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1 RISCO DE CONTRAPARTE CPA-20 Risco de contraparte Olá, meus queridos alunos. Vamos falar sobre mais um risco, dessa vez o de contraparte. Lembrando: risco é possibilidade de ter retorno diferente do esperado, ok? Quando eu tenho um retorno diferente, por culpa de outra parte, é onde estará o nosso foco agora. Muita gente, inclusive, associa risco de contraparte com risco de crédito, calote. São coisas diferentes. Presta atenção! No risco de contraparte também pode existir o calote, mas ele não se resume somente a isso. Tá confuso? Vou trazer um exemplo, então: Duas pessoas negociam uma debênture (emitido por empresa). O João, com o dinheiro, terá a obrigação de comprar o título em data futura já pré-determinada (liquidação financeira) do Marcos. Ele, por sua vez, terá que entregar (liquidação física) a debênture na mesma data. Está claro que ambos possuem obrigações, certo? O risco da contraparte irá ocorrer quando umas dessas pessoas não honrar na data final com o acordado desde o início. Mais claro agora, né? Obviamente, que existem empresas, as chamadas clearings houses (antiga Cetip - para títulos privados -, agora B3 – Brasil, Bolsa, Balcão), responsáveis pela intermediação e exigindo garantias das partes para que a operação acima seja realizada. Vamos pra outro exemplo, cabeção! O banco dá um empréstimo para uma pessoa. O cidadão deixa de pagar uma prestação. O que ocorreu? Risco de contraparte. Você pode achar que foi risco de crédito no último caso. Mas por que não é? Porque o risco de crédito está associado a falência do emissor. Nessa situação, não foi o emissor quem deixou de pagar uma única prestação de todo um contrato. Ah, e como o banco mitiga isso? Fazendo aquele seguro prestamista de sempre, né? Mas não é venda casada? Claro que não! Apenas reciprocidade.
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