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P1 Geologia de Engenharia

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CIV 2531 – GEOLOGIA – PROVA ÚNICA NOME: 
 
1. O comportamento mecânico da rocha sã depende mais dos minerais acessórios, que alcançam 
no máximo 7% do volume total, do que dos minerais formadores de rochas, que alcançam 93% do 
volume total dos minerais. 
Os minerais formados por hidrotermalismo são caracterizados como minerais acessórios? Por que? 
Sim, em geral ocorrem com participação pequena em zonas específicas de efetiva “intrusão” 
de líquidos quentes, residuais do processo magmático, em especial sob a forma de veios 
hidrotermais. 
Por que a resistência mecânica das rochas é menor devido à sua presença? 
Porque são resultados da alteração primária dos minerais formadores de rocha, em geral 
apresentando dureza menor e estrutura cristalina filonar que reduzem a resistência global 
da rocha. 
Como evolui esta resistência à medida que a rocha sofre os efeitos do processo intempérico? 
Justamente pela sua estrutura cristalina e menor dureza, são mais susceptíveis à perda dos 
seus íons e, portanto, à alteração intempérica. 
 
2. Na forma de ocorrência das rochas magmáticas à superfície do Planeta destacam-se os batólitos, 
que têm mais de 100km2 de área, mas os problemas da engenharia civil concentram-se mesmo 
nas zonas com ocorrências dos diques. 
Por que? 
Os batólitos são massas homogêneas e em geral tendem a isotropia, com pequeno número 
de descontinuidades litológicas e estruturais. Já os diques são formas discordantes, 
localizadas, que “quebram” em geral para menos a resistência dos maciços rochosos nos 
trechos em que ocorrem. 
Esta maior incidência de problemas nos diques tem a ver também com o tipo de rocha ígnea que 
os integram? Por que? 
Sim. Pois são formados em geral por rochas consolidadas em temperaturas mais altas, tanto 
básicas como ácidas, logo, o gradiente térmico a que ficam expostos seus minerais impõe 
uma maior alterabilidade às zonas dos diques. 
Há outros aspectos específicos associados à gênese das rochas dos diques que justificam a 
ocorrência concentrada de problemas? Por que? 
Sim. Em especial por conta da rápida solidificação, os diques se apresentam também mais 
fraturados (diaclasados), o que facilita a individualização de blocos e reduz a resistência ao 
cisalhamento ao longo das fraturas que os separam. 
 
3. Em geral na representação do nível d´água em maciços rochosos fraturados, a posição do nível 
d´água indicada pela linha tracejada, tal como indicada na figura abaixo, é fictícia, pois se furarmos 
um poço até a profundidade indicada no perfil não encontraremos na maioria das vezes água. 
Por que isto acontece? 
Porque a água, na maioria dos maciços rochosos fraturados, ocorre somente nas fraturas e 
não na matriz rochosa. 
Há alguma diferença neste nível d´água encontrado nos maciços fraturados se estiverem presentes 
rochas diferentes como as ígneas porfiríticas, as sedimentares clásticas ou as metamórficas de alto 
grau? Por que? 
Sim. No casos das ígneas de textura porfirítica, com minerais de grande tamanho imersos 
em matriz fina, e das metamórficas de alto grau, com bandas gnássicas e foliação muito 
“contínuas”, a porosidade da matriz rochosa é muito baixa. Já nas sedimentares clásticas 
esta porosidade vai depender justamente da quantidade de partículas menores preenchendo 
o espaço entre os grãos maiores, e também da cimentação, que também diminui os vazios. 
Há rochas sedimentares clásticas muito porosas e permeáveis, o que faz com que o nível 
altimétrico seja semelhante nas fraturas e na matriz. Por vezes até o nível piezométrico é 
semelhante. 
 
4. Após a escavação de um perfil numa encosta, o geólogo definiu as propriedades dos materiais 
nele presentes, de cima para baixo, tal como mostrado na tabela abaixo. Para você que tipo de 
perfil geológico (modelo) se adequa aos resultados apresentados? Por que? 
 
Material Resistência Condutividade hidráulica (cm/s) 
solo baixa alta 
Rocha sã Muito alta Muito baixa 
solo baixa alta 
Rocha sã Muito alta Muito baixa 
 
Perfil sanduíche. Porque há uma inversão no perfil clássico de intemperismo e uma 
alternância de camadas com parâmetros de resistência e hidráulicos elevados e baixos. Isto 
acontece por conta da influência das fraturas de alívio, ao longo das quais o intemperismo 
é muito mais intenso e rápido, justamente por conta do fluxo d´água. 
 
5. A Figura mostra o modelo conceitual de um escorregamento ocorrido na cidade de Niterói em 
2016, descrito como um deslizamento de rocha, mas controlado pela resistência de solo residual. 
Desenhe sobre a figura os tipos de estruturas geológicas e o posicionamento de solo que você 
identifica como possíveis controladores do deslizamento. 
 
 
Perfil esquemático do deslizamento planar do Morro da Boa Esperança. Observam-se os 
matacões no topo e ao longo da encosta e a combinação de fraturas tectônicas (verticais) e 
de alívio (sub-horizontais) preenchidas por solo residual pouco espesso.

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