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Tumores do Sistema Nervoso Central

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1 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
Tumores 
1M1 – NEOPLASIAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
REVISÃO: 
Células do SN: 
• Neurônios 
• Astrócitos – células da glia que ficam próximas 
aos neurônios, tem função de nutrir os neurônios, 
tem interação com o neurônio e com o vaso 
sanguíneo. Fornece estrutura para os neurônios – 
tem aspecto estrelado. Participam da barreira 
hematoencefálica – seus prolongamentos ficam 
conectados nos capilares. Em algumas situações 
patológicas como doença desmielinizantes eles 
ajudam os oligodendrócitos a fazerem a bainha 
de mielina. 
• Oligodendrócitos – faz a bainha de mielina – 
prolongamentos envolvem o axônio. Fazem parte 
do SNC. 
• Células de Schawnn – células que fazem a bainha 
de mielina no SNP. 
• Células ependimárias – revestem o canal central 
e os ventrículos – onde passa o liquido 
cefalorraquidiano. Possuem cílios para facilitar a 
movimentação do liquido. 
 
Existem tumores que afetam os neurônios, mas muitos 
tumores começam pelas células da glia – gliomas. 
 
Termos: 
• Anaplasia: termo usado quando o tumor está em 
estágio bem avançado. Refere-se a perda de 
diferenciação – a célula tem um padrão e quando 
começa a ter anaplasia, significa que a célula que 
se modificou já não apresenta aspecto nenhum da 
célula de origem – a alteração já é muito agressiva. 
Quando você compara a célula tumoral e a célula de 
origem e elas são semelhantes, significa que o tumor 
não é tão agressivo, está na fase inicial. 
Quando se tem anaplasia, o tumor não tem nada a ver 
com a célula de origem. 
Anaplasia é uma das características que marca o 
tumor como tumor agressivo. 
• Atipia: pode ser encontrado em tumores não 
agressivos. É uma mudança sútil – as vezes o 
tamanho é diferente, a relação núcleo/citoplasma 
está alterada. Células de determinado tecido 
apresentam aparência distinta daquela do tecido 
normal. Essa atipia pode variar, pode ser leve ou 
mais agressiva. 
• Hipercromatismo: tipo de degenerescência do 
núcleo das células, que fica cheio de pigmentos 
corados. O núcleo se destaca. 
• Pleomorfismo: variação de forma e tamanho das 
células e seus núcleos. 
• Características tumores benignos, malignos 
 
TUMORES: 
3% Brasil. 
Tumores SNC – características únicas: 
• Tumores com características benignas (baixa taxa 
mitótica, uniformidade celular e lento 
crescimento) 
Se tem baixa taxa mitótica, há baixa proliferação 
celular e a evolução do tumor é mais lenta. 
• Comportamento infiltrativo: grandes regiões do 
cérebro; não é factível a retirada cirúrgica; 
prognóstico pobre. 
Pode ser um benigno com característica infiltrativa. 
• Localização anatômica – fatais (Ex: meningioma 
benigno) 
Tem locais que são retirados facilmente, mas tem 
locais que são de risco muito grande (bulbo, ponte 
etc). A localização ajuda definir o prognóstico. 
• Disseminação de tumores SNC: raramente 
disseminam-se fora do SNC. 
A disseminação ocorre dentro do próprio SNC. 
 
Infiltração e disseminação, qual a diferença? 
A infiltração é a via de disseminação para tecidos 
adjacentes. 
Um tumor pode permanecer circunscrito a uma só 
localização, a um só órgão, ou então invadir órgãos e 
estruturas adjacentes ou à distância. Estes dois 
mecanismos, a invasão e a metastização são as duas 
vias de disseminação tumoral. 
 
4 classes principais: 
• Gliomas – células da glia 
• Tumores neurais – neurônios 
• Neoplasias pobremente diferenciados 
• Meningiomas – células das meninges 
 
GLIOMAS: 
• Astrocitomas 
• Oligodendrogliomas 
• Ependimomas 
Além dessa classificação, os tumores têm uma 
subclassificação que é de acordo com a agressividade 
deles. 
 
 
Maioria dos tumores primários SNC originam-se em 
células da glia – gliomas. 
• Predominantes: astrócitos – astrocitomas. 
 
2 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
• Tumores de oligodendrócitos – 
oligodendrogliomas 
• Células ependimárias – ependiomas 
 
Astrocitomas infiltrativo, astrocitoma pilocítico, 
xantoastrocitoma pleomórfico, etc. 
A nomenclatura dos astrocitomas já muda 
dependendo do grau de agressividade do tumor. 
Grau I – pilocítico. 
ASTROCITOMAS: 
Classificação OMS – espectro de diferenciação 
histológica 
• Astrocitoma difuso (Grau II/IV) 
• Astrocitoma anaplásico (grau III/IV) 
• Glioblastoma (grau IV/IV) – Anaplasia, necrose e 
proliferação vascular 
 
Astrocitoma difuso = astrocitoma infiltrativo. 
Muitas vezes no inicio não se consegue visualizar a 
proliferação vascular, mas ela avança a capsula e ai 
consegue observa-la. 
 
Astrocitomas pilocítico: 
• Crianças e adultos jovens 
• Cerebelo, III ventrículo, N. óptico 
• Comportamento benigno 
• Pouca ou nenhuma tendencia infiltrativa – é 
localizado 
• Prognóstico melhor que o dos astrocitomas 
difusos – grau I na classificação da OMS. 
• Cresce lentamente, ressecção. 
 
Astrocitoma pilocítico no cerebelo apresentando 
nódulo: 
 
 
• Celularidade baixa a moderada 
• Astrócitos de aspecto regular 
• Núcleos uniformes e com poucas atipias – muito 
parecido com células normais. 
• Fibras de Rosenthal: inclusões proteicas no 
interior de prolongamentos astrocitários. 
 
 
 
 
 
Astrocitomas infiltrativos/difusos: 
• 80% dos tumores cerebrais primários no adulto 
• Hemisférios cerebrais, tronco cerebral, medula, 
cerebelo (raríssimo) 
• 40 – 60 anos 
• Sinais e sintomas: convulsões, cefaleia, 
deficiências neurológicas focais 
É grau II. 
É primário, ou seja, se originou do astrócito mesmo. 
Sinais e sintomas inespecíficos. 
Apesar de ser infiltrativo, ele inicia em um local 
específico. 
Infiltrativo significa que ele não tem aspecto nodular. 
 
Morfologia: 
• Macroscopia: tumor infiltrativo, acinzentado 
• Mal delimitados, de bordas imprecisas 
• Células neoplásicas infiltram neurônios 
• Se expande – distorce cérebro – é uma massa em 
proliferação 
 
3 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
• A má delimitação e caráter infiltrativo dos 
astrocitomas difusos dificulta tratamento – 
impede remoção completa. 
 
 as bordas não são bem 
visíveis, principalmente em corte histológico. 
 
• Tumor único. 
• Alguns casos – focos separados: infiltração das 
células tumorais à distância pelos feixes axonais 
de projeção (corpo caloso) 
 
 
 
 
É mais comum em hemisfério, mas pode surgir no 
tronco – mais comum em crianças. 
Quando tem só uma célula anaplásica significa que 
está em processo de transição do grau II para o grau 
III. 
 
 
Microscopia: 
• Elevado número de núcleos das células 
• Pleomorfismo nuclear 
• Muito difícil definir limites entre células normais e 
neoplásicas 
Isso significa que ele não está em um grau tão 
avançado. 
• Podem ser morfologicamente muito semelhantes 
nos tumores de baixo grau. 
 
 
Hipercromatismo – núcleo grande e mais corado. 
Quando se tem alteração no astrócito, quando se tem 
lesão no cérebro, o astrócito começa a ter uma 
estrutura rosa envolta – é sinal de lesão naquela 
região, não necessariamente é tumor. 
astrocito gemistocíticos 
O nucléolo geralmente não é tão visível, quando a 
gente consegue ver o nucléolo já é sinal de 
 
4 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
transformação. Quando há núcleos muito próximos 
também. 
 
Não se reconhecem astrocitomas difusos grau I. 
• Atipias: variação do tamanho dos núcleos, 
apresentam nucléolo. 
• Atipias celulares – critérios para graduação dos 
atrocitomas (classificação da OMS). 
• Os astrocitomas difusos baixo grau (low grade): 
atipias discretas 
• Preenchem 1 critério (dos 4 em que se baseia a 
classificação) – grau II 
• Outros critérios: mitoses, proliferação vascular e 
necrose. 
 
Suspeita de infiltração: 
• Maior celularidade 
• Variação no tamanho dos núcleos gliais 
• Núcleos muito próximos entre si, ou encostados 
em neurônios (satelitose) 
• Astrócitos gemistocíticos 
 
 
 
Citoplasma dos astrócitos visível em HE – sinal seguro 
de que houve lesão. 
 
Astrocitomas fibrilaresou difusos: 
Genética – inativação do p53. 
 
 
 
 
 
 
Não se vê tanta diferença entre as células – estão mais 
ou menos do mesmo tamanho, algumas tem 
hipercromatismo. 
 
Astrocitomas anaplásico: 
• Regiões mais celulares 
• Maior pleomorfismo 
• Geralmente possuem astrocitomas gemistocítico 
Grau III 
 
 
Glioblastoma: 
• Neoplasia maligna originada em astrócitos, mais 
comum em hemisférios cerebrais de adultos. 
• Agressivo 
• Grau IV 
• Células – arranjo sólido, formando um denso 
reticulado através de seus prolongamentos. 
 
Características: 
• Alta celularidade – células amontoadas. 
• Atipias nucleares 
• Mitoses atípicas 
• Proliferação vascular (células endoteliais 
numerosas e tumefeitas) 
• Capilares proliferados: pseudoglomerulos 
 
5 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
• Necrose com padrão de serpentina em áreas de 
hipercelularidade 
• Pseudopaliçadas: áreas de necrose irregulares – 
circundadas por células neoplásicas dispostas de 
forma mais densa. 
Pseudoglomerulo é proliferação endotelial. 
Quanto maior a proliferação celular/mitose, pior o 
prognóstico. 
Se um tecido tem necrose, a sua principal 
característica é a falta de núcleo e em volta dessa 
necrose há células que degradam o tecido morto – 
então aparecem as serpentinas. 
 
 
A proliferação obstrui o lúmen do vaso – fica com 
aspecto de glomérulo renal. 
Área de necrose – não tem núcleo celular. 
Pseudopaliçada – células organizadas para fazer a 
degradação da necrose. 
Em volta tem as células tumorais. 
Isso só acontece no grau IV. 
 
 
 
 
Quando você faz uma tomografia com contraste, o 
contraste não passa a barreira hematoencefálica; 
quem faz a barreira são os astrócitos, se tem lesão de 
astrócitos, o contraste passa – então se tem contraste 
em SNC significa que tem lesão de astrócito, mas não 
necessariamente tumor. 
 
 
Necrose liquefativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
 
A característica marcante é a população celular 
abundante no glioblastoma. 
 
 
 
 
Necrose e proliferação endotelial ou vascular. 
Hipercelularidade. 
Pseudopaliçada: os tumores se arranjam ao longo das 
bordas. 
 
 
Glioblastoma – focos de necrose com 
pseudopaliçada. 
 
 
 
OLIGODENDROGLIOMA: 
Proveniente dos oligodendrócitos. 
• Gliomas infiltrativos 
• 5-15% dos gliomas 
• Melhor prognóstico que astrocitoma 
Ser infiltrativo não significa malignidade – os tumores 
do SNC, de maneira geral, têm essa característica 
infiltrativa. 
• 40-50 anos 
• Hemisférios cerebrais – substância branca 
Têm predileção pela substância branca, mas pode 
atingir a cinzenta também. 
• Crises convulsivas 
Crise convulsiva não é predeterminante dessa 
doença, pq qualquer doença no SNC tem essa 
característica de crise convulsiva. 
• Recidiva após ressecção cirúrgica 
 
Macroscopia: 
• Massas acinzentadas gelatinosas bem definidas. 
Mas nem todas imagens são acinzentadas, a 
característica principal é a gelatinosa. 
• Cistos, hemorragia e calcificação. 
 
7 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
Muitas doenças desenvolvidas cronicamente tem essa 
característica de calcificação, então a calcificação não 
é uma característica exclusiva desse tipo de tumor. 
 
 
Microscopia: 
• Massas de células regulares, núcleos esféricos 
com cromatina regular circundados por um halo 
citoplasmático claro. 
• Vacúolo perinuclear – “ovo frito” 
• Rede de capilar – lóbulos – “arame de galinheiro” 
Quando se tem proliferação celular há também uma 
rede de capilar que cresce (proliferação vascular) – 
muitas vezes essa proliferação vascular não é 
compatível com a celular, que é muito mais rápida. 
• Calcificação – 90% 
• Baixo grau proliferativo – Grau II/IV 
 
 
 
Núcleos de tumores são arredondados com 
citoplasma claro formando halos. 
Nessa imagem não se percebe um grau de anaplasia, 
as células seguem um padrão. 
 
Anaplásicos: 
• Grau III/IV 
• Eleva densidade celular, atividade mitótica, 
necrose 
Densidade celular maior significa que a proliferação 
celular está acelerada – tumor mais agressivo. 
O que diferencia o grau III do grau IV (os dois tem 
necrose) é: se tiver proliferação vascular é IV. 
• Anaplasia – célula perde seu aspecto natural. 
 
Proliferação no grau II é baixa. 
No grau III a necrose geralmente é ausente, mas pode 
aparecer. 
 
 
As células perdem o padrão de um oligodendrócito – 
não mantem uma forma, o núcleo não é regular, o 
nucléolo muito aparente – anaplasia. 
Há aumento da densidade celular no grau III. 
 
• Prognósticos favoráveis – melhor que o 
astrocitoma 
• Progressão anaplásica – 13-86% dos pacientes 
Não é regra que um grau II progrida para grau III. 
É muito individual, depende do tratamento, da 
resposta ao tratamento – apesar de ser a mesma 
doença, o indivíduo responde de forma diferente ao 
tratamento e à lesão celular. 
• Tempo estimado para progressão: 28-60 meses 
 
 
Síndromes que podem estar relacionadas aos 
tumores. 
 
 
8 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
 
Independente da célula, o grau III é sempre 
anaplásico. 
EPENDIMOMA: 
• Epêndima (neuroepitélio que reveste os 
ventrículos cerebrais e o canal espinal) 
São células da glia, mas são mais localizadas. Célula 
que ajuda na movimentação do liquido 
cefalorraquidiano – tem contato com o líquor. 
• Até 20 anos: próximo ao IV ventrículo – 5 a 10% 
tumores cerebrais 
Localização depende da faixa etária – mas não é regra 
• Adultos: medula espinal (quadro de 
neurofibromatose 2) 
• Pior prognóstico: crianças – 50% sobrevida em 5 
anos 
• NF2: Doença genética autossômica dominante 
rara; tumores no SNC (schwannomas, 
meningiomas e ependimomas) 
Tem a característica de aparece vários tumores em 
todo o corpo. 
 
 
Genética: 
• NF2 – mutação cromossomo 22 nos 
ependimomas da medula espinal 
Tem relação com a neurofibromatose – mutação do 
cromossomo é mais suscetível aos ependimomas na 
medula espinal. Não quer dizer que todos os pcts com 
ependimomas vão ter a mutação nesse gene. Essa 
mutação só aumenta o risco. 
• Não compartilham as alterações genéticas 
encontradas no gliomas infiltrativos (TP53) 
2 subtipos separados: 
• 1: expressa um fenótipo mesenquimal, pacientes 
mais jovens, propensão mais alta a desenvolver 
metástase 
Forma mais agressiva, relacionado a metástases. 
• 2: aberrações cromossômicas, melhor 
prognóstico 
Não está ligado a metástases. 
 
IV ventrículo: 
• Massa papilar no assoalho do IV ventrículo. 
O ependimoma surge como uma massa no IV 
ventrículo e pode comprimir algumas estruturas nesse 
local. 
• Mais bem delimitado que astrocitomas, porém 
ressecção é difícil (bulbo). 
Devido a localização anatômica é mais difícil retirar. 
• Grau II/IV 
Não tem anaplasia, é infiltrativo mas ainda é lobular – 
consegue ressecção. Mas pode ir para grau III. 
 
 
 
• Fossa posterior: hidrocefalia secundária à 
obstrução do ventrículo. 
Quando se desenvolve na região da fossa posterior 
pode gerar hidrocefalia – obstrução do fluxo, mas isso 
não é característica específica desse tumor, até 
meningite pode gerar hidrocefalia. 
• Lento crescimento 
• Prognóstico ruim – mesmo sendo grau II, é devido 
a localização anatômica e devido a ter contato 
com o líquor – pode gerar disseminação para 
outros locais. 
• Disseminação LCR 
 
 
9 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
 
• Mais moles, acinzentados, às vezes com 
hemorragias 
• Tendencia a recidivas 
• Maior incidência: infância 
 
Microscopia: 
• Células com núcleos regulares arredondados / 
ovais 
É grau II devido a característica histopatológica. Isso 
não significa que o indivíduo não vai ter uma 
sobrevida maior por conta disso. 
• Entre núcleos: fina base fibrilar densa 
• Formam estruturas glandulares alongadas – 
canais ependimários 
As fibras densas formam como se fosse glândulas. 
• Pseudo-rosetas perivasculares (células tumorais 
em torno dos vasos)Perivascular – ao redor do vaso. Pseudo-rosetas são as 
fibras que ficam em volta dos vasos dando aspecto de 
redemoinho. 
 
 
 
 
Pseudorosetas perivasculares. 
 
 
Tumor glial moderadamente celular, com arquitetura 
característica de halos anucleados perivascualres 
dando em aumento fraco o aspecto “em pele de 
leopardo”. 
Aonde tem luz de vaso, ao redor tem a pseudoroseta. 
 
Anaplásicos: 
• Densidade celular aumentada, altas taxas 
mitóticas, necrose, perda da diferenciação 
ependimária. 
• Grau III/IV 
O que caracteriza o grau III é a anaplasia. 
 
Necrose, células se organiza paralela a necrose – 
glioblastoma; pseudopaliçada 
Halo – oligodendroglioma. 
Estruturas em volta dos vasos – células tumorais – 
pseudorosetas – ependimoma. 
 
10 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
 
MENINGIOMAS: 
• Tumores benignos em adultos – dura- máter 
Geralmente se origina da dura-mater, mas ele pode ir 
avançando para as outras meninges. 
No geral tem indicação de ressecção. 
• Originados de células da aracnóide 
(meningoteliais) 
Tem várias subclassificações. 
• Superfície externa do cérebro e interior sist. 
ventricular 
Não invade a massa cefálica, mas pode comprimir e 
causar alteração. É mais comum na superfície externa, 
mas no sistema ventricular também tem meninges e 
pode ocorrer – é mais perigoso comprimir estruturas 
subjacentes. 
• Massas arredondadas que comprimem o 
encéfalo subjacente 
 
 
 
 
 
 
Macroscopias: 
• Massa encapsulada 
Facilita a ressecção, não é infiltrativo/invasivo. 
• Crescimento em placa 
• Lesões: firmes, fibrosas ou arenosas 
Indicam como a célula se comporta. 
• Calcificadas 
A maioria das doenças crônicas vão ter pontos de 
calcificação. 
• Grau I – risco baixo de recorrência ou de 
crescimento agressivo. 
Tem prognóstico bom, não tem metástase, é benigno, 
a recidiva não é comum. 
 
 
Ligado à duramater – não invadiu, mas comprimiu o 
encéfalo. Pode iniciar na aracnóide e ir crescendo em 
direção a atingir a duramater. 
Quando se tira o crânio, a duramater saí junto – nessa 
imagem ela é visível. 
 
 
 
 
Microscopia: 
 
Meningotelial – célula com citoplasma mais denso. 
Fibroblástico – tem mais fibras de colágeno. 
Transicional – espiral, redemoinho. 
Psamomatoso – calcificação maior. 
 
11 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
Angiomatoso – vários vasos, como se tivesse 
angiogênese acentuada. 
 
Esfregaço (fragmento do tumor a fresco): diagnóstico 
rápido – 1 a 2 minutos. 
 
Meningotelial ou sincicial – densidade maior no 
citoplasma. 
Como está na meninge pode fazer punção e 
esfregaço. 
 
Sincicial: células em espiral e aglomeradas. 
 
Aglomerados espiralados de células que se dispõem 
em grupos compactos, sem membranas visíveis. 
O citoplasma e prolongamento da célula enrola o 
núcleo. 
 
Meningioma meningotelial: 
 
Padrão espiralado. 
 
Fibroblástico: 
• Feixes direcionados / paralelo / entrelaçados 
• Matriz rica em fibras colágenas 
• Núcleos são longos e finos, com cromatina densa, 
sem atipias ou mitoses 
 
Fibras sem padrão específico. Podem ser paralelos ou 
entrelaçados. Tem muito colágeno nessa região. 
 
 
Mistura do fibroblástico e espiralado/meningotelial 
 
Calcificações ou corpos psamomatosos 
 
Vasos, lumen, células endoteliais - angiogenese 
 
Meningioma psammomatoso: 
 
Padrão espiralado psammomatoso: calcificado. 
 
Angiomatoso: 
• Intenso edema do hemisfério cerebral 
• Efeito de massa, com desvio da linha média e 
hérnia de cíngulo 
 
12 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
Pode causar uma piora no prognóstico – por ter uma 
proliferação vascular, sua massa aumenta 
rapidamente. Por ter mais fluxo sanguíneo pode 
causar edema. 
 
Desvio de linha media por edema por angiomatoso. 
 
 
NEOPLASIAS POBREMENTE / MAL 
DIFERENCIADA: 
• Tumores que não expressam características das 
células primitivas indiferenciadas ou embrionárias 
• Não expressam o fenótipo das células maduras 
do SNC. 
Péssimo prognóstico. Não expressa característica da 
célula de origem = anaplasia, já é um grau mais 
elevado. 
Uma célula totalmente alterada começa a produzir 
substancias toxicas interferindo no metabolismo. 
Para a célula realizar sua função ela tem que estar no 
estágio de maturação – não executam função que o 
SN deveria executar. 
Não tem capacidade de se diferenciar – não tem 
células pluripotentes, é um tumor de células 
pequenas. 
MEDULOBLASTOMAS: 
• Ocorre frequentemente em crianças 
• Cerebelo 
• Altamente maligno 
• Crescimento rápido – oclui o fluxo de LCR – 
hidrocefalia 
 
 
 
• Indiferenciado 
Não tem maturação 
• Células anaplásicas, pequenas, citoplasma 
escasso 
Só tem núcleo praticamente, por isso são mais 
escuras. 
• Núcleo hipercromático 
• Mitoses abundantes 
• Marcadores de proliferação celular – alta 
porcentagem 
Capacidade de proliferação intensa mas não se 
diferenciam. 
• Disseminação pelo LCR – causa equina 
 
• Altamente maligno 
• Prognóstico para pacientes sem tratamento é 
sombrio 
• Sensível à radioterapia 
• Retirada completa e radiação – a taxa de 
sobrevida 5 anos – alcança 75% 
 
13 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA 
 
Células pequenas, núcleos hipercromáticos 
 
TUMORES NEURAIS: 
• Tumores com neurônios de aspecto maduros 
Características de neurônios normais. 
• Células ganglionares – podem acometer esse 
subtipo 
• Mistura com neoplasia glial – associação com 
tumores de células da glia. 
• Constituem população da lesão – gangliocitomas 
Quando tem esse tumor, são chamados de 
gangliocitomas, pq vai ter alteração da célula de 
origem, apesar de ser parecido com o neurônio, vai 
ser uma célula tumoral. 
• Geralmente crescimento lento 
• Células anaplásicas: rápida progressão 
Não atinge o grau III sempre. 
• Massa bem circunscrita 
• Calcificação – crônico 
• Cistos no assoalho do III ventrículo, hipotálamo ou 
lobo temporal 
• Grau I e grau II/IV OMS 
• Anaplásicos III/IV OMS 
 
Neurônios neoplásicos – IMH (imuno-histoquímica) 
para proteínas neuronais do citoplasma 
 
Marcador demonstra neurônios através de 
positividade citoplasmática. Astrócitos e vasos são 
negativos. 
Só marcaram as células neurais – as células gliais 
continuam lilás. 
Serve para ver se tem associação com tumores de 
células gliais. 
 
 
https://anatpat.unicamp.br/taneutumor.html 
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