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Lista de Exercícios de Geologia de Engenharia - Vitória Azevedo

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Lista de Exercícios de Geologia de Engenharia – Vitória Azevedo
Exercício 2
1. Uma sondagem numa encosta com declividade natural de 50º revelou valores de Recuperação da ordem de 90% entre 2m e 4m de profundidade, mas abruptamente nesta cota observou-se uma rápida fuga d ́água. Recuperados os fragmentos de rocha desta manobra, eles mostravam nas separações entre si superfícies muito ásperas e irregulares, sem a presença de minerais oxidados. Desenhe e complemente esta situação geológica hipotética, de forma a garantir que o geólogo consultor está certo em propor ao proprietário abandonar a ideia de construir um shopping no local.
R: Área está sujeita a deslizamento que pode ser causada pela água da chuva. É rugoso, sem oxidação. Fratura é áspera e irregular indica que não é uma fratura natural. Sendo assim a recuperação é pequena por conta da máquina. A superfície rochosa é contínua. 
2. Na construção de um prédio na zona sul da Cidade Maravilhosa, ao escavar a base de uma escarpa rochosa de 100m de altura, sem fraturas tectônicas e com cascas de cebola apenas no seu terço superior, para a obtenção de área plana para um estacionamento, a empreiteira acabou por se surpreender com a queda de uma lasca de 10Ton, que bateu num dos seus caminhões e o destruiu. Por que isto aconteceu?
R: Corte vertical, possui tensões, in situ forma lasca que pode cair em cima do prédio. Essa situação ocorre no Cantagalo, em Copacabana, como foi observado no 2º campo feito nas férias pelo professor Amaral, no dia 10/10/22.
3. Ao se iniciarem os estudos para a construção de um túnel, o geólogo foi questionado pelo engenheiro leigo qual das propriedades morfológicas das fraturas a mapear ele conferia maior importância. Ele respondeu que era o espaçamento. Depois perguntado por aquele que oferecia mais dificuldade para definir, ele informou ser a persistência. Discuta a correção ou não da opinião do geólogo.
R: A abertura de espaços numa escavação subterrânea, permite a formação de fratura ou levantamento súbito da superfície rochosa, em função do alívio de tensão residual que está presente no maciço rochoso que não gerou descontinuidade estruturais ao longo do tempo geológico, pois os maciços são homogêneos, isotrópicos e possuem elevada resistência mecânica. Já a persistência é mais difícil de ser mapeada.
Exercício 3
1. Cite as principais diferenças entre as alterações hidrotermais e as alterações intempéricas e comente sobre a importância dos minerais de alteração ou secundários no comportamento de rochas e solos. 
R: O intemperismo é um fenômeno externo que é condicionado pelo clima, ambiente etc. Já o hidrotermalismo é controlado por fenômenos internos. 
A presença de minerais hidrotermais irá diminuir a resistência da rocha, logo, a resistência da rocha ocorre por causa dos efeitos intempéricos e será mais suscetível a perda de íons, ou seja, causa a alteração intempérica. 
2. Liste e comente as principais diferenças entre os diversos tipos de intemperismo químico e também entre os tipos de intemperismo físico das rochas. De que maneira a Série de Goldich se relaciona ao primeiro?
R: Intemperismo é uma assembléia de mudança de ordem física e química. Sendo que no intemperismo físico há desagregação e no químico a decomposição que às rochas sofrem na superfície aflorar.
No intemperismo físico, há processos de mudança volumétrica das rochas (nos vazios e fissuras) do interior das rochas. Pode ocorrer congelamento, cristalização de sais e atividade biológica. No intemperismo químico ocorre processos de meteorização, podendo ocorrer oxidação, hidrolise, dissolução e carbonatação. A série de Goldich é o inverso da série de Bowen. Os minerais para serem formados dependem da cristalização e resfriamento do magma. Os minerais que se cristalizam primeiro da série de Bowen são os que se alteram primeiro no intemperismo.
3. O mesmo tipo de rocha alterada pode gerar perfis de solo completamente diferentes dependendo do clima. Explique esta afirmação.
R: A afirmação está correta. O intemperismo age de forma diferente em uma mesma rocha, dependendo das condições climáticas, em um determinado local. 
Exercício 4
2. Muito fraturado - toma-se 11 fraturas por metro entre 14m e 16m de profundidade na sondagem rotativa. Isto impõe a soma de 22 fraturas em 2m, logo, 21 fragmentos entre as mesmas. A combinação mais razoável é: 18 fragmentos de 0.5cm, 1 fragmento de 1cm; 2 fragmentos de 50cm. Isto garante uma Recuperação de 55 porcento e um RQD de 50 porcento na manobra de 2m.
R: 20 de 1 cm + 1 de 10 cm
11 de 1 cm 
10 de 10 cm 
Rec = 55, 5%
Exercício 5
1. Numa área de baixada ocorrem argilas moles, com espessura de 17m. Explique a gênese deste solo, sua composição e os problemas de engenharia associados.
R: A origem é gleissolos, na sua composição apresenta uma redução de ferro ou manganês. Sua gênese é o solo transportado, flúvio marinho, e o problema de geologia de engenharia é que apresenta problemas de recalque, deformações e estão sujeitos a grandes alagamentos.
2. Numa área de morros ocorrem solos do tipo talús/colúvio. Explique a gênese deste solo, sua composição e os problemas de engenharia associados.
R: Talús são depósitos transportados que estão presentes na encostas, mais ou menos espessos. Apresenta blocos grandes e matriz fina. Sua composição é heterógena e os problemas associados a geologia de engenharia são os escorregamentos, pois são porosos e extremamente instáveis. 
Colúvio são depósitos que recobrem às encostas íngremes, formados pela ação da água e gravidade com granulometria variada e linha de seixos. Apresenta movimentos e grandes escorregamentos.
3. Como é feita no campo a distinção entre solos residuais e transportados?
R: Solo residual é um solo heterogêneo, é saprolítico que são produzidos pela alteração in situ da rocha e preserva às propriedades texturais, estruturas e mineralogia da sua rocha matriz. Apresenta melhor comportamento mecânico que o solo transportado.
Solo transportado é transportado do seu local de origem e não preserva estrutura da sua rocha original. É um solo homogêneo. 
Exercício 6
1. Pegue um dos testemunhos disponíveis na sala 4015-F e avalie qualitativamente os resultados a serem obtidos com a realização, neles, de ensaios de durabilidade e de Point Load. Explique também porque, no caso de se definir quantitativamente, é importante saber que uma rocha muito resistente apresenta valores de RCU superiores a 120 Mpa, ou seja, superiores a 1200kgf/cm2. 
R: O primeiro é espaçamento devido as fraturas estrarem muito próximas umas das outras, há uma maior tendência de ocorrer um colapso em uma dessas fraturas em que as próximas sejam afetadas também. O segundo é sobre abertura, visto que quanto maior a abertura de uma fratura, maior o risco de ocorrer uma acumulação de água. O terceiro diz sobre o preenchimento que pode confundir o geológico, pois o mesmo pode ser sin tectônico (não há problema) ou pós tectônico (preenchimento dado em zona de fratura). O quarto e último diz sobre a persistência, pois dependendo da atitude a mesma pode ser difícil de fazer a interpretação quanto a sua continuidade.
2. Diz-se na prática diária da geologia de engenharia que dentre os atributos físicos de um maciço rochoso, um é mais importante para definir a força de impacto no caso de queda de lascas e fragmentos rochosos de um talude rochoso; outro é o mais importante para definir o volume d´água que pode invadir e inundar uma mina subterrânea; um terceiro é o mais difícil de definir porque uma intrusão na geologia poderia ser interpretada como tal; e, finalmente, um quarto é o mais difícil de definir. Que parâmetros são estes? Explique a sua resposta.
R: Daria o próprio peso, por que o maciço não tem água. Uma rocha muito resistente, o modelo de deformabilidade delas suporta a tensão. 
3. Nas sondagens rotativas é muito importante o geólogo ficar com um olho no gato e outro no peixe frito, uma vez que o sondador está muitas vezes mais interessado em acabar rapidamente o procedimento. Por queo sondador faz isto? Que perigos estão presentes com uma aceleração indevida dos avanços da investigação?
R: Por ganhar por metro, porque conforme maior for o avanço em profundidade, mais irá ganhar. Os problemas relacionados estão associados a perda de água, mudança de diâmetro de Nx para Bx, com a organização dos testemunhos feita na caixa e fratura natural x fratura mecânica. 
Exercício 7
1. Há uma relação clara entre os minerais do tipo 2:1 e os minerais presentes no horizonte de solo residual maduro dos perfis de intemperismo de rochas básicas? Qual? Justifique. 
R: Sim, há uma relação clara entre argila mole e SPT, pois a argila apresenta valores baixos de SPT. O SPT da argila mole = 0.
2. Há uma relação clara entre os depósitos de talús e os solos aluviais com predominância de argila, em relação à forma e a mineralogia? Qual? Justifique. 
R: O solo aluvial é heterogêneo. Assim como o depósito de talús. Porém o solo aluvial em algumas camadas isoladas pode apresenta-se muito homogêneo. 
3. Há uma relação clara entre argila mole e valores baixos de SPT? Qual? Justifique.
R: Sim, pois às rochas básicas, em geral possuem grande disponibilidade de íons (Ca2+, Mg2+ e Na+) que podem ser liberados durante o processo de intemperismo para a formação de minerais secundários. Às fontes desses íons variados são principalmente piroxênios e anfibólios. Os minerais secundários formados são sobretudo argilominerais 2:1 que é o grupo das esmectitas, principalmente montmorillonita. 
Exercício 8
1. Numa obra um engenheiro civil identificou a presença de diques de diabásio cortando gnaisses pré-cambrianos e não deu ao fato a menor importância. Em quais condições geológicas é possível passar por cima desta diferença litológica? 
R: O contato com a descontinuidade é um plano de fraqueza, deve medir para obter atitude.
2. Que sequência de deposição de um solo transportado explica a presença de um lençol ou nível d’água suspenso? 
R: Representa um perfil sanduíche. 
3. Por que a exploração excessiva da água subterrânea nas areias marinhas do Bairro de Copacabana, a 14m de profundidade, acabou por degradar a sua qualidade para consumo?
R: Explora água doce que serve para consumo, no seu nível potenciométrico diminui e o nível potenciométrico da água salgada começa a subir. A cunha salina da água do mar não permite que haja mistura com a água doce. 
2ª Questão. Após analisar as três afirmativas abaixo, indique a alternativa correta.
I. Para a determinação da permeabilidade do maciço rochoso e, consequentemente, definir o potencial de contaminação do aquífero fissural, é preciso definir um VER (Volume Elementar Representativo), e realizar, no campo, o ensaio de perda d’água sob pressão, que é muito caro. 
II. A avaliação da permeabilidade a partir dos ensaios de campo é controversa, pois além da dificuldade de controle do ensaio, poucas propriedades em engenharia podem variar tanto quanto o coeficiente de permeabilidade. No caso dos solos a “coisa” piora, pois ela é da ordem de 10 cm/s para os solos grossos e pedregulhos e de 1 x 10-10 cm/s para os solos finos.
III. No ensaio de perda d’água sob pressão em maciços rochosos, há que se colocar um obturador para isolar, “por cima” o trecho de interesse, ou seja, a zona fraturada na qual pode se concentrar o fluxo dos contaminantes. Este obturador é inserido no amostrador da sondagem rotativa.
(A) I, II e III são falsas
(B) III é falsa; I e II são verdadeiras
(C) III e II são falsas; I é verdadeira
(D) I, II e III são verdadeiras
3ª Questão. Após analisar as três afirmativas abaixo, indique a alternativa correta.
I. Há risco na circulação dos veículos nas vias de acesso, e, também, de incêndios e explosões de gás em tubulações de gás de prédios de 10 andares, mas não há risco para os prédios em si, pois os mesmos foram fundados de maneira adequada, com estacas profundas, quando a infraestrutura (ruas, tubulações, etc) foi construída sobre aterro sobre argila mole, com valores de SPT entre 0 e 2, e os prédios fundados em solos residuais com valores de SPT superior a 15. 
II. A Susceptibilidade indica a capacidade natural de uma área dar início a um processo geológico destrutivo; a Probabilidade de ocorrência de um acidente (Hazard) indica a chance dos elementos da área de perigo serem afetados por um processo geológico destrutivo com determinada magnitude, num determinado período de tempo. A vulnerabilidade indica a menor ou maior capacidade de um elemento na área de perigo ser afetado pelo processo geológico potencialmente destrutivo no caso de sua ocorrência; varia de 0 (sem danos) a 1 (todo destruído).
III. A equação de risco é R = P + C; caso fosse R = P x C, haveria casos nos quais existindo um potencial de ocorrência sem possibilidade de danos, não haveria risco, nem a necessidade de medidas preventivas.
(A) I, II e III são falsas
(B) III é falsa; I e II são verdadeiras
(C) III e II são falsas; I é verdadeira
(D) I, II e III são verdadeiras
4ª Questão. Após analisar as três afirmativas abaixo, todas relacionadas às barragens de rejeito, indique a alternativa correta.
I. Independentemente do tipo de barragem, todo cuidado deve ser tomado em relação à drenagem interna e à dissipação de poro-pressão no seu interior.
II. Os resíduos arenosos lançados nos seus lagos podem sofrer liquefação, em função de não serem plásticos, e com uma eventual ruptura da barragem, alcançar grandes distâncias.
III. A velocidade de alteamento da barragem não pode ser definida pela velocidade de disposição dos rejeitos, mas sim pelas alterações nas propriedades dos rejeitos e nos esforços que serão impostos por este alteamento. 
(A) I, II e III são falsas
(B) III é falsa; I e II são verdadeiras
(C) III e II são falsas; I é verdadeira
(D) I, II e III são verdadeiras
5ª Questão. Após analisar as três afirmativas abaixo, todas relacionadas aos aterros, indique a alternativa correta.
I. O Movimento de substâncias através de barreiras artificiais é função de propriedades hidrogeológicas locais, de mecanismos de difusão e dispersão e de fatores associados a características de reatividade química e bioquímica no sistema meio poroso-fluido, incluindo aspectos de volatilidade, biodegradação e, eventualmente, decaimento radioativo da substância. Um programa de modelagem da contaminação de aquíferos, em 2D e 3D, é o MODFLOW.
II. O ideal para o recobrimento diário nos aterros sanitários é a utilização de solos argilosos, com médios teores de matéria orgânica, com predomínio de argilas do tipo 1:1 e oxi-hidróxidos de Fe, Al e Mn, com esmectitas e ilitas.
III. O desejável para a escolha de um site como apto para um aterro sanitário é ser composto por solos com K>= 10-7 cm/s, pois quanto maior a permeabilidade, maior é a espessura da zona não saturada e maiores as distâncias a serem percorridas pelo contaminante, o que aumenta a sorção do contaminante e diminui a possibilidade de contaminação da água subterrânea.
(A) I, II e III são falsas
(B) III é falsa; I e II são verdadeiras
(C) III e II são falsas; I é verdadeira
(D) I, II e III são verdadeiras
1) Disserte objetivamente sobre a relação existente entre os pares de termos técnicos usados por geólogos “tuneleiros” relacionados abaixo: 
a) Stand-up-time e classificação RMR; 
R: Os dois termos são métodos de classificação para descrever a qualidade dos maciços. Com o intuito de definir o melhor procedimento a ser utilizado durante escavações de túneis, para que assim, seja mais seguro para os trabalhadores e segurança do túnel. 
 
b) NATM e Drill & Blast; 
R: Os dois termos técnicos são métodos de perfuração de túneis. O primeiro, NATM (News Austrian Tunneling Method) compreende por uma metodologia que visa a estabilização pelo alívio controlado das tensões do maciço. Drill & Blast consiste em um ciclo de desenvolvimento de um plano de fogo, posicionamento e detonação. 
c) Zonas de Cisalhamento e Alteração Hidrotermal; 
R: Ambas feições geológicas podem resultar numa alteração da resistência do maciço rochoso. No caso dazona de cisalhamento, por apresentar uma foliação muito bandada e deformada, a água pode entrar facilmente pelos espaços e erodir e intemperizar a rocha por dentro. Já a alteração hidrotermal, com a ação contínua da água em falhas e fraturas, os minerais primários da rocha podem sofrer alteração. Com isso, serão menos resistentes que os minerais primários. 
d) Argilas Expansivas e Diques de Diabásio. 
R: As Argilas expansivas e os diques de Diabásio representam possíveis fragilidades em túneis, com isso, são materiais que necessitam ser estudados e bem analisados numa obra. As argilas expansivas retêm água em sua estrutura e se expandem, podendo aumentar uma tensão na estrutura do túnel, e quando elas “secam” se retraem, podendo aliviar a tensão exercida no túnel. Os diques de diabásio, por serem planos geralmente discordantes da foliação principal da rocha, agem como planos preferenciais para percolação de fluidos. Além disso, sua alteração é importante, pois como se trata de uma 
rocha diferente da rocha encaixante, ela tem minerais diferentes, com isso sua resistência também é diferente. Assim, para uma maior garantia, é necessária a avalição detalhada do dique.
2) A classificação geomecânica de Bieniawski (RMR), que considera na sua pontuação, o RQD, a vazão da água subterrânea e as tensões in situ, entre outros, concede à atitude mais favorável a nota 10 e define um ábaco para determinação do período de estabilidade sem suporte. Verdadeiro ou Falso? Justifique sua resposta. 
R: Falso, pois a classificação RMR (Bieniawski) não considera tensões in situ e não concede nota até 10 e sim até 100. 
3) Classifique as afirmativas abaixo como verdadeira ou falsa. Justifique sua resposta. 
( F ) Numa encosta constituída por solo residual jovem e solo maduro, escavou-se um talude vertical com 6m de altura, que vem sendo afetado intensamente por erosão pluvial apenas na camada de solo residual jovem. Caso a erosão evolua, a camada de solo maduro pode ficar descalçada e sofrer um escorregamento do tipo queda. A afirmativa é falsa porque é impossível escavar 6m em solo residual e porque o tipo de escorregamento seria uma corrida. 
R: Falsa, pois é possível escavar mais de 6 metros em um solo residual, porém, o tipo de 
escorregamento seria uma corrida. 
 
( F ) O Alerta Rio é o sistema de alerta contra escorregamentos da Prefeitura do Rio de Janeiro; ele está baseado no entendimento da correlação existente entre chuvas e escorregamentos, e na definição de índices críticos de chuvas tanto horárias como diárias, a partir dos quais ocorrem os escorregamentos destrutivos. Enquanto a chuva horária amplia o potencial de erosão hídrica e a mudança, para pior, da geometria do talude, a chuva diária recarrega mais lentamente o nível d´água, ampliando a poro-pressão e, consequentemente, o potencial de ruptura. 
R: Falso, pois o sistema está baseado não somente no tempo que a chuva durou. Está ligado também ao volume da chuva, que é a principal variante nesse sistema.
4) Indique a única afirmativa falsa. Justifique sua resposta. 
(F) Um veio não pode ser considerado um material de preenchimento das descontinuidades estruturais de um maciço rochoso. Trata-se tão somente de uma intrusão, de uma descontinuidade litológica. 
R: Errado, pois um veio pode ser considerado um material de preenchimento das descontinuidades estruturais de um maciço rochoso. 
(V) O mapeamento detalhado em superfície, em volta do maciço rochoso, permite criar um modelo geológico esperado para a escavação subterrânea de um túnel que atravesse este maciço. 
 
5) Por que um Arenito relativamente homogêneo, descrito como uma unidade de rocha para o geólogo, precisa ser dividido em 6 tipos quando analisado na perspectiva da geologia de engenharia? 
R: Pois durante o soterramento desse pacote de areia, pode ter acontecido variações de pressão, temperatura, percolação de fluídos ao longo do seu corpo. Com isso, é necessário a divisão de tipos para ser analisado corretamente na geologia de engenharia.
6) Indique a única afirmativa FALSA. Justifique sua resposta. 
(F) Areias, com grãos entre 0.002 mm e 2 mm, são compostas por grãos de quartzo, mas também feldspato e mica. 
R: Falso, pois grãos de 0.002mm não são considerados como areia e sim silte e argila. O diâmetro dos grãos de areia varia de 0,06mm até 2mm. 
(V) Argilas têm dimensões menores que 0.002mm e são compostas principalmente por argilominerais e óxidos. 
(F) O fato de ser argila ou areia não modifica a permeabilidade de um solo. 
R: Falso, pois o fato de ser argila ou areia modifica a permeabilidade de um solo.
7) Com relação aos diferentes tipos de solos, analise as afirmativas e depois assinale: 
I. Solos argilosos são compostos por minerais na fração argila, ou seja, com diâmetros inferiores a 0.002mm, e os seus minerais mais frequentes são os argilominerais. 
II. Solos arenosos são compostos por minerais na fração areia, ou seja, com diâmetros maiores que 2.0mm, e os seus minerais mais frequentes são o quartzo, o feldspato e a mica. 
III. A laterita é um tipo de solo tropical, caracterizado pela acumulação (enriquecimento) de óxido de ferro junto à superfície, o que lhe confere uma resistência mecânica elevada. 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. Verdadeira. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
8) Preencha as lacunas. 
O argilomineral Montmorillonita é expansivo porque tem água preenchendo os espaços entre as cadeias tetraédricas e octaédricas. Neste caso, a capacidade de troca catiônica é alta do solo, mas somente se a presença deste argilomineral for alta. 
1ª Questão) A persistência e o espaçamento, sem prejuízo da contribuição dos demais, são considerados os parâmetros físicos mais importantes das fraturas, pois são eles que permitem definir a estruturação fundamental do meio rochoso. No caso da persistência, sabe-se que pode haver “dentes” nas fraturas que a eliminam ou diminuem, impondo um contato rocha-rocha de paredes sãs (que aumenta da resistência ao cisalhamento ao longo da fratura). Que tipo de feição geológica – litológica ou estrutural – pode estar associada à presença destes “dentes”? Explique a sua resposta. 
R: Fraturas, em linhas gerais, são formadas em resposta a esforços internos ou externos atuantes em uma rocha. No campo da geologia de engenharia, tais fraturas, possuem características que podem ser analisadas e concluir se há necessidade de intervenção geotécnica ou não naquele contexto. A característica da descontinuidade em questão cita a persistência, a qual corresponde a extensão ou comprimento dessas descontinuidades, tendo influencia na resistência ao cisalhamento dos maciços rochosos, desta forma, como supracitado no enunciado da questão existem feições litológicas tais como: a presença de minerais que possuem resistências, aqueles que possuem alta dureza, tais como quartzo, por exemplo, podendo agregar certa rugosidade. Feições estruturais, tais como, slicksides, os quais são estruturas geológicas formadas por atrito entre as paredes do maciço e que também podem se comportar de forma a resistir ao cisalhamento.
2ª Questão) As propriedades mineralógicas são a base da previsão do comportamento mecânico dos solos, ultrapassando as limitações impostas pelas classificações geotécnicas tradicionais. Em que tipo de solo o comportamento “bom” do solo não podia de forma nenhuma ser antecipado pelos ensaios de granulometria e plasticidade, e acabou exigindo o desenvolvimento de uma classificação “brasileira”? Há evidências neste solo da presença de minerais associados à alteração por hidrotermalismo? Explique a sua resposta. 
R: Os solos em questão são os solos lateríticos,uma vez que esse tipo de solo não se encaixa nos ensaios convencionais, desta forma, foi desenvolvido uma classificação brasileira para contextualizar esses solos que possuem camadas planas de oxido de ferro que são formados pela lixiviação em decorrência as aguas meteóricas em ambientes tropicais, porém não há hidrotermalismo, há alteração supergênica causada por águas meteóricas. 
 
3ª Questão) Sabe-se que os valores de Módulo de Deformabilidade (E) obtidos nos ensaios de laboratório não traduzem nem 10% das situações reais da geotecnia, e que nem mesmo as rochas intactas mostram um comportamento elástico, mesmo quando vistas como testemunho em laboratório. Levando em conta apenas os fatores intrínsecos que podem influenciá-los, por que os valores típicos médios de E de granitos, diabásios e basaltos são relativamente próximos e os valores típicos mínimos variam tanto? Explique a sua resposta. 
R: Em linhas gerais, o modulo de deformabilidade, eixo central da questão acima, relaciona-se plasticidade e vulnerabilidade do material em questão, onde ambos estão ligados a mineralogia que compõem a rocha junto a granulação. Nesse contexto, os basaltos por exemplo, cuja mineralogia é pouco variada com uma granulação fina por se tratar de uma rocha ígnea extrusiva, possuem comportamento mais elástico e por consequência o modulo mínimo de deformabilidade maior. Por outro lado, os granitos que são rochas ígneas intrusivas e por consequência será composta por uma gama mineralógica de grãos mais grossos e mais variadas, apresenta valores mínimos de deformabilidade mais baixos. Quando se fala de diabásios, que possuem uma assembleia mineralógica semelhante a primeira rocha citada nessa resposta porem divergindo em relação a variação mineralógica eu e um pouco maior, são menos frágeis e, por consequência, os valores mínimos de modulo de deformabilidade serão maiores. 
 
4ª Questão) Sabe-se que os valores de coesão e atrito muitas vezes variam mais dentro de um solo – maduro, jovem, etc – do que entre dois deles. Sob o ponto de vista da geologia de engenharia, portanto, tal como criticado pelo Professor Amaral, a visão clássica de que “quanto mais mica no solo menor o ângulo de atrito do solo”, e que “quanto mais quartzo maior o ângulo de atrito do solo”, prejudica muito o avanço da prática da análise de estabilidade de taludes no Brasil. Que tipo de feição no solo residual pode inverter completamente essa “ultrapassada” concepção dos engenheiros geotécnicos mais cascudos? Explique a sua resposta. 
R: O tipo de feição de solos residuais, em solos tropicais, que podem inverter esta concepção é a anisotropia das estruturas reliquiares. Fazendo uma análise de dois taludes distintos e hipotéticos, sem levar em consideração o comportamento hidrogeológico e com o mesmo grau de alteração (Itens que também poderiam influenciar na estabilidades destes). O talude A conta com um solo argiloso, micáceo, com poucas estruturas reliquiares e isotrópico. Já o talude B, com um solo arenoso, anisotrópico, com estruturas reliquiares rúpteis, dúcteis e rúpteis-dúcteis. O talude A certamente teria um ângulo de atrito mais favorável que o talude B. 
5ª Questão) As feições erosivas variam, em função das suas dimensões e profundidades, entre sulcos e voçorocas (ou boçorocas), passando pelas ravinas. Mas há também uma diferenciação dos processos, principalmente entre “ravinamento” e “voçorocamento”. Que tipo de feição preservada no solo residual justifica esta diferença? Explique a sua resposta.
R: O processo de formação de uma voçoroca ocorre progressivamente a partir da formação de um sulco erosivo. O sulco é formado pela erosão do solo, conforme a progressão do processo erosivo e a evolução do sulco, passa a receber o nome de ravina a qual possui fluxo concentrado superficial. Quando a proporção da ravina aumenta até encontrar a água subterrânea, a ravina passa a receber o nome de voçoroca onde o solo residual e escavado de baixo para cima e com o agravamento da escavação pode ocorrer o desabamento na parte superior. O que diferencia ambas feições são os processos que culminam na escavação das paredes laterais. Enquanto as voçorocas possuem tal feição de paredes escavadas por conta da escavação de dentro pra fora, na ravina o fluxo ocorre de forma superficial e mais continuo, o qual não acarreta as escavações laterais.
7. As fraturas de alívio exibidas num maciço rochoso apresentam sempre as mesmas características de atitudes, persistência e preenchimento? E quanto às aberturas e aos espaçamentos?
R: Não devido serem irregulares.

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