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Resumo de Geomorfologia - Vitória Azevedo

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~ Resumo da P1 Geomorfologia – Vitória Azevedo ~
 
· O que é geomorfologia? Ciência que estuda as formas de relevo, sua gênese, composição (materiais) e os processos que nelas atuam.
– O que ela estuda? Estudos geomorfológicos mais completos são aqueles que combinam as três linhas principais de investigação sobre o relevo: características das formas, sua gênese e dinâmica.
– Como ela estuda? Para que ela serve? 
– Conhecimentos sobre a dinâmica geomorfológica levam à compreensão da dinâmica dos elementos da natureza, essencial em situações de risco, como enxurradas, enchentes, desabamentos, terremotos e tsunamis.
– A observação e análise dos processos geomorfológicos possibilitam: prevenção de riscos de desastres naturais, contribuindo para evitar eventos com perdas humanas e prejuízos materiais. Estimulam a possibilidade de ação social mais consciente, fortalecendo posturas mais críticas em relação ao processo de expansão e ocupação urbana.
· Processo: uma sequência de ações regulares e contínuas que se desenvolvem de Processo: uma sequência de ações regulares e contínuas que se desenvolvem de maneira relativamente bem específica e levando a um resultado determinado maneira relativamente bem específica e levando a um resultado determinado.
· Como classificar a geomorfologia? 
1. Geomorfologia Estrutural: em função da disposição das camadas rochosas.
a. Morfologia de estruturas concordantes 
b. Morfologia das estruturas dobradas
c. Morfologia em estruturas falhadas
d. Morfologia de vulcanismo
e. Morfologia de litologias
2. Geomorfologia Climática: as formas de relevo estariam relacionadas à zonalidade climática.
3. Geomorfologia espaço-temporal: diferenciando-se pela ordem de grandeza.
a. Unidades geotexturais (maiores unidades, como os continentes, etc)
b. Unidades morfoestruturais (ordem média)
c. Unidades morfoesculturais (ação dos sistemas)
4. Geomorfologia processual: focado nos mecanismos de desenvolvimentos das formas.
a. Fluvial
b. Costeira
c. Eólica
d. Glacial
e. Cárstica
· A superfície terrestre é caracterizada por caracterizada por elevações e depressões.
· Qual a variação na escala espacial? da escala planetária (continentes e oceanos); à continental (cadeias de montanhas, planaltos, depressões e grandes planícies) e; a local (escarpas, morros, colinas, terraços, pequenas planícies).
· Processos e produtos morfogenéticos 
– Relevo da superfície terrestre é resultado da interação de forças endógenas (criadoras de elevações e depressões) e exógenas (contínua denudação que tende a rebaixar o relevo).
– Clima (atual e pretérito) 
Cada clima impõe processos de meteorização específicos:
– Química: predomina em condições quentes e úmidas. 
– Física: predomina em condições secas e quentes ou somente frias.
Cada clima cria diferentes formas erosivas relacionadas:
– Tipos de transporte (gelo, água, vento, força da gravidade).
– Temperatura (calor) quando não há transporte.
· Zonas climáticas
Zonas
I. Zonas de glaciares (regiões polares e montanhas elevadas)
II. Zona de formação pronunciada de vales (regiões polares, atualmente livres de gelo, mas com solos 
gelados)
III. Zona Extratropical de formação de vales: engloba a maioria das regiões de latitudes médias
IV. Zona Subtropical de pedimentos e de formação de vales: é uma área de transição entre III e V
V. Zona Tropical de formação de superfícies de aplanação: engloba regiões de florestas úmidas.
Tipos de climas
1. Rocha Fresca;
2. Detritos pouco alterados quimicamente;
3. Zona de hidrólise dominante;
4. Zona de caulinita (caulim)
5. Zonas de Óxido de Ferro e Alumínio
6. Ferricrete (couraça) 
· Período Quaternário
– Curtas e intensas flutuações climáticas, subdivididas em Glaciais/Interglaciais
– Alternância de regimes climáticos áridos/úmidos nas regiões tropicais em nível global.
Mudanças ambientais
– Climas; processos geomorfológicos
– Geológicos; formas de relevo; fauna/flora; estruturas de ocupação e migrações de grupos humanos.
– Registros: feições de relevo, depósitos sedimentares/solos, fósseis, pólens, artefatos humanos.
· A análise da evolução do relevo envolve o entendimento sobre as superfícies de erosão e tipo de processos atuantes (atuais e pretéritos). Os quais resultam em:
– Formas: superfícies de aplainamento; encosta; feições erosivas (ravina, voçoroca etc); e terraços.
– Materiais: depósitos que preenchem as formas (depósito de tálus, solos, pedimentos).
– Superfície de erosão: dentro do modelo explicativo de evolução de relevo, é considerada a última etapa. São superfícies horizontalizadas/aplainadas resultante de uma ação erosiva. Teoria da evolução de relevo (Davis, King e Penck)
– Tipo de processos: domínio de ações mecânicas, de ações bioquímicas ou alternância entre as duas. Teoria da bioresistasia (Henri Erhart, 1955)
· Teoria da Bioresistasia
– Relaciona os processos observados nas vertentes com o clima e a cobertura vegetal.
– Biostasia: atividades tectônicas e oscilações climáticas equilibradas, desenvolvimento de organismos (clímax biológico), intenso intemperismo químico, desenvolvimento de regolito (manto de intemperismo), sedimentos mais finos.
Grande disponibilidade hídrica → intenso intemperismo químico → atividade biológica = predomínio da pedogênese.
– Solos espessos.
– Aumenta volume dos rios.
– Rios escavam vales.
– Registro se preserva.
– Grande disponibilidade hídrica → maior volume dos cursos de águas → aprofundamento dos vales.
· Resistasia: desequilíbrio climático e a cobertura vegetal torna-se rarefeita, intenso intemperismo físico, remoção mecânica de material, sedimentos grosseiros.
– Reduzida disponibilidade hídrica. 
– Entulhamento.
· Fases de mudança de regime climático
Mudança de regime climático úmido para seco:
– Grande disponibilidade de material intemperizado;
– Exposição dos mantos de intemperismo/solos devido à redução da cobertura vegetal; 
– Predomínio de fluxos hídricos torrenciais.
– Gera condições favoráveis à intensa condições favoráveis à intensa remobilização dos regolitos remobilização dos regolitos. 
– Rios intermitentes, com carga sólida abundante.
– Morfogênese mecânica (de gradação lateral, recuo paralelo das encostas).
– Vegetação aberta.
Mudança de regime seco para úmido:
– Aumento dos volumes de chuva e de sua regularidade;
– Implantação relativamente lenta das formações vegetais mais densas, resultando em pequena proteção efetiva aos processos erosivos superficiais. 
– Gera condições favoráveis à intensa remobilização dos regolitos. 
– Vegetação florestal.
– Decomposição química intensa.
– Dissecação linear da drenagem. 
– Regime fluvial favorável ao aumento da capacidade de transporte.
– Desentulhamento dos vales.
	Aspecto
	Fase úmida
	Fase árida
	Intemperismo
	Químico
	Físico
	Sedimentos
	Finos, solúveis, facilmente transportáveis
	Grosseiros, minerais residuais (rocha mãe)
	Encostas
	Arredondadas, suavizadas
	Retilíneas
	Feições erosivas
	Ravinas, voçorocas
	Entalhamento do vale
	Acumulação
	Planícies
	Talús, leques aluviais
 
· Morfoestratigrafia
· Morfoestrutura (Mescerjakov,1968)
– Elemento de ordem superior condicionado pelas forças tectônicas, segundo as interações com os outros fatores de formação do relevo.
– Organização segundo o arcabouço geológico marcado pela natureza das rochas e pela tectônica que atua sobre elas.
– As feições embora diversas, guardam, entre si, as relações comuns com a estrutura geológica a partir da qual se formaram. 
· Morfoescultura
– Resultam das ações dos fatores exogenéticos
– A ação dos fatores climáticos pretéritos e atuais, lhes conferem características genéticas comuns, associadas às formações superficiais e fisionomia.
· Estrutura subsuperficial das paisagens → origem e evolução das feições reconhecidas (formas, materiais e processos) → Mantos de intemperismo, Depósitos sedimentares e Coberturaspedológicas → Particularidades do registro sedimentar quaternário → Conceitos e metodologias envolvidas no ordenamento do registro sedimentar quaternário.
· Encostas: Processos e Formas 
– Processo uma sequência de ações regulares e contínuas que se desenvolvem de maneira relativamente bem específica e levando a um resultado determinado.
· Sistema Encosta/Vertente espaços físicos situados entre os fundos de vale e os topos ou as cristas da 
superfície, os quais por sua vez, definem a amplitude do relevo e seu gradiente topográfico.
– Entre os topos e fundos de vales transitam os fluxos de energia e materiais.
· Como a água entra no sistema geomorfológico?
– Precipitação: as quantidades relativas de precipitações (volume), seus regimes sazonais ou diários (distribuição temporal) e as intensidades de chuvas individuais (volume/duração) são algumas variáveis que afetam os processos geomorfológicos.
· Como a água se comporta no sistema geomorfológico?
– Vegetação: a cobertura vegetal tem como uma de suas múltiplas funções interceptar parte da precipitação (P) pelo armazenamento de água nas copas arbóreas e/ou arbustivas (Ac), de onde é perdida para a atmosfera por evapotranspiração (ET) durante e após as chuvas. Quando a chuva excede a demanda da vegetação, a água atinge o solo através das copas (atravessamento At) e escoamento pelos troncos (Ft). Outra parte de chuva é armazenada na serrapilheira* (AS).
*Serrapilheira: matéria orgânica decomposta (restos de folhas, sementes, frutos, galhos, restos de animais) que ocorre no topo do solo. Diminui o efeito do impacto das gotas de chuva e contribui para fertilidade solo.
– Escoamento Superficial ocorre quando a capacidade de infiltração do solo é excedida, e as pequenas depressões da superfície são preenchidas de água, e a água começa a percorrer a superfície (fluxo hortoniano).
– Erosão desagregação, decomposição, transporte e deposição de materiais de 
rochas e solo.
– Encosta/vertente geração de formas erosivas associadas aos fluxos de escoamento difuso e concentrado, sendo os principais processos: 
1. Erosão em lençol (sheet erosion) ou erosão laminar, depende da ação da chuva e do escoamento superficial difuso. Este tipo de escoamento caracteriza-se pela forma dispersa, não se concentrando em canais, quase sempre ocorrendo sob condições de chuva prolongada.
– Pode ser considerado o primeiro estágio do processo erosivo, por compreender um fluxo mais ou menos regular, no qual a concentração de sedimentos e a velocidade das partículas aumentam com o fluxo vertente abaixo, ao mesmo tempo que a erosão começa a se estabelecer.
2. Ravinas (rill erosion) ou erosão em sulcos a água do escoamento superficial, ao sofrer concentrações, passa a fazer incisões, criando ravinas.
– O processo de formação e desenvolvimento de ravinas pode, em algumas situações, relacionar-se aos tipos de uso da terra, sobretudo em áreas que sofreram a retirada da vegetação primária, não sendo raro a formação de uma rede de ravinas subparalelas.
3. Voçorocas (gully erosion) devem-se à ação combinada das águas do escoamento superficial e subterrâneo, desenvolvendo processos como o "pipping" (erosão em subsuperfície abrindo dutos).
– A diferença entre as ravinas e as voçorocas está na presença, no caso das voçorocas, do nível freático aflorando no fundo do canal, o que condiciona uma evolução da erosão (lateral e longitudinal).
· Água no solo
Infiltração é o movimento da água dentro do solo, e seu volume e distribuição são determinados pelo tipo de solo. 
– A água infiltrada e estocada no solo torna-se disponível à absorção pelas plantas e também ao retorno para atmosfera por evapotranspiração. 
– A água que não retorna à atmosfera recarrega o reservatório de água subsuperficial ou subterrânea e daí converge muito lentamente para as correntes de fluxos. 
– Envolve movimentos em todos os sentidos, pois há duas forças atuantes, a gravidade e a força de capilaridade).
Forças atuantes na infiltração de água no solo
– Força gravitacional direciona a água verticalmente no perfil do solo.
– Atração capilar impulsiona a água em todas as direções, sobretudo para cima. Regula a estocagem de água no solo.
· Na zona não saturada, as forças capilares permitem a retenção de água 
– A zona saturada recebe recarga de água da zona não-saturada, o que aumenta o volume de água estocada, elevando o nível freático. 
1. Infiltração
2. Percolação: fluxo que atravessa a zona de aeração (não saturada) em direção ao nível freático.
· Água em subsuperfície
– Possíveis rotas de fluxos de água em encostas (Dunne & Leopold, 1978)
1. FSH: fluxo superficial hortoniano
2. FS: fluxo subterrâneo
3. FSSch: fluxo subsuperficial da chuva
4. FSSat: fluxo subsuperficial de saturação
· Desastres naturais
– "Resultado do impacto de um fenômeno natural extremo ou intenso sobre um sistema social, e que causa sérios danos e prejuízos que excedam a capacidade dos afetados em conviver com o impacto." (SAITO, 2008).
– "Quando eventos extremos da natureza atingem áreas ocupadas ou utilizadas pelo homem, resultando em danos (materiais e humanos) e prejuízos socioeconômicos. IXOBIYAMA et al., 2006
– Dentre os fenômenos de cunho geomorfológico que mais se destacam:
1. Inundações;
2. Terremotos.
· Movimento de massa é o movimento do solo, rocha e/ou vegetação ao longo da vertente 
sob a ação direta da gravidade. 
– A contribuição de outro meio, como água ou gelo se dá pela redução da resistência dos materiais de vertente e/ou pela indução do comportamento plástico e fluido dos solos. 
– Em encostas. 
O que está associado à ocorrência de movimentos de massa?
	 Condicionantes Naturais +
	Formas de uso do solo
	– Formas do relevo
– Características da rede de drenagem da bacia hidrográfica;
– Intensidade, quantidade, distribuição e frequência das chuvas;
– Características do solo e o teor de umidade;
– Presença ou ausência da cobertura vegetal;
– Falhas, fraturas
	– Ocupação das faixas marginais de cursos d’água;
– Retirada de cobertura vegetal;
– Corte em taludes;
– Impermeabilização do solo;
– Descarte inadequado de 
resíduos sólidos;
– Uso agrícola X Uso urbano
Classificações do movimento de massa
– Em função da grande variedade de materiais, processos e fatores condicionantes são 4 conhecidos como queda de blocos, escorregamento, rastejo e corrida.
1. Queda de blocos
– Movimentos rápidos em queda livre pela ação da gravidade e típicos de áreas muito íngremes. 
– Há fraturas nos paredões rochosos ou desgaste na base da encosta (provocando a queda do bloco superior).
– Descontinuidades e/o alívios de tensão também poderão acarretar quedas.
Dinâmica/Geometria/Material
– Sem planos de deslocamento
– Movimentos tipo queda livre ou em plano inclinado
– Velocidades muito altas (vários m/s)
– Material rochoso
– Pequenos a médios volumes
– Geometria variável: lascas, placas, blocos, etc.
– Rolamento de matacão
– Tombamento
2. Escorregamentos
– Processos que ocorrem de forma rápida, com um plano de ruptura definido, o qual separa o material escorregado do não movimentado. 
Dinâmica/Geometria/Material
– Poucos planos de deslocamento (externos)
– Velocidades médias (m/h) a altas (m/s)
– Pequenos a grandes volumes de material
– Geometria e materiais variáveis
– Podem ser divididos em:
2.1. Rotacionais (circulares) solos espessos homogêneos e rochas muito fraturadas.
– Superfície de ruptura curva ao longo da qual se dá um movimento rotacional do maciço de solo. 
– Ocorrência associada geralmente à existência de solos espessos e homogêneos, como os decorrentes da alteração de rochas argilosas.
2.2. Translacionais (planares) solos pouco espessos, solos e rochas com um plano de fraqueza.
– Superfície de ruptura planar associadas às heterogeneidadesdos solos e rochas que representam descontinuidades mecânicas e/ou hidrológicas derivadas d processos geológicos, geomorfológicos ou pedológicos. 
– Rasos, com o plano de ruptura, na maioria das vezes, a 0,5 a 5,0 m de profundidade.
2.3. Em cunha solos e rochas com dois planos de fraqueza.
– Ocorrência mais restrita às regiões que apresentam um relevo fortemente controlado por estruturas geológicas. 
– Associados aos maciços rochosos pouco ou muito alterados, nos quais a existência de duas estruturas planares, desfavoráveis à estabilidade, condiciona o deslocamento de um prisma ao longo da encosta.
3. Rastejos
– Movimentos muito lentos e contínuos e sem limites definidos.
– Podem envolver grande quantidade de material, cuja movimentação normalmente é provocada pela ação da gravidade.
Dinâmica/Geometria/Material
– Vários planos de deslocamento (internos)
– Velocidades muito baixas (cm/ano) a baixas e decrescentes com a profundidade.
– Movimentos constantes, sazonais ou intermitentes.
– Solo, depósitos, rocha alterada/fraturada.
– Geometria indefinida.
4. Corridas
– Movimentos rápidos, nos quais os materiais se comportam como fluidos altamente viscosos.
– Mobilizam expressivo volume de materiais (inclusive blocos e rochas) em curto período de tempo.
– Geralmente ocorre onde há abundância de material “mobilizável” (setores côncavos da encosta).
– Alto poder de destruição, podendo atingir áreas de menor declividade (de baixo risco).
Dinâmica/Geometria/Material
– Muitas superfícies de deslocamento.
– Movimento semelhante ao de um líquido viscoso desenvolvimento ao longo das drenagens.
– Velocidades médias a altas.
– Mobilização de solo, rocha, detritos e água. 
– Grandes volumes de material.
– Extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas.
· Processos Fluviais
· O que é um rio?
– Rios são canais de escoamento concentrado da água que permitem sua transferência por gravidade, das regiões mais altas para as mais baixas.
– Dois tipos de forças: gravitacional e de fricção.
1. Gravitacional impele a água em direção à jusante (regiões mais baixas da bacia), é regulada pela declividade do canal.
– É controlado pelo nível de base local (NBL).
– Perfil longitudinal do canal expressa a relação entre a altimetria e o comprimento de um determinado canal nos diferentes pontos entre nascente e foz.
– Perfil de equilíbrio representando que os processos de erosão, transporte e deposição estão em equilíbrio entre si.
– Nível de Base limite abaixo do qual não ocorre erosão fluvial (geral é o nível do mar, mas há o NBL nível de base local.
2. Fricção resistência ao escoamento (viscosidade)
– Fluxo laminar as partículas de água se movem em linhas paralelas
– Fluxo turbulento o fluxo laminar é rompido por vórtices que geram fluxos em diferentes direções (ascendente, descendente e lateral).
· Carga do Rio material erodido e transportado pelo rio.
1. Carga dissolvida íons e moléculas derivados do intemperismo químico (depende dos materiais disponíveis para decomposição).
2. Carga em suspensão partículas sólidas, orgânicas e inorgânicas (de maneira geral siltes e argilas).
– Tende a reduzir a turbulência do fluxo, reduzindo as forças de fricção e aumentando a eficiência do rio.
– Sedimentos de granulometria fina em suspensão.
– Sedimentos de granulometria mais grosseira deslizam e rolam como carga de leito.
3. Carga de leito onde detritos de grande dimensão (cascalhos) transportados por rolamento no fundo ou saltos.
· Quais os processos envolvidos (dinâmica fluvial)? 
– Erosão e transporte fluvial os sedimentos intemperizados são colhidos para transporte para novas localizações, a água desloca, dissolve ou remove material superficial através do escoamento da água em canais.
– Vazão (volume)
– Potência de um rio capacidade de erodir e transportar.
· Descarga = seção transversal do canal x velocidade 
 (comprimento x profundidade) (distância e tempo)
· Erosão fluvial
– A erosão fluvial pode ocorrer : verticalmente (aprofundando verticalmente (aprofundando o talvegue) o talvegue) ou lateralmente (alargando o canal) lateralmente (alargando o canal).
– A erosão dos canais e leitos fluviais pode ocorrer por meio de três diferentes mecanismos:
1. Corrosão intemperismo químico resultante do contato com a água e o leito fluvial.
2. Abrasão ação mecânica da água que, ao se mover sobre o leito e dentro do canal, remove as camadas já intemperizadas.
3. Cavitação em canais cujas correntes estão sujeitas a grandes velocidades, 
como trechos com quedas d’água (ação de ondas produzidas por bolhas pelas mudanças de pressão no volume de água).
· Deposição fluvial
– Os rios podem depositar sua carga em qualquer lugar ao longo de seu curso, mas a maior parte é depositada nas seções onde o gradiente no canal é pequeno ou onde há mudanças bruscas no gradiente e na profundidade do canal
– Tipos de depósitos de acordo com a localização: de canal e de planície de inundação. 
1. De canal tempo de duração/persistência, divido em 3:
1. Transitórios 
2. Intermitentes
3. Preenchimento
· Migração Lateral do Canal
Resulta em estrangulamento do meandro e formação de meandros abandonados 
2. De planície de inundação depósitos atuais e da planície propriamente dita.
· Enchente, inundação e alagamento são preocupantes porque causam efeitos imediatos (diretos) e efeitos posteriores (indiretos a saúde humana.
– Enchente ou cheia é o aumento temporário do nível d'água no canal de drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal, porém, sem transbordamento
– Inundação é o transbordamento das águas de um canal de drenagem. Atinge áreas marginais (planície de inundação ou área de várzea.
– Alagamento é o acúmulo de água nas ruas e nos perímetros urbanos, por problemas de drenagem.
– Enxurrada é escamento superficial concentrado e com alta energia de transporte, que pode ou não estar associado a áreas de domínio dos processos fluviais.
· Principais formas fluviais 
1. Erosão em leito de rio – Marmitas (potholes) depressão mais ou menos circular escavada pela abrasão giratória de seixos ou blocos rotacionados pela energia da água e mudanças bruscas de pressão.
1.1. A água faz movimentos giratórios nas irregularidades do leito e criam redemoinhos verticais.
1.2. Seixos e cascalhos são levados para depressão e aumentam suas dimensões (abrasão).
1.3. O processo continua a aprofundar e alargar a “marmita”.
2. Deposição 
2.1. Planícies de Inundação faixa do vale fluvial composta por sedimentos aluviais, bordejando o curso d’água. 
– Área que é alcançada pelo nível de água do rio durante as inundações.
2.2. Terraços Fluviais antigas planícies de inundação que foram abandonadas. 
– Representam patamares no relevo, situados acima do nível de água atual, compostos de sedimentos aluviais.
– Constituído por material aluvionar mais antigo e em nível mais alto do que o atual da planície aluvionar e que ficou como testemunho de um período da evolução desta planície. 
– Origem/evolução origem/evolução pode estar ligada a várias causas que refletem em mudança de poder erosivo da corrente fluvial por aumento de competência, do gradiente topográfico e/ou de mudança de nível base, levando a erosão da própria planície que deixa como testemunhos esses terraços.
· Tipos de Leitos Fluviais
1. Leito de vazante escoamento das águas quando o nível está baixo , acompanha o talvegue (linha 
de maior profundidade do canal).
2. Leito menor encaixado entre as margens, nível de água normal.
3. Leito maior (planície de inundação) regularmente ocupado pelas cheias.
· Componentes do sistema fluvial
a. Rede de drenagem (bacia dedrenagem); 
b. Canal; 
c. Meandro; 
d. Leito do canal; 
e. Estrutura sedimentar; 
f. Sedimento (grão)
· O sistema fluvial pode ser dividido em 3 zonas de acordo com os processos dominantes:
– Zona 1 produção de sedimentos;
– Zona 2 transferência de sedimentos;
– Zona 3 deposição de sedimentos.
3
· Bacia hidrográfica ou de drenagem “sistema que compreende um volume de materiais predominantemente sólidos e líquidos, próximos à superfície terrestre, delimitado interna e externamente por todos os processos, que a partir do fornecimento de água, pela atmosfera, interferem no fluxo de matéria e energia de um rio ou rede de canais fluviais. Inclui, portanto, todos os espaços de circulação, armazenamento e saídas de água e material transportados.” (IBGE, 2009).
Aspectos Hidrológicos
– Dinâmica da água;
– Vazão de cursos fluviais;
– Carga em suspensão;
– Níveis de água dos cursos d’água
Aspectos Hidrográficos
– Espacialidade do sistema
– Morfologia e morfometria da bacia através de índices
· Divisores de Drenagem 
– Marcos físicos que representam os limites das bacias marcos físicos que representam os limites das bacias.
– Em termos geomorfológicos, a principal função do sistema fluvial é o rebaixamento do relevo através da erosão/transporte/deposição.
· A dinâmica fluvial age em dois sentidos:
– Verticalmente, através da incisão fluvial, e transferência de sedimentos da montante para jusante;
– Lateralmente, através das trocas que geram as feições erosivas e deposicionais ao longo do canal.
a. Incisão do canal no leito rochoso; 
b. Transferências de sedimentos gerando feições fluviais; 
c. Variação do nível de água do canal também gerando feições fluviais e o entalhamento do vale.
· Alúvio, Elúvio ou Colúvio
– Alúvio detritos ou sedimentos carregados pelo rio, se origina nas margens e é transportado pelos rios.
– Elúvio depósito detrítico ou simples resultantes da desintegração da rocha matriz, permanece in situ. Se refere sobretudo à formação de solos.
– Colúvio material transportado pelo efeito da gravidade. O material transportado aparece no sopé das vertentes ou em locais não muito afastados, pois o fator de transporte é a declividade.
· Processos Eólicos 
– Ações: Erosão → Transporte → Deposição.
– Éolo = deus dos ventos (mitologia grega).
– A capacidade dos ventos de moverem material é pequena em comparação à água ou gelo, porque o ar é muito menos denso. No entanto, ao longo do tempo, o vento realiza grande trabalho.
· Erosão eólica
– Deflação: remoção e suspensão de partículas individuais soltas. Retira sedimentos soltos e não coesos, e utiliza a água da chuva para formação do pavimento desértico (similar a rua de paralelepípedos).
– Abrasão: desgaste de superfícies de rochas pelas ação de “jateamento de areias”. As rochas expostas à abrasão eólica parecem furadas ou polidas e geralmente têm uma forma aerodinâmica em uma direção específica (de acordo com a direção dos ventos dominantes). Gera “ventifactos” (artefatos dos vento).
· Transporte eólico
– O tamanho do grão é importante!
– Grãos de tamanho intermediário se movem com mais facilidade, eles ricocheteiam. 
– São as partículas de areia maiores e menores que exigem ventos mais fortes para se moverem.
· Ambientes eólicos
– O vento é um agente geomorfológico em todos os ambientes terrestres, no entanto sua maior atuação se dá somente em regiões áridas com solos e sedimentos de granulometria fina, pouca ou nenhuma vegetação.
– A ação eólica também é bem representativa ao longo de áreas costeiras arenosas e campos descobertos.
– Nos demais ambientes a atividade eólica é limitada pela cobertura vegetal e umidade do solo, as quais auxiliam na coesão das partículas e impedem que sejam transportadas pelo vento.
– Lençóis Maranhenses: O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (PNLM) é composto por um extenso campo de dunas com lagoas temporárias e perenes, apresentando morfodinâmica diferente de outros locais da costa brasileira.
· Deposição eólica
– Duna: acúmulo de areia esculpido pelo vento.
– Geralmente assimétrica em uma ou mais direções.
– Barlavento: encosta voltada para o vento.
– Sotavento: encosta abrigada do vento.
Formação de dunas
– Os ventos criam um lado de leve inclinação (barlavento) e uma face mais acentuada, chamada de face de avalanche (sotavento).
– O fluxo constante de novos materiais torna a face de avalanche um tipo de vertente (íngreme).
– A areia se acumula conforme se move sobre a crista da duna até a extremidade; então uma avalanche é criada e a areia cai em cascata conforme a face de avalanche continuamente se ajusta, procurando seu ângulo de repouso.
– A formação de dunas depende da A formação de dunas depende da velocidade/direção do vento e volume de areia.
Tipos de Dunas
1. Barcana
– Duna em formato crescente com as pontas na direção do ventos.
– Os ventos são constantes com pouca variabilidade de direção. 
– Somente uma face de avalanche.
2. Transversal 
– Apresenta cristas assimétricas à direção do vento.
– Somente uma face de avalanche.
– Resulta de vento não muito efetivo e abundante fornecimento de areia.
3. Parabólica
– Presença de vegetação de fixação.
– Extremidade aberta é contrária ao sentido do vento com depressão em forma de U e braços ancorados pela vegetação.
– Múltiplas faces de avalanche.
4. Longitudinal
– Duna longa, levemente sinuosa em forma de crista, alinhada paralelamente à direção do vento;
– Grandes dimensões (altura e extensão)
– Resulta de fortes ventos que variam em direção. 
Escultores de paisagens de dunas
· Processos Glaciais
– Ambientes glaciais: Áreas onde o gelo e as águas derivadas do degelo são os principais agentes de erosão, transporte e deposição de sedimentos.
– Maior parte do gelo: 
Groelândia (2,38 milhões de Km³)
Antártica (30,1 milhões de Km³)
Montanhas, regiões alpinas.
· Formação do gelo da geleira
– O gelo é um mineral (composto inorgânico de composição química específica e estrutura cristalina) e uma rocha (massa de um ou mais minerais).
Geleiras (rios de gelo)
– Geleira é uma grande massa de gelo repousando sobre a terra ou flutuando como uma plataforma de gelo no mar.
– Formadas tanto pela acumulação contínua da neve que recristaliza sob a ação de seu próprio peso, em um massa de gelo.
– Não são estacionárias, se movimentam lentamente devido: pressão de seu próprio peso; ou força da gravidade
– Formam-se em áreas de neve permanente, tanto em altas latitudes como em altitudes elevadas (em qualquer latitude).
– Há geleiras continentais e geleiras alpinas.
1. Geleiras continentais
– Geleira de anfiteatro: quando o relevo é escavado na cabeceira (início) do vale.
– Apresentam um escala muito maior que as geleiras alpinas individuais, pois representam uma massa contínua de gelo, um manto de gelo (recobrindo 81% da Groelândia e mais de 99% do continente Antártico).
– Os mantos de gelo podem atingir espessuras superiores a 3 Km.
– Se apresentam em forma de:
Calota de gelo: formato circular e de extensão menor que 50.000 Km², enterra completamente a paisagem.
Campo de gelo: formato alongado e de extensão maior que 50.000 Km², as cristas e picos maiores do relevo ficam visíveis (nunatak).
2. Geleiras alpinas (Geleira de Montanha)
– Geleira em vale, representando um rio de gelo confinado em um vale.
– Conforme a geleira flui vale abaixo, a paisagem adjacente é alterada (criam-se formas erosivas).
· Balanço de massa glacial
– A manutenção da geleira depende do equilibro ou balanço entre a acumulação de neve e a perda de gelo por ablação.
– Acumulação inclui todos os processos pelo qual a neve, o gelo e a água são adicionados a geleira, precipitação de neve, transporte de neve e gelo,condensação de gelo a partir de vapor d’água, avalanche.
– Ablação inclui todos os processos pelo qual a neve, o gelo ou a água são perdidos por uma 
geleira, derretimento, evaporação, desprendimento de icebergs, erosão e avalanche.
– O limite entre as duas zonas denomina-se linha de neve ou linha de equilíbrio.
· Formas erosivas alpinas
1. Vales em forma de U com encostas íngremes e fundo achatado.
2. Fiordes (“Vale glacial afogado”) a geleira pode erodir abaixo do nível do mar. E quando o vale glacial se comunica com o oceano, este pode ser inundado.
· Formas deposicionais alpinas
1. Drift termo geral para todos os depósitos glaciais, tanto selecionados (drift estratificado) como não selecionados (till).
2. Morainas: Forma de relevo constituídas por sedimentos clásticos (till, geralmente grosseiros), portanto, apresentam baixa seleção granulométrica.
São classificadas de acordo com as diferentes posições que ocupam em relação à geleira:
– Moraina lateral forma-se ao longo de cada lado da geleira.
– Moraina medial (central) quando duas morainas laterais se juntam.
– Moraina terminal detritos soltos na extensão da geleira.
· Relevos Cársticos
– Geomorfologia cárstica é o estudo da forma, gênese e dinâmica dos relevos elaborados sobre rochas solúveis pela água.
– Primeiros estudos foram de pesquisadores austríacos de onde provém a terminologia de origem servo-croata. Carst, KARST (alemão), de KRAS "pedra dura, deserto de pedra".
– Relevância para estudos de paleontologia, arqueologia, do Quaternário.
– Evidenciam bastante as mudanças climáticas do Quaternário;
– Estrutura ruiniforme (em forma de ruínas) com padrões enrugados e corroídos pelo tempo, arcadas suspensas abrindo-se em cavernas subterrâneas e os abrigos com seus sumidouros frente a lagoas de águas cristalinas sempre atraíram o homem.
· Rochas carbonáticas ou calcários são rochas constituídas por calcita (carbonato de cálcio) e/ou dolomita (carbonato de cálcio e magnésio).
– Podem ainda conter impurezas como matéria orgânica, silicatos, fosfatos, sulfetos, sulfatos, óxidos e outros.
	Denominação 
	% de MgO
	Calcário
	0-1,1
	Calcário magnesiano 
	1,1-2,1
	Calcário dolomítico 
	2,1-10,8
	Dolomito calcitíco 
	10,8-19,5
	Dolomito
	19,5-21,7
– O termo "calcário" é empregado para caracterizar um grupo de rochas com mais de 50% de carbonatos.
· Rochas carbonáticas ou calcários são rochas constituídas por calcita (carbonato de cálcio) e/ou dolomita (carbonato de cálcio e magnésio).
· Características do relevo cárstico
– Formas originadas pela dissolução de sais em áreas de rochas carbonáticas;
– Drenagem predominantemente no sentido vertical e subterrânea, sem a presença de drenagem superficial.
– Condições de pleno desenvolvimento:
1. Camada de rochas solúveis com presença de fissuras e fraturas que permitem a ação da
água
2. Amplitude topográfica para que haja livre circulação das águas subterrâneas, esculpindo as feições cársticas.
3. Precipitação moderada
4. A gênese e evolução de uma paisagem cárstica depende do grau de dissolução da rocha, da qualidade e volume de água.
· Compartimentação do relevo cárstico
1. Exocarste: Conjunto de formas superficiais, cujas formas típicas são: dolinas, poljes, lapiaz, uvalas.
2. Endocarste: Conjunto de formas do meio subterrâneo representadas pelos condutos subterrâneos, cujas formas típicas são: colunas ou pilares, estalactites, estalagmites.
3. Epicarste: Conjunto de formas subsuperficiais, constituído pela porção superior da rocha base contendo rede de fissuras alargadas por processos cársticos.
Formas exocársticas 
1.1. Lapiás/Lapiaz/Lapies
– Sulcos superficiais nas rochas calcárias que podem aparecer recobertos por solos ou a céu aberto.
– Essas fendas apresentam tamanho (a amplitude entre as depressões e as cristas
das fendas variam de alguns milímetros a mais de 10 metros) e direções variáveis; suas paredes laterais são bastante agudas em função do intenso recortamento pela água.
1.2. Dolina
– São feições de tamanho variado (1 a 1.000 metros de largura a mais de 10 metros de profundidade), caracterizadas por depressões circulares elípticas com contornos sinuosos.
– As dolinas podem ser classificadas em:
Forma de balde sua borda é marcada por declividades acentuadas (escarpas) onde notam-se afloramentos rochosos;
Funil um dos lados é recoberto por sedimentos, quando assoreadas passam a ser consideradas em formato de bacia.
1.3. Uvalas
– São feições caracterizadas pela junção de duas ou mais dolinas.
– São depressões em forma de flor, com fundo irregular.
1.4. Polje
– Planícies cársticas, onde a atuação contínua da água sobre a rocha calcária promove a formação de uma plataforma pelo processo de dissolução.
Formas endocársticas 
2.1. Estalactites
– Feições de acumulação química pendentes no teto das cavernas calcárias, devido ao gotejar da água do teto interno que ao reagir com a rocha propicia a precipitação do carbonato de cálcio.
 
2.2. Estalagmites
– Formas de deposição química assentadas no assoalho das cavernas calcárias devido ao contínuo gotejar da água do teto interno que ao reagir com a rocha, propicia a precipitação de carbonato de cálcio.
2.3. Colunas ou pilares
– Formas de deposição química encontradas em cavernas calcárias quando ocorre a união de estalactites e estalagmites.
· Meteorização química num maciço calcário 
· Paisagens cársticas brasileiras
· Introdução à Pedologia: Ciência do Solo
– Demonstra interesse tanto na camada superficial quanto nas outras camada visando entender a pedogênese (formação do solo). 
– Considera o solo um objeto em si próprio, não se preocupando de imediato com as aplicações.
– Agronomia: totalidade das ciências, técnicas e conhecimentos que regem a prática da agricultura.
– Edafologia: o estudo do solo, do ponto de vista dos vegetais superiores.
– Pedologia: estuda a origem do solo, a sua classificação e descrição.
· Liebig e a lei do mínimo
"Desenvolvimento de uma planta será limitado por aquele nutriente faltoso ou deficitário, mesmo que todos os outros elementos ou fatores estejam em abundância.”
– Plantas crescem de acordo com os elementos encontrados no solo.
– Adição de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) para acelerar o crescimento agrícola.
· Conceito de solo
– Solos são corpos naturais, ocupam porções na superfície terrestre, suportam plantas e as edificações do homem e apresentam propriedades resultantes da atuação integrada do clima e dos organismos, atuando sobre o material de origem, condicionado pelo relevo, durante um período de tempo (Soil Survey Staff, 1951).
– Camada de alteração da rocha que recobre toda a superfície terrestre, exceto afloramentos rochosos e corpos de água, resultado da interação de fatores e processos pedogenéticos, organizado em horizontes e capaz de manter uma vegetação natural. 
– Solo como uma rocha intemperizada ou regolito: Usado por engenheiros, geólogos, cientistas
espaciais, e oceanógrafos. Solo neste conceito inclui todo material solto e rocha inconsolidada sobre a superfície da terra,
– Solo como um meio para o crescimento das plantas: A relação muito próxima entre plantas e solos tem sido usada desde a pré-história, desde que o homem passou a cultivar. A primeira classificação neste sentido foi desenvolvida na China entre 4.000 e 5.000 anos atrás.
– Solo como um corpo natural organizado: Dokuchaev foi quem mostrou que os solos tinham horizontes formados por processos pedogenéticos , e que eram diferentes da rocha de origem ou sedimentos. Cujas características eram determinadas pela combinação de determinados fatores.
– Definição de solo pela Soil Taxonomy: Coleção de corpos naturais sobre a superfície da terra, em alguns lugares modificado e até mesmo feito pelo homem, utilizando a terra, contendo matéria viva e sustentando ou capaz de sustentar plantas ao ar livre.
· Fluxo de energiae formação de solos
– O solo é um sistema aberto que troca matéria e energia (oxigênio, gás carbônico, água, vapor, metano, outros gases com a atmosfera.
– Materiais solúveis (nitrato, matéria orgânica solúvel) são lixiviados do corpo do solo.
– Processos físicos, químicos e biológicos no solo resultam numa distribuição desuniforme de materiais nos horizontes e solos.
– Deposição e erosão de materiais causam redistribuição de partículas na paisagem.
– Esses mecanismos operam numa escala de tempo de centenas, milhares ou milhões de anos.
· Fatores de formação do solo
– Dokuchaev consolidou a concepção de que as propriedades do solo são resultado dos fatores de formação do solo que nele atuaram e ainda atuam, a saber:
– Material de origem (parental): pode ser uma rocha ou um sedimento inconsolidado, aluvial (depósito de rio), ou coluvial (depósito de material no sopé das elevações).
– Tempo relacionado à maturidade, ao grau de desenvolvimento de um solo, e não ao tempo cronológico.
– Solo jovem pedogênese pouco intensa (ou que a taxa de erosão foi maior que a taxa de pedogênese, formando um solo pouco espesso, podendo apresentar minerais ainda passíveis de intemperização.
– Solo velho solo espesso, quimicamente pobre, com minerais profundamente intemperizados e acúmulo de óxidos.
– Clima (precipitação e temperatura) é o fator que, isoladamente, mais contribui para o intemperismo, determinando o tipo e a velocidade do intemperismo em uma dada região.
– Relevo a topografia regula a velocidade do escoamento superficial das águas pluviais e, portanto, controla a quantidade de água que se infiltra nos perfis, assim como os fluxos de erosão.
– Organismos compreende os vegetais, animais, bactérias, fungos, liquens, os quais têm influencias dinâmicas nos processos de formação do solo. Através de ações físicas e químicas que podem ser classificadas como conservadoras (interceptação da chuva) e transformadoras (incorporação de matéria orgânica).
· Processos específicos de formação do solo
– Latossolização formação dos latossolos, no qual sobressaem os processos gerais de remoção e transformação. Os fatores clima e organismos apresentam uma ação intensa por um longo tempo, em uma condição de relevo que propicia a remoção de sais solúveis e a transformação acentuada de minerais, em busca de uma condição de equilíbrio, resultando no acúmulo de minerais mais estáveis e óxidos de Fe e Al.
– Podzolização translocação de argila e de compostos organo-minerais.
– Espodossolos translocação de complexos de matéria orgânica e óxidos de ferro e/ou alumínio. Formados a partir de material arenoso e sob condições que facilitam o acúmulo superficial de matéria orgânica e a acidólise (baixas temperaturas ou hidromorfismo acentuado).
– Argissolos translocação de argila. Formados em condições de alternância de ciclos de umedecimento e de secagem (clima com estações seca e úmida definidas, ou posição na paisagem que permita tal alternância, tal como sopé de encostas).
– Salinização ou Halomorfismo acumulação de sais no perfil. É comum adição de sais pelo lençol freático ou pela erosão das elevações circundantes. Associados a planícies ou depressões onde a drenagem é deficiente e a precipitação pluviométrica é menor do que a evapotranspiração.
– Hidromorfismo alguns horizontes do solo estão sujeitos à submersão contínua ou durante a maior parte do tempo. Os processos gerais de formação do solo que mais se destacam são a transformação de minerais passíveis de redução, e a adição de matéria orgânica, que se acumula devido à menor taxa de decomposição.
· Principais tipos de solo
1. Latossolo
– Solos velhos (muito alterados em relação à rocha de origem), profundos, com grande desenvolvimento do horizonte B. 
– Do latim lat (material muito alterado). 
– Recobre 31,6% do território brasileiro.
2. Argissolo
– Solos com acumulação de argila no horizonte B. 
– A coloração do horizonte B depende das condições de drenagem interna do solo, bem como, do tipo e quantidade de óxidos de ferro e alumínio presentes.
– Recobre 26,9% do território brasileiro. 
3. Neossolo
– Solos jovens em início de formação (sem presença de horizonte B). 
– Do grego neo (novo). 
– Recobre 13,2% do território brasileiro.
– Apresenta um horizonte A, assentado diretamente sobre um horizonte C, constituído por estratos de depósitos sedimentares.
4. Plintossolo
– Solos com acumulação de ferro em algum horizonte, causando endurecimento. 
– Do grego plínthos (tijolo). 
– Recobre 7% do território brasileiro.
5. Cambissolo
– Solos que possuem horizonte B em estágio inicial de formação. 
– Do latim cambiare (trocar, mudar), indicando que este solo já é mais desenvolvido que o Neossolo. 
– Recobre 5,3% do território brasileiro.
6. Gleissolo
– Solos com cores acinzentadas. 
– Do russo gley (massa de solo pastosa), devido à usual pegajosidade. 
– Recobre 4,7% do território brasileiro. 
7. Luvissolo
– Solos jovens com acumulação de argila no horizonte B e alta fertilidade química natural. 
– Do latim luere (lavar) devido à perda de argila da superfície. 
– Recobre 2,9% do território brasileiro.
8. Espodossolo
– Solos com alto teor de areia, que apresentam horizonte B que acumula matéria orgânica. 
– Do grego spodos (cinza vegetal). 
– Recobre 2,7% do território brasileiro.
9. Planossolo
– Solos com acúmulo de argila no horizonte B, que geralmente tem cores acinzentadas. 
– Do latim planus (plano). 
– Recobre 2,7% do território brasileiro.
10. Nitossolo
– Solos velhos com horizonte B com estrutura desenvolvida com superfícies brilhantes no horizonte B. 
– Do latim nitidus (brilhante). 
– Recobre 1,1% do território brasileiro.
11. Chernossolo
– Solos jovens, com razoável conteúdo de matéria orgânica e alta fertilidade química natural. 
– Do russo chernyy (negro). 
– Recobre 0,4 % do território brasileiro.
12. Vertissolo
– Solos jovens, que formam fendas pronunciadas quando secos, com elevada fertilidade química. 
– Tem elevada capacidade de expandir (molhados) ou contrair (secos). 
– Do latim vertere (inverter), devido à presença das fendas que permitem a mistura dos horizontes no perfil de solo. 
– Recobre 0,2 % do território brasileiro.
13. Organossolo
– Solos com altos teores de matéria orgânica, mas baixa fertilidade química. 
– Do grego organikós: pertinente ou próprio de compostos de carbono.
– Recobre 0,03 % do território brasileiro.
· Processos específicos de formação do solo origem, criação, processos e fatores de formação do solo.
– Para os estudos pedogenéticos não precisamos considerar os aspectos mais práticos (produtividade agrícola, fertilidade, etc).
– Os atributos encontrados em determinado solo, e representado pelos seus horizontes, podem ser entendidos e interpretados como uma síntese de todos os acontecimentos daquele local específico.
– Se não tivermos algum conhecimento de como o solo - no passado - se formou, não poderemos saber - no presente - como preservá-lo ou prever - para o futuro - como ele irá se comportar.
– A influência ou ajuste de ações do homem sobre o meio ambiente e, consequentemente, sobre os fatores e processos de formação do solo só poderá ser mais bem conhecida e controlada com o uso dos conhecimentos da pedogênese e a simulação, no tempo e espaço, de como o solo evolui a partir de seu material de origem.
– O desenvolvimento do solo envolve muitos processos físicos, químicos e biológicos que atuam muito tempo sobre materiais como rochas e sedimentos.
– Como a ação destes processos físicos, químicos e biológicos não é uniforme em profundidade , o perfil do solo individualiza-se em diversas camadas → horizontes.
· Perfil de solo
– Seção vertical que, partindo-se da superfície aprofunda-se até onde chega a ação do intemperismo, ou seja, seu limite em profundidade é dado pela presença do material de origem intacto.
– É formadopor um conjunto de horizontes que vai da superfície até o material de origem.
– Horizonte: camada de solo aproximadamente paralela à superfície com propriedades distintas das camadas adjacentes.
– Os horizontes se formam como consequência da movimentação de substâncias (processos de perdas, adições, transformações e translocações), cuja intensidade varia com as condições onde se forma o próprio solo.
· Definições dos principais horizontes
– O limite entre um horizonte e outro é discernível a partir das propriedades de cor, textura, estrutura, consistência, porosidade, presença ou ausência de determinados minerais, umidade e processos químicos.
O: no topo do perfil de solo encontra-se o horizonte O (orgânico) devido a sua composição orgânica, derivada da serapilheira vegetal e animal que foi depositada na superfície e transformada em húmus.
A: partículas de húmus e argila são particularmente importantes por fornecerem elos químicos essenciais entre os nutrientes do solo e as plantas. Horizonte geralmente mais rico em conteúdo orgânico, e, portanto, mais escuro do que os horizontes inferiores, onde ocorre a perturbação humana.
E: mais claro, argilo-silicatos e óxidos de alumínio e ferro são lixiviados e levados para horizontes inferiores. Eluviação: processo de remoção de partículas finas e minerais pela água.
B: acumulação de argilas, alumínios e ferro (iluviação: processo de deposição destes materiais). Alguns materiais que se ocorrem no horizonte B podem ter se transformado no local, a partir do intemperismo.
C: Rocha-matriz ou material intemperizado (regolito). Horizonte não muito afetado pelas operações do solo. Geralmente constituído de carbonatos, sais solúveis ou sílica.
R: No fundo do perfil de solo encontra-se o perfil R (rocha), consistindo de material inconsolidado ou rocha-matriz consolidada.
Quando a rocha-matriz intemperiza física e quimicamente em regolito, ele pode ou não contribuir para os horizontes acima.
· Processos gerais de formação do solo
– A atuação dos fatores de formação do solo gera processos específicos de adição, remoção ou perda, transformação e translocação.
– Esses processos podem ocorrer em todos os solos, mas com tipos, tempo e intensidades diferentes.
– São as maiores, menores ou diferentes tipos de adições, transformações, remoções e translocações que fazem com que determinado material de origem - por mais homogêneo que seja - se modifique e se organize nas camadas que chamamos de horizonte.
– Adição: Qualquer contribuição externa ao perfil do solo. De matéria orgânica, materiais depositados tanto por enchentes como por movimentos de massa nas encostas, gases que entram por difusão nos poros do solo (CO2, O2, N2), adubos, corretivos, agrotóxicos, adição de solutos pela chuva, etc.
– Remoção ou Perda: perdas de gases, líquidos ou sólidos em superfície (exportação de nutrientes pelas colheitas, perdas de compostos voláteis por queimadas, perdas por erosão) ou em profundidade (lixiviação de solutos pelo lençol freático, perdas de soluções com íons reduzidos Fe, Mn). 
– Transformação: física (quebras de minerais e rochas, umedecimento e secagem do solo com quebra de agregados, compressão provocada pelo crescimento de raízes), química (intemperismo químico) ou biológica dos constituintes do solo, envolvendo síntese e decomposição. 
– Translocação: movimento de materiais de um ponto para o outro dentro do perfil do solo (movimento de argilas e/ou solutos de um horizonte para o outro, o preenchimento de espaços deixados por raízes decompostas, ou bioturbação, o movimento de materiais promovido pela atividade agrícola).
· Propriedades do solo
Cor do Solo:
– É a sensação visual que se manifesta na presença da luz e, reflete a quantidade de matéria orgânica, o tipo de óxido de ferro presente, além da classe de drenagem do solo. 
– A carta Munsell é comumente utilizada na designação de cores do solo. Nela constam o matiz, o valor (ou tonalidade) e o croma (ou intensidade). 
– O matiz refere-se à combinação dos pigmentos vermelho (do inglês red) e amarelo (do inglês yellow), o valor indica a proporção de preto e de branco e o croma refere-se à contribuição do matiz. Os matizes variam de 5R (100% de vermelho e 0% de amarelo) até 5Y (0% de vermelho e 100% de amarelo).
Textura
– Representa as proporções de argila, silte e areia, e tem sido utilizada como sinônimo de granulometria.
– A argila é sentida através de sua pegajosidade, o silte pela si sedosidade e a areia pela sua aspereza.
– Textura arenosa = teor de argila + silte menor ou igual a 15%,
– Textura média = teor de argila + silte maior ou igual a 15% e o teor de argila não superar 35%,
– Textura argilosa = teor de argila estiver entre 35 e 60%
– Textura muito argilosa = teor de argila superior a 60%.
Estrutura 
– As partículas de argila, site e areia normalmente estão reunidas, formando agregados. A estrutura refere-se ao arranjo dessas partículas, sendo os principais tipos.
Consistência
– Ocorre em função das forças de adesão e coesão, que variam com o grau de umidade do solo. Varia com textura, quantidade de matéria orgânica, quantidade e natureza do material coloidal (argilas) e teor de água.
– Solo saturado: se pressionado entre os dedos, é pegajoso, com certo grau de aderência, comportamento plástico (maleável).
– Solo úmido: consistência não coerente (solto).
– Solo seco: quebradiço e rígido, consistência de solto a extremamente duro.
· Propriedades Físicas e Químicas do Solo
Composição Química do Solo
– Ponto de vista macroscópico é composto por 3 fases cujas proporções podem variar:
1. Sólida (minerais e matéria orgânica)
Fase sólida
– Silicatos são partículas formadas por estruturas poliméricas de Si + O.
– A polimerização resulta em cadeias estruturais com diferentes tipos de agrupamento. A classificação dos silicatos baseia-se no tipo de cadeia e, portanto, no grau de polimerização (compartilhamento do íon oxigênio).
Porção mineral (fase sólida) 
– Argila mineral originado de silicatos (substituição de íons): categoria de aluminossilicatos.
– Partículas com diâmetros < 2 µm
– Constituem uma reserva de nutrientes minerais para as plantas
Húmus
– Material orgânico que dá ao solo sua cor escura (“castanho-amarronzada”).
– Constituído por vegetais e animais parcialmente decompostos ao material original (perda de CO2).
– Apresenta várias substâncias, como proteínas e lignina.
– Os compostos com grupos ácidos (ác. húmico e fúlvico) são importantes para “estabilizar” elementos metálicos, solúveis em meio alcalino.
– É formado naturalmente (espontaneamente) por bactérias e fungos do solo (organismos decompositores).
– Depende também de outros fatores: umidade e temperatura.
– Pode ser induzido pelo homem.
2. Líquida (água) constitui a chamada “solução do solo” (água + substâncias dissolvidas) .
Fase Líquida
– Solução de eletrólitos e substâncias orgânicas solúveis que envolve a que envolve a fase sólida fase sólida e que está em equilíbrio com a mesma. 
– Principais eletrólitos: H+ , Na+ , K+, NH4 +, Ca2+, Mg2+, Al3+, SO42- , NO3-, PO43-, CO32- → Define o pH do solo.
– A água do solo água contém os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas. 
– Nutrientes que provém do solo se dissolvem na água.
– Umidade no solo onde solos argilosos concentram mais água do que solos arenosos.
Tipo de aproveitamento para a agricultura depende dos seguintes parâmetros
– Acidez: dada pela presença de íons H+. Determinada por potenciométrica (pH). Análise é feita em diferentes meios (água, solução de KCl e solução de CaCl2) 
– Matéria orgânica: dada pelo teor de substâncias orgânicas. Determinada por técnicas instrumentais.
– Alumínio solúvel: concentração de íons Al3+ que ocorrem em solos ácidos. Determinado por técnicas espectrométricas de análise, como a de absorção atômica.
– Macronutrientes K, Ca, Mg e P: concentração dos elementos K+,Ca2+, Mg2+ e PO43- Determinados por técnicas espectrométricas de análise.
Fertilidade e sua Utilização:
– O conceito está ligado a disponibilidade de nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas: macronutrientes e micronutrientes:
– Em solos produtíveis, nos quais os Ciclos biogeoquímicos não são suficientes para manter o solo fértil (os elementos essenciais aos vegetais não são inesgotáveis), quando há deficiência de minerais é possível realizar intervenções para garantir a produtividade. 
1. Calagem: adição de calcário para elevar o pH , diminuir a toxicidade de Al3+e Mn2+ e aumentar os teores de Ca2+ e Mg2+.
2. Adubação: adição de substâncias químicas, as quais variam com o contexto. Tipos: correção (antes plantio), de crescimento (início desenvolvimento) e, manutenção (durante). Podem ser recompostos principalmente por fontes de fósforo, potássio, cálcio, magnésio, boro e nitrogênio.
Propriedades físico-químicas estão relacionadas à sua fração argila 
– Origina os microporos e retém bastante água 
Demais frações minerais do solo: 
– Silte partículas de quartzo entre 0,002 – 0,05 mm. Origina poucos poros, “adensa” o solo e retém pouca água;
 
– Areia partículas de quartzo entre 0,05 – 2 mm. Origina os macroporos, facilita a aeração e retém pouca água → Solos com pouca água menos nutrientes disponíveis.
3. Gasosa (gases como O2 e N2)
Fase Gasosa
– Apresenta os mesmos constituintes do ar, mas com algumas diferenças nas suas proporções.
– Solos bem arejados garantem bom desenvolvimento radicular.
– Solos cinzentos indicam baixa aeração - amônio (NH4+), sendo o N2 é o mais importante → ureia, nitrato (NO3-).
– Composição dos principais componentes gasosos no ar atmosférico e no solo.
	Componentes
	 
	
	
	Ar 
	O2 
	CO2
	N2
	Atmosférico 
	21
	0,03
	72
	No solo
	19
	0,9
	79
– Presença das formas acessíveis de nitrogênio tem fertilidade do solo.
– Transformação do nitrogênio orgânico nas formas acessíveis: 
– Fixação de nitrogênio.
– Uma das etapas envolve ação bacteriana. 
– Pode ser favorecido com o uso de certos pode ser favorecido com o uso de certos cultivares. 
Reações
· Unidades morfoestratigráficas 
– Um corpo de rocha sedimentar identificável, primariamente, pela forma com que se expõe na superfície do terreno, podendo distinguir-se, ou não, pela litologia, das unidades contíguas, e apresentando ou não a mesma idade em toda sua extensão.
– Método estratigráfico próprio dos depósitos quaternários que guardam sua expressão morfológica original (Meis, 1977)
– Unidade Morfoestratigráfica: material cuja deposição deu origem a forma topográfica (Frye e Willman, 1960).
· Sistemas morfoclimáticos
– Estabelecidos a partir de variáveis que permitem a definição de ambientes onde a dinâmica geomorfológica é distinta.
– A escala de observação, é variável:
1. Planetária: zona
2. Nas zonas: domínios 
3. Nos domínios: regiões 
· Domínios morfoclimáticos do Brasil 
1. Domínio Amazônico
– Clima: Equatorial úmido
– Relevo: formado essencialmente por depressões. Baixos planaltos e Planícies aluviais.
– Solos: No geral, baixa fertilidade. Solos de várzea: próximo aos rios.
– Terra preta: solo orgânico fértil
– Vegetação: Floresta Amazônica, latifoliada e Perene, Heterogênea
 
2. Domínio dos Cerrados
– Clima: Tropical Continental.
– Relevo: Terrenos cristalinos (mais antigos): serras e Terrenos sedimentares: chapadas Planalto Meridional.
– Solos: pobres e ácidos, altamente lixiviados.
– Região sul: manchas de terra roxa (derrame basálticos).
– Vegetação: dois estratos. Arbóreo-arbustivo: árvores pequenas; Herbáceo: Gramíneas e rasteiras; e Matas galerias ou ciliares.
3. Domínio das Caatingas
– Clima: Tropical semi árido
– Relevo: Depressões interplanálticas; Planalto de Borborema; Serras no Norte Intemperismo físico; e Inselbergs: Morros residuais (cristalinos)
– Solos: pouco profundos.
– Vegetação: vegetação arbustiva / "Mato branco"; Caducifólia: perde as folhas; Xeromorfismo (caule grosso, raízes profundas); e Brejos: áreas de maior umidade.
4. Domínio das Araucárias 
– Clima: Subtropical úmido.
– Relevo: Planalto Meridional (terrenos sedimentares) e Cuestas (erosão diferencial – frente inclinada, reverso suave).
– Solos: Terra roxa (decomposição de basalto.
– Vegetação: Coníferas (araucárias).
5. Domínio das Pradarias
– Clima: Subtropical úmido.
– Relevo: Plano (colinas e coxilhas).
– Solos: Férteis, arenosos (arenização).
– Vegetação: Campos limpos (pampas).
6. Domínio dos Mares de Morros
– Clima: Tropical úmido.
– Relevo: Planalto Atlântico (Serra do Mar, Serra da Mantiqueira).
– Solos: intemperismo químico, fertilidade.
– Vegetação: Mata Atlântica.
· Paisagem representativa 
Chapadões
– De acordo com King (1956), a Chapada dos Veadeiros faz parte da superfície de aplainamento Sul-Americana, que representa a mais antiga superfície de erosão da região. Regionalmente, a área é caracterizada por dois grandes compartimentos:
1. Planalto central (Goiano)
– Constituído de dois grandes blocos planálticos, limitados por escarpas e serras com prolongamentos que seguem a orientação dos dobramentos (preferencialmente NE-SO e no compartimento norte, a orientação estrutural é predominantemente N-S)
– Formas estruturais instaladas sobre dobramentos caracterizam o relevo. Essas estruturas são truncadas por superfícies de aplainamento, as quais se superpuseram falhamentos.
– Na porção setentrional da unidade, o relevo é influenciado pela presença de intrusões.
2. Depressão (de Tocantins)
– A Depressão do Tocantins é considerada uma porção de abatimento da crosta (RadamBrasil, 1984) e, devido às suas características peculiares e à apresentação de litologias diferentes foi dividida em duas unidades geomorfológicas: o Pediplano do Tocantins e o Vão do Paranã. 
– O Pediplano Tocantins engloba toda a bacia hidrográfica do rio Palma, prolongando-se desde a garganta de superimposição, um entalhe do rio Paranã no Complexo Montanhoso Veadeiros-Araí. – Neste complexo montanhoso as altitudes predominantes variam entre 400 e 600m.
3. Tabuleiros e chapadas são conjuntos de formas de relevo de topo plano, elaboradas em rochas sedimentares, em geral limitadas por escarpas; os tabuleiros apresentam altitudes relativamente baixas, enquanto as chapadas situam-se em altitudes mais elevadas.
4. Planaltos são conjuntos de relevos planos ou dissecados, de altitudes elevadas, limitados, pelo menos em um lado, por superfícies mais baixas, onde os processos de erosão superam os de sedimentação.
5. Patamares são relevos planos ou ondulados, elaborados em diferentes classes de rochas, constituindo superfícies intermediárias ou degraus entre áreas de relevos mais elevados e áreas topograficamente mais baixas.
6. Depressões são conjuntos de relevos planos ou ondulados situados abaixo do nível das regiões vizinhas, elaborados em rochas de classes variadas.
6.1. Depressão sertaneja
– As depressões sertanejas estão situadas em níveis altimétricos <450m. 
– Delimitadas por grandes planaltos sedimentares e os maciços residuais.
– Predomínio de topografias planas ou levemente onduladas (120-150m)
– Sua morfologia representa pedimentos que se inclinam desde a base dos maciços residuais, dos planaltos sedimentares e dos “Inselbergs”.
– Apresenta a paisagem mais típica do semiárido nordestino: extensas planícies baixas, de relevo predominante suave ondulado, com elevações residuais disseminadas na paisagem.
– Ao caracterizar o domínio morfoclimático dos Sertões Secos, Ab’Saber (2003) “ morrotes do tipo inselberg ou agrupamento deles, são relevos residuais que resistiram aos velhos processos denudacionais, responsáveis pelas superfícies aplanadas do sertões, ao fim do Terciário e início do Quaternário - Superfície aplanadas do sertões, ao fim do Terciário e início do Quaternário Superfície Velhas e Sertaneja Moderna.”
– A morfologia vista na atualidade resultada interpenetração de formas em contínuo processo de transformação e, essa mesma similitude de formas caracteriza os compartimentos morfológicos, os quais contêm uma longa história evolutiva, que
pode ser parcialmente contada a partir da identificação de evidências geomorfológicas (Casseti, 1994).
· Formas de relevo
1. Relevos de aplainamento
Superfícies aplainadas conservadas (R3a1)
– Constituem superfícies planas a levemente onduladas, geradas por processo de arrasamento geral dos terrenos. 
– São formas que apresentam amplitude de relevo entre 0 e 10 m e inclinação de vertentes que variam de 0 a 5o . Essas formas de relevo apresentam equilíbrio entre os processos de pedogênese e morfogênese. 
– Por exibirem baixas declividades, são gerados solos rasos e pedregosos.
Superfícies aplainadas retocadas ou degradadas (R3a2)
– Constituem superfícies planas a levemente onduladas, geradas por processo de arrasamento geral dos terrenos São formas que por processo de arrasamento geral dos terrenos. 
– São formas que apresentam amplitude de relevo entre 0 e 10 m e inclinação de vertentes que varia de 0 a 5º.
– Essa forma de relevo caracteriza-se por um relevo suave ondulado extenso e 
monótono. 
– Porém, não constitui um ambiente colinoso, devido às amplitudes de relevo 
Muito baixas e longas rampas de muito baixa declividade.
Inselbergs e outros relevos residuais (R3b) 
– Correspondem a cristas isoladas, morros-testemunhos, pontões e monólitos. 
– São relevos residuais isolados destacados na paisagem aplainada, remanescentes do arrasamento geral dos terrenos. 
– Apresentam amplitude de relevo entre 50 e 200 m.
2. Unidades denudacionais em rochas cristalinas ou sedimentares – A
Colinas amplas e suaves (R4a1)
– Formas pouco dissecadas, com vertentes convexas e topos amplos, de morfologia tabular ou alongada. 
– Exibem amplitude de relevo que varia de 20 a 50 m. 
– Pode ocorrer geração de rampas de colúvios nas baixas vertentes.
Colinas dissecadas e de morros baixos (R4a2)
– Dissecadas, com vertentes convexo-côncavas e topos arredondados ou aguçados. 
– Amplitude de relevo que varia de 30 a 80 m e inclinação de vertentes de 5 a 20°. 
– Pode ocorrer geração de rampas de colúvios nas baixas vertentes.
Morros e Serras baixas (R4b) 
– Feições convexo-côncavas dissecadas com topos arredondados ou aguçados. 
– Também se inserem nessa unidade morros de topo tabular (característico das chapadas intensamente dissecadas) e de topos planos.
– Exibem amplitude de relevo que varia de 80 a 200 m.
3. Unidades denudacionais em rochas cristalinas ou sedimentares – B
Domínio montanhoso (R4c)
– Alinhamentos serranos, maciços montanhosos, front de cuestas e hogback. 
– São formas muito acidentadas, com vertentes predominantemente retilíneas a côncavas, escarpadas e topos de cristas alinhadas, aguçados ou levemente arredondados, com sedimentação de colúvios e depósitos de tálus.
– Amplitude de relevo acima de 300 m. 
– As inclinações de vertentes variam entre 25 e 45º, com possível ocorrência de paredões rochosos subverticais.
Escarpas serranas (R4d)
– Relevo muito acidentado, que em geral encontra-se nos arredores das Chapadas e platôs ou outros relevos elevados.
– Vertentes predominantemente retilíneas a côncavas, escarpadas, assim como topos de cristas alinhadas, aguçados ou levemente arredondados. 
– Amplitudes acima de 300 m e inclinação de vertentes entre 25 e 45º, com ocorrência de paredões rochosos subverticais.
Degraus estruturais e rebordos erosivos (R4e)
– Vertentes predominantemente retilíneas a côncavas, declivosas e topos levemente arredondados, com sedimentação de colúvios e depósitos de tálus.
– Amplitude entre 50 e 200 m e inclinação de vertentes de 10 a 25º, com ocorrência áreas muito declivosas (acima de 45º).
4. Unidades denudacionais em rochas metassedimentares ou sedimentares litificadas 
Planaltos (R2b3)
– Degradação predominantemente em rochas sedimentares, ocorrendo também sobre rochas cristalinas. 
– Constituem superfícies ligeiramente mais elevadas que os terrenos adjacentes, pouco dissecadas em formas tabulares ou colinas muito amplas. 
– Sistema de drenagem principal com fraco entalhamento e deposição de planícies aluviais restritas ou em vales fechados. 
– Apresentam amplitude de relevo entre 20 e 50m.
Chapadas e platôs (R2c) 
– Superfícies tabulares alçadas, ou relevos soerguidos. São formas planas ou aplainadas, pouco dissecadas. 
– Exibem rebordos posicionados em cotas elevadas, delimitados por vertentes íngremes a escarpadas.
– Apresentam amplitude de relevo que variam de 0 a 20 m e topos planos.
5. Unidades agradacionais
Planícies fluviais ou flúvio-lacustres (R1a)
– São planícies de inundação e baixadas inundáveis. 
– Constituem zonas de acumulação atual, sub-horizontais, compostas por depósitos areno-argilosos a argilo arenosos. 
– Gradientes suaves e convergentes em direção aos cursos d’água principais. 
– São terrenos periodicamente inundáveis, mal drenados nas planícies de inundação e bem drenados nos terraços.
· Drenagem – grande dispersor de águas
– As chapadas do centro-oeste brasileiro, devido ao amplo abaulamento de sua superfície, constituem-se em importante região de dispersão de água. 
– A rede hidrográfica é representada regionalmente pelas bacias hidrográficas: do rio São Francisco, do rio Tocantins, do rio Araguaia, do rio Paraná.
– A formação de bacias de recepção dos pequenos cursos d’água, com nascentes nas escarpas, foi favorecida pelo relevo.
– Ainda no contexto do relevo das Chapadas, vale chamar a atenção para a grande quantidade de cachoeiras e corredeiras, principalmente no alto curso dos rios.
· Na superfície terrestre, são reconhecidos os ambientes de margens de placas ativas, com intensa atividade tectônica com soerguimento de blocos e formação de relevos relativamente elevados; e os ambientes intraplacas, cujo contexto geográfico não apresenta atividade tectônica ativa cujo substrato geológico está, por vezes, exposto aos processos de intemperismo e erosão. Diante disso, caracterize os processos e características do relevo em ambientes intraplacas, como a Placa Sul Americana. Utilize a imagem abaixo e o perfil para elaborar sua resposta. 
R: Vulcanismo ativo na tectônica global atual está relacionada com a presença de plumas mantélicas, alguns lugares são associados a ambiente extensional, possui escudos (crátons) de terrenos antigos (estáveis), de tectônica extensiva, bacia sedimentar continental do tipo rifte, sinéclise, mesmo sendo raro pode ocorrer com pouca frequência terremoto dentro da placa, sendo de pouca intensidade. 
– Cordilheira dos Andes: Placa de Nazca subducta Placa Sul Americana, formando cordilheiras de soerguimento abrupto sendo elevadas com escarpas mais próximas do litoral, conjunto de montanhas e planaltos. 
– Pantanal, Bacia Paraguaia e Bacia do Paraná: de ambiente intraplaca, tectonismo não é ativo. Possui planalto e planície formado através do acúmulo de sedimentos ao longo dos anos. 
– Serra do Espinhaço: atualmente é considerado um ambiente intraplaca, mas foi gerado por um rifte em margem de placas. Cadeia montanhosa alongada e estreita sendo entre cortada por vales e picos. 
 
· Ambientes tectônicos divergente, convergente e transformante.
– A maior parte da atividade geológica na Terra ocorre ao longo dos limites entre as placas litosféricas.
· Quais são as principais características e distinções do relevo de uma margem continental ativa (margens convergentes) e uma margem continental passiva. Por exemplo no continente Sul-americano, temos uma margem ativa Oeste, e uma margem passiva a Leste. 
1. Margem continental passiva (margem divergente)
2. Margem continental ativa (margem convergente) 
 
1. Divergente 
– Dorsal centro de espalhamento do fundo oceânico.
– Movimento de distensão, as placas se afastam, sendo uma tectônica extensional. 
– Gera litosfera oceânica: dorsal oceânica (relevo montanhoso submarino). 
– Cria e separa oceanos. 
– Há rifteamento e espalhamento do assoalho. 
– Concentração de água em lugarabatido (grabens). 
– Margem continental passiva (margem divergente)
– Subsidência tectônica. 
– Abatimento da crosta.
– Distensão devido à tectônica extensional que gera o separamento de placas. 
– Associado ao ciclo de Wilson, cria litosfera oceânica (dorsal oceânica), rifteamento e espalhamento do assoalho oceânico, área da placa aumenta. 
– No caso da margem passiva a leste do continente Sul Americano há uma estabilidade tectônica devido não ter uma tectônica ativa, houve rifteamento entre Brasil e África e abertura do novo oceano que é o atlântico há mais ou menos 150 M.a. 
– Região de maior gradiente geotérmico na região abaixo do vulcão.
– Bacia pull – apart ocorre no ambiente de distensão da crosta. Depressões que ocorre falhamentos verticais e normais, sendo quase hemi-graben. 
2. Convergente em que é uma margem de placa ativa, há um consumo de litosfera, regime de compressão, orógeno, colisão de placas gerando uma zona de subducção.
– O arco magmático é formado quando há subducção da crosta oceânica entre oceano x oceano ou oceano x continente. 
– O arco magmático formado no passado, é o arco magmático formado hoje.
– Margem continental ativa (margem convergente) 
– Porção de terra alongada e estreita, presença de feições circulares (no topo) do relevo.
– Vulcões ativos como caldeira vulcânica, cratera.
– Ocorre formação de arcos magmáticos insulares.
– Derrames de lava, sismicidade, terremotos e tsunami.
– Cristas bem alinhadas.
– Planície litorânea estreita. 
– Fossas oceânicas.
– Relevo abrupto, cadeias montanhosas elevadas. 
– Consumo de litosfera oceânica.
– Se tiver duas placas oceânicas num mesmo ambiente a mais velha que é subductada. No caso da margem oeste do continente Sul Americano há orógeno acrescionário e formação de arco magmático continental ou cordilheirano. 
 
2.1. Oceano x oceano 
– Formação de arcos de ilhas vulcânicas.
– A placa mais velha é subductada em relação a placa mais nova gerando magmatismo para formar o arco magmático insular (ilhas). 
– As feições são de terra alongada e estreita, feições circulares (topo) e picos arredondados (partes elevadas), derrames vulcânicos ao longo do relevo (não basálticos), cristas bem alinhadas, fossa oceânica etc. 
– A planície litorânea é estreita, o relevo é abrupto e aguçado, as cadeias de montanhas são aguçadas e elevadas, área rebaixada é pouco representativa (planície costeira).
– Vulcões são ativos (atividade vulcânica associada), caldeia vulcânica e cratera (lagos nas bordas podem ser associados a antigas crateras vulcânicas). 
– Há também os montes submarinos como os orógenos acrescionários.
– Exemplo no Pacifico: Aleutas, Kurilas, Japão, Filipinas, Melanésia, Micronésia (Nova Zelândia). Índico: Sumatra e Java. Atlântico: Antilhas, South Georgia – South Sandwich. Ilhas vulcânicas: hot spots do Havaí. Dorsais meso-oceânicas: Islândia.
– Pode ocorrer ilhas vulcânicas e recifes de corais (atividade tectônica muito ativa), lavas submersas no oceano, cria um ambiente propício para a formação de recifes de corais, como as ilhas Fiji e ilha Rarotonga.
– O Japão tem tríplice fronteira de placas tectônicas, com as placas Euroasiática, Filipinas e do Pacifico, gera instabilidade geológica com atividade vulcânica associada, maremoto, terremotos, tsunami, espessamento crustal e cadeias montanhosas submarinas. Contém um vulcão do tipo estrato vulcão, possuindo alta inclinação (30-35°), de grandes derrames que cobrem áreas extensas. 
2.2. Continente x continente orógenos colisional. 
– Colisão de duas placas continentais. 
– Margem de placas. 
– Não há subducção, pois acabou a placa oceânica. 
– Espessamento crustal, devido uma placa continental cavalgar sobre a outra, duplicando assim a sua espessura. 
– Forma altas cordilheiras e plateus. 
– O magmatismo não chega à superfície. 
– Gera efeito orográfico sobre o clima formando monções. 
– Exemplo Alpes, Himalaias e Apalaches.
2.3. Oceano x continente há orógeno acrescionário (acrescenta terreno/crosta)
– Arco magmático continental/cordilheirano
– Bacias associadas (fore e back arc)
– Fossa oceânica, por exemplo Andes, Montanhas Rochosas e Cascades. 
– O limite entre uma placa oceânica e uma placa continental, é que as duas placas se movem uma contra a outra. 
– A placa oceânica é forçada a ir para o manto sob a placa continental, logo a placa oceânica subductou. Esse tipo de situação geológica associa-se a uma atividade sísmica e vulcânica significativa. 
– Feições geológicas formadas na zona de subducção oceano x continente, é subdividido em três regiões: 
1. Ante arco (fore arc) 
2. Arco vulcânico 
3. Retro arco (atrás arco ou back arc)
· Estruturação (geral) de arcos vulcânicos/magmáticos (serve para arcos de ilha ou de arcos andinos): fossa, bacia ante arco, bacia de retro arco, arco vulcânico e prisma acrescionário. 
1. Fossa (trench) 
– Marcam as zonas de subducção. 
– Onde uma placa encontra a outra. 
– Cada região onde existe zona de subducção gera uma fossa.
– Sedimentos de fundo oceânico, há uma camada de sedimentos de granulometria fina em cima da crosta oceânica 
– Locais mais profundos da Terra (mais de 11 km de profundidade). 
– A fossa mais profunda que existe é a “Fossa das Marianas”. 
2. Bacia de ante-arco (fore arc) 
– Sedimentação depende do tipo de magmatismo em erupção que tem no arco. 
– Se há mais derrame de lava terá derrame preenchendo a bacia de fore arc, se há mais material piroclástico terá uma sedimentação relacionada a ejeção dos materiais piroclásticos. 
– Há material relacionado ao intemperismo e erosão, associado ao arco magmático sendo os sedimentos imaturos que ao longo do tempo geológico vão sendo gerados devido a erosão que ocorre no arco, o edifício vulcânico e as estruturas vulcânicas também sofrem esses processos onde esse material preenche as bacias de ante arco, sedimentos oceânicos como os ofiolitos. 
– É limitado pela trincheira e o arco (front) vulcânico. 
– Fica entre zona de subducção e cadeia montanhosa e prisma, é na frente do arco. 
– Sendo uma bacia de deposição de frente para o mar.
3. Bacia de retro-arco/atrás arco (back arc) 
– Localizada atrás do arco
– Regime extensional (separação de placas).
– Geração de vulcanismo do tipo MORB, pois estará no mesmo processo de uma dorsal oceânica, descompressão do manto astenosférico raso. 
– Se estende a partir do arco vulcânico. 
– No oceano x oceano ocorre abaixo do nível do mar.
4. Arco vulcânico 
– Região onde o magmatismo (vulcanismo) ocorre
– Magmatismo toleítico que predomina nos arcos de ilha jovens. 
– Magmatismo cálcio-alcalino há predominância nos arcos maduros e nos arcos andinos. 
– Há um alto fluxo térmico, é nessa região que terá as erupções vulcânicas acontecendo, por isso mais quente que o restante da placa. 
– Material piroclástico, mistura com derrame de lava.
5. Prisma acrescionário 
– Região com muita deformação devido a convergência.
– É uma mélange tectônica com pedaços de rochas deformadas, pedaços de rochas e sedimentos diversos, xisto azul (fácie metamórfica de alta pressão), 
– Há um sistema de empurrão como as falhas de empurrão, sistema de cavalgamento. 
– Não subducta, é metamorfizado e adicionado na margem da crosta, na borda da subducção entre oceano x continente. 
– Quando uma placa oceânica é subductada por uma placa continental forma-se uma fossa profunda ao longo do limite entre duas placas. São depositados dois tipos de sedimentos na fossa: formado um prisma de acresção com sedimentos que são raspados da placa que desce ou os materiais erodidos da superfície do continente.
– Os edifícios vulcânicos dependem das características dos magmas. 
– Nos arcos de ilhas jovens há o predomínio de magmatismo toleítico. 
– Nos arcos de ilhas maduros e arcos andinos, há o predomínio de magmatismo cálcio-alcalino.
· Zona de subducção/Zona de Benioff 
– Forma-se magma por fusão parcial do material subductado e do manto superior. 
– Após a sua formação, o magma ascende. 
– O magma pode atingir a superfície durante uma erupção vulcânica, quando isso acontece

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