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Grécia Antiga Síntese

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A Grécia Antiga é bem diferente do país da Grécia que conhecemos nos dias de hoje, 
onde tinha um grego naquele lugar seria a Grécia, ou Hélade. Os gregos ou helenos falavam o 
grego, e todos que não falavam essa língua eram chamados de bárbaros, os povos que para os 
gregos antigos serviam apenas para razões de comércio, pilhagem e a obtenção de mão-de-
obra escravizada. 
 
A Grécia Antiga era dividida em pelo menos cinco partes: Grécia continental, Grécia 
peninsular, Grécia Insular, Grécia Asiática e Magna Grécia. 
A Grécia continental, também chamada de península Balcânica, era composta por terras 
férteis banhadas pelos mares. 
A Grécia peninsular, também conhecida de Peloponeso, ao sul da península Balcânica, 
tem como principal rio Eurotas que forma um vale cercado de montanhas, com terras férteis e 
rica em minerais, o que movimentava a economia do povo. 
A Grécia Insular, situada ao longo do mar Egeu, tinha variadas com aspectos geográficos 
semelhantes, muito montanhosas com vários portos naturais. 
A Grécia Asiática, localizada na Ásia menor, tinha uma das cidades mais conhecidas da 
antiguidade, Tróia, a mesma que foi relatada nos escritos de Homero a Ilíada e a Odisseia. 
E a Magna Grécia, situada no Mar Mediterrâneo ao sul da península Itálica e na ilha da 
Sicília, futuramente teve colonos gregos presentes naquela região ajudando a formar a 
civilização Romana. 
 
A história da Grécia Antiga pode ser separada em cinco períodos: 
Período Micênico do século XV a.C., início da expansão micênica à até o século XII a.C. 
com a chegada dos povos indo-europeus. 
Período Homérico do século XII a.C. ao século VIII a.C., período em que foi criada as 
obras de Homero: a Ilíada e a Odisseia. 
Período Arcaico do século VIII a.C. ao século VI a.C., início da expansão grega. 
Período Clássico que vai do ano 508 a.C. quando a Democracia é estabelecida em 
Atenas até o ano 338 a.C. quando a Grécia é dominada pelos macedônios. 
E Período Helenístico do ano 336 a.C., quando Alexandre sobe ao trono macedônico até 
o fim do império no ano 323 a.C. com a morte de Alexandre, o Grande. 
 
 
Os primeiros gregos eram conhecidos como jônios e fizeram todos os povos que ali viviam 
serem escravos por meio da violência. Eram exímios militares e aprenderam muito com as 
populações dominadas, deixando o comércio marítimo de lado. Por volta do ano de 1580 a.C., 
foram expulsos da região pelos gregos aqueus eólios e encontraram refúgio na Grécia 
peninsular. 
Os aqueus eram povos guerreiros que dominaram a região de Creta e área continental 
por volta do ano de 1400 a.C. Eram também excelentes militares que se destacaram muito nas 
navegações marítimas, também dando origem a civilização Micênica. 
Os dórios foram os últimos gregos a se estabelecerem no território por volta do ano 1200 
a.C., e ficaram na região de Creta e no Peloponeso, para onde trouxeram um estudo mais 
aprimorado do ferro e a cerâmica, além de serem guerreiros. 
Essa mistura de povos indo-europeus formava então a civilização Grega, onde as várias 
cidades-estados falavam a mesma língua, mas tinham diferenças na cultura e na economia. 
A civilização grega é construída com os períodos Arcaico e Clássico, entre os séculos 
VIII a.C. e VI a.C. No século VII a.C. os gregos formaram várias cidades ao longo do mar 
mediterrâneo, constituídas basicamente de um centro urbano com uma área rural no seu entorno, 
e passaram a competir com o comércio marítimo com os povos do Oriente, principalmente os 
fenícios e os persas. As cidades eram definidas pelas diferentes atividades de seu povo, como 
práticas culturais de crenças em uma divindade protetora, e práticas econômicas, como 
agricultura, mineração e comércio. 
Durante o período Arcaico, a economia era baseada na agricultura e na pecuária. As 
propriedades e os animais pertenciam aos nobres que às vezes faziam o papel de reis, 
controlavam não só as terras, mas o poder judiciário e o exército. Neste período os gregos viviam 
em um sistema aristocrático, os mais ricos tinham o controle das decisões políticas, jurídicas e 
econômicas. Além dos nobres, nesta sociedade viviam os escravizados, os trabalhadores rurais 
livres, os artesãos, e os pequenos proprietários de terra. 
A expansão para outros territórios fez com que os gregos se tornassem especialistas na 
navegação marítima e no comércio de artesanatos, principalmente cerâmicas e armas, o que fez 
com que eles começassem a usar moedas de transações econômicas, fato importante para 
economia, pois facilitou as trocas comerciais e a política. 
As armas mais baratas possibilitaram que os cidadãos livres e pequenos proprietários de 
terra também se armassem e passassem a proteger as cidades. Este fato fez com que agissem 
politicamente, pois começaram a reivindicar direitos junto aos governantes das cidades. Estes 
pedidos geraram guerras-civis, que levaram aos nobres convocarem os tiranos a redigir leis para 
assegurar a estabilidade entre as classes sociais. Foi neste contexto que várias cidades 
marítimas que comercializavam produtos, entre os anos 650 e 500 a.C., passaram a desenvolver 
o governo do povo, a “democracia”. 
Entre as principais cidades gregas, que influenciavam todas as outras cidades, Atenas e 
Esparta são o destaque. A primeira que era voltada para o desenvolvimento humano, o 
andamento da democracia, a filosofia e arte, e a segunda, potencializava o autoritarismo 
aristocrático e o militarismo. 
 
Dos gregos herdamos muitas influências em várias áreas do conhecimento. Por exemplo, 
a obra História, foi escrita com estas palavras por Heródoto de Halicarnasso, que viveu no século 
V e escreveu essa obra, onde relatou vários costumes e lugares por onde passou. O termo 
História vem da palavra grega “histor” que quer dizer investigação, dando origem assim a 
disciplina História, por isso, atribui-se a Heródoto o título de pai da história. 
A filosofia grega é marcada por grandes nomes como Sócrates, Platão e Aristóteles a 
partir do século IV a.C., que viveram em Atenas, produzindo a dúvida com aqueles que 
conversavam. Estes criticavam as superstições, os preconceitos e todo tipo de diferenças. 
Sócrates, com sua frase célebre “só sei que nada sei”, fundou o método baseado nos 
questionamentos e foi base para várias ciências ao longo do tempo. 
Já Platão era membro da aristocracia ateniense, e não poupou em seus escritos as 
críticas a corrupção da política ateniense. Fundou a Academia, uma escola voltada aos estudos 
de filosofia. 
Aristóteles foi o aluno mais promissor de Platão, e após a sua morte assumiu o controle 
da Academia. Anos mais tarde saiu de Atenas e foi professor de Alexandre, filho de Felipe II rei 
da Macedônia. Após Alexandre ter subido ao trono e ter dominado a Grécia, Aristóteles regressa 
a Atenas onde monta o Liceu, uma escola preparatória, onde escreveu inúmeras obras sobre 
vários temas. Tanto Platão como Aristóteles formaram as bases do pensamento ocidental 
medieval e modernos.

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