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GE - Fundamentos da Geologia_03

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Fundamentos da Geologia
UNIDADE 3
1
 
Palavras do Professor
Caro(a), aluno(a)!
Seja bem-vindo(a) a terceira unidade da nossa disciplina “Fundamentos da Geologia”. 
Na unidade II você estudou o intemperismo das rochas e a formação dos solos e, constatou a extrema 
importância das águas superficiais e subterrâneas para a vida no planeta.
Nesta unidade, iremos conhecer como se dá a investigação do subsolo e saber um pouco mais sobre a 
utilização das rochas e solos na construção civil. 
E entender os aspectos estruturais dos maciços, classificações e os processos de deformação que produ-
zem as estruturas geológicas.
Vamos começar? 
Bons estudos!
orientações da disciPlina
O estudo da geologia estrutural se faz altamente importante para os engenheiros civis porque nos proces-
sos construtivos dos mais variados tipos como fundações, estradas, barragens e túneis, estamos à mercê 
dos aspectos litológicos do terreno trabalhado.
Assim, ao saber para que serve uma rocha, em qual estado ela melhor se encontra para um uso específico 
iremos baratear e acelerar as obras. 
Essas análises são feitas a partir de processos de sondagem diretas e indiretas das áreas requeridas. 
A observação desde aspectos regionais e aspectos microscópicos das estruturas tem que ser uma prática 
comum nas frentes de obras. 
2
investiGaçÃo do sUBsolo
Quantas vezes você já deve ter se perguntado como as estruturas criadas por nós conseguem se manter 
firme durante tanto tempo nos mais variados lugares? 
Como também como solos conseguem sustentar edificações com centenas de toneladas? E como conse-
guimos saber como é a estrutura do solo e suas camadas internas? 
Primeiramente, não é em qualquer tipo de solo que são construídos em qualquer edificação. Quando 
chegamos numa área nova nos deparamos com uma situação denominada “Problema Geotécnico”, então 
o que seria isso? 
você saBia?
Problema Geotécnico é qualquer dificuldade que exista na área que precise ser resolvido até que aquele 
ambiente se torne propício à obra.
Então, ao se chegar ao ambiente de uma futura edificação é necessário conhecer o subsolo, e isso é feito 
através da prospecção geotécnica. E quando se conhece o subsolo pretende-se ter as soluções dos pro-
blemas geotécnicos apresentados. 
Com a investigação do subsolo se descobre a priori: a extensão, profundidade e espessura das camadas 
do subsolo e determinação da profundidade do nível do lençol freático. E serve para projetos de prédios 
e residências de um pavimento; projetos de estradas; barragens; fundações de diversas naturezas e pro-
jetos portuários. 
classificação dos Métodos de Prospecção
O processo de sondagem pode ser feito das mais variadas formas, umas são diretas (observação através 
de coleta de amostras e medição in situ) já outras são indiretas (estimativas das propriedades geotécni-
cas por sensoriamento remoto ou ensaios geofísicos). 
Métodos indiretos
•	 Sensoriamento remoto: utilizando de um conjunto técnicas e procedimentos tecnológicos o senso-
riamento remoto, objetiva representar e coletar dados da superfície da Terra sem que haja um contato 
direto, ou seja, todas as informações são obtidas através de sensores e instrumentos em geral, como 
satélites, fotos aéreas (aerofotogrametria), entre outros. É muito utilizado para se mapear áreas de 
difícil acesso e também quando são áreas muito extensas que se observa grande variação de terreno. 
???
3
•	 Métodos Geofísicos: Esses métodos são divididos em 03 tipos que iremos ver agora:
•	 Geoelétricos: 
•	 Eletrorresistividade: utilizando um equipamento chamado de Resistivímetro que libera injeções 
de corrente elétrica artificial, a Medição de Eletrorresistividade é utilizada para o mapeamento de solo 
a partir das propriedades elétricas dos materiais em subsuperfície, para detecção de topo rochoso e 
de diversos tipos de contaminantes líquidos infiltrados, como chorume de aterros e até contaminantes 
sólidos. Assim como também, nível d’água, cavernas, e identificação de estruturas geológicas (zonas 
de falhas, fissuras e dobramentos). 
•	 Medição de Eletromagnética: esse método de medição se baseia na liberação de ondas via Radar 
de Penetração no Solo em que são utilizados para detectar de interferências de qualquer material 
construtivo (atual ou antigo), plumas de contaminação e caracterização geológica (diversos tipos lito-
lógicos), cavernas, entre outras funções além da análise dos solos.
•	 Métodos Sísmicos: 
•	 Refração e Reflexão: a partir de ondas elásticas/mecânicas geradas por impactos determina-
dos ou explosões, as ondas irão se manifestar de maneira diferente (velocidades) de acordo com as 
propriedades elásticas de solos e rochas analisados, em que serão captadas por geophones (em que 
capta o tempo de resposta das ondas refletidas e refratadas). Esse método serve para caracterização 
geológica; identificação de rochas e suas fraturas; mapeamento da topografia de topo rochoso. São 
utilizados marretas, explosivos, quedas de peso.
•	 Batimetria: utilizando ondas acústicas (ondas de som), o equipamento emite, captura e calcula 
a velocidade do som na água (tempo de chegada), as imagens são feitas em 3D e tabelas de coorde-
nadas e profundidade. Permite obter mapas de perfis batimétricos de áreas submersas, assim como, 
detecção de erosão submersa, medição de profundidade e mapeamento de leito. 
•	 Métodos Potenciais: 
•	 Gravimetria: baseia-se nas medições e interpretação das variações do campo gravitacional ter-
restre, resultante das diferenças de densidade entre as diversas rochas localizadas na superfície e 
subsuperfícies terrestres. As variações do campo ou aceleração da gravidade dá-se o nome de ano-
malia gravimétrica (Dg). Utiliza-se o termo corpo causador da anomalia à estrutura ou à formação 
geológica que produz a anomalia gravimétrica. O aparelho usado chama-se Gravímetro. 
Como se pode observar os métodos indiretos fazem um “raio x” do solo, onde não a necessidade de 
perfuração e nem retirada de amostras para se obter os resultados, são métodos caros e utilizados em 
menor quantidade que os métodos diretos, porém para grandes obras como túneis e barragens ela é 
imprescindível. 
4
Métodos diretos
Esses métodos são os mais utilizados devido serem baratos, fáceis de usar, não necessitarem de pessoas 
altamente especializadas como nos métodos indiretos (que precisam de cursos caros para se aprender a 
utilizar os equipamentos). 
Nesse tipo de método podem ser feitas a retirada de amostras. As perfurações são dos mais variados 
tipos, como poços, trincheiras e galerias de inspeção.
Vamos agora ver alguns tipos de equipamentos utilizados:
•	 Sondagem a trado manual: tipo cavadeira, torcido, helicoidal e concha. Esse tipo de sondagem 
apesar de não necessitar nenhuma técnica avançada para a utilização, os dados são interessantes 
no que tange área pequenas e quando se quer dados preliminares de solos e profundidade do lençol 
freático. Algumas limitações são observadas no trado manual, como: a presença de pedregulhos, solos 
abaixo do nível da água, solos compactados, além de ir até no máximo 15 metros. Se formos fazer uma 
análise das limitações elencadas é fácil de se entender:
•	 Pedregulhos: a presença de pedaços de rochas atrapalha quando se vai perfurar porque pode 
quebrar o trado, além de exigir mais força de quem estiver operando.
•	 Solos abaixo do nível d’água e até 15 m: os dois estão interligados, se o lençol freático estiver a 
5 metros de profundidade ao se perfurar a água começará a minar e isso atrapalhará todo processo. 
Em relação aos 15 m de profundidade para ser um trado manual já chega a ser muito, porém o trabalho 
em manusear as peças encaixadas e a força humana utilizada é muito grande.
•	 Solos compactados: solos muito duros requer mais força física de até três pessoas rodando para 
que o trado consiga entrar nos primeiros centímetros de solo. 
•	 Sondagem a trado mecanizado: utilizando motor acoplado, esse tipo de equipamento ultrapassaas barreiras impostas pelo trado manual, podendo ir além dos 15 metros de profundidade, solos com-
pactados e cheios de pedregulho, podendo perfurar até concreto. Em relação a presença de água no 
subsolo só pode ser utilizado o trado a percussão com circulação de água. A sondagem à percussão 
com circulação d’água também conhecida como SPT (standard Penetration Test), é originário dos EUA 
e é o método de prospecção geotécnica mais difundido no Brasil. 
vantagens da utilização da sondagem stP:
•	 Custo relativamente baixo;
•	 Facilidade de execução;
•	 Permite descrever o subsolo em profundidade e coleta de amostras;
•	 Fornece índice de resistência à penetração; e
•	 Possibilita a determinação do nível freático.
Uma questão que sempre vem em mente é: quantas perfurações deverão ser feitas para se ter uma pre-
cisão das características geotécnicas do terreno e quais são os critérios?
5
Todos os procedimentos estão explícitos na norma NBR 8036/83: Programação de sondagens de simples 
reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. 
É na NBR 6484/80: Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos, como referência do 
método de ensaio. Tabela 01. 
visite a PáGina
“O número de sondagens e sua localização em planta dependem do tipo da estrutura, 
de suas características especiais e das condições geotécnicas do subsolo. 
O número de sondagens deve ser suficiente para fornecer um quadro, o melhor possí-
vel, da provável variação das camadas do subsolo do local em estudo”. 
Clique aqui para acessar.
 
ÁREA (m²) NÚMERO DE FUROS
≤ 200 2 (na prática no mínimo 3)
200 – 400 3
400 – 600 3
600 – 800 4
800 – 1000 5
1000 – 1200 6
1200 – 1600 7
1600 – 2000 8
2000 – 2400 9
> 2400 A critério do projetista
Tabela 01: Quantidade de furos (por projeção em m² a construir). Fonte: http://sereduc.com/7AImRX. Acesso em 09 
de Abril de 2016.
Agora que já sabemos as técnicas de prospecção, está na hora de irmos adiante nas etapas de conheci-
mento do subsolo: retirada de amostras e suas análises. 
As amostras e solos podem ser retiradas de duas maneiras:
•	 Terra Solta: é o método mais comum e simples, consiste em retirar amostras de solos usando 
pás, trado boca de lobo (pode ser outros trados) em que as amostras do solo fiquem soltas (como se 
vocês fosse a praia e pegasse a areia com a pazinha de depois jogasse no balde), serve para se saber 
a granulometria, umidade do solo e se respeitado etapas de procedimento poderá saber as caracterís-
ticas de cada horizonte do solo pela própria característica das amostras, horizonte A (solo mais solto 
e fofo), horizonte B (solo cheio de grumos e úmido), horizonte C (presença de cascalhos). As amostras 
são colocadas em saquinhos plásticos etiquetados com a localização em UTM, horizonte do solo (cada 
horizonte um saquinho) e data. Normalmente se utiliza cerca de 1 kg por amostra, ou até mesmo 200 g. 
Sempre se retira o dobro de amostra que vai se utilizar nos ensaios em laboratório, porque é importan-
te se guardar as contra amostras caso aconteça algum erro nos procedimentos, assim não precisará 
retornar ao local das amostras, perdendo tempo, alocando pessoas e material. 
http://wwwo.metalica.com.br/sondagem-a-percussao-metodologia-de-campo-2
http://sereduc.com/7AImRX
6
•	 Indeformada: Nesse método as amostras seguem um padrão de formato (quadradas) e são envol-
tas em pedaços de pano e parafina. Nesse tipo de amostra são respeitadas todas as características fí-
sicas originais do solo, como compacidade e umidade. Após serem retiradas e etiquetadas são levadas 
a uma câmera úmida (100% de umidade) em que podem permanecer por até 6 meses sem alteração 
das propriedades físicas naturais da retirada. 
visite a PáGina
Para imagens e mais informações clique aqui.
Após estudarmos um pouco sobre investigação do subsolo vamos agora seguir adiante com mais uma 
parte de nosso capítulo.
aPlicaçÃo das rocHas e solos eM oBras de enGenHaria
Ao andarmos nos centros urbanos, no meio rural, veremos a presença das rochas e solos nas mais varia-
das edificações, aliás a própria argamassa e concreto são feitos de solos e rochas, logo é impossível se 
conceber uma edificação sem que a presença desses elementos. Nesta parte da unidade III, iremos saber 
um pouco mais sobre a utilização das rochas e solos na construção civil.
As rochas magmáticas são originadas a partir do magma, na construção civil deve-se observar as amos-
tras de rochas que possuam certas características para depois separá-las, e então se saberá que tipo de 
rocha magmática é assim também a sua utilização:
•	 Terão que apresentar aspecto compacto e duro, cor escura ou quase escura, podendo os minerais 
serem visíveis a olho nu ou microscópicos;
•	 Minerais macroscópicos com brilho que refletem a luz;
•	 Minerais que não são riscados por uma lâmina de aço não poderão reagir ao HCl diluído a 10%.
O Granito, por exemplo, é a rocha mais empregada como pedra de construção, possui uma alta resistência 
à compressão simples, atingindo cerca de 180 MPa, mas dependendo dos minerais presentes e dos tama-
nhos dos mesmos, essa resistência pode aumentar ou diminuir (rochas com minerais menores possuem 
maior resistência a ruptura). 
O granito é utilizado como grandes blocos para pedestal de monumentos, pedras para muros e meio-fio, 
paralelepípedos, lastro ferroviários e também pedras irregulares para a pavimentação. Devido possuir 
uma resistência alta a substâncias químicas (produtos de limpeza, e do meio ambiente), o granito é 
também utilizado como brita para concreto, placas polidas para revestimento de paredes, pias e lavabos.
O Basalto por possuir grande dureza e resistência a abrasão é muito utilizado como lastro ferroviário, 
assim como paralelepípedos na pavimentação de vias urbanas ou em calçamentos (mosaico português). 
E assim como o granito, o basalto também é muito utilizado como revestimentos, blocos de alvenaria de 
muros e rochas decorativas. 
http://sete.eng.br/oleta-de-amostras-indeformadas-1023-servico-391438#!prettyPhoto[gal]/2/
7
O gabros e o diabásio possuem aproximadamente a mesma composição química, porém são intrusivas e 
por isso apresentam minerais maiores, e assim, possuem as mesmas empregabilidades do basalto. 
Em relação aos solos formados por Granito e Basalto existem algumas diferenças quanto a sua utilização 
como aterros:
Solos de origem granítica devido possuírem grãos de quartzo com lamelas de argila (oriundo dos felds-
patos), apresentam excelente atrito e coesão, sendo excelentes materiais para a construção de aterros 
compactados. Porém, solos de origem basáltica possuem grãos puramente argilosos resistindo somente 
à coesão.
Já em estradas as britas de origem granítica fornecem fragmentos de brita de forma cuboide, sendo ide-
ais como base de estradas, isso acontece devido possuírem elevada resistência a compressão e desgaste. 
Em algumas regiões em que há presença de maciços de rochas basálticas em grandes extensões, utiliza-
-se diretamente como fundação de pontes, edifícios e barragens, um basalto compacto e sem alteração 
possui alta resistência à compressão simples, na ordem de 180MPa, porém os processos de sondagens 
são feitos para que se evitem pontos em que esses maciços estejam desgastados e/ou muito fraturados. 
Existem britas da exploração do basalto também, britas como agregado graúdo para concretos (comento 
Portland ou asfálticos), mas não se pode utilizar qualquer tipo de rocha na pedreira, não se deve extrair o 
material do topo do derrame de magma basáltico (basalto vesicular) da rocha maciça, pois a mistura pode 
diminuir a resistência mecânica do agregado graúdo em questão e pior, isso pode resultar em quedas de 
resistências do concreto (fck). 
Outro problema gerado na utilização de basaltos vesiculares com agregado graúdo do cimento Portland 
são as reações químicas que ocorrem em alguns minerais presentes nas vesículas, como por exemplo, o 
do vidro vulcânica ou sílica reativa, com o álcalis do cimento, irá produzirum gel expansivo que poderá 
induzir tensões de trações e fissurar as peças de concreto. 
Existem também os basaltos amigdaloidal, este basalto já sofreu mais intemperismo que o resto do ma-
ciço e assim possui rochas alteradas, logo pouco resistentes, porém pode ser utilizado como base de solo 
reforçado ou em estradas vicinais não pavimentadas. 
As rochas metamórficas são oriundas da transformação de rochas pré-existentes (protólitos) de origem 
magmática, sedimentar e de outras metamórficas que passaram por processos de metamorfismo, estuda-
do na unidade I. Assim como as rochas magmáticas elas possuem as suas empregabilidades na constru-
ção civil que iremos aprender um pouco mais agora.
Os gnaisses são rochas que possuem quase as mesmas composições mineralógica dos granitos, porém 
possuem foliações planas ou onduladas, comuns nas rochas metamórficas que sofreram um metamorfis-
mo intermediário. 
Devido as foliações existentes os gnaisses podem ser cortados em placas com espessuras em torno de 
2 cm que são utilizadas como revestimentos em forma de placas polidas ou naturais. Comercialmente 
8
(como material de revestimento), os gnaisses são vendidos como granito devido possuírem características 
idênticas. Em algumas regiões em que possuem jazidas de gnaisse se utiliza como agregados graúdo para 
concretos. 
Nos locais onde existem maciços de gnaisse é importante está atento a direção, mergulho e inclinação 
das foliações devido a problemas de estabilidade, como deslizamentos de placas de rochas, seja em es-
tradas, em obras de terraplanagem, cortes de taludes, assim como na abertura de túneis porque a direção 
do mergulho das foliações do maciço pode influenciar nos esforços aplicados no revestimento. 
As ardósias são rochas de granulação muito fina, minerais microscópicos, oriundo de argilos minerais, 
possui baixa dureza (riscada por lâmina de aço), porém não reage a HCl a 10%, e se apresenta nas cores 
preta, cinza, cinza-esverdeada, marrom, vermelha e amarela. 
A aplicação dessa rocha se dá como revestimentos de pisos e paredes, assim como na produção de 
telhas em placas recortadas (que podem ser fixadas), sendo muito útil para telhados que possui grande 
inclinação.
Os mármores sendo produto do metamorfismo do calcário e dos dolomitos podem se apresentar na natu-
reza nas mais variadas cores como, brancas, cinza, rósea, marrom, esverdeada ou preta. Devido as cores 
variadas e sua beleza é empregado em revestimentos de pisos e paredes, como rocha ornamental. 
O mármore por ser composto por carbonatos é muito frágil a ação de ácidos, então locais que haja presen-
ça substâncias ácidas devem ser evitados como pias de mármore que diminui a sua durabilidade. É uma 
rocha que possui dureza fraca (riscada por uma lâmina de aço) e sofre abrasão. 
Os quartzitos são originários dos arenitos, possuindo em sua composição grande quantidade de quartzo, 
possui dureza alta e na construção civil são empregados como rochas de revestimento e ornamentais, e 
ainda podem ser britados e utilizados como agregado graúdos para concretos ou outras finalidades. 
A maioria das rochas metamórficas comerciais é usada como revestimentos de pisos e paredes, entre elas 
podemos citar os Itacolomitos, Itabiritos, filitos, talcoxisto e os quartzitos micáceos. 
As rochas sedimentares como já foi explicado na unidade I são oriundas dos fragmentos de outras rochas, 
restos de seres vivos e precipitações químicas, são as mais abundantes na superfície da crosta e nos 
fundos dos oceanos.
São divididas em três grupos: detríticas, quimiogênicas e orgânicas. O entendimento desse grupo de ro-
chas na construção civil se faz muito importante pelo simples fato de a maior parte das estruturas estarem 
apoiadas em rochas sedimentares. 
Os arenitos rochas formadas por partículas de areia que vão de 0,06 mm a 2 mm e como arcabouço mate-
riais que variam de silicosos, carbonáticos, argilosos e ferruginosos. 
Possui resistência a compressão simples muito variável, dependendo do material que forma o arcabouço 
(cimento), como por exemplo, os silicosos pode chegar a 180 MPa. 
9
O arenito carbonático pode apresentar alta resistência no momento da escavação, porém com o tempo 
esse carbonato pode se dissolver causando liberação de blocos ou placas principalmente em corte de 
estradas.
Podem ser utilizados como revestimentos e como agregados de concretos. Os siltitos outra rocha sedi-
mentar possui as mesmas utilizações que o arenito.
Os conglomerados silicificados são utilizados na construção civil como rocha de revestimento, ou em 
blocos para a construção de muros, assim como também como pedras decorativas. 
A limonita, composta por óxidos de ferro precipitados é utilizada como material de construção de alvena-
rias, e dependendo da tecnologia aplicada pode ser aplicada como lastro ferroviário. 
O calcário é formado pela deposição da calcita ou carbonato de cálcio, possui forte reação ao HCl a 10% 
sendo utilizado como revestimento de ambientes fechados em que não haja contato com ácidos. 
Ele é muito utilizado na fabricação do cimento Portland junto com misturas de argila e com adição de 
gipsita e como cal hidratado na construção civil (pinturas). 
As dolomitas são utilizadas como rochas de revestimento, as coquinhas são usadas na construção de 
alvenarias, e as sílex e ágatas são utilizadas na construção civil como pedregulhos, como agregados para 
concreto ou mesmo rocha ornamental. 
Desta maneira, acabamos de conhecer um pouco sobre a utilização das rochas na Engenharia Civil. Vamos 
seguir e ver a relação de tais rochas com as questões estruturais dos maciços?
GeoloGia estrUtUral
Ao estudarmos as rochas e os minerais na unidade I, o intemperismo no II e as questões de sondagens 
e aplicabilidade das rochas na engenharia civil nessa unidade percebemos como é importante entender 
todos esses aspectos na construção civil.
Porém, existem outros aspectos que precisam ser analisados ao se utilizar de maciços rochosos nas mais 
variadas obras da construção civil, essas variantes que estudam os aspectos estruturais dos maciços, 
classificações e os processos de deformação que produzem as estruturas geológicas se chama geologia 
estrutural. 
É importante entender como os maciços rochosos se formaram, e se entender as suas deformidades 
e como estas podem interferir nas obras de engenharia, logo alguns conceitos básicos precisam ser 
explicados como as seguintes definições:
 Maciço Rochoso:  do ponto de vista do seu aproveitamento em engenharia um conjunto de blocos 
de rocha justapostos e articulados. O material que forma os blocos é a matriz do maciço rochoso (Rocha 
Intacta). As superfícies que limitam os blocos são as descontinuidades.
10
 Atitude: termo geral utilizado para indicar a orientação de uma linha ou plano estrutural no es-
paço. Posição de uma superfície, que pode ser uma camada, plano de falha, etc., em relação a um plano 
horizontal, sendo expressa quantitativamente pelas medidas de direção e mergulho.
 Elasticidade: a rocha deforma, mas quando a tensão cessa, a rocha volta a sua forma/volume 
iniciais. 
 Plasticidade: é permanente, o material fica deformado, mas não parte e acontece quando a força 
aplicada é superior ao seu limite de elasticidade, mas inferior ao limite de plasticidade. 
 Falhas: é quando há um deslocamento relativo entre as camadas (estratos) e foliações de um 
maciço rochoso ou terroso, podendo ter alguns centímetros, metros a centenas de quilômetros. 
 Fraturas: diferente das falhas, as fraturas é quando não há deslocamento entre camadas ou folia-
ções, a rocha, o maciço está apenas fraturado, trincado (TEIXEIRA et al., 2009, p. 433).
Sua identificação é muito importante em obras de engenharia, pois as rupturas na rocha favorecem a 
infiltração de água, diminuem a estabilidade de túneis, escavações, cortes de rodovias, barragens e etc.
 
A resolução das questões técnicas envolvidas na estabilidade dos materiais rochosos eleva os custos 
construtivos das obras.Dobras: quando há dobramentos de camadas e foliações.
É importante notar que as falhas possuem aspecto Rúptil, quer dizer, são associadas aos regimes 
deformacionais, compressivos, distensivos e cisalhantes normalmente em condições de baixa pressão e 
temperatura, ultrapassando o limite de plasticidade das rochas do maciço. 
As falhas podem ocorrer em regiões mais próximas a superfície da crosta (falhas rasas), e podem atraves-
sar toda a litosfera (falhas profundas). 
Já as dobras possuem aspecto Dúctil, os processos ocorrem em regiões onde há grande pressão e o calor 
é suficientemente forte para deixar as rochas mais maleáveis, logo as tensões horizontais dobram os 
maciços sem fraturarem, fazendo os relevos de estrutura dobrada. 
É importante frisar que o comportamento que a rocha irá apresentar vai depender de fatores intrínsecos à 
própria rocha, a composição mineralógica e textura, e de fatores extrínsecos, a temperatura, o tempo, a 
pressão de fluidos, e do tipo e intensidade da tensão. A mesma rocha pode apresentar comportamento 
rúptil numas circunstâncias, e dúctil noutras, dependendo das condições em que se encontra.
Os relevos em estruturas falhadas são oriundos de esforços tectônicos, quer dizer, vindos de forças do 
interior da Terra (endógenos) e por causas atectônicas, oriundos de fatores externos (exógenos). A mesma 
explicação se aplica aos relevos de estruturas dobradas.
11
Os relevos como foram citados anteriormente são formados por esforços compressivos, distensivos e 
cisalhantes nos limites de placas tectônicas. Os limites são divididos em três tipos, convergente (encon-
tro de placas, compressão), divergente (afastamento de placas e distensão) e transformante (esforços 
paralelos e cisalhante). Figura 01
Figura 01: relação limite de placas, tipos de tensão e deformação. Fonte: http://sereduc.com/4Ofw5o 
Acesso em 09 Abril de 2016.
Nas falhas os relevos que soergueram (elevaram-se) se chamam Horst, os que sofreram subsidência 
(desceram) se chamam Graben. 
Nas falhas existem o teto e o muro, o que seriam eles? O teto é o “lado do bloco” que se escora no outro, 
e o muro é o “lado do bloco” que serve de escora (como o muro na vida real), já o Plano de Falha é a su-
perfície de fratura que ocorreu o movimento dos blocos e por último o Rejeito que é a linha de interseção 
do plano de falha com um plano horizontal. Figura 02.
Figura 02: Classificação das falhas. Fonte: Decifrando a Terra/ TEIXEIRA, TOLEDO, FAIRCHILD e TAIOLI – 
São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
http://sereduc.com/4Ofw5o
http://pt.slideshare.net/sergiojluiz/dobras-e-falhas%20
12
Como você pode observar nas falhas há deslocamento de camadas (estratos), que é chamado plano de 
acamamento ou plano de estratificação, que é a Superfície real ou virtual que separa os estratos, origina-
da pela mudança seja: da granulação do material depositado, da composição mineralógica, da morfome-
tria dos grãos, ou da orientação das partículas. 
É frequentemente observado pelas diferenças de coloração entre os estratos ou pela facilidade da rocha 
em se partir segundo essas superfícies. Sin.: Acamamento.
Nas dobras os relevos surgem a partir de pressões exercidas por placas litosféricas que se movem no 
sentido horizontal à “enrugamento” do relevo. Logo abaixo se encontra os elementos de uma dobra. 
Figura 03. 
Figura 03: elementos que compõem uma dobra. Fonte: http://sereduc.com/ANXGJx. 
Acessado em 09 de Abril de 2016.
•	 FLANCOS, ou vertentes da dobra, porções de menor curvatura.
•	 CHARNEIRA, que é a linha que une os pontos de máxima curvatura, corresponde à zona de con-
vergência das camadas de cada flanco.
•	 NÚCLEO, formado pelas camadas mais internas da dobra.
•	 PLANO AXIAL, plano que contém as charneiras dos diferentes estratos dobrados, dividindo a 
dobra em dois flancos sensivelmente iguais.
Tanto as Dobras quanto as falhas produzem relevos montanhosos, só que a primeira é por processos 
orogenéticos e a segunda por processos epirogenéticos. 
Agora iremos estudar outros termos importantes na geologia estrutural, que para os Engenheiros Civis 
são muito importantes principalmente nas construções de Túneis e Barragens, que será o tema de nossa 
unidade seguinte.
Os estudos das deformações das rochas variam em escala, essas escalas variam de regional a submi-
croscópica: 
http://sereduc.com/ANXGJx
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•	 Global: o mundo inteiro, entre 104 a 105 Km;
•	 Regional: pouco definido, província fisiográfica ou cinturão montanhoso (10³ a 104 Km);
•	 Macroscópica ou escala de mapa: maior do que uma área que se possa ver de um local (10 a 10² Km);
•	 Mesoscópica: afloramento ou amostra de mão (metros a centímetros);
•	 Microscópica: visível sob microscópio ótico;
•	 Submicroscópica: visível ao Microscópio eletrônico de varredura.
Quando se observa uma estrutura dependendo da escala de observação as falhas podem variar de pe-
netrativa, quando se observa o total de uma rocha, se observa em grande escala e assim, as falhas irão 
aparentar estarem pouco espaçadas. 
Já nas não penetrativas, se observa uma área específica de uma rocha (se vê mais de perto), assim as 
falhas antes vistas de longe e que pareciam estarem bem próximas, agora parecem estar distantes uma 
da outra.
Figura 04: O grau de penetratividade de uma estrutura depende da escala de observação.
Fonte: Queiroz, Rudney C. Geologia e geotecnia básica para engenharia civil – São Paulo: Blucher, 2016.
Palavra final
Prezado aluno(a),
Espero que você tenha entendido alguns aspectos importantes das sondagens, utilização das rochas na 
engenharia civil e o que analisar nas rochas e nas estruturas apresentadas. 
Na unidade seguinte, iremos estudar a aplicabilidade desses estudos. 
É importante que antes de iniciar as atividades avaliativas que estão no Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(AVA), faça uma leitura do livro-texto que o(a) ajudará muito na compreensão do conteúdo apresentado.
Caso tenha alguma dúvida sobre os assuntos abordados, procure o seu tutor. Ele irá esclarecer e orientá-
-lo(a) no que for necessário.
Bons estudos e até a próxima!

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