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PROVA COMENTADA DO CONCURSO DO DETRAN-SP 2019 - LÍNGUA PORTUGUESA

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Prévia do material em texto

CARGO: Agente Estadual de Trânsito 
ANO: 2019 
ÓRGÃO: DETRAN/SP 
INSTITUIÇÃO: FCC 
NÍVEL: Superior 
 
CONHECIMENTOS GERAIS 
Língua Portuguesa 
Atenção: Para responder às questões de números 1 a 5, baseie-se no texto 
abaixo. 
O paradoxo da promessa 
Em que circunstâncias alguém se exalta e defende com ardor uma 
opinião? “Ninguém sustenta fervorosamente que 7 x 8 = 56, pois se pode 
demonstrar que isso é uma verdade”, observa Bertrand Russel. O ânimo 
persuasivo só recrudesce e lança mão das artes e artimanhas da retórica 
apaixonada quando se trata de incutir opiniões que são duvidosas ou 
demonstravelmente falsas. 
O mesmo vale para o ato de prometer alguma coisa. O simples fato de 
que uma promessa precisa ser feita com toda a ênfase indica a existência de 
dúvida quanto à sua concretização. Só prometemos acerca do que exige um 
esforço extra da vontade. E quanto mais solene ou enfática a promessa – “Te 
juro, meu amor, agora é pra valer!” – mais duvidosa ela é: protesting too much 
(‘proclamar excessivo’), como dizem os ingleses. “Só os deuses podem 
prometer, porque são imortais”, adverte o poeta. 
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 26) 
 
1. Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às normas 
de concordância na frase: 
(A) Quando alguém enuncia verdades incontestáveis não precisam lançar mão 
de qualquer esforço para prová-las. 
(B) Mesmo nas declarações de amor podem haver promessas que, por conta de 
sua ênfase, não se poderá cumprir. 
(C) Não são em todas as circunstâncias que a gente é capaz de defender as 
opiniões que emitem com segurança. 
(D) As artes e as artimanhas que sejam propagadas com ênfase podem indicar 
a insegurança de quem delas se vale. 
 
 
(E) São paradoxais as promessas feitas com tanta ênfase, que parece apontar, 
de fato, para sua fragilidade 
COMENTÁRIO: 
A voz passiva é um tipo de construção verbal em que o objeto direto da 
frase torna-se o sujeito da oração, e o verbo é conjugado de forma passiva, 
indicando que a ação é recebida pelo sujeito. Em outras palavras, na voz 
passiva, o foco está no objeto que recebe a ação, e não na pessoa ou coisa 
que executa a ação. 
Na língua portuguesa, a voz passiva é formada por um verbo auxiliar "ser" 
ou "estar" no tempo verbal adequado, seguido do particípio passado do 
verbo principal. Por exemplo, na frase "A casa foi construída pelo 
arquiteto", o verbo "construída" está no particípio passado e concorda com 
o sujeito "casa", que recebe a ação, indicando que a ação foi feita pelo 
agente "arquiteto". 
A voz passiva é muito utilizada em textos acadêmicos e científicos, e 
também pode ser encontrada em jornais, revistas e literatura. É importante 
destacar que nem todas as frases podem ser transformadas em voz 
passiva e que, em alguns casos, a voz passiva pode prejudicar a clareza e 
a precisão do texto. 
Explicando cada alternativa: 
a) Nesta alternativa, o verbo "precisam" está no plural, enquanto o sujeito 
"alguém" está no singular. A forma correta seria: "Quando alguém enuncia 
verdades incontestáveis, não precisa lançar mão de qualquer esforço para 
prová-las." Além disso, não há ocorrência de voz passiva nesta frase, pois 
não há a inversão da ordem sujeito-verbo-objeto que caracteriza a voz 
passiva. A frase está na voz ativa, em que o sujeito realiza a ação expressa 
pelo verbo. Na frase "Quando alguém enuncia verdades incontestáveis, 
não precisa lançar mão de qualquer esforço para prová-las", o sujeito 
"alguém" está realizando a ação de "enunciar verdades incontestáveis", 
enquanto o verbo "precisa" concorda com o sujeito no singular. Não há 
uma construção em que o objeto direto se torne o sujeito da frase, o que é 
característico da voz passiva. 
b) Nesta alternativa, o verbo "haver" está no singular, enquanto o sujeito 
"promessas" está no plural. A forma correta seria: "Mesmo nas 
declarações de amor podem haver promessas que, por conta de sua 
ênfase, não se poderão cumprir". Nesta frase, não há ocorrência de voz 
passiva, pois o sujeito "promessas" ainda é o responsável pela ação 
expressa pelo verbo. 
c) Nesta alternativa, o verbo "emitem" concorda com o sujeito "opiniões" 
no plural. A forma correta seria: "Não são em todas as circunstâncias que 
a gente é capaz de defender as opiniões que emite com segurança". Nesta 
frase, também não há ocorrência de voz passiva. 
 
 
d) Nesta alternativa, o verbo "sejam propagadas" está no subjuntivo, mas 
mesmo assim é possível identificar a ocorrência de voz passiva, pois o 
objeto direto "as artes e as artimanhas" se tornou o sujeito da frase. A 
forma ativa correspondente seria: "Quem delas se vale pode propagar as 
artes e as artimanhas com ênfase, o que indica sua insegurança". A voz 
passiva é utilizada aqui para destacar a ação de propagar as artes e as 
artimanhas, que é mais importante do que quem as está propagando. 
e) Nesta alternativa, o verbo "parece" concorda com o sujeito "ênfase" no 
singular. A forma correta seria: "São paradoxais as promessas feitas com 
tanta ênfase, que parecem apontar, de fato, para sua fragilidade". Nesta 
frase, não há ocorrência de voz passiva. 
RESPOSTA: d. 
 
2. É adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: 
(A) A frase que a tradução está entre parênteses expressa uma denúncia para 
os excessos do amor. 
(B) A sinceridade é um sentimento em que não cabe exagero, nada conspira 
contra sua força. 
(C) As promessas de que não cumprimos são aquelas à quem emprestamos a 
maior ênfase. 
(D) A ênfase com cuja ele se exprime não faz ninguém confiar nada ao que ele 
diga. 
(E) A frase de Bertrand Russel na qual o autor se refere é uma verdade onde 
ninguém duvida. 
COMENTÁRIO: 
A alternativa B é a correta, pois o termo "em que" é adequado para indicar 
a ideia de lugar em que algo está contido, que é o caso da sinceridade que 
está contida em um sentimento. Já o termo "nada conspira contra sua 
força" utiliza a preposição "contra" para indicar a oposição ou 
contrariedade de algo em relação a outra coisa. 
Na alternativa A, o termo "que a" não é adequado, pois a preposição "a" 
não estabelece uma relação de complemento do verbo "expressa", nem de 
objeto direto ou objeto indireto da oração. O uso adequado seria 
simplesmente "A frase, cuja tradução está entre parênteses, expressa uma 
denúncia para os excessos do amor". 
Na alternativa C, o termo "à quem" não é adequado, pois o pronome relativo 
"quem" não é precedido pela preposição "a" quando é utilizado para 
indicar objeto indireto. O uso adequado seria "As promessas que não 
cumprimos são aquelas a quem emprestamos a maior ênfase". 
 
 
Na alternativa D, o termo "com cuja" não é adequado, pois a preposição 
"com" não estabelece uma relação adequada com o pronome relativo 
"cuja". O uso adequado seria "A ênfase com que ele se exprime não faz 
ninguém confiar nada no que ele diz". 
Na alternativa E, o termo "onde" não é adequado, pois não se refere a um 
lugar físico, mas sim a uma afirmação ou proposição. O uso adequado seria 
"A frase de Bertrand Russel à qual o autor se refere é uma verdade na qual 
ninguém duvida". 
RESPOSTA: b. 
 
3. Deve-se entender, segundo a fundamentação apresentada no texto, que uma 
promessa 
(A) vale muitas vezes mais do que uma opinião que não possa ser comprovada. 
(B) produz seus efeitos toda vez que formulada com recursos de uma retórica 
vibrante. 
(C) terá cumprimento à medida que seu sujeito tenha vontade de cumpri-la. 
(D) costuma indicar não o seu cumprimento, mas a dificuldade de efetivação 
dele. 
(E) é por vezes tão frágil em si mesma que os próprios deuses não têm como 
cumpri-la. 
COMENTÁRIO: 
De acordo com a fundamentação apresentada no texto, a alternativa correta 
é a letra D, que afirma que uma promessa costuma indicar não o seu 
cumprimento, mas a dificuldadede efetivação dele. Isso porque, como o 
texto discute, as promessas muitas vezes são feitas com uma ênfase 
exagerada, que pode esconder a insegurança do promissor em relação à 
sua capacidade de cumprir o que prometeu. Além disso, as promessas 
podem ser influenciadas por fatores externos, como circunstâncias 
imprevisíveis, que podem tornar difícil ou impossível cumpri-las, mesmo 
que a pessoa que fez a promessa tenha a intenção sincera de fazê-lo. 
Portanto, o cumprimento de uma promessa nem sempre é garantido, e a 
promessa em si pode ser vista como indicativa da dificuldade em efetivá-
la. 
RESPOSTA: d. 
 
4. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um 
segmento do texto em: 
(A) dúvida quanto à sua concretização (2o parágrafo) = projeção da fé em sua 
efetividade. 
 
 
(B) quanto mais solene ou enfática (2o parágrafo) = tanto mais sincera quanto 
consciente. 
(C) se exalta e defende com ardor (1o parágrafo) = arrebata-se e sustenta com 
paixão. 
(D) ânimo persuasivo só recrudesce (1o parágrafo) = intenção retórica só se 
arrefece. 
(E) lança mão das artes e artimanhas (1o parágrafo) = exclui a força artesanal 
convincente. 
COMENTÁRIO: 
(A) dúvida quanto à sua concretização (2o parágrafo) = projeção da fé em 
sua efetividade. - Errada. A dúvida não se relaciona com fé, mas sim com a 
possibilidade real de cumprir uma promessa. 
(B) quanto mais solene ou enfática (2o parágrafo) = tanto mais sincera 
quanto consciente. - Errada. A solenidade e a ênfase não garantem a 
sinceridade ou a consciência de quem faz a promessa. 
(C) se exalta e defende com ardor (1o parágrafo) = arrebata-se e sustenta 
com paixão. - Correta. A expressão "se exalta e defende com ardor" 
significa que a pessoa se envolve emocionalmente com a promessa e a 
defende com paixão. 
(D) ânimo persuasivo só recrudesce (1o parágrafo) = intenção retórica só 
se arrefece. - Errada. O ânimo persuasivo pode aumentar ou diminuir 
dependendo da intenção e das circunstâncias. 
(E) lança mão das artes e artimanhas (1o parágrafo) = exclui a força 
artesanal convincente. - Errada. A expressão "lança mão das artes e 
artimanhas" se refere ao uso de recursos persuasivos para convencer o 
destinatário da promessa, não à exclusão de outras formas de persuasão. 
RESPOSTA: c. 
 
5. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
(A) Até mesmo as promessas de amor soam tão mais duvidosas quanto maior a 
ênfase com que se fazem. 
(B) Não cabem aos humanos tentar prometer tudo aquilo com que só os deuses 
se podem encarregar. 
(C) Têm muitas pessoas que creem poder ter uma promessa qualquer garantia 
de que venha a cumpri-la. 
(D) São justamente aqueles que mais prometem quem menos cumprem o que 
prometeram com ânimo tão susceptível. 
 
 
(E) Ainda quando se ponham em promessas todo o ardor, visto que nem assim 
mesmo se possam garanti-las. 
COMENTÁRIO: 
a) Essa alternativa está correta. O autor do texto afirma que quanto mais 
solene ou enfática a promessa, mais duvidosa ela é. Ele cita o exemplo de 
“Te juro, meu amor, agora é pra valer!”, que é uma promessa de amor feita 
de forma solene e enfática, mas que pode ser interpretada como duvidosa 
por conta da ênfase que foi colocada nela. 
b) Essa alternativa está incorreta. O autor do texto não faz essa afirmação 
em nenhum momento. Ele apenas cita um verso de um poeta que diz que 
só os deuses podem prometer, porque são imortais, mas essa afirmação é 
feita para ilustrar a ideia de que as promessas humanas são sempre 
duvidosas. 
c) Essa alternativa está incorreta. O autor do texto não fala sobre pessoas 
que creem ter garantias de cumprir uma promessa. Pelo contrário, ele 
afirma que o simples fato de uma promessa precisar ser feita com toda a 
ênfase indica a existência de dúvida quanto à sua concretização. 
d) Essa alternativa está incorreta. O autor do texto não faz essa afirmação. 
Ele apenas afirma que as promessas são duvidosas e que o ânimo 
persuasivo só recrudesce quando se trata de incutir opiniões que são 
duvidosas ou demonstravelmente falsas. 
e) Incorreta. Apresenta algumas imprecisões em relação ao texto original e 
não transmite adequadamente o seu sentido. O texto fala sobre como a 
ênfase excessiva em uma promessa pode indicar uma falta de confiança 
em sua concretização, mas a letra E afirma que mesmo com toda a ênfase 
em uma promessa, ela não pode ser garantida. Essa afirmação não é 
totalmente precisa, já que algumas promessas podem ser cumpridas com 
êxito, mas a ênfase excessiva pode indicar que há dúvidas sobre sua 
concretização. Portanto, a letra E não é a melhor opção para resumir o 
sentido do texto. 
RESPOSTA: a. 
 
Atenção: Para responder às questões de números 6 a 8, baseie-se no texto 
abaixo. 
Da alegria 
Fico comovido toda vez que ouço o finalzinho da música que Chico 
Buarque escreveu para a filha recém-nascida, dizendo o seu melhor desejo: “... 
e que você seja da alegria sempre uma aprendiz...” 
Haverá coisa maior que se possa desejar? Acho que não. E penso que 
Beethoven concordaria: ao final de sua maior obra, a Nona Sinfonia, o que o 
 
 
coral canta são versos da “Ode à alegria” de Schiller. Já o filósofo Nietzsche não 
se envergonhava de tratar desse assunto de tão pouca respeitabilidade 
acadêmica (em nossas escolas a alegria não é tópico de nenhum currículo), ele 
dizia que o nosso único pecado original é a falta de alegria. 
(Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: 
Paulus, 1990, p. 41) 
 
6. Ele não se envergonhava de tratar desse assunto tão desprestigiado. 
Uma nova e aceitável redação da frase acima, em que se mantenham sua 
correção e seu sentido básico, será: 
(A) Nunca se mostrava intimidado pelo fato de desprestigiar esse assunto. 
(B) Ao se redimir de um assunto cujo prestígio era pouco, nem por isso se 
embaraçava. 
(C) Sendo tão depreciado esse assunto, nem por isso se envergonhava ao tratar 
dele. 
(D) Ainda que fosse um assunto controverso, ele não se envergonharia de tratá-
lo. 
(E) Em que pese envergonhar-se, ele chegou a tratar desse assunto sem 
interesse. 
COMENTÁRIO: 
(A) "Nunca se mostrava intimidado pelo fato de desprestigiar esse 
assunto": essa alternativa altera o sentido da frase original, que indica que 
o assunto é desprestigiado pela sociedade, não pela pessoa em questão. 
Além disso, a frase proposta soa um pouco estranha, pois não é comum 
usar a palavra "intimidar" em relação a assuntos. 
(B) "Ao se redimir de um assunto cujo prestígio era pouco, nem por isso 
se embaraçava": essa alternativa também altera o sentido original da frase. 
A ideia de "redimir" implica que a pessoa em questão fez algo errado em 
relação ao assunto, o que não é o caso na frase original. 
(C) "Sendo tão depreciado esse assunto, nem por isso se envergonhava ao 
tratar dele": essa opção mantém o sentido original da frase e utiliza uma 
construção gramatical correta. Sendo assim, é a alternativa correta. No 
entanto, a expressão "sendo tão depreciado" soa um pouco estranha, e 
talvez fosse mais natural usar "sendo um assunto tão desprestigiado" ou 
algo semelhante. 
(D) "Ainda que fosse um assunto controverso, ele não se envergonharia de 
tratá-lo": essa alternativa altera ligeiramente o sentido da frase original, 
pois acrescenta a ideia de que o assunto é controverso. No entanto, a 
 
 
construção gramatical é correta e a frase mantém a ideia de que a pessoa 
não se envergonha de tratar de um assunto que é malvisto pela sociedade. 
(E) "Em que pese envergonhar-se, ele chegou a tratar desse assunto sem 
interesse": essa alternativa altera significativamente o sentido da frase 
original, pois acrescenta a ideia de que a pessoa se envergonha de tratar 
do assunto. Além disso, a expressão "sem interesse" não faz sentido na 
frase original, que não menciona nada sobre a motivação da pessoa em 
questão. 
RESPOSTA:c. 
 
7. No período E penso que Beethoven concordaria, a oração sublinhada exerce 
a mesma função sintática que a oração grifada em: 
(A) O compositor não previu que faria tanto sucesso. 
(B) Seria preferível que você continuasse a compor. 
(C) Escreveria sobre a alegria se fosse capaz. 
(D) Mesmo que tente, não consigo ser alegre. 
(E) Eles resolveram se unir para compor uma grande sinfonia. 
COMENTÁRIO: 
(A) O compositor não previu "que faria tanto sucesso". - Nesse caso, a 
oração entre aspas é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, 
pois funciona como objeto direto do verbo "previu". Já na oração do 
período dado, "que Beethoven concordaria" é uma oração subordinada 
substantiva objetiva direta, pois funciona como objeto direto de "penso". 
(B) Seria preferível "que você continuasse a compor". - Assim como na 
alternativa A, a oração entre aspas é uma oração subordinada substantiva 
objetiva direta, pois funciona como objeto direto do verbo "preferível". Já 
na oração do período dado, "que Beethoven concordaria" é uma oração 
subordinada substantiva objetiva direta, pois funciona como objeto direto 
de "penso". 
(C) Escreveria sobre a alegria "se fosse capaz". - Nesse caso, a oração 
entre aspas é uma oração subordinada adverbial condicional, pois 
expressa uma condição para a ação do verbo "escreveria". Já na oração 
do período dado, "que Beethoven concordaria" é uma oração subordinada 
substantiva objetiva direta, pois funciona como objeto direto de "penso". 
(D) "Mesmo que tente", não consigo ser alegre. - Nesse caso, a oração entre 
aspas é uma oração subordinada adverbial concessiva, pois expressa uma 
concessão em relação à ação principal do verbo "consigo". Já na oração 
do período dado, "que Beethoven concordaria" é uma oração subordinada 
substantiva objetiva direta, pois funciona como objeto direto de "penso". 
 
 
(E) Eles resolveram se unir "para compor uma grande sinfonia". - Nesse 
caso, a oração entre aspas é uma oração subordinada adverbial final, pois 
expressa a finalidade da ação principal do verbo "resolveram se unir". Já 
na oração do período dado, "que Beethoven concordaria" é uma oração 
subordinada substantiva objetiva direta, pois funciona como objeto direto 
de "penso". 
RESPOSTA: a. 
 
8. Ao valorizar o sentimento da alegria, o autor do texto lembra que 
(A) a “Ode à alegria”, de Schiller, foi uma obra cujo sentido Beethoven acabou 
por contestar em sua Nona Sinfonia. 
(B) as considerações teóricas que o ensino superior já teceu sobre esse tema 
estão há muito sendo negligenciadas. 
(C) o fato de ela ser um tópico de currículo escolar não a torna mais importante 
do que quando expressa por Beethoven. 
(D) ela nunca foi prestigiada como um tema a ser seriamente considerado em 
qualquer programa escolar. 
(E) Beethoven e Nietzsche manifestaram posições inteiramente controversas 
sobre esse polêmico sentimento. 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D é a correta, pois o texto destaca a importância de valorizar 
o sentimento da alegria, indicando que ela nem sempre foi considerada um 
tema relevante no currículo escolar. O autor afirma que a alegria é muitas 
vezes vista como um sentimento superficial ou banal, mas que ela é na 
verdade um elemento essencial para o bem-estar humano. Ele argumenta 
que a alegria pode ser encontrada nas coisas simples da vida, como na 
natureza, na música ou nas relações interpessoais, e que ela deve ser 
valorizada como um sentimento fundamental para a saúde emocional. 
Dessa forma, a alternativa D está correta ao afirmar que a alegria nunca foi 
prestigiada como um tema a ser seriamente considerado em qualquer 
programa escolar. O texto não faz referência à obra "Ode à alegria" de 
Schiller, como na alternativa A, nem às considerações teóricas do ensino 
superior, como na alternativa B. Além disso, o texto não menciona 
nenhuma posição de Beethoven ou Nietzsche em relação ao sentimento da 
alegria, tornando a alternativa E incorreta. 
RESPOSTA: d.

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