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1 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA Tumores 1M1 – NEOPLASIAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL REVISÃO: Células do SN: • Neurônios • Astrócitos – células da glia que ficam próximas aos neurônios, tem função de nutrir os neurônios, tem interação com o neurônio e com o vaso sanguíneo. Fornece estrutura para os neurônios – tem aspecto estrelado. Participam da barreira hematoencefálica – seus prolongamentos ficam conectados nos capilares. Em algumas situações patológicas como doença desmielinizantes eles ajudam os oligodendrócitos a fazerem a bainha de mielina. • Oligodendrócitos – faz a bainha de mielina – prolongamentos envolvem o axônio. Fazem parte do SNC. • Células de Schawnn – células que fazem a bainha de mielina no SNP. • Células ependimárias – revestem o canal central e os ventrículos – onde passa o liquido cefalorraquidiano. Possuem cílios para facilitar a movimentação do liquido. Existem tumores que afetam os neurônios, mas muitos tumores começam pelas células da glia – gliomas. Termos: • Anaplasia: termo usado quando o tumor está em estágio bem avançado. Refere-se a perda de diferenciação – a célula tem um padrão e quando começa a ter anaplasia, significa que a célula que se modificou já não apresenta aspecto nenhum da célula de origem – a alteração já é muito agressiva. Quando você compara a célula tumoral e a célula de origem e elas são semelhantes, significa que o tumor não é tão agressivo, está na fase inicial. Quando se tem anaplasia, o tumor não tem nada a ver com a célula de origem. Anaplasia é uma das características que marca o tumor como tumor agressivo. • Atipia: pode ser encontrado em tumores não agressivos. É uma mudança sútil – as vezes o tamanho é diferente, a relação núcleo/citoplasma está alterada. Células de determinado tecido apresentam aparência distinta daquela do tecido normal. Essa atipia pode variar, pode ser leve ou mais agressiva. • Hipercromatismo: tipo de degenerescência do núcleo das células, que fica cheio de pigmentos corados. O núcleo se destaca. • Pleomorfismo: variação de forma e tamanho das células e seus núcleos. • Características tumores benignos, malignos TUMORES: 3% Brasil. Tumores SNC – características únicas: • Tumores com características benignas (baixa taxa mitótica, uniformidade celular e lento crescimento) Se tem baixa taxa mitótica, há baixa proliferação celular e a evolução do tumor é mais lenta. • Comportamento infiltrativo: grandes regiões do cérebro; não é factível a retirada cirúrgica; prognóstico pobre. Pode ser um benigno com característica infiltrativa. • Localização anatômica – fatais (Ex: meningioma benigno) Tem locais que são retirados facilmente, mas tem locais que são de risco muito grande (bulbo, ponte etc). A localização ajuda definir o prognóstico. • Disseminação de tumores SNC: raramente disseminam-se fora do SNC. A disseminação ocorre dentro do próprio SNC. Infiltração e disseminação, qual a diferença? A infiltração é a via de disseminação para tecidos adjacentes. Um tumor pode permanecer circunscrito a uma só localização, a um só órgão, ou então invadir órgãos e estruturas adjacentes ou à distância. Estes dois mecanismos, a invasão e a metastização são as duas vias de disseminação tumoral. 4 classes principais: • Gliomas – células da glia • Tumores neurais – neurônios • Neoplasias pobremente diferenciados • Meningiomas – células das meninges GLIOMAS: • Astrocitomas • Oligodendrogliomas • Ependimomas Além dessa classificação, os tumores têm uma subclassificação que é de acordo com a agressividade deles. Maioria dos tumores primários SNC originam-se em células da glia – gliomas. • Predominantes: astrócitos – astrocitomas. 2 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA • Tumores de oligodendrócitos – oligodendrogliomas • Células ependimárias – ependiomas Astrocitomas infiltrativo, astrocitoma pilocítico, xantoastrocitoma pleomórfico, etc. A nomenclatura dos astrocitomas já muda dependendo do grau de agressividade do tumor. Grau I – pilocítico. ASTROCITOMAS: Classificação OMS – espectro de diferenciação histológica • Astrocitoma difuso (Grau II/IV) • Astrocitoma anaplásico (grau III/IV) • Glioblastoma (grau IV/IV) – Anaplasia, necrose e proliferação vascular Astrocitoma difuso = astrocitoma infiltrativo. Muitas vezes no inicio não se consegue visualizar a proliferação vascular, mas ela avança a capsula e ai consegue observa-la. Astrocitomas pilocítico: • Crianças e adultos jovens • Cerebelo, III ventrículo, N. óptico • Comportamento benigno • Pouca ou nenhuma tendencia infiltrativa – é localizado • Prognóstico melhor que o dos astrocitomas difusos – grau I na classificação da OMS. • Cresce lentamente, ressecção. Astrocitoma pilocítico no cerebelo apresentando nódulo: • Celularidade baixa a moderada • Astrócitos de aspecto regular • Núcleos uniformes e com poucas atipias – muito parecido com células normais. • Fibras de Rosenthal: inclusões proteicas no interior de prolongamentos astrocitários. Astrocitomas infiltrativos/difusos: • 80% dos tumores cerebrais primários no adulto • Hemisférios cerebrais, tronco cerebral, medula, cerebelo (raríssimo) • 40 – 60 anos • Sinais e sintomas: convulsões, cefaleia, deficiências neurológicas focais É grau II. É primário, ou seja, se originou do astrócito mesmo. Sinais e sintomas inespecíficos. Apesar de ser infiltrativo, ele inicia em um local específico. Infiltrativo significa que ele não tem aspecto nodular. Morfologia: • Macroscopia: tumor infiltrativo, acinzentado • Mal delimitados, de bordas imprecisas • Células neoplásicas infiltram neurônios • Se expande – distorce cérebro – é uma massa em proliferação 3 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA • A má delimitação e caráter infiltrativo dos astrocitomas difusos dificulta tratamento – impede remoção completa. as bordas não são bem visíveis, principalmente em corte histológico. • Tumor único. • Alguns casos – focos separados: infiltração das células tumorais à distância pelos feixes axonais de projeção (corpo caloso) É mais comum em hemisfério, mas pode surgir no tronco – mais comum em crianças. Quando tem só uma célula anaplásica significa que está em processo de transição do grau II para o grau III. Microscopia: • Elevado número de núcleos das células • Pleomorfismo nuclear • Muito difícil definir limites entre células normais e neoplásicas Isso significa que ele não está em um grau tão avançado. • Podem ser morfologicamente muito semelhantes nos tumores de baixo grau. Hipercromatismo – núcleo grande e mais corado. Quando se tem alteração no astrócito, quando se tem lesão no cérebro, o astrócito começa a ter uma estrutura rosa envolta – é sinal de lesão naquela região, não necessariamente é tumor. astrocito gemistocíticos O nucléolo geralmente não é tão visível, quando a gente consegue ver o nucléolo já é sinal de 4 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA transformação. Quando há núcleos muito próximos também. Não se reconhecem astrocitomas difusos grau I. • Atipias: variação do tamanho dos núcleos, apresentam nucléolo. • Atipias celulares – critérios para graduação dos atrocitomas (classificação da OMS). • Os astrocitomas difusos baixo grau (low grade): atipias discretas • Preenchem 1 critério (dos 4 em que se baseia a classificação) – grau II • Outros critérios: mitoses, proliferação vascular e necrose. Suspeita de infiltração: • Maior celularidade • Variação no tamanho dos núcleos gliais • Núcleos muito próximos entre si, ou encostados em neurônios (satelitose) • Astrócitos gemistocíticos Citoplasma dos astrócitos visível em HE – sinal seguro de que houve lesão. Astrocitomas fibrilaresou difusos: Genética – inativação do p53. Não se vê tanta diferença entre as células – estão mais ou menos do mesmo tamanho, algumas tem hipercromatismo. Astrocitomas anaplásico: • Regiões mais celulares • Maior pleomorfismo • Geralmente possuem astrocitomas gemistocítico Grau III Glioblastoma: • Neoplasia maligna originada em astrócitos, mais comum em hemisférios cerebrais de adultos. • Agressivo • Grau IV • Células – arranjo sólido, formando um denso reticulado através de seus prolongamentos. Características: • Alta celularidade – células amontoadas. • Atipias nucleares • Mitoses atípicas • Proliferação vascular (células endoteliais numerosas e tumefeitas) • Capilares proliferados: pseudoglomerulos 5 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA • Necrose com padrão de serpentina em áreas de hipercelularidade • Pseudopaliçadas: áreas de necrose irregulares – circundadas por células neoplásicas dispostas de forma mais densa. Pseudoglomerulo é proliferação endotelial. Quanto maior a proliferação celular/mitose, pior o prognóstico. Se um tecido tem necrose, a sua principal característica é a falta de núcleo e em volta dessa necrose há células que degradam o tecido morto – então aparecem as serpentinas. A proliferação obstrui o lúmen do vaso – fica com aspecto de glomérulo renal. Área de necrose – não tem núcleo celular. Pseudopaliçada – células organizadas para fazer a degradação da necrose. Em volta tem as células tumorais. Isso só acontece no grau IV. Quando você faz uma tomografia com contraste, o contraste não passa a barreira hematoencefálica; quem faz a barreira são os astrócitos, se tem lesão de astrócitos, o contraste passa – então se tem contraste em SNC significa que tem lesão de astrócito, mas não necessariamente tumor. Necrose liquefativa. 6 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA A característica marcante é a população celular abundante no glioblastoma. Necrose e proliferação endotelial ou vascular. Hipercelularidade. Pseudopaliçada: os tumores se arranjam ao longo das bordas. Glioblastoma – focos de necrose com pseudopaliçada. OLIGODENDROGLIOMA: Proveniente dos oligodendrócitos. • Gliomas infiltrativos • 5-15% dos gliomas • Melhor prognóstico que astrocitoma Ser infiltrativo não significa malignidade – os tumores do SNC, de maneira geral, têm essa característica infiltrativa. • 40-50 anos • Hemisférios cerebrais – substância branca Têm predileção pela substância branca, mas pode atingir a cinzenta também. • Crises convulsivas Crise convulsiva não é predeterminante dessa doença, pq qualquer doença no SNC tem essa característica de crise convulsiva. • Recidiva após ressecção cirúrgica Macroscopia: • Massas acinzentadas gelatinosas bem definidas. Mas nem todas imagens são acinzentadas, a característica principal é a gelatinosa. • Cistos, hemorragia e calcificação. 7 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA Muitas doenças desenvolvidas cronicamente tem essa característica de calcificação, então a calcificação não é uma característica exclusiva desse tipo de tumor. Microscopia: • Massas de células regulares, núcleos esféricos com cromatina regular circundados por um halo citoplasmático claro. • Vacúolo perinuclear – “ovo frito” • Rede de capilar – lóbulos – “arame de galinheiro” Quando se tem proliferação celular há também uma rede de capilar que cresce (proliferação vascular) – muitas vezes essa proliferação vascular não é compatível com a celular, que é muito mais rápida. • Calcificação – 90% • Baixo grau proliferativo – Grau II/IV Núcleos de tumores são arredondados com citoplasma claro formando halos. Nessa imagem não se percebe um grau de anaplasia, as células seguem um padrão. Anaplásicos: • Grau III/IV • Eleva densidade celular, atividade mitótica, necrose Densidade celular maior significa que a proliferação celular está acelerada – tumor mais agressivo. O que diferencia o grau III do grau IV (os dois tem necrose) é: se tiver proliferação vascular é IV. • Anaplasia – célula perde seu aspecto natural. Proliferação no grau II é baixa. No grau III a necrose geralmente é ausente, mas pode aparecer. As células perdem o padrão de um oligodendrócito – não mantem uma forma, o núcleo não é regular, o nucléolo muito aparente – anaplasia. Há aumento da densidade celular no grau III. • Prognósticos favoráveis – melhor que o astrocitoma • Progressão anaplásica – 13-86% dos pacientes Não é regra que um grau II progrida para grau III. É muito individual, depende do tratamento, da resposta ao tratamento – apesar de ser a mesma doença, o indivíduo responde de forma diferente ao tratamento e à lesão celular. • Tempo estimado para progressão: 28-60 meses Síndromes que podem estar relacionadas aos tumores. 8 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA Independente da célula, o grau III é sempre anaplásico. EPENDIMOMA: • Epêndima (neuroepitélio que reveste os ventrículos cerebrais e o canal espinal) São células da glia, mas são mais localizadas. Célula que ajuda na movimentação do liquido cefalorraquidiano – tem contato com o líquor. • Até 20 anos: próximo ao IV ventrículo – 5 a 10% tumores cerebrais Localização depende da faixa etária – mas não é regra • Adultos: medula espinal (quadro de neurofibromatose 2) • Pior prognóstico: crianças – 50% sobrevida em 5 anos • NF2: Doença genética autossômica dominante rara; tumores no SNC (schwannomas, meningiomas e ependimomas) Tem a característica de aparece vários tumores em todo o corpo. Genética: • NF2 – mutação cromossomo 22 nos ependimomas da medula espinal Tem relação com a neurofibromatose – mutação do cromossomo é mais suscetível aos ependimomas na medula espinal. Não quer dizer que todos os pcts com ependimomas vão ter a mutação nesse gene. Essa mutação só aumenta o risco. • Não compartilham as alterações genéticas encontradas no gliomas infiltrativos (TP53) 2 subtipos separados: • 1: expressa um fenótipo mesenquimal, pacientes mais jovens, propensão mais alta a desenvolver metástase Forma mais agressiva, relacionado a metástases. • 2: aberrações cromossômicas, melhor prognóstico Não está ligado a metástases. IV ventrículo: • Massa papilar no assoalho do IV ventrículo. O ependimoma surge como uma massa no IV ventrículo e pode comprimir algumas estruturas nesse local. • Mais bem delimitado que astrocitomas, porém ressecção é difícil (bulbo). Devido a localização anatômica é mais difícil retirar. • Grau II/IV Não tem anaplasia, é infiltrativo mas ainda é lobular – consegue ressecção. Mas pode ir para grau III. • Fossa posterior: hidrocefalia secundária à obstrução do ventrículo. Quando se desenvolve na região da fossa posterior pode gerar hidrocefalia – obstrução do fluxo, mas isso não é característica específica desse tumor, até meningite pode gerar hidrocefalia. • Lento crescimento • Prognóstico ruim – mesmo sendo grau II, é devido a localização anatômica e devido a ter contato com o líquor – pode gerar disseminação para outros locais. • Disseminação LCR 9 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA • Mais moles, acinzentados, às vezes com hemorragias • Tendencia a recidivas • Maior incidência: infância Microscopia: • Células com núcleos regulares arredondados / ovais É grau II devido a característica histopatológica. Isso não significa que o indivíduo não vai ter uma sobrevida maior por conta disso. • Entre núcleos: fina base fibrilar densa • Formam estruturas glandulares alongadas – canais ependimários As fibras densas formam como se fosse glândulas. • Pseudo-rosetas perivasculares (células tumorais em torno dos vasos)Perivascular – ao redor do vaso. Pseudo-rosetas são as fibras que ficam em volta dos vasos dando aspecto de redemoinho. Pseudorosetas perivasculares. Tumor glial moderadamente celular, com arquitetura característica de halos anucleados perivascualres dando em aumento fraco o aspecto “em pele de leopardo”. Aonde tem luz de vaso, ao redor tem a pseudoroseta. Anaplásicos: • Densidade celular aumentada, altas taxas mitóticas, necrose, perda da diferenciação ependimária. • Grau III/IV O que caracteriza o grau III é a anaplasia. Necrose, células se organiza paralela a necrose – glioblastoma; pseudopaliçada Halo – oligodendroglioma. Estruturas em volta dos vasos – células tumorais – pseudorosetas – ependimoma. 10 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA MENINGIOMAS: • Tumores benignos em adultos – dura- máter Geralmente se origina da dura-mater, mas ele pode ir avançando para as outras meninges. No geral tem indicação de ressecção. • Originados de células da aracnóide (meningoteliais) Tem várias subclassificações. • Superfície externa do cérebro e interior sist. ventricular Não invade a massa cefálica, mas pode comprimir e causar alteração. É mais comum na superfície externa, mas no sistema ventricular também tem meninges e pode ocorrer – é mais perigoso comprimir estruturas subjacentes. • Massas arredondadas que comprimem o encéfalo subjacente Macroscopias: • Massa encapsulada Facilita a ressecção, não é infiltrativo/invasivo. • Crescimento em placa • Lesões: firmes, fibrosas ou arenosas Indicam como a célula se comporta. • Calcificadas A maioria das doenças crônicas vão ter pontos de calcificação. • Grau I – risco baixo de recorrência ou de crescimento agressivo. Tem prognóstico bom, não tem metástase, é benigno, a recidiva não é comum. Ligado à duramater – não invadiu, mas comprimiu o encéfalo. Pode iniciar na aracnóide e ir crescendo em direção a atingir a duramater. Quando se tira o crânio, a duramater saí junto – nessa imagem ela é visível. Microscopia: Meningotelial – célula com citoplasma mais denso. Fibroblástico – tem mais fibras de colágeno. Transicional – espiral, redemoinho. Psamomatoso – calcificação maior. 11 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA Angiomatoso – vários vasos, como se tivesse angiogênese acentuada. Esfregaço (fragmento do tumor a fresco): diagnóstico rápido – 1 a 2 minutos. Meningotelial ou sincicial – densidade maior no citoplasma. Como está na meninge pode fazer punção e esfregaço. Sincicial: células em espiral e aglomeradas. Aglomerados espiralados de células que se dispõem em grupos compactos, sem membranas visíveis. O citoplasma e prolongamento da célula enrola o núcleo. Meningioma meningotelial: Padrão espiralado. Fibroblástico: • Feixes direcionados / paralelo / entrelaçados • Matriz rica em fibras colágenas • Núcleos são longos e finos, com cromatina densa, sem atipias ou mitoses Fibras sem padrão específico. Podem ser paralelos ou entrelaçados. Tem muito colágeno nessa região. Mistura do fibroblástico e espiralado/meningotelial Calcificações ou corpos psamomatosos Vasos, lumen, células endoteliais - angiogenese Meningioma psammomatoso: Padrão espiralado psammomatoso: calcificado. Angiomatoso: • Intenso edema do hemisfério cerebral • Efeito de massa, com desvio da linha média e hérnia de cíngulo 12 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA Pode causar uma piora no prognóstico – por ter uma proliferação vascular, sua massa aumenta rapidamente. Por ter mais fluxo sanguíneo pode causar edema. Desvio de linha media por edema por angiomatoso. NEOPLASIAS POBREMENTE / MAL DIFERENCIADA: • Tumores que não expressam características das células primitivas indiferenciadas ou embrionárias • Não expressam o fenótipo das células maduras do SNC. Péssimo prognóstico. Não expressa característica da célula de origem = anaplasia, já é um grau mais elevado. Uma célula totalmente alterada começa a produzir substancias toxicas interferindo no metabolismo. Para a célula realizar sua função ela tem que estar no estágio de maturação – não executam função que o SN deveria executar. Não tem capacidade de se diferenciar – não tem células pluripotentes, é um tumor de células pequenas. MEDULOBLASTOMAS: • Ocorre frequentemente em crianças • Cerebelo • Altamente maligno • Crescimento rápido – oclui o fluxo de LCR – hidrocefalia • Indiferenciado Não tem maturação • Células anaplásicas, pequenas, citoplasma escasso Só tem núcleo praticamente, por isso são mais escuras. • Núcleo hipercromático • Mitoses abundantes • Marcadores de proliferação celular – alta porcentagem Capacidade de proliferação intensa mas não se diferenciam. • Disseminação pelo LCR – causa equina • Altamente maligno • Prognóstico para pacientes sem tratamento é sombrio • Sensível à radioterapia • Retirada completa e radiação – a taxa de sobrevida 5 anos – alcança 75% 13 Laís Flauzino | ANATOMIA PATOLÓGICA | 7°P MEDICINA Células pequenas, núcleos hipercromáticos TUMORES NEURAIS: • Tumores com neurônios de aspecto maduros Características de neurônios normais. • Células ganglionares – podem acometer esse subtipo • Mistura com neoplasia glial – associação com tumores de células da glia. • Constituem população da lesão – gangliocitomas Quando tem esse tumor, são chamados de gangliocitomas, pq vai ter alteração da célula de origem, apesar de ser parecido com o neurônio, vai ser uma célula tumoral. • Geralmente crescimento lento • Células anaplásicas: rápida progressão Não atinge o grau III sempre. • Massa bem circunscrita • Calcificação – crônico • Cistos no assoalho do III ventrículo, hipotálamo ou lobo temporal • Grau I e grau II/IV OMS • Anaplásicos III/IV OMS Neurônios neoplásicos – IMH (imuno-histoquímica) para proteínas neuronais do citoplasma Marcador demonstra neurônios através de positividade citoplasmática. Astrócitos e vasos são negativos. Só marcaram as células neurais – as células gliais continuam lilás. Serve para ver se tem associação com tumores de células gliais. https://anatpat.unicamp.br/taneutumor.html https://anatpat.unicamp.br/taneutumor.html
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