pensamento lógico na formulação de teorias científicas. A ciência moderna parte do 
pressuposto de que o mundo natural é governado por leis universais e que essas leis podem 
ser descobertas por meio do método científico. 
Assim, a base epistemológica da ciência moderna é caracterizada pela ênfase na observação 
empírica, experimentação, razão e lógica, e na busca de leis universais que governam o mundo 
natural. 
 
 
Francis Bacon 
Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo, cientista, político e escritor inglês que teve grande 
influência na história do pensamento ocidental. Ele é frequentemente considerado o fundador 
do método científico moderno e é conhecido por seu trabalho em lógica, epistemologia e 
filosofia da ciência. 
Bacon argumentava que a filosofia natural deveria ser baseada na observação e 
experimentação, em contraste com as teorias especulativas e dogmáticas que dominavam a 
ciência em sua época. Ele via a ciência como um meio de melhorar a vida humana e defender a 
liberdade individual e a democracia. 
Além disso, Bacon também teve uma carreira de sucesso como político, servindo como 
procurador-geral e como lord-chanceler da Inglaterra. Ele é amplamente lembrado por sua 
filosofia pragmática e sua crença na importância do conhecimento útil para a vida cotidiana. 
 
 
René Descartes 
René Descartes (1596-1650) foi um filósofo, matemático e cientista francês que teve grande 
influência no desenvolvimento da filosofia moderna. Ele é frequentemente considerado o 
fundador da filosofia moderna, devido à sua ênfase na razão e no método científico. 
Uma das obras mais conhecidas de Descartes é o "Discurso do Método", publicado em 1637, 
em que ele propõe um método sistemático para a busca da verdade. Nessa obra, ele formula a 
frase "Penso, logo existo" ("Cogito, ergo sum"), que se tornou um dos princípios fundamentais 
da filosofia moderna. Ele argumentava que a existência do pensamento era a única coisa que 
poderia ser conhecida com certeza, e a partir dessa premissa ele desenvolveu uma série de 
argumentos para chegar a outras verdades sobre o mundo natural. 
Descartes também foi um importante matemático e cientista. Ele é conhecido por ter 
desenvolvido o sistema de coordenadas cartesianas, que permitiu a representação gráfica de 
equações matemáticas e é amplamente utilizado até hoje. Além disso, ele contribuiu para a 
física e a filosofia da ciência, defendendo que a natureza é regida por leis matemáticas precisas 
e que a ciência deve buscar explicar os fenômenos naturais por meio de causas mecânicas. 
Em resumo, René Descartes foi um filósofo, matemático e cientista francês que teve uma 
grande influência na filosofia moderna, na matemática e na ciência. Ele é conhecido por sua 
ênfase na razão, no método científico e por sua frase "Penso, logo existo". 
 
 
O que é ciência? 
O termo "ciência" se refere a um conjunto de conhecimentos obtidos por meio da observação 
sistemática, experimentação e análise crítica. A ciência é uma abordagem sistemática e 
metódica para a investigação e compreensão do mundo natural, que busca explicar os 
fenômenos observados por meio de leis universais. 
A ciência se baseia em evidências empíricas e busca descrever e explicar os fenômenos 
naturais de forma objetiva e sistemática. Ela se concentra na investigação de padrões e 
relações causais entre eventos naturais, e busca entender a natureza por meio de leis 
universais que possam ser verificadas experimentalmente. 
A ciência é uma atividade humana que tem como objetivo a produção de conhecimento, e que 
se desenvolve por meio de um processo contínuo de pesquisa e descoberta. Através da ciência, 
os seres humanos têm sido capazes de avançar em diversas áreas do conhecimento, incluindo 
a medicina, a física, a química, a biologia, a astronomia e muitas outras. 
 
É possível um cientista sem Ídolo? 
A ideia de um cientista sem "ídolos" é baseada na noção de que um cientista deve ser livre de 
preconceitos e de dogmas, e buscar sempre uma compreensão objetiva e imparcial da 
natureza. 
Embora seja difícil alcançar uma completa ausência de preconceitos ou valores pessoais, a 
ciência é baseada em um método de investigação que visa minimizar esses efeitos. Esse 
método inclui a observação sistemática, a experimentação e a análise crítica, que permitem 
que os cientistas obtenham informações sobre a natureza de forma objetiva e sistemática. 
No entanto, é importante notar que os cientistas são seres humanos e, portanto, estão sujeitos 
a terem suas próprias crenças, valores pessoais e perspectivas culturais, que podem influenciar 
a maneira como eles abordam e interpretam os dados. 
Assim, embora seja possível para um cientista tentar minimizar essas influências pessoais, é 
improvável que seja possível se livrar completamente delas. O importante é que os cientistas 
sejam conscientes dessas influências e trabalhem para minimizá-las por meio de um 
pensamento crítico e objetivo, a fim de chegar a uma compreensão mais completa e precisa 
dos fenômenos naturais. 
 
 
 
 
O que é ciência? por Francis Bacon e René Descartes 
 
Os filósofos Francis Bacon e René Descartes contribuíram de maneiras diferentes para a 
compreensão do que é a ciência. 
Francis Bacon, em sua obra "Novum Organum" (1620), propôs uma nova abordagem para a 
ciência que enfatizava a observação empírica e a experimentação. Ele argumentava que a 
ciência deveria partir de hipóteses baseadas em observações e experimentos, e que essas 
hipóteses deveriam ser testadas por meio de novas observações e experimentos. Essa 
abordagem foi conhecida como o método indutivo. 
De acordo com Bacon, a ciência deveria se concentrar em descobrir as leis da natureza por 
meio de observação sistemática e experimentação. Ele argumentava que a ciência deveria ser 
prática e ter aplicação prática, buscando soluções para os problemas do mundo natural. 
Já René Descartes propôs uma abordagem diferente para a ciência. Em sua obra "Discurso do 
Método" (1637), ele argumentou que a ciência deveria ser baseada na razão e na lógica. Ele 
acreditava que a natureza era governada por leis universaise que essas leis poderiam ser 
descobertas por meio do pensamento lógico e dedutivo. Ele propôs que o método científico 
deveria começar com a dúvida metódica, questionando tudo o que se sabe e partindo do zero 
para chegar a conclusões inabaláveis. 
Assim, enquanto Bacon enfatizava a observação empírica e a experimentação como base da 
ciência, Descartes enfatizava a razão e a lógica. Ambos acreditavam que a ciência deveria 
buscar explicar os fenômenos naturais por meio de leis universais, e que a ciência deveria ter 
aplicação prática. 
 
É possível um cientista sem Ídolo? por Francis Bacon e René Descartes 
Tanto Bacon quanto Descartes argumentavam que os cientistas deveriam buscar se libertar de 
certos preconceitos e dogmas que poderiam obscurecer a compreensão objetiva da natureza. 
Francis Bacon, em particular, argumentava que os ídolos (ou "idols") da mente eram uma das 
principais barreiras para a compreensão da natureza. Segundo Bacon, os ídolos eram crenças 
preconcebidas que as pessoas tendiam a ter, resultantes de vários fatores, como a linguagem, a 
educação, as tradições culturais e as limitações perceptuais. Esses ídolos poderiam levar as 
pessoas a ver o mundo de forma distorcida e a tirar conclusões errôneas. 
Por sua vez, René Descartes defendia a importância da dúvida metódica para a ciência, 
argumentando que os cientistas deveriam questionar tudo o que sabiam e partir do zero para 
chegar a conclusões objetivas. Ele acreditava que as crenças não verificadas e as tradições 
herdadas poderiam obscurecer a verdadeira compreensão da natureza, e que somente a razão 
e a lógica poderiam levar à verdadeira compreensão dos fenômenos naturais. 
Assim, Bacon e Descartes enfatizavam a importância de se libertar de preconceitos e dogmas 
na busca pela compreensão da natureza. Isso não significa que os cientistas não possam ter 
crenças ou valores pessoais, mas sim que devem estar cientes de como essas crenças e valores 
podem afetar sua compreensão dos fenômenos naturais e buscar minimizar esses efeitos por 
meio de um pensamento crítico e objetivo.

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