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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO EMPREENDEDORISMO: ASPECTOS RELEVANTES NO CONTEXTO DA PANDEMIA POR COVID-19 NO BRASIL ANDRÉ DA CONCEIÇÃO GLÓRIA RESENDE/RJ 2022.2 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO EMPREENDEDORISMO: ASPECTOS RELEVANTES NO CONTEXTO DA PANDEMIA POR COVID-19 NO BRASIL GRADUANDO: ANDRÉ DA CONCEIÇÃO GLÓRIA ORIENTADOR: JANILSON PESSOA CABRAL RESENDE/RJ 2022.2 GLÓRIA, André da Conceição. Empreendedorismo: Aspectos Relevantes no Contexto da Pandemia por Covid-19 no Brasil. Rio de Janeiro: UFRRJ, 2022-2. 46f. Orientador: JANILSON PESSOA CABRAL. Monografia – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. Graduação em Administração. 1. Empreendedorismo; 2. Empresas; 3. Covid-19; 4. Planejamento Estratégico. I. CABRAL, Janilson Pessoa. II. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. III. Empreendedorismo: Aspectos Relevantes no Contexto da Pandemia por Covid-19 no Brasil. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ANDRÉ DA CONCEIÇÃO GLÓRIA Trabalho de Conclusão do Curso de Administração submetido como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração. TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO APROVADO EM -----/-----/------ (Data da defesa) Professor José Antônio de Souza Veiga - UFRRJ Presidente Professora Cátia Regina França de Sousa Gaião e silva Membro Professor Janilson Pessoa Cabral Membro AGRADECIMENTOS A Deus, por conceder-nos saúde, fé e perseverança para alcançar nossos objetivos. Ao meu pai Aloísio Glória e à minha irmã Patrícia da Conceição Glória, pelo apoio, carinho e compreensão durante todo o desenvolvimento do trabalho, além de incentivarem em quaisquer momentos desse curso. À aluna e amiga Jéssica de Almeida Gonçalves que desde o início dessa jornada me apoiou a batalharmos firmes e juntos, lutando e estudando. A UFRRJ - CEDERJ – especialmente ao Departamento de Ciências Administrativas – DCAd, pela oportunidade concedida para realização do curso. Ao meu orientador Janilson Pessoa Cabral por acreditar na ideia e me ajudar a desenvolvê-la da melhor forma possível, guiando meu caminho e me estimulando a acreditar no trabalho e a superar as adversidades. À Professora Bianca César Alyrio, docente da matéria Metodologia e Trabalho de Pesquisa Administrativa do CEDERJ/UFRRJ, por se dedicar em nos orientar com ótimas explicações que colaboraram muito com o desenvolvimento de minha pesquisa, além de contribuir da melhor forma para obter excelentes resultados deste trabalho. À Professora de Letras Priscila Grasiela Moreira Scicchitano que me aconselhou, direcionou e me orientou sobre a construção de um trabalho e como usar referências bibliográficas e ser fiel à metodologia. Nosso profundo apreço aos professores e funcionários da UFRRJ- CEDERJ “A única pessoa que você está destinado a se tornar é a pessoa que você decide ser” “Ralph Waldo Emerson.” RESUMO GLÓRIA, André da Conceição. Empreendedorismo: Aspectos Relevantes no Contexto da Pandemia Por Covid-19 no Brasil. Rio de Janeiro: UFRRJ, 2022-2. 46f. A pesquisa teve como objetivo o conhecimento profundo sobre as consequências da pandemia de Covid-19 ocorrida diretamente com o empreendedorismo no Brasil, O Empreendedor é um ser capacitado a exercer e fazer negócios lucrativos, para manter suas empresas identificando as oportunidades, destacando e transformando ideias em realidades, qualificando novas formas de gestão juntamente com a análise de novos recursos para que se obtenha o ímpeto agenciador. Todo planejamento e desenvolvimento para essa pesquisa foi ressaltando a logística empreendedora alavancou tanto que a taxa de desemprego diminuiu e várias empresas lucraram através dessas ferramentas em grande demanda de profissionais de serviços de entregas Delivery esse foi um destaque de alto grau aumentando em grande escala o Empreendedorismo gerando lucratividade para o empreendendo quanto para o país, destaca-se que Motoristas de Aplicativos, Moto taxi, impedidos de circular com passageiros, se associaram a grandes, médias e pequenas empresas de entregas e gerando rendas nesse momento crítico em 2019,e ressalto que foi considerável a grande aceitação do Microempreendedor Individual e suas vantagens. Palavras-chave: Empreendedorismo; Empresas; Covid-19; Microempreendedor Individual. ABSTRACT GLÓRIA, André da Conceição. Entrepreneurship in the business administrative area in the face of the crisis and pandemic. Rio de Janeiro: UFRRJ, 2022-2. 46f. The research aimed to gain in-depth knowledge about the consequences of the Covid-19 pandemic that occurred directly with entrepreneurship in Brazil, The Entrepreneur is a being able to exercise and do profitable business, to keep their companies identifying opportunities, highlighting and transforming ideas into realities, qualifying new forms of management together with the analysis of new resources in order to obtain the agency impetus. All planning and development for this research was emphasizing entrepreneurial logistics leveraged so much that the unemployment rate decreased and several companies profited through these tools in great demand from delivery service professionals Delivery this was a high degree highlight increasing Entrepreneurship on a large scale generating profitability for both the entrepreneur and the country, it is noteworthy that App Drivers, Moto taxi, prevented from circulating with passengers, joined large, medium and small delivery companies and generated income at this critical moment in 2019, and I emphasize that the great acceptance of the Individual Microentrepreneur and its advantages was considerable. Keywords: Entrepreneurship; Companies; Covid-19; Individual Microentrepreneur. LISTA DE ABREVIATURAS (EAD) Educação à Distância. (OMS) Organização Mundial da Saúde. (PROGER) Programa de Geração de Renda. (PRONAF) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. (PRONAMPE) Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. (SARS-COV-2) Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2. (SEBRAE) Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (SETP) Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social. (MEI) Microempreendedor individual. (DAS) Documento de Arrecadação do Simples Nacional. (MPE) Micro e Pequenas Empresas. (CNAE) Classificação Nacional de Atividades Econômicas. (EPP) Empresas de Pequeno Porte.·. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Alguns medicamentos estudados no combate da Covid-19........... 17 Figura 2 – Ações do empreendedor................................................................. 26 Figura 3 – Características dos empreendedores............................................. 28SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 2 HISTÓRICO DA COVID – 19 ................................................................................. 16 2.1 Surgimento no Mundo ...................................................................................... 16 2.2 Surgimento no Brasil ........................................................................................ 17 2.3 Tratamentos da Doença ................................................................................... 17 2.4 A Pandemia e a Economia ............................................................................... 20 3 EMPREENDEDORISMO........................................................................................ 21 3.1 Breve Histórico ................................................................................................. 21 3.2 Conceitos de Empreendedorismo .................................................................... 22 3.3 Tipos de Empreendedorismo ........................................................................... 24 3.4 Comportamentos de um Empreendedor .......................................................... 27 3.5 Planejamento Estratégico ................................................................................ 31 4 O EMPREENDEDORISMO EMPRESARIAL ......................................................... 33 4.1 Efetivando o Comércio ..................................................................................... 33 4.2 Lei Geral da Micro e Pequena Empresa .......................................................... 34 4.3 Aberturas de microempresas continuam em alta no Brasil .............................. 36 5 A ESTRATÉGIA PELO EMPREENDEDOR ........................................................... 38 5.1 Economia ......................................................................................................... 38 5.2 Medidas Emergenciais adotadas pelos Governos para minimizar impactos da Pandemia ............................................................................................................... 39 6 METODOLOGIA ..................................................................................................... 42 6.1. Método de Pesquisa ...................................................................................... 42 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 43 8 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 44 12 1 INTRODUÇÃO O surgimento da Covid-19, uma doença infecciosa e contagiosa causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), na China, em dezembro de 2019, gerou diversos impactos na saúde e na economia mundial. Isso porque o vírus se espalhou para outros países, sendo considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um surto de pandemia. Sem saber muito sobre o vírus e o crescimento de propagação e das mortes em populações vulneráveis, foi proposto fazer o lockdown e a ter o distanciamento social para minimizar os impactos e a transmissão do vírus (BARRETO et al., 2020). Entretanto, essas estratégias no Brasil, afetaram diretamente o mundo dos negócios, fazendo com que muitas empresas que atuavam em atividades não essenciais fechassem (BERNADES et al., 2020). Neste cenário, a pandemia também fez com que muitos desses empreendedores tivessem que se reinventar e pensar em uma nova forma de conduzir suas empresas, visando a sua sobrevivência no mercado. Sendo assim, mesmo inseridos em um contexto de crise, alguns empreendedores identificaram novas oportunidades de negócio, através de soluções inovadoras em resposta às dificuldades enfrentadas. De acordo com Drucker (2005, p. 93), a “[...] oportunidade é a fonte de inovação”, isto é, um meio para fomentar a emergência do empreendedorismo e a criação e renovação de empresas por meio de processos de inovação. O empreendedorismo desempenha um importante papel na criação e no crescimento de empresas, e na geração de emprego e renda, ao passo que as ações empreendedoras também contribuem para o desenvolvimento de inovações em seus negócios (GOMES; LIMA; 2 CAPPELLE, 2013). Portanto, a necessidade de empreender e inovar são demandas constantes na economia e na sociedade, sendo ambos os movimentos considerados como motores do próprio sistema capitalista (SCHUMPETER, 1982). Diante do exposto, tem-se o seguinte problema de pesquisa: O empreendedorismo cresceu principalmente entre as pessoas que perderam o emprego por conta das consequências da pandemia. Os empreendedores demonstraram habilidades de liderança e manobras bem-sucedidas do próprio negócio, principalmente em micro empresas que programaram soluções e ferramentas de sucesso. 13 Os empreendedores identificaram novas oportunidades de negócio, através de soluções inovadoras em resposta às dificuldades enfrentadas. Diante do exposto, tem-se o seguinte problema de pesquisa: Como os empreendedores se reinventaram e obtiveram lucros na pandemia? Este trabalho tem como objetivo geral mostrar conceitos de Empreendedorismo e mostrar as ações que empreendedores e Governo tiveram que realizar durante a pandemia para superar a crise ocasionada pelo momento. Buscaram-se especificamente alguns objetivos específicos como: conceituar Empreendedorismo; mostrar o perfil dos empreendedores; descrever as tipologias de Empreendedorismo, comentar as ações que ocorreram durante a crise da pandemia. De fato, o Empreendedorismo e a Inovação, possuem uma grande importância para a economia e para a sociedade, pois envolve decisões e ações de pessoas que se dedicam a explorar oportunidades de forma criativa e a colocar em práticas novas ideias. Esta pesquisa de acordo com a escolha do tema se justifica na observação de muitas pessoas que tiveram que se reinventar no período da pandemia pelo fato de demissões ocorridas e viram no Empreendedorismo uma oportunidade de trabalho, assim como serem um microempreendedor e gerar renda para o sustento familiar em um período de crise. Este trabalho quanto à metodologia classifica-se em pesquisa aplicada que tem como objetivo demonstrar que o Empreendedorismo no Brasil se sobressaiu e os aspectos relevantes no contexto da pandemia, bem como, o poder de superação e inovação da classe empreendedora. Refletindo o objetivo geral, o presente trabalho tem caráter descritivo, uma vez que se baseia em assuntos teóricos existentes na área específica de Empreendedorismo, sendo efetivado para pesquisas de estudantes da parte administrativa. Desta forma, a leitura e estudo aprofundados, confrontando opiniões dos arquivos citados foram de fundamental relevância para que o objetivo do trabalho fosse às demonstrações sobre Empreendedorismo e sucesso de empreendedores. O trabalho de conclusão de curso foi elaborado em sete capítulos. Este primeiro capítulo incorporado no trabalho foi desenvolvido com informações da origem da pandemia de Covid-19 e os desafios impostos para que empreendedores 14 lograssem êxito em períodos de crise. Aqui também é possível saber o problema da pesquisa, os objetivos geral e específicos, a justificativa, metodologia e a organização de estudo. O segundo capítulo relata o surgimento e os tratamentos referentes à Covid- 19 e a relação que a Pandemia teve com a economia no Brasil, sendo ressaltado em grande escala as inovações e adaptações de processos. Mostra também que os empreendedores se reinventaram na arte de comercializar juntamente com a metodologia aplicada pelos empresários, inovando e atualizando seus comércios e empresas com sistemas informatizados como por exemplo aplicativos de entregas e sites para comercialização de seus produtos,usando de parcerias com empreendedores de entregas Delivery para maior comodidade dos consumidores. O capítulo terceiro apresenta uma abordagem acerca do tema Empreendedorismo demonstrando sua origem, seus conceitos, o perfil de empreendedores, as tipologias de empreendedorismo e as ações empreendedoras durante a pandemia . O quarto capítulo comenta sobre o Empreendedorismo nas empresas e a retomada das microempresas, informa também os aconselhamentos e suportes do SEBRAE dispõe para a abertura de uma empresa, entre outras dicas de como acompanhar através de consultorias seu andamento, soluções de pequenos problemas do negócio. No mesmo capítulo é ressaltada a Lei Geral da empresas, as aberturas de microempresas e como deve ocorrer a inclusão do MEI pelo empreendedores gerando imposto para governo e respaldando o empresário. No capítulo quinto foi escrito a mostrar a elevação da crise econômica devido à pandemia, os isolamentos sociais e os decretos impostos pelo governo, as medidas tomadas pelo empreendedores para minimizar os impactos e gerar lucratividade em período inoportuno e finaliza com os apoios governamentais destinado ao empresariado com auxílios emergenciais para ajudar nas contas e os incentivos para o trabalho Home Office, sites de vendas e delivery. No capítulo sexto será comentado sobre a metodologia utilizada neste trabalho que quanto à sua finalidade, classifica-se em pesquisa aplicada tendo como objetivo demonstrar como Empreendedorismo no Brasil se superou e os aspectos relevantes no contexto da pandemia, o poder de superação e inovação da classe empreendedora. 15 No capítulo sete estão as considerações finais. Como podemos observar, na área empresarial existem políticas e programas de apoio e incentivos, tanto proporcionados pelas alas governamentais, bem como vindo das redes privadas, tanto em área urbana como em área rural. Os empreendedores identificaram novas oportunidades de negócio, através de soluções inovadoras em resposta às dificuldades enfrentadas. O objetivo final é, portanto, a demonstração que empreendedores que se reinventaram e adaptaram as novas mudanças e tiveram seus negócios ampliados gerando lucros e a quantidades de novos empresários na modalidade, muitos originários de demissões de empregos formais. Como sugestão de novas pesquisas está o Empreendedorismo Feminino que é uma habilidade satisfatória, sendo uma expansão que motiva mais mulheres a empreenderem em seus respectivos estabelecimentos. Após triunfar no ramo de trabalho e na política, é normal essa evolução para a atividade empresarial, preenchendo alguns cargos de liderança em empresas de pequeno e grande porte se destacando a cada ano. Outra sugestão é estudar sobre o Empreendedorismo no ramo alimentício na área de inovações de marmitas light, diet, justificando na grande procura de comidas balanceadas para hipertensos, entre outros necessidades de saúde das pessoas. https://blog.contaazul.com/como-liderar-na-crise 16 2 HISTÓRICO DA COVID – 19 2.1 Surgimento no Mundo Os indícios do primeiro caso de doença gerada pelo novo vírus da COVID-19 surgiram no final de dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na República Popular da China. A cidade passou a ser monitorada e descobriu-se que a doença sem causa definida até o momento era provocada por vírus muito parecido com um vírus que ocorrerá no mesmo País no início do século XXI. Foi na data de 31 de dezembro de 2019 que a OMS (Organização Mundial da Saúde) obteve o primário aviso acerca dos diversos casos de pneumonia em Wuhan, na China. A rápida evolução de novos casos da doença gerou comoção no mundo inteiro e cerca de um mês após o primeiro alerta, em janeiro de 2020, a OMS comunicou oficialmente que o novo tipo de vírus, o qual recebeu o nome de SARS- CoV-2, constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), sendo este o maior grau de alerta da Organização, de acordo ao Regulamento Sanitário Internacional (OPAS, 2020). O novo tipo de vírus foi o causador da doença Corona Vírus Disease ou Covid-19, capaz de provocar desde um resfriado comum até evoluir para doenças respiratórias mais graves em seres humanos. Desde então, a alta capacidade de contaminação pela doença, assim como a gravidade dos sintomas manifestados por grande parte das pessoas contaminadas e a falta de medicamentos e cura comprovadas cientificamente, levaram órgãos políticos nacionais e internacionais a solicitar medidas e a realizarem protocolos de segurança a fim de proteger a população e combater a pandemia. Mediante as incertezas do que esta doença poderia ocasionar, surge o chamado “tratamento precoce” ou ainda, “kit-covid”, um exemplo de informação não comprovada que, espalhada em larga escala, tomou proporções que ultrapassaram os limites do espaço digital e se chocaram com o espaço público. O tal "tratamento precoce" contra o vírus Sars-Cov 2 defendia o uso de determinados medicamentos a serem ministrados como prevenção e cura nos primeiros estágios da doença. 17 2.2 Surgimento no Brasil No Brasil, foi em fevereiro que os primeiros casos da doença, mas precisamente em 26 de fevereiro, em São Paulo, surgiu o primeiro caso da doença. No mesmo mês, começaram as primeiras ações governamentais ligadas à pandemia da COVID-19, com a repatriação dos brasileiros que viviam em Wuhan, cidade chinesa epicentro da infecção. Sendo assim as autoridades começaram a tomar providências para que o vírus não se propagasse tão rápido. Entre as mediada indicadas pelo MS, estão as não farmacológicas, como distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfeção de ambientes, isolamento de casos suspeitos e confirmados e quarentena dos contatos dos casos de covid-19, conforme orientações médicas. (BRASIL, 2021, s/p.) Desta forma no início de abril, o país alegou Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (conhecida como ESPIN). Antes mesmo desse acontecimento, boletins com todos os números de casos e óbitos que aconteciam no território nacional já estavam sendo divulgados diariamente pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Foram alguns meses críticos em relação à gravidade da doença no país, alguns meses tiveram quedas nos números de contaminações e óbitos e o Brasil teve que se adequar a uma situação nunca vivida em território brasileiro e mundial. 2.3 Tratamentos da Doença O COVID-19 foi uma doença que teve um alto poder de contágio visto que foi transmitido de pessoa a pessoa por gotículas respiratórias contaminadas com o vírus, principalmente ao momento de espirros ou tosse; ou por compartilhamento de objetos pessoais sem a devida higienização. Os principais sintomas incluíram: febre, tosse e dificuldade de respirar, que em casos graves poderiam evoluir para uma pneumonia com insuficiência respiratória aguda grave, podendo levar a morte. Por ter sido uma doença nova, não existia tratamento específico para sua cura. Com isso, o tratamento da Covid-19 passou por 2 fases, sendo a primeira com 18 tratamento medicamentoso e a segunda com o uso da vacina. Inicialmente a fase de tentativa de tratamento do Covid-19 foi medicamentosa, onde diversos estudos administraram medicamentos variados com o objetivo de tratamento e criação de protocolos clínicos (BARLOW A, et al., 2020). Durante a pandemia de COVID-19, o padrão de consumo de medicamentos no Brasil chamou a atenção. Estava no centro dessa questão o denominado “tratamento precoce” ou “kit-covid”: uma combinação de medicamentos sem evidências científicas conclusivas para o uso com essa finalidade, que inclui a hidroxicloroquina ou cloroquina, associada à azitromicina, à ivermectina e à nitazoxanida, além dos suplementos de zinco e dasvitaminas C e D. (MELO et al., 2021, p. 2). Casarões e Magalhães (2011, p. 200) explicam que a primeira menção à cloroquina e à hidroxicloroquina contra a Covid-19 ocorreu em 11 de março de 2020, quando um empresário, um investidor e um filósofo que assim se autodescrevem depositaram esperanças nos poderes de cura de uma “droga milagrosa” em um tópico do Twitter. Alguns dias depois, dois deles foram coautores de um artigo publicado no Google Docs. que defendia a cloroquina. O documento chamou a atenção de empresários do Vale do Silício e meios de comunicação conservadores. Em 16 de março, o CEO da Tesla e da Spacex, Elon Musk, tweetou um link para esse artigo sugerindo que o medicamento antimalárico cloroquina poderia ser eficaz no tratamento de COVID-19. O documento veiculado por Musk foi posteriormente removido do Google Docs. por violar os termos de serviço da empresa. (CASARÕES; MAGALHÃES, 2021, p. 201). Mesmo com a eficácia não comprovada, vimos cientistas, empresários e celebridades unidos e empenhados em defender o uso de medicamentos como forma de tratamento contra a Covid-19. Alguns medicamentos que foram aprovados e experimentados em pacientes com SARS-CoV começaram a ser avaliados para o tratamento de Covid-19, que já apresentava como vantagem uma base de conhecimentos em relação ao uso e segurança em seres humanos. 19 Figura 1 - Alguns medicamentos estudados no combate da Covid-19 Ordem de preferência de uso Seu real uso Benefícios com o uso associados à Covid-19 Cloroquina Usada pela primeira vez para tratar a malária, mas tem sido usada com sucesso contra doenças autoimunes, como artrite reumatóide e lúpus. Pode interferir na glicosilação do receptor da membrana celular para o coronavírus, ACE2, impedindo a ligação e a entrada celular do vírus. Hidroxicloroquina Eficaz contra malária, lúpus e artrite reumatóide. Em doses maiores que as apropriadas à cloroquina podem ser usadas para fins antivirais Baricitinibe Aprovado para o tratamento de artrite reumatóide. Deve interromper a entrada da endocitose SARS- CoV-2, mediada por ACE2 nas células. Remdesivir Desenvolvido para tratar infecções causadas pelo vírus Ebóla. Seu metabolito ativo é um análogo de nucleosídeo de adenosina que inibe a ação da RNA polimerase viral, impedindo a replicação viral. Ritonavir e Lopinavir É destinado, em combinação com outros agentes antirretrovirais, ao tratamento de infecção por HIV. Por serem inibidores da protease, impedem a replicação viral em virtude do bloqueio da clivagem proteolítica das proteínas precursoras exigidas pelo vírus. Favipiravir Medicamento anti-influenza, desenvolvido e aprovado para o tratamento da gripe. Inibe a polimerase viral dependente de RNA viral, demonstrou boa eficácia clínica contra o Covid-19. Ivermectina Droga antiparasitária In Vitro sugerem benefícios potenciais. Camostat Medicamento aprovado para pancreatite e esofagite de refluxo Tem como alvo a protease serina-treonina (TMPRSS2), que é a protease utilizada pelo SARS-CoV-2 para preparar a proteína spike e facilitar a ligação à ECA2 e a entrada na célula. Fonte: Silva CS, et al., 2021. Baseado em Triggle CR, et al., 2020. Nas últimas décadas, houve desenvolvimento de diversos imunobiológicos e um crescente aumento de pacientes em uso dessas terapias. Diante da pandemia da COVID-19, ainda existe a necessidade de vacinar toda a população contra o SARS-CoV-2, com vacinas seguras e eficazes. 20 A vacinação é a principal estratégia de saúde pública para conter a propagação da doença 2.4 A Pandemia e a Economia Para COSTA (2020, p. 385-387), o impacto da pandemia nas organizações representa “desafios para pessoas, organizações e sociedades”. O mesmo autor ainda ressalta as empresas buscaram “inovações e adaptações de seus processos”, mas os desafios e as respostas na gestão não são definitivos. “Ainda estamos vivendo a pandemia, e suas consequências continuarão sendo analisadas e discutidas, dos pontos de vista empresarial, social e ambiental” (COSTA, 2020, p. 383-384). Com isso, as organizações perceberam a urgência de delinear formatos de enfrentamento à pandemia, visando à estabilidade, a retomada das atividades e a profunda digitalização em função das mudanças na sociedade e no mercado de trabalho. O eixo das micro e pequenas empresas tornaram-se muito relevantes na geração de empregos e oportunidades de trabalho, mas por serem mais intensivos em mão de obra, foram os mais sujeitos aos impactos negativos da pandemia (MATTEI; HEINEN, 2020). Diante de um cenário incerto o empreendedorismo cresceu principalmente entre as pessoas que perderam seus empregos. Esse crescimento gerou muitos comércios diversificados, onde seus empreendedores apostaram em vários segmentos e se reinventaram na arte de comercializar. A metodologia aplicada pelos empresários foi a inovação e a atualização de seus comércios e empresas com sistemas informatizados como aplicativos de entregas e sites para comercialização de seus produtos, usando parcerias com empreendedores de entregas Delivery para maior comodidade e rapidez mantendo a segurança e saúde da população e sem transgredir as normas e decretos impostos pelos órgãos de saúde e órgãos governamentais, gerando assim rendas e obtendo lucratividade em período de afastamento social e movimentando a economia do país. Outro ponto a ser ressaltado é que muitos motoristas de aplicativos foram impedidos de circular com passageiros e sem poder exercer sua profissão, se 21 associaram a grandes, médias e pequenas empresas de entregas gerando rendas em momentos críticos, e o aumento de novos Microempreendedores. 3 EMPREENDEDORISMO 3.1 Breve Histórico Em tempos primórdios era possível ver as pessoas fazendo negócios, cada qual à sua maneira e com os recursos que possuíam conforme o período em que viveram. As condutas agenciadoras do homem remoto demonstravam a inovação em suas negociações propiciando melhora nos contatos dele com a natureza e com outras pessoas. Percebe-se que o empreender é algo que o ser humano já pratica há muitos séculos, pode ser utilizado como um simples exemplo o período quando ele começou a sair de casa para caçar e trazia alimentos para o sustento de sua família, ainda que o exemplo seja arcaico e a forma de fazer seja diferente atualmente a essência é bastante similar, pois se percebe com isto uma característica marcante sendo a proatividade do indivíduo na busca por uma melhor qualidade de vida, em qualquer época e independente de sua condição (SALIM; SILVA, 2010). Segundo Dolabela (1999, p. 43): “O termo Empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução da palavra Entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação” (Dolabela, 1999, p. 43). Leite (2012, p. 25) concorda que “Entrepreneurship, na língua inglesa, é derivado de Entreprendre, termo utilizado no século XVII, na França, para denominar um indivíduo que assumia o risco de gerar um novo comércio”. Na verdade, empreendedorismo ou empreendedor são substantivos derivados do verbo empreender que, por sua vez, tem sua origem na forma verbal latina imprehendo ou impraehendo que significa “tentar executar uma tarefa”. Como se vê, a entrada desse termo no léxico português não se deu através do francês entrepreneur, mas sim diretamente do latim. Segundo Filion (2000), aqueles que pesquisam acerca do tema concordam em dizer que a origem desse conceito está nas obras de Richard Cantillon (1680-1734), banqueiro e economista do século XVIII. 22 Nessa época, Cantillon chamou de empreendedores àqueles indivíduos que compravam matérias-primas (geralmenteum produto agrícola) por um preço certo e as vendiam a terceiros a preço incerto, depois de processá-las, pois identificava uma oportunidade de negócio e assumiam riscos (CERQUEIRA; PAULA; ALBUQUERQUE, 2000). Continuando a história do empreendedorismo, no ano de 1871, o economista austríaco Carl Menger determinou que o empreendedor fosse aquele que antecipa necessidades futuras, logo nos anos de 1949, outro economista, o austríaco Ludwing Von Mises afirmava que quem empreendia era quem tomava as decisões e sucessivamente em 1950 o economista austríaco Joseph Schumpeter abordou que empreendedor é seu apresentando novos produtos entre novas organizações. Montenegro pontua o Empreendedorismo e dá significado a ele dizendo que: Empreendedorismo significa empreender, resolver um problema ou situação complicada. É um termo muito usado no âmbito empresarial e está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos. Empreender é também agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo. (MONTENEGRO, 2016). Quanto mais o sistema de valores de uma sociedade distinguir positivamente a atividade empreendedora, maior será o número de pessoas que tenderão a optar por empreender. 3.2 Conceitos de Empreendedorismo Conceituar Empreendedorismo pode ser consultado em diversos livros de centenas de autores. Nestas literaturas é possível saber que o vocábulo entreprendeu surgiu na França em meados do século XVII. Nisto surgiram alguns pensadores economistas em meados dos séculos XVIII e XIX, relatando que o empreendedorismo é visto desde 1725, sendo assim o economista Richard Cantillon dizia que o significado era sobre assumir riscos, outro economista francês Jean Baptiste Say no século XIX, em 1814, fez uma interessante concepção sobre uma pessoa empreendedora, a qual ele diz que são “indivíduos aventureiros que estimularam o progresso econômico, encontrando novas e melhores maneiras de executar as tarefas” (DEES, 1998 p. 4). Empreendedorismo nada mais é do que a criação de algo inovador com 23 valor agregado, onde há dedicação de tempo e esforços, arcando com os riscos provenientes da escolha de empreender e ao mesmo tempo recebendo os frutos da satisfação e independência econômica e pessoal (SEBRAE, 2007, p.15). Para Dornelas (2005) o Empreendedorismo consiste em ser um mecanismo de renovar negócios reais ou de gerar novas empresas e/ou mercadorias. Tudo isso conectado ao progresso de competências relacionadas à formação, inovação e ameaças, contendo a sua relevância para a coletividade, pois no decorrer do empreendedorismo as empresas e pessoas procurem informações e distinguem possibilidades com o intuito de uma modernidade propícia (DORNELAS, 2005). Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor: iniciativa, para criar um novo negócio e paixão pelo que faz; utiliza os recursos disponíveis de maneira criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive, aceitando, dessa maneira, assumir riscos e a possibilidade de fracassar. (SANTOS; ACOSTA, 2011, p. 106). O Empreendedorismo do início até os dias atuais tem grandes expectativas de mudar devido ao aumento de cursos cedidos pelo SEBRAE e outros órgãos, estudos superiores à distância (EAD) e aumento de gestores administrativos se programando para o gerenciamento de seu próprio comércio. [...] Qualquer curso de empreendedorismo deveria focar: na identificação e no entendimento das habilidades do empreendedor; na identificação e análise de oportunidades; em como ocorre à inovação e o processo empreendedor; na importância do empreendedorismo para o desenvolvimento econômico; em como preparar e utilizar um plano de negócios; em como identificar fontes e obter financiamento para o novo negócio; e em como gerenciar e fazer a empresa crescer. (DORNELAS, 2005, p. 40). Pode-se perceber que o empreendedorismo se caracteriza por uma competência de detalhar oportunidades e desenvolver algo novo considerando as incertezas e assumindo os riscos envolvidos no projeto. Fatores psicológicos, como por exemplo, a motivação, atitudes e comportamentos podem estar presentes na busca por empreender. (FRANCO, 2014). Os empreendedores de sucesso são aqueles que certamente ajudam a economia de uma nação crescer. Eles geram empregos, inovam o mercado com produtos e serviços diferenciados, conseguem oferecer atendimento 24 personalizado aos clientes, são fiéis aos seus fornecedores e criam as verdadeiras mudanças de comportamento através de diferentes transformações, sempre gerando crescimento para todos (GONÇALVES, 2006, p. 16). Um pensamento empreendedor consiste em um esforço pessoal, de investimento de tempo e em partes financeiro na busca de mercados e ampliações dos mesmos. Isto colabora com a visão dos produtos corretos, observando os pontos fortes e fracos de cada mercadoria. Desta forma torna-se possível propor um preço competitivo de mercado, a procura por clientes e fornecedores parceiros. O empreendedor sabe que correrá riscos no negócio, mas está disposto a lutar por seu negócio, visto que este precisa estar qualificado para entender o funcionamento, verificar as despesas da empresa, gerar margens de lucros em meio a crises, visar o público certo e os produtos de maiores saídas. Um empreendedor para ter visibilidade deve ter a habilidade de ordem e comando, tendo solidez no momento de decidir, respeitando os diversos pontos de vista, a inovação ocorrerá por meio da meta a ser alcançada. Segundo Mariano e Mayer (2011), a competência de efetivar o empreendedor juntamente com a visão de possibilidades ligadas à criatividade procede no progresso de novos produtos e serviços que passam a ser concedidos à sociedade. 3.3 Tipos de Empreendedorismo O mundo do empreendedorismo tem diversas ferramentas para atrair o consumidor e dentro desta área há também algumas categorias que são específicas para atingir determinado público. Logo mais serão abordadas as espécies de empreendedorismo que ocorrem no âmbito agenciador, com a intenção de colaborar para o entendimento destas tipologias. Aqui serão apresentadas as tipologias que geralmente são encontradas dentro da conduta dos empreendedores. A primeira delas será o Intra-empreendedorismo, esta expressão é tida como uma eficiente mudança que proporciona o aceleramento das novidades, tudo isso ocorre através do desempenho e das aptidões de seus empregados no ambiente das organizações. Isto fica claro para outro autor, pois Hashimoto (2006) salienta que o 25 intraempreendedor dispõe de competência para colocar em prática um conceito e com esta ação, buscar novas chances usando os relacionamentos como também trazer a minimização de recursos, confrontando todos os obstáculos e adversidades que surgirem. Os Intraempreendedores das organizações se sobressaem pela habilidade de liderar e inovar se concentrando nos resultados, além de terem competência em dialogar e persuadir com visão ampla da empresa. O intra-empreendedorismo (empreendedorismo dentro de uma estrutura empresarial existente) também pode fazer ligação entre ciência e mercado. As empresas têm os recursos financeiros, as habilidades gerenciais e, muitas vezes, os sistemas de marketing e de distribuição para comercializar inovações com êxito. Mas também, com frequência, a estrutura burocrática, a ênfase nos lucros em curto prazo e uma estrutura altamente organizada inibe a criatividade e impedem que se desenvolvam novos produtos e negócios [...] (HISRICH, 2009, p. 38). São visionários e possuem convicções morais bem fixas. É fácil perceber que os empreendedores são mais visionários do que os tipos de gerentes mais comuns, o empreendedor tem como ferramenta principal o uso da criatividade, enquanto o administradorestá mais atento às regras, não consegue ousar, faz apenas o trabalho a ele designado, não busca pela melhoria contínua. Hashimoto (2006) ainda destaca que: O intraempreendedor não possui toda a liberdade para desenvolver suas ideias e projetos, pois precisa respeitar as regras e normas que a organização possui. Porém esse determinante não impede que suas ações empreendedoras, alinhadas com a missão, metas e objetivos da organização, sejam reconhecidas através do apoio dos seus superiores. (HASHIMOTO, 2006 p. 22). Segundo Hashimoto (2006), o funcionário que excede sua exposição de cargo e faz atividade por si próprio, está à frente dos acontecimentos e tem possui uma visibilidade futura da empresa, sendo assim o mesmo acaba executando o intra- empreendedorismo. O intra-empreendedor quando inicia um projeto, gerencia-o como se fosse seu próprio negócio, fazendo isso com o mínimo de interferência de seus superiores. Ele usa toda sua criatividade, poder de realização, rede de relacionamentos e liderança para transformar projetos internos em empreendimentos de sucesso (HASHIMOTO, 2006, p. 22). Ele acresce ainda que mesmo que o intraempreendedor não tenha liberdade 26 para ampliar a gama de produtos e serviços, isso não o impossibilita de tornar seus atos empreendedores lineares à tarefa e objetivos da organização. Pode-se dizer que o intraempreendedor é criativo, persistente, autoconfiante, dedicado, proativo, inovador, sabe identificar e criar novas oportunidades, tem capacidade de decidir por conta própria e correr riscos. Sabe-se que o intraempreendedor é a pessoa que vislumbra oportunidades inovadoras e as programa dentro das organizações (PAULA; ALMEIDA, 2015, p.3). Há ainda outros tipos de empreendedores, são eles: ● Empreendedor Nato - Esses são, normalmente, os mais conhecidos. Têm histórias incríveis, que muitas vezes começam do nada e constroem grandes impérios. São visionários, otimistas, estão à frente de seu tempo e comprometidos com seus sonhos. Referenciam-se em valores familiares e religiosos e acabam se tornando uma referência. (DORNELAS, 2007). ● Empreendedor que Aprende - Atualmente esse empreendedor tem se tornado frequente. São pessoas que nunca pensaram em ser empreendedoras, contudo quando menos se esperava, teve alguma oportunidade com a qual viu que poderia mudar o rumo de sua vida, para se dedicar ao negócio próprio. Até se tornar empreendedor, acreditava não gostar de assumir riscos, mas a mudança o faz aprender a lidar com as novas situações e a se envolver com todas as atividades do negócio. (DORNELAS, 2007). ● Empreendedor Serial - Este empreendedor é apaixonado pela criação das empresas, mas não só, ele gosta principalmente do ato de empreender. Ele gosta da emoção, do sentimento de criar um negócio e o ver crescer. Sempre observando as oportunidades, busca informações em seu círculo de relações e em eventos e associações de que participa com frequência para obter informações para novos negócios, que podem ser desenvolvidos de forma simultânea. ● Acumula histórias de fracassos, mas estas são consideradas como estímulo para superar o próximo desafio. (DORNELAS, 2007). 27 ● Empreendedor Corporativo - Este tipo de empreendedor tem ficado em maior evidência ultimamente, pois há grande necessidade das empresas se atualizarem e criarem novos negócios. No qual são executivos que trabalham em busca de resultados, pois sua remuneração normalmente está vinculada a ela, assumem riscos e lidam com a falta de autonomia, já que trabalham para outros, com habilidade de comunicação e negociação. (DORNELAS, 2007). ● Empreendedor Social - O objetivo desse empreendedor é construir um mundo melhor para as pessoas, se envolvendo em causas humanitárias com grande comprometimento. Desta forma, não visa a desenvolver um patrimônio financeiro, pois “prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento das pessoas”. (DORNELAS, 2007, p. 14). ● Empreendedor por Necessidade - Este empreendedor tem aparecido com enorme frequência no nosso país atualmente, uma vez que surge a partir da falta de outra alterativa. Ele não se torna empreendedor por vocação ou por desejo, mas por não ter acesso ao mercado de trabalho, buscando, por si mesmo, uma forma de garantir sua renda, mesmo que pouca. ● Empreendedor Herdeiro - O empreendedor aqui recebe desde cedo à incumbência de levar o patrimônio de sua família à frente. Atualmente está havendo a profissionalização dessa gestão, por meio “da contratação de executivos de mercado para a administração da empresa e da criação de uma estrutura de governança corporativa”. Aprende com exemplos familiares e segue seus passos na arte de empreender. Podem ser inovadores ou conservadores, demonstrando que existem variações no perfil do empreendedor herdeiro. (DORNELAS, 2007). ● Empreendedor Normal - Esse é o empreendedor que planeja e dessa forma aumenta a probabilidade de um de ter um negócio bem-sucedido e assim conseguem alcançar melhores resultados. Ele tem uma visão do futuro muito clara e que visa às metas, minimiza os riscos e define com antecipação os próximos passos do negócio, tem uma visão de futuro clara e trabalha em função de metas. Pode ser considerado o mais completo dentre os empreendedores. (DORNELAS, 2007). 3.4 Comportamentos de um Empreendedor 28 O Empreendedor é um ser capacitado a exercer e fazer negócios lucrativos, identificando as oportunidades, destacando e transformando ideias em realidades, qualificando novas formas de gestão juntamente com a análise de novos recursos para que se obtenha o ímpeto agenciador. A necessidade em conseguir superar metas e etapas de sucesso no trabalho traz consigo realizações e leva o empreendedor a alcançar o êxito que tanto almeja para sua satisfação. De acordo Freitas e Manhães (2016). Os empreendedores são a peça-chave no desenvolvimento econômico e na comercialização de bens de produção. São responsáveis pela transformação de material, seja ele bruto ou já industrializado, e por grande parte do fluxo de capital na economia (SEBRAE, 2006a). O perfil empreendedor não faz parte somente de pessoas que fundam empresas ou instituições, o mesmo pode ser identificado em pessoas que prestam serviços ou fabricam produtos para as empresas onde trabalham, com ações e/ou pensamento inovador, melhorando um serviço ou buscando solução para um problema, e até mesmo mobilizando equipes (FREITAS; MANHÃES, 2016, p. 7). Figura 2 - Ações do empreendedor. Fonte: Adaptado de Dornelas (2012). Numa visão mais ampla as qualidades do empreendedor vão além, já que eles observam o mundo a sua volta acreditando que assim terão uma visão mais real do futuro, conseguem transformar um plano em realidade, tomam decisões na devida hora, efetivando rapidamente suas ações, convertem ideias em realidade, atuam dentro da organização de forma dinâmica, comprometem-se totalmente com o trabalho, estimulam seus colaboradores, estão sempre em busca de conhecimento técnico. É necessário que a gestão empreendedora esteja voltada à cooperação e sinergia entre pessoas, no ambiente interno e também no ambiente externo à organização, para que os objetivos da organização sejam alcançados, 29 estabelecendo como pano de fundo uma espécie de contrato entre os profissionais, cuja cláusula primeira e mais importante dispõe sobre as relações de ganha-ganha, ou seja, todos ganham com o sucesso tanto empresa quanto colaboradores (MACHADO; FELICIANO; TORQUATO, 2015). Um gestor quando funda uma nova empresa, torna-se responsável no desenvolvimento de novos produtos para que estes aqueçam a economia, reproduzam novos empregos e saibam das responsabilidades que o empreendimento trará, pois empreender é arcar grandes riscos, mas também iniciar algo moderno. Para o autor Chiavenatoo empreendedor é: A pessoa que inicia e/ou dinamiza um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal tomando para si riscos e responsabilidades e inovando continuamente. Essa definição envolve não apenas os fundadores de empresas e criadores de novos negócios, mas também os membros da segunda ou terceira geração de empresas familiares e os gerentes proprietários que compram empresas já existentes de seus fundadores. O espírito empreendedor está também presente em todas as pessoas que, mesmo sem gerar uma empresa ou iniciar seu próprio comércio, estão preocupadas e focadas em assumir riscos e inovar continuamente mesmo que não estejam em seus próprios negócios. (CHIAVENATO, 2012, p. 3). O ânimo em arcar com riscos variáveis na iniciação de seu próprio empreendimento, riscos financeiros decorrentes a investimentos de seu capital, tanto abandono do emprego ou após uma demissão gerar uma nova empresa, a enorme precisão de realizar e aumentar a chance de declarar ameaças, mas a preferência pelo risco moderado reflete maior confiança do empreendedor. Autoconfiança é poder para encarar os diversos problemas e desafios acreditando superar os problemas com habilidades pessoais e possuir um foco interno e externo de controle. De acordo com Dornelas (2014) os empreendedores “são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que executam não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado". O empreendedor vê a riqueza como consequência e não como meio. Sua importância está no uso de habilidades, da inteligência, na vontade de contribuir, na esperança de ser reconhecido como alguém que ultrapassou barreiras anteriormente rotuladas como intransponíveis (MENDES, 2009, p. 7). 30 Os empreendedores são agentes que assumem riscos, que inovam, provem trabalho e participam ativamente do crescimento da economia. Seja qual for a sua área de atuação, produtos ou serviços, eles transcendem o usual e buscam pelo novo, pelo que irá atrair mais consumidores, por novos mercados e pelo que poderá gerar mais valor (SEBRAE, 2006a). Sobre a disposição de assumir riscos segundo Mcclelland: O empreendedor assume variados riscos ao iniciar seu próprio negócio: riscos financeiros decorrentes do investimento do próprio dinheiro e do abandono de empregos seguros e de carreiras definidas; riscos familiares ao envolver a família no negócio; riscos psicológicos pela possibilidade de fracassar em negócios arriscados. Contudo, McClelland verificou que as pessoas com alta necessidade de realização também têm moderadas propensões para assumir riscos. (MCCLELLAND, 1961) Ser empreendedor não é somente abrir uma empresa e administrá-la e sim ser “[...] uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões” (FILION, 2004 apud MATOS et al, 2010, p. 65). Schumpeter amplia o conceito dizendo que: “o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologias”. Para ele, o empreendedor é a essência da inovação no mundo, tornando obsoletas as antigas maneiras de fazer negócios. (SCHUMPETER, 1950). No quadro abaixo de ARANHA E SILVÉRIO (2011) é possível constatar algumas características presentes nos empreendedores. Figura 3 - Características dos empreendedores. Característica dos Empreendedores 31 Inovadores Líderes Tomadores moderados de risco Independentes Criadores Energéticos Tenacidade Necessidade de realização Autoconhecimento Autoconfiança Envolvimento de longo prazo Tolerantes a ambiguidade e incerteza Iniciativas Originais Otimistas Orientado para resultados Flexíveis Engenhosos Uso de recursos Sensibilidade com os outros Agressivos Tendência para confiar nas pessoas Dinheiro como medida de desempenho Aprendizagem Fonte: Adaptado de Aranha e Silvério (2011). Concluindo que a maior parte do aprendizado é proveniente da experiência e do que é observado e não do que somente estudado em livros e cursos. “Os empreendedores são pessoas que precisam continuar a aprender, não somente sobre o que está acontecendo no seu ambiente, para detectarem a as oportunidades, mas também sobre o que fazem, para que possam agir e ajustar-se de acordo com a situação. [...] No entanto, o foco principal de seu processo é sempre a capacidade de detectar oportunidades, a qual lhes permite continuar a desempenhar seu papel de empreendedores.” (FILION, 1999). A Visão que o empreendedor deve ter é de planejamento e estratégias para chegar a um objetivo final. Essa visão se compara ao topo de uma montanha, em que o alpinista para alcançá-la já deve ter e também ir adquirindo algumas experiências, identificar caminhos estratégicos, ter flexibilidade e facilidade de se adaptar. (MINTZBERG, AHLSTRAND, LAMPEL, 2000 apud MATOS et al, 2010). 3.5 Planejamento Estratégico Lenzi e Rosembrock (2003) reforçam que o planejamento consiste em um processo contínuo que compreende tomar decisões, definir as metas de uma organização, estabelecer e organizar as estratégias e atividades necessárias para a execução das decisões, e medir os resultados em confronto às expectativas geradas. Numa abordagem mais restrita, o planejamento representa o início do 32 processo administrativo nas organizações e rege as atividades subsequentes. Sua importância para o processo administrativo na totalidade é incontestável para Oliveira (2012), pois, para ele, é a principal direção pela qual a organização deve se orientar no desenvolvimento de suas atividades administrativas rumo ao estado futuro desejado. Segundo Lacombe e Heilborn (2010) planejar abrange: [...] coletar informações e diagnosticar a situação; estabelecer objetivos e metas; estabelecer políticas e procedimentos, de acordo com os objetivos, para orientar as decisões; elaborar e implantar planos, programas e projetos para alcançar as metas e montar seus respectivos cronogramas para acompanhar sua execução. Manter-se sempre informado de modo a atualizar permanentemente o diagnóstico [...] (LACOMBE E HEILBORN, 2010, p.49). De acordo com Lenzi e Rosembrock (2003), o planejamento estratégico é, em linhas gerais, um processo gerencial formal, de longo alcance, empregado para formular estratégias e buscar os objetivos organizacionais. Este processo estabelece o rumo a ser seguido pela organização e exige um longo prazo entre o início e os resultados. Por isso, é capaz de apresentar uma adequação sensata entre os objetivos e recursos da organização frente às mudanças e oportunidades de mercado. Pereira (2011) fala do planejamento estratégico como relacionado às ações para alcançar objetivos de longo prazo que influenciam a empresa em um todo. 33 4 O EMPREENDEDORISMO EMPRESARIAL 4.1 Efetivando o Comércio Acerca dos institutos de apoio ao empreendedorismo, podemos salientar o SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, que foi gerado para servir de base aos micros empresários ou habitantes comuns que desejam começar o próprio negócio. O órgão disponibiliza ajuda e oferta suporte aos brasileiros na árdua função de empreender no Brasil. Quando o SEBRAE surgiu o termo empreendedor se popularizou e atingiu todas as categorias da população. O SEBRAE é uma das instituições mais lembradas pelo pequeno empresário brasileiro, que junto a essa entidade procura suporte para começar a sua empresa, bem como assessorias para decidir pequenos problemas de seu negócio. (DORNELAS, 2001, p. 38). O SEBRAE tem a finalidade de informar e dar suporte necessário para a abertura de uma empresa, bem como acompanhar através de consultoriasseu andamento, solucionando pequenos problemas do negócio. É bom conhecer as vantagens econômicas e sociais que o empreendedorismo pode oferecer ao país, algumas iniciativas foram firmadas com a intenção de fomentar o aumento do empreendedorismo, como por exemplo, a Lei Complementar n° 123/2006 conhecida como a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa que começou a vigorar em 2007 e a Lei Complementar n° 128/ 2008 que é a Lei do Empreendedor Individual. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa foi gerada com o intuito de incentivar a legalização das micro e pequenas empresas. Além de diminuir os obstáculos confrontados pelas empresas no Brasil. A efetivação da Lei deixou que ocorresse uma queda dos altos impostos cobrados aos empresários e reduziu a burocracia, ofertando as situações que favorecem a geração e o desenvolvimento das micro e pequenas empresas (BRASIL, 2011). 34 4.2 Lei Geral da Micro e Pequena Empresa A Lei Geral é renomada como Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, sendo criada pela Lei Complementar nº 123/2006 para moderar um tratamento privilegiado, simples nesse setor, regulado na Constituição Federal. Sua finalidade é alentar a extensão e o antagonismo de Micro e Pequenas Empresas e de Microempreendedores Individuais como sistema de formação de novos empregos, distribuir renda, incentivar a inclusão social, diminuir a informalidade e progresso da economia do país. Com exceção do tratamento tributário diferenciado, ela gerou benefícios direcionados ao Produtor Rural Pessoa Física e ao agricultor familiar. A mesma Lei, classifica como Microempreendedor Individual (MEI) aquele que apresenta uma receita bruta anual de até R$ 81 mil, classifica também a Microempresa com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360 mil e Empresa de Pequeno Porte aquela que tem uma receita bruta anual superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 4,8 milhões. Mediante a esta divisão, o Simples Nacional é um dos três regimes tributários existentes no país e nele são agregados os primordiais impostos que devem ser pagos pelas Microempresas e Macro empresas evitando aplicações de multas, não causando prejuízos e adversidades para a gestão de um empreendimento. Este sistema que no Brasil teve seu início em 2007, consequentemente em 2019 já contava com mais de 5 milhões de empresas participantes a este tipo de pagamento, como benefício do Simples Nacional a microempresa optante por este imposto, paga os valores proporcionais ao seu faturamento anual, recolhidos em uma única guia conhecida como Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Uma Microempresa pode também participar do processo de licitações públicas nas esferas do governo, estado e município, como forma de possibilitar o crescimento econômico e social. Sendo assim a administração pública deve propor alguns métodos que coloque a Microempresa em equilíbrio com as outras concorrentes, ou seja, os microempreendedores devem receber tratamento 35 beneficiado e serem estimulados a inovação tecnológica. Outras atitudes podem ocorrer para que a Microempresa concorra nas licitações, são elas: • Demandar dos ofertantes a subcontratação de Micro e Pequenas Empresas. • Designar-se, em disputas para adquirir bens de natureza divisível com valor de até 25% para o acordo de micro e pequenas empresas. • Garantir em caso de empate, a oportunidade de negociação e a escolha para contratação de micro e pequenas empresas. • Reivindicar a garantia da regularidade fiscal apenas no momento da contratação, respeitando o período complementar para reparação de restrições. Outras garantia que as micro e pequenas empresas que escolhem o Simples Nacional é o método diferenciado para a exportação de bens e serviços, ou seja, as condutas para a habilitação, licenciamento, remessa aduaneiro e permuta devem ser simplificadas. A arrecadação de impostos nas exportações de bens e serviços até o valor de R$ 4,8 milhões, acrescentadas às receitas conquistadas no mercado interno, ocorrerão sem a exclusão do Simples Nacional. O Simples Nacional é um dos três regimes tributários existentes no país. Nele são agregados os primordiais impostos que devem ser pagos pelas Microempresas e Macro empresas de forma simples favorecendo e facilitando o pagamento, para que não ocorram atrasos evitando aplicações de multas, causando prejuízos e adversidades para a gestão de um empreendimento. É sistema que no Brasil se iniciou em 2007 consequentemente em 2019 já havia mais de 5 milhões de empresas participantes a essa metodologia de pagamento. Benefícios do Simples Nacional é que uma microempresa optante pelo Simples, paga os impostos na proporção do seu faturamento anual. O Simples Nacional é a maneira encontrada pelo empreendedor pagar os impostos de sua empresa, pois são recolhidos em uma única guia (DAS), Documento de Arrecadação do Simples Nacional. Ocorrem licitações públicas nas esferas do governo, estado e município que é primordial, receber tratamento beneficiado às Microempresas como forma de possibilitar o crescimento econômico e social, aumentar a serventia das políticas 36 4.3 Aberturas de microempresas continuam em alta no Brasil As micro e pequenas empresas possuem importante papel socioeconômico no Brasil. Elas possuem a capacidade de gerar não somente riqueza, mas grande oferta de empregos, além de seu desempenho nas cadeias produtivas sob forma de fornecedores terceirizados ou quarteirizados de grandes empreendimentos capazes de produzir bens intermediários e finais, ou mesmo como fornecedores de pequenos lotes de produção em nichos de mercado, ou em mercados especializados. O Microempreendedor Individual (MEI) é um pequeno empresário que tem um negócio e o administra sozinho. Essa atividade estabelece que o microempresário possua uma ganho anual fixo para se assegurar na modalidade. O cadastro do microempreendedor Individual foi constituído pelo Governo Federal com objetivo de especializar os profissionais que desempenhavam suas atuações profissionais informalmente. De acordo com Demori (1991, p. 36), "a formação e o desenvolvimento destas empresas proporcionam oportunidades para a dinamização da economia, descentralizando o capital, criando novos empregos e regionalizando a produção industrial” Em uma pequena empresa quase sempre os problemas recaem sobre os sócios ou proprietários, e a eles cabe buscar soluções para problemas de diversas áreas da empresa, tais como: pessoal, materiais, manutenção, finanças, propaganda. Isso acontece pelo fato de numa pequena empresa não haver departamentos distintos para cada área de atuação. (ALTRÃO, 2001, p. 33). Mesmo à frente de divergências obrigatórias pelo nova perspectiva econômica, a abertura de microempresas continua em alta no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE, a partir de dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), verificou que apesar de um pequeno declínio anotado no primeiro trimestre de 2022, comparado à mesma época de 2021, a quantidade de microempresas abertas continuou elevada dentro do período da pandemia. Esta mesma pesquisa demonstra que no período do primeiro trimestre de 2022 foram criadas 954 mil empresas entre microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. Diante do número de franquia de empresas, a pesquisa fez um ranking das dez atividades que mais se destacaram 37 em 2022, incluindo segmentos de moda, saúde e construção, pois são fatores que irão direcionar em especial os novos MEI ao decidirem na escolha detalhada sobre negócio que terão para uma fonte de rendimentos. “A pandemia teve início em 2020 e, junto com ela, cresceu a quantidade de desempregados, motivados, em muitos casos, pelo grande número de restrições nas atividades econômicas.Com a vacinação e o arrefecimento das medidas restritivas, as empresas voltaram a funcionar e a contratar, o que pode ter aumentado o empreendedorismo por necessidade”, pontua o presidente do SEBRAE, Carlos Melles. No primeiro trimestre de 2022, foram conduzidas quase 7 mil novas Microempresas e 1 mil novas (EPP) da prática de serviços acordados de escritório e assistência administrativa no Brasil com 4,8 mil novas Microempresas e 817 cadastros de (EPP) no mesmo tempo. Entre os segmentos, o destaque ficou a cargo dos serviços de engenharia, que agregam a criação de projetos e análise técnica nas áreas de engenharia civil, hidráulica e tráfego, bem como inspeção e fiscalização de obras, pois esta área obteve 3,3 mil novas microempresas abertas e 411 empreendimentos de pequeno porte, fazendo com que a construção de edifícios ficasse em segundo lugar do ranking, com 833 novas EPP. O Microempreendedor Individual (MEI) é um pequeno empresário que tem um negócio e o administra sozinho. Essa atividade estabelece que o microempresário possua um ganho anual fixo para se assegurar na modalidade. O cadastro do microempreendedor Individual foi constituído pelo Governo Federal com objetivo de especializar os profissionais que desempenhavam suas atuações profissionais informalmente. 38 5 A ESTRATÉGIA PELO EMPREENDEDOR 5.1 Economia O empreendedorismo é um mecanismo que une pessoas e procedimentos de modo a progredir o comércio existente e também auxilia em novas empresas e/ou produtos, modificando ideias em inovações e trazendo resultados na criação de negócios de êxito, sempre juntando criatividade e oportunidade. Crise econômica é o nome dado a períodos em que a economia de um país passa por um período de escassez. Crise do capitalismo ou crise econômica se evidencia quando um país se torna incapaz de controlar fatores como a alta da inflação sem que as ações prejudiquem a produção de bens e serviços, como também a sua comercialização e também o consumo. O termo aplica-se a variadas situações em que instituições ou ativos financeiros rapidamente se desvalorizam. (BLASTINGNEWS, 2016). As crises trazem ao Empreender desafios, que exigem de quem empreende muito preparo e criatividade para preservar o comércio saudável. Dessa forma o empreendedor tem que escolher estratégias para vencer os obstáculos que a crise pode trazer. O planejamento estratégico é unido ao processo de tomada de decisões através da gestão estratégica e envolve todos os setores dentro da empresa, na proporção em que se reúne a ação de planejar á de administrar em um único processo, visando possibilitar as condutas necessárias para que os diversos setores da organização se integrem e se envolvam com o processo decisório (VARELA, 2015). Com o isolamento social muitos dos projetos pessoais e profissionais foram abortados, não apenas no curto prazo, mas, dependendo do tipo do sonho ou do projeto, no prazo médio ou longo. Portanto, diante da crise brasileira, o momento é de oportunidades para se desenvolver empreendendo, tanto na empresa onde trabalha, quanto aos que estão em momentos de dificuldades como o desemprego, identificando oportunidades e as modificando de forma criativa e inovadora, para que assim, gerem lucros. No entanto, o período de incertezas oriundo de uma crise econômica aumenta o medo do empreendimento não vingar. Através do estudo realizado, foi possível perceber 39 que em momentos adversos podem-se encontrar oportunidades ímpares de empreender, é preciso estar atento e adotar um posicionamento positivo, pois o empreendedor que se posiciona de forma a vencer a crise a qualquer custo, pode até encontrar dificuldades, mas a crise não irá tirá-lo do seu caminho para o sucesso. “As empresas possuem mais funcionários empreendedores do que elas conseguem imaginar. Eles podem ser identificados pelas suas realizações, pelos sinais que demonstram, pela sua história dentro e, principalmente, fora da organização”. (HASHIMOTO, 2006, p.27). Com cautela e estratégia diferenciada, é possível superar os obstáculos e passar por momentos de crise sem grandes prejuízos. Nestes momentos o bom gestor se sobressai, isto ocorre por ele saber gerenciar bem o seu comércio e contar com esta gestão será de grande valia para auxiliá-lo a decidir coisas importantes, da empresa. A característica de um bom empreendedor é saber identificar bons negócios, mesmo que situações desfavoráveis surjam, ocorra como a crise ou ainda uma recessão econômica, ele terá a visão de uma oportunidade quando ninguém mais a ver. 5.2 Medidas Emergenciais adotadas pelos Governos para minimizar impactos da Pandemia Em razão do isolamento social estabelecido globalmente, o governo Federal homologou algumas medidas legais para auxiliar as organizações, principalmente as micro e pequenas empresas, no enfrentamento da crise financeira e econômica que se assolou em meio à pandemia global de COVID-19. No Brasil mesmo antes da pandemia já existiam programas de apoio e incentivo ao empreendedor dentro da área empresarial, educacional e econômica. Dentro do contexto empresarial, o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), foi criado em 1972, é um órgão que promove e estimula o empreendedorismo e o desenvolvimento do Brasil. O incentivo do SEBRAE ocorre por meio de apoio técnico para planejamento e abertura de empresas, como é o caso do “Programa Próprio”, no qual os empreendedores elaboram o Plano de Negócio de uma nova empresa. O SEBRAE oferece ainda apoio técnico para empresas já existentes. 40 E os programas oferecidos não param por aí, há também o “Programa Varejo Mais”, voltado para melhoria contínua dos processos de empresas, além de um conjunto de cursos voltados para a melhoria e bem-estar do empreendedor. Além do apoio técnico, de orientação ao empreendedorismo, temos presentes no Brasil às leis federais, estaduais e municipais de apoio ao setor. Temos a Lei de nº 9.841, de 05 de outubro de 1999, que institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos artigos 170 e 179 da Constituição Federal (BRASIL, 1999). Tal lei vem nortear a definição de microempresa e de empresa de pequeno porte, o tratamento jurídico diferenciado e a forma de condução dos mecanismos fiscais e financeiros. Criação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em dezembro de 2006. A lei consolidou, em um único documento, o conjunto de estímulos que deve prevalecer para o segmento nas três esferas federal, estadual e municipal da administração pública, inclusive na área tributária. (SEBRAE, 2010b). De acordo com o SEBRAE (2010b), a nova lei Geral da Micro e Pequena Empresa atribuem facilidades ao setor de empreendedorismo. Com ela ficou mais simples pagar impostos, obter crédito, ter acesso à tecnologia, exportar, vender para o governo, se formalizar, tudo isso aliado a menos burocracia e mais oportunidades, ou seja, os empresários vão ganhar mais, gerarem empregos e rendas. O governo federal deu mais um passo em apoio ao empreendedorismo, quando criou a Lei Complementar de 128, de dezembro de 2008, voltada para o microempreendedor individual (MEI): Entre as medidas, a nova lei possibilita resolver problemas reclamados pelo segmento relativos à cobrança de ICMS, cria condições para desburocratizar a abertura e o fechamento de empresas, permite a entrada de novos setores econômicos no Simples Nacional e cria duas novas personalidades jurídicas, o Microempreendedor Individual (MEI) e a Sociedade de Propósito Específico (SPE). (SEBRAE, 2010b) Há ainda o PROGER, outro programa que engloba três frentes, Urbano, Rural e PRONAF, cada um com suas características próprias nas linhas de financiamento,sendo: 41 URBANO: tem por finalidade incrementar a política pública de combate ao desemprego no meio urbano, mediante financiamentos a micro e pequenos empreendedores privados nos setores formal e informal da economia, com apoio técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e outras entidades credenciadas, em operações de investimento e capital de giro, que gerem emprego e renda. No Paraná, é operado pelo Banco do Brasil S/A e Caixa Econômica Federal. RURAL: tem por finalidade conceder apoio financeiro às atividades agropecuárias, com incremento da atividade produtiva do homem do campo e a consequente melhoria na qualidade de vida no meio rural. Destina-se aos pequenos e mini produtores rurais, inclusive nas atividades pesqueira, extrativa vegetal e de aquicultura, mediante linhas de crédito de investimento e de custeio, de forma individual e coletiva, em operações que gerem emprego e renda. No Paraná é operado pelo Banco do Brasil S/A. PRONAF: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - assistência financeira - tem por finalidade conceder apoio financeiro às atividades agropecuárias, Trata-se de concessão de linha de crédito associada a ações de apoio de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário tais como, a verticalização e descentralização da produção e melhoria na infraestrutura de suporte à expansão do desenvolvimento socioeconômico da zona rural. No Paraná, é operado pelo Banco do Brasil S/A e agentes financeiros credenciados pelo BNDES. (SETP, 2010b). Algumas empresas não puderam parar suas atividades e tiveram seu faturamento reduzido, com isso a MP nº 944/2020 criou um sistema de empréstimos para pagamento da folha de salários. Podem aderir a esse programa as empresas que auferiram receita bruta no ano de 2019 entre R$ 360.000,00 e R$ 50.000.000,00, conforme art. 2º da MP nº 944/2020, ou seja, em razão do faturamento limite para adesão ao programa, são beneficiadas também as empresas de médio e grande porte, que não são optantes pelo Simples Nacional. Outra medida financeira criada pelo governo federal foi o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Pronampe. O Pronampe é um programa governamental destinado ao desenvolvimento das pequenas empresas, instituído pela Lei nº 13.999 de 18 de maio de 2020. Diferentemente do financiamento citado anteriormente, o Pronampe não está vinculado à folha de pagamento, sendo uma linha de crédito para capital de giro, investimentos, para suprir a folha de pagamento, entre outros. O valor é depositado na conta da empresa e fica disponível para ser utilizado de acordo com a necessidade momentânea, porém o valor não pode ser utilizado para distribuição de lucros ou dividendos aos sócios (SEBRAE, 2020). Embora o Governo Federal tenha aprovado em março/2020 o auxílio emergencial de R$ 600,00 para os trabalhadores informais, a fim de ajudar a pagar 42 as contas e manter as despesas de cada família, infelizmente nem todas as famílias receberam esse auxílio e, em muitos casos, o auxílio também não foi suficiente para arcar com todas as despesas. 6 METODOLOGIA 6.1. Método de Pesquisa Este trabalho, quanto à sua finalidade, classifica-se em pesquisa aplicada que tem como objetivo demonstrar como Empreendedorismo no Brasil se superou e os aspectos relevantes no contexto da pandemia, o poder de superação e inovação da classe empreendedora. Os empreendedores identificaram novas oportunidades de negócio, através de soluções inovadoras em resposta às dificuldades enfrentadas O objetivo final é, portanto, a demonstração de empreendedores que se reinventaram e adaptaram as novas mudanças e tiveram seus negócios ampliados gerando lucros e a quantidades de novos empresários na modalidade, muitos originários de demissões de empregos formais. Refletindo o objetivo geral, o presente trabalho tem caráter descritivo, uma vez que se baseia em assuntos teóricos existentes na área específica de Empreendedorismo, sendo assim escrita para futuras pesquisas e estudos para os estudantes da parte administrativa. O trabalho de conclusão de curso aplicou a pesquisa bibliográfica, sendo as informações averiguadas em livros, revistas, artigos acadêmicos alusivos à temática descrita sendo de enorme relevância a parte referencial teórica, que conduziram ao êxito das referências geradas para apreciação dos acadêmicos em Administração. Desta forma, a leitura e estudo aprofundados, confrontando opiniões dos arquivos citados acima foram de fundamental êxito para que se pudesse atingir o objetivo do trabalho de conclusão do curso e fazer demonstrações sobre Empreendedorismo e o sucesso de empreendedores diante à pandemia. 43 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como podemos observar, na área empresarial existem políticas e programas de apoio e incentivos, tanto proporcionados pela alas governamentais, bem como vindo das redes privadas, tanto em área urbana como em área rural. O empreendedorismo é o método no qual envolve pessoas e processos, que buscam evoluir negócios existentes como também novas empresas ou produtos, transformando ideias em novas oportunidades e resultando na criação de negócios de sucesso. Ele sempre está associado à criatividade e a oportunidade. Portanto, diante da crise brasileira, foi um momento oportuno para se desenvolver empreendendo, tanto na empresa onde trabalha, quanto aos que estão em momentos de dificuldades como o desemprego, identificando oportunidades e as modificando de forma criativa e inovadora, para que assim, gerem lucros. Os períodos de incertezas originados por uma crise econômica fazem o medo do empreendimento não vingar crescer. Entretanto foi possível perceber que em momentos adversos pode-se encontrar ocasiões para empreender estando atento e adotando uma postura positiva, pois o empreendedor deve se posicionar de modo a vencer a crise a qualquer custo, podendo até encontrar obstáculos, mas a crise não irá tirá-lo do seu caminho para o sucesso. Cuidando e mudando estratégias, pode-se superar as barreiras que surgirem no caminho. Pois, um bom empreendedor tem como característica saber identificar bons negócios, mesmo em situações desfavoráveis, como ocorre em momentos de crise e recessão econômica, pois ele tende a avistar uma oportunidade, onde ninguém mais consegue enxergar. A problemática citada no trabalho relata que: O empreendedorismo cresceu principalmente entre as pessoas que perderam o emprego por conta das consequências da pandemia. Os empreendedores demonstraram habilidades de liderança e manobras bem-sucedidas do próprio negócio, principalmente em micro e pequenas empresas que programaram soluções e ferramentas de sucesso. Este trabalho teve como objetivo geral mostrar os conceitos de Empreendedorismo e apresentar ações que empreendedores e o governo tiveram que realizar durante a pandemia, teve como objetivos específicos: conceituar empreendedorismo; mostrar o perfil dos empreendedores; descrever as tipologias de empreendedorismo; comentar as ações empreendedoras durante a pandemia. 44 8 REFERÊNCIAS ALTRÃO, Adilson. Pequenas empresas: Heróis Anônimos. Curitiba: Curitiba, 2002. BLASTINGNEWS. Crise econômica: é como se definem períodos de oscilações na economia. 2016. Acesso: 26/09/22. Disponível em: http://br.blastingnews.com/news/tag/criseeconomica/. BRASIL, Lei Federal nº 9.841, de 05 de outubro de 1999. Disponível em: Acesso em: 02 OUT. 2022. BRASIL, Lei Federal nº10. 172 de 09 de janeiro de 2001. Disponível em. Acesso em: 02 OUT. 2022. BRASIL. Coronavírus>Como se proteger?. Ministério da Saúde. 2021. Disponível em:<http://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/como-se-proteger>. Acesso em: 19 Dez. de 2022. CERQUEIRA, H. E. A. da G., PAULA, J. A. de, ALBUQUERQUE, E. da M. E. Teoria Econômica,
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