Buscar

TICS INTOLERÂNCIA A LACTOSE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome: Joliane Vitor Miranda – Turma 52 Medicina UNIGRANRIO Caxias
TICS: Intolerância à lactose
Definição: é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite). 
Motivo: deficiência ou ausência de uma enzima intestinal chamada lactase. Esta enzima possibilita decompor o açúcar do leite em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção.
Existem três tipos de intolerância à lactose de causas diferentes:
1) Hipolactasia do “tipo adulto”. Ocorre na maioria da população mundial adulta, com incidência variável dependendo da localização e raça. Apenas 2% apresentam sintomas graves de intolerância à lactose. No Brasil estima-se em 40% das pessoas apresentam hipolactasia do “tipo adulto” que se inicia após os 3 anos de idade. Manifestações clínicas mais graves pode ser observada progressivas nas pessoas mais velhas. A intolerância à lactose em pessoas com hipolactasia do tipo adulto é uma doença de natureza genética e ocorre em pessoas com predisposição.
2) Intolerância congênita à lactose. Muito rara, impede o aleitamento materno exclusivo e manifesta-se logo após o nascimento. O recém-nascido tem que ser alimentado com uma fórmula para lactentes sem lactose. Trata-se de uma doença genética muito rara.
3) Intolerância secundária à lactose. Doença adquirida, se deve a algumas entidades que causam lesões ao intestino delgado. Ocorre deficiência temporária de lactase que após períodos de tempo variáveis retorna aos valores normais uma vez controlados os fatores desencadeantes. Diarreia causada por gastroenterite viral, giardíase, alergia ao leite bovino, doença celíaca e doença de Crohn são as principais. Também pode ocorrer em bebês prematuros, ainda incapazes de produzir lactase em quantidade suficiente.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, diarreia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarreia. Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer. A peristalse, ou seja, o movimento muscular que empurra o alimento ao longo do estômago pode influenciar o tempo para o aparecimento dos sintomas. Apesar de os problemas não serem perigosos eles podem ser bastante desconfortáveis.
O motivo da diarreia ocorre porque:
A lactose presente no intestino grosso aumenta sua pressão osmótica, pois retém certa quantidade de água e dá origem a sintomas, como diarreia ácida e excesso de gases. Devido à fermentação da lactose no intestino, alguns sinais podem ser observados, como a produção de ácido láctico e gases como o gás carbônico e hidrogênio, sendo estes comumente utilizados nos testes de determinação de intolerância. Há ocorrência de distensão abdominal e excessiva eliminação de flatos, concomitantemente seguidos ou não de fezes amolecidas ou franca diarreia aquosa com fezes ácidas e assadura perianal, podendo ocorrer desidratação e acidose metabólica. Existem casos de alterações na taxa de esvaziamento gástrico e ainda pode ocorrer o acometimento da desnutrição devido à má absorção intestinal, dependendo da intensidade e constância do caso clínico.
Diagnóstico a partir dos seguintes exames:
1) Clínico. Retira-se todos os alimentos com lactose da dieta e os sintomas acabam em dias ou semanas. Trata-se do procedimento mais empregado.
2) Teste respiratório para pesquisar eliminação de hidrogênio em amostras de ar expirado. A lactose não absorvia é fermentada no cólon levando à produção de hidrogênio sendo que parte deste gás é absorvido pelo intestino, alcança a corrente sanguínea e é eliminada no ar expirado dos pulmões em concentrações aumentadas.
3) Teste de tolerância à lactose. Após a ingestão de lactose, pessoas sem esta doença apresentam elevação da glicemia (glicose formada pela quebra da lactose) a valores maiores que 20 mg/dL em relação ao jejum. Estas variações não são observadas nos intolerantes.
4) Teste genético. Quando se suspeita de intolerância primária ou congênita à lactose é possível avaliação gênica para detectar a presença de mutações que proporcionam a característica de persistência da produção de lactase e tolerância à lactose.
Tratamento:
A intolerância à lactose não é uma doença. É uma carência do organismo que pode ser controlada com dieta e medicamentos. O tratamento consiste na redução da ingestão de lactose presente em laticínios. Este procedimento costuma ser suficiente. Quanto mais intolerante for a pessoa, menor deve ser a quantidade do açúcar ingerido para que não ocorram sintomas. Saber se o alimento tem lactose e em qual teor é fundamental para o paciente. Para os casos mais graves, encontra-se leite e outros produtos com redução de 80% a 90% da lactose.
Alimentos proibidos:
– Leite de vaca, queijos, manteiga, requeijão e demais derivados de leite;
– Preparações à base de leite (bolos, pudins, cremes, entre outros);
– Bolachas e biscoitos que possuem leite em sua composição.
BIBLIOGRAFIA:
· https://bvsms.saude.gov.br/intolerancia-a-lactose/ [Fonte: Dr. Dráuzio Varella]
· https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/noticias/nid/intolerancia-a-lactose/ [Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria]
· https://www.portalatlanticaeditora.com.br/index.php/nutricaobrasil/article/view/880/1817

Continue navegando