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~ Resumo de Geologia de Engenharia P1– Vitória Azevedo ~
· Material de preenchimento: solo transportado (lixiviação) e solo residual.
· Fratura tectônica no Rio de Janeiro não tem inclinação suave. Fratura suave é fratura de alívio.
· Parede diafragma para impedir um contato de uma parede com outra.
· Conceito
– Ciência dedicada à investigação, estudo e solução de problemas de engenharia e meio ambiente, decorrentes da interação entre a geologia e os trabalhos e as atividades do homem, bem como à previsão e desenvolvimento de medidas preventivas ou reparadoras de acidentes geológicos.
· Abrange
– Definição das condições de geomorfologia, estrutura, estratigrafia, litologia e águas subterrâneas das formações geológicas.
– Caracterização das propriedades mineralógicas, físicas, geomecânicas, químicas e hidráulicas de todos os materiais terrestres envolvidos em construção, recuperação de recursos e alterações ambientais. 
– Avaliação do comportamento mecânico e hidrológico dos solos e dos maciços rochosos.
– Previsão de alterações, ao longo do tempo, das propriedades citadas anteriormente.
– Determinação dos parâmetros considerados na análise de estabilidade de obras de engenharia e de maciços naturais.
– Melhoria e manutenção das condições ambientais e das propriedades dos terrenos.
· Fundamentos conceituais da geologia de engenharia 
	Conceitos 
	Fundamentos
	Natureza em contínuo movimento 
	Toda natureza geológica está submetida a processos e toda intervenção humana interage com a dinâmica desses processos.
	Sentido do equilíbrio 
	Todos os movimentos inerentes aos processos naturais ou induzidos explicam-se pela busca de posições de maior equilíbrio.
	Imanência das características físicas 
	Materiais com características intrínsecas diferentes responderão diferenciadamente a solicitações semelhantes.
· Imanência = imã. 
· Ações e objetivos da geologia de engenharia
	Fases 
	Objetivos 
	Entendimento 
	Diagnosticar, em sua natureza e em sua dinâmica, os fenômenos geológicos-geotécnicos envolvidos nas inter-relações solicitação/meio físico geológico. 
	Solução 
	Apoiar a Engenharia na formulação das soluções adequadas, zelando, especialmente pela perfeita aderência fenômenos/solução.
	Acompanhamento 
	Acompanhar a implantação da solução escolhida, sugerindo ajustamento técnicos eventualmente necessários.
	Monitoramento 
	Auscultar o desempenho da solução implantada, propondo eventuais medidas corretivas.
· Método científico para as análises fenomenológicas da geologia de engenharia
Método das hipóteses progressivas 
	Fases 
	Objetivos 
	1ª fase
1ª hipótese 
	Localização e circunscrição preliminar do problema. Reunião dos dados disponíveis. Adoção de uma 1ª hipótese orientativa.
	2ª fase 
Diagnóstico definitivo 
	Investigação orientada. Aferição da hipótese anterior; adoção de novas hipóteses até a formulação do diagnóstico definitivo.
	3ª fase 
Fechamento 
	Investigação e sistematização orientadas. Circunscrição e descrição final do fenômeno:
– Qualificação e quantificação 
– Dinâmica de desenvolvimento
– Previsão de comportamento 
· Obras na área de trabalho e consequência.
· Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental – ABGE
– Entidade técnico-científica que estimula o avanço do conhecimento e aplicação da Geologia na solução dos problemas de Engenharia e do Meio Ambiente, bem como na prevenção e correção de acidentes geológicos. Criada em 1968, e com sede nacional em São Paulo, a ABGE se constitui no agrupamento nacional brasileiro da IAEG, que compõe a IUGS.
· Sociedades/Núcleos de Pesquisa
	NACIONAIS
	INTERNACIONAIS
	ABGE
Associação Brasileira de geologia de
Engenharia e Ambiental
	IAEG
International Association for Engineering
Geology and Environment
	ABMS
Associação Brasileira de Mecânica dos Solos
CBMR
Comitê Brasileiro de Mecânica de Rochas
CTB
Comitê Brasileiro de Túneis
	ISMR
International Society for Rock Mechanics
ISSMGE
International Society for Soil Mechanics and Geotechnical Engineering
	CBDB
Comitê Brasileiro de Barragens
	ICOLD
International Commission on Large Dams
	ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
	ASTM
American Society for Testing and Materials
	IPT
	DNER
	UFRJ
	USP/Escola de Engenharia de São Carlos
· Das novas técnicas apresentadas destaca-se: 
1. Furo direcional sub ou horizontal (HDD), em área de travessia, é uma solução tecnológica muito adequada para travessias de dutos, em especial em áreas urbanas, desde que devidamente conhecida a resistência quando se atravessar rocha; 
2. Congelamento de solo, na verdade da água do solo, o que permite, provisoriamente, a escavação de solos de baixíssima resistência, como aconteceu no rompimento da tubulação de esgoto em São Paulo, e recuperar as obras afetadas.
3. Jet grounding /DSM (deep soil mixing), que permite implantar colunas de até 3m de diâmetro para requalificar os materiais de uma determinada região. Pode endurecer a areia pra transformar em arenito, solução boa pra melhorar a qualidade do maciço. Usado em areia e argila mole.
· Estruturas das Rochas
– Resultados das deformações impostas aos maciços rochosos, ao longo do tempo geológico, com reflexo direto na constituição de planos de fraqueza neste maciços rochosos e também nos maciços terrosos deles derivados, se preservadas ao longo ou em parte dos perfis de intemperismo.
· Estruturas das rochas ígneas 
– Diaclasamento: padrão ortogonal de compartimentação no momento do resfriamento dos magmas e lavas.
– Fluidais: orientação planar dos minerais.
– Vesiculares: bolhas de ar preservadas no topo de um derrame.
· Estrutura das rochas sedimentares o que mais caracteriza as rochas sedimentares é a sua estratificação, pois são geralmente formadas de camadas superpostas que podem diferir uma das outras em composição, textura, espessura, cor, resistência etc. Os planos de estratificação também chamado de plano de sedimentação, são normalmente planos de fraqueza da rocha, que muito influem no seu comportamento mecânico. Plano de estratificação é diferente de plano de fraqueza da rocha.
Acamamento intercalação de camadas de depósitos sedimentares, podendo ser horizontal ou inclinado, quando a área foi submetida a esforços geológicos (tectônicos).
– Acamamento plano paralelo: estratificações planares paralelas entre si.
– Acamamento plano cruzado: ambientes de rios meandrantes.
– Estratificações rítmicas: alternância de finas camadas, repetidas sucessivamente.
– Fendas de ressecamento: geralmente preenchidas com material arenoso.
· Estruturas das rochas metamórficas
– As propriedades das rochas metamórficas, resultante do alinhamento preferencial de certos minerais (por exemplo tabulares), sob a ação de tensões não litostáticas, originando estruturas planares que se orientam segundo planos paralelos de modo penetrativo por toda a rocha. A clivagem xistenta (de xisto), xistosidade e bandamento gnáissico são três tipos de foliação de rochas de baixo, médio e alto grau de metamorfismo, respectivamente.
Foliação qualquer orientação planar ou linear.
– Bandeamento gnáissico tipo particular de foliação metamórfica, em que rochas originadas em metamorfismo de alto grau, em que os minerais de cor clara (quartzo e feldspato) são segregados dos minerais lamelares (como as micas), produzindo um bandamento caraterístico. A fissilidade destas rochas são reduzidas. 
– Xistosidade foliação caraterística de rochas de metamorfismo de médio grau em que as superfícies de fissilidade se apresentam mais brilhantes e irregulares devido ao maior desenvolvimento dos maciços. 
– Orientação preferencial de grãos minerais
· Estruturas atectônicas não são relacionadas a dinâmica interna do planeta. Podem ser geradas por diversos mecanismos. Associados a erosão e deposição. Não envolve a tectônica. Rochas próximas a superfície terrestre. Áreas pequenas. Movimentos causados pela força da gravidade. Junta de alívio, desplacamento nos maciços rochosos devido alívio de carga do materialsobrejacente.
· Dobras
– Estruturas metamórficas ou sedimentares.
– Nas metamórficas, são geradas pela movimentação das placas tectônicas em condições de temperatura e pressão que impõem um comportamento dúctil (plástico).
– Nas rochas sedimentares, são formadas pelo excesso de peso de camadas superiores sobre inferiores não coesas.
Classificação das dobras com base no sentido de fechamento da dobra
– Antiformal unidades mais antigas no núcleo da dobra.
– Sinformal unidades mais novas no núcleo da dobra.
Elementos de uma dobra: plano axial, eixo e flanco.
– Na charneira da dobra é onde se concentra a tensão. Exemplo Túnel Noel Rosa, foi feito na charneira da dobra. 
Classificação com base no ângulo entre os flancos
Classificação orientação do plano axial
– A – dobras normais: plano axial sub vertical.
– B – dobras inversas: plano axial inclinado e os flancos mergulhando para o mesmo lado.
– C – Dobras recumbentes: plano axial sub horizontal.
· Falhas é raro se encontrada preservada em perfil de solo. 
– Estruturas planares formadas pelo deslocamento dos pacotes de rocha ou suas camadas.
– Formadas em condições próximas à superfície, com pressões e temperaturas não muito altas, isto é, quando as rochas possuem comportamento rígido e não plástico.
– Observadas quando ocorre a descontinuidade de camadas planares.
– As feições associadas as falhas são visíveis em túneis, as feições são cataclasitos, na fase dúctil rúptil são milonitos etc. 
Elementos geométricos de uma falha
– Bloco abatido: capa/teto
– Bloco levantado: lapa/muro
– Movimento relativo ao longo do plano de falha
– Plano de falha
– Escarpa de falha
– Rejeito Tipos de falha
Rejeito
Evidências de falhamentos
– Slikensides estrias no plano polido que indicam a direção e o sentido do movimento da falha.
– Milonitos rochas de granulação fina dada por recristalização dúctil, em estado sólido e sem fragmentação ou moagem.
– Brecha de falha fragmentação e moagem das rochas ao longo do plano de falhas.
Efeitos no Relevo – Grabens e Horsts
Secção geológica esquemática da bacia (graben) Terciária de Taubaté, Vale do Rio Paraíba do Sul, São Paulo. Fonte: C. Riccomini.
Transição do domínio de deformação dúctil onde ocorrem as zonas de cisalhamento, para o domínio de deformação rúptil, onde ocorrem as falhas.
· Apófise é um tipo de intrusão.
· A bananeira pode indicar depósitos de talús. Ela não leva ao deslizamento, indica que tem muita água na encosta e com isso risco de deslizamento. 
· Arranjo geométrico 
– Macrocristalina
– Microcristalina
– Criptocristalina 
– Sem arranjo cristalino = amorfa
· Acessórios e secundários são os mais importantes. Os minerais formados com a alteração são os minerais secundários, como os argilominerais/minerais de argila, cujo diâmetro é menor que 0,002 mm. Os argilominerais fazem parte do último estágio intempérico.
· Minerais hidrotermais se alteram pelo material formado na crosta.
· Minerais de argila ou argilominerais 
– Secundários são os que foram formados durante a transformação da rocha. São formados a partir dos minerais primários.
– Diâmetro menor que 0,002.
– Plasticidade marcante e elevada densidade.
– Illita de cátion K.
– Esmectita ou montmorillonita.
Caulinita
· Microfissuramento para rochas vulcânicas ou extrusivas. Pode formar cones vulcânicos.
· Rocha homogênea isotrópica é mais fácil de causar um fraturamento. 
· Um bloco arredondado é granito, se é sub arredondado é gnaisse.
· Há túneis escavados em rochas sedimentares em São Paulo.
· Beach rocha (rocha de praia) rocha com camada de areia e cimentada por carbonato.
· Rocha metamórfica processo da dinâmica interna, através do qual qualquer tipo de rocha (pré existente) experimenta um conjunto de transformações mineralógicas e estruturais, mantendo-se no estado sólido, sob a influência de fatores de metamorfismo como tensões e elevadas temperaturas.
– A grande diversidade de rochas metamórficas relaciona-se com as condições presentes na sua gênese, como os fatores de metamorfismo que inclui calor, pressão (orientada e litostática) e fluídos, pode ter tensão e tempo. 
– A partir de 200°C, o calor interno da Terra altera a composição mineralógica e a textura das rochas. Estabelece novas ligações atômicas, surgem novas redes cristalinas, ou seja, novos minerais. A 800°C inicia-se a fusão do material rochosos (magmatismo).
Durante o processo metamórfico as rochas podem estar em contato com fluídos circulantes (soluções aquecidas sob pressão) que reagem com elas alterando a sua composição química e mineralógica. 
– Metamorfismo dínamo termal/regional em diferentes profundidades tem diferentes composições de tensão e temperatura. Exemplo mica xisto, gnaisse migmatítico.
– Metamorfismo associado a uma zona de cisalhamento podendo ter milonitos, ultramilonitos.
· No interior da Terra as rocha são sujeitas a dois tipos de tensão 
– Pressão/tensão litostática/confinante resulta do peso da massa rochosa suprajacente, a partir de 3 Km de profundidade exerce-se igualmente em todas as direções; faz diminuir o volume da rocha diante a metamorfização, aumentando a densidade dos minerais.
– Tensão não litostática/dirigida resulta de forças tectônicas (compressiva, distensiva ou de cisalhamento), produzem uma orientação preferencial de certos minerais.
· Grau metamórfico a presença de certos minerais permite inferir das condições que presidiram a sua formação, determinando assim o grau de metamorfismo.
– Baixo grau clorita, biotita, cloritoíde 
– Médio grau granada, estaurolita
– Alto grau sillimanita
· Texturas das rochas metamórficas é determinada pelo tamanho, forma e arranjo dos seus minerais.
– Apresentam dois tipos principais de textura, a foliada e a não foliada ou granoblástica. 
– O xisto argiloso, ardósia, filito, xisto ou micaxisto e gnaisses são exemplos de rochas metamórficas foliadas.
· Argilito (minerais de argila, quartzo e feldspato) – ardósia (clorita, muscovita, biotita, quartzo e feldspato) – filito (muscovita, biotita, granada, cianita, quartzo e feldspato) – xisto, gnaisse (biotita, granada, cianita, sillimanita, quartzo e feldspato).
· Na zona de falha tem brecha e cataclasito. 
· Brecha de falha fragmentação e moagem das rochas ao longo do plano de falha.
· Gnaisse tem anisotropia, em cada direção terá um comportamento diferente. A foliação não define anisotropia no gnaisse.
· A escavação elipsoidal para túnel é a melhor.
· Rocinha é quartzito (topo) que é mais resistente, biotita gnaisse (meio) e depósito de sedimentos (base).
· Meio físico se refere a clima, hidrologia, geomorfologia, geologia etc.
· Maciço é heterogêneo. Se o maciço for fraturado, a água cai no concreto e o estufa. 
· Onde há vegetação pode ter deslizamento sim, porém as raízes dentro do material rochoso pode torná-lo mais resistente, entretanto facilita a entrada de água pelas fraturas causadas pela raiz. A retirada da vegetação causa a erosão.
· O manganês é detectado com água oxigenada. 
· O material que preenche uma fratura pode ser mais resistente que o material a sua volta. 
· Knickpoints são pontos de estrangulamento de drenagem.
· Emboque escava o maciço de um túnel e deixa espaço para caso um pedaço de rocha cair nesse espaço e não nos carros. 
· Rio Paraíba do Sul tem falha transcorrente, Pré Cambriana.
· Terremoto superficial tem menor intensidade, porém é mais destrutivo.
· Rochas magmáticas
– Rocha são agregados naturais multigranulares, uni ou poliminerálicos – isto é, constituídos de um único tipo ou de vários tipos de minerais.
– As rochas costumam ser analisadas e classificadas segundo o critério genético (isto é, de 
origem), que por sua vez está relacionado aos diferentes ambientes de formação. Existem três tipos de rocha:
– Formação das rochas magmáticas: a formação das rochas ígneas se dá pelo resfriamento (e solidificação) do magma, cujas condições irão determinar as suas características.
– Magma: fusão silicatada, formada a grandes profundidadese composta por silicatos, óxidos e voláteis - H2O, CO2, CO, H2, N2, SO2, S2, S3, HCl, H2S.
Quando extravasado em superfície, recebe o nome de lava.
– Resfriamento: 
Se o resfriamento (e a solidificação) do magma ocorrer no interior da crosta, de maneira lenta, formam-se Rochas Plutônicas ou Intrusivas, halocristalinas e de textura fanerítica grossa (cristais grandes, bem visíveis a olho nu).
Se o resfriamento (e a solidificação) do magma (da lava) ocorrer à superfície, de maneira rápida, formam-se Rochas Vulcânicas ou Extrusivas, vítreas ou afaníticas, uma vez que os cristais dos minerais não têm tempo para crescer (assumem em geral tamanho microscópico), ou porfiríticas. Podem formar cones vulcânicos ou derrames.
Se o resfriamento (e a solidificação) do magma se der em ambiente intermediário, formam-se Rochas hipoabissais halocristalinas ou com componentes vítreos, porfiríticas ou faneríticas finas.
– Série de Bowen: os minerais se formam de maneira sequenciada, seguindo a ordem dos seus pontos de fusão. A sequência de cristalização é descrita como a série de Bowen. Podem formar batólitos (massa granítica com mais de 100 km²), diques ou sills; stocks e facólitos.
· Quanto à composição química dos magmas
– Ácidos: SiO2> 65%;
– Intermediários: 52% < SiO2< 65%;
– Básicos: 45% < SiO2< 52%;
– Ultrabásicos: SiO2< 45%.
	
	Ácidos
	Básicos 
	Temperatura 
	650 – 700°C
	1350 – 1400°C
	Polimerização 
	Alta 
	Baixa
	Viscosidade
	Alta
	Baixa
	Teor de Mg e Fe
	Baixo
	Alto
	Teor de H2O
	10 – 15 %
	1 – 2 % 
	
	Solidificação em profundidade 10 – 15%
	Ascensão e derrame nas superfícies 
– Rochas Ácidas: granito, riolito.
– Rochas Intermediárias: sienito, andesito.
– Rochas Básicas: basalto, gabro.
· Quanto à cristalinidade 
– Cristalina quando a maior parte dos minerais é formada por cristais. Exemplo granito. 
– Vítreo-cristalina quando parte dos minerais é formada por cristais. O restante é formado por minerais vítreos, isto é, na forma não cristalina. Exemplo basalto, andesito, riolito. 
– Vítrea quando a maior parte é formada por minerais na forma de vidro. Exemplo pedra púmice.
· Quanto ao tamanho dos minerais
– Afanítica quando a maior % dos minerais é invisível a olho nu. Exemplo basalto, riolito, andesito. 
– Sub-Afanítica quando maior parte dos minerais é visível a olho nu. Exemplo diabásio. 
– Fanerítica: quando a totalidade dos minerais é visível a olho nu. Exemplo granito, gabro, sienito. 
– Textura vítrea.
– Textura porfirítica.
· Quanto ao tipo de feldspato presente
– Sódica (Na): quando o mineral for de cor esbranquiçada. Exemplo granito. 
– Potássica (K): quando o mineral for de cor rósea. Exemplo alguns granitos.
· Quanto ao tipo de estrutura 
– Maciça quando a rocha não apresenta vazios na amostra. Exemplo granito -alguns basaltos. 
– Vesicular quando a rocha apresenta vazios na amostra. Exemplo basalto. 
– Amigdalóidal quando a rocha apresenta vazios preenchidos parcialmente por minerais secundários. 
– Disjunção colunar derrame de diferentes temperaturas da base para o topo, fratura a rocha basáltica como um prisma hexagonal.
– Estruturas lamelar ou linear.
· Quanto ao índice de cor
– Félsicas minerais escuros < 30%;
– Mesótipas 30% < minerais escuros < 60%;
– Máficas 60% < minerais escuros < 90%; 
– Ultramáficas minerais escuros > 90%.
· Rochas ígneas são as responsáveis por dar origem a blocos rochosos transportados de forma esférica. 
– São mais indicadas para a produção de paralelepípedo. 
– São as mais indicadas para a produção de brita.
– Granitos e gnaisses (85%); basaltos e diabásios (5%).
– Compartimentação dos maciços gerando matacões que facilitam a exploração da rocha ornamental. As mais indicadas para a produção de rochas ornamentais. Apenas 04 pedreiras estão em atividade e legais no Rio de Janeiro.
– As poucas estruturas diminuem os problemas nos taludes da pedreira e nas estradas de acesso.
– A pequena capa de alteração diminui a relação estéril-minério e a extensão da terraplanagem.Pedreira WS, Assis/SP 
– Basaltos dos derrames da Fm Serra Geral da Bacia do Paraná, que se estende desde Goiás e Mato Grosso, até o extremo-sul, são usados no Estado de São Paulo como agregado para enrocamentos, concreto e filtros.
– Os componentes vítreos dos basaltos originam, por decomposição, argilominerais expansivos do grupo das esmectitas. Isto implicou numa série de dificuldades para a construção da barragem de Itaipu, tanto em termos de fundação, como na sua utilização como material de construção nas barragens auxiliares de enrocamento.
· Rocha sedimentar ocupa 5% do volume da crosta e 75% da superfície da Terra. Espessuras médias dos Continentes: 2.000m - 13.000 metros e dos Oceanos: 1.000m - ? 8.000 metros.
Processos de formação de rocha sedimentar
– Intemperismo processo de adaptação dos constituintes da rocha às novas condições ambientais da atmosfera ToC e p.
– Erosão remoção dos produtos do intemperismo pela ação da água, vento, gelo ou gravidade.
– Sedimentação deposição dos sedimentos (produto físico, químico ou biológico), geralmente em camadas (estratos) e gerado pela ação do intemperismo + erosão), fora e/ou dentro da nas bacias sedimentares e no fundo de lagos, rios e mares.
– Rocha sedimentar formada pelo material de intemperismo de outras rochas, sujeito a processos de transporte, deposição e consolidação. Sofre os processos de litificação (diagênese) último processo que ocorre na formação de rochas sedimentares. O processo é dividido em compactação (compressão dos sedimentos devido ao peso daqueles sobrepostos. Havendo gradual diminuição da porosidade, com redução de vazios) e cimentação (cristalização de material carreado pela água que percola pelos vazios dos cimentos, esses espaços vazios deixados pelas partículas sólidas), preenchendo e dando coesão ao material). Autigênese formação de novos minerais in situ.
– Formação de uma rocha sedimentar o tipo de intemperismo (físico, químico ou biológico) e o agente de erosão/transporte (fluvial, eólico, glacial ou marinho) têm muita influência, mas o ambiente de deposição dos sedimentos inconsolidados (barra de pontal, morena, praia, bacia oceânica, lagos, etc), também condiciona o processo de litificação (transformação em rocha sólida).
– A diagênese é uma transformação em adaptações a novas condições físicas (pressão e temperatura) e química (Eh, pH, pressão de água). A temperatura não ultrapassa os 200/250°C. Os processos de transformação não incluem a recristalização no estado sólido, mas dissoluções e repreciptações a partir de soluções aquosas existentes nos poros.
· Tipos de sedimento
– Sedimentos detríticos ou clásticos (klastós = sedimentos), são fragmentos de dimensões variadas, desde partículas muito pequenas até blocos de grandes dimensões, resultantes de rochas que afloram.
– Sedimentos de origem química resultam da precipitação de substâncias que são transportadas dissolvidas na água.
– Sedimentos de origem biogênica compostos geralmente por restos de seres vivos, tais como: conchas e outras partes de esqueleto.
· Classificação das rochas sedimentares quanto a origem
– Mecânica fragmentos de outras rochas.
– Química precipitação química.
– Orgânica sedimentação de material orgânico.
· Rocha sedimentar clástica forma a grande família das rochas sedimentares. O tipo de sedimento originário concede o nome a rocha formada.
	Classe 
	Sedimento 
	Rocha formada
	Bloco, pedra ou seixo
	Cascalho
	Conglomerado ou brecha
	Areia grossa, média ou fina
	Areia
	Arenito
	Silte
	Silte
	Siltito
	Argila
	Argila 
	Argilito 
· Rochas sedimentares não clásticas de origem orgânica são aqueles depósitos sedimentares devidos, direta ou indiretamente, a atividade animal e/ou vegetal. Esses materiais acumulam-se principalmente no fundo dos mares.
	Rochas carbonatadas 
	Calcário, giz
	Rochas fosfatadas
	Fosforito, guano
	Rochas ferríferas
	Limonita
	Rochas silicosas
	Diatomitos
	Rochas carbonosas
	Carvão, antracito
· Fração granulométrica 
– Cascalho
– Areia
– Silte
– Argila
Quartzo fica no tamanho areiae mica fica no tamanho de silte. Argilomineral raramente chega ao tamanho silte, sempre é tamanho de grão de argila.
– Primeiro descreve o processo (gênese) e a mineralogia, depois o tamanho do grão.
· Prosperidades da engenharia e emprego da rocha sedimentares
– Porosidade e permeabilidade → f (compactação e cimentação).
– Resistência mecânica → f (tipo de cimento, grau de cimentação/compactação).
– Friabilidade → cimentação.
– Solubilidade como por exemplo sal gema (água), calcário (ácido).
– Estratificação → planos de fraqueza.
– Lixiviação remoção do cimento e finos por percolação de água.
– Presença de argilominerais expansivos de fácil degradação.
– Fissilidade é a propriedade da rocha se partir naturalmente na direção paralela ao acamamento.
Aplicação industrial 
– Arenitos e rochas argilosas e sílticas usadas como elementos decorativos e lajes.
– Calcário usado na fabricação de cal (construção civil e arquitetura).
– Carvão fonte energética. 
· Certo ou Errado. Justifique. “Não há como observar afloramentos de rochas sedimentares no Rio, já que seus únicos exemplares são subterrâneos e subaquáticos”. A afirmação é certa devido as rochas sedimentares no Rio de Janeiro ocorrem somente de forma subaquática, na Barra da Tijuca. Não tem rocha sedimentar aflorante.
· Erosão e queda de blocos em taludes de corte e aterro
· Problemas da erosão ainda relacionado com a cimentação das rochas clásticas e com a composição das rochas calcárias, há dois grandes problemas, a erosão interna e externa.
– Erosão interna é provocada pela percolação de águas ácidas através das camadas, dissolvendo o carbonato de cálcio e aumentado até atingirem cavernas de grandes dimensões.
– Erosão externa é aquela provocada pelas águas que saem da barragem, via estruturas hidráulicas como vertedouro, a descarga de fundo etc. Essas correntes turbilhonadas, via de regra dotadas de grande velocidade, poderão levar, em pouco tempo um volume enorme de rochas sedimentares ou pouco medianamente cimentadas. 
· A escala 1:5000 é maior que a escala 1:10.000.
· Na escala 1:10.000, 1cm2 no mapa equivale a 10.000m2 no terreno.
· Minerais sublimados são formados diretamente da cristalização de um vapor como também da interação entre vapores e destes com as rochas dos condutos por onde passam, exemplo enxofre.
· Minerais pneumatóliticos são formados pela reação de constituintes voláteis oriundos da cristalização magmática, degaseificação do interior terrestre ou de reações metamórficas subjacentes.
· Minerais metamórficos originam-se principalmente pela ação da temperatura, pressão litostática e pressão das fases voláteis sobre rochas magmáticas, sedimentares e também sobre outras rochas metamórficas. 
· Minerais formados a partir de soluções originam-se pela deposição devido a evaporação, variações de temperatura, pressão, porosidade, pH. 
· Evaporação de solvente neste processos a precipitação ocorre quando a concentração ultrapassar o coeficiente de solubilidade pelo processo de evaporação, fato que ocorre principalmente em regiões quentes e secas, formando sulfatos (anidrita, gipsita etc), halogenetos (halita, silvita etc).
· Fraturas são superfícies de ruptura sem deslocamento perceptível. Sem rejeito. A geometria é definida pelo espaçamento entre as fraturas e pela sua abertura.
– Água percola nas fraturas, favorece o intemperismo e geração de argilominerais.
– No Rio de Janeiro, as fraturas tectônicas são verticais e sub verticais em geral, Nordeste-Sudeste (NE-SE).
Fraturas tectônicas foram impostas nos processos de tectônica de placas ou de movimentos dentro da própria placa/crosta.
– Combinação dos planos de fraqueza das fraturas, individualiza blocos, matacões que podem se deslocar do maciço rochoso, caso tenha algum processo erosivo, entrada da água no sistema. A presença da água, separando as paredes das fraturas causa deslocamento.
– Podem ser confundidas com zonas de cisalhamento, uma vez que estas também acompanham direção de sets. No restante do maciço pode ter fratura, porém num determinado trecho que está submetido a uma outra pressão e temperatura, terá um material se comportando de maneira dúctil e deformável. 
– As fraturas e a zona de cisalhamento não estão restritos a rocha. O material que deriva do processo intempérico ao longo do tempo (solo residual) pode preservar um plano de fraturamento ou uma zona de cisalhamento que represente uma superfície de menor fraqueza, a rocha do local que está sendo intemperizada e alterada.
Fraturas tectônicas microscópicas (fissuras) 
– Quando a rocha é submetida a esforços tectônicos, tanto trechos grandes como pequenos formam trincas, fissuras e microfissuras em feldspato e micas, funcionando para entrada da água, gerando um intemperismo acelerado.
Fraturas de alívio são a descompressão do maciço conforme ele vem sendo trazido a superfície. 
– É uma sequência de fraturas que não são associadas a esforços tectônicos, 
– São formadas por descompressão ou alívio de tensão, recebendo o nome de fratura de alívio.
– É irregular.
– Vegetação cresce ao longo dela, 
– Sem cisalhamento, apenas um afastamento ao longo de um determinado plano. 
– Feições são muito marcantes na cidade do Rio de Janeiro.
– É atectônico.
· Overbreak sobre quebra das fraturas de alívio.
· A trama estrutural permite individualizar partes que podem se deslocar umas em relações as outras. 
· Na abertura do rifte, um basculamento em degraus do sistema de falhas normais do Brasil, com a reativação de falhas que foram impostas nas rochas do Pré Cambriano. Reativada no Meso Cenozóico. 
– Quando os maciços sobem rapidamente (do Rio de Janeiro, 70 M.a e 70 Km de profundidade) a escarpa é um indicativo.
· Parâmetros de fratura espaçamento de descontinuidades e persistência de fratura. 
· Parâmetros que qualificam um maciço rochoso: abertura, espaçamento, persistência, material de preenchimento, atitude e rugosidade.
· Teoria Fractal pressupõe que todas as deformações que são visíveis numa escala planetária, são visíveis também em uma escala de afloramento e em escalas mais detalhadas.
· Descontinuidade qualquer feição geológica que interrompa a continuidade física de um dado meio rochoso e que apresente resistência à tração nula ou muito baixa (foliação, acamamento, fraturas, juntas, falhas, etc). Condicionam o comportamento dos maciços rochosos, em relação à deformabilidade, resistência e permeabilidade. Um conjunto de descontinuidades com mesma orientação e origem caracteriza uma família, um conjunto de famílias define um sistema. Parâmetros: Atitude: é dada por sua direção, sentido do traço (interseção da descontinuidade com um plano horizontal) e mergulho. Persistência: extensão em área.
· Espaçamento de descontinuidades (ABGE, 1983)
– Espaçamento é a distância medida perpendicular de duas fraturas num mesmo set (não precisa ter a mesma atitude).
– Define o tamanho do bloco quando individualizado.
– Quando mais espaçado, melhor a qualidade do maciço.
	Siglas 
	Espaçamento (cm)
	Denominações 
	E1
	> 200 
	Muito afastadas 
	E2
	60 a 200
	Afastadas 
	E3
	20 a 60
	Medianamente afastadas
	E4
	6 a 20
	Próximas 
	E5
	< 6
	Muito próximas 
· Persistência da fratura
– Extensão de uma área da descontinuidade. 
– Resistente ao cisalhamento.
– Delimitada medindo a extensão do traço do plano.
– É mais importante a ser mapeado num projeto de túnel.
	Termo 
	Persistência 
	Persistência muito pequena 
	Menor que 1 m 
	Persistência pequena
	De 1 a 3 m
	Persistência médio 
	De 3 a 10 m
	Persistência grande 
	De 10 a 20 m
	Persistência muito grande
	Maior que 20 m
· Classificação da abertura (espessura) de descontinuidades
– Medida com a régua, corresponde a distância entre as paredes de uma fratura.
– A abertura é um indicativo do volume de água que passa ou pode ser estocado
– Em geral as fraturas do Rio de Janeiro são fechadas.
	Termo 
	Persistência 
	Cerrada 
	Zero 
	Extremamente fechada
	> 0 – 2 mm
	Muito fechada 
	2 – 6 mm
	Fechada 
	6 – 20 mm
	Moderadamente fechada20 – 60 mm
	Moderadamente aberta
	60 – 200 mm
	Aberta 
	> 200 mm
· Tipos de superfície e preenchimento de descontinuidades (IPT)
– Fratura vazia não tem atrito.
– Fratura preenchida com material bom a resistência é grande.
– Material que ocupa espaço entre às paredes da fratura.
	Siglas 
	Espaçamento (cm)
	D1
	Contato rocha-rocha, paredes sãs 
	D2
	Contato rocha-rocha, presença de material pétreo rijo
Ca – calcita Si – sílica 
	D3
	Paredes com alteração incipiente, sinais de percolação de água, preenchimento ausente
	D4
	Paredes alteradas, preenchimento ausente
	D5
	Paredes alteradas, com preenchimento
ag1 – preenchimento argiloso com espessura de 1 mm
gr10 – preenchimento granular com espessura de 10 mm
· Perfil de rugosidade
– Condição de atrito entre as paredes. 
Recortada: I – rugosa, II – lisa, III – polida.
Ondulada: IV – rugosa, V – lisa, VI – polida.
Plana: VII – rugosa, VIII – lisa, IX – polida.
· Grau de fraturamento (IPT, 1984)
	Siglas 
	Espaçamento (cm)
	Denominações 
	F1
	< 1 
	Ocasionalmente fraturado 
	F2
	1 a 5
	Pouco fraturado 
	F3
	6 a 10
	Medianamente fraturado
	F4
	11 a 20
	Muito fraturado 
	F5
	> 20
	Extremamente fraturado 
· Alteração e Alterabilidade
– Alteração de rochas (pp. ao longo das estruturas) ocorre através da entrada da água se dá ao longo de estruturas geológicas (fraturas, fratura tectônica e fratura de alívio). 
– Alteração: modificações físico-químicas a que as rochas se encontram submetidas, conduz à degradação de suas características mecânicas. O comportamento diferenciado das rochas à alteração pode conferir acentuada anisotropia aos maciços, condicionada pela presença de camadas rochosas ou setores do maciço mais suscetíveis a alteração. Obs: em rochas sedimentares, a evolução dos processos de alteração podem não resultar em diminuição de suas características mecânicas, como o arenito limonitizado, por exemplo.
A alteração não ocorre apenas em rochas expostas na superfície do planeta, começam dentro da crosta. Na crosta a alteração é a primária e na superfície é a alteração secundária.
Ampliação dessa alteração:
– Da deformabilidade dos grãos cristalinos, na alteração das rochas ocorre aumento da deformabilidade dos grãos cristalinos, com a pressão diferente das que foram formadas os grãos começam a se deformar sobre novas condições. 
– Da destruição das ligações entre os minerais, a água entra dissolve os íons, com isso ligações químicas são quebradas formando novos minerais.
– Da abertura das fraturas, à medida que se destrói minerais, o material vai sendo removido pelo fluxo de água aumentando as fraturas, quanto mais abertas estão mais fluxo de água tem e mais acesso a novas alterações terá. As fratura são as descontinuidades estruturais onde a água tem condições de percolar. A água percolante entra em contato com os minerais e ao longo do tempo terá o processo de alteração com a formação de novos minerais.
– Da permeabilidade e do regime de fluxo, aumenta o processo de remoção
– Da pressão piezométrica nas fraturas, é a pressão da partícula de água naquele vazio em que ela está presente.
– Consequência da alteração: perda da resistência da rocha (pp. são mais rápida nos planos de fraqueza).
· Porosidade é o vazio que ocorre entre os grãos minerais, geralmente as rochas tem 1% de porosidade ou menos, em rochas sedimentares devido ter uma porosidade mais elevada permite o acesso da água entre os grãos. Porosidade e permeabilidade não andam juntos.
Alterabilidade de rochas está associada a alteração. É a maior ou menor susceptibilidade da rocha à alteração (de se alterar). Tem influência muito grande no comportamento mecânico das escavações subterrâneas, com rápida redução do seu fator de segurança.
Alteração Primária:
1. Retrometamorfismo/Metamorfismo regressivo transformação de uma rocha já metamorfizada para um grau mais baixo, após atingir um ápice, revelada pela convivência de novos minerais (diaftoréticos) com minerais típicos do mais alto grau. Na crosta a alteração é a primária. Quanto mais alterado mais heterogêneo e maior é a facilidade do mineral se alterar posteriormente.
2. Hidrotermalismo transformações químicas, mineralógicas e texturais resultantes da interação de soluções aquosas quentes derivadas dos magmas na sua última fase de consolidação, com temperatura entre 100°C e 500°C, em toda a rocha ou em fissuras, formando novos minerais mais estáveis sob as condições atuais (no momento em que foi formado).
Minerais derivados de alteração hidrotermal
	Minerais primários
	Alteração hidrotermal
	Olivina
	Serpentina + Óxidos de Ferro (magnetita)
	Augita e Diopsídio
	Clorita + Serpentina + Talco + Óxidos de Ferro
	Hornblenda
	Clorita + Carbonato
	K-feldspato
	Sericita + Caulinita + Muscovita
	Plagioclásio
	Epidoto + Calcita + Sericita + Caulinita
	Biotita
	Muscovita + Clorita
Alteração Secundária:
· Intemperismo é o conjunto de modificações de ordem física (desagregação) e química (decomposição) que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra. 
Intemperismo físico muda a forma e o volume do material em função da desagregação. 
– Mudanças volumétricas das rochas: expansão térmica (quando recebe calor expande e quando perde calor retraí criando microfissuras) e alívio de pressão é quando a rocha dentro da crosta é submetida a um campo tridimensional de tensões vertical (à medida que a rocha sobe vai aliviando, o que está em cima da superfície do planeta vai sendo denudado e destruído), horizontal (continua igual) e lateral. Fator fundamental no comportamento dos maciços. São as fraturas de alívio que irão se combinar as fraturas tectônicas para criar blocos, lascas que podem cair dentro de um túnel.
– Mudanças volumétricas nos vazios e fissuras do interior das rochas: congelamento/crioclastia, cristalização de sais e atividade biológica.
Alívio de pressão devido a erosão 
Intemperismo químico
– Causado pela transformação química de água, gases, ácidos e produtos da atividade dos seres vivos.
– Temperatura é importante na alteração química, pois influência na velocidade das reações. É um catalizador.
– Minerais constituintes das rochas são estáveis no ambiente em que se formaram, mas tornam-se instáveis nas novas condições superficiais. Alterabilidade.
– Nessas condições os minerais transformam-se em outros mais estáveis e em outros casos, são dissolvidos completamente deixando de fazer parte da constituição da rocha. 
– O intemperismo químico é muito mais marcante em ambiente tropical devido à presença abundante de água e de altas temperaturas que aceleram as reações químicas. 
– Dividido em hidrólise, oxidação, hidratação, carbonatação e dissolução.
1. Hidrólise 
– Substituição dos cátions da estrutura de um mineral por íons de hidrogênio, com origem na água ou não ácido. Formam-se novos minerais ou desintegram-se os minerais originais.
– A hidrólise varia muito com o pH.
– A liberação do potássio é importante devido ele ser um fertilizante natural. Tornando o solo fértil.
– Há minerais que tem uma estrutura cristalina com íons que se soltam com mais facilidade, como por exemplo a ligação que faz a combinação de silício e oxigênio com os íons metálicos e alcalinos terroso, acontece que devido os íons estarem em uma situação muito estável a água consegue entrar e provocar a quebra da ligação, sendo esse processo chamado de hidrólise.
– É comum em minerais ferro magnesianos, como a mica, piroxênio, anfibólio e feldspato. A liberação de potássio, sódio, cálcio, íons alcalinos e alcalinos terrosos aumenta a fertilidade do solo. 
2. Hidratação 
– Incorporação de moléculas de água diretamente na estrutura cristalina de um novo mineral, como na hidratação de feldspatos para minerais de argila, de granada para clorita ou de cianita para muscovita, ou conversão de um óxido para um duplo hidróxido, como com a hidratação do óxido de cálcio (CaO) para hidróxido de cálcio Ca(OH)2.
– A hidratação provoca uma perturbação grande da estrutura cristalina, pois ela fica maior.Como se a água estivesse agregada na superfície dos íons, dos minerais. Com a incorporação da água, tem uma restruturação cristalina.
3. Carbonatação 
– Águas acidificadas podem reagir por exemplo com minerais formados por carbonato de cálcio (como a calcita) que faz parte dos calcários, formando produtos solúveis. O cálcio e o hidrogeno carbonato. Ficam as impurezas insolúveis.
– Estas reações podem provocar o alargamento de fissuras onde a água se infiltra e circula, originar a rede de galerias e grutas. 
– Reação do mineral com o ácido carbônico (H2CO3).
4. Oxidação 
– O oxigênio é responsável pela meteorização química, provocando oxidações. 
– A hematita é um mineral rico em óxidos de ferro. 
– Atingem particularmente minerais ricos em ferro, como as olivinas e piroxênios. 
5. Dissolução 
– Reação mineral com a água ou com um ácido, a ligação entre os íons do mineral é quebrada e os íons livres ficam dissolvidos numa solução.
Intemperismo biológico
– É produzido pelas bactérias, produzindo a decomposição biótica de materiais orgânicos. 
– Este tipo de intemperismo produz os solos mais férteis do mundo, sendo comum na Rússia.
· Alterabilidade 
Clima local
– Semi árido predominância do intemperismo físico.
– Tropical tem perfis de alteração maior do que no semi árido. Destruição rápida da matéria orgânica, caso tenha fósseis somente em condições especiais como por exemplo no Pantanal.
– Melhor forma de indicar a alterabilidade do material é através da composição mineralógica.
– Gradiente térmico e de pressão: distância entre as condições atuais e aquelas de formação do mineral.
– Os gnaisses, compostos por minerais com maior estabilidade química - quartzo, ortoclásio e biotita, têm menor alterabilidade do que os diabásios, compostos por plagioclásio e piroxênios, sob as mesmas condições físico-químicas do ambiente de alteração e para a mesma condição de alteamento.
– A principal contribuição da rocha matriz é a definição da composição mineralógica do solo resultante, que é determinante para a granulometria, para a plasticidade e para o tipo de argilomineral presente no solo.
– Os argilominerais possuem a menor granulometria, é o mineral com a menor propriedade de estabilidade do material geológico. 
Axiomas
– A avaliação da alterabilidade das rochas não é trivial, pois a alteração que normalmente exige centenas a milhares de anos, pode ocorrer num intervalo muito menor - anos, meses -, principalmente após a exposição de novas superfícies às reações de alteração intempérica.
– Há que se ter cuidado com “o falso aspecto são” da rocha. Muitas vezes a textura fina, sedosa e polida, imposto pela alteração hidrotermal, fica mascarada”, e a definição da rocha sã como um horizonte de minerais com brilho, sem sinais evidentes de alteração ou com alteração incipiente ao longo de fraturas, não se aplica.
– Em locais de rochas metamórficas de alto grau, em zonas de falhas, manchas ocres ou verdes em faces “marteladas” indicam alterações hidrotermais e, logo, a definição da rocha pouco alterada como horizonte de minerais descoloridos indicativos de apenas início do processo de alteração, não é suficiente, pois “a coisa pode se complicar muito rápido”.
– A soma da alteração + intemperismo acelera a velocidade de alteração. Neste caso, a classificação de rocha alterada para um horizonte com 10 a 90% do volume com blocos de rocha em vários estágios de alteração, envoltos em solo, é perigoso.
– A presença de argilominerais expansivos, do grupo da montmorillonita, acelera muito o intemperismo. Logo, muita atenção à classificação da rocha como muito alterada apenas porque mostra minerais em adiantado estágio de alteração (intemperizados), sem brilho e com resistência reduzida. 
– Argilomineral expansivo é unido por elementos químicos, onde a água entra e pode aumentar o volume.
– Minerais ferromagnesianos ou rochas básicas/ultrabásicas, de maior pressão e temperatura, são instáveis, pode alterar por líquidos magmáticos ou intemperismo, gera mineral secundário como óxido, hidróxido e argilominerais expansivos.
– Minerais ferromagnesianos ou rochas básicas/ultrabásicas, de maior pressão e temperatura, são instáveis, pode alterar por líquidos magmáticos ou intemperismo, gera mineral secundário como óxido, hidróxido e argilominerais expansivos. Como a montmorillonita que é derivada da alteração de rocha ígnea (basalto, diabásio e gabro), é problemática para obras de infraestrutura, causa danos socioeconômicos e ambientais. Suscetível a mudança de volume devido a variação sazonal de umidade e temperatura. É 2:1. Cátion preenche o espaço entre a cadeia tetraédrica e octaédrica. Em meio aquoso tem expansão. 
– Rocha ácida é difícil de alterar, mas ocorre.
– Granito, diorito se alteram para caulinita, através da alteração intempérica de feldspato e mica, não é um argilomineral expansivo. 
– Muito quartzo, aumenta a resistência da rocha.
	Processo observado
	Transformação observada
	Grau de intensidade
	
Hidrotermal
	Muscovitização: plagioclásio → muscovita
Biotita → muscovita
Cloritização: biotita → clorita
Hornblenda → clorita
Epidotização: plagioclásio → epidoto
Carbonatização: plagioclásio → carbonato
	Forte
Fraco
Fraco
Médio
Médio
Forte
	Retrometamórfico
	Biotita → clorita
Hornblenda → clorita
Biotita → muscovita
plagioclásio → muscovita
	Fraco
Médio
Fraco
Médio a forte
	Intemperismo
	Muscovitização: plagioclásio → muscovita
Biotita → muscovita
Cloritização: biotita→ clorita
Hornblenda → clorita
Epidotização: plagioclásio → epidoto
Carbonatização: plagioclásio → carbonato
Argilominerais → preenchimento de planos de alívio e de fraturas
	Forte
Médio
Forte
Médio a forte
Forte
Forte
Médio a forte
· Perfil de alteração
– No trabalho da disciplina é importante apesentar o perfil de alteração/intemperismo representativo de área trabalhada.
– Solo residual resíduo da rocha que sofreu alteração. Preserva as fraturas. É o solo que guarda as características da rocha matriz.
– A principal contribuição da rocha matriz é a definição da composição mineralógica do solo resultante, que é determinante para a granulometria, para a plasticidade e para o tipo de argilomineral presente no solo.
– Sequência de camadas com diferentes propriedades físicas, formadas in situ por processos de alteração física e química, cobrem o maciço rochoso. Há sete horizontes para um perfil de alteração completo.
1. Horizonte de solo orgânico 
– Presente em todos os perfis. É o topo.
– Pequena espessura.
– Composto de areia, silte, argila e matéria orgânica.
– Horizonte A.
2. Horizonte laterítico 
– Formado por solo residual ou transportado (alúvio, colúvio e talús).
– Afetado por processos de evolução pedológico, como laterização.
– Granulometria e espessura variável.
– Não tem estrutura da rocha original.
– Horizonte B.
– Contém quartzo, argilas (caulinita), óxidos de ferro e alumínio hidratado.
– Cor vermelho e amarelo.
3. Horizonte de solo saprolítico 
– Composto por solo residual e pouco blocos de rocha.
– Tem estrutura da rocha original, é um solo residual.
– Descontinuidade no maciço (falha, fratura, junta) preservadas.
– Granulometria e espessura variável
– Contém areia, silte, quartzo, caulinita e mica.
– Cor branco, creme, roxo e amarelo.
4. Horizonte saprolítico ou saprólito
– Transição entre o maciço de solo e maciço rochoso.
– Composto por blocos e camadas de rocha em estágios de alteração.
– Dimensão variável.
– Espessura irregular, com ausência de camadas em certos trechos do maciço.
– Difícil de ser identificado.
– Elevada permeabilidade.
5. Horizonte de rocha muito alterada
– Topo do maciço rochoso.
– Rocha com minerais em estado adiantado de alteração, sem brilho. 
– Resistência reduzida.
– Alteração mais frequente nas juntas e fraturas de maciço.
6. Horizonte de rocha alterada
– Alteração maior que a do horizonte de rocha muito alterada.
– Minerais da rocha estão descoloridos devido ter começado a alteração.
– Alteração mais frequente nas juntas e fraturas de maciço.
7. Horizonte de rocha sã
– Rochasã
– Minerais com brilhos, sem sinal de alteração.
– Indícios do início da alteração ao longo de juntas e fraturas.
Perfil de alteração proposto por Deere e Patton (1971).
Perfil de alteração típico de rochas metamórficas e graníticas em regiões de relevo suave (Pastore, 1995)
– Descontinuidades litológicas e mineralógicas na rocha mãe são transferidas para o solo residual durante o processo de intemperismo. Estas descontinuidades irão impor à rocha sã um intemperismo diferencial, com formação de SANDWICH/sanduíche.
– É uma inversão do que tem no perfil de intemperismo, nesse sanduíche, fica a rocha sã, seguida de solo residual e depois rocha alterada. 
Perfil de solo proposto para a região das bordas da bacia de Curitiba em regiões de relevo suave (Pastore, 1995).
– Num mesmo clima úmido e numa mesma topografia, a espessura dos solos que residem sobre a rocha que lhes deu origem por decomposição é variável com o tipo de rocha. A resistência à decomposição dos minerais é um fator determinante da espessura dos solos residuais.
· Perfil de intemperismo 
– O processo de intemperização não implica, necessariamente, que o grau de intemperismo varie somente com a profundidade, mas também será função das fraturas herdadas da rocha matriz, podendo ocorrer lateralmente. Desse modo, espera-se que as propriedades de engenharia de um solo residual jovem estejam fortemente relacionadas ao tipo e grau de intemperismo ao qual foi submetido o perfil de solo.
– Não é “obrigatória” a presença de todos os horizontes de alteração no perfil; descontinuidades e erosão geram “hiatos”.
– O processo e o grau de intemperismo não varia somente com a profundidade, mas também em função das fraturas herdadas da rocha matriz, podendo ocorrer lateralmente.
Duas grandes categorias do substrato pedogenético:
– Solo residual (ou autóctone)/Horizonte de solo residual jovem = solo saprolítico produzidos pela alteração “in situ” da rocha; diretamente da desagregação da rocha subjacente ao perfil do solo. 
– Permanecem no local onde foram formados. 
– Mantos de solos residuais muito espessos podem, por exemplo, impossibilitar a fundação de obras hidráulicas de concreto sobre o maciço de rocha sã, que se encontra a grandes profundidades, obrigando que estas fiquem apoiadas em solos residuais. 
– Preservam as propriedades texturais, estruturais e mineralógicas de sua rocha matriz (no caso do solo residual jovem) e por isso apresentam geralmente melhor comportamento mecânico que o solo transportado.
– Estruturas reliquiares (pode conter 10% de blocos de rocha).
– Composição granulométrica e espessura dependem da rocha de origem e posição no relevo.
– Granulometria mais comum – silte pouco argiloso e silte arenoso pouco argiloso – quarzto, caolinita e micas.
Solo transportado (ou alóctone) 
– Transportado de seu local de origem e, portanto, teve sua estrutura original obliterada. Seu principal atributo é a granulometria, que é controlada pela energia do agente de transporte. 
– Depende do agente geológico responsável pelo transporte dos materiais resultantes do intemperismo.
Horizonte de solo residual jovem x residual maduro
– Presença de zonas mais ricas em minerais – quartzo – de maior tamanho, zonas de contraste de permeabilidade, resistência mecânica e, ainda, resistência à erosão (erodibilidade).
– Solo residual maduro é mais alterado que o solo residual jovem = rocha alterada. 
– Se o intemperismo for muito evoluído ele pode chegar ao solo maduro.
– O horizonte de rocha alterada/jovem é mais resistente.
– Um solo pode ser mapeado principalmente se tiver estruturas. 
– Não pode ocorrer solo residual jovem em cima de um solo transportado. Não pode solo alterado em cima de um solo transportado 
Solo residual maduro
– Solo superficial ou inferior a um horizonte “poroso” ou “húmico”. 
– Solo perdeu toda a estrutura original da rocha-mãe 
– Homogêneo.
Solo residual jovem = rocha alterada ou saprólito 
– O solo residual jovem guarda estruturas reliquiares, neste caso fraturas tectônicas e tem granulometria, mais comum, com silte, pouca argila e pouca areia.
– Feições reliquiares deixam claro que o solo numa área de estudo é de fato residual, cabendo, no entanto, avaliar se as descontinuidades litológicas ou estruturais de fato representam uma descontinuidade mecânica.
– O solo residual jovem guarda, eventualmente, também, uma parcela de blocos de rocha de diferentes tamanhos e resistências ao corte, impondo perfis “testemunho”.
– Tem poucos blocos.
– Solo mantém a estrutura original da rocha-mãe, inclusive veios intrusivos, fissuras, xistosidade e camadas. 
– Perde totalmente sua consistência. 
– Pode confundir com uma rocha alterada, com a pressão dos dedos, se desintegra totalmente.
As diaclases, que separam blocos residuais cúbicos, impostas pelo resfriamento rápido do magma, permitem a formação de argilominerais expansivos, que representam zonas de menor resistência. O tipo de argilomineral presente, a sua granulometria e plasticidade são diretamente influenciados pela composição mineralógica da rocha matriz.
As bandas gnáissicas, separação em bandas claras (com feldspato e quartzo) e escuras (com mica), imposta pelo metamorfismo de alto grau, no emboque do Túnel Rebouças, que rompeu em 2007, pode representar, como foi o caso, zonas de pequena resistência nestes perfis.
Solo residual 
– Heterogêneo
– Guarda característica da rocha
– Mais resistente que o solo que foi transportado ou o solo maduro.
Solo transportado
– Homogêneo.
– Não guarda característica da rocha.
– Pode ter sua estrutura destruída.
– Blocos esféricos estão associados.
– Inclinação mais suave.
– Não pode ter solo transportado abaixo do solo residual.
· Como diferenciar o solo residual do transportado?
R: Rocha fraturada, direções de fraturamento e se os blocos que estão no talude, depois do escorregamento guardam as mesmas direções de fratura, a mesma litologia (se é o mesmo tipo de rocha) e se há a presença da mesma foliação ou xistosidade, se a estrutura não foi destruída. 
Feições geológicas estruturais (deformações nas rochas), preservadas no solo residual, como a presença de diques falhados. de diabásio (que cortam os gnaisses nos taludes marginais do rio Paraíba do Sul, em Itaocara, RJ. Estes diques têm 200 milhões de anos. Isto significa que as falhas são mais recentes (neotectônicas) – e podem ser eventualmente reativadas no caso do enchimento da barragem que se quer construir ali.
· Inversão do perfil de intemperismo ou Sandwich, associado à infiltração de fluidos ricos em sílica ao longo da foliação, formando bancos de gnaisses quartzíticos muito resistentes. A estabilização correta do talude não pode partir de um modelo de um solo transportado.
Rocha pouco alterada
– Tem fraturamento preservado
– Blocos de rocha já individualizados 
– Concentração nas fraturas
– Tem o material do solo alterado
· Função da geóloga/o em obra é definir o topo rochoso da rocha sã, a partir desse ponto é possível decidir se pode apoiar algo. 
· Solo formado por transporte marinho e eólico
– Forma argila mole/orgânica.
– Presente em todo o litoral brasileiro.
· Dique em obras não é uma barragem, é apenas um regularizador de vazão, para diminuir a capacidade erosiva, fazendo com que os taludes laterais fiquem razoavelmente estáveis. 
– Forma um pequeno lago atrás e não barra, porque se barrar a situação dos taludes laterais ficariam pior, pois o nível da água regional subiria e com a elevação da poro pressão poderia ter deslizamento na área do reservatório. 
– Um dique de diabásio ou dique de concreto para funcionar como regularizador é quase a mesma que é interceptar algo.
· Escorregamento do Rebouças
· Gênese dos solos
Origem e evolução dos solos sofrem influência dos seguintes fatores:
– Clima, condicionando principalmente a ação da água da chuva e temperatura.
– Materiais de origem, condicionando a circulação internada água e a composição e conteúdo mineral.
– Organismos, vegetais e animais, interferindo no microclima, formando elementos orgânicos e minerais, e modificando as características físicas e químicas.
– Relevo, interferindo na dinâmica da água, no microclima e nos processos de erosão e sedimentação.
– Tempo, transcorrido sob ação dos demais fatores.
· Depósitos de talús (TT) e solo coluvionar/coluvião (CO)
Talús 
– São depósitos transportados, presente nas encostas, mais ou menos espessos.
– Compostos de fragmentos grandes de rochas ou blocos. Pé de encosta muito poroso. Comportamento extremamente instável. Sujeito a movimentos, caso chova.
– Formados por fragmentos grandes de rochas ou blocos (matacão, bloco e material fino). Blocos grandes e matriz fina.
– Blocos se deslocam. Associado a escorregamento e queda de blocos.
– Material geológico heterogêneo, anisotrópico, mínimo da estabilidade da encosta, fica em rampa (Nem toda rampa do RJ tem talús). Pode se depositar sobre o solo residual jovem, alterado e são. 
– Depósitos tipicamente porosos e heterogêneos, frequentemente saturados, por ocuparem linhas de drenagem ou base de encostas, sendo sua estabilidade bastante sensível a alteamentos do lençol freático (chuva intensa eleva rapidamente o NA, ocasionando num aumento da poro pressão, que reduz a resistência ao cisalhamento). 
– Formados pela ação da água e principalmente, da gravidade, compostos por blocos de rocha de variados tamanhos, em geral, arredondados, envolvidos ou não por matriz areno-silto-argilosa, frequentemente saturada. 
– Pode ter variadas dimensões, ocorrendo, ao contrário dos coluviões, de forma localizada, com morfologia própria, ocupando os sopés das encostas de relevos acidentado. São depósitos quase sempre problemáticos e de difícil contenção quando instáveis. 
Colúvio 
– Predominância da matriz fina com blocos (base do depósito). 
– Material detrítico que se deposita no sopé das encostas dos morros trazido, especialmente pela ação da gravidade, do alto da vertente; coluvião. 
– Tem linha de seixo/pedra e material por cima, mas nem sempre é assim. Na imagem uma linha de seixo. É indicativo de que teve um material transportado e que foi depositado. É um material lançado, tende a guardar muitos vazios entre uma partícula e outra. É considerado como solo coluvionar.
– Rampa de colúvio acumulações detríticas que acompanha a morfologia das encostas. O colúvio vai se espraiando. É um processo contínuo da dinâmica da Terra, Quaternário principalmente.
– Coluviões: depósitos de materiais inconsolidados, normalmente encontrados recobrindo encostas íngremes, formados pela ação da água e principalmente da gravidade. Constituem depósitos pouco espessos (0,5 a 1m), compostos por misturas de solo e blocos de rocha pequenos (15-20cm). Apresentam baixa resistência ao cisalhamento, podendo apresentar movimentos lentos, como o rastejo (creep) e seno, frequentemente, envolvidos pela maioria dos escorregamentos das encostas destas regiões. 
– Solos coluvionares: compostos predominantemente por materiais bastante homogêneos, com granulometria mais fina, tais como areias argilosas e argilas arenosas, que ocorre, em geral, em regiões de relevo plano recobrindo espigões; sua espessura é bastante variável, de apenas 0,5m até 15-20m; apresenta, frequentemente, estrutura porosa, baixos valores de SPT (1 a 6 golpes) e colapso da estrutura, quando submetidos à saturação e ao carregamento.
Terraços fluviais: aluviões antigos, não são saturados, compostos por areia grossa e cascalho. Depositados quando o nível de água tinha uma posição maior que a atual.
Solo maduro perdeu as características da rocha matriz. Não tem linha de seixo e permeabilidade baixa (devido no processo de intemperismo as partículas menores ocupam todos os espaços). O colúvio como solo transportado perde também as características da rocha matriz. Se não tiver uma linha de seixo para pelo menos indicar que é a base do material transportado, a distinção entre solo maduro e colúvio será difícil. Caso não tenha linha de seixo e sem área fonte a classificação deve ser solo maduro.
· Na imagem o anel de proteção, serve para aguentar a deformação do talús e não atingir a estrutura do viaduto.
 
· Elúvio e colúvio 
· Blocos in Situ ocorrem principalmente em encostas de declividade suave, mais especificamente em zonas, diferenciando-se dos talús pela presença de blocos de rocha que não se deslocaram. 
– Processo de intemperismo avançou nas fraturas, deixando o material isolado.
– A capacidade de destruição é a mesma do talús, mas a resistência é maior. 
– Blocos tem tamanhos mais homogêneos entre si.
– Deve observar foliação e fratura e ver se os blocos guardam as mesmas características. 
– São campo de blocos.
– São residuais, sempre tiveram na posição estratigráfica, o que garante uma certa coerência de um em relação ao outro e sua ligação com o afloramento. 
– O mineral do bloco transportado é mais arredondado, devido na hora do transporte vai batendo em outros materiais ao longo do tempo, adquirindo esse formado, porém nem sempre. 
– Blocos permanecem no local.
· Depósitos de corridas de massa de detritos
– É episódico e está associado a grandes volumes de chuva.
– Ocorrem ao longo das linhas de drenagem, caracterizando pela grande variação granulométrica, grandes extensões e, remobilizações em diversas fases do tempo, sendo mais frequentes do que se supunha antes do Megadesastre´11 da Serra Fluminense.
– Perda de atrito interno das partículas do solo. Extenso raio de ação e alto poder destrutivo. São rápidas, com intenso fluxo de detritos na superfície (causa: chuvas fortes). Ocorrem principalmente no sul, sudeste e nordeste do Brasil. Deve ter granulometria diferenciada, com (ou sem) vegetação.
– Condicionantes: predisponentes (relevo, chuva, gravidade, espessura e composição dos solos, vegetação, circulação d'água subterrânea (lençol freático), geologia local), preparatórios (pluviosidade constante, remoção da cobertura vegetal, erosão, lançamento de lixo/entulhos nas encostas/taludes, alteração do nível do lençol freático, ocupação humana) e deflagradores (abalos sísmicos, pluviosidade concentrada em pouco tempo).
– Exemplos: Morro do Bumba (2010) (corrida de lixo), Corrida do Capivari (Xerém – 2013), Mega desastre da Região Serrana (2011), Morro do Baú (Ilhota - Santa Catarina – 2008, vales profundos com altas encostas, controlados por falhas e zonas de cisalhamento – corrida principalmente de solos)
· Formações Terciárias (T) de origem continental, geralmente areno-argilosos e argilo-arenosos, mal selecionados, com abundância de grãos de quartzo angulosos e níveis ou bolsões de argila branca e roxa, ou, localmente, níveis de bolas de argila com carapaças limonitizadas/ferruginosa. Pode também exibir texturas diferenciadas, arenosa na base e argilosa no topo.
– Recuo do mar e sedimentos aluvionares que se depositaram no ambiente de águas rasas, houve o recuo do mar que começa a formar esses costões, barreiras (origem do nome).
· Formação rudácea solos transportados muito heterogêneos, típico de um clima de período geológico anterior, geralmente árido, o que explica a presença de seixos facetados, transportados por chuvas episódicas e muito fortes.
· Solos aluvionares (aluviões) de ambientes fluviais, constituídos por material transportado pelos rios e depositados na borda do rio ou em seus leitos e margens, ou ainda em fundos e margens de lagoas e lagos. 
– Heterogêneo, apesar de camadas isoladas poderem apresentar-se muito homogêneas.
– Textura dependente da energia de transporte de água. Presença de seixos e camadas distintas, que tanto podem representar descontinuidades tanto de resistência mecânica como permeabilidade.
– Materiais erodidos. Sempre associados a ambiente fluvial. 
· Solos “glaciais”, calcários e “eólicos” constituídos por material transportado por agentes diversos, cujas características, em especial a granulometria, e o comportamento,são extremamente dependentes da energia do agente de transporte. Glacial: ação das geleiras.
– Solos eólicos transportados e depositados pela ação do vento, junto da costa. Regiões do Nordeste, Sudeste e Sul. Areia quartzosa, fina e arredondada.
· Areias marinhas ou sedimentos marinhos constituídos por material transportado pelo mar, com erodibilidade extremamente dependente da granulometria da areia e função também da presença eventual de beach rocks entre as suas camadas. Ambiente de praia e manguezal. Areia fina a média, quartzosa. No manguezal a maré transporta sedimento muito fino e argiloso, que se deposita formando matéria orgânica, gerando assim às argilas orgânicas marinhas.
· Argila orgânica composta por argilominerais e matéria orgânica (eventualmente com intercalações de grãos de silte e areia) – mole a muito mole, de cor cinza a preta, com nível d´água à superfície, possui permeabilidade baixa, compressibilidade extrema e baixíssima resistência ao cisalhamento. As estruturas apoiadas sobre estes solos, estão sujeitas a recalques e a rupturas em função do esforço compressivo gerado pelo seu próprio peso.
· O uso do termo “argila mole”, típico de solos de origem flúvio-marinha, em depressões costeiras sob influência de pulsações transgressivas e retrogressivas ocorridas no Quaternário, pode ser estendido aos solos de origem fluvial. A questão é a espessura, pois esta vai influenciar o adensamento e a extensão dos recalques.
– O silício e o alumínio constituem elementos indispensáveis para a formação dos argilominerais. O ferro e o manganês têm parte ativa no processo de oxi-redução e são os elementos fundamentais na coloração do solo. O potássio e o sódio causam a dispersão do colóide argiloso, enquanto o cálcio e o magnésio têm alto poder floculante, assegurando a estabilidade do solo.
– Conteúdo em elementos alcalinos e alcalinos-terrosos, como Ca, Na, K e Mg: rochas com carência ou ausência destes elementos reproduzem, com mais facilidade, solos com pH ácido como, por exemplo, os solos lateríticos, que apresentam pequena proporção de bases (elementos alcalinos e alcalinos-terrosos) em relação ao conteúdo em óxidos de ferro e de alumínio.
· Resistencia mecânica e permeabilidade
– Mecânica = submete o material a muito esforço.
– Permeabilidade = quando passa muita água no material.
– Horizonte da rocha sã onde a residência mecânica do material é muito elevado. Resistência alta e permeabilidade baixa.
· Hidrogeologia
· Elementos da bacia hidrográfica (toda água que chega está confinada a essa bacia)
– Afluente são águas que vem de diversas fontes, geralmente das chuvas, pequenos rios e despejam suas águas em um rio maior.
– Nascente local onde a água subterrânea brota para a superfície, iniciando a formação de um curso d’água. Ponto em que o nível de água subterrânea intercepta a bacia. 
– Lençol freático conjunto de águas que se depositam naturalmente no subsolo. Linha que une todos os pontos que tem na água. O ponto é o poro.
– Divisor de águas são linhas divisórias localizadas nas áreas mais elevadas do relevo, no encontro de planos que marcam a mudança no sentido no escoamento das águas de rede hidrográfica.
– Foz saída do rio ou no oceano. 
· Na rocha sã não tem água.
· Padrão de drenagem pode dizer qual a morfologia de um local. 
· Coco no depósito de talús com água da chuva, que fica contaminada. Para que isso não ocorra deve tirar a água das fraturas.
· Inclinação da água é de 8º para sair.
· Usa uma máquina rotativa para entrar em uma fratura. 
· Rios efluentes e influentes 
– Efluentes rios que recebem água do subsolo. Zona de saturação. 
– Influentes rio abastece lençol freático. Perde água para o subsolo. Leva ao saturamento.
· Tipos de nascente
· Ciclo hidrológico
· Tempo de percolação
– Aquífero material geológico que armazena água em seus poros ou fraturas, e permeável, transmite da água armazenada.
– Aquiclude impermeável, contém água, mas não transmite;
– Aquitardo semipermeável, e com camadas muito permeáveis no topo e na base;
– Aquífugo armazena, mas pouco permeável, não transmite água.
· Tipos de aquíferos
– Confinado pressão d’água no topo da camada > atmosférica. Na acima da base da camada confinante superior se escavado um poço. Água desse aquífero não consegue subir devido a camada ser impermeável. 
– Jorrante “aflorando” à superfície do solo. Como não tem encosta a água jorra para a superfície. Esse tipo de poço deve ser tampado para a pressão não sair ou se perder, se não fizer isso a água acaba.
– Não jorrante dentro de uma encosta.
– Artesiano confinado e não drenantes, mas não “aflorando” à superfície. É um poço. É um nível de água que sobe acima do nível regional. A água não sobe até a superfície. Esse tipo de poço é perigoso devido entrar água na fratura.
· Poço jorrante e não jorrante são ambos artesianos.
– Livre não confinado e limitado pela superfície freática. Pode ser drenante ou não. Eventual área de recarga de aquíferos confinados ou próprio, em altos topográficos. Áreas de descarga na baixada.
– Aquífero Suspenso livre formado sobre uma camada impermeável ou semipermeável entre a superfície freática e o nível d’água regional – temporários. Nível de água temporária, camada que permite que a água infiltre. Caso entre areia na bomba, estraga a bomba de forma que deve comprar outra. 
· Variações de porosidades representativas para materiais sedimentares 
· Piezômetro colocado em diferentes pontos para identificar a pressão da água. Funciona como poço.
· Areia tem água de forma rápida devido a sua porosidade e drena a água de forma rápida também.
· Argila/material argiloso a água demora a entrar e quase não sai. Não tem erosão. 
· Face cavernosa maior permeabilidade e maior erosão. 
· Processo geodinâmico externo modela a superfície terrestre. 
· Terra árida onde o Rio Negro, o solo satura o terreno de argila expansiva, o rio baixa muito rápido e a água de encosta não terá desnível. O Rio Negro tem matéria orgânica e o Rio Solimões trás sedimento do Peru.
· Processos geodinâmicos externos
Fatores condicionantes dos escorregamentos
– Geologia e solo (são parâmetros ambientais e indica a probabilidade inicial de um deslizamento)
– Uso do solo
– Inclinação e altura
– Geologia interna do maciço
– Hidrologia
Parâmetros deflagradores
– Frequência e duração 
Ocorrência da passado
– Tipo
– Magnitude 
– Atividade
· Material que deslizou, se não contido pode fazer o material que não desliza, deslizar. 
· Mapa fator de segurança/safety factor map
– Hidrologia
– Topografia
– Uso do solo/land use
– Tipo de solo/soil type
Fator de segurança (método analítico que expressa a estabilidade de um talude ou encosta)
– Menor que 1, desliza. Talude instável, sofre ruptura.
– Maior que 1, não desliza. Talude estável.
– 1,5 a resistência supera as forças contrárias em 50%.
· Todo mapa geológico mostra duas coisas
1. Sismicidade de uma região
2. Cavidades/espeleologia naturais 
· Instrumentos do terreno para destacar algum fenômeno
– Piezômetro indica a pressão da água.
– Inclinômetro indica a profundidade da ruptura.
· Classificação 
Tipo de material 
– Rocha: de rocha ou blocos rochosos
– Solo: de detritos, de bloco de detritos, da Terra e blocos da Terra
Tipo de movimento
– Queda, tombamentos, escorregamentos (rotacional ou translacional), corridas, complexos.
· Característica dos diferentes processos 
– Movimentos de massa: Escorregamento/deslizamento e rastejo.
– Movimento de bloco rochoso: queda de blocos, tombamento de blocos, rolamento de blocos e desplacamento.
– Corridas
Escorregamento 
– Movimento de massa na encosta. 
– Natureza do material mobilizado, sua estrutura e conteúdo de água.
– Velocidade, direção e recorrência dos deslocamentos.
– Geometria de massa deslizada
– Modalidade da deformação do movimento 
Deslizamentos ou escorregamento* (slide): 
Afeta encosta (superfície inclinada natural, pode ser côncava ou convexa).
– Pouco plano de deslocamento (externo)– Velocidades médias a altas
– Geometria e material variável
– Pequeno a grande volume de material
– Pode ser planar, circular e em cunha. Os três tem a superfície de ruptura bem definida.
1. Planar/translacionais
– Solos pouco espessos
– Solos e rochas com um plano de fraqueza (plano bem definido).
– Solo superficial 
– Ocorre em talude
– Superfície de ruptura bem definida, solo sobre rocha, escarpas serranas (água acumulando no horizonte solo-rocha). 
– Parte alta
– Combina fratura tectônica com fratura de alívio 
– Blocos cúbicos 
– Deslizamento curto.
– Exemplos: Angra (2009/2010) e Quitandinha (2016).
2. Circular/rotacional 
– Solo espesso homogêneo
– Rocha muito fraturada.
– Raro. 
– Superfície de deslizamento/escorregamento curva ou curvada.
– Ocorre em material homogêneos e em taludes (até 40º). 
– Exemplo: Califórnia (1995).
3. Em cunha
– Solos e rochas com dois planos de fraqueza.
– Duas estruturas planares condicionam o deslizamento, condicionando o deslizamento de um prisma ao longo de um eixo.
– Comum em talude de corte.
– Associado a saprólito e maciço rochoso.
– Comum no Rio de Janeiro (orientação NE-SW e NW-SE das fraturas 
– Corte Cantagalo, Morro da Grota Funda. 
– Para prevenir, deve-se estabilizar as paredes, e não a cunha (eixo), evitando o deslizamento planar.
– Plunge menor que a encosta.
*Amaral não usa escorregamento e sim deslizamento.
Quedas (fall):
– Sem planos de deslocamento
– Movimento em queda livre ou plano inclinado
– Material rochoso: lasca, placa, blocos etc.
– Velocidade alta
– Pequeno a médio volume
– Geometria variável de lascas, placas, blocos etc.
– Rolamento de matacão, tombamento.
– Comum em talude e encosta, rocha fraturada.
Corridas (flow): 
– Movimento gravitacional de massa de grande dimensão e extensão. 
– Perda de atrito interno das partículas do solo. 
– Alto poder destrutivo. 
– São rápidas, com intenso fluxo de detritos na superfície
– Causa: chuvas fortes
– Granulometria diferenciada, com (ou sem) vegetação.
– Deslocamento na forma de escoamento rápida.
– Com muita superfície de deslocamento (interna e externa a massa da movimentação)
– Movimento semelhante a um fluído viscoso coma ação da água.
– Desenvolvido ao longo de drenagens.
– Velocidades médias a altas.
– Grandes volumes de material: solo, rocha, detritos e água. 
– Extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas.
– Encosta. 
Rastejo (creep): *Amaral não considera rastejo como um tipo de deslizamento.
– Afeta solos, depósitos, rocha alterada/fraturada
– Vários planos de deslocamento (interno)
– Velocidades baixas (cm/ano) e decrescentes com a profundidade
– Movimentos lentos e constantes, sazonais e intermitentes da massa de solo de um talude.
– Geometria indefinida
– Sem superfície de ruptura definida.
– Pode evoluir para escorregamento.
– Talude 
Sulcos, Ravinas e Voçorocas
– Desagregação e remoção de partículas do solo ou fragmentos e partículas de rocha.
– Ação combinada da gravidade com a água, ventos, gelo e organismos.
– Erodibilidade, depende da natureza do solo (textura, estrutura e permeabilidade).
– Sulco: saliência gerada pela marca de água ou chuva. 
– Ravina: é um evolução doo sulco, quando aumenta muito o solo jovem maduro.
– Voçoroca: grande capacidade de transportar material.
· Bambu sua raiz fortalece o terreno. Gera flambagem, blocos no processo de queda.
· Eucalipto pode funcionar como barreira temporária, devido ter raiz muito profunda.
· Samambaia indica deslizamento recente.
· Agente e causas
– Agentes são dois, o predisponente (conjunto de características naturais nos terrenos, no qual o movimento irá ocorrer) e efetivo (responsável pelo desencadeamento de instabilização do talude ou encosta, incluindo a ação antrópica, considera a forma de atuação no período antes da ruptura).
Predisponentes: complexo geológico, morfológico, climático-hidrológico, gravidade, calor solar, tipo de vegetação original.
Efetivo dividido em preparatório e imediato: 
1. Preparatório: chuvas, erosão, variação de temperatura, dissolução química, oscilação do NA, ação humana.
2. Imediato: chuvas intensas, fusão de neve/gelo, erosão, terremotos, ondas, vento, ação humana.
– Causas são três, a interna, externa e intermediária (em reação ao talude).
Interna: efeito de oscilação térmica.
Redução de parâmetros de residência por intemperismo.
Externa: mudança na geometria e efeito de vibrações.
Mudança naturais na inclinação das camadas.
Intermediária: elevação do nível piezométrico nos maciços naturais.
Rebaixamento rápido do lençol freático. 
Erosão subterrânea retrogressiva (piping).
Diminuição do efeito de coesão aparente. 
· Fatores deflagradores
	Ação 
	Fatores
	Fenômenos geológicos 
	
Aumento da solicitação 
	Remoção de massa lateral
	Erosão, escorregamento, corte
	
	Sobrecarga
	Peso de água da chuva, vegetação
Acúmulo de material (depósitos)
Peso das estruturas, aterros, etc
	
	Solicitações dinâmicas 
	Terremotos, ondas, vulcões, etc
Explosões, trafego, sismos induzidos
	
	Pressões laterais 
	Água em trincas, material expansivo
	Redução da resistência 
	Geometria, estruturas
	Geomecânica do material, tensões
	
	Fatores variáveis 
	Intemperismo – redução na coesão, ângulo de atrito – elevação do N.A.
· Fatores condicionantes dos escorregamentos
Naturais
– Características dos solos e das rochas
– Relevo (declividade, amplitude, perfil)
– Regime das águas de superfície e de subsuperfície
– Clima e cobertura vegetal.
Antrópicos
– Cortes e aterros inadequados, desmatamento
– Lançamento e concentração de águas pluviais e/ou servidas
– Presença de fossas sépticas
– Lixo e entulho: vibrações por explosões, tráfego pesado etc.
· Fatores condicionantes “geológicos” anisotrópicos
· Escorregamento em corte/aterro
Solução: implantação de sistemas adequados de coleta e condução das águas pluviais, juntamente com o tamponamento das trincas com solo argiloso compactado e execução de proteção superficial. 
· Aterro mal executado 
Solução: execução de reaterro, associada a drenagem de proteção vegetal.
· Escorregamento de lixo
Solução: remoção do lixo e definição de locais adequados para sua deposição. 
Implantação ou melhor do serviço público de coleta.
· Altura e inclinação excessivas
Solução: retaludamento.
Execução de obras de contenção. 
· Infiltração da água 
Solução: implantação de rede de coleta e condução das águas servidas, de preferência separada do sistema de drenagem das águas pluviais.
· Vazamento e infiltração de água 
Solução: serviços de manutenção na rede já implantada.
Implantação adequada de rede de abastecimento de água.
· Deslizamento na parroca (DRM-RJ, 2011)
– Planar.
– Do topo da cabeça da encosta para a lateral.
– Deslizamento seguido de corrida e erosão.
· Curvatura para encostas e taludes naturais
· Solo residual jovem
Vista frontal de um talude escavado em solo residual de gnaisse, Em Santa Catarina. Observar: A variação de coloração, com manchas claras indicando a presença de quartzo e principalmente feldspato (este já alterado para caulim), e manchas vermelhas indicando a presença de argilominerais ricos em Fe, que são resultado da alteração intempérica da biotita. A orientação preferencial destas manchas, acompanhando a foliação preservada do gnaisse. A presença de alguns blocos residuais em zonas isoladas, representando feições reliquiares mais resistentes ao intemperismo e permanecem no solo residual jovem.
· Solo residual maduro
Vista de um deslizamento de solo residual maduro que afetou um talude em Teresópolis, em 2012. Observar que: O solo maduro se posiciona diretamente sobre a rocha; não há nem rocha alterada nem solo residual jovem. O que leva à ocorrência de deslizamentos nestas situações é que a rocha é praticamente impermeável, logo, a água que infiltra na chuva só percola até a interface solo – rocha. Como o solo é bem menos resistente que a rocha, principalmente quando a poro-pressão (“pressão d´água”)aumenta, a ruptura ocorre justamente no contato (interface). A linha tracejada em vermelho indica a área de remoção das moradias e o impedimento à circulação dos moradores que eventualmente queiram ainda retirar seus pertences. 
· Solo residual maduro
Vista de um pequeno corte numa estrada de terra em Teresópolis, onde está presente o solo residual maduro. Observar: O caráter homogêneo do solo, sem variação de cor. A textura argilosa do solo, de cor vermelha.
· Detalhe de um corte em solo residual atrás de uma casa em Teresópolis. Observar a presença de zonas de rocha sã a pouco alterada ainda preservadas no solo residual, justificando a sua classificação como um solo residual jovem.
· Foto e esquema de poços rasos, escavados em solos, que exploram a água subterrânea de um aquífero livre, no qual o nível do lençol freático reflete o controle da pressão atmosférica. Eles são comuns em áreas rurais ou em áreas de acesso restrito. São também popularmente chamados de “amazonas”, “caipira”, “cacimba e até cisterna”. 
· Heterogeneidade anisotrópica de maciços de rocha metamórfica (Mestre Franklin Antunes)
– Em um ambiente metamorfismo principalmente em um caraterizado por estruturas gnáissicas, é necessário um reconhecimento da extrema variedade das caraterísticas e propriedades dos maciços metamórficos, cuja causa está relacionada a mineralogia e as estruturas geológicas. 
– As características mineralógicas, as mais importantes estão associadas a concentrações de biotita o biotita e feldspato, nos diferentes planos de foliação da rocha, estas concentrações impõem a anisotropia mecânica ao maciço rochoso (diferença de resistência mecânica ao longo de diferentes planos), facilitando também, de acordo com a sua atitude (direção e mergulho, medidos com bússola), a alteração diferencial pelo intemperismo. As camadas mais ricas em biotita são intemperizadas primeiro (a biotita é menos resistente em relação ao feldspato), razão pela qual no campo chamam a atenção o bom “estado de preservação” nas partes ricas em quartzo-feldspato em contraste com o aspecto “deteriorado” das regiões ricas em biotita, que além da cor dourada (e não preta), se apresentam friáveis, sendo facilmente removidas com o martelo geológico. 
Em campo é possível observar que nas bandas escuras dos gnaisses, devido a alteração da biotita rica em manganês (Mn), o óxido de manganês dá uma coloração mais escura ao solo residual. 
– Em relação as características estruturais as mais importantes estão associadas a diferentes planos de foliação (e fraturas de rocha), a presença de milonitos e cataclasitos e principalmente por serem de difícil detecção, de feições hidrotermais.
Milonitos e cataclasitos são típicos de zonas de cisalhamento (faixas tectonizadas relativamente estreitas e extensas), apresentam graus extremos de deformação
Os milonitos e os filonitos são polidos, correspondendo a deformações dúcteis impostas em níveis mais profundos e aquecidos da crosta. 
Os cataclasitos e as brechas possuem aspecto mais quebradiço e fissurado, correspondendo a deformações rúpteis impostas em níveis mais rasos e menos aquecidos na crosta. 
As feições hidrotermais são problemáticas porque além de alterar o feldspato para caulim, geram argilominerais expansíveis do grupo da esmectita, podem impor tensões pontuais de cisalhamento a rocha.
· Conglomerados Vale do Cuiabá
– Detalhe de um perfil do estágio final de um depósito de uma das corridas de massa de detritos (semelhante a uma avalanche) que ocorreram no que se convencionou chamar de Mega desastre 2011 da Serra Fluminense. Observar que estão presentes, na base, blocos rochosos que exigiram muita energia para serem transportados das partes altas das encostas, e na parte superior, uma camada arenosa, que demanda uma energia menor. Caso compactado ao longo do tempo geológico, este sedimento extremamente heterogêneo daria origem à rocha sedimentar denominada conglomerado.
· Dedo de Deus
– Relação de falhas tectônicas e processos destrutivos. Deslizamento no Dedo de Deus no Carnaval de 2020. a) Modelo de Compartimentação Estrutural da Serra do Mar, com sistemas de falhas na direção NE/SW; b) sistema de fraturas na capa (da falha) concordantes com a direção da falha; c) vista geral do deslizamento; d) detalhe dos deslizamentos rasos de solo e rocha alterada, muito fraturada; e) mobilização de blocos e lascas rochosos individualizados a partir dos planos de quebra (fraqueza) justamente definidos pelas descontinuidades estruturais; f) distância relativa da língua do deslizamento em relação à estrada que cruza toda a serra.
· Dique de diabásio cruzando rochas metamórficas num talude escavado
– Dique de diabásio cruzando rochas metamórficas num talude escavado na costa sul fluminense. No mesmo estágio de alteração, os problemas de instabilidade (quedas de blocos) são controlados pelo padrão de diaclasamento do dique, cuja rocha se resfria rapidamente e forma planos de faturamento ortogonais entre si. A questão fica mais complexa quando uma das duas rochas está mais alterada (normalmente é o diabásio do dique) ou mesmo quando ambas se apresentam alteradas. Neste caso, o dique pode ser muito mais instável, dada a presença de argilominerais expansivos.
· Granulitos em Salvador
– Mosaico de fotos ilustrativas de um famoso deslizamento que afetou um talude da Estrada Luiz Eduardo Magalhães, em Salvador, no ano de 2005. A principal causa do processo que fechou a pista é a presença de um material de alteração de um granulito, uma rocha metamórfica formada em condições de altíssimas temperaturas e pressões, típicas das zonas mais profundas da crosta, cuja composição mineralógica mais comum tem o piroxênio (ferromagnesiano) como o mineral predominante, além do plagioclásio (um tipo de feldspato), a granada e óxidos de ferro (magnetita) e titânio (ilmenita). Observar o caráter polido das amostras nos afloramentos e de mão, que acaba conferindo uma baixa resistência ao cisalhamento à rocha e ao material dela derivado (solo).
· Milonito no Túnel do Joá
– Trinta anos após a sua finalização, em 2001, o Túnel do Joá, na saída da Barra da Tijuca, começou a registrar quedas de blocos rochosos de até 5kg, com vítimas e interrupção do tráfego (a: jornal do dia 24.06.2001). No apoio à execução das obras de estabilização (b), os estudos detalhados dos trechos críticos da abóboda do túnel (c), da qual se removia lascas com simples golpes do martelo (d), indicaram a existência de zonas do gnaisse ricas em biotita, com xistosidade marcante, e, mais importante ainda, de extensas zonas de rochas cisalhadas (“atritadas”) – milonitos, com faixas de minerais, como o feldspato e a biotita, muito alteradas e sedosas, compostas por clorita e argilominerais (e), que aumentam a polidez das interfaces (reduzindo a rugosidade) e facilitaram a queda de fragmentos de gnaisse, compostos por quartzo e feldspato inalterados.
· O Túnel Noel Rosa
– O Túnel Noel Rosa (a), construído na década de 70, liga o bairro de Vila Isabel ao bairro do Sampaio; com extensão de 714m, o túnel atravessa a borda oeste da Serra de Engenho Novo, composta por migmatitos (rochas metamórficas de mais alto grau do que o gnaisse) intrudidos por granitos. O túnel foi escavado exatamente na zona de charneira (zona de maior curvatura) de uma dobra tectônica quase deitada e muito apertada (b1), que é uma das razões pelas quais - junto com o posterior falhamento -, o maciço rochoso escavado apresenta trechos muito fraturados (b2), nos quais o gotejamento d´água, em períodos de chuvas fortes, é muito intenso, o que justifica a corrosão intensa nas juntas de concreto das paredes (c), que sempre exige manutenção. A charneira da dobra, por ser “mais dobrada”, exibe mais fraturas do que os flancos da dobra, principalmente neste caso no qual o migmatito “resistiu” muito à deformação imposta pelo dobramento.
· Veiosricos em mica
– Veios ricos em mica (como tentáculos em várias direções, associados aos últimos estágios de consolidação do magma no processo intrusivo) cruzando a foliação das rochas metamórficas, num dos taludes escavados da Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara. Todo o perfil está alterado, mas é nítido que pelas suas dimensões reduzidas, os veios não representam descontinuidades mecânicas decisivas para um comportamento heterogêneo. O mesmo aconteceria se ambas as rochas estivessem sãs (não alteradas).
· Recôncavo, 2007
Avaliação da qualidade dos materiais geológicos disponíveis na região de Esplanada e São Sebastião do Passé, para uso, a partir da sua mistura com o rejeito da exploração, como material de pavimentação das vias de acesso aos campos de produção de óleo da Bahia.
1. Introdução 
Desenvolveram-se em 2007 estudos geológicos para a apresentação de uma proposta de utilização de materiais granulares, em mistura com o cascalho da exploração dos poços da Petrobras (resíduos com cloreto e hidrocarboneto), para aproveitamento como parte dos pavimentos em via de acesso próximas ou cruzando duas bases de exploração no Recôncavo Baiano. No escritório foi pesquisada a qualidade e o custo dos materiais naturais disponíveis em jazidas de materiais naturais de construção do Recôncavo Baiano, próximas aos campos de exploração nos municípios de Esplanada e São Sebastião do Passe. No campo foram visitados dois campos de produção e realizada a amostragem do cascalho que saía do próprio poço explorado. 
2. Geologia de Esplanada e de São Sebastião do Passe. 
A unidade geológica que predomina nas duas áreas de interesse é a Fm Barreiras. Ela é composta por uma sequência de sedimentos terciários terrígenos, pouco consolidados, de cores variadas, compostos por argilas e areias, com estratificação irregular, normalmente indistinta e, em geral, sem fósseis. Apesar da variabilidade textural, o Grupo Barreiras que aparece nas duas regiões é predominantemente argiloso. A fração argila é quase que exclusivamente constituída por caulinita, e as frações silte e areia exclusivamente por quartzo. A Formação Barreiras, por ocorrer extensamente em algumas áreas de grande desenvolvimento industrial do Recôncavo Baiano (Centro de Aratu, Polo de Camaçari), constitui uma fonte importante de material de construção (saibro) e de cerâmica, e também importante aquífero. Naturalmente, o estabelecimento de políticas de gerenciamento ambiental, com destaque para o controle da poluição e a eliminação de rejeitos industriais, passa pelo seu estudo. 
2.1. Materiais Naturais de Aterro em Esplanada 
O sedimento Barreiras está presente nos tabuleiros, com altitude média de 100m, que dominam a paisagem de Esplanada. Ele exibe textura predominantemente argilosa a argilo-arenosa, e mesmo ao longo das rodovias da região, poucos são os taludes escavados (cortes) que alcançam um material de textura mais arenosa. A despeito de sua baixa qualificação como material de aterro, devido à textura argilosa, é por conta desta larga exposição (e disponibilidade para a exploração) que a Formação Barreiras é usada largamente como material de sub-base em toda região. Isto foi confirmado junto aos fornecedores de materiais de construção da região. Já nas partes baixas, nas planícies aluviais, que são as zonas baixas que serpenteiam entre os tabuleiros, e acumularam os sedimentos erodidos e transportados a partir deles, ocorrem sedimentos quaternários, de textura arenosa e com teores de argila variáveis, pouco profundos e com nível d´água próximo à superfície. 
2.2. Geologia de São Sebastião do Passe e Materiais Naturais de Construção para Aterro 
A geologia da região de São Sebastião do Passe não é tão simples como a de Esplanada. Numa paisagem com relevo mais ondulado, com altitude média de 37m, a região está mais próxima dos limites da Bacia do Recôncavo Baiano, razão pela qual a ocorrência do Sedimento Barreira decresce e passa a predominar a Formação São Sebastião, caracterizada por uma sucessão de espessos arenitos intercalados com camadas de folhelhos, ambos formados em ambiente fluvial. 
A ausência de fontes de material natural para aterro, por conta desta mudança, é significativa. Há dificuldade de obtenção não apenas na área do campo de exploração, onde foi feita a amostragem do cascalho de perfuração, como também em todo o município. As lojas de materiais de construção contatadas também foram unânimes em afirmar que todo o material de brita e areia precisa ser trazido de jazidas do município de Pojuca, a quase 100k de distância. 
VILAS BOAS, G. S.; BITTENCOURT, A.C.S.; FARIAS, F.F. (1992) Estratigrafia e sedimentologia da Formação Barreiras na região do Recôncavo Baiano. In: 37º CBG, São Paulo, SBG, 1992. p. 427-428. 
Questões de provas
– Na astenosfera as ondas sísmicas perdem velocidade, indicando que esta camada é mais plástica que a litosfera, o que permite o “deslizamento” das placas litosférica rígidas.
– Indique a combinação inadequada entre mineral e propriedade física: quartzo – densidade 7,0.
– Preencha as lacunas: 
As rochas formadas no interior da Terra, quando expostas ao intemperismo, desagrega, ou tem suas partículas alteradas, estas são mobilizadas pela erosão e depois transportadas a novos lugares onde se depositam ou precipitam, construindo os solos transportados. Devido ao aumento de pressão e calor ocorre a solidificação formando as rochas sedimentares.
As rochas sedimentares são divididas em 3 grupos. Das 1as, classificadas de acordo com o tamanho de suas partículas, a mais comum é o arenito. Das 2as, classificadas de acordo com a composição química, a mais abundante é o calcário. 
Em temperaturas muito elevadas, o metamorfismo se desenvolve até o campo da geração de rochas magmáticas, quando então ocorre o processo de fusão que origina rochas mistas denominadas migmatitos. Essas rochas apresentam porções máficas recristalizadas em estado sólido e porções félsicas de composição granítica ou granitóide, cristalizadas a partir de material fundido.
A classificação mais geral para as dobras se referem a posição de sua concavidade. Se a concavidade for voltada pra cima ela é sinformal e se for voltada para baixo ela é antiformal. Os seus lados são chamados de flancos e o plano que a divide simetricamente é o plano axial a interseção do plano axial com as camadas é o eixo axial.
De acordo com a classificação de movimento das falhas, pode-se dizer que a falha normal, também chamada de dip-slip ocorrendo quando o bloco deslocado se posiciona abaixo da lapa. Já a reversa, também chamada de inversa ou dip slip, ocorre quando o bloco se movimenta acima da capa.
1 Por que a granulometria e a estrutura são as propriedades decisivas para a definição do comportamento mecânico, respectivamente de solos transportados e residuais?
Solos transportados foram transportados do seu local de origem. Sua estrutura original foi destruída e seu principal atributo é a granulometria que é controlada pela energia do agente de transporte, que é maior em porções proximais, mais elevado e depósitos grossos e menor em ambientes distais de baixa declividade, com depósitos finos.
Solos arenosos tem um comportamento bom em função do atrito existente entre grãos de areia (0, 0625 mm < 2 mm), enquanto solos argilosos (< 0,002 mm) que são afetados pelas forças eletrostáticas (coeso), entre partículas de argilominerais tem comportamento dominado pela sua plasticidade, que é ruim. Solos com proporções variadas destas duas frações granulométricas tendem a ser bons em relação a forças de atrito e coesão.
Solos residuais preservam textura, estrutura e mineralogia que sua rocha matriz (no caso, o solo residual jovem) e por isso tem um melhor comportamento mecânico que os solos transportados. Se a rocha matriz tiver um bom comportamento mecânico(granito isotrópico, por exemplo), o solo residual provavelmente também terá. Caso a rocha matriz tenha estruturas estas serão transmitidas para o seu solo residual (exemplo solo residual de filitos), evidenciando um comportamento ruim.
 2 Por que depósitos de talús e argila mole são designados como os inimigos principais da engenharia civil? Como os geológicos de engenharia devem atuar para definir a sua ocorrência e a sua espessura?
Depósitos de talús porosos e heterogêneos, atinge a saturação de forma rápida, durante chuvas fortes. Com isso, ocorre elevação rápida do nível de água e aumento da poro pressão, que atua no sentido de reduzir a tensão normal ao longo de um potencial plano de ruptura (pressão de separação). Dessa forma, deslizamentos podem ser desencadeados.
Depósitos de argila mole são problemáticas em função de sua natureza não expansiva (argilominerais 2:1) e quando solicitadas por cargas externas, expulsam a água de sua estrutura, sofrendo marcante adensamento. O adensamento leva o recalque dos solos. Quando acompanhado de cisalhamento, trata-se de um recalque diferencial.
Em termos de ocorrência e espessura, os depósitos de talús são tipicamente encontrados no sopé de encostas íngremes e sua espessura pode ser identificada através da sondagem de percussão, embora a observação de sua geometria e também já permitam fazer inferências sobre sua espessura. Quanto aos depósitos de argilas moles, são encontrados em baixadas litorâneas com histórico de flutuação do nível do mar no Quaternário. A identificação de sua espessura só pode ser feita através de métodos diretos de investigação, como sondagens a percussão. 
 
3 É possível a formação de argilo minerais do tipo 2:1 a partir do intemperismo de rochas básicas? Por que?
Sim, pois rochas básicas em geral possuem grande disponibilidade de íons (Ca2+, Mg2+ e Na+) que podem ser liberados durante o processo intemperismo para a formação de minerais secundários. As fontes desses íons variados são principalmente piroxênios e anfibólios. Os minerais secundários formados são sobretudo argilominerais 2:1, que é o grupo das esmectitas, principalmente montmorillonita.
6 Num perfil de solo é possível o solo transportado, aluvionar, se posicionar acima do solo residual desenvolvido, por exemplo de uma rocha metamórfica?
Sim, no caso a relação inversa não será possível. Devido a situação apresentada poderia ser explicada pelo desenvolvimento de uma planície aluvionar sobre um terreno de alto grau metamórfico, denudado e abatido. Nesse caso, o rio depositaria sua carga diretamente sobre a rocha metamórfica ou seu solo residual.
7 Três tipos de fatores predisponentes; imediatos e deflagradores, condicionam a ocorrência no tempo e no espaço, de um escorregamento. Descreva uma combinação de cada um dos três fatores no caso de uma queda de bloco e no caso de uma corrida de massa de detritos.
	Fatores/Processo geodinâmicos 
	Queda de bloco 
	Corrida de massa de detritos
	Predisponentes 
	– Maciço rochoso fraturado a muito fraturado
– Taludes de alto ângulo naturais ou escavado (fratura tectônica e de alívio)
	– Anfiteatro/concavidades em regiões de cobertura de drenagem
– Vertentes da clivagem com desenvolvido de solo residual jovem
– Disponibilidade de detritos
– Relevo acidentado
	Imediato 
	– Chuvas constantes ou regulares ao longo do tempo atuando no sentido de infiltrar não fraturas
– Desenvolvimento de alteração intempérica 
– Preenchimento por material de baixa resistência
– Abertura progressiva das fraturas
– Crescimento de raízes e abertura adicional
	– Chuvas recorrentes de pequena intensidade 
– Manutenção do solo em condição de quase saturação 
	Deflagradores 
	– Chuvas intensas e concentradas em uma área com maciço rochoso de comportamento ruim promovem saturação em água nas fraturas através de infiltração e forte pressão de separação 
	– Chuva intensa em um material que não teve tempo de ser drenado
– Fluxo hidráulico (canalizado) de grande velocidade alimentado por deslizamentos laterais 
– Fluxo de densidade destrutivo
8 Por que a exploração excessiva da água subterrânea nas areias marinhas do bairro do Recreio pode vir a degradar a sua quantidade para consumo?
Dado a proximidade com o mar, a excessiva exploração de água subterrânea no Recreio, pode causar a formação de um cone de depleção e consequentemente, a intrusão de uma salina, degradando a qualidade da água.
– Indique a afirmativa falsa:
Ardósias e arenitos, devido a sua baixa resistência, não podem ser aproveitados como pedra de revestimento. 
· Para obras de contenção, diferentemente da mineração, o FS deve ser > 1,5.
· A erosão hídrica que afeta rodovias brasileiras da Bacia do Paraná se deve a granulometria fina e a permeabilidade elevada dos solos arenosos.
– Indique a afirmativa falsa:
Há diferenças em termos de exigência tecnológicas para aproveitamento de rochas como pedra de brita para concreto hidráulico e para lastro ferroviário. Para a segunda há obrigatoriedade das análises petrográficas. 
· A principal missão de geólogo de engenharia na atividade de mineração é desenvolver um sistema de monitoramento e alerta para a situação crítica, relacionado a estabilidade dos talús e das cavas subterrâneas, pois os projetos de mineração trabalham com fato de segurança muito baixo, da ordem de 1,0.
· Projetos de dutos via HDD exigem grande conhecimento da abrasivamente das rochas e sobre a tensão in situ dos maciços, a serem escavados, pois estes furos direcionais horizontais escavados a 30-40m de profundidade, logo encontram rochas de alta resistência a perfuração, principalmente quando há nelas concentração de quartzo (dureza 7) e feldspato (6).
· Obras costeiras são simples de construir, mas enfrentam uma contradição, resolvem o problema localmente, mas transferem muitas vezes os problemas para outro ponto. É o que acontece, por exemplo, no Arpoador.
– Indique a afirmativa falsa:
É dentro da couraça do TBM, ou fora dela, quando o maciço permitir, que o revestimento pré-moldado do túnel é montado. Um maciço que permite o revestimento definitivo fora do TBM por exemplo, um maciço classificado como classe V de Barton. 
· O relevo da região e a análise petrográfica são dois importantes itens para o aproveitamento de uma rocha como pedra ornamental. Quando, por exemplo a rocha de interesse aflora em terrenos declivosos e exibe minerais alterados por hidrotermalismo, desaconselha-se o aproveitamento da mesma como cantana.
· As condicionantes dos escorregamentos ocorridos numa região podem ser avaliadas a partir da revisão de cartas de risco ou de susceptibilidade, mas é vital que se prepare fichas de campo com a descrição do tipo escorregamento, o tipo de material afetado, as cicatrizes ainda presentes e a morfologia da área.
– Indique a afirmativa falsa:
A presença de solos expansivos ou colapsáveis impede a implantação de dutos aéreos, sejam eles oleodutos ou gasodutos.
· A brita pode ser oriunda de rochas sedimentares, metamórficas ígneas, mas por serem homogêneas e isotrópicas, os granitos e sienitos são rochas mais adequadas.
· Na preparação de Cartas Geotécnicas de Aptidão Urbana é fundamental plotar todos os pontos de interesse geotécnico da região mapeada e posteriormente fazer a delimitação cuidadosa dos domínios das unidades geotécnicas, levando em conta fatores como a gênese do material e a morfologia dos terrenos.
– Indique a afirmativa falsa:
Num talude de 20 m de altura e 45° de inclinação, no qual a 1m de profundidade o STP é igual a 8 e a 2m o RQD igual a 95%, o tipo de escorregamento com maior probabilidade de ocorrência é o deslizamento em cunha.
· O concreto hidráulico deve ser produzido com uma rocha com Los Angeles menor que 50%. Já um aterro compactado exigem solo com CBR (ISC) maior que 8%.
· A escavação num trecho com diques básicos cortando gnaisses não traz preocupação ao geólogo quando ambas as rochas se apresentarem sãs e pouco fraturadas. 
– Indique a afirmativa falsa:
Um perfil geológico indicativo de um alto potencial de ocorrênciade queda de lascas rochosas é um talude rochoso com inclinação de 45° de frente para sul e um set de fraturas de alívio com mergulho de 30° para sul.
· A implantação de rodovias deve respeitar questões geométricas, como o grade, mas sob o ponto de vista da geologia, o mais importante são as questões da estabilidade de taludes e aterros e a disponibilidade de material de construção.
· No emboque de um túnel os valores de STP entre 0m e 10m variam de 3 a 6, e os de RQD entre 10m e 20m, de 10% a 25%. Isso exige a estabilização do talude com cortinas atirantadas e a implantação de enflagens e cambotas.
– Indique se as afirmativas são verdadeiras (v) ou falsas (f)
 
(V) Baseando-se na figura abaixo, o Professor Amaral destacou nas aulas de risco geológico que não basta saber “se vai deslizar ou não”. É preciso observar a trajetória, o alcance e a capacidade de destruição dos processos geológicos potencialmente destrutivos e avaliar a exposição e a vulnerabilidade dos elementos em risco geológico. 
(V) O solo residual jovem é considerado um excelente material de aterro, por possuir uma granulometria variada, com grãos de areia e argila, que contribuem, respectivamente, para a ampliação dos parâmetros de atrito e coesão. Esta boa qualidade se amplia com a compactação antes do uso. 
 
(V) Num mapa geotécnico, na escala 1:10000, de uma região serrana, foram individualizados dois domínios geotécnicos distintos: (I) SA (referente a solos residuais com espessura máxima de 1.5m sobrepostos à rocha sã, sempre vinculados a encostas com 35º de inclinação) e (II) MR (referente a afloramentos de rocha muito fraturados, sempre vinculados a encostas com mais de 70º de inclinação). Para o geotécnico, isto é uma indicação preliminar que no 1º domínio se pode prever preliminarmente a ocorrência de deslizamentos planares (translacionais) de solo e, no 2º domínio, de quedas de blocos rochosos.
 
(F) A atuação das raízes das árvores – naturais ou plantadas – é sempre positiva para a estabilidade dos taludes porque a trama das amplia a resistência ao cisalhamento dos solo. Falso, nem sempre a atuação das raízes é positiva para a estabilidade dos taludes, podendo até mesmo gerar e ampliar as fraturas e criar uma desestabilização.
(F) A difração de raios X é o método utilizado na definição da mineralogia das argilas. Quando a distância basal entre as placas octaédricas e tetraédricas que compõem a estrutura cristalina dos argilominerais é máxima, o argilomineral pode ser a illita, do grupo das montmorillonitas, com capacidade de troca catiônica muito elevada. Já quando esta distância é mínima, o argilomineral pode ser a esmectita. A distância intermediária pode indicar a presença da caulinita. Falso, a illita não faz parte do grupo da montmorillonita, e sim do grupo da illita. 
 
 (V) Uma Prefeitura Municipal, cobrada pelo Ministério Público a encontrar soluções para a falta de moradias para a população pobre, decidiu construir prédios residenciais após aterramento de uma área de 2km2 , uma vez que o nível d´água nos terrenos se encontrava muito próximo à superfície. Passados 2 anos da inauguração, contudo, o piso das edificações afundou 2m. Isto ocorreu porque na área ocorrem solos conhecidos como argilas moles. 
(V) Um geólogo foi questionado sobre os problemas para construção de prédios numa região de baixada, na qual os mapas geológicos em geral indicam apenas a presença de sedimentos quaternários. Por isto ele consultou um mapa pedológico para avaliar a eventual presença de gleysolos, que, sob o ponto de vista da geotecnia, correspondem aos solos moles. 
 
(V) O solo antrópico, composto por entulho, lixo ou bota-fora, comumente presente em favelas das grandes cidades brasileiras, é um material lançado pelo Homem nas encostas, logo, as suas propriedades se assemelham mais a um solo transportado do tipo colúvio do que a um solo residual. Esta é a razão do alto risco de acidentes associados à sua identificação e representação nas cartas de risco. 
(F) Um talude vertical, escavado em rocha, com a presença marcante de uma família (set) de fraturas mergulhando 30º no sentido da pista de uma rodovia, exibe um elevado potencial de ocorrência de deslizamentos em cunha, exigindo a execução de obras de contenção preventivas para a redução do risco para os usuários da pista. Falsa, para ocorrer deslizamento em cunha, deve haver a presença de 2 direções de fratura 
 
 (V) Os problemas associados aos depósitos de talús incluem os escorregamentos porque eles se caracterizam como um solo heterogêneo, poroso e extremamente instável. Já os problemas associados às argilas moles incluem os adensamentos e os recalques, porque elas são constituídas por argilominerais e matéria orgânica, que são materiais de baixíssima resistência mecânica. 
1. No caso da implantação de uma obra de contensão de encosta, necessita de diversos parâmetros de rochas que são dados em ensaios de laboratório. Que parâmetros são esses e qual o ensaio adequado para esse tipo de obra? Comente sobre a execução do ensaio.
R: A altura do maciço e sua inclinação são preponderantes, contudo, a resistência, porosidade, teor de unidade, da rocha são parâmetros a serem analisados. O ensaio de compreensão triaxial é utilizado na determinação da resistência ao cisalhamento, reproduz as condições da natureza (tensões confiantes) do maciço.
2. Comente sobre os fatores que devem ser considerado ao realizar ensaios em rochas brandas. Qual deles é o principal e por que?
R: Observar a preparação de amostras, pois a água que auxilia o corte pode causar a perda de amostras, em rochas muito alteradas, observa o teor de umidade e as condições de drenagem. O principal fator é a relação de água presente, pois caso a rocha esteja saturada precisa executar uma drenagem, com objetivo de diminuir a poro pressão, o que diminuiria a velocidade de ensaio.
3. No caso de uma obra em um túnel, precisa conhecer as tensões atuantes nas paredes do túnel. O ensaio brasileiro é um bom ensaio para conhecer essas tensões? Por que? Desvantagens desse ensaio?
R: Sim, demonstraria que há tensões e o maciço submeteria as paredes do túnel. Desvantagens incluem a preparação do corpo de prova trabalhosa, a baixa representatividade do resultado etc.
4. Quais são as vantagens e desvantagens do ensaio triaxial?
R: O ensaio triaxial mostra as tensões de confinamento (tridimensional), tensões estas reproduzidas na natureza, tornando-se mais completos, contudo, pode ser realizado apenas em laboratório e apresenta custo elevado.
5. Comente os fatores que influenciam a permeabilidade das rochas e como podem influenciar.
R: O número de fraturas, ligação entre as fraturas, grau de intemperismo, rugosidade, material de preenchimento das fraturas, abertura.
A ligação entre as fraturas aumenta a vazão da água no interior da rocha. 
A rugosidade determinado o tipo de fluxo percolante na fratura podendo ser turbulento (fratura rugosa) ou laminar (fratura lisa), a abertura aumenta o fluxo. O material de preenchimento, pode ser o material residual que aumenta a permeabilidade, sendo de material transportado (granulometria diversa e argilas), diminui a permeabilidade. 
A porosidade sendo o contato entre os poros faz o mesmo papel que a ligação entre as fraturas, aumentando ao fluxo.
6. Quais são os principais condicionantes de um projeto de fundação?
R: Grau de fraturamento da rocha, tipos de solo, fluxo de água, grau de intemperismo da rocha.
7. Que tipo de fundação é mais adequada num sítio onde a rocha aflora a 1 m de profundidade e se encontra pouco fraturada?
R: Uma fundação padrão seria ideal devido as boas condições da rocha e sua proximidade da superfície. Essas não oferecem grandes preocupações em relação ao tipo de obra.
8. Esquematize uma projeção estereográfica que indique a possibilidade de tombamento. Indique a inclinação do talude num taludede 75° e as atitudes das descontinuidades estruturais.
R: Para que ocorra tombamento é necessário que as fraturas mergulhem na direção oposta ao talude e em um ângulo próximo, além de possuírem strike também sub vertical.
9. Uma projeção estereográfica reunindo dados estruturais de um talude rodoviário mostra 2 grandes concentrações de polos nos quadrantes NE e SE da Rede Schimdt, enquanto o talude tem frete para W. Qual é a condição cinemática que permite antecipar um potencial elevado de escorregamento nesse talude?
R: As condições apresentadas indicam grande possibilidade de escorregamentos em cunha, ou seja, concentração em dois quadrantes implica em 2 planos preferenciais dos fluxos.
10. No caso de um maciço muito fraturado, podendos representá-lo de maneira equivalente a uma rede de fluxo em solos. Demonstre como é feita essa representação e que nome recebe.
R: A demonstração é feita a partir do seguinte esquema. A rede equivalente mistura as direções preferenciais de fluxos
11. Como o mapeamento detalhado em superfície, em volta do maciço rochoso, permite criar um modelo geológico esperado para escavação subterrânea de um túnel que atravessa esse maciço.
R: Mapeando fraturas, litologias, diques e todas as propriedades mecânicas e litológicas presentes no maciço. Com dados litológicos é possível criar um perfil da área e com mapeamento das fraturas criar um modelo 3D de suas disposições. 
Esses dois mapeamentos podem indicar com bastante margem de precisão, se feito criteriosamente como está o maciço incialmente e que possíveis problemas a aberta de um túnel poderá encontrar em sua escavação. 
12. Uma escavação até a profundidade de 205m, a céu aberto, em taludes com direções N-S (voltada para W), NE/SW (voltada para sudoeste) e E-W (voltada para N). Ela atravessará um maciço rochoso com os seguintes sets de fraturas: 110/50, 020/40 e 270/31, cujo ângulo de atrito é de 25º. Desenhe a mina a céu aberto e determine os taludes problemáticos, indicando o tipo de ruptura que pode ocorrer em cada um:
13. Mostre como varia a relação entre a resistência média no ensaio de compressão simples (ordenada) e direção da foliação em rochas metamórficas como o biotita gnaisse do RJ (abcissa). O que acontece quando se acentua o grau de alteração dessas rochas?
14. Por que se afirma que o ensaio de compressão uniaxial (RCU) no laboratório é importante apesar de suas limitações? Que limitações são essas? Que tipo de situação geológica é perfeitamente caracterizada para esse ensaio?
R: É possível medir deformação nos eixos verticais e transversais da amostra estudada. Entretanto, este ensaio não tem sua amostra estudada nas condições apresentadas na natureza (tensões confinantes), ou seja, é apresentada a amostra em sua melhor parte, sem fraturas.
15. Esquematize uma projeção estereográfica, que indique a possibilidade de ocorrência de um tombamento num talude de 75° composto por um material que tem um atrito de 35°.
16. Organize uma equação qualitativa de Resistencia, levando em conta os atributos utilizados por Barton no seu sistema de classificação de maciços rochosos.
R: 
RQR/Jn é o índice de qualidade da rocha e índice de influência de descontinuidades
Jr/Ja é o índice de influência da rugosidade e do grau de alteração
Jw/SRF é o índice de influência de ação subterrânea; o fator SRF caracteriza o estado da tensão no maciço rochoso, em profundidade ou as tensões de expansibilidade.
Q = (RQD/Jn) x (Jr/Ja) x (Jw/SRF)
 
17. Por que se preocupando com a estabilidade da abobada do Túnel do Joá e utiliza o sistema de Bieniawski para se justificar?
R: Porque a obra do Túnel do Joá foi realizada há mais de 35 anos e o sistema de Bieniawski determina o máximo de tempo que uma obra dessa natureza se mantenha estável de acordo com o tipo litológico e estrutura do maciço e se acordo com a tabela proposta por Bieniawski o túnel deveria passar por uma avaliação para a realização de obra a pelo menos 10 anos atras.
18. Uma projeção estereográfica reunindo dados estruturais de um talude rodoviário mostra 2 grandes concentrações de polos nos quadrantes NE e SE da Rede Schimdt, enquanto o talude tem frente para W. Qual a condição cinemática que permite antecipar um potencial elevado escorregamento nesse talude?
R: Existe 2 concentrações de polos distintos, isso indica que há 2 planos principais que se cruzam (1), é a interseção isso é o indicativo do escorregamento em cunha.
19. O que é uma fundação direta sobre tubulão? Em que situação se aplica?
R: São fundações usadas em obras com uma maior complexidade com camada de solo espessa (9 a 20m) e pode-se usar uma capa de aço em caso de solos corrosivos. A sua forma é cilíndrica e maior na aponta. Necessita de contato direito, uma pessoa deve descer até o local de colocação do tubulão.
9. Na descrição de um perfil de intemperismo de rocha gnáissica, rica em biotita, um geólogo indicou numa sequência de baixo para cima: rocha sã, rocha alterada, solo residual, rocha alterada e solo residual. Quais as condições geológico-estruturais que podem explicar esse perfil?
R: Este perfil apresenta duas fraturas de alívio em uma rocha sã. Tais fraturas como os planos de fraqueza e de percolação de água sofrem alto intemperismo químico, o que ocasionou alteração muito rápida para solo residual (material de preenchimento). As regiões próximas a essa fratura de alívio (rocha alterada) sofrem micro fraturas pela presença de fratura de alívio, fato que acelerou seu intemperismo pela percolação de água, gerando rocha alterada com intensidade de intemperismo inferior ao da fratura. A parte mais afastada da fratura de alívio (rocha sã) se preservou.
10. O que o sistema SGI e por que ele é tão interessante para os geólogos no trabalho em mecânica das rochas?
R: É um sistema de normais internacionais que visa manter o padrão para os estes de mecânica das rochas. Exemplo os ensaios uniaxiais e triaxial que exigem amostras cilíndricas para a realização de seus testes, bem como diâmetros e dimensões especificas. Estabelece que 10 voltas de Slake Durability Test correspondem a 1 ciclo e que este corresponde a 25 anos de intemperismo. 
11. Quais são as propriedades físicas das rochas mais importantes para o levantamento preliminar das propriedades mecânicas das rochas?
R: Porosidade, permeabilidade, densidade, condutividade hidráulica, velocidade de propagação de ondas, durabilidade e carga pontual.
– Indique se as afirmativas são verdadeiras (v) ou falsas (f)
(V) Em rodovias, os problemas nos taludes escavados, envolvem a erosão hídrica, os escorregamentos, deslizamentos, quedas de blocos e corrida de massa e o empastilhamento. No caso das ravinas, a sua distribuição pode estar relacionada ao grau de fraturamento do maciço rochoso subjacente, se esta feição estiver preservada no solo residual jovem. O tratamento da ravina, tal como numa voçoroca, pressupõe a mudança de sua morfologia de V para U e a contrário de estruturas de dissipação de energia perpendiculares ao seu eixo.
1. Por que numa encosta constituída por solo residual jovem e solo maduro, a escavação de um talude vertical com 6m de altura, levou a ocorrência de erosão superficial intensa apenas na camada de solo residual jovem e depois, após a evolução da erosão, a queda da camada de solo maduro?
R: Porque o solo residual jovem ainda contém as caraterísticas e estruturas da rocha mãe, como fraturas que facilitam a percolação de água, a saturação de água gera instabilidade na camada superior (solo residual maduro) que acaba cedendo sem erodir.
2. A figura abaixo mostra três trecos de um túnel de revestimento. Por que o segmento 3, com três sets de fratura, duas sub verticais e uma de alívio, persistentes e com percolação de água, pode ser classificado como um trecho de comportamento intermediário entre dois outros segmentos?
R: Mesmo contendo mais fraturas que os outros segmentos, o terceiro segmento apresenta um comportamento melhor que o segundo segmento. Isso porque o segundo contém uma zona de cisalhamento que gera uma regiãode fraqueza no maciço, por conta da forte foliação e minerais expansivos que possivelmente foram formados por alteração hidrotermal.
1 A alterabilidade das rochas é o que determina o seu comportamento ao longo do tempo. Quais são os processos que levam à alteração da rocha e como podemos avaliar esta alterabilidade? Qual das duas rochas você esperaria que se alterasse mais rápido nas mesmas condições de intemperismo, o granito ou o basalto? Por quê?
Resposta: Os principais processos que levam a alteração da rocha são sua litologia, descontinuidades, coerência e ao seu estado de alteração. Isso tudo é ligado ao clima da região, temperatura, localização geográfica, entre outros. A litologia é importante pois cada tipo de rocha tem uma característica diferente, estruturas diferentes, tendo maciços mais homogêneos, outros mais heterogêneos, isotrópico ou anisotrópico. As descontinuidades ajudam muito no processo de alteração da rocha, pois estas condicionam a deformabilidade, resistência e permeabilidade do maciço rochoso. Rochas contendo fraturas, juntas, falhas são um ótimo lugar para a percolação da água, alterando mais facilmente a rocha. A coerência da rocha, com base em propriedades físicas como tenacidade, dureza e friabilidade da rocha também auxiliam a entender seu grau de alteração. E principalmente os diferentes tipos de alteração e intemperismo, que ocorre tanto sobre a influência de fenômenos magmáticos (endógeno), como na dependência da hidrosfera e atmosfera (exógeno). A alteração mais importante é a sob influência de fatores externos, dada a ação de processos intempérico, favorecendo a diminuição da resistência mecânica, aumento da deformabilidade, e modificações das propriedades da rocha.
A partir desse processo podemos classificar o grau de alteração da rocha através de características como a alteração dos minerais formadores dessa rocha. Uma rocha sã é a que apresenta minerais primários sem vestígios de alteração, uma rocha muito alterada apresenta minerais totalmente alterados, mudando as características da rocha, como sua cor. O basalto iria se alterar mais rápido em relação ao granito, primeiro porque rochas básicas são mais susceptíveis ao intemperismo, seus minerais não tiveram tempo suficiente para se cristalizar, e contam com uma matriz muito fina. As rochas plutônicas têm resistência mecânica alta, devido a maior homogeneidade dos corpos rochosos, forte coesão dos minerais, e maior granulação, por ter tido bastante tempo para se formar, além de
que rochas com maiores quantidades de quartzo aumentam sua resistência, por ser um mineral de difícil alterabilidade e desgaste.
· Litologia: diz respeito aos tipos de rocha. Identificação importante devido a particulares relações entre litologias e características do meio rochoso que condicionam seu comportamento quando aproveitado na engenharia. Exemplo: calcários que podem formar cavernas; filitos e quartzitos, que são rochas marcadamente estruturadas, o que confere forte anisotropia ao meio rochoso. Caracterização litológica tem grande utilidade na avaliação da representatividade de propriedades físico-mecânicas do meio rochoso e extrapolação de resultados de ensaios pontuais para o maciço como um todo.
2 Esquematize dois perfis de intemperismo, um desenvolvido sobre rocha magmática e outro sobre rocha sedimentar. Indique as diferenças e características de cada um. 
Resposta: As rochas magmáticas são mais resistentes que as rochas sedimentares, que tendem a ter uma menor resistência mecânica. No perfil de alteração de rochas magmáticas em regiões de relevo suave, vemos a rocha sã, com seus minerais bem definidos, sem sinais de alteração, seguido de uma rocha já mais alterada, com fraturas, minerais sendo alterados, perdendo suas características primarias, vão aparecendo mais blocos e camadas de rochas em vários estágios de alteração, sendo envolvidos por solo saprolítico. O solo saprolítico é composto por solo residual, e preserva características da rocha mãe, como descontinuidades do maciço, tais como falhas, fraturas e juntas. No estágio do solo laterítico pode ser solo residual, solo transportado (aluvionares, coluviões, talús), sendo sempre afetando pelos processos pedogenéticos, e por último uma camada de solo orgânico, que está presente basicamente em todos os perfis. 
As rochas sedimentares elas apresentam menor resistência ao intemperismo, e em seu perfil de alteração em regiões de relevo suave, vemos a rocha sã, como por exemplo um arenito, e por cima já um solo saprolítico, resultante de sua alteração, formando um solo residual. Por cima um solo laterítico que pode ser tanto solo residual como transportado, e por último uma camada de solo orgânico.
 
3 Qual é a diferença em termos geométricos entre os processos geológicos de corridas de lixo e os deslizamentos de solos, e quais são as suas causas? 
Resposta: As corridas de lixo são mais superficiais e não apresentam um comportamento específico, isso se dá por sua alta heterogeneidade, sendo um material muito instável e imprevisível. O deslizamento de solo geralmente apresenta um plano bem definido, seguindo estruturas da rocha mãe, sendo mais fácil entender a geometria do evento, podendo ocorrer em interfaces da foliação, fraturas, contato solo/rocha. As causas das corridas de lixo podem ser associadas a liberação de gases ou de resíduos líquidos (chorume) provenientes do lixo que contribuem para sua desestabilização. Chuvas também podem desestabilizar esses depósitos e gerar corridas. O fato de comunidades normalmente ocuparem lixões controlados e descartarem seu lixo sem planejamento faz com que o peso sobre esses depósitos aumente, aumentando assim sua instabilidade. A falta de saneamento básico e o esgoto sendo jogado diretamente no maciço também acarreta na sua desestabilização. As causas do deslizamento de solo podem ser tanto ações antrópicas, como ocupação desordenada e esgoto sendo jogado para dentro do talude, o que enfraquece sua estabilização, o desmatamento de morros que tira a vegetação que protege o maciço da percolação de água, obras na beira das encostas, que feitas de maneira errada podem desestabilizar o talude e provocar o deslizamento do solo; como também por ações naturais por encharcamento do solo devido às chuvas intensas, que acabam desestabilizando a encosta, movimentos atectônicos como fraturas de alívio, onde a água acaba percolando por elas e enfraquecendo o maciço. 
4 Por que o escoamento superficial das águas superficiais é definido pela profundidade do nível d´água subterrânea? 
Resposta: O escoamento superficial depende de características hidráulicas dos solos e das rochas (como granulometria), da cobertura vegetal, forma da bacia, umidade do terreno, declividade, entre outros elementos. Se o nível de água subterrânea estiver baixo, ocorrerá pouco escoamento superficial, pois grande parte da água infiltrará no solo abastecendo esse reservatório de água subterrânea. Já quando o nível da água subterrânea está alto, o solo já está saturado e sua capacidade de infiltração reduzida, por isso se terá um maior escoamento superficial. 
5 Como é possível diferenciar no campo, solos residuais maduros de solos residuais jovens? E solos residuais maduros de colúvios? 
Resposta: O solo residual jovem ele geralmente apresenta zonas mais escuras e esbranquiçadas, guardando as características da rocha sã enquanto o solo residual maduro tende a impermeabilização, devido aos argilominerais e são menos resistentes que o solo residual jovem, além de apresentar maiores quantidades de matéria orgânica. Os coluviões têm a característica de ser encontrado recobrindo encostas íngremes, formados pela ação da água e principalmente da gravidade, apresentando uma granulometriamais variada, porosa e heterogênea, além de geralmente apresentar uma linha mais seixosa em sua base. Uma característica desse material é sua baixa resistência ao cisalhamento, podendo apresentar movimentos lentos, e são frequentemente envolvidos nos escorregamentos da região. Esse solo pode ser de difícil diferenciação para o solo residual maduro. 
6 Por que a estrutura e a mineralogia não são propriedades decisivas para a definição do comportamento mecânico dos depósitos de talús, e sim a granulometria? 
Resposta: O depósito de talús é caracterizado por sua formação através da ação da água, e principalmente pela gravidade, composto por blocos de diversos tamanhos, que se depositam no pé das encostas. Então com isso, definir o comportamento mecânico a partir de estruturas e mineralogia não podem ser propriedades decisivas, pois esse depósito não se localiza in situ, logo sua formação original já foi completamente afetada, apresenta alta heterogeneidade, alta permeabilidade, alta porosidade e granulometria variada, essa última que define o depósito de talús, que é marcado por essa diferença de granulometria. 
8 Esquematize uma situação de encosta propícia à presença de bananeiras. Indique como variam as propriedades de resistência e permeabilidade de cima para baixo no perfil. 
Resposta:

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