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ARTIGO Fabio MUNIZ FERREIRA

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ANÁLISE DA AUDITORIA DENTRO DO SETOR PÚBLICO
 Fabio Muniz Ferreira
 Jadir Magno dos Montes 
RESUMO
O trabalho tem como foco geral observar que, a auditoria interna no setor público é juntada por um conjunto de procedimentos e normas, que apuram e analisam as irregularidades na gestão de recursos públicos, além de apresentar subsídios para a melhoria dos procedimentos administrativos. A fundamental utilização da auditoria interna no setor público tem aumentado, pois a sociedade brasileira vem brigando mais transparência quanto à utilização dos recursos públicos, que é obtida mais facilmente com o auxílio da auditoria. Então, por fim, que nos últimos anos uma combinação de força levou a uma silenciosa revolução na profissão. Onde o setor público se desenvolveu em direção a níveis mais elevados de transparência mostrando responsabilidade na utilização do dinheiro público, assim como na eficácia na prestação de serviços. 
Palavras-chave: auditoria interna, setor público.
 Aluno concludente do curso de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade Estácio de Sá 
 Professor Orientador do artigo da Universidade Estácio de Sá
1. INTRODUÇÃO
Faz-se necessário tratar deste tema pelo fato do mesmo promover a melhoria nos controles operacionais, uma vez que o auditor interno verifica se as normas internas estão adequadas à obtenção do fim esperado pela administração e promover, também, a melhoria na gestão dos recursos das grandes organizações, quando o auditor verifica se a aplicação desses está adequada, ou não. Sendo, por estas razões, utilizada como órgão de assessoria à administração.
O objetivo desta pesquisa está em conhecer a equivalência de interação da auditoria no setor público onde tem como finalidade, investigar a adequação, a legitimidade e eficácia dos controles internos, dos atos e das informações contábeis, operacionais, financeiras e físicas das unidades públicas.
Nos últimos anos, os órgãos públicos vêm apresentando melhoria no sistema de controle de gastos, principalmente nas áreas de fiscalização e auditorias, chegando-se à conclusão que o importante não é a forma nem o modelo, mas sim, efetivar o controle de gastos.
A produtividade da auditoria interna no setor público, tem crescido, pois a sociedade brasileira vem exigindo mais questionamentos quanto à aplicação dos recursos públicos, que é englobada mais facilmente com o auxílio da auditoria.
Normalmente, os órgãos públicos não gostam de ser fiscalizados, e este é um dos maiores problemas enfrentados com a auditoria, sendo assim, um meio de controle social. O auditor interno por sua vez pretende responder as expectativas dos gestores sobre os riscos internos da instituição, observando, aconselhando e esclarecendo os responsáveis envolvidos, possibilitando a implantação de novas ações corretivas e necessárias para o bom andamento dos negócios.
Enfim cabe realçar que a auditoria interna deve ser qualificada por ações que primem pela efetividade da gestão, agindo sempre de maneira eficaz, portanto vejo a necessidade da publicação deste respectivo arquivo, afim de atentar e dar conhecimento do referido tema.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
 2.1 HISTÓRIA DA AUDITORIA
A palavra Auditoria tem sua origem no latim, vem de "Audire", que significa ouvir. Segundo Sá, (2010) a auditoria teve seu início no século XVIII na Inglaterra, a partir da Revolução Industrial, no início do sistema capitalista e com o aparecimento das indústrias, visando investigar os investimentos provenientes do comércio . O país da Inglaterra foi quem mais trabalhou a auditoria, pois era a líder dos mares e controladora do comércio global, possuindo grandes companhias de comércio e instituía impostos sobre o lucro dessas empresas. 
Em decorrência da crescente histórica e consequente evolução das empresas, também, com o alto investimento no setor empresarial, ocorreram crescentes transações econômicas, constituindo complexidade na administração dos negócios, sendo necessário a observação dos registros e do nível de confiabilidade deles, para garantir a boa estabilidade econômica e financeira das empresas. Isso deveria ocorrer de forma independente, por pessoa diversa da que elaborou a informação e que tivesse domínio de como fazer.
No Brasil, a auditoria teve influência de subsidiárias e filiais de empresas estrangeiras e também do crescimento das empresas nacionais. A atividade se concretizou no Brasil, dentre outros fatores mais a frente especificados, devido à fundação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a publicação da Lei das Sociedades Anônimas, que ordenou as companhias de capital aberto a serem auditadas por auditores independentes, registrados na comissão. O fato de a empresa não ser obrigada a ser auditada não impede que seja contratada empresa de auditoria para analisar e validar as informações, passando maior detalhamento e transparência aos interessados em informações da empresa.
 Dentre os fatores que impulsionaram o surgimento e a consolidação do mercado de auditoria no Brasil estão:
- a instalação de filiais e subsidiarias de empresas estrangeiras;
- necessidades de financiamentos de empresas brasileiras através de entidades internacionais;
- crescimento dos negócios (necessidade de capital de giro e investimentos fixos), descentralização e diversificação de  atividades econômicas;
- evolução do mercado de capitais;
- criação das normas de auditoria para instituições financeiras, determinadas pelo Banco Central do Brasil; 
- criação da CVM - Comissão de Valores Mobiliários
- promulgação da Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404) em 1976.
Por isso, as práticas de Auditoria e ensino acadêmico se consolidaram no país, de forma a alcançar seu objetivo: manifestar a respeito da adequação das demonstrações contábeis publicadas, no que diz respeito aos seus contextos mais relevantes.
Dentro do ambiente acadêmico, a disciplina auditoria, inicialmente denominada Revisão e Perícia Contábil, foi implementada nos currículos dos Cursos Superiores de Ciências Contábeis, a partir de 1945, reconhecendo o objetivo de transmitir aos alunos uma atividade que o mercado vinha utilizando, há bastante tempo, de forma tímida e não regulamentada.
2.2 CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DE AUDITORIA.
A auditoria trabalha sobre dados de informações já prontas como processo de enfrentar a situação encontrada e o que realmente deveria ocorrer, diminuindo os erros e assegurando que os registros estejam corretos, proporcionando credibilidade as informações. 
Os processos de auditoria são realizados para verificar se os registros contábeis foram executados corretamente, e os relatórios refletem a real situação econômica e financeira da empresa.
Conceitua Franco e Marra (2001, p. 28), que 
A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionados com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes.
Então, a auditoria guia a administração no aperfeiçoamento dos processos internos, dando crescimento, visibilidade e continuidade dos negócios, com informações fidedignas e em tempo real para tomada de decisões, resguardando os direitos de pessoas vinculadas as empresas, evitando situações favoráveis a erros e fraudes causadas por colaboradores internos. 
A auditoria tem como objetivo relatar o processo sobre as demonstrações feitas pelos órgãos públicos e empresas, no qual o auditor se certifica da veracidade por meio de provas, afirmando a efetividade dos registros. (CREPALDI, 2002). 
Assim, a auditoria assegura que as informações financeiras e patrimoniais demonstradas conferem com a realidade, de acordo com os Princípios de Contabilidade, que são da Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo Valor Original, Competência e Prudência. 
Para Hoog e Carlin (2004, p. 49-50), a auditoria proporciona “credibilidade às informações divulgadas através dos balanços e demaispeças contábeis [...], fazendo com que os bens, direitos e obrigações estejam demonstrados e valorizados dentro das práticas contábeis.”
O objeto da auditoria é o patrimônio, com base em informações interna por meio de registro contábil e externa junto à confirmação de saldos, comprovados por meio de contas de terceiros e extratos bancários, oferecendo maior segurança às informações do que aquelas obtidas .
Deve-se afirmar ainda que o objeto é o conjunto de elementos de controle do patrimônio, formado por informações internas que “compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações. [...] informações obtidas fora da empresa, tais como as relativas à confirmação de contas de fornecedores, clientes e de saldos bancários.” (SANTOS, SCHMIDT e GOMES, 2006, p. 23). 
Há, também, que se ressaltar a diferença entre Auditoria Externa e Interna. A primeira tem por finalidade emitir pareceres sobre as demonstrações financeiras, e a segunda tem uma função mais aprofundada e relacionada à própria gestão empresarial, avaliando o processo de gestão, no que se refere aos seus diversos aspectos, tais como a governança corporativa, gestão de riscos e procedimentos de aderência às normas regulatórias, apontando eventuais desvios às normas e a vulnerabilidade às quais a organização está sujeita, prevenindo e encaminhando a administração da empresa rumo à obtenção e alcance das metas traçadas previamente. É uma ferramenta que proporciona rentabilidade e segurança às operações e que agrega valor ao negócio.
2.3 RAZÕES DA CONTRATAÇÃO DA AUDITORIA
A contratação dos serviços do auditor no setor público é importante para a confirmação dos registros por ele realizados e sua atuação interessa principalmente as seguintes pessoas e órgãos: 
· financiadores e fornecedores que desejam ver confirmada a possibilidade de liquidação de seus créditos; 
· poder público, quando se trata de empresas ou entidades de interesse coletivo que devem sofrer controles e fiscalização do Estado
· fisco, que tem na auditoria idônea uma colaboração útil para orientação dos contribuintes e para evitar sonegação de impostos; 
· Tribunal de contas da união , no qual tomam evidências dos gastos das entidades públicas 
· Empresas privadas que consultam dados e demonstrações financeiras para participarem de processos licitatórios.
A atuação do auditor transmite maior confiança a terceiros que têm algum tipo de relação com ela, como, por exemplo, para os investidores na aplicação de seu capital, para a administração no controle dos atos de seus funcionários, aos financiadores e fornecedores na garantia de pagamento de suas obrigações e ao fisco, informando que os lançamentos registrados conferem com a realidade e cumprem com as obrigações legais
2.4 TÉCNICAS DA AUDITORIA
Faz-se necessário que o auditor interno mantenha uma autonomia profissional ao desempenhar suas atividades, buscando o máximo possível manter certa independência dos departamentos do órgão público para que possa ter uma visão que não seja influenciada por fatores externos, agindo de forma ética nos processos de revisão e avaliação das políticas, procedimentos, normas, operações e registros. 
O auditor interno deve ser independente, não podendo deixar-se influenciar por fatores estranhos, por preconceito ou quaisquer outros elementos materiais ou afetivos que resultem em perda, efetiva ou aparente, de sua independência. OLIVEIRA E FILHO (2001, p.32).
 O trabalho do auditor interno se desenvolve no sentido de: a) entender o processo de construção da informação; b) verificar se a entidade age na legalidade, e se os sistemas estabelecidos atendem às políticas previamente estabelecidas pelos órgão públicos através de regulamentos; c) comprovar a existência real de ativos e identificar as formas de manutenção dos mesmos; d) verificar a eficiência na aplicação dos recursos; e) entender os planos pactuados e verificar se estão sendo executados de maneira coerente com o planejado; f) após a conclusão de determinado trabalho, verificar se foram respeitadas as recomendações.
É de responsabilidade da auditoria a elaboração e apresentação de relatórios a serem apresentados devendo constar no relatório, se estão sendo aplicadas as normas internas e a necessidade, ou não de alterar as normas em busca de melhores resultados. Também, a elaboração de relatório contábil, visando à percepção de erros e fraudes existentes, sendo nestes casos, visivelmente, uma ferramenta de gestão, que se tornará eficaz quando corretamente utilizada pelos responsáveis pela tomada de decisões. 
A Auditoria Interna, com o objetivo de atender as diversas necessidades do mercado, desenvolveu modalidades ou tipos de auditoria descritos abaixo: 
1. Auditoria Contábil e Financeira: Tem o objetivo de garantir a autenticidade das demonstrações financeiras, através da avaliação dos procedimentos e controles contábeis e respectiva aderência aos princípios contábeis geralmente aceitos. Percebe-se que o foco da auditoria contábil é emitir um parecer sobre a razoabilidade das demonstrações contábeis no que se refere à existência e propriedade dos bens, ocorrência das transações, abrangência das informações, avaliação dos ativos e passivos, realização de bens e apresentação, além da divulgação das informações.
1. Auditoria de Gestão : É a aplicação de procedimentos de auditoria onde o fator sistêmico assume uma importância secundária, ficando concentrada nos resultados obtidos em cada sistema.
Nesta linha de atuação, a ação da auditoria de gestão tem como enfoque preponderante as análises sobre fatores como custo/ benefício, riscos e processo decisório dos administradores. No setor Público a Auditoria de gestão nasce pela necessidade de enfrentar a crescente corrupção que envolve a burocracia dos governos contemporâneos, a auditoria de gestão pode orientar a realizar uma avaliação da economia e eficiência das entidades auditadas ou a avaliar a eficácia e efetividade dos programas específicos de governo, ou seja o objeto da auditoria de gestão pode ser uma instituição pública ou um programa em particular 
1. Auditoria Operacional: Visa minimizar custos e melhorar a eficiência dos sistemas operacionais, através da avaliação quanto a aderência aos objetivos traçados pela Direção da empresa e verificação dos controles e procedimentos aplicados, ou seja, se na execução das atividades empresariais as normas previamente estabelecidas pela empresa estão sendo cumpridas corretamente, tendo como fim, atingir as metas determinadas. 
1. Auditoria Fiscal: Esta ligada ao relacionamento entre o Fisco e o contribuinte. Visa à melhoria na aplicação da legislação fiscal, assegurando se os controles internos são eficientes, evitando-se possíveis contingências com passivos tributários, trabalhistas e previdenciários. 
1. Trabalhista: Visa prevenir erros, irregularidades e fraudes na área trabalhista, evitando punições do fisco e os problemas gerados por ações propostas tanto na Justiça do Trabalho quanto na Cível. Esta relacionada às causas proposta pelos empregados, visando minimizar os possíveis transtornos que possam ser sofridos pelos administrados nesse setor. 
1. Auditoria Operacional: O objetivo geral da auditoria operacional com o staff da administração é assessorar no desempenho de suas funções e responsabilidades, de acordo com o planejamento e com o programa de trabalho, avaliando se a organização, o departamento, as atividades, os sistemas, os controles, as funções ou as operações estão atingindo os objetivos da empresa ou da organização. A auditoria operacional caracteriza-se pela aplicação da avaliação operacional na empresa ou na organização em que é implantada. Cada empresa ou organização possui necessidades próprias e, sendo assim, é aplicado e desenvolvido um programa para a avaliação dos controles internos de acordo com os processos, a carteira de clientes e fornecedores, os projetos, as atividades segmentadas ou não, o sistema, os departamentos e as operações.
3. A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIAINTERNA NO SETOR PÚBLICO 
A auditoria pública tem responsabilidade social acima de tudo, porque como um recurso de domínio público pertence à comunidade, e como resultado da tributação das pessoas, o seu serviço ou obra pública deve beneficiar toda a sociedade.
O resultado de uma auditoria governamental deve orientar os diretores e aproveitar ao máximo seu trabalho em benefício da área auditada e demais departamentos. A partir daí a utilização do trabalho de auditoria depende dos gestores públicos, que precisam estar atentos aos resultados apontados pelos auditores e corrigir possíveis lacunas em sua gestão.
Os órgãos públicos alcançam mais facilmente esta transparência quando têm o auxílio da auditoria, pois, suas atividades servem como um meio de identificação de que todos os procedimentos internos, políticas definidas e a própria legislação estão sendo devidamente seguidos, e para constatação de que todos os dados registrados merecem a verdadeira confiança; então, pode-se dizer que a importância da auditoria interna se torna indispensável.
É constituído por um conjunto de procedimentos e técnicas, adequados para a revisão da regularidade, economia, eficiência, eficácia dos atos administrativos e factuais na prática da gestão do património público, e visa atingir os seguintes objetivos:
Comprovar a legalidade e legitimidade e avaliar os resultados, quanto à eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da administração direta e entidades supervisionadas da administração federal; observar o cumprimento dos princípios fundamentais de planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle, pelos órgãos e entidades; examinar a observância da legislação federal específica e normas relacionadas; Avaliar a execução dos programas de governo, dos contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos de mesma origem; Avaliar o desempenho administrativo e operacional das unidades da administração direta e entidades supervisionadas; Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos administradores ou gestores; Examinar e avaliar as transferências e a aplicação dos recursos orçamentários e financeiros das unidades da administração direta e entidades supervisionadas; e Verificar e avaliar os sistemas de informações e a utilização dos recursos computacionais das unidades da administração direta e entidades supervisionadas (ALVES; REIS, 2016, p. 2).
A auditoria na gestão pública visa avaliar por meio do processo e dos resultados da gestão, não só visa corrigir desperdícios, impropriedades, negligências e omissões, mas também, principalmente, como medida preventiva de previsão desses eventos. A auditoria avalia inclusive os controles internos que possam existir no objeto auditado para verificar seu escopo e eficácia.
3.1 CONTROLE INTERNO E CONTABILIDADE: INSTRUMENTO DE AUDITORIA INTERNA 
O controle interno é um importante instrumento da auditoria interna, sendo fundamental para a execução do trabalho do auditor o seu nível de credibilidade, pois todo o enfoque e natureza da auditoria a ser efetuada dependerão desta confiança no controle interno, podendo ser utilizada uma amostragem ao invés de uma auditoria completa. Deste modo, primeiramente, deverá ser realizada uma avaliação aprofundada do sistema de controle, para fixar a extensão da auditoria a ser aplicada. 
Neste momento, é recomendável que se faça sugestões para abolir as possíveis deficiências do controle, para posteriormente utilizá-lo com maior confiabilidade. Um sistema de controle interno satisfatório, de um órgão ou entidade pública, aumenta a certeza do auditor quanto à precisão dos registros e veracidade de outros documentos e informações, tornando-se um grande instrumento para a realização da auditoria interna. E a colaboradora deste grande instrumento é a contabilidade, pois ela propicia condições para a existência do controle interno através dos registros de todas as ocorrências de forma correta, completa e apurada.
 A contabilidade também não deixa de ser uma saudável fiscalizadora, uma vez que o registro contábil é a última etapa das transações realizadas nos órgãos públicos. Deste modo, o controle interno e a contabilidade caminham juntos contribuindo diretamente com a auditoria interna.
Attie (1998, p.111) afirma que: “O controle interno compreende todos os meios planejados numa empresa para dirigir, restringir e governar suas várias atividades com o propósito de fazer cumprir os seus objetivos”.
Podemos observar de uma forma bastante genérica que o controle interno envolve todos os processos e rotinas de natureza contábil e administrativa, com a ideia de organizar a empresa de tal forma que seus colaboradores compreendam, respeitem e façam cumprir as políticas traçadas pela administração.
Se os controles internos forem considerados falhos, o auditor deve procurar aplicar procedimentos que julgar necessários, a fim de levantar dados suficientes para fundamentar seus trabalhos.
 3.2 RISCOS DA AUDITORIA INTERNA
 
A Auditoria Interna é realizada com o objetivo de examinar as informações geradas pela empresa, verificar se os mecanismos de Controle Interno estão funcionando de forma correta e auxiliar os gestores no cumprimento de suas responsabilidades. Entretanto, podem surgir alguns riscos no decorrer de uma auditoria, ou seja, os relatórios emitidos pelo auditor podem conter erros ou irregularidades que não foram detectados no processo de auditoria. 
De acordo com Franco e Marra (1992, p. 248): 
 1. O erro ou irregularidade ocorreu nos registros ou nas demonstrações contábeis, dando origem ao chamado risco inerente ou implícito. 
2. O erro ou irregularidade não foi detectado pelo sistema de controle interno da entidade auditada, gerando o chamado risco de controle. 
3. Ao aplicar os procedimentos de auditoria, o auditor também não detecta os erros, advindo daí, o chamado risco de detecção.
Segundo os autores a auditoria em seus trabalhos está passível a erros ou irregularidades, sendo que existem possibilidades dos auditores no momento dos exames, não detectarem erros ou fraudes. 
Os riscos da Auditoria Interna devem estar evidenciados na fase no planejamento, de forma a buscar procedimentos mais específicos e exames mais efetivos e eficientes para detectá-los. 
Entretanto, tem que se ter atenção, pois o risco da auditoria pode se manifestar de formas diferentes durante o processo de auditoria, bem como varia de uma auditoria para outra.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do presente estudo, demonstrou-se que a Auditoria Interna é de extrema importância na Administração Pública, considerando-se a relevância de seus objetivos voltados para a avaliação da ação governamental no que diz respeito ao cumprimento de metas, execução de orçamentos e administração do dinheiro público, avaliando a gestão dos administradores públicos nos diversos aspectos, tanto economicidade, quanto eficiência e eficácia. 
Também foi constatada a importância do Controle Interno em conjunto com as normas e procedimentos, destacando a separação de funções, para que sejam evitados os desvios de funções e o mau uso do dinheiro público. 
O Auditor Interno desempenha um importante papel na Administração Pública, principalmente, pela função de orientação e vigilância em relação às ações dos administradores, visando assegurar eficiente arrecadação das receitas e adequado emprego dos recursos públicos. 
O gestor público brasileiro, em sua maioria, tem certa dificuldade de aceitar o controle, pois ainda o ver como um “espião” e não como um aliado. Porém, sabe-se que é necessário controlar o que se faz para que assim possam ser corrigidas as possíveis distorções.
Conclui-se que é de suma importância para o setor privado e ainda mais para o setor público, onde os administradores não são os “donos” dos recursos administrados, mas apenas administram recursos pertencentes ao povo, fazendo necessário ainda mais cuidado no exercício das funções e uma maior verificação dessas.REFERÊNCIAS:
Attie, Willian. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 1998.
Almeida, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. São Paulo: Atlas, 1996.
CONAB, Manual de Auditoria Interna, 2000. Disponível em:http://www.conab.gov.br/downloads/regulamentos/ManualdeAuditoriaInterna.pdf Acesso: 05/09/2022
ATTIE, Willian. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992.
COOK, John W. & WINKLE. Gary M. Auditoria; filosofia e técnica. São Paulo, Saraiva, 1976.
GIL, Antonio de Loureiro. Auditoria Operacional e de gestão. São Paulo: Atlas, 1995.
LEONARD, William. The management audit. Methods and performance. New Jersey: Prentice Hal Inc. 1995.
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
REGO, Fernando Cunha. A natureza da auditoria interna e as questões subjacentes à extensão do seu âmbito. Revista de Auditoria Interna, nº 6, Jan-Março, 2001.
PEREZ JUNIOR, José Hernandes. Auditoria de Demonstrações Contábeis: Normas e Procedimentos. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2004.
SÁ, Antonio L. de. Curso de Auditoria. 10. ed. São Paulo Atlas, 2010.
MOREIRA, ALEZIANDRA. A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA AS ORGANIZAÇÕES: IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA. [S. l.], 24 mar. 2018. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/auditoria-interna. Acesso em: 15 set. 2022.
SILVA, MICHELLE. AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES: UMA ANÁLISE DE PERCEPÇÕES DE PROFISSIONAIS DE UMA EMPRESA NO INTERIOR DE GOIÁS: verificar as percepções de profissionais da auditoria interna sobre as atividades executadas, elencar os principais benefícios segundo a percepção da amostragem participante do estudo, e analisar a contribuição da auditoria interna para o alcance da eficiência e eficácia organizacional.. Http://www.brasilescola.com., 17 ago. 2017. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/auditoria-interna-nas-organizacoes-uma-analise-percepcoes-profissionais-empresa-interior-goias.htm. Acesso em: 16 set. 2022.
NASCIMENTO, JULIANA. AUDITORIA INTERNA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS ORGANIZAÇÕES. [S. l.], 2018. Disponível em: https://jaru.fimca.com.br/gerenciador/data/uploads/2022/01/AUDITORIA-INTERNA-E-SUA-IMPORTANCIA-PARA-AS-ORGANIZACOES-2018.pdf. Acesso em: 14 set. 2022
Gonçalves , W. R., Lasmar Alvarenga, M. I., & Nogueira, J. M. (2009). MANUAL DE AUDITORIA INTERNA. Conab, BRASÍLIA.

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