Buscar

curso-166717-aula-01-grifado-b4c7

Prévia do material em texto

1 
 
Sumário 
1 - Guerra Fiscal, uma Breve Introdução ....................................................................................... 3 
2 - Lei Complementar 24/75 - Convênios ..................................................................................... 4 
Questões Comentadas ................................................................................................................... 13 
Lista de Questões ........................................................................................................................... 52 
Gabarito .......................................................................................................................................... 70 
 
 
 
 
 2 
 
INTRODUÇÃO 
Olá! Tudo tranquilo na primeira aula? Sei que ela foi extensa mas trata-se de um assunto que é 
fundamental, juntamente com a lei Kandir, para o entendimento de toda a legislação tributária de 
qualquer Estado. 
Mesmo que lhe pareça um pouco confuso no início, aos poucos você vai entender melhor como 
funciona o ICMS. É como um quebra-cabeça de muitas peças que deve ser construído com 
paciência. Para preencher mais um pedaço desse quebra-cabeça, hoje veremos a lei 
complementar 24/75, que trata dos convênios do ICMS. 
Persista. Lute. Sustente. Sei que a vida de concurseiro não é fácil porém também sei dos 
benefícios que uma aprovação lhe proporcionará. Foco, força e fé. 
Sem mais delongas....vamos nessa? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
1 - Guerra Fiscal, uma Breve Introdução 
Muito se fala hoje em dia sobre a “Guerra fiscal”. Você sabe realmente o que é isso? 
Vimos na aula anterior que o ICMS é um imposto estadual e que os Estados tem competência 
para instituir por lei suas alíquotas internas, desde que respeitado o limite mínimo da alíquota 
interestadual (12%). 
Imagine que você tenha uma empresa que fabrica cerveja e quer expandir seus negócios 
construindo uma nova fábrica no nordeste. Para isso você precisa tomar uma decisão: em qual 
Estado a fábrica deve operar? Obviamente que existem “n” fatores para essa tomada de decisão: 
fatores logísticos, climáticos, tributários… 
Sabendo que sua fábrica gerará por volta de 1000 empregos diretos e uns 2000 empregos 
indiretos, você recebe a ligação de dois homens importantes: o Governador de Pernambuco e o 
Governador de Alagoas. O primeiro prometeu que, caso você decida se instalar em Pernambuco, 
irá lhe conceder um benefício fiscal que reduzirá a alíquota efetiva do ICMS sobre a cerveja para 
apenas 5% (através de crédito presumido). O segundo, cônscio da importância de levar sua 
fábrica para Alagoas, promete um benefício fiscal que reduzirá a alíquota da cerveja a 3% (através 
de crédito presumido) e ainda lhe garante isenção total por um período de 2 anos. 
Ignorando os demais fatores não tributários para a tomada de decisão, em qual Estado você iria 
instalar sua fábrica? Alagoas, né? 
Esse fato que narrei demonstra um exemplo bem sucinto de como funciona a Guerra Fiscal, que 
defino como uma disputa entre Estados (no caso do ICMS) para atrair investimentos através de 
incentivos fiscais. 
Não cabe aqui analisar os malefícios dessa “Guerra” mas deixamos um pequeno comentário: 
quem perde com isso é o nosso país devido a quantidade enorme de recursos que deixam de 
entrar nos cofres públicos. 
 
 
 
 
moniq
Destacar
moniq
Destacar
 
 
 4 
 
 
 
2 - Lei Complementar 24/75 - Convênios 
Dispõe a CF/88 em seu art. 155, §2º, XII, que trata do ICMS: 
XII - Cabe à Lei Complementar: 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, 
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
 
Como visto, a CF/88 estabeleceu que quaisquer benefícios fiscais relativos ao ICMS dependem 
de deliberação dos Estados e do DF e que a concessão desses benefícios seja regulamentada 
por lei complementar. Por isso foi recepcionada a LC 24/75 que dispõe sobre as regras dos 
convênios para a concessão de isenções e quaisquer outros benefícios fiscais acerca do ICMS. 
Essa lei complementar tem por objetivo acabar com a Guerra Fiscal entre os Estados pois impede 
que os mesmos ofereçam benefícios fiscais ao seu bel prazer com o intuito de atrair as grandes 
empresas para seus territórios renunciando parte de sua receita tributária. 
Os convênios celebrados entre as Unidades Federativas, através do Confaz (Conselho Nacional 
de Política Fazendária, o qual é composto pelos 27 Secretários de Estado de Fazenda e um 
representante da Fazenda Nacional), devem ser respeitados por todas as Unidades da Federação 
como veremos adiante. 
A doutrina classifica os convênios em autorizativos ou impositivos. 
Os convênios autorizativos, como o próprio nome diz, não obrigam os Estados a conceder 
benefícios. Normalmente se iniciam com os seguintes dizeres: “Ficam os Estados e o Distrito 
Federal autorizados a conceder a isenção nas...”. Para que o benefício passe a valer deve ser 
incorporado à Lei ou ao Regulamento estadual. 
Os convênios impositivos não precisam ser internalizados, incorporados, à legislação tributária 
estadual. Após cumpridas as formalidades, aplicam-se a todos os Estados signatários e 
normalmente se iniciam com os seguintes dizeres: “concede isenção do imposto na saída de …”. 
Fique ligado! Esse assunto já foi abordado pela FGV na prova do ICMS RJ/2010, como veremos 
nas questões adiante. 
moniq
Retângulo
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Destacar
 
 
 5 
 
Antes da lei complementar 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Supremo Tribunal 
Federal (STF) não admitia a distinção entre convênio autorizativo e impositivo, devendo ser 
obrigatoriamente cumprido pelo Ente Federativo para que fosse mantida a harmonia das 
normas relativas ao ICMS, ainda que na sua edição ele fosse denominado explicitamente de 
uma ou outra forma. É o teor da decisão do STF em sede do RE 96.545/SP. 
Entretanto, com o advento da LC 101/00, os Estados e o Distrito Federal (DF) devem 
condicionar a concessão ou não do incentivo ou benefício fiscal à previsão orçamentária, 
devendo a concessão se adequar às contas do Ente, independente do que dispõe o 
Convênio celebrado. Assim, na prática, todo Convênio passou a ser autorizativo, uma vez 
que o Ente apenas irá cumpri-lo se o disposto no texto do Convênio for compatível com suas 
contas públicas. Porém, para sua prova, tenha em mente que a doutrina ainda faz essa distinção! 
Tenha cuidado! Essa classificação entre convênio impositivo ou autorizativo não está prevista na 
LC 24/75: é uma classificação meramente doutrinária! 
Após essa breve introdução, vamos destrinchar essa LC 24/75? 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
I - à redução da base de cálculo; 
II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do 
tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; 
III - à concessão de créditos presumidos; 
IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, 
concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais 
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; 
V - às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data. 
 
 
moniq
Destacar
moniq
Retângulo
 
 
 6 
 
 
 
O artigo 1º nos traz a forma de concessão e revogação dos benefícios fiscais e também deixa 
explícito quais são os benefícios que deverão ser concedidos por meio de convênios. 
O convênio é o ato conjunto realizado e ratificado por todos os Estados e pelo Distrito 
Federal para o tratamento dos assuntos enumeradosacima. Somente pela decisão 
unânime dos Entes representados nas reuniões poderá haver a concessão de isenções, 
incentivos e benefícios fiscais referentes ao ICMS. 
Mas o que é um benefício fiscal? É a supressão legal, total ou parcial, do pagamento do tributo 
devido. Tenha em mente que tudo que importe redução do valor a ser recolhido aos cofres 
públicos a título de ICMS deve ser objeto de convênio. 
Art. 2º - Os convênios a que alude o art. 1º, serão celebrados em reuniões para 
as quais tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do 
Distrito Federal, sob a presidência de representantes do Governo federal. 
§ 1º - As reuniões se realizarão com a presença de representantes da maioria das 
Unidades da Federação. 
Concedidos ou 
revogados 
mediante 
Convênios
Isenções
Reduções de 
Base de Cálculo
Devolução total 
ou parcial do 
tributo
Concessão de 
créditos 
presumidos
Incentivo que 
reduza ou 
elimine o ônus 
Prorrogações de 
isenções vigentes
Apenas em 
relação ao ICMS
moniq
Retângulo
moniq
Destacar
moniq
Retângulo
 
 
 7 
 
§ 2º - A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos 
Estados representados; a sua revogação total ou parcial dependerá de 
aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes. 
§ 3º - Dentro de 10 (dez) dias, contados da data final da reunião a que se refere 
este artigo, a resolução nela adotada será publicada no Diário Oficial da União. 
Vamos falar agora sobre os requisitos formais da celebração do convênio. 
Primeiro, devem ser convocados os representantes de todos os Estados e do DF, sendo que o 
quórum mínimo necessário dos presentes para início é da maioria (14 Estados/DF). 
Para aprovação de qualquer benefício o quórum exigido é de unanimidade dos presentes e para 
revogação de qualquer benefício, o quórum é de 4/5 dos presentes. 
Logo, basta que apenas um Estado/DF rejeite o convênio que este se restará prejudicado. 
Atenção: Não confundir rejeição de um convênio que sequer entrou em vigor com revogação, 
onde o benefício está vigente e será retirado do ordenamento jurídico, ok? 
Terminada a reunião, é necessário dar publicidade aos atos discutidos no CONFAZ dentro do 
prazo de 10 dias, com a publicação no Diário Oficial da União (DOU). 
 
 
ATO QUÓRUM MÍNIMO 
Convocação 100% dos Estados/DF 
Realização do CONFAZ Maioria 
Aprovação Unanimidade dos Estados presentes 
Revogação 4/5 dos Estados presentes 
Rejeição Apenas 1 Estado/DF 
Vamos seguir em frente? 
moniq
Retângulo
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Retângulo
 
 
 8 
 
Art. 3º - Os convênios podem dispor que a aplicação de qualquer de suas 
cláusulas seja limitada a uma ou a algumas Unidades da Federação. 
Tenha em mente que um Convênio pode perfeitamente excluir algum Estado da Federação de 
sua abrangência. Vamos a um exemplo. 
 
Exemplo 28) Imagine que o Convênio XXX/2017 autorize 20% de crédito presumido para 
transportadoras apenas dos Estados de MG, SP, PR e RS. Repare que isso não dispensa a 
aprovação por votação unânime de todos os presente à reunião e tampouco dispensa os Estados 
da Federação de ratificarem o referido convênio, mesmo o benefício estando limitado a apenas 4 
Estados. Entretanto, o benefício só poderá ser usufruído por contribuintes dessas Unidades da 
Federação. 
 
§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se também às Unidades da Federação cujos 
representantes não tenham comparecido à reunião em que hajam sido 
celebrados os convênios. 
§ 2º - Considerar-se-á rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente 
ratificado pelo Poder Executivo de todas as Unidades da Federação ou, nos 
casos de revogação a que se refere o art. 2º, § 2º, desta Lei, pelo Poder 
Executivo de, no mínimo, quatro quintos das Unidades da Federação. 
Art. 4º - Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados da publicação dos 
convênios no Diário Oficial da União, e independentemente de qualquer outra 
comunicação, o Poder Executivo de cada Unidade da Federação publicará 
decreto ratificando ou não os convênios celebrados, considerando-se ratificação 
tácita dos convênios a falta de manifestação no prazo assinalado neste artigo. 
Após a publicação no DOU do convênio aprovado no CONFAZ, os Poderes Executivos de cada 
Estado/DF têm 15 dias para ratificarem ou rejeitarem o convênio. Um detalhe muito importante é 
que até os Estados que não se fizeram representar na reunião podem rejeitar o convênio. 
Ressalto que, caso alguma UF deixe de publicar o decreto ratificando o convênio, será 
considerado como aceitação tácita, valendo a velha máxima de que "quem cala consente". 
Entretanto, no caso de apenas uma das Unidades Federadas publicar um decreto pela não 
ratificação do convênio, mesmo se o representante não se fez presente à reunião do Confaz, o 
convênio será considerado rejeitado. 
moniq
Retângulo
moniq
Retângulo
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Destacar
 
 
 9 
 
Art. 5º - Até 10 (dez) dias depois de findo o prazo de ratificação dos convênios, 
promover-se-á, segundo o disposto em Regimento, a publicação relativa à 
ratificação ou à rejeição no Diário Oficial da União. 
E para finalizar a parte formal dos convênios, após expirar o prazo para publicação do decreto de 
ratificação ou rejeição pelos Estado/DF, dentro de 10 dias deverá ser publicado no DOU a 
ratificação ou rejeição do convênio. A partir desta publicação o convênio é considerado 
aprovado. 
Art. 6º - Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação a 
que se refere o art. 5º, salvo disposição em contrário. 
Salvo disposição em contrário, o convênio terá como início de vigência 30 dias após sua 
aprovação no DOU. Ocorre que, na maioria das vezes, a data para entrada em vigor vem 
expressa no próprio corpo do convênio. Tome cuidado com o expresso no art. 103, III, do CTN, 
que afirma que os convênios entram em vigor na data neles prevista. Na prova devemos atentar 
ao enunciado da questão. 
Geralmente quando não se falar nada no enunciado, vale o disposto na LC 24/75 (30 dias após 
sua ratificação nacional), mas se a banca publicar um extrato de um convênio na prova e houver 
uma data para entrada em vigor em seu próprio texto (por exemplo: “entra em vigor na data da 
sua publicação”) esta prevalece sobre a regra geral. 
Funciona assim: após a reunião tem-se 10 dias para que se publiquem o convênio no DOU. Após 
a publicação do convênio no DOU, os Estados/DF têm 15 dias para ratificarem o convênio 
expressa ou tacitamente. Após esse período, publica-se em DOU a ratificação nacional e, aí sim, 
começa a correr o prazo de 30 dias para o convênio entrar em vigor (exceto se o convênio prever 
data diversa para iniciar sua vigência). Em resumo: 
 
 
 
 
 
15 dias 
30 dias (regra 
geral) 10 dias 10 dias 
Rejeição ou 
Ratificação 
Publicação 
em DOU 
Reunião Publicação 
em DOU 
 
Entrada 
em vigor 
moniq
Retângulo
moniq
Retângulo
moniq
Retângulo
 
 
 10 
 
Exemplo 29) O Convênio YYY/2017 teve sua ratificação nacional publicada no DOU em 
01/03/2017. Tal convênio estabeleceu isenção para operações internas com morangos nos 
Estados do Nordeste. Como o convênio foi silente, o convênio entrará em vigor somente no dia 
31/03/2017. 
 
Exemplo 30) O Convênio YYY/2017 teve sua ratificação nacional publicada no DOU em 
01/03/2017. Tal convênio estabeleceu isenção para operações internas com uvas nos Estados do 
Nordeste. No corpo do convênio encontrava-se os dizeres: “Este convênio entra em vigor no dia 
15/03/2017”. Ora, se o convênio estipulou uma data, é essa data que valerá para a vigência do 
convênio. 
 
Art. 7º - Os convênios ratificados obrigam todas as Unidades da Federação 
inclusive as que, regularmente convocadas, não se tenham feito representar na 
reunião. 
Uma vez aprovado e em vigor, todas as UFs devem obediências ao convênio, mesmo que não 
tenham participado da reunião e/ou suas regras envolvam apenas alguns Estados. 
 
Exemplo31) O Estado do Rio Grande do Sul “esqueceu” de comparecer à reunião do CONFAZ 
que aprovou o Convênio ZZZ/2017. Além disso, seu Governador, que era contrário ao convênio, 
também esqueceu de publicar, dentro do prazo de 15 dias após a publicação do convênio no 
DOU, um Decreto rejeitando o Convênio. Ora, nessa situação o Estado do RS ratificou 
tacitamente o convênio e se os outros Estados também o ratificaram o convênio estará em vigor 
após os demais trâmites e todos devem obediência a ele, não importando se o RS não 
compareceu à reunião ou se o ratificou apenas tacitamente. 
 
Art. 8º - A inobservância dos dispositivos desta Lei acarretará, cumulativamente: 
I - a nulidade do ato e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento 
recebedor da mercadoria; 
Il - a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da lei ou ato 
que conceda remissão do débito correspondente. 
moniq
Retângulo
moniq
Retângulo
 
 
 11 
 
O art. 8º é mais um que reforça o combate à guerra fiscal dos Estados pois se alguma UF 
conceder algum benefício que não esteja amparado pelo Confaz, então esse benefício será nulo 
e acarretará sanções para o Estado que incorrer na ilegalidade. 
Parágrafo único - As sanções previstas neste artigo poder-se-ão acrescer a 
presunção de irregularidade das contas correspondentes ao exercício, a juízo do 
Tribunal de Contas da União, e a suspensão do pagamento das quotas referentes 
ao Fundo de Participação, ao Fundo Especial e aos impostos referidos nos itens 
VIII e IX do art. 21 da Constituição Federal. 
Caso o benefício fiscal seja concedido à revelia do Confaz, além da nulidade do ato e da 
exigibilidade do imposto, a critério do TCU pode-se considerar irregulares as contas do Estado. 
Ademais, ficam suspensas as transferências referentes aos fundos dos Estados/DF. 
Art. 9º - É vedado aos Municípios, sob pena das sanções previstas no artigo 
anterior, concederem qualquer dos benefícios relacionados no art. 1º no que se 
refere à sua parcela na receita do imposto de circulação de mercadorias. 
Como 25% da arrecadação que o Estado tem com o ICMS é repassado aos Municípios, poderia 
se entender que os Municípios também poderiam conceder benefícios relativos à parcela que 
lhes cabe da arrecadação do ICMS. Tal entendimento é equivocado pois quem legisla sobre o 
ICMS é o Estado. O Município não pode dispor sobre a sua parcela do ICMS. 
Por fim, considero importantes apenas mais dois artigos dessa lei: 
Art. 10 - Os convênios definirão as condições gerais em que se poderão 
conceder, unilateralmente, anistia, remissão, transação, moratória, parcelamento 
de débitos fiscais e ampliação do prazo de recolhimento do imposto de 
circulação de mercadorias. 
Art. 15 - O disposto nesta Lei não se aplica às indústrias instaladas ou que vierem 
a instalar-se na Zona Franca de Manaus, sendo vedado às demais Unidades da 
Federação determinar a exclusão de incentivo fiscal, prêmio ou estimulo 
concedido pelo Estado do Amazonas. 
O art. 10 é autoexplicativo e carece de maiores explicações porém você deve tê-lo em mente 
para sua prova. Os convênios apenas trarão condições gerais de como serão concedidas pelos 
Estados a anistia, remissão etc referente ao ICMS. 
O art. 15 pode vir como pegadinha na sua prova. Tudo que falei no que tange a benefícios fiscais 
(CONFAZ, convênios, votações) não se aplica às indústrias da Zona Franca de Manaus. Assim, 
pode o Governador do Amazonas conceder benefícios fiscais às indústrias da Zona Franca sem 
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Destacar
moniq
Retângulo
 
 
 12 
 
qualquer interferência dos outros Estados. Atenção: as demais regiões da Amazonas e do norte 
do país que não fazem parte da Zona Franca devem obedecer a LC 24/75 normalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
01. (Inédita) Devem ser objetos de convênio CONFAZ no que tange ao ICMS, exceto: 
a) Isenção. 
b) Redução da base de cálculo. 
c) Parcelamento do crédito tributário. 
d) Crédito presumido. 
e) Devolução total ou parcial do ICMS ao responsável. 
 
Comentários: 
Questão bem direta e pode ser resolvida dando uma lida no Art. 1º da LC 24/75. Vejamos: 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
I - à redução da base de cálculo; 
II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do 
tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; 
III - à concessão de créditos presumidos; 
IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, 
concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais 
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; 
 
 
 14 
 
V - às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data. 
Gabarito: Letra C. 
 
02. (Inédita) A isenção do ICMS: 
a) somente poderá ser concedida por lei complementar. 
b) somente será concedida por lei específica. 
c) deverá ser concedida por convênios celebrados entre os Estados e DF. 
d) poderá ser concedido por Resolução do Senado Federal. 
e) Poderá ser concedido por ato do chefe do poder Executivo Federal. 
 
Comentários: 
Pessoal, falou em isenção do ICMS ou qualquer outro benefício que diminua o valor arrecadado 
aos cofres públicos, então automaticamente você deve associar aos convênios. É o disposto no 
artigo 1º da LC 24/75. 
Gabarito: Letra C. 
 
03. (SEFAZ-RJ/FGV/2010) A respeito dos Convênios-ICMS, segundo a Lei Complementar nº 24, 
de 07.01.75, assinale a alternativa correta. 
a) Entram em vigor no trigésimo dia após a publicação de sua ratificação nacional, salvo 
disposição em contrário. 
 
b) Podem ser autorizativos e impositivos. 
 
c) Dependem, para concessão e revogação de benefícios e isenções do ICMS, de aprovação 
unânime dos Estados representados. 
 
d) Aplicam-se apenas às unidades da Federação cujos representantes tenham comparecido à 
reunião em que tenham sido celebrados. 
 
 
 
 15 
 
e) Devem ser ratificados mediante decreto de cada unidade da Federação, no prazo de 10 (dez) 
dias contados de sua publicação no Diário Oficial da União. 
 
Comentários: 
(a) Correto. Após a reunião do Confaz, tem-se o prazo de 10 dias para publicar no DOU a 
resolução do que foi acertado e votado entre os presentes. Depois disso, os Estados incluindo os 
que não foram na reunião) tem 15 dias para publicar um Decreto ratificar ou não o que foi votado 
na reunião. Publica-se então em até 10 dias no DOU a ratificação ou rejeição dos Estados. Caso 
todo os Estados ratifiquem o convênio (de maneira expressa ou tácita), o convênio entrará em 
vigor no trigésimo dia após essa última publicação no DOU, salvo disposição em contrário. Ou 
seja, pode um convênio dizer que ele entrará em vigor, por exemplo, na data de sua publicação. 
Repare que a regra são 30 dias porém nada impede que seja antes ou depois, caso assim tenha 
sido disposto. Se o convênio for silente, entrará na regra geral e entrará em vigor no trigésimo 
dia após a publicação. 
(b) Falso. Pegadinha que fez com que muita gente boa errasse. Desafio: procure na LC 24/75 
qualquer menção à classificação do convênio em autorizativo e impositivo. Não vai achar. Isso 
porque essa classificação é doutrinária. Então, o examinador erra ao dizer que “Segundo a Lei 
Complementar 24/75 (...) podem ser autorizativos ou impositivos”. Maldade pura, não? rs 
(c) Falso. Cuidado! Para concessão de benefícios a aprovação deve ser unânime entretanto a 
revogação de tais benefícios requer apenas 4/5 dos presentes. Vejamos o art. 2º em seu 
parágrafo 2º: 
§ 2º - A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos 
Estados representados; a sua revogaçãototal ou parcial dependerá de 
aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes. 
(d) Falso. Não importa se o Estado se fez presente ou não na reunião. Para um convênio 
aprovado na reunião não ir para frente, precisa que pelo menos um Estado rejeite-o através da 
publicação de um Decreto. Imagine que o representante do Estado do Rio de Janeiro não tenha 
ido à reunião do CONFAZ que concedeu 20% de crédito presumido para transportadoras. Por 
ser contrário a essa concessão, o Estado do RJ pode, mesmo não tendo ido à reunião, rejeitar 
esse convênio. Repare no § 1º do art. 4º da LC 24/75. 
Art. 4º - Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados da publicação dos 
convênios no Diário Oficial da União, e independentemente de qualquer outra 
comunicação, o Poder Executivo de cada Unidade da Federação publicará 
decreto ratificando ou não os convênios celebrados, considerando-se ratificação 
tácita dos convênios a falta de manifestação no prazo assinalado neste artigo. 
 
 
 16 
 
§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se também às Unidades da Federação cujos 
representantes não tenham comparecido à reunião em que hajam sido 
celebrados os convênios. 
(e) Falso. Como vimos no art. 4º acima transcrito, esse prazo é de 15 dias e não de 10. 
Gabarito: Letra A. 
 
04. (Inédita) De acordo com a lei complementar 24/75, o convênio devidamente aprovado pelos 
Estados e o Distrito Federal, entrará em vigor: 
a) 30 (trinta) dias após a publicação da sua ratificação nacional, em regra. 
b) a partir da data de sua aprovação, na hipótese do convênio ser autorizativo. 
c) sempre 30 (trinta) dias após a publicação da sua ratificação nacional. 
d) 60 (trinta) dias após a sua publicação no Diário Oficial da União. 
e) em 30 (trinta) dias úteis. 
 
Comentários: 
Acabamos de ver na questão anterior que o convênio entrará em vigor no trigésimo dia após a 
publicação no DOU da ratificação nacional, salvo disposição em contrário. 
Gabarito: Letra A. 
 
05. (SEFAZ-RJ/FGV/2009)
A respeito da norma concessiva de isenção de ICMS expressa, 
unilateralmente, na Constituição do Estado, assinale a alternativa correta. 
a) É válida, apenas no caso de a Constituição Estadual haver sido editada após a promulgação da 
Constituição Federal de 1988. 
b) Não é válida, pois a concessão e revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais do 
ICMS exigem lei complementar. 
c) É válida, pois as Constituições estaduais ganham, em hierarquia, das leis complementares e 
das leis ordinárias. 
 
 
 17 
 
d) Não é válida, pois a concessão e revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais do 
ICMS decorrem obrigatoriamente de deliberação dos Estados e do Distrito Federal. 
e) Não é válida, salvo se a norma concessiva de isenção do ICMS constar do texto originário da 
Constituição Estadual. 
 
Comentários: 
Pessoal, nossa CF é nossa Lei Maior e nenhuma outra norma pode contrariá-la. Se a CF/88 em 
seu art. 155 determinou que cabe a lei complementar regular os benefícios fiscais, não pode o 
Estado, mesmo que seja através de sua Constituição Estadual (CE), dispor de forma diversa. 
XII - Cabe à Lei Complementar: 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, 
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
A LC 24/75 foi recepcionada pela CF/88 e regula a forma como os incentivos fiscais serão 
concedidos. Assim, não importa se a CE foi editada antes ou após a CF/88 pois, mesmo que 
editada antes, não poderá conflitar com o disposto na CF/88 (virará letra morta). 
Vamos as alternativas: 
(a) Falso. Conforme vimos, não importa quando a CE tenha sido editada; os benefícios do ICMS 
devem ser concedidos por convênio. 
(b) Falso. Não são leis complementares que irão conceder benefícios de ICMS mas sim os 
convênios. 
(c) Falso. Não existe essa hierarquia das leis afirmada pela alternativa. Tanto CE quanto leis 
ordinárias e leis complementares devem obedecer a CF. 
(d) Correto. É o que expomos. Benefícios do ICMS = Convênio. 
(e) Falso. Conforme vimos, independe da época da edição da CE. Se for contrária a CF/88, virará 
letra morta. 
Gabarito: Letra D. 
06. (Inédita) Na 131ª Reunião Ordinária, realizada em Salvador, BA, no dia 26 de setembro de 
2011, foi aprovado convênio, publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 1º de outubro 
de 2011, em que isenta do ICMS a saída interna de chope. 
 
 
 18 
 
Baseado na Lei Complementar 24/75, analise os itens a seguir. 
a) a eficácia do referido convênio somente ocorrerá depois de sua aprovação pela Assembleia 
Legislativa do Mato Grosso do Sul. 
b) o convênio não se aplica ao Mato Grosso do Sul, embora regularmente convocado, na 
hipótese de não ter participado da reunião. 
c) para a aprovação do convênio, bastou a sua ratificação, expressa ou tácita, pela maioria 
absoluta das unidades federadas que se tenham feito representar na reunião do CONFAZ. 
d) este convênio poderia dispor de sua não aplicação ao Mato Grosso. 
e) na hipótese do Mato Grosso do Sul não ter participado da reunião, o mesmo está impedido, 
dentro do prazo de 15 dias a partir da publicação do convênio no DOU de editar decreto 
rejeitando-o. 
 
Comentários: 
(a) Falso. Não precisa de autorização da Assembleia! Se o convênio for autorizativo, basta um 
Decreto do MS para passar a vigorar no Estado. Se for impositivo, já passa a valer dentro do 
Estado, mesmo sem qualquer Decreto, 30 dias após sua ratificação nacional no DOU ou na data 
prevista no Convênio. 
(b) Falso. Isso você precisa ter em mente: mesmo que o ente não se fizer representado na 
reunião ele continua tendo o direito a vetar através da não ratificação do convênio. Se o MS não 
vetar o convênio, o mesmo também se aplicará a ele, mesmo não tendo comparecido à reunião. 
Entretanto, tenha em mente que um convênio pode perfeitamente excluir algum Estado da 
federação. Exemplo: Convênio autoriza 20% de crédito presumido para transportadoras apenas 
para os Estados de MS, SP, PE e RJ (isso não dispensa a votação unânime para todos os Estados 
da Federação, mesmo o benefício estando limitado a apenas 4 Estados). 
(c) Falso. Maioria absoluta, galera? Não né. A votação deve ser unânime para a aprovação de 
concessão de benefícios fiscais relativos ao ICMS. 
(d) Correto. Na letra (b) falamos sobre isso. Um convênio pode perfeitamente se aplicar a alguns 
Estados apenas. Veja: 
Art. 3º - Os convênios podem dispor que a aplicação de qualquer de suas 
cláusulas seja limitada a uma ou a algumas Unidades da Federação. 
 
 
 19 
 
(e) Falso. Também já falamos sobre isso na letra (b). Mesmo que o ente não se fizer representado 
na reunião ele continua tendo o direito de rejeitar o Convênio. 
Gabarito: Letra D. 
 
07. (SEFAZ-RJ/FGV/2008) Foi aprovado, na sessão do Confaz realizada no dia 30 de julho de 
2008 (conforme publicação no Diário Oficial da União de 31 de julho de 2008), um convênio cuja 
cláusula primeira autoriza os Estados e o Distrito Federal a concederem isenção do ICMS 
incidente na importação de determinados produtos. 
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: 
I. Conforme a classificação expressa na Lei Complementar 24/75, o referido convênio é 
autorizativo e não impositivo. 
II. Segundo disposto na Lei Complementar 24/75, o referido convênio entrou em vigor na data 
da publicação de sua ratificação nacional. 
III. Vigente o referido convênio, os contribuintes do ICMS que importarem os produtos nele 
mencionados ficam isentos do pagamento do imposto respectivo. 
IV. Segundo disposto na Lei Complementar 24/75, a eficácia do referido convênio só ocorrerá 
depois de aprovação pela Assembleia Legislativa do Estado. 
V. O referido convênio não se aplica no Estado do Rio de Janeiro, porque este não se fez 
representar, embora regularmente convocado, na sessão que aprovou a isenção lá estatuída. 
VI. O referido convênio pode ter estabelecido que a produção de seus efeitos se dariaa partir 
de 1º de janeiro de 2008. 
Assinale: 
a) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
 
b) se somente uma afirmativa estiver correta. 
 
c) se somente duas afirmativas estiverem corretas. 
 
d) se somente três afirmativas estiverem corretas. 
 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
 
 
 20 
 
Comentários: 
(I) Falso. A FGV adora essa pegadinha. A classificação entre Convênio impositivo e autorizativo é 
meramente doutrinária! Desta forma, está errado afirmar que essa classificação está expressa na 
LC 24/75. 
(II) Falso. Se nada for falado, ou seja, se não for colocado data diferente no corpo do convênio, 
ele entrará em vigor 30 dias após a publicação da ratificação nacional. 
(III) Falso. Repare que o convênio é autorizativo. Assim, depende de um Decreto de cada Estado 
internalizando o benefício. Caso fosse um convênio impositivo, não haveria essa necessidade de 
internalização por Decreto. Então, os importadores só poderão se beneficiar do benefício após a 
edição do Decreto do Poder Executivo Estadual. 
(IV) Falso. Se o Convênio for autorizativo, basta um Decreto do MS para passar a vigorar no 
Estado. Se for impositivo, já passa a valer dentro do Estado, mesmo sem qualquer Decreto, 30 
dias após sua ratificação nacional no DOU ou na data prevista no Convênio. Assim, em nenhum 
momento é exigida qualquer tipo de atuação do Legislativo. 
(V) Falso. Mesmo que o ente não se fizer representado na reunião ele continua tendo o direito a 
vetar através da não ratificação do Convênio. Se ele não vetou (ratificou tacitamente ou 
expressamente) e todos os outros Estados/DF também assim o fizeram, o Convênio valerá 
normalmente para o RJ, mesmo não estando representado na reunião do CONFAZ. 
(VI) Correto. Não vislumbro qualquer impeditivo para que o Convênio retroaja. Trata-se de um 
benefício em favor do contribuinte. Situações em que haja majoração do tributo sim devem 
respeitar os princípios da anterioridade anual e da noventena expressos no CTN. 
Gabarito: Letra B. 
 
08. (SEFAZ-RJ/FGV/2008) Assinale a afirmação incorreta a respeito das regras contidas na Lei 
Complementar 24/75. 
a) 
Além de ser aplicável às isenções, a LC 24/75 deve ser observada em casos de devolução 
total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao contribuinte, a 
responsável ou a terceiros. 
b) 
Os convênios de que trata a LC 24/75 serão celebrados em reuniões para as quais tenham 
sido convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de 
representantes do Governo Federal. 
c) A LC 24/75 determina que até dez dias depois de findo o prazo de ratificação dos convênios 
 
 
 21 
 
promover-se-á, segundo o disposto em Regimento, a publicação relativa à ratificação ou à 
rejeição no Diário Oficial da União. 
d) A cada reunião, devem ser apreciados, ao menos, cinco propostas de Convênio. 
e) 
Os convênios ratificados obrigam todas as Unidades da Federação. 
 
Comentários: 
(a) Correto. É o que diz o inciso II do parágrafo único do art. 1º da LC 24/75. 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do 
tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; 
(b) Correto. Alternativa também traz letra pura da lei. 
Art. 2º - Os convênios a que alude o art. 1º, serão celebrados em reuniões para 
as quais tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do 
Distrito Federal, sob a presidência de representantes do Governo federal. 
Só peço atenção a um detalhe: convocados devem ser todos os Estados e o Distrito Federal. A 
presença exigida é da maioria! É a redação do § 1º do Art. 2º. 
§ 1º - As reuniões se realizarão com a presença de representantes da maioria das 
Unidades da Federação. 
(c) Correto. Mais uma alternativa que conseguimos acertar sabendo a letra da lei. 
Art. 5º - Até 10 (dez) dias depois de findo o prazo de ratificação dos convênios, 
promover-se-á, segundo o disposto em Regimento, a publicação relativa à 
ratificação ou à rejeição no Diário Oficial da União. 
(d) Falso. Invenção total da banca. Não existe essa limitação na LC 24/75 tampouco em qualquer 
outro dispositivo legal. Cada reunião pode ter quantas propostas de Convênios for. 
 
 
 22 
 
(e) Correto. Mais uma letra de lei: 
Art. 7º - Os convênios ratificados obrigam todas as Unidades da Federação 
inclusive as que, regularmente convocadas, não se tenham feito representar na 
reunião. 
Gabarito: Letra D. 
 
09. (Inédita) Considerando os dispositivos da Lei Complementar 24/75, no âmbito do CONFAZ 
podemos afirmar, com exceção de uma, que: 
a) Para se aprovar um benefício fiscal de seu interesse, o Estado de Pernambuco precisa negociar 
a aprovação de todas as demais UF. 
b) Dentro de 15 dias, contados da publicação dos convênios aprovados pelo CONFAZ no DOU, 
o poder executivo de cada UF deverá publicar decreto ratificando ou rejeitando os convênios 
celebrados. 
c) É no âmbito do Confaz que os Estados e o DF devem regular a concessão ou revogação de 
benefícios fiscais atinentes aos Tributos Estaduais. 
d) Os convênios podem dispor sobre concessão de crédito presumido a uma determinada 
prestação, limitada a um ou alguns Estados da Federação. 
e) As decisões do Confaz são tomadas, nos casos de revogação de benefícios, por 4/5 dos votos, 
e, nos casos de novos benefícios, por aprovação unânime. 
 
Comentários: 
(a) Correto. Para a concessão de benefícios fiscais a decisão deve ser unânime. A revogação 
depende de 4/5 dos Estados e DF. 
(b) Correto. Após a aprovação unânime na reunião do CONFAZ, publica-se no DOU o convênio 
aprovado. A partir dessa publicação os Estados e o DF têm 15 dias para ratificar ou rejeitar o 
convênio. Relembramos que inclusive aqueles que não foram na reunião podem rejeitar o 
convênio. 
(c) Falso. Olha a maldade imperando na cabeça do examinador. Galera, são todos os tributos 
estaduais que ter seus benefícios regulados pelo CONFAZ? Não! Apenas o ICMS! 
 
 
 23 
 
(d) Correto. Pode sim! Já usei esse exemplo antes mas não custa repetir. Exemplo: um Convênio 
pode autorizar 20% de crédito presumido para transportadoras apenas para os Estados de MS, 
SP, PE e RJ (isso não dispensa a votação unânime para todos os Estados da Federação, mesmo o 
benefício estando limitado a apenas 4 Estados). 
(e) Correto. Vale o mesmo comentário da alternativa (a). 
Gabarito: Letra C. 
 
10. (SEFAZ-SP/FCC/2006)
Foi publicado no Diário Oficial da União de 21.12.2005 o seguinte 
Convênio, ratificado nacionalmente em 09.01.06, pelo Ato Declaratório 01/06: 
“CONVÊNIO ICMS 131/05 (Autoriza os Estados do Acre, Alagoas, Paraná e São Paulo a 
conceder isenção nas operações internas com farinha de mandioca não-temperada). O Conselho 
Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 120ª reunião ordinária, realizada em Mata de 
São João, BA, no dia 16 de dezembro de 2005, tendo em vista o disposto na Lei Complementar 
no 24, de 7 de janeiro de 1975, resolve celebrar o seguinte CONVÊNIO: 
Cláusula primeira: Ficam os Estados do Acre, Alagoas, Paraná e São Paulo autorizados a 
conceder isenção nas operações internas com farinha de mandioca ou de raspa de mandioca, 
não-temperadas, classificadas no código 1106.20.00 Nomenclatura Comum do Mersocul. 
Cláusula segunda: Este convênio entra em vigor na data da publicação de sua ratificação 
nacional, produzindo efeitos até 31 de outubro de 2007. 
Mata de São João, BA, 16 de dezembro de 2005.” 
Em relação ao referido Convênio, é correto afirmar que 
a) não há instrumento jurídico pelo qual a autorização a que se refere a Cláusula primeira possa 
ser estendida a outras unidades federadas. 
b) a isenção nas operações internas com farinhade mandioca ou de raspa de mandioca, não-
temperadas, não se aplica às vendas realizadas no interior de estabelecimentos varejistas a 
pessoas físicas e consumidores finais dos produtos, residentes em outras unidades federadas. 
c) o benefício fiscal de que trata o Convênio poderá ser prorrogado antes de 31 de outubro de 
2007, mediante novo Convênio concessivo de benefício, que postergue a data determinada na 
Cláusula segunda. 
d) as operações internas com farinha de mandioca ou de raspa de mandioca, não-temperadas, 
nos Estados do Acre, Alagoas, Paraná e São Paulo passaram a ser agraciadas com a isenção do 
 
 
 24 
 
ICMS a partir de 21.12.2005, data da publicação no D.O.U. 
e) para a aprovação do referido Convênio, bastou a sua ratificação, expressa ou tácita, pela 
maioria das unidades federadas que se tenham feito representar na reunião do CONFAZ. 
 
Comentários: 
(a) Falso. Os efeitos de quaisquer convênios podem ser estendidos aos demais Estados e DF com 
a adição em um novo convênio, aprovado sob o mesmo rito (unanimidade dos presentes). 
(b) Falso. O convênio autoriza a isenção para operações internas. A questão trata de uma 
operação de balcão, realizada dentro do estabelecimento vendedor a um consumidor final que 
reside em outro unidade federada. É o caso de você, que reside em Belém, ir para o Rio de 
Janeiro e comprar diversas lembrancinhas do Cristo Redentor. Não é o fato de você residir no 
Pará que fará com que a alíquota cobrada seja a interestadual. O que pesou na questão foi o fato 
de ela citar “venda realizada no interior de estabelecimentos”, o que qualifica essa operação 
como interna. Se fosse uma venda online do RJ para você no Pará aí sim não teríamos isenção 
por se tratar de uma operação interestadual. 
(c) Correto. Os convênios podem ser alterados por outros convênios, desde que passem pelo 
mesmo rito de aprovação (unanimidade). 
(d) Falso. Como o convênio é autorizativo (observe o caput do mesmo), para que produza efeitos 
é necessária sua incorporação ao ordenamento jurídico dos Estados (Decreto do Executivo). 
(e) Falso. Essa alternativa cai exaustivamente em provas. Para a concessão de benefícios fiscais a 
decisão deve ser unânime. A revogação depende de 4/5 dos Estados e DF. 
Gabarito: Letra C. 
 
11. (SEFAZ-SP/FCC/2013) Com respeito à Lei Complementar 24/75 e aos convênios 
autorizativos para concessão de benefícios fiscais do ICMS, celebrados no âmbito do CONFAZ, 
considere: 
I. Haverá necessidade de convênio para a concessão de isenções, reduções da base de cálculo e 
concessões de créditos presumidos, mas não para benefícios financeiro-fiscais concedidos com 
base no ICMS, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do ônus com o ICMS. 
II. Os convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido convocados 
representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, as quais se realizarão com a presença 
 
 
 25 
 
de representantes de quatro quintos, pelo menos, das Unidades da Federação. A concessão de 
benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados representados. 
III. A revogação total ou parcial dos convênios dependerá de aprovação de quatro quintos, pelo 
menos, dos representantes presentes na reunião do CONFAZ. 
IV. Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação pelo Poder Executivo das 
Unidades da Federação presentes na reunião que concedeu o benefício de decreto ratificando 
ou não os convênios celebrados, considerando-se ratificação tácita dos convênios a falta de 
manifestação no prazo previsto na legislação. 
V. Mesmo as Unidades da Federação que não se tenham feito representar na reunião, embora 
regularmente convocadas, estão obrigadas pelos convênios ratificados. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II.
 
b) I e IV.
 
c) II e V.
 
d) III e IV. 
e) III e V. 
 
Comentários: 
(I) Falso. O item até que começou bem mas pecou ao excluir a necessidade de convênios para 
benefícios financeiro-fiscais concedidos com base no ICMS, dos quais resulte redução ou 
eliminação, direta ou indireta, do ônus com o ICMS. Vejamos: 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, 
concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais 
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; 
 
 
 26 
 
(II) Falso. O item peca apenas ao afirmar que a presença de representantes na reunião deve ser 
de 4/5! A presença deve ser da maioria das UF. 
(III) Correto. Agora sim! Para a concessão de benefícios fiscais a decisão deve ser unânime. A 
revogação depende de 4/5 dos Estados e DF. 
(IV) Falso. A contagem dos 30 dias se dá a partir da publicação da ratificação nacional! 
 
(V) Correto. Questão que despenca em provas! Pouco importa se o Estado/DF compareceu ou 
não à reunião. Se ele e os demais Estados ratificaram posteriormente o convênio, tacitamente ou 
expressamente, estão obrigados a respeitá-lo. 
Gabarito: Letra E. 
 
12. (SEFAZ-SP/FCC/2009) Considerando a LC 24/75, recepcionada pela CF/88, sendo 
disciplinadora do CONFAZ, é correto afirmar que: 
a) É desnecessária a deliberação dos Estados e DF no caso de proposta de redução de base de 
cálculo do ICMS, se houver lei ordinária fazendo esta redução. 
b) É necessária a deliberação dos Estados e DF no caso de proposta de redução de base de 
cálculo e concessão de crédito presumido do ICMS. 
c) A redução da base de cálculo, quando não estabelecida pelo CONFAZ, pode ser feita por 
decreto legislativo. 
d) Não pode haver redução da base de cálculo, eis que a mesma é fixada pela Constituição 
Federal. 
e) Não pode haver redução da base de cálculo pelo CONFAZ, em face do princípio de estrita 
legalidade em matéria tributária. 
 
 
 
 27 
 
Comentários: 
(a) Falso. A redução de base de cálculo (BC) importa em recolhimento a menor aos cofres 
públicos, certo? Então deve ser objeto de deliberação do CONFAZ. Tal redução de BC deve ser 
feita por convênio e não por lei do próprio ente à revelia do CONFAZ. 
(b) Correto. Concessões de crédito presumido e reduções da BC do ICMS devem ser aprovados 
por convênio do CONFAZ. Vejamos: 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
III - à concessão de créditos presumidos; 
(c) Falso. Valem as mesmas considerações do item (a). Redução de BC deve ser feita através de 
convênio do CONFAZ. 
(d) e (e) Falsos. A Constituição Federal em nenhum momento fixa a BC do ICMS. Quem o faz é a 
LC 87/96 (Lei Kandir). Ademais, a própria CF/88 dizem seu art. 155, § 2º, XII, g, que a LC irá 
“regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, 
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.” A LC 24/75 é quem que regula e 
autoriza a redução de BC do ICMS. 
Gabarito: Letra B. 
 
13. (SEFAZ-MA/FCC/2016) A Lei Complementar nº 24/1975, dispõe sobre convênios e 
benefícios fiscais relativos ao ICMS. Conforme esta lei, 
a) 
as regras e condições aplicáveis para a concessão de isenção aplicam-se também aos 
incentivos ou favores fiscais ou financeiros fiscais, mas não se aplicam à devolução total ou parcial 
de tributo ao contribuinte ou responsável. 
b) os convênios ratificados obrigam todas as Unidades da Federação, exceto as que, 
regularmente convocadas, não se tenham feito representar na reunião. 
c) a concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados representados 
na reunião, apósterem sido regularmente convocados representantes de todos os Estados e do 
Distrito Federal. 
 
 
 28 
 
d) a inobservância dos dispositivos nela previstos acarretará, alternativamente, a nulidade do ato 
e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento recebedor da mercadoria, ou a 
exigibilidade do imposto não pago ou devolvido, cabendo essa escolha ao sujeito passivo. 
e) os Municípios podem conceder às empresas neles estabelecidas benefícios fiscais relativos ao 
ICMS, até o limite de 25% do valor do imposto devido, sem a necessidade de convênio ou de lei 
complementar municipal. 
 
Comentários: 
(a) Falso. As regras de concessão de benefícios fiscais da LC 24/75 também se aplicam à 
devolução total ou parcial de tributo ao contribuinte ou responsável. Veja: 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do 
tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; 
 
(b) Falso. Questão letra de lei. É irrelevante se o Estado/DF se fez representar na reunião ou não. 
Se todos os Estados/DF ratificaram o convênio tacitamente ou expressamente, todos devem 
cumpri-lo. 
(c) Correto. Questão já bem explorada durante a aula. Para a concessão de benefícios fiscais a 
decisão deve ser unânime. A revogação depende de 4/5 dos Estados e DF. 
(d) Falso. Pegadinha! A inobservância dos dispositivos nela previstos (na LC 24/75) acarretará, 
alternativamente cumulativamente, a nulidade do ato e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao 
estabelecimento recebedor da mercadoria, ou a exigibilidade do imposto não pago ou 
devolvido, cabendo essa escolha ao sujeito passivo e a ineficácia da lei ou ato que conceda 
remissão do débito correspondente. (Art. 8º da LC 24/75) 
(e) Falso. Os Municípios não podem dispor da sua parte constitucional referente ao ICMS. 
Vejamos: 
 
 
 29 
 
Art. 9º - É vedado aos Municípios, sob pena das sanções previstas no artigo 
anterior, concederem qualquer dos benefícios relacionados no art. 1º no que se 
refere à sua parcela na receita do imposto de circulação de mercadorias. 
Gabarito: Letra C. 
 
14. (SEFAZ-MA/FCC/2016) De acordo com a Lei Complementar nº 24/1975, serão concedidas 
ou revogadas, nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito 
Federal, as 
a) isenções dos tributos estaduais. 
b) concessões de créditos presumidos do ICMS. 
c) isenções do ICMS e do IPVA. 
d) reduções de base de cálculo e fixação de alíquotas interestaduais mínimas do ICMS. 
e) isenções dos impostos estaduais. 
 
Comentários: 
Muita atenção a esse tipo de questão pessoal. Nunca se esqueça que a LC 24/75 trata apenas de 
benefícios fiscais relativos ao ICMS! Tudo que não for ICMS, não precisa de convênio e deve ser 
regulado por lei de cada ente. 
(a) Falso. Não são todos os tributos estaduais! Apenas o ICMS. 
(b) Correto. Agora sim! Créditos presumidos do ICMS, isenções do ICMS, reduções da base de 
cálculo do ICMS, devoluções do ICMS etc. devem se sujeitar à LC 24/75. 
(c) Falso. IPVA não entra! 
(d) Falso. De acordo com o art. 155, § 2º, IV, da CF, a fixação de alíquotas interestaduais será 
realizada por Resolução do Senado e não por Convênio. 
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de 
um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, 
estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e 
de exportação; 
 
 
 30 
 
(e) Falso. Não são todos os impostos estaduais! Apenas o ICMS. 
Gabarito: Letra B. 
 
15. (SEFAZ-MA/FCC/2016) A Lei Complementar nº 24/1975 estabelece regras para a aprovação 
de convênios e concessão de benefícios relativos ao ICMS. Conforme esta lei, 
a) os convênios definirão as condições gerais em que se poderão conceder, unilateralmente, 
anistia, remissão, transação, moratória, parcelamento de débitos fiscais e ampliação do prazo de 
recolhimento do imposto de circulação de mercadorias. 
b) as regras nela previstas não se aplicam às extensões das isenções vigentes antes da 
promulgação da Constituição Federal de 1988. 
c) quaisquer benefícios fiscais concedidos pela legislação estadual, sem prévia aprovação por 
convênio, serão considerados regulares, se não forem contestados na primeira reunião 
subsequente do Confaz. 
d) seus dispositivos não se aplicam aos benefícios fiscais concedidos a estabelecimentos 
localizados na Região Norte, inclusive aos localizados na Zona Franca de Manaus. 
e) considerar-se-á rejeitado o convênio que não for expressamente ratificado pelo Poder 
Executivo de, no mínimo, três quintos das unidades da federação. 
 
Comentários: 
(a) Correto. Trata-se de transcrição literal do art. 10 da LC 24/75. 
(b) Falso. Qualquer prorrogação de um benefício fiscal deve passar pelo rito como se uma nova 
concessão fosse. 
(c) Falso. Invenção da banca. Se um benefício fiscal for concedido de maneira contrária à LC 
24/75 o ato será considerado nulo e o imposto deverá ser devolvido, se for o caso. Veja: 
Art. 8º - A inobservância dos dispositivos desta Lei acarretará, cumulativamente: 
I - a nulidade do ato e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento 
recebedor da mercadoria; 
 
 
 31 
 
Il - a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da lei ou ato 
que conceda remissão do débito correspondente. 
(d) Falso. Maldade! Os dispositivos da LC 24/75 não se aplicam aos benefícios fiscais concedidos 
a estabelecimentos localizados na Zona Franca de Manaus pelo Estado do Amazonas (não é na 
região Norte toda!!!). Assim, o Estado do Amazonas pode conceder benefício à Zona Franca de 
Manaus sem depender do CONFAZ. Vejamos: 
Art. 15 - O disposto nesta Lei não se aplica às indústrias instaladas ou que vierem 
a instalar-se na Zona Franca de Manaus, sendo vedado às demais Unidades da 
Federação determinar a exclusão de incentivo fiscal, prêmio ou estimulo 
concedido pelo Estado do Amazonas. 
(e) Falso. Basta que um estado não ratifique o convênio (rejeite) que o mesmo será considerado 
rejeitado. A ratificação para concessão de benefícios deve ser unânime. 
Gabarito: Letra A. 
 
16. (SEFAZ-SC/ FEPESE/ 2010/Adaptada) Assinale a alternativa correta. 
a) Somente por convênios poderá ser efetuada redução da base de cálculo do ICMS, ou 
concedida devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao 
contribuinte, a responsável ou a terceiros, não se aplicando tal regra à concessão de créditos 
presumidos. 
b) Quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no 
Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, dos quais resulte apenas 
redução, direta ou indireta, do respectivo ônus, poderão ser concedidos através de regulamento 
estadual, desnecessária a celebração de convênio para tal fim. 
c) A concessão dos benefícios previstos no art. 1º da LC 24/75 dependerá sempre de decisão 
unânime dos Estados representados, mas sua revogação total ou parcial dependerá de 
aprovação de três quintos, pelo menos, dos representantes presentes. 
d) As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de 
serviços serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos 
Estados e pelo Distrito Federal, segundo o disposto na Lei Complementar no 24/75. 
 
Comentários: 
 
 
 32 
 
(a) e (b) Falsos. Já vimos que tanto o crédito presumido como os incentivos que resultem 
diminuição ou eliminação do ICMS devem ser concedidos via convênio. 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênioscelebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
III - à concessão de créditos presumidos; 
IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, 
concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais 
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; 
(c) Falso. O único erro da alternativa foi afirmar que para revogação de um benefício o quórum 
deve ser de 3/5 dos presentes, quando na verdade deve der de 4/5. 
(d) Correto. É o que vemos debatendo durante toda a aula: benefícios relativos ao ICMS devem 
ser dispostos em convênio. 
Gabarito: Letra D. 
 
17. (SEFAZ-RJ/FGV/2008) Nos termos do art. 1º da Lei Complementar 24/75, as isenções do 
imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas 
nos termos de convênios, celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. E, nos 
termos do parágrafo único desse artigo, essa regra também é aplicável aos seguintes institutos 
de direito tributário: 
a) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não 
do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos; 
quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no 
imposto de circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou 
indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções. 
b) redução da base de cálculo; diferimentos; devolução total ou parcial, direta ou indireta, 
condicionada ou não do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; concessão de 
créditos presumidos; quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, 
concedidos com base no imposto de circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou 
eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções. 
 
 
 33 
 
c) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não 
do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos; 
quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no 
imposto de circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou 
indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções; prorrogação de prazos 
para pagamento do imposto. 
d) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não 
do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos; 
quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no 
imposto de circulação de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou 
indireta, do respectivo ônus; prorrogações e às extensões das isenções; benefícios fiscais 
relativos aos demais tributos estaduais. 
e) redução da base de cálculo; devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não 
do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; concessão de créditos presumidos; 
benefícios fiscais relativos ao imposto sobre produtos industrializados; quaisquer outros 
incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no imposto de circulação 
de mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; 
prorrogações e às extensões das isenções. 
 
Comentários: 
Primeiramente reproduziremos mais uma vez o art. 1º, que acredito que vocês já tenham 
percebido a sua importância. Após isso vamos verificar o que está errado em cada alternativa. 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
I - à redução da base de cálculo; 
II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do 
tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; 
III - à concessão de créditos presumidos; 
IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, 
concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais 
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; 
 
 
 34 
 
V - às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data. 
Vamos analisar as alternativas agora: 
(a) Correto. Todas as possibilidades descritas pelo examinador estão de acordo com o art. 1º. 
(b) Falso. Diferimento não é benefício fiscal e não se encontra no art. 1º. 
(c) Falso. Prorrogação no prazo de pagamento também não é benefício fiscal pois não diminui o 
valor a ser recolhido aos cofres públicos. 
(d) Falso. Lembre-se mais uma vez que a LC 24/75 só se aplica ao ICMS, logo os benefícios fiscais 
relativos aos demais tributos estaduais estão fora do alcance da referida lei. 
(e) Falso. Mais uma vez. Benefícios fiscais relativos ao IPI não estão no campo de atuação da LC 
24/75. 
Gabarito: Letra A. 
 
18. (SEFAZ-AC/CESPE/2006) Na hipótese de o chefe do Poder Executivo do estado do Acre 
editar um decreto que estabeleça uma isenção do ICMS não prevista em qualquer convênio 
celebrado entre as unidades da Federação, surgirão automáticas consequências jurídicas. Essas 
consequências não incluem a 
a) anulabilidade do decreto. 
b) ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento recebedor da mercadoria e 
beneficiado com o decreto. 
c) exigibilidade de eventual imposto não pago em razão do decreto. 
d) exigibilidade de eventual imposto devolvido em razão do decreto. 
 
Comentários: 
Questão um tanto quanto maldosa. Caso o Acre conceda isenção sem previsão em convênio, seu 
ato será nulo e não anulável conforme prevê a alternativa (a). Sei que isso não mede muito 
conhecimento de legislação tributária mas não podemos brigar com a banca.... As demais 
alternativas estão todas no art. 8º. 
 
 
 35 
 
Gabarito: Letra A. 
 
19. (SEFAZ-GO/FCC/2018) A Constituição Federal estabelece, na alínea “g” do inciso XII do § 2º 
do seu art. 155, que cabe à lei complementar federal regulamentar a forma como, mediante 
deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão 
concedidos e revogados. A Lei Complementar nº 24/75 faz a regulamentação determinada no 
texto constitucional. De acordo com esta Lei Complementar, se um Estado brasileiro desejar 
conceder isenção no âmbito do ICMS, é preciso que ele obtenha autorização para tanto, em 
reuniões do CONFAZ, para as quais tenham sido convocados representantes 
a) da maioria dos Estados e do Distrito Federal, sob a presidência rotativa do representante de 
um dos Estados, que a totalidades das Unidades da Federação convidadas esteja presente a elas, 
e que a decisão pela concessão do benefício seja tomada por, pelo menos, quatro quintos dos 
Estados representados. 
b) da maioria dos Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes do governo 
federal, que quatro quintos das Unidades da Federação convidadas esteja presente a elas, e que 
a decisão pela concessão do benefício seja tomada por unanimidade dos Estados representados. 
c) de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência rotativa do representante de um 
dos Estados, que a maioria das Unidades da Federação esteja presente a elas, e que a decisão 
pela concessão do benefício seja tomada por, pelo menos, quatro quintos dos Estados 
representados. 
d) de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência de representantes do governo 
federal, que a maioria das Unidades da Federação esteja presente a elas, e que a decisão pela 
concessão do benefício seja tomada por unanimidade dos Estados representados. 
e) de todosos Estados e do Distrito Federal, sob a presidência rotativa do representante de um 
dos Estados, que quatro quintos das Unidades da Federação esteja presente a elas, e que a 
decisão pela concessão do benefício seja tomada por, pelo menos, três quartos dos Estados 
representados. 
 
Comentários: 
Para a concessão do benefício da isenção todos os Estados e o DF devem ser convocados. A 
reunião se dá com a presença da maioria simples dos Estados/DF sob presidência de um 
representante do Governo Federal. Entretanto, a concessão da isenção deve se dar por 
unanimidade. Vans 
 
 
 36 
 
(a) Falso. (...) da maioria dos Estados e do Distrito Federal (a convocação deve ser de todos os 
Estados/DF), sob a presidência rotativa do representante de um dos Estados (a presidência é de 
representante do Governo Federal), que a totalidades das Unidades da Federação convidadas 
esteja presente a elas (a presença exigida é da maioria simples e não de todos os Estados/DF), e 
que a decisão pela concessão do benefício seja tomada por, pelo menos, quatro quintos (a 
decisão deve ser unânime) dos Estados representados . 
(b) Falso. (...) da maioria dos Estados e do Distrito Federal (a convocação deve ser de todos os 
Estados/DF), sob a presidência de representantes do governo federal, que quatro quintos das 
Unidades da Federação convidadas esteja presente a elas (a presença exigida é da maioria 
simples e não de todos os Estados/DF), e que a decisão pela concessão do benefício seja 
tomada por unanimidade dos Estados representados. 
(c) Falso. (...) de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência rotativa do 
representante de um dos Estados (a presidência é de representante do Governo Federal), que a 
maioria das Unidades da Federação esteja presente a elas, e que a decisão pela concessão do 
benefício seja tomada por, pelo menos, quatro quintos (a decisão deve ser unânime) dos Estados 
representados. 
(d) Correto. Agora sim temos todos os elementos corretos! 
(e) Falso. (...) de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a presidência rotativa do 
representante de um dos Estados (a presidência é de representante do Governo Federal), que 
quatro quintos das Unidades da Federação esteja presente a elas (a presença exigida é da 
maioria simples e não de todos os Estados/DF), e que a decisão pela concessão do benefício seja 
tomada por, pelo menos, três quartos (a decisão deve ser unânime) dos Estados representados. 
Gabarito: Letra D. 
 
20. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Conforme estabelece a Lei Complementar nº 24/1975, a 
inobservância dos dispositivos na referida lei acarretará, cumulativamente a: 
a) perda do mandato eletivo e a inelegibilidade do chefe do Poder Executivo estadual, quando 
este for responsável pelo ato antijurídico praticado. 
b) nulidade do ato, a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento recebedor da 
mercadoria, a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da lei ou ato que 
conceda remissão do débito correspondente. 
c) desconsideração dos negócios jurídicos realizados, entre o remetente e o destinatário da 
mercadoria, a vedação ao crédito e a aplicação de penalidade pecuniária a título de multa 
agravada, no valor de 150% do valor da operação. 
 
 
 37 
 
d) perda do mandato e a inelegibilidade a cargo público por 4 anos ao prefeito municipal que 
conceder benefícios relacionados à sua parcela na receita do imposto de circulação de 
mercadorias. 
e) pena de reclusão de um a quatro anos e multa, sem prejuízo da obrigação de restituir aos 
cofres públicos o valor do dano ao erário, aos signatários do ato ilícito. 
 
Comentários: 
A lei complementar 24/75 não impôs qualquer tipo de perda de mandato eletivo, multa ou 
reclusão, o que deixam incorretas as alternativas (a), (c), (d) e (e). Para acertar a questão bastava o 
conhecimento ao art. 8º abaixo transcrito. 
Art. 8º - A inobservância dos dispositivos desta Lei acarretará, cumulativamente: 
I - a nulidade do ato e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento 
recebedor da mercadoria; 
Il - a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da lei ou ato 
que conceda remissão do débito correspondente. 
Gabarito: Letra B. 
 
21. (PGE-MT/FCC/2016) De acordo com o CTN, as isenções de tributos devem ser concedidas 
por meio de lei. No caso específico do ICMS, ainda, a Constituição Federal determina que cabe 
à lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito 
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, sendo que, até a 
presente data, é a Lei Complementar nº 24/75 que atende a essa determinação constitucional. 
Com base no que dispõe a Constituição Federal e a referida Lei Complementar nº 24/75, se, por 
exemplo, um Estado da região Nordeste solicitar autorização do CONFAZ para conceder 
isenção do ICMS em determinadas operações internas com mercadorias, 
a) será considerado deferido o pleito do Estado solicitante, se a maioria simples das unidades 
federadas presentes votar pelo seu deferimento. 
b) mas o Estado de Mato Grosso, embora devidamente convocado, não enviar representante à 
reunião do CONFAZ em que essa matéria será deliberada, considerar-se-á automaticamente 
indeferido o pedido do Estado solicitante, ainda que a maioria dos Estados esteja representada 
na reunião. 
 
 
 38 
 
c) será considerado deferido o pleito do Estado solicitante, se quatro quintos do total das 
unidades federadas que compõem o CONFAZ votar pelo seu deferimento. 
d) e o Estado de Mato Grosso enviar representante à reunião do CONFAZ em que essa matéria 
será deliberada, mas for o único a votar contra o pleito do Estado solicitante, embora as demais 
25 unidades federadas presentes votem a favor, esse pleito será considerado indeferido. 
e) será considerado deferido o pleito do Estado solicitante, se quatro quintos das unidades 
federadas presentes votar pelo seu deferimento. 
 
Comentários: 
Mais uma questão que pede o quórum necessário para concessão e revogação de benefícios 
fiscais relacionados ao ICMS. Relembre: 
ATO QUÓRUM MÍNIMO 
Convocação 100% dos Estados/DF 
Realização do CONFAZ Maioria 
Aprovação Unanimidade dos Estados presentes 
Revogação 4/5 dos Estados presentes 
Rejeição Apenas 1 Estado/DF 
(a) Falso. Para a aprovação do pleito 100% dos Estados/DF deve concordar e não apenas a 
maioria simples. 
(b) Falso. Se determinado Estado/DF não comparecer à reunião não tem problema! O importante 
é que tenhamos a maioria dos Estados/DF representados e que esses aprovem por unanimidade 
o pleito. 
(c) e (e) Falsos. A aprovação deve se dar por unanimidade e a revogação por 4/5. 
(d) Correto. Perfeito! Para a concessão de um benefício de ICMS devemos ter a unanimidade de 
votos a favor do benefício. Se apenas um Estado/DF não concordar o benefício não será 
aprovado. 
Gabarito: Letra D. 
 
 
 
 39 
 
22. (SEFAZ-PI/FCC/2015) A Constituição Federal e a Lei Complementar 24, de 1975, 
relativamente ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação − ICMS, 
estabelecem que 
a) os Estados federados poderão fixar as alíquotas das operações e prestações internas sujeitas 
ao imposto, em qualquer percentual, por meio de lei ordinária estadual, de forma livre e 
autônoma, desde que observada, como limite, a alíquota máxima prevista em Resolução do 
Senado Federal. 
b) os Estados federados poderão autorizar, mediante lei ordinária estadual, independentemente 
de convênio, que o contribuinte que promova saída de mercadoria em operação interna isenta, 
mantenha o crédito de ICMS relativo às operações anteriores. 
c) os Estados de determinada região do Brasil poderão conceder isenção do imposto nas 
operações internas com determinada mercadoria, por meio de lei ordinária estadual de cada 
Estado, independentemente de convênio, sendo necessário, noentanto, que, para operações 
interestaduais, a medida esteja prevista em convênio celebrado e ratificado por todos os Estados 
brasileiros. 
d) será rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente ratificado pelo Poder Executivo 
de todas as Unidades da Federação presentes à reunião, e desde que as Unidades ausentes 
tenham sido regularmente convocadas para a ela comparecer. 
e) todos e quaisquer incentivos ou favores fiscais, ou financeiro-fiscais, serão concedidos nos 
termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. 
 
Comentários: 
(a) Falso. Como vimos na aula anterior os Estados podem fixar suas alíquotas internas de ICMS 
porém devem respeitar o limite mínimo (não máximo) previsto pelo Senado Federal. Hoje os 
Estados só podem estabelecer alíquotas inferiores a 12% com aprovação do CONFAZ. 
(b) e (c) Falsos e (e) Correta. A isenção bem como qualquer benefício fiscal de ICMS só pode ser 
concedida por convênio tanto em operações interestaduais quanto em operações internas. 
(d) Falso. A ratificação deve se dar por todos os Estados/DF e não só por aqueles que estiverem 
presentes à reunião. 
Gabarito: Letra E. 
 
 
 
 40 
 
23. (TCM-GO/FCC/2015) A Constituição Federal, na alínea “g” do inciso XII de seu § 2º 
estabelece que “cabe à lei complementar: ... g) regular a forma como, mediante deliberação dos 
Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e 
revogados”. 
A concessão e revogação dos incentivos e benefícios fiscais ocorre nas reuniões do Conselho 
Nacional e Política Fazendária − CONFAZ − em conformidade com a disciplina estabelecida na 
Lei Complementar nº 24/1975. De acordo com essa lei complementar, 
a) a concessão de benefícios dependerá sempre de decisão de quatro quintos dos Estados 
representados nas reuniões do CONFAZ. 
b) a revogação, total ou parcial, de benefícios dependerá de aprovação de três quartos, pelo 
menos, dos representantes presentes nas reuniões do CONFAZ. 
c) as reuniões do CONFAZ somente se realizarão com a presença de representantes de todas as 
Unidades da Federação. 
d) a concessão de benefícios dependerá sempre de decisão majoritária dos Estados 
representados nas reuniões do CONFAZ. 
e) as reuniões do CONFAZ se realizarão com a presença de representantes da maioria das 
Unidades da Federação. 
 
Comentários: 
Mais uma questão que pede quórum. Fique ligado! 
(a) e (d) Falsos. Falou em concessão de benefício do ICMS falou em unanimidade! 
(b) Falso. Para a revogação é necessário 4/5 dos Estados/DF. 
(c) Falso e (e) Correto. Para que haja reunião do CONFAZ devem estar presentes a maioria dos 
Estados/DF, ou seja, 14 Estados/DF. 
Gabarito: Letra E. 
 
24. (SEFAZ-RS/CESPE/2019) A CF prevê que cabe aos estados federados e ao Distrito Federal, 
mediante deliberação e por meio de lei complementar, regulamentar a concessão e revogação 
 
 
 41 
 
de isenções, incentivos e benefícios fiscais relativos ao ICMS. A Lei Complementar n.º 24/1975, 
que trata de convênios sobre ICMS, dispensou a celebração desses convênios sobre 
a) as anistias de multas relativas ao ICMS. 
b) as reduções da base de cálculo do ICMS. 
c) as devoluções totais ou parciais do ICMS ao contribuinte. 
d) as concessões de créditos presumidos de ICMS. 
e) as isenções do ICMS. 
 
Comentários: 
Perceba que a anistia de multas não está prevista no artigo 1º da LC 24/75. 
Art. 1º - As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo também se aplica: 
I - à redução da base de cálculo; 
II - à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do 
tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; 
III - à concessão de créditos presumidos; 
IV - à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, 
concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais 
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; 
V - às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data. 
Gabarito: Letra A. 
 
25. (SEFAZ-RS/CESPE/2019) O governo de determinado estado da Federação, ao contrário dos 
governos dos demais estados, não publicou decreto ratificando convênio de eficácia nacional 
 
 
 42 
 
que havia revogado isenções do imposto sobre operações relativas a circulação de mercadorias. 
O referido convênio foi aprovado por 21 dos 25 representantes de estados da Federação que 
estavam presentes à reunião. O representante do estado da Federação que não publicou o 
decreto ratificando o convênio não estava presente à deliberação. 
Nessa situação hipotética, de acordo com dispositivos da Lei Complementar Federal n.º 
24/1975, esse convênio 
a) não obriga o referido estado, devido a ausência da ratificação expressa por meio de decreto. 
b) obriga o referido estado, porque a ratificação será considerada tácita e porque foi atendido o 
quórum deliberativo. 
c) não obriga o referido estado, em razão do descumprimento do quórum deliberativo. 
d) obriga o referido estado se, a qualquer tempo, vier a publicar o decreto de ratificação. 
e) não obriga o referido estado, porque o seu representante não estava presente à reunião 
deliberativa. 
 
Comentários: 
Para a revogação de convênio de isenção é necessária a aprovação de 4/5 dos presentes à 
reunião. Como estiveram presentes 25 Estados/DF, bastavam 20 concordarem. Como o Estado 
em questão não publicou Decreto retificando ou ratificando o Convênio considera-se sua 
aprovação tácita por parte deste Estado. Assim, o Estado em questão está obrigado a cumprir o 
referido Convênio mesmo não tendo comparecido à reunião. 
Gabarito: Letra B. 
 
26. (SEFAZ-BA/FCC/2019) A Lei Complementar nº 24, de 1975, em sua redação atual, 
estabelece que as isenções, as reduções de base de cálculo e os créditos presumidos 
a) referentes aos tributos estaduais somente poderão ser concedidos mediante lei específica, e 
desde que anteriormente tenha sido aprovado convênio entre os Estados e a União, permitindo 
tal gasto tributário. 
b) e quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no 
ICMS, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus, serão 
concedidos ou revogados nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo 
 
 
 43 
 
Distrito Federal, cuja aprovação dependerá de ratificação expressa ou tácita de todos os Estados 
e do Distrito Federal. 
c) relativos ao ICMS, ao IPVA e ao ITCMD somente poderão ser concedidos mediante lei 
específica e posterior aprovação no CONFAZ, mediante aprovação unânime de todas as 
Unidades da Federação. 
d) poderão ser concedidos, desde setembro de 2017, sem a necessidade de prévio convênio 
entre os Estados, e sem a necessidade de seguir os controles previstos sobre renúncias de 
receitas, desde que não tenham como objetivo estimular ou incrementar a Guerra Fiscal entre os 
Estados e os Municípios. 
e) e quaisquer outros incentivos ou favores tributários, concedidos com base nos impostos 
estaduais, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus, serão 
concedidos ou revogados nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados, 
Distrito Federal e União, cuja aprovação dependerá de ratificação expressa ou tácita de três 
quintos dos representantes presentes na reunião. 
Comentários: 
A LC 24/75 se refere apenas aos benefícios fiscais no âmbito do ICMS e não a todos os tributos, 
o que faz com que as alternativas (a), (c) e (e) estejam erradas. 
A letra (d) é totalmente o oposto do que aprendemos: a LC 24/75 prevê necessidade de 
Convênio para concessão de quaisquer benefícios ficais relativos ao ICMS. 
Gabarito: Letra B. 
 
27. (SEFAZ-AL/CESPE/2020) Acerca

Continue navegando