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AFA EN EFOMM Volume 1 ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA FRENTE I - GRAMÁTICA CAPÍTULO I – FONÉTICA-GRAFIA-MORFOLOGIA 03 FRENTE II – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS CAPÍTULO I – EQUÍVOCOS BÁSICOS DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL .................................................................................................................... 37 CAPÍTULO II – ENTRELINHAS TEXTUAIS ....................................................................................................................................................................... 39 CAPÍTULO III – ANÁLISE DO DISCURSO .......................................................................................................................................................................... 45 CAPÍTULO IV – ASPECTOS VERBAIS ................................................................................................................................................................................ 47 CAPÍTULO V – FUNÇÕES DA LINGUAGEM ..................................................................................................................................................................... 51 CAPÍTULO VI – REGISTROS LINGUÍSTICOS .................................................................................................................................................................... 57 CAPÍTULO VII – A LITERATURA USA LINGUAGEM FIGURADA – DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO ..................................................................... 61 FRENTE III – REDAÇÃO CAPÍTULO O – APRESENTAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DE REDAÇÃO DOS CONCURSOS ............................................................... 69 CAPÍTULO I – COMPREENSÃO DA PROPOSTA DE REDAÇÃO .................................................................................................................................... 71 CAPÍTULO II – ESTRUTURA DISSERTATIVA .................................................................................................................................................................. 73 CAPÍTULO III – A INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................................................ 75 CAPÍTULO IV – COESÃO TEXTUAL ................................................................................................................................................................................... 77 INGLÊS FRENTE I CAPÍTULO I – TENSE VERBS I .............................................................................................................................................................................................. 87 CAPÍTULO II – TENSE VERBS II ........................................................................................................................................................................................... 101 CAPÍTULO III – TENSE VERBS III ........................................................................................................................................................................................ 113 CAPÍTULO IV – PRONOUNS .................................................................................................................................................................................................. 127 CAPÍTULO V – INDEFINITE PROUNOUNS\INTERROGATIVE PRONOUNS ................................................................................................................. 139 FRENTE II CAPÍTULO I – RELATIVE PRONOUNS ................................................................................................................................................................................. 153 CAPÍTULO II – DEGREES OF COMPARISON ...................................................................................................................................................................... 161 CAPÍTULO III – QUANTIFERS ............................................................................................................................................................................................... 173 CAPÍTULO IV – PREPOSITIONS ............................................................................................................................................................................................ 185 CAPÍTULO V – CONJUNCTIONS ........................................................................................................................................................................................... 197 CAPÍTULO VI – REVISÃO ..................................................................................................................................................................................................... 205 MATEMÁTICA FRENTE I CAPÍTULO I – LÓGICA............................................................................................................................................................................................................ 215 CAPÍTULO II – TEORIA DOS CONJUNTOS ......................................................................................................................................................................... 219 CAPÍTULO III – CONJUNTOS NUMÉRICOS ........................................................................................................................................................................ 225 CAPÍTULO IV – PRODUTO CARTESIANO E RELAÇÃO ................................................................................................................................................. 233 CAPÍTULO V – FUNÇÃO ........................................................................................................................................................................................................ 237 CAPÍTULO VI – FUNÇÃO DO 10 GRAU ............................................................................................................................................................................... 251 FRENTE II CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................................ 265 CAPÍTULO II – TRIÂNGULO ................................................................................................................................................................................................. 271 CAPÍTULO III – SEMELHANÇA E TRIÂNGULO RETÂNGULO ....................................................................................................................................... 277 CAPÍTULO IV – INTRODUÇÃO AOS CÍRCULOS ............................................................................................................................................................... 281 CAPÍTULO V – ÁREA E RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO ................................................................................................................................ 287 FRENTE III CAPÍTULO I – ARCOS E ÂNGULOS ..................................................................................................................................................................................... 295 CAPÍTULO II – TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO ............................................................................................................................... 299 CAPÍTULO III – TRIGONOMETRIA NO CÍRCULO – DEFINIÇÕES ................................................................................................................................. 305 CAPÍTULO IV – REDUÇÃO AO PRIMEIRO QUADRANTE ...............................................................................................................................................317 CAPÍTULO V – ARCO SOMA E SUAS CONSEQUÊNCIAS ................................................................................................................................................ 321 CAPÍTULO VI – TRANSFORMAÇÃO DE PRODUTO EM SOMA E DE SOMA EM PRODUTO .................................................................................... 327 FRENTE IV CAPÍTULO I – PRODUTOS NOTÁVEIS/FATORAÇÃO ...................................................................................................................................................... 331 CAPÍTULO II – POLINÔMIOS ................................................................................................................................................................................................ 341 CAPÍTULO III – RADICAL DUPLO E RACIONALIZAÇÃO E EQUAÇÕES IRRACIONAIS ........................................................................................... 345 CAPÍTULO IV – PORCENTAGEM E JUROS ......................................................................................................................................................................... 349 CAPÍTULO V – PROGRESSÕES ............................................................................................................................................................................................. 357 CAPÍTULO VI – FATORIAL ................................................................................................................................................................................................... 367 CAPÍTULO VII – PRINCÍPIOS DA CONTAGEM .................................................................................................................................................................. 369 CAPÍTULO VIII – PERMUTAÇÃO E ARRANJO SIMPLES ................................................................................................................................................. 375 CAPÍTULO IX – COMBINAÇÃO SIMPLES .......................................................................................................................................................................... 383 FÍSICA FRENTE I CAPÍTULO I – GRANDEZAS FÍSICAS E MEDIDAS ........................................................................................................................................................... 393 CAPÍTULO II – VETORES ...................................................................................................................................................................................................... 403 CAPÍTULO III – FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA ESCALAR ..................................................................................................................................... 411 CAPÍTULO IV – MOVIMENTO UNIFORME ........................................................................................................................................................................ 419 CAPÍTULO V – MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO ........................................................................................................................................ 423 CAPÍTULO VI – FUNDAMENTOS DA CINÉTICA VETORIAL ......................................................................................................................................... 433 FRENTE II CAPÍTULO I – LEIS DE NEWTON ......................................................................................................................................................................................... 441 CAPÍTULO II – APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON ..................................................................................................................................................... 449 CAPÍTULO III – APLICAÇÃO DAS LEIS DE NEWTON II – ASSOCIAÇÃO DE POLIAS .............................................................................................. 457 CAPÍTULO IV – APLICAÇÃO DAS LEIS DE NEWTON III – MOLAS .............................................................................................................................. 463 CAPÍTULO V – APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON IV – FORÇAS DE ATRITO ..................................................................................................... 469 CAPÍTULO VI – FORÇAS EM TRAJETÓRIAS CURVILÍNEAS ......................................................................................................................................... 479 FRENTE III CAPÍTULO I – TERMOMETRIA ............................................................................................................................................................................................ 489 CAPÍTULO II – DILATAÇÃO TÉRMICA DE SÓLIDOS ...................................................................................................................................................... 497 CAPÍTULO III – DILATAÇÃO TÉRMICA DE LÍQUIDOS ................................................................................................................................................... 503 CAPÍTULO IV - CALORIMETRIA.......................................................................................................................................................................................... 509 CAPÍTULO V – TROCAS DE CALOR ................................................................................................................................................................................... 519 CAPÍTULO VI – PROPAGAÇÃO DE CALOR ....................................................................................................................................................................... 527 CAPÍTULO VII – SOBREFUSÃO ........................................................................................................................................................................................... 535 CAPÍTULO VIII – MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES (MHS) CINÉTICA E OSCILADORES ................................................................................ 541 FRENTE IV CAPÍTULO I – CORRENTE ELÉTRICA ................................................................................................................................................................................ 551 CAPÍTULO II – RESISTORES ................................................................................................................................................................................................. 557 CAPÍTULO III – EFEITOS JOULE .......................................................................................................................................................................................... 563 CAPÍTULO IV – CIRCUITOS ELÉTRICOS ........................................................................................................................................................................... 569 CAPÍTULO V – ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES ................................................................................................................................................................ 575 CAPÍTULO VI – GERADORES E RECEPTORES ELÉTRICOS ........................................................................................................................................... 589 CAPÍTULO VII – CIRCUITO COM MAIS DE UMA MALHA ............................................................................................................................................. 601 “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 1FRENTE I GRAMÁTICA “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 2 CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 3 CAPÍTULO I – FONÉTICA - GRAFIA - MORFOLOGIA FONEMA: cada uma das unidades sonoras de uma palavra. Às vezes, a palavra possui mais fonemas do que letras (táxi = 5 fonemas) ou mais letras do que fonemas (hoje = 3 fonemas / que = 2 fonemas). DÍGRAFO: emprego de duas letras que correspondem, apenas, a um fonema. Os dígrafos podem ser consoantes ou fonéticos (vocálicos). Há encontro consonantal quando dois fonemas consoantes são pronunciados unidos, na mesma sílaba ou em sílabas diferentes: bloco, vidro, áspero, trote, mesmo ... a) Dígrafos consoantes ou consonantais: ch, nh, lh, rr, ss, sc, sç, xc, xs, gu, qu. b) Dígrafos fonéticos ou vocálicos: fonema vogal + M ou N na mesma sílaba. As palavras a seguir possuem dígrafos: chave, ninho, alho, carreta, nascer, exceder, canto, pente, bomba, cinto ... Atenção! Chama-se letra diacrítica a que não é pronunciada nos dígrafos. Em EXCETO, a letra diacrítica é o “x”; em VENDO, a diacrítica é o “n”. Os fonemas podem ser: vogais, semivogais e consoantes. O fonema vogal é forte e constitui a sílaba em Português. Só pode ser representado por letras vogais. O fonema semivogal é fraco e possui, apenas, dois sons: “i” e “u”. Está sempre apoiado em um fonema vogal. A única letra que não pode simbolizar um fonema semivogal é o “a”. Cuidado que o “m” final pode ter som de “i” ou de “u”: cantem, vendam ... Palavras com semivogais: mau, mais, mãe (e = “i”) , não (o = “u”), falavam (m = “u”), vendem (m = “i”). No caso de bom e com, o “m” final forma um dígrafo com a vogal anterior. ENCONTROS VOCÁLICOS 1. Ditongo; encontro de fonema vogal com semivogal na mesma sílaba. O ditongo, dependendo da posição dos fonemas, pode ser crescente (semivogal + vogal) ou decrescente (vogal + semivogal). Dependendo da pronúncia, o ditongo pode ser oral ou nasal. pou-ca / vai-da-de / são / go-lei-ro / nem / a-ma-vam ... Obs.: o “m” final, quando possui som de “i” ou de “u”, formará ditongos ou tritongos fonéticos. 2. Tritongo: é o encontro de um fonema vogal entre dois fonemas semivogais na mesma sílaba. Também pode ser oral ou nasal. a-gueis / U-ru-guai ... 3.Hiato: acontece quando dois fonemas vogais são pronunciados juntos. Na divisão silábica, cada fonema vogal ocupa uma sílaba. pi-a-da / ba-i-nho / fi-an-ça / su-í-no ... ENCONTRO CONSONANTAL é o encontro de fonemas consoantes, ambos pronunciados, na mesma sílaba ou não. vi-dro / bar-co / ple-beu / tro-co / car-to-la … Questões de Fixação – Fonemas I – Identifique o número de fonemas das palavras a seguir: ingrato ___ sentido___ contemplar___ absurdo ___ ouvinte ___ carrinho ___ piscina___ aguando___ talquinho ___ criança___ amplo ___ tronco___ crença___ pássaro___ ainda___ quente___ viagem___ granja___ brinquedo___ antigo___ homem___ humano___ importante___ exceção___ portanto___ II – Numere os parênteses, de acordo com o encontro vocálico: 1. ditongo crescente 2. ditongo decrescente 3. hiato 4. tritongo ( ) ouvido ( ) cantem ( ) coeso ( ) triângulo ( ) vintém ( ) preâmbulo ( ) águam ( ) baú ( ) entrem ( ) miolo ( ) traíra ( ) várias ( ) quiabo ( ) equestre ( ) nua ( ) queijo ( ) treino ( ) coragem ( ) história ( ) Paraguai ( ) quase ( ) nem ( ) ontem ( ) relógio Questões Objetivas – Fonemas 1. Assinale a opção em que ocorre um ditongo fonético: (A) nexo (B) silêncio (C) ninguém (D) biônico (E) hediondo 2. “Nas noites de Nova Lima, quando buscava repouso...”. Quantos fonemas e letras existem na palavra quando? (A) 4 fonemas / 5 letras (B) 6 fonemas / 4 letras (C) 5 fonemas / 6 letras (D) 6 fonemas / 6 letras (E) 5 fonemas / 5 letras 3. Assinale a opção que contém palavra sem dígrafo. (A) cochilo (B) quente (C) sempre (D) antiga (E) triagem CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 4 4. Assinale a opção em que o vocábulo apresenta ao mesmo tempo um encontro consonantal, um dígrafo consonantal e um ditongo fonético: (A) ninguém (B) coalhou (C) iam (D) nenhum (E) murcham 5. Nas palavras ANJINHO, CARROCINHAS, NOSSA e RECOLHENDO, podemos detectar a seguinte quantidade de fonemas, respectivamente: (A) três, quatro, dois, quatro (B) cinco, nove, quatro, oito (C) seis, dez, cinco, nove (D) três, seis, dois, cinco (E) sete, onze, cinco, dez 6. Quantos fonemas há na palavra QUINDINS? (A) quatro (B) cinco (C) seis (D) sete (E) oito PROPAROXÍTONO EVENTUAL - os vocábulos terminados por ditongo crescente (-ia, -io, -uo, -ua, -ie, -ue ...) podem ter o ditongo pronunciado como um hiato. Embora na pronúncia o vocábulo ganhe mais uma sílaba, na divisão silábica há de prevalecer o ditongo. Exemplos: exíguo (e-xí-guo), distância (dis-tân-cia), espécie (es-pé-cie), árduo (ár-duo) , etc. Na divisão silábica, deve haver 1(um) fonema vogal em cada sílaba, portanto os ditongos e tritongos ficam na mesma sílaba e os hiatos, em sílabas separadas. A divisão silábica depende da pronúncia correta do vocábulo. Separe as sílabas: primórdio ______________________________________ primordial ______________________________________ diário _________________________________________ hediondo _______________________________________ hipnose ________________________________________ opinião ________________________________________ logaritmo ______________________________________ pneumático _____________________________________ trégua _________________________________________ transoceânico ___________________________________ paisinho _______________________________________ transatlântico ___________________________________ carroça ________________________________________ suave __________________________________________ perspicaz _______________________________________ coeficiente _____________________________________ Obs.: é lícito afirmar que os vocábulos CÁTEDRA e HISTÓRIA são acentuados pelo mesmo motivo: ambos são proparoxítonos. O primeiro é um proparoxítono natural e o segundo, eventual. 7. Marque o item em que a palavra possui hiato e ditongo, pela ordem: (A) traineira (B) quiabo (C) viagem (D) ousadia (E) abundância 8. Assinale a palavra cujo número de letras é menor que o número de fonemas. (A) chuvisco (B) paisagem (C) psiquiatra (D) carruagem (E) anexo 9. “Temer conversou com Rodrigo Maia.” Na manchete acima, há o seguinte número de encontros consonantais: (A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5 10. O “h” não interfere na pronúncia da seguinte palavra: (A) hoje (B) chuva (C) ninho (D) palha (E) galho 11. “O homem jogou a tora na lareira.” Quantos ditongos há no período? (A) três (B) quatro (C) cinco(D) seis (E) sete 12. “O aluno pediu uma ajuda ao irmão mais velho”. No período há quantos ditongos? (A) três ditongos e dois dígrafos (B) quatro ditongos e um dígrafo (C) cinco ditongos e três dígrafos (D) quatro ditongos e três dígrafos (E) cinco ditongos e três dígrafos EMPREGO DA PALAVRA “PORQUE” 01. PORQUE: quando for conjunção subordinativa e equivaler a visto que. Ela não saiu de casa porque chovia em demasia. 02. POR QUE: nas interrogações diretas e indiretas. Equivale a por que razão. Por que a criança não irá ao passeio? Quero saber por que você não foi à reunião. Atenção! Por que também pode ser empregado equivalendo a pelo qual e flexões. No caso, a palavra QUE é pronome relativo. Um substantivo será o antecedente. Desconheço o motivo por que você faltou ontem. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 5 03. POR QUÊ: no final de orações interrogativas. O professor não deu a nota por quê? 04. PORQUÊ: é substantivo e deverá ser antecedido de artigo. Equivale a motivo, razão. Ninguém sabe o porquê da sua mudança. MAL ou MAU 01. MAL pode ser advérbio, substantivo ou conjunção subordinativa temporal. Quando conjunção, equivale a QUANDO. Como advérbio ou substantivo, é o contrário de “BEM”. Mal você saiu, caiu um temporal. (mal = conjunção) Ninguém deve praticar o mal. (mal = substantivo) Ela passou mal durante a reunião. (mal = advérbio) 02. MAU pode ser substantivo ou adjetivo e é o contrário de BOM. Ele não é mau. O mau será castigado. HOMÔNIMOS / PARÔNIMOS Homônimos são vocábulos distingos semanticamente, mas com grafias iguais (homógrafos) e/ou pronúncias iguais (homófonos). Parônimos são vocábulos com grafia e pronúncia parecidas. assento / acento homônimos homófonos ascender / acender homônimos homófonos sede (verbo) / sede (matriz) homônimos homógrafos mandato / mandado parônimos ratificar / retificar parônimos emergir / imergir parônimos Questões Objetivas – Homônimos e Parônimos 13. A frase onde os homônimos e/ou parônimos estão com os significados invertidos é: (A) Era iminente a queda do eminente deputado. (B) A justiça infringe uma pena a quem inflige a lei. (C) Vultosa quantia foi gasta para curar sua vultuosa face. (D) O mandado de segurança impediu a cassação do mandato. (E) O nosso censo depende exclusivamente do senso de responsabilidade do IBGE. 14. Na oração “Em sua vida, nunca teve muito ______, apresentava-se sempre _____ no ______das tarefas ______”, as palavras adequadas para preenchimento das lacunas são: (A) censo – lasso – cumprimento – eminentes (B) senso – lasso – cumprimento – iminentes (C) senso – laço – comprimento – iminentes (D) senso – laço – cumprimento – eminentes (E) censo – lasso – comprimento – iminentes 15. Assinale o item em que uma palavra foi INCORRETAMENTE aplicada. (A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. (B) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. (C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. (D) Sejamos fiéis ao cumprimento do dever. (E) A cessão de terras compete ao Estado. 16. Indique a alternativa em que NÃO há erro de grafia. (A) Porque chegou atrazada perdeu grande parte do explêndido espetáculo. (B) Pediu-lhe que ascendesse a luz, pois a claridade não era impecilho a seu repouso. (C) Ele não é uma exceção, também é muito ambicioso. (D) Quizera eu que todas as espécies animais estivessem livres de extinção. (E) Não poderia advinhar que sua música viesse a ter tanto hesito. 17. Pesquisa é vocábulo grafado com S. O item em que há um vocábulo erradamente grafado com essa letra é: (A) paralisia – análise – atrasado (B) besouro – adeusinho – bis (C) brasão – freguês – guloseima (D) gasoso – baronesa – arrasar (E) marquês – pesadelo – anõesinhos 18. “No último ______ da orquestra sinfônica, houve ____ entre os convidados, apesar de ser uma festa _________”. Assinale a relação que preenche corretamente do período. (A) conserto – flagrantes descriminações – beneficente (B) concerto – fragrantes discriminações – beneficiente (C) conserto – flagrantes descriminações – beneficiente (D) concerto – fragrantes discriminações – beneficente (E) concerto – flagrantes discriminações - beneficente 19. Marque o erro: (A) Todos concordam que ele é um mal sujeito. (B) Mal o professor saiu, os alunos chegaram. (C) Se você é mau, irá pagar por isso. (D) Os maus devem ser castigados. (E) Ele padece de um mal misterioso. 20. Uma das orações contém uma palavra com erro de grafia. Assinale-a. (A) Só irei à viajem se você quiser. (B) Para obter êxito, é necessário estudo. (C) Eu águo as plantas diariamente. (D) Aquele passeio foi muito prazeroso. (E) A inflação voltou a subir. 21. Assinale o item em que uma das palavras está grafada erradamente. (A) Vamos retificar nossos erros com rapidez. (B) O deputado foi cassado por suas atitudes. (C) A recreação é para quem tem paralizia. (D) Meu carro está na garagem. (E) Crianças devem ingerir muito leite. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 6 22. Marque o item em que uma das palavras contém erro. (A) Para mim, é um privilégio conhecê-la. (B) Os erros devem ser retificados. (C) Muitos itens ficam subentendidos. (D) A muito tempo não a via. (E) Quero conhecer o porquê das coisas. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Lembrete: a acentuação gráfica independe da classe gramatical da palavra. 1. PROPAROXÍTONOS: todos os vocábulos proparoxítonos da Língua Portuguesa devem ser acentuados. Exemplos: Física, hábito, acréscimo, amávamos, cantaríamos, réplica, último, ídolo, Florianópolis, etc. Além dos reais ou naturais, existem os proparoxítonos eventuais ou aparentes que são vocábulos paroxítonos terminados por um ditongo crescente (semivogal + vogal: ia, ie, io, ua, ue, uo, etc.). Todos devem ser acentuados. Nesse caso, os ditongos podem ser pronunciados como hiatos. Na divisão silábica, o ditongo deve ser mantido. Pode-se pronunciar FA-Mí-LI-A, mas a divisão silábica correta é FA-MÍ-LIA. Exemplos: diário, ânsia, espécie, família, próprio, tênus, História, próprio, etc. 2. PAROXÍTONOS: são acentuados quando terminam em: a) L, N, R, X: amável, hífen, revólver, tórax .. ATENÇÃO! Os paroxítonos terminados por “ENS” não são acentuados. Somente os que terminarem por “ONS”. hífens, polens, prótons, nêutrons ... b) –i, -is, -us, -ps, -ã, -ãs: táxi, táxis, bônus, bíceps, ímã, ímãs ... c) –ão, -ãos, -um, -uns: órfão, órgãos, fórum, álbuns ... d) ditongos decrescentes orais, seguidos ou não de S: pônei, jóquei, móveis, responsáveis ... 3. OXÍTONOS: são acentuados quando terminam em: a) –a, -as, -e, -es, -o, -os: Pará, sofás, café, vocês, cipó, trenós ... b) –em, -ens: alguém, ninguém, parabéns, eles têm... ATENÇÃO! As formas verbais oxítonas ou monossílabas terminadas pelas vogais –A, -E, -O são acentuadas quando recebem os pronomes LO, LA, LOS, LAS em ênclise (ou mesóclise). Exemplos: amá-los, recebê-lo, comprá-la-ei, pô-lo-ás, ... 4. MONOSSÍLABOS TÔNICOS: são acentuados quando terminam em a, as, e, es, o, os. Exemplos: já, pás, pé, pés, só, sós. 5. CASOS ESPECIAIS: 01) Os ditongos abertos EI e OI NÃO são acentuados nas palavras paroxítonas: plateia, assembleia, heroico, Coreia, ... ATENÇÃO! Os ditongos abertos EI, EU e OI, seguidos ou não de S, são acentuados nos demais casos. Veja:herói, dói, anéis, papéis, hotéis, céu, escarcéu, ... ATENÇÃO! Vocábulos como Méier, por exemplo, continuam acentuados, já que são paroxítonos terminados em –r. 02) Os hiatos OO e EEM não são acentuados: enjoo, voo, abençoo, eles creem, eles veem, eles deem ... 03) A partir da Reforma Ortográfica, o único acento diferencial de tonicidade mantido é o da forma verbal “pôr”, para diferenciá-la da preposição “por”. Não mais há acento, por exemplo, na forma verbal “para”, deveno o contexto esclarecer se se trata de verbo ou preposição. O acento diferencial de timbre foi mantido na forma verbal “pôde”, pretérito perfeito do indicativo, para diferenciá-la da forma “pode”, presente do indicativo. O acento diferencial de número foi mantido em “têm”, “vêm” (bem como em seus derivados: contêm, convêm, etc.) para marcar a terceira pessoa do plural. O4) As vogais “i” e “u”, são acentuadas como segunda vogal do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S: caí, saíste, países, balaústre, amiúde ... ATENÇÃO! a) A partir da Reforma Ortográfica, tais vogais deixaram de ser acentuadas quando antecedidas, nos vocábulos paroxítonos, de ditongo decrescente. Compare: feiura, boiuna, baiuca, meiuca ... – sem acento. Pauí – com acento. b) Não ocorre acento se as vogais aparecem ao lado de outra idêntica: xiita, vadiice ... c) Não ocorre acento, havendo odígrafo NH na sílaba seguinte: rainha, ladainha, moinho ... 05) Os verbos derivados, quando as formas são oxítonas e terminadas por EM, levam acento no singular (agudo) eno plural (circunflexo): ele detém / eles detêm; ele contém / eles contêm 06) O TREMA FOI ELIMINADO EM PORTUGUÊS: sequência, aguentar, linguiça, frequente, pinguim ... 07) Acentos opcionais: no substantivo FORMA / FÔRMA; na forma verbal demos/dêmos, quando se trata de 1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo; na forma verbal amamos/amámos, quando se trata de pretérito perfeito do indicativo. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 7 08) Alguns verbos passam a ter dupla grafi a (e dupla pronúncia). Veja, por exemplo, o caso do verbo aguar (para orientar a pronúncia, está sublinhada a vogal que concentra a maior tonicidade): Presente do indicativo Presente do subjuntivo eu aguo / águo eu ague / águe tu aguas / águas tu agues / águes ele agua / água ele ague / águe nós aguamos / aguamos nós aguemos / aguemos vós aguais / aguais vós agueis / agueis eles aguam / águam eles aguem / águem EMPREGO DO HÍFEN 1. Prefixações – Regra geral: Emprega-se o hífen se o segundo elemento começar por H ou pela mesma letra com que o prefixo termina. Além disso, se o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começar por R ou S, tais consoantes são dobradas. Veja: super-homem, super-rápido, hiper-rancoroso, micro-ondas anti-inflamatório, etc. autoanálise, autoestima, micromundo, semicírculo, etc. contrarregras, minissaia, semirreta, etc. Atenção: há prefixos que repelem o hífen. É o caso, por exemplo, de RE, DES, CO, IN, etc. reencarnar, descobrir, coabitar, infiel, etc. Atenção! O hífen permanece nos seguintes casos: a) Nos derivados com ex, vice, soto, além, aquém, recém e sem: ex-diretor, vice-presidente, soto-mestre, além-mar, aquém-oceano, recém-casados, sem-número ... b) Nos derivado com circum e pan seguidos por elemento que é iniciado por vogal, h, m, n, b, p: circum-navegação, pan-americano, circum-escolar, pan-americano, etc. c) Nos derivado com os prefixos tônicos pré, pró e pós seguidos por elemento com vida própria: pré-natal, pós- graduação, pró-desarmamento, etc. d) Nos derivados com grão e grã: grão-duque, grã-cruz, Grã-Bretanha, etc.. e) Em se tratando de “mal” como primeiro elemento, há hífen se o segundo elemento começa por H, L ou vogal. mal-habituado, mal-humorado, mal-estar; malcriado, malvisto, etc. f) Em se tratando de “bem” como primeiro elemento, há hífen se o segundo elemento começa com vogal. Noutros casos, não há como sistematizar. Há hífen em: bem- dotado, bem-conceituado, bem-humorado, bem-me-quer, bem- vindo, etc; não há hífen em: bendizer, bendito, benfeitoria, benfeito, etc. 2. Composições – Regra geral: Não se emprega o hífen em palavras compostas que possuem, apenas, um acento tônico: mandachuva, paraquedas, paraquedista, etc. Cuidado. Permanecem com hífen: para-brisa, para-lama, para-choque, etc.. 3. Espécies botânicas e zoológicas, permanecem com o hífen: couve-flor, erva-doce, beija-flor, bem-te-vi, formiga- branca, etc. 4. Não se emprega o hífen na maioria das locuções: cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, a fim de que, sala de jantar, à toa, dia a dia, etc. Obs.: As locuções já consagradas pelo uso continuam com hífen: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais- que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa, etc. Questões Objetivas – Grafia 23. Considerando-se a correta ortografia e acentuação gráfica, marque a opção que não contém erro. (A) As pessoas tem normalmente a vontade cerceada, mas vêm, com bons olhos, as tentativas de liberação política. (B) As pessoas têm normalmente a vontade cerceada e vêm, com bons olhos, a liberação politica. (C) As pessoas tem normalmente a vontade cerceada e vêem, com bons olhos, a liberação política. (D) As pessoas têm normalmente a vontade cerceada e vêem, com bos olhos, a liberação política. (E) As pessoas têm normalmente a vontade cerceada e veem, com bons olhos, a liberação política. 24. Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas das frases: 1. Normalmente ela não ..... em casa. 2. Não sabíamos onde .... os livros. 3.De algum lugar .... essas ideias. (A) para – por – provém (B) pára – pôr – provêem (C) pára – pôr – provem (D) pára – pôr – provém (E) para – pôr – provêm 25. “Lá vem o acendedor de lampiões de rua! / Este mesmo que vem infatigavelmente trabalhando.” Com o substantivo acendedor no plural, marque o item CORRETO. (A) Lá veem os acendedores de lampiões da rua. / Estes mesmos que veem infatigavelmente ... (B) Lá vêem os acendedores de lampiões de rua. / Estes mesmos que vêem infatigavelmente ... (C) Lá vem os acendedores de lampiões de rua. / Estes mesmos que vem infatigavelmente ... (D) Lá vêm os acendedores de lampiões de rua. / Estes mesmos que vêm infatigavelmente ... (E) Lá vêm os acendedores de lampiões de rua. / Estes mesmos que vêem infatigavelmente ... CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 8 Nas três questões a seguir, marque o ERRO de acentuação gráfica. 26. (A) zoólogo (B) platéia (C) heroína (D) órgãos (E) saíste 27. (A) cálice (B) bípede (C) álbuns (D) protótipo (E) heróico 28. (A) história (B) está (C) tórax (D) chapéu (E) eles crêem 29. Os acentos de subúrbio e revólver se justificam porque: (A) os dois vocábulos são proparoxítonos. (B) o primeiro vocábulo é proparoxítono eventual e o segundo, paroxítono terminado por –ER. (C) o primeiro vocábulo é paroxítono terminado por ditongo oral e o segundo, paroxítono terminado por – R. (D) o primeiro vocábulo é paroxítono e o segundo, proparoxítono. (E) o primeiro é proparoxítono normal e o segundo, paroxítono terminado por –R. 30. Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, EXCETO em: (A) Eles têm muita coisa a contar. (B) Foi agradável ouvir aquele orador. (C) Nossos parabéns ao aniversariante. (D) Estude todos os ítens do programa. (E) Afinal, o que contém este embrulho? 31. Marque o período em que há uma palavra com ERRO de acentuaçãográfica. (A) O formulário foi preenchido pelo réu no dia do julgamento. (B) O acento gráfico não incide sobre todas as palavras oxítonas. (C) Aquele cidadão é hábil com os pés. (D) Naquele episódio, ela tornou-se heroína. (E) Ninguém admite que o ensino gratuíto esteja tão ruim. 32. Marque o item em que há palavra ERRADA quanto à acentuação gráfica. (A) O salário em dia é de máxima importância para o trabalhador. (B) Nos aeroportos, todos prevêem os inumeráveis atrasos (C) Aquele cidadão apresentou um álibi extremamente frágil. (D) Possui cadência rítmica no tórax. (E) Sós, as crianças caíram no choro. 33. Há erro quanto ao emprego (presença ou ausência) de hífen em: (A) Ele sempre agiu sem vergonha. (B) Ele sempre foi um à toa. (C) Ele sempre falou à toa. (D) Ela é maria vai com as outras. (E) Ela sempre levou a situação em banho maria. 34. De acordo com a Reforma Ortográfica, alguns prefixos não (mais) são hifenizados: des-, re-, in- e co- são os principais. Há erro de grafia em: (A) auto-observação, anti-ibérico, contra-almirante. (B) coordenar, cooperar, coabitar. (C) reencarnar, reestruturar, re-haver (D) inábil, inumano, desumano. 35. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devem estas consoantes duplicar-se. Com base nisso, identifique a alternativa em que uma das palavras não está de acordo com a ortografia vigente: (A) antirrelligioso, contra-humano, anteontem. (B) coerdeiro, semi-reta, minissaia. (C) arqui-inimigo, contrarregras, contra-ataque. (D) antirraiva, trasanteontem, antessala. 36. Identifique a alternativa em que uma das palavras não está de acordo com a ortografia vigente: (A) semiângulo, semi-homem, semideus. (B) super-raivoso, hiper-requintado, ultrarrápido. (C) coautor, coeditor, colaborador. (D) intravenoso, intrarenal, interagir 37. Identifique a alternativa em que uma das palavras não está de acordo com a ortografia vigente: (A) neorrealista, neorromântico, neossocialismo. (B) interagir, interamericano, superação. (C) intra-uterino, intramuscular, intra-articular. (D) autossugestão, autossuficiente, autossoma. 38. Em que alternativa todas as palavras estão em desacordo com a nossa nova ortografia? (A) sócio-cultural, sócio-econômico, sócio-político. (B) multicolorido, multifacetado, multiforme. (C) extraescolar, extraoficial, extrauterino. (D) pseudoanálise, pseudoajuda, pseudocrise. 39. Deve haver hífen, independentemente do segundo elemento, quando se fazem presentes os seguintes prefixos: pré, pós e pró (tônicos); soto(a), vice, vizo e ex(cessamento). Com base nisso, identifique a alternativa em que uma das palavras não está de acordo com a ortografia vigente. (A) prever, predeterminar, preconceito. (B) predispor, predizer, preocupar. (C) pre-estabelecer, pre-encher, pre-existente. (D) pré-datar, pré-escolar, pré-estreia. 40. Deve haver hífen, independentemente do segundo elemento, quando se fazem presentes os seguintes prefixos: pré, pós e pró (tônicos); soto(a), vice, vizo e ex(cessamento). Com base nisso, identifique a alternativa CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 9 em que uma das palavras não está de acordo com a ortografia vigente. (A) ex-amante, ex-marido, ex-noiva. (B) vice-reitor, vice-presidente, coobrigação. (C) excomungado, ex-trair, ex-sogro. (D) minissaia, ultrassonografia, microrregião 41. “A regra geral se aplica também aos prefixos terminados em –b ou –d; há um acréscimo: ocorre hífen também se o segundo elemento começar por –r. Com base nessa lição do ilustre mestre Bechara, todas as alternativas abaixo apresentam palavras com grafia correta, exceto: (A) subcategoria, subchefe, subclasse. (B) subbase, subbloco, subbosque. (C) subconsciência, subconjunto, subcutâneo. (D) sub-reitor, sub-rogar, ad-renal. 42. Deve haver hífen se os prefixos circum e pan se ligam a palavras iniciadas por vogal, h, m, n, b, p. Ex.: circum- escolar, circum-murado, pan-africano, etc. Com base nisso, identifique a alternativa em ocorre equívoco ortográfico. (A) pan-africano, pan-helênico, pandemia. (B) cincuncentro, cincuncisão, circungirar. (C) circum-ambiente, circum-murado, circum-navegação. (D) panamericano, panteísmo, pantalonas. 43. A palavra ‘paralímpico’ deriva da preposição grega ‘para’ (ao lado) e da palavra olímpico. Significa que os Jogos Paralímpicos se realizam paralelamente aos Olímpicos e ilustra o modo como os dois movimentos existem lado a lado. O comitê internacional é “paralímpico” desde sempre. O português, fundado em setembro de 2008, também já nasceu com essa grafia, contrariando o parecer encomendado na época pelo Instituto do Desporto à linguista Margarita Correia. “Será mais consentâneo com a estrutura da língua portuguesa (…) que o termo em causa mantenha a vogal inicial ‘o’ da palavra ‘olímpico’”, opinou ela, adotando uma posição que me parece linguisticamente irrefutável. A palavra que deveria permanecer íntegra é “olímpico”: se fosse o caso de contração, que se criasse “parolímpico”. Paralímpico soa simplesmente errado no nosso idioma. Conforme se observa, por tradição linguística o termo recomendado é “paraolímpico”, ou parolímpico; no entanto, o oficialmente adotado pelos comitês olímpicos (nacional e internacionais) é o termo “paralímpico”. Isso mostra uma característica da língua que pode ser assim definida: (A) interferência na língua padrão por uma variante regionalista que se elitiza por conta de um evento. (B) corruptela de caráter popular que resiste ao tempo e acaba por ser arrolada em trabalhos de lexicografia. (C) vulnerabilidade de certos processos linguísticos, dada a força interferente calcada em interesses de áreas inteiramente extralinguísticas. (D) a língua é um “órgão vivo”, “mutante”, sujeita a alterações várias, nas quais se inclui interferência pontual e consciente em nome de certo processo considerado coerente. 44. Em que alternativa há erro na grafia do vocábulo? (A) afro-descendente (B) afro-baiano (C) afro-brasileiro (D) afro-americano Em que alternativa há erro na grafia do vocábulo? (A) anglo-maníaco (B) anglo-americano (C) anglocatolicismo (D) anglo-saxão 45. Nas formações em que o primeiro elemento está representado pela forma “mal”, e o segundo elemento começa por vogal, h ou l, há hífen. Com base nisso, identifique a alternativa em que uma das palavras não está de acordo com a ortografia vigente: (A) mal-entendido, mal-estar, mal-informado (B) mal-humorado, mal-habituado, mal-educado. (C) mal-me-quer, malnutrido, malnascida (D) mal-intencionado, maljeitoso, malmandado. 46. Nas formações em que o primeiro elemento está representado pela forma “bem”, não há sistematização possível. Em que alternativa uma das palavras está incorretamente grafada? (A) bem-acabado, bem-apresentado, bem-aventurado. (B) bem-educado, bem-intencionado, bem-me-quer (C) bem-disposto, bem-parado, bem-sucedido. (D) bem-humorado, bendizer, bem-quistar. 47. A Reforma eliminou o acento de intensidade da forma verbal “para”; além disso, eliminou o hífen de palavras compostas consagradas de que tal forma verbal participa. Em que alternativa a palavra está incorretamente grafada com hífen? (A) para-lama (B) para-choque (C) para-brisa (D) para-quedas 48. A Reforma eliminou o acento de intensidade da forma verbal “para”; além disso, eliminou o hífen de palavras compostas consagradas de que tal forma verbal participa. Em que alternativa a palavra está incorretamente grafada com hífen? (A) para-lama (B) para-choque (C) para-brisa (D) para-quedas 49. Em que alternativa a palavra está incorretamente grafada com hífen? (A) manda-chuva (B)manda-tudo (C) manda-lua (D) guarda-chuva. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 10 50. Emprega-se o hífen nos compostos que designam espécies botânicas (planta e fruto) e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento. Com base nisso, está incorretamente grafada certa palavra da alternativa: (A) bem-te-vi, pica-pau, beija-flor. (B) couve-flor, erva-doce, laranja-lima. (C) canário-belga, canário-da-terra, canário-do-campo. (D) joão-de-barro, azulão-bicudo, azul-do-céu. 51. Não mais se emprega o hífen nas locuções, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso. Com base nisso, identifique a alternativa em que todas as palavras estão incorretamente grafadas. (A) pé-de-moleque, fim-de-semana, sala-de-jantar. (B) água-de-colônia, arco-da-velha, cabra-cega. (C) dia a dia, à toa, a fim de. (D) mais-que-perfeito, à queima-roupa, cor-de-rosa. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 1. Derivação: as palavras possuem, apenas, um radical. É o maior processo de formação das palavras: a) derivação prefixal: acréscimo de prefixo a um radical: ingrato, ateu, uniforme ... b) derivação sufixal: acréscimo de sufixo a um radical: diarista, banheiro, ouvidor ... c) derivação prefixal e sufixal: acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo a um radical. deslealdade (des + leal + dade): deleal - lealdade d) parassintética: acréscimo de prefixo e sufixo simultaneamente. Um dos elementos exige a presença do outro. A maioria das derivações parassintéticas é verbo: entardecer, amanhecer, engavetar.. CUIDADO! Se analisada sob a ótica dos “Constituintes Imediatos”, o termo ENGARRAFAMENTO, por exemplo, é derivação sufixal formada a partir da parassintética ENGARRAFAR. e) derivação regressiva: substantivo formado pela perda de fonema de um verbo. O substantivo é abstrato e de ação: o embarque, o canto, a ameaça ... NOTA: há palavras regressivas que não obedecem à formação gramatical. Trata-se de uma redução da palavra primitiva, normalmente coloquialismos: sarampo (de sarampão), barraco (de barracão), portuga (de português), japa (de japonês), chuna (de chinês) ... f) derivação imprópria ou conversão: vocábulo formado por troca de classe gramatical ou um substantivo próprio formado a partir de um substantivo comum. o não, o amar, Rocha (formado a partir de rocha), Coelho, Carneiro ... 2. Composição: quando as palavras contêm mais de um radical. A composição pode ser formada por: a) justaposição: os elementos se unem e conservam seus fonemas: passatempo, couve-flor ... b) aglutinação: os elementos se unem e há perda ou troca de fonemas: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora) ... Obs.: as palavras aglutinadas possuem, apenas, um acento tônico. 3. Reduplicação: repetição de fonemas na formação vocabular: lero-lero, papai ... A reduplicação pode tornar-se uma onomatopeia. A onomatopeia tenta imitar sons de inanimados. 4. Hibridismo: palavra formada pela união de elementos diferentes: sociologia (latim e grego), burocracia (francês e grego), televisão (grego e português) ... 5. Abreviação: emprego de parte da palavra com o mesmo sentido da palavra inteira: foto, moto, cinema, cine... ATENÇÃO! SIGLA é uma modalidade de abreviação. ABI (Associação Brasileira de Imprensa), FAB (Força Aérea Brasileira), ONU (Organização das Nações Unidas), etc. ONOMATOPEIA é a tentativa de reproduzir sons ou ruídos. Grande parte das palavras onomatopaicas caem na formação por reduplicação: tique-taque, pingue-pongue ... Questões de Fixação – Processos de Formação Identifique o processo de formação das palavras a seguir. 01. beija-flor ____________________________________ 02. pernalta _____________________________________ 03. SEI ________________________________________ 04. otorrino _____________________________________ 05. o embarque__________________________________ 06. acéfalo _____________________________________ 07. acreano _____________________________________ 08. irrealidade ___________________________________ 09. pessoal _____________________________________ 10. passatempo __________________________________ 11. deslealdade __________________________________ 12. entristecer ___________________________________ 13. o choro _____________________________________ 14. pescaria _____________________________________ 15. engarrafamento ______________________________ 16. infelizmente _________________________________ 17. moto _______________________________________ 18. sambódromo _________________________________ 19. folhagem ____________________________________ 20. planalto _____________________________________ CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 11 Questões Objetivas – Processos de Formação 52. O sufixo de “organizador” tem o mesmo valor semântico do sufixo presente em: (A) confidência (B) outonal (C) pedinte (D) refeitório (E) brasileiro 53. Assinale a opção em que o vocábulo está com a sua identificação quanto ao processo formador errado. (A) ataque: derivação regressiva (B) fornalha: derivação sufixal (C) infelizmente: derivação prefixal e sufixal (D) amarelecer: formação parassintética (E) antebraço: derivação prefixal 54. Marque o item em que o reconhecimento do processo de formação da palavra em negrito NÃO está correto. (A) Ao escurecer, saiu apressadamente. (derivação parassintética) (B) Disse um talvez que não nos agradou. (derivação imprópria) (C) Morar no Rio é muito bom. (abreviação) (D) Quando sofreu a ameaça, ficou preocupado. (derivação regressiva) (E) Aquele processo contém grave irregularidade. (derivação prefixal e sufixal) 55. Nem sempre a presença de sufixos aumentativos ou diminutivos indica a ideia de aumentativo ou diminutivo. Marque a alternativa que comprova a afirmação. (A) Aquele tenor possui um vozeirão agradável. (B) A mulher mostrou seu corpanzil na praia. (C) Ela só bebe refrigerantes em copázios. (D) Saiu da capital e agora mora em um lugarejo. (E) Consultou a folhinha para ver os feriados. 56. Assinale a opção em que NÃO há derivação regressiva. (A) Cometeu um erro e não o corrigiu. (B) Ela adora o canto dos pássaros. (C) Os soldados travaram um combate sangrento. (D) O choro da criança comoveu a professora. (E) Aquela planta não gosta de sol. 57. O termo cleptomania significa obsessão por (A) roubos (B) roubos (C) altura (D) lugar aberto (E) lugar fechado 58. As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por: (A) derivação (B) composição (C) prefixação (D) sufixação (E) neologismo 59. Qual a derivação da palavra RESGATE? (A) prefixal (B) sufixal (C) regressiva (D) parassintética (E) imprópria 60. É correto afirmar que “super-homem” (A) é um caso de composição por justaposição. (B) é formada por derivação vocabular. (C) é formada por aglutinação mórfica. (D) é um hibridismo composto. (E) é uma sigla 61. Assinale o vocábulo cujo ‘A” não corresponde à classificação do “A” de “pequena”. (A) perfumadas (B) violenta (C) louca (D) criança (E) formosa 62. O prefixo de “infeliz” só se repete em: (A) incrível (B) ingerir (C) imigrar (D) imerso (E) imigrante 63. Assinale a opção em que os prefixos têm o mesmo significado: (A) contradizer / antídoto(B) desfolhar / epiderme (C) decapitar / homicídio (D) supercílio / acéfalo (E) semimorto / perianto 64. As palavras “perda”, “corredor” e “saca-rolha” são formadas , respectivamente, por: (A) derivação por justaposição, composição por aglutinação, derivação prefixal. (B) derivação parassintética, composição por justaposição, composição por aglutinação. (C) composição por aglutinação, derivação parassintética, derivação regressiva. (D) derivação regressiva, derivação sufixal, derivação parassintética. (E) derivação regressiva, derivação sufixal, composição por justaposição. 65. O radical de origem grega “fobia” significa “medo, aversão”; o vocábulo abaixo que tem sua significação corretamente indicada é: (A) agorafobia – medo dos tempos atuais (B) acrofobia – medo de lugares altos (C) claustrofobia – medo de lugares religiosos (D) hidrofobia – medo de chuva (E) fotofobia – medo de aparecer em público 66. Marque a opção em que a palavra derivada é oriunda de palavra que não é primitiva. (A) casinha (B) abuso (C) livraria (D) fidalgote (E) artista CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 12 67. Assinale o item com o correto processo de formação da palavra EMPOBRECIMENTO. (A) derivação parassintética (B) derivação prefixal (C) composição por justaposição (D) derivação sufixal (E) derivação regressiva 68. Marque a palavra que destoa das demais quanto à composição. (A) pernilongo (B) girassol (C) pernalta (D) aguardente (E) planalto 69. Uma das palavras NÃO é abreviação. Indique-a.. (A) pólio (B) otorrino (C) extra (D) combate (E) pneu 70. Marque o item em que o processo de formação das palavras foi INDEVIDAMENTE reconhecido. (A) ensurdecer: derivação parassintética (B) Zoo: abreviação (C) infelicidade: derivação prefixal e sufixal (D) bisneto: derivação sufixal (E) planalto: composição por aglutinação 71. Gramático Rocha Lima. O vocábulo destacado exemplifica um caso de : (A) sufixação (B) prefixação (C) regressão (D) conversão (E) abreviação 72. Marque o ERRO na identificação do radical que acompanha o sufixo –ITE. (A) estomatite: boca (B) rinite: rim (C) amidalite: garganta (D) otite: ouvido (E) flebite: veia 73. Assinale a alternativa correta quanto ao processo de formação das palavras pontapé, sertanista e desconhecido: (A) justaposição, sufixação e derivação prefixal e sufixal (B) aglutinação, sufixação, derivação parassintética (C) aglutinação, sufixação, sufixação (D) justaposição, sufixação, aglutinação (E) aglutinação, sufixação, derivação prefixal 74. Assinale a alternativa que registra uma palavra que NÃO é formada por sufixação. (A) engarrafamento (B) abusivo (C) extremamente (D) anoitecer (E) sufixação SUBSTANTIVO / ADJETIVO O substantivo é a palavra que denomina todos os seres. É variável em gênero, número e grau. Pode ser primitivo, derivado, simples, composto, concreto e abstrato. Os abstratos referem-se a sentimentos, estados, acontecimentos e ações. São normalmente oriundos de adjetivos ou verbos. São abstratos: felicidade, trabalho, crença, caminhada ... Os concretos referem-se a seres de existência independente, real ou não. São concretos: casa, caneta, criança, saci, etc.. Ainda há os substantivos coletivos: apresentam-se no singular e designam conjuntos da mesma espécie: cardume (de peixes), clero (de sacerdotes), pelotão (de soldados), constelação (de estrelas) ... PARTICULARIDADES QUANTO AO GÊNERO: são chamados de uniformes os substantivos que possuem forma única para o masculino e feminino. Dividem-se em três grupos: a) substantivos comuns de dois gêneros: designam, apenas, pessoas. O gênero é marcado pela presença de um determinante (artigo, pronome, adjetivo, numeral). o colega / a colega um cliente / uma cliente aquele gerente / aquela gerente b) substantivos sobrecomuns: designam, apenas, pessoas. O GÊNERO É ÚNICO, MAS O SUBSTANTIVO PODE SER USADO PARA AMBOS OS SEXOS. a criança o indivíduo a pessoa a criatura c) substantivos epicenos: designam animais: O GÊNERO É ÚNICO, MAS O SEXO É DETERMINADO PELOS ADJETIVOS MACHO E FÊMEA. a borboleta macho / a borboleta fêmea (borboleta = substantivo feminino) o jacaré macho / o jacaré fêmea (jacaré = substantivo masculino) Há substantivos que apresentam oposição de significados de acordo com o gênero: o cabeça (líder) X a cabeça (parte do corpo) o rádio (aparelho) X a rádio (emissora) o capital (dinheiro) X a capital (cidade) o moral (vontade) X a moral (ética, conclusão) PLURAL COM METAFONIA: alteração no timbre da vogal “O”. No singular, seu timbre é fechado; no plural, aberto. socorro / socorros miolo / miolos forno / fornos Nem todos os substantivos, no plural, apresentam metafonia: pilotos, bolos, globos adornos, cachorros ... CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 13 PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS 1. Se o 2º elemento indicar tipo ou finalidade do 1°, só o 1º elemento vai para o plural. peixes-boi mangas-espada sambas-enredo Obs.: Há uma tendência a se admitir a pluralização de ambos os elementos. 2. Nos compostos com preposição: só o 1º elemento vai para o plural. pés de moleque grãos-de-bico mulas sem cabeça 3. Nos compostos formados por reduplicações: só o 2º elemento no plural. reco-recos tique-taques tico-ticos 4. Nos compostos em que o substantivo estiver acompanhado de outro substantivo, adjetivo ou pronome: variam os dois elementos. couves-flores cabras-cegas segundas-feiras 5. Se o composto contiver uma palavra invariável, o outro elemento vai para o plural. bate-bolas caça-fantasmas grão-duques grão-cruzes São invariáveis nos compostos: verbos, advérbios, prefixos, as palavras grão, grã, bel, tudo. abaixo-assinados ex-governadores beija-flores guarda-roupas O plural dos diminutivos é feito a partir do diminutivo singular. Troca-se o “S” do plural por “Z”. jornaizinhos aneizinhos tuneizinhos Cuidado! lapisinhos, onibusinhos. Questões de Fixação – Substantivos I. Coloque os substantivos no plural. carretelzinho ____________________________________ lapisinho_______________________________________ mel ___________________________________________ guarda-roupa ___________________________________ guarda-civil ____________________________________ cidadão ________________________________________ bênção ________________________________________ couve-flor ______________________________________ manga-espada ___________________________________ sol ____________________________________________ gás ___________________________________________ mês ___________________________________________ dólar __________________________________________ tico-tico _______________________________________ porta-bandeira __________________________________ grão-duque _____________________________________ trivial _________________________________________ bate-boca ______________________________________ amor-perfeito ___________________________________ porta-bandeira __________________________________ arco-íris _______________________________________ rouxinol _______________________________________hífen __________________________________________ ancestral _______________________________________ lambe-lambe ____________________________________ teco-teco _______________________________________ banana-prata ____________________________________ alto-relevo _____________________________________ alto-falante _____________________________________ vice-reitor ______________________________________ O ADJETIVO é o principal determinante do substantivo. O adjetivo apresenta uma qualidade ou estado do substantivo. É uma palavra variável em gênero, número e grau. As flexões em gênero e número dos adjetivos simples são iguais às do substantivo. lindo / linda / lindos / lindas branco / branca / brancos / brancas Os substantivos empregados como adjetivos são invariáveis. camisas rosa, calças vinho, meias cinza, promoções relâmpago, passeatas monstro, etc. Normalmente, o 2º elemento do adjetivo composto é o que se pluraliza. tratados luso-brasileiros, problemas político-sociais , sandálias verde-escuras, etc. Nas cores compostas, se o 2º elemento for substantivo, a cor é INVARIÁVEL. camisas verde-garrafa camisetas amarelo-ouro carros vermelho-sangue GRAUS DOS ADJETIVOS: 1. COMPARATIVO a) de igualdade (tão + quanto, como). Aquela aluna é tão estudiosa quanto (como) você. b) de superioridade (mais + (do) que). Aquela aluna é mais aplicada (do) que sua irmã. c) de inferioridade (menos + (do) que). Ela é menos estudiosa (do) que você. Nos comparativos de superioridade e de inferioridade, “do” pode ficar elíptico. 2. SUPERLATIVO d) absoluto sintético (com o emprego dos sufixos –íssimo, -érrimo, -ílimo); facílimo, capacíssimo, acérrimo, paupérrimo ... Meus colegas são capacíssimos. e) absoluto analítico: emprego do advérbio MUITO (ou sinônimo) diante do adjetivo. Semanticamente é igual ao sintético. Podem-se usar, também, expressões com valor de intensidade, algumas coloquiais. Aquele cidadão é muito capaz. (muito capaz = capacíssimo) CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 14 Minha irmã é bastante vaidosa. O aluno é gentil à beça. Esta aluna é bonita pra caramba. f) relativo de superioridade: (o, a mais ... de) Aquela aluna é a mais simpática da turma. g) relativo de inferioridade: (o, a, menos ...de) Ele é o menos caprichoso da família. Os adjetivos GRANDE, PEQUENO, BOM e MAU podem ser empregados em duas formas de superioridade. Com o emprego do advérbio MAIS, a oração só estará correta com o emprego de outro adjetivo. Esta casa é MAIS GRANDE que bonita. Aquele médico é MAIS BOM do que simpático. Se não houver outro adjetivo, emprega-se MAIOR, MENOR, MELHOR e PIOR, respectivamente. Tua casa é maior que a minha. Ele é o pior do grupo. ATENÇÃO! As formas MENOR e MAIS PEQUENO podem ser usadas indiferentemente. Ela é MENOR que a irmã ou Ela é MAIS PEQUENA que a irmã. LOCUÇÃO ADJETIVA: expressão que contém PREPOSIÇÃO + SUBSTANTIVO com valor de adjetivo. A maior parte das locuções adjetivas equivale a um adjetivo. Rebanho de cabras (caprino) águas da chuva (pluviais) atitude de criança (infantil ou pueril) Questões de Fixação – Adjetivos II - Substitua as locuções adjetivas pelos adjetivos correspondentes. rosto de anjo ____________________________________ corpo de alunos _________________________________ clima de cidade __________________________________ problema de estômago ____________________________ reunião de bispos ________________________________ roupa de inverno _________________________________ faixa de idade ___________________________________ chapa do tórax __________________________________ armamento de guerra _____________________________ salto de gato ____________________________________ noite de sonho __________________________________ coice de touro ___________________________________ navegação de rio _________________________________ era de gelo _____________________________________ brinco de ouro __________________________________ abraço de irmão _________________________________ bola de marfim __________________________________ momento de paixão ______________________________ pulseira de prata _________________________________ Questões Objetivas – Substantivos e Adjetivos 75. Marque o ERRO no plural do composto. (A) Elaas compraram fitas verde-amarelas. (B) Os guardas-municipais estão na ronda. (C) Os tatus-bola são engraçadinhos. (D) Você tem dois guarda-roupas? (E) Ganhei duas camisas verde-garrafas. 76. Assinale o comentário com ERRO. (A) A palavra “dólar”, quando no plural, muda a posição da sílaba tônica. (B) Em “Meu prato é o menor de todos”, o adjetivo está no superlativo relativo de inferioridade. (C) Quem é muito sério é seriíssimo. (D) O plural de “carretelzinho” é “carreteizinhos”. (E) “Minha camisa é mais grande do que a tua” é uma construção errada. 77. Assinale a opção com ERRO quanto ao reconhecimento do grau do adjetivo. (A) Ela é menor que eu. (comparativo de superioridade) (B) O burro é menos elegante do que o cavalo. (comparativo de inferioridade) (C) Aquela cidade é muito grande. (superlativo absoluto sintético) (D) Aquele aluno é o maior do grupo. (superlativo relativo de superioridade) (E) Ela é tão simpática quanto sua irmã. (comparativo de igualdade) 78. Indique o substantivo que tem apenas um gênero. (A) mártir (B) indígena (C) estudante (D) jornalista (E) testemunha 79. Dadas as palavras ESFORÇOS, PORCOS e IMPOSTOS, verifica-se que o timbre da vogal tônica é aberto: (A) apenas na 1ª palavra (B) apenas na 3ª palavra (C) apenas nas palavras 1 e 3 (D) apenas na 2ª palavra (E) em todas as palavras 80. Marque o composto em que os dois elementos se pluralizam. (A) quebra-noz (B) amor-perfeito (C) guarda-louça (D) vice-rei (E) caça-mandato 81. Indique o feminino ERRADO. (A) herói / heroína (B) patrão / patroa (C) ateu / ateia (D) hortelão / hortelã (E) barão / baronesa CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 15 82. Assinale a opção em que todos os vocábulos apresentam metafonia. (A) tijolos, pilotos, adornos (B) ovos, olhos, pescoços (C) globos, postos, bolos (D) esforços, impostos, jogos (E) ossos, cachorros, transtornos 83. “Percebemos que o proprietário do imóvel desconfia que ele não é tão imóvel assim”. As palavras sublinhadas são respectivamente: (A) substantivo e substantivo (B) substantivo e adjetivo (C) adjetivo e advérbio (D) adjetivo e substantivo (E) adjetivo e adjetivo 84. Leia as orações a seguir: 1. Ela é grande e inteligente: mais grande do que inteligente. 2. Ele é bom e trabalhador: mais bom do que trabalhador. 3. As minhas lembranças são mais boas do que as suas. Quanto ao grau dos adjetivos, percebe-se que: (A) nenhuma oração está correta. (B) apenas a oração 1 está correta (C) as orações 1 e 2 estão corretas (D) apenas a oração 3 está correta (E) apenas a oração 2 está correta 85. Se trocarmos os substantivos e adjetivos abaixo de posição, a alternativa em que há uma modificação de categoria gramatical e sentido é: (A) jogadores japoneses(B) momentos distintos (C) sentimento negativo (D) opiniões diferentes (E) disposição psicológica 86. Qualquer palavra, em Língua Portuguesa, pode ser substantivada. Basta, por exemplo, determiná-la com um artigo. Com base nisso, assinale a alternativa em que não há substantivo. (A) O bem sempre vence o mal. (B) O dois não me serve; manda um três de ouros. (C) Você disse um não que não me convenceu. (D) O pobre sofre preconceito do rico. (E) Muito cansados ficamos hoje. 87. Às vezes, o substantivo é usado para qualificar outro substantivo. É o que ocorre na seguinte alternativa: (A) Uma moça bem moça engravidou. (B) Um belo canto encantou a todos. (C) Vi um cego alto. (D) Sonhei um sonho esquisito. (E) Por trás do horrível, pode haver beleza. 88. Nas séries abaixo há pares de substantivo + adjetivo; o par em que a colocação do adjetivo antes do substantivo altera o sentido do par é: (A) estudo recente (B) empregabilidade excelente (C) setores diversos (D) boa faculdade (E) funções diferentes 89. Veja: “certo saber” não possui o mesmo significado que “saber certo”. A alternativa que mostra um caso semelhante é: (A) resposta correta / correta resposta (B) paisagem bela / bela paisagem (C) autor conhecido / conhecido autor (D) várias respostas / respostas várias (E) texto longo / longo texto FLEXÕES DO VERBO VERBO é uma palavra variável em número, pessoa, tempo e modo. LOCUÇÃO VERBAL é o conjunto formado por, normalmente, dois verbos: verbo auxiliar + verbo principal no infinitivo, gerúndio ou particípio. Amanhã os alunos deverão fazer uma redação. I – FORMAÇÃO DO IMPERATIVO Enquanto o modo INDICATIVO caracteriza uma afirmação, uma certeza (exceto o futuro do pretérito), o SUBJUNTIVO é o modo da dúvida, da hipótese, e o IMPERATIVO é o modo que exprime ordem, advertência, aconselhamento. O Imperativo não possui a 1ª pessoa do singular. Como é um modo de tratamento, os pronomes “ele e eles” são substituídos por “você e vocês”. pres. imperat. imperat. pres. indic. afirmativo negativo subj. amo - - ame amas ama ames ames ama ame ame ame amamos amemos amemos amemos amais amai ameis ameis amam amem amem amem No imperativo afirmativo, as segundas pessoas (tu e vós) vêm do presente do indicativo sem o S final; as demais pessoas vêm do presente do subjuntivo sem qualquer alteração. Exceção: o verbo SER, nas segundas pessoas do imperativo afirmativo, não segue o modelo. Possui formas próprias: sê (2ª pessoa do singular) e sede (2ª pessoa do plural); as outras formas seguem o padrão de todos os verbos: saem do presente do subjuntivo No imperativo negativo, não há nenhuma alteração: todas as flexões saem do presente do subjuntivo, sem exceção. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 16 ATENÇÃO! Os verbos DIZER, FAZER, TRAZER, QUERER e PRODUZIR contêm duas formas para a segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo: dize ou diz, traze ou traz, quere ou quer, faze ou faz, produze ou produz. Traze o material amanhã. = Traz o material amanhã. (tratamento: tu) É muito importante flexionar, de forma correta, os verbos monossílabos para que não se encontrem dificuldades nos verbos derivados. Questões de Fixação – Verbos I – Todas as flexões verbais a seguir estão no imperativo afirmativo. Identifique o tratamento de cada uma delas. a) vá _________________________________________ b) tenham _____________________________________ c) bate _______________________________________ d) façam ______________________________________ e) diz ________________________________________ f) subi ______________________________________ g) seja _______________________________________ h) traz _______________________________________ i) coloca ______________________________________ j) comprem ___________________________________ k) faz ________________________________________ l) ponde ______________________________________ m) ide _______________________________________ n) ouça _______________________________________ o) digamos ____________________________________ II – Coloque as orações no imperativo negativo: a) Põe as canetas na estante. _____________________________________________ b) Traga o material amanhã. _____________________________________________ c) Ouvi aquele programa. _____________________________________________ d) Faz o trabalho a lápis. _____________________________________________ e) Recolhe o lixo da pia. _____________________________________________ f) Sê amigo daquela menina. _____________________________________________ g) Produz o desenho do colégio. _____________________________________________ h) Cante para aquela colega _____________________________________________ i) Vai ao cinema sozinho. _____________________________________________ j) Veste a roupa depressa. _____________________________________________ III – Coloque as orações no imperativo afirmativo. a) Não faças exercícios no escuro. _____________________________________________ b) Não tenhas medo de escuro. _____________________________________________ c) Não compre aquele jornal. _____________________________________________ d) Não digais a verdade agora. _____________________________________________ e) Não vades com a janeila fechada. _____________________________________________ f) Não vejam televisão com a luz acesa. _____________________________________________ g) Não creias naquele cidadão. _____________________________________________ h) Não peças ajuda a ninguém. _____________________________________________ Questões Objetivas - Verbos 90. Todas as formas verbais estão na 2ª pessoa, EXCETO: (A) Vai à praia e leva o vizinho. (B) Põe as canetas no estojo. (C) Não leias no escuro, menino. (D) Pede o cartão emprestado. (E) Ouça a sua música preferida. 91. Na passagem do imperativo afirmativo para o negativo cometeu-se um ERRO. Identifique-o. (A) Vê televisão no escuro. Não vejas televisão no escuro. (B) Diz a verdade para todos. Não digas a verdade para todos. (C) Vem com os amigos para o coquetel. Não venha com os amigos para o coquetel. (D) Ide à praia amanhã. Não vades à praia amanhã. (E) Façam as questões com calma. Não façam a questões com calma. 92. Aponte o ERRO quanto à flexão do verbo no imperativo. (A) Crede no que dizem os mais experientes. (B) Mantém distância do outro carro. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 17 (C) Tem paciência com os mais velhos. (D) Sai com vossos amigos amanhã. (E) Não peçamos auxílio a qualquer pessoa. 93. Uma das orações está com a forma do imperativo negativo ERRADA. Marque-a. (A) Não intervém quando não fores chamado. (B) Não subais em árvores muito altas. (C) Não vás se não tens convite. (D) Não parta sem avisar-me. (E) Não desdigam os mais velhos. 94. Há ERRO quanto à formação do imperativo em (A) Traz teus apontamentos amanhã. (B) No mercado, compre o que quiser. (C) Durma com a luz acesa. (D) Façai os exercícios a lápis. (E) Aponta as melhores alternativas. 95. Marque o item em que o sujeito da oração é TU. (A) Diga a verdade para ela. (B) Intervém na discussão. (C) Não perturbe os colegas. (D) Reconheça os erros cometidos. (E) Vinde e trazei o trabalho. 96. Há ERRO quanto à formação do imperativo em (A) Não entregues o seu materialao colega. (B) Empenha tua palavra e cumpre o prometido. (C) Estude com a janela aberta. (D) Prepare o seu coração para a surpresa. (E) Lê o livro para analisá-lo. 97. Marque o item em que o sujeito é VOCÊ. (A) Tem paciência com os avós. (B) Marca o lugar da colega. (C) Não chegue cedo amanhã. (D) Faz a redação a lápis.. (E) Traz o material necessário. 98. Há solecismo em (A) Crê em teus amigos. (B) Faça sua prova com cuidado. (C) Não intervenhas se não fores chamado. (D) Não tende medo de fantasmas. (E) Põe tuas canetas no estojo. 99. Em uma das orações a formação do imperativo não condiz com o padrão gramatical. Identifique-a. (A) Não ponham garrafas sobre a carteira. (B) Aprende verbo e ensine aos colegas. (C) Não leiais no escuro. (D) Participa das festas dos teus primos. (E) Suba a escada devagar. II – TEMPOS DERIVADOS DO PRETÉRITO PERFEITO Tempos derivados do pretérito perfeito: mais-que- perfeito do indicativo, imperfeito e futuro do subjuntivo. Formação: coloque o verbo na 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito e tire a desinência RAM e, para formar a 1ª pessoa do singular do tempo derivado, coloque: -RA: mais-que-perfeito do indicativo -SSE: imperfeito do subjuntivo -R: futuro do subjuntivo Exemplo: ontem eles DISSERAM / eu DISSERA / Se eu DISSESSE / Quando eu DISSER Questões de Fixação – Tempos Verbais Coloque os verbos a seguir na 1ª pessoa do singular do FUTURO DO SUBJUNTIVO. a) REFAZER; quando eu ________________________ b) PROPOR: quando eu _________________________ c) INTERVIR: quando eu ________________________ d) PREVER: quando eu _________________________ e) SER: quando eu ______________________________ f) IR: quando eu _______________________________ g) DETER: quando eu ___________________________ h) PROVER: quando eu _________________________ i) REAVER: quando eu __________________________ j) PRECAVER-SE: quando eu ____________________ III – FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS Correspondem à estrutura TER / HAVER + PARTICÍPIO. Ela tem saído todas as noites. (tem saído = perfeito composto do indicativo do verbo sair) TEMPOS COMPOSTOS DO INDICATIVO: a) Perfeito: auxiliar no presente do indicativo + particípio. Tenho estudado muito. b) Mais-que-perfeito: auxiliar no imperfeito do indicativo + particípio. Havíamos estudado este assunto. c) Futuro do presente: auxiliar no futuro do presente + particípio. Eles terão praticado muitos esportes. d) Futuro do pretérito: auxiliar no futuro do pretérito + particípio. Se fosse cedo, eu teria jogado tênis. TEMPOS COMPOSTOS DO SUBJUNTIVO: a) Perfeito: auxiliar no presente do subjuntivo + particípio. Embora tenha feito muitos pontos, não consegui a vaga. b) Mais-que-perfeito: auxiliar no imperfeito do subjuntivo + particípio. Se eu tivesse caprichado, acertaria, pelo menos, mais três questões. c) Futuro: auxiliar no futuro do subjuntivo + particípio. Se tiveres trazido a carne, faremos um churrasco. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 18 FORMAS NOMINAIS COMPOSTAS a) Infinitivo: auxiliar no infinitivo + particípio. b) Gerúndio: auxiliar no gerúndio + particípio. IV – FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA Só os verbos TRANSITIVOS DIRETOS e TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS podem formar a voz passiva. O objeto direto e o sujeito da voz ativa tornam-se, na passiva, sujeito e agente da passiva, respectivamente. a) A VOZ PASSIVA VERBAL ou ANALÍTICA contém uma locução verbal formada por verbo auxiliar flexionado (ser, estar, ficar) + o verbo principal no particípio. Aquela estrada foi construída por operários capazes. Minha rua será interditada pela Prefeitura. b) A VOZ PASSIVA PRONOMINAL ou SINTÉTICA contém verbo + SE (partícula apassivadora). Nesse caso, é bom lembrar que o verbo concorda com o sujeito e não haverá agente da passiva. Viam-se crianças no jardim. (= Crianças eram vistas no jardim) Jogar-se-á futebol na praça. (= Futebol será jogado na praça) As orações de voz passiva pronominal ou sintética, quando colocadas na voz ativa, possuirão sujeito indeterminado com o verbo na 3ª pessoa do plural. Joga-se futebol na areia. (voz ativa = Jogam futebol na areia) Construir-se-ão muitos viadutos no Rio. (voz ativa = Construirão muitos viadutos no Rio) * Os únicos verbos transitivos indiretos que podem formar a voz passiva são obedecer e desobedecer. A ordem do diretor foi obedecida por todos os alunos. Atenção! Quando o verbo for transitivo indireto, intransitivo ou transitivo direto + OD preposicionado, a palavra SE será partícula de indeterminação do sujeito. Precisa-se de bons funcionários. Ama-se a todos os colegas. Assiste-se a bons filmes pela televisão. Fala-se de futebol nos intervalos. LEMBRETE: A partícula de indeterminação do sujeito exige o verbo no singular. • A voz reflexiva acontece quando o sujeito é agente e paciente da ação verbal. A criança machucou-se na escada. VERBOS DEFECTIVOS são os que não possuem conjugação completa. Os mais importantes são reaver e precaver-se. a) REAVER : no presente do indicativo possui, apenas, a 1ª e 2ª pessoas do plural: reavemos e reaveis. O presente do subjuntivo não existe e no imperativo, há uma forma no afirmativo: reavei (vós). Nos outros tempos segue o verbo HAVER. Ela reouve aquele documento. (perfeito do indicativo) b) PRECAVER-SE: verbo pronominal que, no presente do indicativo, possui somente: nós nos precavemos e vós vos precaveis. Não é flexionado no presente do subjuntivo e seu imperativo é o afirmativo que contém, somente, precavei-vos. Nas outras formas, segue o verbo VENDER. Aquele cidadão precaveu-se contra as enchentes. Os verbos que denotam fenômenos da natureza só podem ser usados na 3ª pessoa do singular. Em sentido figurado, podem ser usados no plural. Choveu muito no Pará. Choveram protestos na porta do teatro. Alguns verbos possuem dois particípios. No particípio regular (-do) os verbos auxiliares são TER ou HAVER. Os alunos tinham (haviam) aceitado a troca do horário. No particípio irregular (-to), os auxiliares são SER ou ESTAR. Aquela solicitação foi aceita pela direção. A medalha está benta pelo papa. Questões Objetivas – Flexão Verbal 100. Há erro de flexão verbal em: (A) Nós vimos aqui ontem para estudar. (B) Nós vimos aqui todo dia. (C) Nós viemos aqui semana passada. (D) Que venhamos todos! (E) Nòs viremos aqui amanhã. 101. Há erro de flexão verbal em: (A) Eu intervira na situação. (B) Eu intermedeio qualquer caso. (C) Que tu remedeies a situação. (D) Se intervieres no caso, haverá problema. (E) Retive tudo na memória. 102. Há erro de flexão verbal em: (A) Elas têm vontade. (B) Elas entreteram as crianças. (C) Não me ative ao problema. (D) Sustiveram o argumento. (E) Mantinham os presos no cárcere. 103. Há erro de flexão verbal em: (A) Não caibo nesta calça. (B) Eu quisera meus direitos. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 19 (C) Eu requerera meus direitos. (D) Eu desdarei tudo isso. (E) Eu desdara tuda isso. 104. Há erro de flexão verbal em: (A) Eu punha as coisas em ordem. (B) Eu poria as coisas em ordem. (C) As testemunhas já deporam. (D) Deporão agora. (E) Deporia agora. 105. Há erro de flexão verbal em: (A) Quando vier aqui e me ver, fale comigo. (B) Quando vier aqui, vou ver-lhe um café. (C) Quando vir você, vou abraçá-lo. (D) Quando mentir para mim, sabê-lo-ei. (E) Quando couber nisso, ficarei feliz. 106. Em “Basta que ele tenha existido”, a locução verbal está no (A) perfeito composto do indicativo (B) mais-que-perfeitocomposto do subjuntivo (C) presente composto do subjuntivo (D) perfeito composto do subjuntivo (E) mais-que-perfeito composto do indicativo 107. “Já nessa altura eu tinha pegado a segunda de uma figueira”. A forma “tinha pegado” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por: (A) pegaria (B) pegara (C) pegava (D) havia de pegar (E) tive que pegar 108. A forma verbal “expôs” corresponde à terceira pessoa do singular do pretérito perfeito simples do indicativo. Como seria a forma dessa mesma pessoa no pretérito perfeito composto do indicativo? (A) havia exposto (B) tinha exposto (C) tem exposto (D) teve exposto (E) foi exposto 109. “Cidadezinha que não coube no mapa”. Assinale o item que apresenta o tempo composto correspondente à forma verbal “coube”: (A) tivesse cabido (B) tinha cabido (C) têm cabido (D) tenha cabido (E) tem cabido 110. Passando-se o verbo do trecho “aquilo que o auditório já sabe” para o futuro composto do subjuntivo, obtém-se a forma verbal: (A) terá sabido (B) ter sabido (C) tiver sabido (D) tenha sabido (E) souber 111. “O projeto foi recebido com ceticismo pela comunidade científica”. Colocando-se esse segmento na voz ativa, tem-se como forma correta: (A) Recebeu-se o projeto com ceticismo. (B) Receberam o projeto com ceticismo. (C) A comunidade científica recebeu o projeto com ceticismo. (D) A comunidade científica foi recebida com ceticismo pelo projeto. (E) Recebeu-se com ceticismo o projeto pela comunidade científica. 112. “... que é discutido em todos os lugares”. Esta frase está na voz passiva analítica e sua forma correspondente na voz ativa é: (A) que se discutiu em todos os lugares; (B) que discutem em todos os lugares; (C) que foi discutido em todos os lugares; (D) que se discute em todos os lugares; (E) que discutiram em todos os lugares. 113. Transpondo para a voz ativa a frase “Os pretendentes ao cargo teriam sido cadastrados pelo coordenador”, obtém-se a forma: (A) cadastraria (C) terá cadastrado (C) seriam cadastrados (D) teria cadastrado (E) tinha cadastrado 114. Transpondo para a voz passiva a frase “Eu estava revendo, naquele momento, as provas tipográficas do livro”, obtém-se a forma verbal (A) ia revendo (C) estava sendo revisto (C) seriam revistas (D) comecei a rever (E) estavam sendo revistas 115. Marque o erro quanto ao emprego da forma verbal. (A) Clique a tua máquina para marcar a paisagem. (B) O inspetor interveio na hora certa. (C) Proveja a despensa das coisas necessárias. (D) Agradeci a todos quando reouve meus documentos. (E) Não cri nas palavras do orador. 116. “Se não tivermos uma lâmpada elétrica ...” O item cujo verbo não está no mesmo tempo verbal da forma “tivermos” é: (A) Se não houver a possibilidade de ... (B) Se não forem responsáveis por ... (C) Se não virmos a necessidade de ... (D) Se não nos caber a responsabilidade de ... (E) Se não nos refizermos das dificuldades ... CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 20 117. A forma verbal FIZERMOS pertence ao futuro do subjuntivo. A alternativa em que há erro na flexão desse mesmo tempo é: (A) Quando os políticos intervierem no processo, tudo ficará melhor. (B) Quando vocês o verem, digam-lhe que estive aqui. (C) Só sairei quando houver bom tempo. (D) Quando forem aprovados, serão empregados. (E) Se couber recurso, eu o farei. 118. “Ele _______ que a sensatez dos convidados ______ a euforia geral e ______ as dúvidas.” Marque a opção cujas formas verbais completam as lacunas. (A) supusera – freasse – desfizesse (B) suporá – freasse – desfizesse (C) supusera – freiasse – desfazesse (D) suporá – freiasse – desfizesse (E) suporá – freiasse – desfazesse 119. Assinale a opção que apresenta erro na forma verbal. (A) Os brasileiros mantêm opiniões divergentes a respeito destes assuntos. (B) Nem todos creem nos resultados de certas pesquisas. (C) Pessoas treinadas intervêm positivamente para dar esclarecimentos. (D) Os recenseadores reveem as respostas dos questionários. (E) Muitos entrevistadores proveem de lugares distantes do país. 120. Marque o item em que a forma verbal está errada. (A) Ontem eu tinha trago o material e ele não o utilizou. (B) Sede amigo de todos os alunos. (C) Não vades à praia sem chapéu. (D) Se você vir aquele aluno, dê-lhe um abraço. (E) Hoje, eu requeiro meus documentos de conclusão do curso. 121. Marque o item em que a forma verbal está errada. (A) Eu tinha limpado o banheiro. (B) O banheiro já fora limpo. (C) Eu tinha pagado a conta. (D) A conta já fora paga. (E) Eu tinha chego cedo 122. Marque o item em que a forma verbal está errada. (A) Eu tinha imprimido a planilha. (B) A planilha já fora impressa. (C) Eu tinha pegado a conta. (D) A conta já fora pega. (E) Eu tinha fazido o dever. 123. Há inconveniência na seguinte construção. (A) Eu tinha limpado. (B) Eu tinha pagado. (C) Eu tinha acendido. (D) A pia foi limpa. (E) Eu tinha enxuto a pia. 124. Não abunda no particípio: (A) fazer (B) entregar (C) gritar (D) imprimir (E) exprimir * ATENÇÃO! Formas RIZOTÔNICAS / ARRIZOTÔNICAS Rizotônicas são as flexões verbais cuja tonicidade cai no radical. Aparecem no presente do indicativo e do subjuntivo. São as três pessoas do singular e a terceira pessoa do plural. A primeira e a segunda pessoa do plural são formas arrizotônicas: as que apresentam a tonicidade fora do radical Fora do presente, encontramos formas arrizotônicas com algumas exceções. Exemplo: eu faço, tu fazes, ele faz, eles fazem (formas rizotônicas do presente do indicativo do verbo fazer). É preciso que eu faça, tu faças, ele faça, eles façam (formas rizotônicas do presente do subjuntivo do verbo fazer). ATENÇÃO! É bom tomar cuidado com os verbos do grupo MARIO (mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar), pois todos terminam por –IAR, mas suas formas rizotônicas são iguais às dos verbos terminados em – EAR. As formas arrizotônicas não apresentam qualquer problema. Exemplo: presente do indicativo do verbo MEDIAR - eu MEDEIO, tu MEDEIAS, ele MEDEIA, nós MEDIAMOS, vós MEDIAIS, eles MEDEIAM. O mesmo fenômeno acontece no presente do subjuntivo: é preciso que eu MEDEIE, tu MEDEIES, ele MEDEIE, nós MEDIEMOS, vós MEDIEIS, eles MEDEIEM. Enunciado único: Assinale, em cada grupo de cinco opções, a oração ERRADA quanto à flexão do verbo. 125. (A) Vinde amanhã e traga sua irmã. (B) Aquele jogador cabeceia muito bem. (C) Enfia a linha na agulha. (D) Seja amigo dos seus colegas. (E) Aquela construção enfeia a paisagem. 126. (A) Todos anseiam por melhores dias. (B) O aluno proveu o armário de arroz e feijão. (C) Ele reouve todos os documentos. (D) Você creu nas palavras dele? (E) Hoje eu requero minha carteirinha. 127. (A) Ainda reaverei aquela pasta. (B) Tu te precaveste contra as enchentes? (C) Mantém tua palavra sempre. (D) O carro freiou no momento certo. (E) Eles obtiveram boas vitórias. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 21 128. (A) Quando eu ver sua irmã, dou-lhe um beijo. (B) É necessário que revejas tuas posições. (C) Ele interveio na hora certa. (D) Requeira a segunda chamada hoje. (E) Vou prover a despensa com mantimentos. 129. (A) Se fores ao cinema,leve o filho do vizinho. (B) Eu não caibo nesta carteira. (C) Os soldados têm uma roupa pesada (D) Eles mantiveram as propostas. (E) Refaça as questões erradas. 130. Transpondo para a voz passiva a frase “A comissão já tinha preparado os convites de formatura”, obtém-se a forma verbal: (A) prepararam (B) tinham preparado (C) foram preparados (D) tinham sido preparados (E) fora preparada 131. “Acredito que a aluna tenha feito a lição”. Passando a segunda oração para a voz passiva, a forma verbal correta é: (A) foi feito (B) tenha sido feita (C) esteja sendo feita (D) tenha estado feita (E) seja feita 132. Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas: “Não _____cerimônia, _____, que a casa é _____ e ______ à vontade.” (A) faças, entre, tua, fique (B) faça, entre, sua, fique (C) faças, entra, sua, fica (D) faz, entra, tua, fique (E) faça, entra, tua, fique 133. Marque a opção cuja lacuna NÃO pode ser preenchida pela forma verbal indicada; (A) Ficarei feliz se ele _____ a calma (mantiver) (B) Quando ele ______na disputa, foi inábil. (interviu) (C) No domingo passado, a aluna _____ a caneta que havia sumido. (reouve) (D) Aquele cidadão ______ o resultado da Loteria. (previu) (E) Hoje _____ aqui assistir às aulas de Português. (vimos) 134. Assinale a oração INCORRETA quanto à flexão do verbo. (A) Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse o meu estado. (B) Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção. (C) O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te. (D) Se eles reouverem suas forças, alcançarão boas vitórias. (E) Não se premiam os fracos que obteram derrotas. 135. Assinale a frase em que o verbo SER esteja no pretérito mais-que-perfeito. (A) Não seria o caso de você se acusar? (B) Quando cheguei, ele já se fora muito zangado. (C) A aluna tinha sido apontada como o número um. (D) Depois ficamos sabendo que fora ele o culpado. (E) Embora não tenha sido divulgado, a greve acabou. 136. Indique a oração com ERRO quanto à flexão do verbo. (A) A mãe previu no filho uma personalidade marcante. (B) O próprio garoto precaviu-se contra aquele mal. (C) Missão sublime o detivera aqui. (D) O mestre não interveio a tempo de solucionar o problema. (E) O jovem reouve a consciência da trágica situação 137. A flexão do verbo NÃO condiz com o tratamento na alternativa: (A) Faz o seu tratamento e continue a estudar. (B) Tenha paciência com seus pais. (C) Compre o sanduíche na esquina. (D) Diga a verdade para sua irmã. (E) Ouve tuas músicas preferidas bem baixinho. 138. Assinale a alternativa com ERRO. (A) Requeiro à tarde meus documentos. (B) Previna-se contra os ladrões. (C) Menina, você já coseu a sua blusa? (D) Aquelas bolsas contém muitos documentos. (E) Ele proveu a despensa com muito macarrão. 139. Marque a opção com ERRO quanto à flexão do verbo. (A) Ele medeia entre boas e más ações. (B) Não cri nas palavras dele. (C) Ela proveu a geladeira de sorvvetes. (D) O técnico premiou todos os atletas. (E) O árbitro interviu na hora exata. 140. Há equívoco de flexão verbal em: (A) Eu cria que você aqui viesse e interviesse na situação, mas decepcionei-me. (B) Opto sempre pelos que incedeiam os debates com propostas que caibam no orçamento. (C) Propuseram que eu obstasse a assembleia, mas não o quis nem o fiz. (D) Eu prometera isso a você e mantera a promessa. (E) Eu freio meus sentimentos, sempre freei. Que tu freies também. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 22 PRONOME Pronome é uma palavra variável em número, gênero e pessoa. Substitui ou acompanha o substantivo. PRONOME ADJETIVO: é o que determina, acompanha o substantivo. Aquela aluna é muito estudiosa. Encontrei sua irmã no cinema. PRONOME SUBSTANTIVO é o que ocupa o lugar de um substantivo. Ninguém sairá cedo hoje. Todos farão boas provas. 01. PRONOMES PESSOAIS: retos, oblíquos e de tratamento. Os retos desempenham a função de sujeito ou predicativo. Os oblíquos são complementos, embora possam desempenhar, também, a função de sujeito (com os verbos mandar, deixar, ver, ouvir, fazer e sentir + verbo no infinitivo). Os pronomes de tratamento podem desempenhar a função de sujeito ou de complemento. Eu vou sair com ela hoje. (eu = reto / ela = oblíquo). Não a vi na praia. (a = oblíquo) Ela nos encontrou no shopping. (ela = reto / nos = oblíquo) Trouxeram água para mim. (mim = oblíquo) Os pronomes SE, SI e CONSIGO devem ser empregados como reflexivos. A aluna trouxe consigo a apostila. A criança feriu-se na escada. ATENÇÃO! Quando em ênclise, os pronomes O, A, OS e AS podem sofrer algumas modificações: a) Se o verbo terminar por som nasal, os pronomes tornam- se NO, NA, NOS e NAS. Terminaram as tarefas. = Terminaram-nas. Põe os livros na estante. = Põe-nos na estante. b) Quando o verbo terminar por R, S ou Z, as consoantes caem e os pronomes tornam-se LO, LA, LOS, LAS. Com a supressão das consoantes. Cantar o hino de pé. = Cantá-lo de pé. Fiz o trabalho. = Fi-lo. Vendes os móveis. = Vende-los. Saber a verdade. = Sabê-la. Fez os exercícios. = Fê-los. Em mesóclise, os pronomes ficarão LO, LA, LOS, LAS e ocuparão o lugar do –R da desinência verbal (-RA/RE ou –RIA/RIE). A mesóclise só ocorre com verbos no futuro(do presente ou do pretérito). Se a forma verbal for acentuada, o acento continua normalmente e se a 1ª parte do verbo for oxítona ou monossílaba e terminar por A, E, O, também será acentuada. Neste caso, é normal a presença de dois acentos gráficos. Cantarei o hino. = Cantá-lo-ei. Subirás a escada . = Subi-la-ás devagar. Farás as redações. = Fá-las-ás. Questões de Fixação – Pronomes Pessoais I – Substitua o objeto direto do verbo pelo pronome O e suas flexões. a) Vamos vender os móveis antigos. _______________________________________________ b) Jogarás a bola no muro. _______________________________________________ c) Não vi tua irmã na festa. _______________________________________________ d) Encontrei tua irmã na festa. _______________________________________________ e) Estudaremos aquela disciplina. _______________________________________________ f) Trocarias o lápis para mim? _______________________________________________ g) Refiz todas as questões. _______________________________________________ h) Façam todos os exercícios. _______________________________________________ Emprego de EU ou MIM (TU ou TI) O pronome EU deve ser empregado diante de verbo no infinitivo ou após as palavras sinônimas ATÉ / INCLUSIVE. Não se esqueça de que, em sintaxe, os pronomes retos funcionam como sujeito ou como predicativo. II – Empregue EU ou MIM nas lacunas a seguir. 01. Ela trouxe uma laranja para ________. 02. Veio até _______ e pediu desculpas. 03. O exercício é para ________ fazer? 04. Até ________ acertei aquela questão. 05. Você trouxe o sanduíche para _______ comer. 06. Para ______, fazer isto é fácil. 07. Todos acertaram a questão, inclusive _______. 08. Nada existe entre _______ e ela. 09. Nada existe entre ela e _______. 10. Entre_______ e meus colegas, há respeito. 11. Entre meus colegas e _______, há respeito. 12. Entre ______ e vocês deve haver amizade. III – Empregue O ou LHE nas lacunas a seguir. (O = O ALUNO / LHE = AO, DO ALUNO) 01. Ela não _____ convidará para a reunião. 02. Convidá-____-ei para a reunião. 03. Entreguei-______ os documentos. 04. Peço- _____desculpas pelo ocorrido. 05. Quero-______ muito bem. 06. Apresento-_____minha irmã. 07. Desejo-______muitas felicidades. 08. Enviar-______-ei os documentos amanhã. 09. Não _____darei aquele lápis. 10. Todos _____ viram na praia. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 23 III – Empregue COM NÓS ou CONOSCO nas lacunas. (COM NÓS + todos, mesmos, próprios, outros, que, aposto explicativo) 01. Hoje, ela não sairá _________________. 02. Minha amiga irá à praia ________________todos. 03. Não haverá dificuldades ________________que estudamos com afinco. 04. Os livros estão ________________. 05. Levaremos _______________próprios os refrigerantes. Questões Objetivas – Pronomes Pessoais Nas questões a seguir, 115 a 118, marque a opção CORRETA 141. (A) Emprestarei o caderno para tu. (B) Não há qualquer problema entre eu e ela. (C) Para mim fazer isto, é necessário silêncio. (D) Não deu para nós ir ao cinema ontem. (E) Não saia sem mim, por favor. 142. (A) Receberam nós com muito carinho. (B) Quero falar consigo à noite. (C) Entre você e mim há um excelente acordo. (D) Não vá à reunião sem eu. (E) Falta pouco para mim descobrir a verdade. 143. (A) Querida, gosto muito de si. (B) Recebi o livro para eu ler. (C) Chegou até eu e me devolveu a caneta. (D) Mandei ela sair mais cedo. (E) Não há problema entre tu e eu. 144. (A) Não convidarei ele para a festa. (B) Ela queria falar com nós. (C) Deixaram eu sair mais cedo. (D) Os alunos a viram no shopping. (E) Entre ela e eu está tudo resolvido. 145. Assinale a alternativa em que NÃO há pronome adjetivo. (A) Aquela viagem deixou-me contente. (B) Todos os alunos sairão cedo hoje. (C) Vários alunos chegaram tarde. (D) Ela não abriu a sua apostila. (E) Muitos têm estudado com vontade. 146. Assinale o item em que há ERRO quanto ao emprego do pronome. (A) Ela só cuida de si. (B) A aluna trouxe consigo vários livros. (C) Ente ela e mim está tudo bem. (D) Espere um momento: quero falar consigo. (E) Feriu-se quando brincava no jardim. 147. Marque a opção sem pronome oblíquo. (A) A aluna me entregou a prova agora. (B) Ninguém a viu na sala ontem. (C) Entre a aluna e mim está tudo bem. (D) Vou com ela ao teatro. (E) Nós faremos boas provas de Português. 148. Não há erro em: (A) Ela quer falar com nós. (B) Ela quer falar com nós dois. (C) Ela quer falar com ti. (D) Ela quer falar com eu. (E) Ela quer falar com migo. 02. PRONOMES DEMONSTRATIVOS: indicam a posição da pessoa ou coisa no espaço e no tempo em relação a quem fala. Os demonstrativos usuais são este, esse, aquele com suas flexões de gênero e número e os invariáveis isto, isso, aquilo. Os demonstrativos podem ser pronomes substantivos e pronomes adjetivos. Aquela aluna é muito bonita. (aquela = pronome adjetivo demonstrativo) Ninguém esperava que aquilo acontecesse. (aquilo = pronome substantivo) Os pronomes de valor adjetivo determinam o substantivo. Uso espacial / temporal (dêitico) ESTE (e suas flexões) refere-se ao que estiver perto de quem fala. / Refere-se ao tempo presente (em curso). Esta caneta que está na minha mão é importada. Neste mês haverá dois feriados. ESSE (e suas flexões) refere-se ao que estiver perto da pessoa com quem se fala. / Refere-se a passado e futuro não distantes. Não conheço esse aluno que está ao teu lado. Falta pouco para o novo ano. Nesse ano, vou emagrecer. AQUELE (e suas flexões) refere-se ao que estiver perto da pessoa de quem se fala ou distante dos interlocutores. / Refere-se a passado distante. Aquele ventilador que está no fundo da sala é de boa qualidade. Em 1950 o Brasil perdeu a Copa do Mundo; todos que estavam no Maracanã naquele dia choraram muito. Uso no discurso textual Havendo apenas um referente, o comum é o uso anafórico das formas com –ss- e catafórico das formas com –t-. Amor: adoro essa palavra. Adoro esta palavra: amor. Havendo mais de um referente anfórico, usam-se as formas com –t- para o mais próximo e as com –qu- para o mais distante: Dinheiro e amor: prefiro isto a aquilo. Também atuam como pronomes demonstrativos: O (e flexões), MESMO, PRÓPRIO, TAL, SEMELHANTE. Ainda não sei o que farei no sábado. (o = aquilo) CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 24 Ela mesma preparou o lanche hoje. (mesmo e próprio são demonstrativos de reforço). Não encontrou tal exercício no caderno. (tal = aquele) 03. PRONOMES POSSESSIVOS: indicam ideia de posse e flexionam-se em gênero e número de acordo com o substantivo a que se referem. 1ª pessoa: meu, minha, meus, minhas / 2ª pessoa: teu, tua, teus, tuas / 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas Minhas canetas estão sobre a mesa. (minhas = pronome adjetivo possessivo) CUIDADO! A palavra SEU, diante de nomes próprios, não é pronome possessivo. Trata-se de pronome de tratamento e equivale a SENHOR. Seu Luciano é muito sério. 04. PRONOMES INDEFINIDOS: referem-se à terceira pessoa e possuem sentido vago. Variáveis em gênero e número: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vário, quanto, tanto, um. Variáveis somente em número: qual (quais), qualquer (quaisquer). Invariáveis: tudo, nada alguém, ninguém, algo, cada, outrem. Locuções pronominais: cada qual, todo aquele que, qualquer um, quem quer que. LEMBRETES IMPORTANTES: 01. A palavra CERTO só é pronome adjetivo indefinido se estiver anteposta ao substantivo; posposta, é adjetivo. Pedi que fizessem certos exercícios. Quero os exercícios certos. 02. O pronome ALGUM, quando empregado posposto ao substantivo, equivale a NENHUM. Alguns alunos sairão cedo. Aluno algum deixará questão em branco. 03. O indefinido CADA só deve ser empregado seguido de substantivo ou pronome. Vamos arrecadar cinco reais de cada um. Cada aluno fará dez questões. 04. Sem artigo, TODO, TODA equivalem a qualquer. Seguidos de artigo denotam totalidade. Todo aluno é consciente de suas obrigações. Encontrei todos os alunos na calçada. 05. A palavra UM é numeral quando der ideia de quantidade. Só é pronome se a oração contiver o indefinido outro. Ao preceder um substantivo, será artigo . Um só estuda Matemática, outro, Português. Um irá ao cinema; dois, ao teatro. Um aluno fez uma pergunta. 05. PRONOMES INTERROGATIVOS: são os pronomes quem, que, qual, quanto presentes nas interrogações diretas e indiretas. Que aluno acertou todas as questões? Quem pediu ajuda ao professor? (interrogações diretas) Quero descobrir quem me telefonou ontem. (interrogação indireta) Quantos alunos vieram? 06. PRONOMES RELATIVOS: referem-se a um nome antecedente. São: que, o(a) qual, os(as) quais, quem, cujo, onde, quanto, como. Os pronomes que, quem, onde são invariáveis. Os relativos introduzema oração subordinada adjetiva e podem aparecer preposicionados, desde que um nome ou verbo da sua oração exija uma preposição. O pronome QUEM é preposicionado obrigatoriamente e só pode ter pessoas como referentes. Conheci a aluna / a quem você se referiu ontem. (referir-se exige a preposição A) Não fabricam mais o carro / de que todos gostaram. (gostar exige a preposição DE) CUJO indica posse e deverá estar seguido por outro substantivo com o qual concordará em gênero e número. O pronome cujo NÃO pode ser seguido de artigo (cujo o, cujas as ...) A aluna cujas irmãs conheces é estudiosa. QUANTO tem como antecedente tudo, tanto(s), tanta(s), todos (as). Estudou tudo quanto era necessário. ONDE indica lugar e equivale a em que, no(a) qual. Pode assumir as formas AONDE e DONDE. Sem antecedente, tornam-se advérbios interrogativos. Conheci o lugar onde nasceste. Descobri o lugar aonde irás amanhã. Não está no mapa a cidade donde ela veio. Onde está minha caneta? (onde = advérbio interrogativo) O relativo COMO tem como antecedente os substantivos JEITO, MODO e MANEIRA. Não entendi o modo como você fez a questão. Questões Objetivas – Pronomes em geral 149. Marque a alternativa na qual a palavra QUE não é pronome relativo. (A) O que queres não está aqui. (B) Temos que estudar mais. (C) A estrada por que passei é estreita. (D) A prova que faremos não é difícil; (E) O programa a que assisti foi excelente. 150. Assinale o item em que o pronome CUJO foi empregado corretamente. (A) Os jovens, cujos os pais conversei com eles, prometeram mudar de atitude. (B) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei terminar o meu quadro. (C) Comprou uma casa maravilhosa cuja casa custou uma fortuna. (D) Feliz o pai cujos os filhos são estudiosos. (E) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 25 151. Identifique o ERRO na identificação do pronome sublinhado. (A) Isto aqui não é um paraíso. (possessivo) (B) Espero que nossa conversa seja proveitosa. (possessivo) (C) Amigo, não lhe perguntarei nada. (pessoal) (D) Encontrei a aluna com quem você foi ao cinema. (relativo) (E) Este setor é o mais rentável da loja. (demonstrativo) 152. Assinale o ERRO no emprego de O ou LHE. (A) Ninguém o viu na praia. (B) Menino, há muito tempo que não lhe vejo. (C) Ninguém o leva a sério. (D) Devo-lhe dez reais. (E) Entreguei-lhe o presente no sábado. 153. Houve um mal-entendido a partir do que o empresário falou no segundo quadrinho. O mal-entendido envolve as seguintes classes de palavras: (A) artigo e numeral (B) artigo e pronome indefinido (C) substantivo e numeral (D) substantivo e adjetivo (E) artigo definido e artigo indefinido 154. Na oração “Certos amigos não chegam a ser jamais amigos certos”, o termo em negrito é sucessivamente: (A) adjetivo e pronome (B) pronome adjetivo e adjetivo (C) pronome substantivo e pronome adjetivo (D) pronome adjetivo e pronome indefinido (E) adjetivo anteposto e adjetivo posposto 155. Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as lacunas do período: “Dialeto social popular não se confunde com linguagem especial, pois __________, ao contrário __________, é de uso restrito e pode funcionar como signo de grupo”. (A) esse / daquele (B) essa / desse (C) aquele / dessa (D) esta / daquele (E) este / desta 156. Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas: “Os pesquisadores e o Governo assumem frequentemente posições distintas ante os problemas sociais: __________ se preocupam com a fundamentação científica, enquanto ___________ se guia pelos interesses políticos”. (A) aqueles / este (B) esses / daquele (C) estes / esse (D) estes / daquele (E) aqueles / aquele 157. Consoante as normas da língua vigente, o pronome está colocado com ERRO em: (A) As reuniões tornavam-se eventos importantes. (B) As reuniões se tornavam eventos importantes. (C) As reuniões se tornariam eventos importantes. (D) As reuniões tornarão-se eventos importantes. (E) As reuniões tornar-se-iam eventos importantes. 158. O pronome LHE está empregado em desacordo com as normas da língua culta em: (A) O irmão do capitão pôs-lhe a mão no peito. (B) Dei-lhe minha vida. (C) Puxei-lhe o cabelo. (D) Alimentei-lhe a esperança. (E) Vi-lhe ontem. 159. “Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência”. Os pronomes destacados classificam-se, respectivamente, como: (A) indefinido – demonstrativo – relativo – demonstrativo (B) indefinido – pessoal oblíquo – relativo – indefinido (C) de tratamento – demonstrativo – indefinido – demonstrativo (D) de tratamento – demonstrativo – indefinido – demonstrativo (E) demonstrativo – demonstrativo – relativo – demonstrativo 160. Em “O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados”, temos: (A) dois pronomes possessivos e dois pronomes pessoais; (B) um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos; (C) dois pronomes pessoais e dois pronomes relativos; (D) um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo; (E) dois pronomes possessivos e dois pronomes relativos. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 26 ADVÉRBIO – palavra invariável, em gênero e número, que modifica verbo, adjetivo ou outro advérbio e exprime uma circunstância. A circunstância expressa pelo advérbio deve ser caracterizada pela leitura e interpretação. Talvez eu saia amanhã. (talvez = dúvida / amanhã = tempo) Aquela anciã anda depressa. (depressa = modo) Locução adverbial: expressão com o mesmo valor do advérbio, inclusive expressando uma circunstância. Normalmente são formadas por preposição + substantivo, adjetivo ou advérbio. Sairei à noite. Trate-a com carinho. Advérbios interrogativos: onde, como, quando, quanto, por que. Quando irás à praia? Por que você não veio ontem? Onde você mora? Os advérbios possuem dois graus: comparativo e superlativo. a) Comparativo de superioridade (mais + advérbio + que ou do que) Minha amiga sairá mais tarde (do) que eu. b) Comparativo de inferioridade (menos + advérbio + que ou do que) Hoje, ela falou menos (do) que sua irmã. c) Comparativo de igualdade (tão + advérbio + quanto ou como) Meu amigo fala tão bem como aquele professor. d) Superlativo sintético (advérbio + sufixo) Ela apareceu cedíssimo. e) Superlativo analítico (intensidade + advérbio) Minha amiga saiu muito cedo ontem. Melhor e pior são formas irregulares do comparativo de superioridade de bem e mal, respectivamente. As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando diante de particípios. Veja: Ele é o professor mais bem pago do curso. PALAVRAS DENOTATIVAS - assemelham-se a advérbios, mas, como podem incidir semanticamente sobre diversas classes gramaticais, a NGB optou por essa classificação à parte. Podem ser: a) de inclusão: até, até mesmo, mesmo, inclusive, também. Até eu acertei o resultado do problema. b) de exclusão: apenas, exceto, salvo, menos, só, somente. Os alunos foram convocados, exceto o que senta ali. c) de retificação: isto é, ou seja, aliás, ou melhor. Ela comprou dois livros novos, isto é, três. d) de explicação: porexemplo, isto é, ou seja, a saber. A falta de luz e água causou muitos prejuízos; por exemplo, todos ficaram sem aula. e) de situação: afinal, então, agora, mas. Então, que farás amanhã? f) de realce (ou palavra expletiva) - a que pode ser retirada da oração: que, lá, cá, se, é que. Nós (é que) iremos ao teatro amanhã. PREPOSIÇÃO: palavra invariável que liga termos em uma oração. Não possui, isoladamente, função sintática, mas é parte integrante de várias funções e de orações. Podem ser essenciais e acidentais. a) essenciais: a, ante, após, com, contra, de, desde, em entre, para, per / por , perante, sem, sob, sobre e trás. b) acidentais: que, conforme, consoante, durante, segundo, fora, exceto, mediante, salvo, durante, feito, como. Tenho que estudar muito. (que = preposição acidental) CONTRAÇÃO: união de preposição com outra palavra em que ocorre uma alteração. É o caso de à, às, no(s), na(s), do(s), da(s), daquele(s), daquela(s), daquilo, naquele(s), naquela(s), naquilo, dele ... COMBINAÇÃO: união da preposição A com outra palavra sem qualquer alteração. São combinações: AO e AONDE. LOCUÇÃO PREPOSITIVA: conjunto de várias palavras com valor de preposição. A última palavra do conjunto é uma preposição essencial. Locuções prepositivas: a fim de, abaixo de, acerca de, apesar de, perto de, através de,, ao lado de, junto de, embaixo de, em vez de, em frente a, ao encontro de, por entre, para com, de encontro a ... VALORES SEMÂNTICOS DAS PRINCIPAIS PREPOSIÇÕES Cada preposição, dependendo do contexto, pode assumir diversos sentidos. Veja, por exemplo, alguns exemplos da preposição DE: *Eis uma casa de pedra. (matéria) *Eis a casa de João. (posse) *Ela riu de cair. (efeito) *Ela chorou de medo. (causa) Questões Objetivas – Advérbios e afins 161. “Aquele aluno certamente chegará”. Assinale a opção com a correta circunstância da palavra em destaque (A) modo (B) afirmação (C) tempo (D) lugar (E) intensidade 162. “Aquele cidadão só fala de futebol”. O verbo FALAR, para muitos gramáticos, com as preposições DE, EM e SOBRE é INTRANSITIVO. Assinale a opção com a circunstância expressa pela expressão “de futebol”. (A) lugar (B) tempo (C) afirmação (D) assunto (E) intensidade Enunciado único para as três questões 163 a 165: marque o ERRO na identificação do valor semântico da preposição sublinhada. 163. (A) Na sala, adoram falar de futebol. (assunto) (B) Ela só viaja de trem. (modo) (C) Durante a excursão, ficou sem dinheiro. (falta, ausência) CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 27 (D) Vários se acidentaram sob o viaduto. (posição inferior) (E) Comprou um sapato para ir à festa. (finalidade) 164. (A) A aluna vai para São Paulo amanhã. (direção) (B) Aquele trabalho deverá ser feito a lápis. (modo) (C) O aluno saiu com sua amiga. (companhia) (D) Matou o mosquito com a mão. (instrumento) (E) Sua posição é após a de João. (lugar posterior) 165. (A) Esta é a caneta de João? (posse) (B) A continuar o calor, vai faltar água. (condição) (C) Ela voltará em uma hora. (tempo) (D) Aquela aluna nasceu de pais ricos. (lugar) (E) Os bombeiros vieram em auxílio às vítimas. (finalidade) 166. Marque o item em que a palavra “A” é preposição. (A) Não a vejo desde o ano passado. (B) Na palestra, fizeram referência a você. (C) Todos a consideram excelente aluna. (D) Ela encontrou a caneta no estojo. (E) Todos viram a que saiu mais cedo. 167. Em um dos itens a seguir, a palavra “QUE” é uma preposição acidental. Assinale-o. (A) Comprei a caneta que você viu naquela loja. (B) O vento era tão forte que derrubou o tyelhado. (C) Espero que obtenhas bom resultado. (D) Você é mais competente que sua irmã. (E) Tenho que lhe contar um segredinho. 168. A palavra “muito” só é advérbio de intensidade em: (A) Muito aluno se dedica bastante. (B) Se o seu colega estuda muito, ele irá passar. (C) Sei que há muito aluno estudando com afinco. (D) Não coloque muito feijão para mim. (E) O muito não é uma palavra difícil. 169. Em “O que ela quer é que você segure o copo sem vê-lo”, a palavra “O” é, respectivamente: (A) artigo definido, artigo definido, artigo definido (B) artigo definido, artigo definido, pronome oblíquo (C) pronome demonstrativo, artigo definido, pronome oblíquo (D) pronome oblíquo, artigo definido, pronome demonstrativo (E) pronome demonstrativo, artigo definido, pronome demonstrativo 170. A palavra “MAIS” NÃO é advérbio de intensidade no item: (A) Ela é a mais estudiosa da turma. (B) Não vou mais àquela cidade. (C) Você é a mais elegante do grupo. (D) Você é mais sensato do que eu. (E) O mais apressado come cru. CONJUNÇÃO - palavra invariável que liga termos ou orações. Todos esperam / que você ganhe aquele prêmio. (conjunção ligando orações) A aluna e a colega saíram juntas. (conjunção ligando termos da oração) LOCUÇÃO CONJUNTIVA:. expressão com mais de uma palavra - a última é que - com o mesmo valor, inclusive semântico, de uma conjunção simples: `a medida que, à proporção que, a fim de que, ainda que, visto que, se bem que ... CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: a) aditivas: e, nem (adição negativa), tampouco, mas também ... b) adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante ... c) alternativas: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja ... d) conclusivas: portanto, logo, então, por conseguinte, pois (após o verbo) ... e) explicativas: pois (antes do verbo), porque, que, uma vez que, visto que ... Observação: é comum a conjunção coordenativa explicativa QUE vir precedida de verbo no modo imperativo. Não faça isso, / que prejudicará os vizinhos. Peça um café, / que já estou chegando. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: a) causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, porquanto ... b) concessivas: embora, mesmo que, se bem que, ainda que, conquanto, posto, por mais que, malgrado ... c) comparativas: como, que (antecedida por mais, menos), conforme ... d) conformativas: conforme, como, segundo, consoante ... e) condicionais: se, caso, contanto que, desde que, a menos que ... f) consecutivas: que (tendo como antecedente tão, tanto tal, tamanho), de modo que ... g) proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto, ao passo que ... h) temporais: quando, , enquanto, logo que, assim que, apenas (= quando), desde que ... i) finais: para que, a fim de que, que ... j) integrantes: que, se (as duas introduzem orações subordinadas substantivas). CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 28 Questões Objetivas – Conjunções 171. Marque o item em que há ERRO quanto ao valor semântico do termo destacado. (A) Comprou um sapato novo para que todos a elogiem na festa. (finalidade) (B) Malgrado estivesse com febre, saiu com as amigas. (concessão) (C) Começou a chover logo que ela saiu. (causa) (D) Caso não chova, iremos à praia. (condição) (E) Como ventasse em demasia, não saiu de casa. (causa) 172. No período “Corra, que vem chuva aí.”, a palavra em negrito, quanto à classe gramatical, é: (A) preposição (B) conjunção subordinativa conformativa (C) conjunção subordinativa comparativa (D) conjunção subordinativa causal (E) conjunção coordenativa explicativa. 173. Em “Vem caindo devagar / Tão devagar vem caindo / Que dá tempo a um passarinho ...”, a palavra QUE dá ideia de: (A) comparação (B) oposição (C) condição (D) causa (E) consequência 174. Em “Orai porque não entreisem tentação”, o valor da conjunção é de: (A) causa (B) condição (C) conformidade (D) explicação (E) finalidade 175. “Poderá o juiz de menores autorizar o menor de 18 anos a trabalhar em casa de diversão ou em circos, desde que a representação não lhe possa ofender o pudor ou a moralidade ...” O termo sublinhado estabelece uma: (A) causa (B) conformidade (C) concessão (D) causa (E) condição 176. Assinale a opção que provoca mudança de sentido, se colocada no lugar da palavra siblinhada em: “Malgrado fosse muito inteligente, não obteve bons resultados nas provas do concurso”. (A) Embora (B) Se bem que (C) Ainda que (D) Não obstante (E) Dado que 177. No período “De um ano que, afinal, também não teve muitos escrúpulos, pois só se contradisse”, a palavra em negrito pode ser substituída, sem alteração de sentido, por: (A) portanto (B) por conseguinte (C) visto que (D) caso (E) ainda que 178. “Posto que o preso diga a verdade, ninguém acreditará nele”. A conjunção em negrito é: (A) subordinativa concessiva (B) subordinativa conformativa (C) subordinativa causal (D) subordinativa condicional (E) coordenativa adversativa 179. “Desde que a aluna se sinta bem aqui, poderá ficar”. A conjunção subordinativa em negrito exprime ideia de: (A) consequência (B) tempo (C) conformidade (D) causa (E) condição 180. Observe a conjunção como em: “Poesia como eu a compreendo” / “Meu povo e meu poema crescem juntos como cresce no fruto a árvore nova”. Ela apresenta, respectivamente, as ideias de: (A) causa e conformidade (B) causa e comparação (C) comparação e conformidade (D) conformidade e comparação (E) conformidade e causa 181. Marque a opção em que a oração adverbial exprime consequência. (A) Colocou um casaco acolchoado porque fazia frio. (B) Cortaram o bolo tão tarde que a criança estava dormindo. (C) Como todos a esperavam, arrumou-se com rapidez. (D) Sua irmã chegou quando a festa já estava no final. (E) Ainda que fizesse muito esforço, não bateu o recorde mundial. 182. “A realidade é extremamente dura com os desabrigados”. Assinale o item com ERRO quanto ao comentário. (A) O período é formado por uma oração absoluta. (B) O predicado é nominal. (C) O termo dura é predicativo do sujeito. (D) O termo com os desabrigados é complemento nominal. (E) Extremamente é adjunto adverbial de modo. 183. Marque a opção em que a palavra muito NÃO é advérbio de intensidade. (A) Meu amigo estuda muito. (B) Ele gastou muito dinheiro com a moto. (C) O aluno muito aplicado obtém boa colocação. (D) Aquela aluna é muito bonita. (E) Ela demorou muito para fazer a questão. Leia este texto e, com base nele, faça as questões 184 – 186. Esse cara Ah, esse cara tem me consumido A mim e a tudo que eu quis Com seus olhinhos infantis CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 29 Como os olhos de um bandido Ele está na minha vida porque quer Eu estou pro que der e vier Ele chega ao anoitecer Quando vem a madrugada ele some Ele é quem quer Ele é o homem E eu sou apenas uma mulher Ele é o homem, eu sou apenas uma mulher. Caetano Veloso 184. A razão por que o pronome oblíquo assim se chama está exemplificada na alternativa: (A) “Ah, esse cara tem me consumido / a mim e a tudo que eu quis” (B) “Com seus olhinhos infantis / como os olhos de um bandido” (C) “Ele está na minha vida porque quer” (D) “Eu estou pro que der e vier” (E) “Ele é o homem, / eu sou apenas uma mulher.” 185. Só há artigo definido feminino, na seguinte alternativa: (A) “A mim e a tudo que eu quis” (B) “Ele chega ao anoitecer” (C) “Ele está na minha vida” (D) “eu sou apenas uma mulher” (E) “Ele é o homem” 186.“Ele é o homem / eu sou apenas uma mulher.” Quanto ao emprego dos artigos, assinale a afirmativa falsa. (A) O artigo definido, nesse caso, enaltece a condição masculina. (B) O artigo definido, nesse caso, individua a condição de “homem”. (C) O artigo indefinido enfatizou a condição genérica de “mulher” (D) Criou-se uma oposição: relevância do “homem” e irrelevância da “mulher”. (E) O artigo definido, nesse caso, dá ideia de um homem específico, com quem o eu lírico tem um caso. 187. ”Quando”, no contexto, tem caráter (A) causal (B) final (C) temporal (D) consecutivo (E) modal 188. Não há conjunção coordenativa aditiva em: (A) Ela chegou e saiu logo. (B) Ela chegou e deitou. (C) Ela chegou, e não a vi. (D) Ela chegou e jantou. (E) Ela chegou e viu o filme. 189. Está incorretamente classificada a conjunção (ou locução) em: (A) Choveu muito; porém, não choveu. (adversidade) (B) Não só estudo, mas também aprendo. (adversidade) (C) Ou chove, ou faz Sol. (alternância) (D) Reze, que lhe fará bem. (explicação) (E) Está com febre; portanto, está mal. (conclusão) 190. “Trovejou; não choveu, porém.” Haverá erro gramatical, substituindo-se “porém” por (A) no entanto (B) contudo (C) todavia (D) entretanto (E) mas 191. “Como chove!” O termo destacado é (A) conjunção (B) pronome (C) advérbio (D) interjeição (E) substantivo 192. “Como previsto, choveu.” O termo destacado é (A) conjunção causal (B) conjunção comparativa (C) conjunção conformativa (D) advérbio de modo (E) pronome relativo 193. “Como estudei, passei..” O termo destacado é (A) conjunção causal (B) conjunção comparativa (C) conjunção conformativa (D) advérbio de modo (E) pronome relativo 194. “O modo como estudo é bom.” O termo destacado é (A) conjunção causal (B) conjunção comparativa (C) conjunção conformativa (D) advérbio de modo (E) pronome relativo 195. “Como você estuda?” O termo destacado é (A) conjunção causal (B) conjunção comparativa (C) conjunção conformativa (D) advérbio de modo (E) pronome relativo 196. “Eu estudo como orientou o professor.” O termo destacado é (A) conjunção causal (B) conjunção comparativa (C) conjunção conformativa (D) advérbio de modo (E) pronome relativo CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 30 197. Desde que cheguei, está chovendo. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 198. Desde que chova, não sairei. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 199. Uma vez que choveu, não saí. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 200. Uma vez que chova, não saiarei. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 201. Arrumei a fim de que me invejasse. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 202. Sempre que chove, fico resfriada. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 203. À medida que chovia, as ruas alagavam. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) proporção (D) tempo (E) finalidade 204. Na medida em que choveu, as ruas alagaram. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 205. Caso chova, beberei um vinho. A conjunção (ou locução) destacada temo valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 206. A menos que chova, sairei. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 207. Embora chova, sairei. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 208. Ainda que chova, sairei. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 209. Mesmo que chova, sairei. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 210. Posto que chova, sairei. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 211. Fiz tudo para que me amasse. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 212. Fiz tudo a fim de que me amasse. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 213. Como o amo, sou-lhe fiel. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 214. Porque me amas, respeita-me! A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 31 215. Enquanto estudo, ouço música. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 216. Vim para que me notasse. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 217. Por mais que durma, continua com sono. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) condição (C) concessão (D) tempo (E) finalidade 218. Ele tem boca, e não fala. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) efeito (C) adversidade (D) alternância (E) explicação 219. Grita quando precisa de ajuda. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) tempo (C) adversidade (D) alternância (E) explicação 220. Grite, que precisa de ajuda. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) efeito (C) adversidade (D) alternância (E) explicação 221. Grite, porquanto precisa de ajuda. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) efeito (C) adversidade (D) alternância (E) explicação 222. Grite, pois precisa de ajuda. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) efeito (C) adversidade (D) alternância (E) explicação 223. Ela gritou porque sentiu dor. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) efeito (C) adversidade (D) alternância (E) explicação 224. Ela gritou; precisa, pois, de ajuda. A conjunção (ou locução) destacada tem o valor de (A) causa (B) efeito (C) conclusão (D) alternância (E) explicação Questões Objetivas – Revisão 225. Marque a opção em que a mudança na ordem dos vocábulos em negrito altera o sentido e provoca mudança na classe gramatical. (A) Para as roupas, contrataram habilidosas costureiras. (B) O conserto da ponte exigiu um enorme trabalho. (C) Estão faltando pequenos detalhes. (D) Marquei um certo lugar para você. (E) É necessário um variado discurso na inauguração da ponte. 226. Assinale o item em que o adjetivo está no grau superlativo absoluto analítico. (A) O cavalo é um animal muito elegante. (B) Ficaram tristíssimos com a notícia. (C) O cão é o mais inteligente dos animais. (D) Aquela sala é mais grande do que arejada. (E) O resultado mostra que sou o melhor da turma. 227. Assinale o ERRO quanto ao emprego do pronome. (A) A aluna trouxe consigo o material necessário. (B) Para eu fazer o trabalho, preciso de tempo. (C) Você é muito importante para mim. (D) Está tudo bem entre eu e vocês. (E) Para mim, fazer isto é muito fácil. 228. Assinale a oração em que o pronome oblíquo pode ser empregado em próclise. (A) Entregaram-me o trabalho com atraso. (B) O aluno ofereceu-me um bombom. (C) O bilhete, entreguei-o à aluna. (D) Devolver-lhe-ei aquele livro. (E) Sem dúvida, contaram-nos a verdade. 229.Assinale a opção em que há ERRO na flexão do verbo. (A) Para expormos nossos trabalhos, tornou-se mister que os entreguemos com antecedência. (B) Não haverá consequências se repusermos os bens que foram extraviados. (C) Uma das missões do setor de recursos humanos é colocar as pessoas certas em lugares certos. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 32 (D) Se você vir aquele filme, gostará muito do final. (E) Sentir-te-ás deveras melhor assim que expores toda a frustração. 230. Marque a opção em que a forma verbal está INCORRETA. (A) Se vir o tal colega, contar-lhe-ei alguns fatos interessantes. (B) Se eu vier mais cedo, guardo o seu lugar. (C) Se eu intervier na discussão, ficarei aborrecido. (D) Se você não conter seu irmão, ele falará muita bobagem. (E) Se a duplicata estiver correta, paguem-na. 231. Assinale o item em que a forma verbal está CORRETA. (A) Embora ele esteje indicado, o Senado ainda não o aprovou. (B) Ela passeiava diariamente no parque. (C) Quando eles trouxerem a permissão, poderão entrar. (D) Se mantermos nossas posições, o inimigo não avançará. (E) Os deputados se entretiam com os discursos dos colegas. 232. Assinale a opção em que houve ERRO quanto à substituição da locução adjetiva pelo adjetivo correspondente. (A) brinquedo de criança (pueril) (B) pele de neve (nívea) (C) rebanho de cabras (cabrino) (D) injeção da morte (letal) (E) impressão dos dedos (digital) 233. Assinale o ERRO quanto à identificação da classe gramatical da palavra QUE. (A) Tão grande foi o seu esforço que acabou recompensado. (conjunção subordinativa consecutiva) (B) Que belo vestido você tem no armário! (advérbio de intensidade) (C) Que roupas bonitas você comprou! (pronome adjetivo indefinido) (D) Ainda tenho que estudar aquele capítulo. (conjunção subordinativa integrante) (E) Não saia agora, que a chuva é iminente. (conjunção coordenativa explicativa) 234. Marque a opção em que a palavra SE foi ERRADAMENTE classificada quanto à classe. (A) Os noivos beijaram-se diante do padre. (pronome recíproco) (B) Comentou-se, durante a viagem, que ele não assumiria o cargo. (partícula apassivadora) (C) Minha amiga ainda não sabe se poderá comparecer à festa. (conjunção subordinativa integrante) (D) A criança, na brincadeira, feriu-se com o alicate. (pronome reflexivo) (E) A conferencista referiu-se àqueles que aniversariavam. (partícula de indeterminação do sujeito) 235. Todas as orações a seguir estão ERRADAS, exceto: (A) Várias pessoas ajudam a entidades beneficientes. (B) A criança foi acometida de uma forte desinteria. (C) É um previlégio trabalhar com pessoas competentes. (D) A estada da aluna na Europa foi proveitosa. (E) Aquele cidadão não participou da cessão de fisioterapia. 236. Leia as orações com atenção e marque o item CORRETO. I. “Em eu me precavo”, a forma verbal deve ser substituída por “precavejo”. II. Eu me precavenho contra os dias de chuva. III. Eu reavi o que perdera no ano passado. IV. Problemas graves me reteram em São Paulo. (A) Todas as orações estão corretas. (B) Só o item II está correto.(C) Estão corretos, apenas, os itens I e III. (D) Todas as orações estão erradas. (E) Estão corretos, apenas, os itens I e IV. 237. Dentre as alternativas a seguir, aponte aquela em que há uniformidade de tratamento. (A) Sai daí! Você não deve ficar nessa parte do circo, que é muito perigosa. Chegue mais perto do palco. Aproxime-se sem medo. (B) Saia daí! Você não deve ficar nessa parte do circo, que é muito perigosa. Chega mais perto do palco. Aproxime-se sem medo. (C) Sai daí! Tu não deves ficar nessa parte do circo, que é muito perigosa. Chega mais perto do palco. Aproxima- te sem medo. (D) Sai daí! Vós não deveis ficar nessa parte do circo, que é muito perigosa. Chegai mais perto do palco. Aproximai-vos sem medo. (E) Sai daí! Tu não deve ficar nessa parte do cirso, que é muito perigosa. Chega mais perto do palco. Aproxime- se sem medo. 238. Marque o ERRO quanto ao emprego do pronome relativo (regência). (A) Ninguém sabe o de que necessitas para a festa. (B) Ninguém viu o programa a que você assistiu ontem. (C) Ninguém conhece o cinema aonde irás amanhã. (D) O autor cujos trabalhos fizeram referência mora na Tijuca. (E) É simpática a aluna que chegou mais tarde. 239. Assinale a opção em que a expressão entre aspas NÃO é uma locução adverbial. (A) Via “aos pés” animais adormecidos. (B) O cidadão “de propósito” afrontou o idoso. (C) Durante a procissão, olhava a imagem “com orgulho”. (D) Conheceram a força “de atração” do abismo. (E) A ideia que vinha “à cabeça” era muito ruim. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 33 240. Assinale a alternativa com o maior número de artigos. (A) O aluno não a encontrou na porta do curso. (B) A aluna comprou o que queria na feira. (C) Recebeu a encomenda da amiga. (D) Todos o viram na porta do estádio. (E) O aluno, considero-o esforçado. 241. Um grupo de acrobacia se anunciava usando a seguinte frase: “Nós nos unimos nos nós.” Na frase entre aspas, não há (A) pronome pessoal do caso reto. (B) substantivo (C) pronome pessoal do caso oblíquo tônico (D) pronome pessoal do caso oblíquo átono (E) artigo definido 242. Aponte o item em que o diminutivo plural foi formado INCORRETAMENTE. (A) jornal - jornaizinhos (B) pastel - pastelzinhos (C) leão - leõezinhos (D) lápis - lapisinhos (E) caracol - caracoizinhos 243. “Leio os experimentalistas, devasso-os”. Colocando-se os verbos na terceira pessoa do plural, qual seria a frase correta, segundo a norma padrão? (A) Leram os experimentalistas, devassam eles. (B) Leram os experimentalistas, devassaram-lhes. (C) Leem os experimentalistas, devassam-nos. (D) Leem os experimentalistas, devassam-os. (E) Leiam os experimentalistas, devassam-los. 244. Assinale a relação em que há uma palavra INDEVIDAMENTE acentuada. (A) herói – amássemos – história – óculos (B) édens – chapéu – cantarás - difícil (C) tórax – elétrons – hábito - ônibus (D) próton – cálice – aritmética - córrego (E) fé – órgão – frágil - revólver 245. Assinale a relação em que há palavra com ERRO de acentuação gráfica. (A) heroína – exíguo – psicólogo - início (B) egoísta – baú – âmago - crisântemo (C) juíz – juíza – júri - juízes (D) têxtil – só – café - dígrafo (E) céu – índio – glória - vitória 246. Marque a alternativa em que há uma palavra com a divisão silábica ERRADA. (A) ha-bi-tu-al / psi-co-lo-gia / ab-sur-do / chei-o (B) pa-i-si-nho / sa – ú – de / o-blí-quo / tra-í-ra (C) car-ri-nho / ex-pres-so / hi-a-to / boi-a-da (D) his-tó-ria / rit-mo / ex-ces-so / min-gau (E) ál-co-ol / tê-nue – co-e-fi-ci-en-te / cor-ren-te CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 34 GABARITO 1. C 2. C 3. E 4. E 5. B 6. B 7. C 8. E 9. B 10. A 11. A 12. B 13. B 14. B 15. C 16. C 17. E 18. E 19. A 20. A 21. C 22. D 23. E 24. E 25. D 26. B 27. E 28. E 29. C 30. D 31. E 32. B 33. E 34. C 35. B 36. D 37. C 38. A 39. C 40. C 41. B 42. D 43. D 44. A 45. C 46. D 47. D 48. D 49. A 50. D 51. A 52. C 53. D 54. A 55. E 56. E 57. B 58. B 59. C 60. B 61. D 62. A 63. A 64. E 65. B 66. D 67. D 68. B 69. D 70. D 71. D 72. B 73. A 74. D 75. D 76. B 77. C 78. E 79. E 80. B 81. D 82. D 83. B 84. C 85. A 86. E 87. A 88. C 89. D 90. E 91. C 92. D 93. A 94. D 95. B 96. A 97. C 98. D 99. B 100. A 101. A 102. B 103. E 104. C 105. A 106. D 107. B 108. C 109. E 110. E 111. C 112. B 113. D 114. E 115. A 116. D 117. B 118. A 119. E 120. A 121. E 122. E 123. E 124. C 125. A 126. E 127. D 128. A 129. A 130. D 131. B 132. B 133. B 134. E 135. D 136. B 137. A 138. D 139. E 140. D 141. E 142. C 143. B 144. D 145. E 146. D 147. E 148. B 149. B 150. E 151. A 152. B 153. A 154. B 155. D 156. A 157. D 158. E 159. A 160. B 161. B 162. D 163. B 164. B 165. D 166. B 167. E 168. B 169. C 170. B 171. C 172. E 173. E 174. E 175. E 176. E 177. C 178. A 179. E 180. D 181. B 182. E 183. B 184. A 185. C 186. E 187. C 188. C 189. B 190. E 191. C 192. C 193. A 194. E 195. D 196. B 197. D 198. B 199. A 200. B 201. E 202. D 203. C 204. A 205. B 206. B 207. C 208. C 209. C 210. C 211. E 212. E 213. A 214. A 215. D 216. E 217. C 218. C 219. B 220. E 221. E 222. E 223. A 224. C 225. D 226. A 227. D 228. B 229. E 230. D 231. C 232. C 233. D 234. E 235. E 236. D 237. C 238. D 239. D 240. A 241. C 242. B 243. C 244. B 245. C 246. A “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 35 FRENTE II INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 36 CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 37 CAPÍTULO I – EQUÍVOCOS BÁSICOS DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL Texto 1 Mais uma vez o mundo se curva... mas não é no futebol. Uma pesquisa sobre ajuda ao próximo em diferentes cidades do mundo dá o título de campeão ao Rio de Janeiro Roberto Pompeu de Toledo O leitor está cansado de más notícias? Quer uma boa? Lá vai: somos gentis. Os brasileiros, ou, pelo menos, entre os brasileiros, aqueles que nasceram ou vivem na cidade do Rio de Janeiro, podem se vangloriar de ostentar, com chancela acadêmica, o título de campeões mundiais de gentileza. Um estudo de pesquisadores americanos sobre o comportamento das pessoas na rua, em face de alguém precisando de ajuda, em 23 cidades de 23 países diferentes, deu Rio de Janeiro na cabeça. O estudo, levado a cabo por Robert V. Levine e Karen Philbrick,ambos da Universidade Estadual da Califórnia, e Ara Norenzayan, da Universidade de Michigam, foi engenhoso e minucioso. O que se testou, em experiências realizadas entre 2004 e 2009, foi o comportamento dos transeuntes diante de três situações: um cego que tenta atravessar a rua; alguém com um problema na perna, mancando fortemente, que deixa cair uma pilha de revistas e não consegue levantá-la; e alguém que inadvertidamente deixa cair uma caneta do bolso. Os cariocas passaram brilhantemente pelo triplo teste. Em 93% dos casos, tiveram reação positiva: ajudaram o cego a atravessar a rua, o homem com problema na perna a recolher as revistas, e alertaram o que tinha perdido a caneta do ocorrido. Em último lugar ficou Kuala Lumpur, capital da Malásia, com apenas 40% de reações positivas. Nova York fez jus à fama de abrigar gente impaciente e mal-educada, e ficou em penúltimo lugar, com 45%. Roma foi melhor, mas também não se mostrou grande coisa: 63% de reações positivas, e um medíocre 16.º lugar entre as 23 cidades. ATENÇÃO: EM QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO, OS PRINCIPAIS ERROS EXPLORADOS PELOS AUTORES DE PROVAS SÃO: EXTRAPOLAÇÃO (quando uma afirmativa vai além do que o texto afirma); RESTRIÇÃO (quando uma afirmativa restringe o que o texto afirma) e CONTRADIÇÃO (quando uma afirmativa contradiz o que o texto afirma). 1. A leitura atenta do primeiro parágrafo permite-nos afirmar que, segundo o autor: (A) As notícias boas predominam na imprensa. (B) O Rio foi uma das cidades mais bem colocadas na pesquisa de solidariedade realizada por americanos. (C) O Rio de Janeiro foi a única cidade brasileira inclusa na pesquisa dos americanos. (D) Robert V. Levine e Karen Philbrick não participaram do estágio inicial da pesquisa. (E) Robert V. Levine e Karen Philbrick são os pesquisadores que levaram a cabo a pesquisa americana. 2. Em relação aos resultados da pesquisa a que se refere o texto 1, é correto inferir que: (A) O povo do Rio de Janeiro é o mais gentil do país. (B) Todo carioca é gentil. (C) A maioria dos cariocas são gentis. (D) O povo paulista é frio. (E) O carioca é o povo mais prestativo do país. 3. Ao interpretar um texto, o candidato tem de ser cauteloso: sua interpretação não pode extrapolar, restringir ou contradizer o escrito. Tal cautela, entretanto, não deve inibir o "conhecimento de mundo". O candidato tem de servir-se dele para perceber conteúdos das entrelinhas, sem os quais uma interpretação não é eficiente. Releia: "O leitor está cansado de más notícias? Quer uma boa? Lá vai: somos gentis." A partir dessas frases que principiam o texto 1, pode-se subentender alusão à seguinte realidade social: (A) Os leitores, hoje em dia, só se interessam por más notícias. (B) Em geral, as notícias fornecidas pelos jornais são más, isto é, aludem aos aspectos negativos do cotidiano social. (C) A nossa imprensa manipula as notícias, mostrando o que há de ruim, escondendo o que há de bom. (D) Notícias más cansam os leitores, os quais também querem entretenimento, algo que represente fuga da realidade. (E) Ninguém é de ferro. Uma notícia boa de vez em quando cai bem. 4. Com a maneira como principia o texto, dirigindo-se ao leitor, o autor deixa clara a seguinte intenção: (A) individualizar o leitor, a fim de que o texto ganhe ares de conversa íntima. (B) dar a ideia de que ele, autor, pode influenciar no transcurso diário do leitor. (C) lembrar ao leitor alguma relação de parentesco entre ele – leitor – e o autor. (D) dar um toque de formalidade ao texto, marcando a distância entre: eu/escritor; você/leitor. (E) generalizar o leitor, por meio de linguagem familiar, a fim de que o texto ganhe ares de uma conversa informal. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 38 5. Das frases abaixo, não exemplifica a linguagem conotativa: (A) Em face de alguém precisando de ajuda, em 23 cidades de 23 países diferentes, deu Rio de Janeiro na cabeça. (B) Para fazer a função do cego, por exemplo, com bengala e óculos escuros, duas pessoas foram treinadas. (C) Roma foi melhor, mas também não se mostrou com ficha limpa. (D) Se o leitor está sentindo um cheiro de Terceiro Mundo no ar, vá tirando o cavalinho da chuva. (E) Mas ela se enfraquece quando se tem em conta o pelotão que vem logo a seguir. 6. O principal mecanismo de coesão textual – para se evitar a repetição de termos – é o emprego de pronomes. Ao ler um texto, é fundamental que o leitor identifique, quando for o caso, que palavra ou expressão (às vezes um segmento oracional inteiro) é retomada pelo pronome. Identifique a alternativa em que há um equívoco na identificação do termo retomado pelo pronome em destaque: (A) "… entre os brasileiros, aqueles que nasceram …"/ “aqueles” = "brasileiros" (B) "..., ambos da Universidade Estadual…”/ “ambos” = “Robert V. Levine e Karen Philbrick” (C) “…: um cego que tenta atravessar a rua; …”/“que” = “um cego” (D) “…, que deixa cair uma pilha de revistas …” / “que” = “alguém” (E) “ … e não consegue levantá-la;…”/ “la” = “perna” 7. "Um estudo de pesquisadores americanos sobre o comportamento das pessoas na rua, em face de alguém precisando de ajuda, em 23 cidades de 23 países diferentes, deu Rio de Janeiro na cabeça. O estudo, levado a cabo (...) " A substituição do artigo indefinido pelo artigo definido, no trecho transcrito, é coerente, porque: (A) no contexto apresentado, é indiferente o emprego do artigo, quer seja definido, quer seja indefinido. (B) o artigo o , no caso, atualiza um item lexical, indicando identidade. (C) o artigo "o" introduz um novo elemento no discurso; ao contrário do artigo "um". (D) o artigo indefinido sempre indefine; já o artigo definido sempre define. (E) no caso em questão, o artigo "o" dá um novo valor semântico ao substantivo "estudo". ATENÇÃO: Em provas de concursos – sobretudo militares - , o candidato necessariamente lida com os implícitos textuais. Implícito é o que não está explícito e, portanto, resulta de uma inferência autorizada pela mensagem textual. A inferência nem sempre é garantia de verdade; trata-se de um pressuposto (pressuposição), também chamado subentendido. 8. Releia o título do texto 1: "Mais uma vez o mundo se curva..."Esse título permite ao leitor afirmar o seguinte: (A) O mundo já se curvou pelo menos uma vez. (B) O mundo já se curvou dezenas de vezes. (C) O mundo se curvou pela última vez. (D) O mundo nunca se curvou. (E) O mundo nunca mais se curvará. 9. Leia: "Marino não mais quer namorar a Natárcia." Essa frase permite várias inferências. Das relacionadas abaixo, a única que pode ser afirmada é: (A) Marino já namorou a Natárcia. (B) Marino é um mulherengo. (C) Marino nunca quis namorar a Natárcia. (D) Marino é um homossexual. (E) Marino já quis namorar a Natárcia. 10. Um slogan muito conhecido no mercado automobilístico brasileiro é o seguinte: VOLKSWAGEN VOCÊ CONHECE, VOCÊ CONFIA A única relação semântica que desse slogan não se pode depreender é: (A) proporção (B) casualidade (C) condição (D) efeito (E) conclusão GABARITO 1. C 2. C 3. B 4. E 5. B 6. E 7. B 8. A 9. E 10. B CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 39 CAPÍTULO II – ENTRELINHAS TEXTUAIS Pressuposto é uma informação não explícita, sem a qual o enunciado fica sem lógica. Na superfície textual, o pressuposto é sinalizado por um marcador de pressuposição. Texto 1: “Passagens de ônibus no Rio terão novo aumento a partir de janeiro de 2019, embora nem todas as promessas feitas pelo prefeito tenham sido cumpridas. Se forem cumpridas,só a partir de 2020." O texto apresenta marcadores de pressuposição, mas em nenhum ponto se pode entrever a opinião do autor acerca do que está relatando. O autor não interfere emocionalmente, restringe-se a relatar. Por essa razão, pode-se afirmar que o texto transcrito é impessoal. Não precipite conclusões!!! Não pense você que todo texto jornalístico é impessoal. Não, não. É comum, por exemplo, o autor de uma crônica política explicitar sua opinião. É o que fazem cronistas como Veríssimo, Zuenir Ventura e tantos outros. Veja um exemplo. Texto 2: "Consta que Michel Temer teria ficado especialmente irritado com a última alta dos juros determinada pelo Copom. Mas há quem entenda ser tudo uma velha manobra para aquietar bolsões radicais do PMDB contrários às políticas monetária e fiscal. Seja como for, fortalecem-se os sinais de que a política macroeconômica, apesar de certo êxito, ainda se sustenta em bases políticas frágeis. Para risco do próprio governo. Pois o presidente estará minando o terreno à sua frente se aceitar as pressões para alterar a política de metas de inflação, o câmbio flutuante e cassar a autonomia operacional com que na prática trabalha o BC." O Globo, 30 de novembro de 2017. Antes de prosseguirmos na teoria, façamos uns breves exercícios de interpretação. Alie sua sensibilidade a sua maturidade e, sem medo de arriscar, responda: 1. Em relação ao texto 1, quais são os subentendidos permitidos pelos seguintes marcadores de pressuposição: a) "novo"- _______________________________________________ _______________________________________________ b) "nem todas" – _______________________________________________ _______________________________________________ 2. Fato é acontecimento passado, presente ou futuro. Hipótese é o que pode ter acontecido, pode estar acontecendo, poderia ou poderá acontecer. Relendo atentamente o texto 1, você chegará à conclusão de que ele pode ser dividido em dois segmentos: um em que predomina a ideia de fato; outro em que predomina a ideia de hipótese. Aponte os vocábulos que principiam e finalizam cada um desses segmentos. _______________________________________________ _______________________________________________ 3. "Consta que o presidente Michel Temer teria ficado especialmente irritado com a última alta dos juros determinada pelo Copom. " Também essa passagem do texto 2 pode ser dividida em fatos (2) e hipótese (1). a) Levando em conta a ordem de ocorrência real dos fatos, aponte o primeiro. _______________________________________________ _______________________________________________ b) Levando em conta a ordem de ocorrência real dos fatos, aponte o segundo. _______________________________________________ _______________________________________________ c) Aponte a hipótese, transcrevendo a palavra que a denuncia. _______________________________________________ _______________________________________________ 4.Verificada a diferença entre fato e hipótese, é preciso que você perceba também a opinião. Ao emitir uma opinião, o autor pode ter por base um fato ou uma hipótese. Observe: a) "Seja como for, fortalecem-se os sinais de que a política macroeconômica, apesar de certo êxito, ainda se sustenta em bases políticas frágeis." É preciso muita atenção para que se veja, nessa passagem, uma opinião calcada num fato. Explique por quê. _______________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ b) "Pois o presidente estará minando o terreno à sua frente se aceitar as pressões para alterar a política de metas de inflação, o câmbio flutuante e cassar a autonomia operacional com que na prática trabalha o BC." A passagem inteira revela a opinião do autor. Tal opinião apresenta como base de raciocínio um fato atrelado a uma condição. CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 40 b.1) Qual é o fato? _______________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ b.2) Qual é a condição? _______________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ Feitos os exercícios de base, podemos tirar algumas conclusões, avançando na nossa teoria. 1ª) A conjunção "SE", de caráter condicional, expressa sempre hipótese. Da mesma forma, os conectivos sinônimos: caso, contanto que, etc. Veja: "Se chovesse, eu ficaria em casa." "Caso eu possa sair, ligarei para você." "Contanto que eu concorde, você sairá." 2ª) Onde quer que haja um verbo no modo subjuntivo, haverá, em maior ou menor grau, clima hipotético. Antes dos exemplos, lembremo-nos dos tempos do modo subjuntivo: - Presente: (QUE) eu faça, tu faças, ele faça, nós façamos, vós façais, eles façam. - Imperfeito: (SE) eu fizesse, tu fizesses, ele fizesse, nós fizéssemos, vós fizésseis, eles fizessem. - Futuro: (QUANDO/SE) eu fizer, tu fizeres, ele fizer, nós fizermos, vós fizerdes, eles fizerem. Eis, agora, alguns exemplos, todos frases desiderativas: "Que você seja feliz." "Ah, se eu fosse feliz." "Ah, quando eu for feliz." 3ª) Onde quer que haja um verbo no futuro do pretérito do indicativo, haverá (em maior ou menor grau) a pressuposição de realidade X não realidade. Veja: "Se você desse atenção, eu sairia com você." Hipóteses explícitas: "se você me desse atenção"-"eu sairia com você" Fatos subentendidos: Você não me dá atenção.- Eu não saio com você. Agora podemos falar em indicadores modais, também chamados modalizadores, isto é, palavras ou expressões que sinalizam o modo como aquilo que se diz é dito. O estudo das modalidades vem desde a lógica clássica e permeia toda a semântica moderna. Os principais tipos de modalidade apontados pela lógica são: [necessário/possível] [certo/incerto, duvidoso] [obrigatório/facultativo] Um mesmo conteúdo proposicional pode ser veiculado sob modalidades diferentes. Por exemplo: É necessário que a guerra termine. É possível que a guerra termine. É certo que a guerra vai terminar. É provável que a guerra termine. Nesses exemplos, as modalidades se apresentampor meio de expressões cristalizadas do tipo "é + adjetivo". Existem, no entanto, diversas outras formas de expressão da modalidade: certos advérbios ou locuções adverbiais (talvez, provavelmente, certamente, possivelmente, etc.): verbos auxiliares modais (poder, dever, etc.): construções de auxiliar + infinitivo [ter de + infinitivo, precisar (necessitar) + infinitivo: dever + infinitivo, etc.]: "orações modalizadoras" (tenho a certeza de que..., não há dúvida de que..., há possibilidade de..., todos sabem que..., etc.) Vejam-se os exemplos abaixo: Aluno do SEI necessariamente passa em algum concurso público. Aluno do SEI possivelmente passa em algum concurso público. Aluno do SEI tem que passar em algum concurso público. Aluno do SEI deve passar em algum concurso público. Em todos esses exemplos, verifica-se que, ao conteúdo proposicional, foi acrescentada a indicação da modalidade sob a qual ele deve ser interpretado. É fácil perceber, também, que: a. uma mesma modalidade pode ser expressa através de recursos linguísticos (= lexicalizações) de diferentes tipos; Ex.: Ele virá aqui com certeza. Ele virá aqui certamente. É certo que ele virá aqui. b. um mesmo indicador modal pode exprimir modalidades diferentes, como é o caso dos verbos dever e poder nos seguintesexemplos. CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 41 Todo eleitor deverá votar ou, em caso de impedimento, justificar. (obrigação) Todo eleitor deverá demorar na hora do voto, já que são cinco votações distintas. (possibilidade) À festa da Georgina, no sábado, os convidados poderão apresentar-se em traje esportivo. (é facultativo) À festa da Georgina, no sábado, poderão comparecer mais de 500 convidados. (é possível) Fixação: . Marcador de pressuposição: termo que autoriza um pressuposto. . Pressuposto: informação implícita que dá lógica a um enunciado. . Indicador Modal (Modalizador): expressão que denuncia um juízo de valor, uma interferência do enunciador naquilo que ele escreve, ou seja, no enunciado. Texto 3 Qualificação Não existe um consenso sobre se a elite também vai para a cadeia nos países desenvolvidos porque as cadeias são melhores ou se as cadeias são melhores porque a elite as frequenta. Não importa. O fato é que se pode prever um sensível aprimoramento de instalações e serviços nas nossas prisões com a qualificação progressiva da sua população. Um sistema de cotações – cinco estrelas para prisões com celas executivas, por exemplo – e a possibilidade de o condenado escolher sua penitenciária na hora da sentença assegurariam o funcionamento do sistema em bases empresariais. As empreiteiras teriam interesse dobrado em construir boas penitenciárias, e as financeiras em financiá-las, para garantir sua participação num novo e lucrativo mercado e porque a qualquer hora elas poderiam hospedar seus executivos, para os quais reservariam as coberturas. O novo e saudável hábito de prender corruptos pode ter desdobramentos inesperados. A inevitável melhora dos serviços penitenciários serviria como incentivo para confissões voluntárias. Acabariam as lutas jurídicas, a indústria de liminares e a proliferação de habeas-corpus, desafogando o nosso sistema judiciário, já que muitos acusados prefeririam reconhecer sua culpa e ir logo para a cadeia, escolhendo a que tivesse o melhor bar ou ginásio, ou de acordo com a programação da TV a cabo. Conhecendo-se a nossa indústria construtora, haveria o risco de as construções de luxo excluírem as construções populares, como já acontece no mercado de imóveis, e de os criminosos comuns ficarem sem cadeia, o que aumentaria a insegurança nas ruas. Mas dentro dos muros de penitenciárias modernas e confortáveis, a elite brasileira viveria o seu sonho de segurança total: guardas 24 horas por dia e o convívio exclusivo dos seus pares. Luís Fernando Veríssimo – O Globo 5. O conteúdo do texto 3 pode ser sintetizado pelo seguinte dito popular: (A) Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. (B) Quem com porcos se mistura farelos come. (C) Quem furta pouco é ladrão, quem furta muito é barão. (D) A ocasião faz o ladrão. 6. Está incorreta a modalidade apontada na alternativa: (A) "Não existe um consenso sobre se a elite também vai para a cadeia nos países desenvolvidos porque as cadeias são melhores ou se as cadeias são melhores porque a elite as frequenta. Não importa." Modalizador de opinião: certeza. (B) "O fato é que se pode prever um sensível aprimoramento de instalações e serviços nas nossas prisões com a qualificação progressiva da sua população." Modalizador de opinião: possibilidade. (C) "As empreiteiras teriam interesse dobrado em construir boas penitenciárias, e as financeiras em financiá-las, para garantir sua participação num novo e lucrativo mercado e porque a qualquer hora elas poderiam hospedar seus executivos, para os quais reservariam as coberturas" Modalizador de opinião: possibilidade. (D) "A inevitável melhora dos serviços penitenciários serviria como incentivo para confissões voluntárias." Modalizador de opinião: obrigatoriedade. 7. Assinale a correspondência errada: (A) "Não importa." - Opinião do autor. (B) "Um sistema de cotações – cinco estrelas para prisões com celas executivas, por exemplo – e a possibilidade de o condenado escolher sua penitenciária na hora da sentença assegurariam o funcionamento do sistema em bases empresariais." - Hipótese (C) "O novo e saudável hábito de prender corruptos pode ter desdobramentos inesperados." - Opinião do autor (D) "A inevitável melhora dos serviços penitenciários serviria como incentivo para confissões voluntárias."- Fato 8. Na linha argumentativa do texto, o tempo verbal e o aspecto textual predominantes são, respectivamente: (A) pretérito imperfeito do indicativo - factual (B) imperfeito do subjuntivo - hipotético (C) gerúndio - factual (D) futuro do pretérito do indicativo - hipotético CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 42 9. O subentendido apontado extrapola o sentido textual na alternativa: (A) "As empreiteiras teriam interesse dobrado em construir boas penitenciárias,..." - Subentende-se que as empreiteiras não têm interesse em construir boas penitenciárias. (B) "O novo e saudável hábito de prender corruptos pode ter desdobramentos inesperados" - Não havia o hábito de se prenderem corruptos. (C) "Acabariam as lutas jurídicas,(...)" - Há lutas jurídicas. (D) "Mas dentro dos muros de penitenciárias modernas e confortáveis, a elite brasileira viveria o seu sonho de segurança total: guardas 24 horas por dia e o convívio exclusivo dos seus pares." - A elite brasileira sonha com a segurança total. 10. Num restaurante de comida espanhola, um casal de brasileiros (que não falam espanhol) leu o seguinte convite, no cardápio: “Experimente nuestro berro exquisito.” Imediatamente, os dois brasileiros constataram: “Aqui, nem por analogia dá para inferirmos o que isso significa.” Isso porque: (A) o resultado da inferência é absurdo dentro da situação. (B) eles não têm um dicionário Espanhol-Português. (C) eles não têm um dicionário Português-Espanhol. (D) não há, no cardápio, a tradução para o português. 11. Em uma edição da revista Veja, às vésperas do carnaval, podia-se ler o seguinte: O CAMAROTE DA BRAHMA É CHEIO DE FAMOSOS E SÓ TEM GENTE BONITA. MAS SE CRIAR UMA BOA FRASE A GENTE DEIXA VOCÊ ENTRAR. Pode não ter havido intenção do autor da mensagem publicitária, mas o texto, tal qual está escrito, permite um subentendido desagradável ao leitor. Explicita esse subentendido a alternativa: (A) o anúncio sugere que o leitor não é capaz de criar uma boa frase. (B) O leitor é tido como feio e comum. (C) o anúncio sugere que o leitor é analfabeto. (D) O leitor é alvo de preconceito racial. 12. "O camarote da Brahma é cheio de famosos e só tem gente bonita." Nessa frase, "só" equivale a "somente", "apenas". Em que alternativa abaixo a palavra "só" permite outro entendimento, propiciando um enunciado anfibológico. (A) O camarote da Brahma é cheio de famosos e tem só gente bonita. (B) Só o camarote da Brahma é cheio de famosos e tem gente bonita. (C) O camarote da Brahma é cheio de famosos e tem gente bonita só. (D) O camarote da Brahma é cheio só de famosos e tem gente bonita. 13. A DOVE – marca comercial de produtos de beleza – lançou, para o atual verão, uma campanha intitulada: O SOL NASCEU PRA TODAS. NOVA LINHA DOVE VERÃO. TRATA BEM TODAS AS MULHERES. www.campanhapelarealbeleza.com.br Na revista Pais e Filhos , a campanha expõe a imagem de uma mulher "magra e sem curvas" e, ao lado, o seguinte texto: TEM PRAIA QUE TAMBÉM É RETA E SEM CURVAS E TODO MUNDO ACHA O PARAÍSO. Só não se pode concluir da campanha: (A) tem caráter includente, isto é, visa a incluir todas as mulheres, até as horripilantes. Arê: horripilar(causar arrepios, horror) (B) os vocábulos "SOL", "VERÃO" e "PRAIA" mantêmvínculo ideológico entre si. (C) foi feita uma analogia entre mulher (na revista citada) e praia, explorando aspecto em comum. (D) toda praia paradisíaca é reta e sem curvas. Arê: paradisíaco é sinônimo de paradísico. 14. "TEM PRAIA QUE TAMBÉM É RETA E SEM CURVAS E TODO MUNDO ACHA O PARAÍSO." O objetivo da campanha é obviamente persuadir o leitor (ou espectador). Esse texto transcrito traz um recurso de persuasão (analogia) que pode ser considerado falacioso, já que não há , entre os elementos comparados, nenhuma relação direta que garanta a coerência da analogia. Isso porque: (A) ser mulher não garante a ninguém a presença de curvas. (B) não há uma relação de causa e efeito entre "apreciar praia reta e sem curva" com "apreciar mulher reta e sem curva". (C) não há uma única mulher sem curva, da mesma forma como nenhuma praia é retilínea. (D) o fato de uma praia – ou mulher - ser reta e sem curva não garante que todo mundo a ache um paraíso. ATENÇÃO: por vezes, o pressuposto está atrelado ao conhecimento gramatical. Sabe-se que os pronomes relativos introduzem as chamadas orações subordinadas adjetivas, as quais podem ser explicativas (sempre separadas da oração principal por uma pausa) e restritivas. Mais importante do que reconhecer o tipo de oração subordinada adjetiva, ou seja, se é explicativa ou restritiva, é reconhecer o implícito. CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 43 Compare, por exemplo: a) Verei hoje a minha namorada que mora em Irajá. b) Verei hoje a minha namorada, que mora em Irajá. Em (a), entende-se, a partir do enunciado, que seu enunciador tem pelo menos outra namorada e que esta não mora em Irajá. Em (b), entende-se, a partir do enunciado, que seu enunciador, em se tratando de namorada, só tem uma, justamente a que mora em Irajá. 15. Com base nisso, aponte o pressuposto relacionado à oração adjetiva de cada item abaixo. a) É linda a minha filha que está na Europa. _______________________________________________ _______________________________________________ b) É linda a minha filha, que está na Europa. _______________________________________________ _______________________________________________ c) No meu quintal, está linda a árvore que plantei. _______________________________________________ _______________________________________________ d) No meu quintal, está linda a árvore, que plantei. _______________________________________________ _______________________________________________ 16. De olho na redação. Classifique cada frase abaixo como lógica ou ilógica. a) O homem que precisa de ar precisa preservá-lo. _______________________________________________ _______________________________________________ b) O tigre que é um felino é carnívoro. _______________________________________________ _______________________________________________ GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. C 6. D 7. D 8. D 9. A 10. A 11. B 12. C 13. D 14. B 15. 16. CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 44 CAPÍTULO III “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 45 CAPÍTULO III – ANÁLISE DO DISCURSO 1) Anáfora - consiste na retomada do mesmo referente (também chamado antecedente) ou tema. Num texto, devemos falar em anáfora, sempre que qualquer expressão retoma uma ideia anteriormente expressa. A anáfora pode ser nominal ou pronominal. 1.1) Anáfora Nominal – Ocorre quando a expressão anafórica (retomadora de outra) não é um pronome. A anáfora nominal pode dar-se por repetição ou por substituição. Veja só: Exemplo 1: “É inconcebível a situação da Saúde pública em nosso estado. Vejo na televisão a notícia trágica sobre duas mães que perderam os seus bebês por falta de atendimento. Vamos parar de brincar de ser médico. Não dá mais para segurar tamanha irresponsabilidade com a Saúde pública. ” Observemos, nesse caso, que a expressão nominal “Saúde pública” se repete. É um exemplo de anáfora nominal por repetição. Exemplo 2: “Uma senhora(1) foi cúmplice de seu pastor-alemão (2), ao deixá-lo fazer cocô na calçada. Sem cerimônia, continuou a passear com o cachorro (2) sem limpar. Nada contra o animal (2), que – compreensivelmente – apenas liberou suas necessidades. Tudo, entretanto, contra a mulher (1).” Observemos que “pastor-alemão”(2) funciona como referente(antecedente) de “cachorro” e “animal” respectivamente. Portanto, “cachorro” e “animal” têm, no contexto criado, função anafórica. Trata-se de anáfora nominal por substituição. Observemos também que “senhora”(1) funciona como referente(antecedente)de “mulher”. Portanto, “mulher”, no contexto criado, tem função anafórica. Trata-se de anáfora nominal por substituição. Atenção: Nem sempre é assim, mas, observando bem o exemplo dado, você chegará à conclusão de que o termo referente é substituído por uma expressão mais genérica. Noutras palavras, no caso do texto-exemplo, a anáfora sempre se baseia numa trajetória do específico (hipônimo) para o geral (hiperônimo). Veja: pastor-alemão < cachorro < animal senhora < mulher 1. Nem sempre a anáfora nominal constitui um hiperônimo. Ao lado de cada item abaixo, aponte um hiperônimo. a) Pelé - ___________________________ b) Faustão - ___________________________ c) Michel Temer - __________________________ d) Botafogo - __________________________ e) Ar-condicionado-________________________ 2. Preencha cada lacuna abaixo com uma anáfora nominal por substituição (use, de preferência, hiperônimos). a. Ao que tudo indica, o deputado mentiu como quase todos os _______________ do Brasil. b. A pobreza acabou levando-o ao assalto. Mas, hoje, graças a Deus, ele está longe do ______________. c. Ney Matogrosso nunca escondeu seu relacionamento amoroso com o Cazuza. _________________ também não esconde que, até hoje, sente saudades. Texto 1 “Tão cedo Roberto Carlos não se livrará de um certo sentimento de compaixão que por ele seus fãs cultivam. No auge da carreira, o maior símbolo da Jovem Guarda(1) conheceu, ainda nos anos 70, o amor e o ódio. Boatos da época apontavam sua mulher como infiel. Nos anos 80, o então marido de Miriam Rios(2) rejuvenesceu, fez algumas belas composições, mas não com a genialidade das de 70, movidas pela dor. Roberto (3) parecia compor melhor quando em crise. O segundo casamento foi ao fim e o rei da MPB(4) voltou a fazer lindíssimas canções, mas (quase) todas de caráter religioso, católico. Prenúncio? Talvez. Em pouco tempo, o cantor(5) conheceu, amou e perdeu Maria Rita.” 3. Das expressões nominais anafóricas destacadas, a que pode ser classificada como hiperônimo de Roberto Carlos é: (A) 1; (B) 2; (C) 3; (D) 5. 4..A nominalização também pode funcionar como um processo anafórico. Consiste em transformar um verbo anteriormente expresso em um substantivo, a fim de sequenciar um texto. Em que alternativa não há nominalização? (A) Marginais assaltaram a agência do banco depois de nela permanecerem por duas horas. A fuga ocorreu de forma tranquila, sem despertar a atenção pública. (B) Marginais assaltaram a agência do banco depois de nela permanecerem por duas horas. O assalto já era previsto. (C) Marginais assaltaram a agência do banco depois de nela permanecerempor duas horas. Tal permanência é que é inconcebível. (D) Marginais assaltaram a agência do banco depois de nela permanecerem por duas horas. Os assaltantes foram reconhecidos por uma funcionária. 5. Preencha cada lacuna abaixo nominalizando o termo destacado anterior. Lembre que, por vezes, um verbo tem mais de um nome correspondente. Selecione o nome mais adequado a cada contexto. a. Alguns proprietários cercaram seus terrenos a fim de impedir invasões. Tal ________________ é permitido(a) por lei. CAPÍTULO III “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 46 b. Apesar do pedido do promotor, o juiz manteve a exigência da defesa. Tal ________________ foi respaldada pelo corpo de jurados. c. O rio corre para o mar, e durante esse(a) ________ são vários os percalços superados. 1.2) Anáfora Pronominal – Ocorre quando a expressão anafórica (retomadora de outra) é um pronome. A anáfora pronominal é muito mais frequente do que a anáfora nominal. Além disso, há um fato curioso a se ressaltar: uma não exclui a outra. Não raro, uma expressão nominal anafórica contém em si pronome(s). Veja: “Quem somos? O que somos? Donde viemos? Para onde vamos? Existe vida após a morte? Deus existe? Todas essas perguntas são reflexões humanas.” 6. Forme anáforas pronominais nos itens abaixo, substituindo as expressões destacadas por pronomes adequados. a) Nildo foi para Angra dos Reis.Nildo levou toda a família. _______________________________________________ b) Certa pessoa sentiu saudades do Nildo, queria ver o Nildo, olhar o Nildo, estar com Nildo. _______________________________________________ _______________________________________________ c) Naldo e Naldaconversaram com Nildo. Naldarecebeu instruções de Naldo e Nildo. _______________________________________________ ______________________________________________ d) Nildoe Nalda conversaram com Naldo. Nildoinstruía Nalda enquanto Naldo ouvia atento. _______________________________________________ _______________________________________________ e) Nildo, Nuldo e Naldo conversavam. Nildo instruía Naldo enquanto Nuldo ouvia atento. _______________________________________________ _______________________________________________ 2) Catáfora – É o nome que se dá ao emprego de pronome (ou expressão nominal, mais raramente) que antecipa seu referente, ao invés de o retomar (caso da anáfora). Noutras palavras, quando se trata de anáfora, o referente está sempre antes; quando se trata de catáfora, o referente está sempre depois. Exemplo: “Ela vem de mansinho e, sem que você perceba, derruba-o, leva-o para a cama, faz você sentir aquele calorzinho, dá arrepios, faz gemer: a gripe.” Observemos que o pronome “Ela”, na abertura do texto, não está retomando nenhum referente e, por isso, não desempenha função anafórica. Ao contrário: tal pronome cria certa expectativa no leitor que só se desfará ao final do texto, quando surge o referente “gripe”. O pronome “Ela”, portanto, exerce função catafórica. Texto 2 Igreja afasta padre que se fantasiava . Salvador. No centro de uma polêmica que dividiu os paroquianos da Igreja da Lapinha, uma das mais tradicionais de Salvador, o padre José Souza Pinto, de 57 anos, mais conhecido como padre Pinto, foi afastado das celebrações no fim de semana. Segundo a Arquidiocese, para tratamento médico. Na última semana, o religioso provocou grande discussão sobre os limites das manifestações artísticas nas celebrações eucarísticas ao se fantasiar e realizar coreografias inusitadas nas missas. O padre já se fantasiou de baiana, índio e até de um dos orixás do candomblé, Oxum. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Salvador, cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, decidiu afastá-lo e, em nota, explicou que o “comportamento manifestado pelo padre merecia cuidados terapêuticos”. (...) 7. Está incorretamente apontado o referente (antecedente) do seguinte pronome anafórico: (A) “que” (título) – “padre”. (B) “que” (parágrafo 1) – “polêmica”. (C) “se” (parágrafo 2) – “religioso”; (D) “-lo”(parágrafo 3) – “Geraldo Majella Agnelo”. 8. Está incorreta a seguinte análise do discurso textual: (A) O pronome relativo é essencialmente anafórico e, por essa razão, pode-se afirmar que há uma anáfora no título do texto; (B) O termo “o religioso” é uma anáfora nominal por substituição de “padre José Souza Pinto”; (C) As expressões “padre” e “religioso” têm o mesmo referente; (D) No primeiro parágrafo, a palavra “Igreja” retoma palavra presente no título, exemplificando uma anáfora nominal por repetição. 9. Não há processo de catáfora pronominal em: (A) O que quero de você é um presente. (B) O que quero de presente é isto: um presente. (C) Um presente: isso sim quero de você. (D) Eu quero um presente de alguém: de você. GABARITO 1. 2. 3. D 4. A 5. 6. 7. D 8. D 9. C CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 47 CAPÍTULO IV – ASPECTOS VERBAIS A base do assunto Modo Indicativo: “É o modo que normalmente aparece nas orações independentes, e nas dependentes que encerram um fato real ou tido como tal.” (Bechara, Gramática Escolar, pág. 249) “Com o modo indicativo exprime-se, em geral, uma ação ou um estado considerados na sua realidade ou na sua certeza, quer em referência ao presente, quer ao passado ou ao futuro. É, fundamentalmente, o modo da oração principal.” (Celso Cunha e Lindley Cintra, 3ª edição de A Nova Gramática do Português Contemporâneo, pág. 448). “enuncia pura e simplesmente o processo; é o modo da realidade, da informação” (Celso Luft, Moderna Gramática Brasileira, pág. 171) “O modo indicativo serve para exprimir um fato certo, real, verdadeiro.” (Sacconi, Nossa Gramática, 28ª edição, pág. 272) Modo Subjuntivo: “O modo subjuntivo ocorre normalmente nas orações independentes optativas, nas imperativas negativas e afirmativas (nestas últimas com exceção da 2ª pessoa do singular e plural), nas dubitativas com o advérbio talvez e nas subordinadas em que o fato é considerado como incerto, duvidoso ou impossível de se realizar.” (Bechara, Gramática Escolar, pág. 254) “Como o próprio nome indica, o subjuntivo denota que uma ação, ainda não realizada, é concebida como dependente de outra, expressa ou subentendida. Daí o seu emprego normal na oração subordinada. Quando usado em orações absolutas ou principais, envolve sempre a ação verbal de um matiz afetivo que acentua fortemente a expressão da vontade do indivíduo que fala.” (Celso Cunha e Lindley Cintra, 3ª edição de A Nova Gramática do Português Contemporâneo, pág. 466). “participa afetivamente da ideia verbal, desejando-a, supondo-a, ou a considerando duvidosa; é o modo da irrealidade, da hipótese, da dúvida; modo subjetivo.”(Celso Luft, Moderna Gramática Brasileira, pág. 171) “Serve para exprimir um fato irreal, provável, duvidoso. É o modo das orações subordinadas e das orações optativas.” (Sacconi, Nossa Gramática, 28ª edição, pág. 280) I- Presente do Indicativo Tal tempo pode ter os seguintes valores: a) Presente pontual: simultâneo ao momento da enunciação. b) Presente contextual: não se restringe à enunciação, pois começa no passado e se estende ao futuro. c) Presente habitual: dá ideia frequentativa (iterativa) e não necessariamente ocorre no momento da enunciação. d) Presente eterno (denota verdade universal): é usado para denotar fatos constantes, imutáveis, ou tidos como tais. Também é chamado de presente permansivo. e) Presente narrativo (ou histórico): tem valor de pretérito, dando ânimo a narrativas, fictícias ou reais. Trata-se de enálage. f) Presenteenfático: tem valor de futuro, mas acentua certeza em torno de um fato. Trata-se de enálage. g) Emprego com valor de imperfeito do subjuntivo, apontando situação hipotética. Trata-se de enálage. h) Emprego com valor de futuro do subjuntivo, apontando situação hipotética. Trata-se de enálage. i) Não existe presente composto, mas o presente é usado como auxiliar na formação do pretérito perfeito composto do indicativo, denotando fato iniciado no passado, extensivo ao presente, com tendência ao futuro. 1.Treinemos. De acordo com a relação acima, coloque nos parênteses abaixo a letra que corresponde à descrição do aspecto verbal presente em cada frase abaixo. 1. Esta homenagem me deixa emocionado. ( ) 2. Eu sou emotivo. ( ) 3. Eu tenho sido emotivo. ( ) 4. A imprensa tem abordado o caso Isabella. ( ) 5. O campeonato brasileiro já vai começar. ( ) 6. O homem é um ser vivo. ( ) 7. O cachorro faz parte do reino animal. ( ) 8. A Terra gira em torno do Sol. ( ) 9. A história comprova que a mulher é forte. ( ) 10. O ser vivo respira. ( ) 11. A criança alérgica respira mal quando há mudança de tempo. ( ) 12. Se critico o professor, certamente ele me expulsaria da sala. ( ) 13. Se você vai comigo à Disney no próximo ano, terá de ficar comigo o tempo todo lá. ( ) 14. Naquele tempo, após pressões de Portugal, Dom Pedro sente a necessidade de iniciar certa reação. ( ) 15. Branca de Neve, assim que o caçador não quis matá- la, corre, corre para a floresta e ali desmaia, sendo encontrada logo depois pelos anãozinhos. ( ) 16. É noite. São vinte horas. ( ) II- Pretéritos do Indicativo a) O imperfeito expressa passado impontual duradouro. b) O imperfeito expressa passado impontual frequentativo. c) Em solicitações, o imperfeito expressa polidez ou modéstia. d) No colóquio principalmente, o imperfeito substitui o futuro do pretérito, quando se quer exprimir segurança, certeza. CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 48 e) Nas fantasias, o imperfeito é usado para denotar o irreal. f) O perfeito expressa passado pontual, enquadrando um fato dentro de um espaço de tempo determinado. g) O mais-que-perfeito, tanto o simples quanto o composto, denota uma ação passada anterior a outra também passada. h) Em linguagem solene, literária, ainda aparece o mais- que-perfeito com valor de futuro do pretérito. i) Em linguagem solene, literária, ainda aparece o mais- que-perfeito com valor de imperfeito do subjuntivo. 2.Treinemos. De acordo com a relação acima, coloque nos parênteses abaixo a letra que corresponde à descrição do aspecto verbal presente em cada frase abaixo. 1. Quando criança, eu era ingênuo. ( ) 2. Quando criança, eu fui ingênuo. ( ) 3. Quando criança, eu jogava futebol. ( ) 4. Quando criança, eu joguei futebol. ( ) 5. ─ Dolores, eu queria sua ajuda aqui. ( ) 6. ─ Se não chovesse, eu saía agora. ( ) 7. Na sua partida, eu já estivera no aeroporto. ( ) 8. Agora eu era o herói. ( ) 9. Eu seria militar, não foraprofessor. ( ) 10.Que forada vida,se nela não houvera luta. ( ) 11. Era uma vez uma linda princesa ... ( ) 12. Quando o telefone tocou, eu já saíra. ( ) 13. Quando saí, o telefone já havia tocado. ( ) 14. Quisera eu, você sairia comigo. ( ) 15. Fui. ( ) 16. Beijei você e não mais senti o que sentia. ( ) 17. Beijei você e não mais senti o que sentia. ( ) III- Futuros do Indicativo a) O futuro do presente expressa fato que ainda vai se realizar, mediante ou não certa condição. b) O futuro do presente é, por vezes, usado no lugar do presente, para expressar incerteza ou ideia aproximada. Nesse caso, é comum a ambiência interrogativa. c) O futuro do presente pode ter valor imperativo. d) O futuro do pretérito expressa que um fato está condicionado a outro, explícito ou implícito. e) O futuro do pretérito expressa hipótese, ou seja, fato (ainda) sem confirmação. f) O futuro do pretérito pode ser usado no lugar do presente do indicativo, constituindo uma enálage (preterição). 3. De acordo com a relação acima, coloque nos parênteses abaixo a letra que corresponde à descrição do aspecto verbal presente em cada frase abaixo. 1. Sairei mais tarde. ( ) 2. Darei aula na próxima semana. ( ) 3. Não estará o Lula traindo o povo petista? ( ) 4. Esta história de um terceiro mandato não será mais um meio de ludibriar o povo? ( ) 5. ─ Não furtarás. ( ) 6. ─ Não sairás daqui, de jeito algum, meu filho. ( ) 7. ─ Sabe, meu amor, você está tão frio. Diria que você não gosta mais de mim. ( ) 8. Se chovesse hoje, eu tomaria um vinho. ( ) 9. Se tivesse chovido, eu teria tomado um vinho. ( ) 10. Segundo o perito oficial, a madrasta de Isabella teria esganado a menina. ( ) 11. Se pudesse, eu pudesse, eu correria sempre. ( ) 12. Segundo o depoente, o político teria participado da reunião para distribuição da propina. ( ) 4. Em que alternativa o futuro do presente indica que o fato estará concluído antes de outro que lhe é posterior? (A) Quando beijei você, outro já a beijara. (B) Beijaria você, se ninguém a tivesse beijado. (C) Terei beijado você, quando outro a beijar. (D) Beijar-nos-emos, assim que o padre autorizar. (E) Ninguém a teria beijado, sequer eu. 5. A alternativa em que o pretérito imperfeito é usado para indicar que, entre dois fatos concomitantes, o expresso por ele já decorria é: (A) Quando estudava naquela tarde, teve forte premonição. (B) Sempre que estudava, aprendia muito. (C) À medida que estudava, ia aprendendo. (D) Estudava para ficar melhor o assunto. (E) Estudava sempre. 6. Em que alternativa o fato se inicia no passado, dura e se vem repetindo até o presente? (A) A proposta teve início há cerca de quarenta anos. (B) A proposta tem sido discutida há cerca de quarenta anos. (C) A proposta foi discutida há cerca de quarenta anos. (D) A proposta terá sido discutida daqui a cerca de quarenta anos. (E) A proposta vinha sendo discutida há cerca de quarenta anos. 7. Frase ambígua é: (A) Discutimos esta questão há dois anos. (B) Discutiremos esta questão daqui a dois anos. (C) Discuti contigo esta questão há dois anos. CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 49 (D) Discuto contigo esta questão há dois anos. (E) Discutia contigo esta questão há dois anos. 8. Compare, levando em conta os conceitos de fato e hipótese: (a) Eu procuro alguém que me ama. (b) Eu procuro alguém que me ame. _______________________________________________ _______________________________________________ _______________________________________________ Fixe: por vezes, a opinião: a) está calcada num fato. Ex.: Que bom você estar aqui. (opinião) (fato) b) está calcada numa hipótese. Ex.: Será bom, se você vier aqui. (opinião) (hipótese) c) mistura-se com a hipótese. Ex.: Seria bom, se você viesse aqui. (hipótese/opinião) (hipótese) Texto 1 Juro que nunca entendi muito bem este casamento: Capitalismo e Democracia. É claro que ambos precisariam encontrar um parceiro diante da impossibilidade de tocarem suas vidas, sozinhos. O Capitalismo é um sistema econômico e depende de um regime político que o mantenha de pé e lhe permita ganhar dinheiro. Já a Democracia é apenas uma boa moça que necessita de um sistema que a sustente e pague suas despesas. Digamos que o Capitalismo entrou em um desses sites de relacionamento de casais e deu de cara com a Democracia. –É com essa que eu vou! – berrou o Capitalismo. Casaram-se, e, como acontece nos casamentos, os primeiros anos foram de juras de amoreterno. Com o tempo, porém, as crises começaram a pipocar. O Capitalismo sempre foi um tipo instável, temperamental, sem princípios sólidos, que gosta de caminhar sobre suas próprias regras. A Democracia por um momento chegou a pensar que ele só se casara com ela para desfrutar do seu ideal de igualdade. Tiveram dois filhos, a Bolsa e o Mercado. A Bolsa saiu ao pai, um temperamento ciclotímico e um comportamento cheio de altos e baixos que provocou uma crise monumental em 1929 e quase levou o casal à separação. O Mercado, filho querido, cresceu e passou a tomar conta dos negócios do pai. Ganhou fama e, sempre que surgia um problema, gritava: “Deixa que o Mercado resolve!” Às vezes, o Mercado metia os pés pelas mãos, o pai entrava em crise, e logo chamavam a mãezona. Nos primeiros anos do século passado, um casal gay – Comunismo e Totalitarismo – instalou-se na casa ao lado, separada por um muro, e passou a infernizá-los. Barbudos, mal encarados, não havia um dia que não aparecessem na janela para xingar os vizinhos. Foram mais de 70 anos de difícil convivência, uma guerra surda (chegou a ser fria). Até que, no final dos anos 80, o muro veio abaixo. Sua queda expôs a indigência da casa desmascarando as bravatas do casal gay(que se mudou para uma casinha no interior de Cuba). O Capitalismo soltou foguetes. Não demorou muito, em 1997 – menos de 10 anos após a queda do muro – Bill Clinton, o afilhado preferido do Capitalismo, alertou o padrinho para não ir com tanta sede ao pote. – Eu quero é mais! – bradou o pai do Mercado, sentindo-se dono do mundo. Não deu outra: jogando solto, sem ter que dar satisfações a ninguém, o Capitalismo perdeu a noção de limite e acabou mergulhando em uma crise existencial que parece não ter fim. A Democracia achou que deveria alertá-lo para o descontrole das finanças do casal. – Você não se mete! – disse ele. – Você não entende nada disso! Hoje ele respira por aparelhos. Uma junta médica reunida em Davos para diagnosticar seus males admitiu que, para recuperar a saúde (e o prestígio), o Capitalismo teria que promover mudanças profundas no seu comportamento. Sua mulher tenta ajudá-lo: – Você precisa ser mais humano, mais solidário, mais preocupado com o meio ambiente. Deixar de pensar tanto em dinheiro, ser menos ganancioso... – Como? – reagiu ele, certo de que não vai morrer. – Se eu mudar em tudo que estão me pedindo, vou deixar de ser o Capitalismo! É isso que você quer? É isso? A Democracia não respondeu. Virou-lhe as costas e saiu resmungando: – Eu devia ter me casado com o Socialismo! Carlos Eduardo Novaes Glossário ciclotímico: que tem ciclotimia, ou seja, indivíduo sujeito a alterações de humor, de comportamento. 9. Releia: “Juro que nunca entendi muito bem este casamento: Capitalismo e Democracia.” Essa frase de abertura do texto cria como pressuposto o seguinte: (A) Não há possibilidade de convivência entre Capitalismo e Democracia. (B) O casamento Capitalismo e Democracia vive uma crise prevista. (C) A fim de se preservar a Democracia, não pode haver Capitalismo. (D) A fim de se preservar o Capitalismo, não pode haver Democracia. 10. Na abertura do segundo parágrafo, a forma verbal “Digamos” (A) está no imperativo e, por isso, expressa ordem. CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 50 (B) instaura uma ambiência hipotética no texto. (C) fortalece o caráter denotativo de toda a linguagem textual presente. (D) inicia um pensamento fantasioso sem vínculos com a realidade. 11. “Casaram-se, e, como acontece nos casamentos, os primeiros anos foram de juras de amor eterno.” Nessa passagem predomina um recurso muito comum em textos argumentativos. Tal recurso está identificado na alternativa (A) analogia (B) citação (C) contraposição de ideias (D) definição 12. Para defender um ponto de vista, o autor faz uso prioritário do seguinte tipo de composição discursiva: (A) descrição (B) narração (C) notícia (D) prece 13. A criatividade do texto está calcada sobretudo (A) no processo de personificação de regimes e sistemas econômicos. (B) na presença de diálogos. (C) na mescla de discursos dissertativo e narrativo. (D) na mescla de discursos dissertativo e descritivo. GABARITO 1. 2. 3. 4. C 5. A 6. B 7. A 8. 9. B 10. B 11. A 12. B 13. A CAPÍTULO V “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 51 CAPÍTULO V – FUNÇÕES DA LINGUAGEM Comunicação significa “tornar comum” determinada informação, certo conteúdo, uma mensagem – ou seja, transmiti-la a outras pessoas. No caso da literatura, não é diferente. Por isso, os seis Elementos da Comunicação podem nos ajudar a compreender melhor como se dá a construção do discurso literário. OBSERVE: A) REMETENTE (ou EMISSOR): é aquele que tem algo a dizer, que elabora e transmite a mensagem. B) DESTINATÁRIO (ou RECEPTOR): é aquele a quem a mensagem é dirigida. C) MENSAGEM: é o conteúdo comunicado, a ideia que se pretende divulgar. D) CONTEXTO: é o assunto da mensagem. E) CANAL: é o meio físico pelo qual a mensagem é transmitida. F) CÓDIGO: é o sistema de sinais convencionados para a comunicação. Texto EMISSOR: A autoridade de trânsito que regula a sinalização (DETRAN, DER, etc) DESTINATÁRIO: O motorista que estiver dirigindo pela via. MENSAGEM: “Proibido ultrapassar.” CONTEXTO: O trânsito. CANAL: Placa de metal pintada nas cores branca, vermelha e preta. CÓDIGO: Linguagem não verbal, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito. PENSE NISSO: Além dos seis elementos envolvidos na comunicação, consideramos o Ruído como um dos fatores que podem interferir na relação entre o Emissor e o Destinatário. Ruído na comunicação é tudo aquilo que atrapalha ou torna menos eficiente a transmissão da mensagem. Pode acontecer em qualquer um dos seis elementos descritos. Texto 1 PRA QUE MENTIR? (Vadico e Noel Rosa) Pra que mentir Se tu ainda não tens Esse dom de saber iludir. Pra quê? Pra que mentir, Se não há necessidade De me trair? Pra que mentir Se tu ainda não tens A malícia de toda mulher? Pra que mentir, se eu sei Que gostas de outro Que te diz que não te quer? Pra que mentir tanto assim Se tu sabes que eu sei Que tu não gostas de mim? Se tu sabes que eu te quero Apesar de ser traído Pelo teu ódio sincero Ou por teu amor fingido? In: Noel - Songbook (Produzido por Almir Chediak) CD Luminar Discos, 1991. Texto 2 DOM DE ILUDIR (Caetano Veloso) Não me venha falar na malícia de toda mulher, Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Não me olhe como se a polícia andasse atrás de mim. Cale a boca, e não cale na boca notícia ruim. Você sabe explicar você sabe entender, tudo bem. Você está, você é, você faz, você quer, você tem. Você diz a verdade, a verdade é seu dom de iludir. Como pode querer que a mulher vá viver sem mentir. In: MEU NOME É GAL, CD 836 841-2, PolyGram, 1988. 1. O texto 2 estabelece um fictício diálogo com o texto 1. A esse diálogo entre textos se dá o nome: (A) paráfrase (B) paródia (C) intertextualidade (D) verossimilhança (E) narrativa CAPÍTULO V “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 52 2. Em cada texto, há uma evidência à segunda pessoa do discurso. Isso caracteriza a seguinte função da linguagem: (A) emotiva (B) conativa (C) poética (D) metalinguística (E) referencial AS FUNÇÕES DA LINGUAGEM O estudodas Funções da Linguagem é a análise da intencionalidade do Emissor ao produzir seu texto, ou seja: por que ele se comunica e por que escolheu uma determinada estratégia para fazer isso. As Funções estão diretamente ligadas aos Elementos da Comunicação, porque cada uma delas corresponde a um dos elementos. OBSERVE: A) Função EMOTIVA: o Emissor expõe seus sentimentos, suas opiniões, suas impressões pessoais. Portanto, é uma função centrada no Emissor. Exemplos: “Acho que vai chover.”; “Eu te adoro!”; “Este quadro é interessante...” B) Função APELATIVA ou CONATIVA: o Emissor espera que, a partir da sua mensagem, o Destinatário reaja de alguma maneira. Portanto, é uma função que destaca o Destinatário. Exemplos: “Vá escovar os dentes!”; “Como é, já fez o exercício?”; “Siga-nos no Twitter!” C) Função POÉTICA: refere-se a uma preocupação com a forma de elaborar a Mensagem, em que cada palavra, sinal de pontuação, e até a disposição das palavras no papel são escolhidas com cuidado para se atingir um efeito expressivo. É, assim, a função do texto artístico por excelência, centrado na Mensagem. Exemplos: “O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada.” (Carlos Drummond de Andrade, “Poema de sete faces”) “Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me.” (Machado de Assis, “Dom Casmurro”) D) Função REFERENCIAL: O Emissor deseja apenas transmitir uma informação para o Destinatário, da maneira mais objetiva e simples possível. Essa função concentra- se, então, no Contexto (assunto). Exemplo: “Temer saiu do hospital” O Globo, 03 de dezembro de 2017. E) Função FÁTICA: é aquela que testa o funcionamento do Canal, sendo pois focada neste elemento. Exemplos: “Estão entendendo até aqui?”; “Alô, está me ouvindo?”; “vctaí?” (quando alguém demora para responder num chat da internet). F) Função METALINGUÍSTICA: ocorre quando o Emissor tenta explicar um termo pertencente ao próprio Código. Exemplos: Livros de Gramática (usa a língua portuguesa para explicar a própria língua); um poema que fala sobre a poesia; um filme que tem como tema o cinema. MOTIVO (Cecília Meireles) Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. PENSE NISSO: 3.Até aqui, falamos sobre vários tipos de textos. Uma das maneiras de classificá-los em gêneros diferentes é levar em conta a Função da Linguagem predominante nele. Qual seria a função presente nos seguintes textos: - Jornalístico: ___________________________________ - Publicidade: ___________________________________ - Literário: _____________________________________ - Carta de amor: _________________________________ - Bula de remédio: _______________________________ - Receita culinária: _______________________________ - Dicionário: ____________________________________ Texto 3 NOVA POÉTICA Vou lançar a teoria do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, [e na primeira esquina passa um caminhão, [salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama: CAPÍTULO V “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 53 É a vida. O poema deve ser como a nódoa no brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. (...) (Manuel Bandeira) 4. CESGRANRIO As funções da linguagem PREDOMINANTES na “Nova Poética” são (A) metalinguística - referencial. (B) conativa - metalinguística. (C) poética - conativa. (D) emotiva - conativa. (E) referencial - fática. Texto 4 MEU CARO DEPUTADO O senhor nem pode imaginar o quanto eu e a minha família ficamos agradecidos. A gente imaginava que o senhor nem ia se lembrar de nós, quando saiu a nomeação do Otavinho meu filho. Ele agora está se sentindo outro. Só fala no senhor, diz que na próxima campanha vai trabalhar ainda mais para o senhor. No primeiro dia de serviço ele queria ir na repartição com a camiseta da campanha mas eu não deixei, não ia ficar bem, apesar que eu acho que o Otavinho tem muita capacidade e merecia o emprego. Pode mandar puxar por ele que ele dá conta, é trabalhador, responsável, dedicado, a educação que ele recebeu de mim e da mãe foi sempre no caminho do bem. Faço questão que na próxima eleição o senhor mande mais material que eu procuro todos os amigos e os conhecidos. O Brasil precisa de gente como o senhor, homens de reputação despojada, com quem a gente pode contar. Meu vizinho Otacílio, a mulher, os parentes todos também votaram no senhor. Ele tem vergonha, mas eu peço por ele, que ele merece: ele tem uma sobrinha, Maria Lúcia Capistrano do Amara, que é professora em Capão da Serra e é muito adoentada, mas o serviço de saúde não quer dar aposentadoria. Posso lhe garantir que a moça está mesmo sem condições, passa a maior parte do tempo com dores no peito e na coluna que nenhum médico sabe o que é. Eu disse que ia falar com o senhor, meu caro deputado, não prometi nada, mas o Otavinho e a mulher tem esperanças que o senhor vai dar um jeitinho. É gente muito boa e amiga, o senhor não vai se arrepender. Mais uma vez obrigado por tudo, Deus lhe pague. O Otavinho manda um abraço para o senhor. Aqui vai o nosso abraço também. O senhor pode contar sempre com a gente. Miroel Ferreira (Miré) 5. PUC – CAMP Como ocorre nos textos das cartas em geral, é muito atuante na linguagem desta (A) a função emotiva, de que é um bom exemplo a frase "o serviço de saúde não quer dar aposentadoria". (B) a função conativa, em expressões como "o senhor não vai se arrepender". (C) a exploração de frases argumentativas, como "eu disse que ia falar com o senhor". (D) o discurso indireto, como em "eu acho que Otavinho tem muita capacidade". (E) o emprego de vocativos, como na frase "ele tem uma sobrinha, Maria Lúcia Capistrano do Amaral, que é professora". 6. UFMG Dos trechos que seguem, todos eles retirados do romance INCIDENTE EM ANTARES de Érico Veríssimo, a alternativa em que fica evidente a metalinguagem é (A) "- Credo quiaabsurdum est - intervém o Prof. Libindo, num tom de voz em que se pode ver o tipo itálico da citação latina." (B) "E o padre continuava a gritar: 'É o Juízo Final! Arrependei-vos enquanto é tempo! Orai! Orai! Orai!" (C) "O Cel. Vacariano remexe-se na sua poltrona procurando uma posição ao agrado de sua próstata." (D) "- Qual democracia! - replicou o Cel. Vacariano. - Vivemos numa cafajestocracia, isso é que é." (E) "- Usemos de todas as nossas armas. Primeiro, a nossa condição de mortos. Sejamos mais vivos que os vivos." 7. FEI Assinalar a alternativa em que a função apelativa da linguagem é a que prevalece: (A) Trago no meu peito um sentimento de solidão sem fim... (B) "Não discuto com o destino o que pintar eu assino" (C) Machado de Assis é um dos maiores escritores brasileiros. (D) Conheça você também a obra desse grande mestre. (E) Semântica é o estudo da significação das palavras. 8.UFAL Está INCORRETA a classificação da função da linguagem na frase: (A) Comunicação é a transferência de informação por meio de mensagem=Função Metalinguística. (B) Psiu! Atenção! Olhe aqui! aonde vai?=Função Fática. (C) Não percas tempo em mentir. Não teaborreças=Função Apelativa. (D) Nem todos os alunos são capazes de valorizar devidamente a escola onde estudam=Função Referencial. (E) Os moradores da periferia dirigiam-se ao prefeito solicitando verbas para a canalização do rio=Função Emotiva. 9. ITA Assinale a opção que apresenta a função da linguagem predominante nos fragmentos a seguir: Texto 5 Maria Rosa quase que aceitava, de uma vez, para resolver a situação, tal o embaraço em que se achavam. Estiveram um momento calados. - Gosta de versos? - Gosto... - Ah... Pousou os olhos numa oleografia. CAPÍTULO V “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 54 - É brinde de farmácia? - É. - Bonita... - Acha? - Acho... Boa reprodução... (Orígenes Lessa. O FEIJÃO E O SONHO) Texto 6 Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para a grande glória de Deus. Ele: - Pois é. Ela: - Pois é o quê? Ele: - Eu só disse "pois é"! Ela: - Mas "pois é" o quê? Ele: - Melhor mudar de conversa porque você não me entende. Ela: - Entender o quê? Ele: - Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já. (Clarice Lispector. A HORA DA ESTRELA) (A) Poética. (B) Fática. (C) Referencial. (D) Emotiva. (E) Conativa. Leia os testos 7, 8, 9 e 10, pois a eles se refere a próxima questão. Texto 7 Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou perdida a minha face? Cecília Meireles Texto 8 Envelhecer A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça [parecer Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é [pra valer Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer Não quero morrer pois quero vercomo será que deve ser [envelhecer Eu quero é viver pra ver qual é e dizer venha pra o que vai [acontecer (...) Pois ser eternamente adolescente nada é mais demodé [Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que [não para de crescer Não sei por que essa gente vira a cara pro presentee [esquecede aprender Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai [correr. (...) Arnaldo Antunes Texto 9 Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. Site da Presidência da República Texto 10 Leite Derramado “Um homem muito velho está num leito de hospital. E desfia a quem quiser ouvir suas memórias. Uma saga familiar caracterizada pela decadência social e econômica, tendo como pano de fundo a história do Brasil dos últimos dois séculos.” Não sei por que você não me alivia a dor. Todo dia a senhora levanta a persiana com bruteza e joga sol no meu rosto. Não sei que graça pode achar dos meus esgares, é um apontada cada vez que respiro. Às vezes aspiro fundo e encho os pulmões de um ar insuportável, para ter alguns segundos de conforto, expelindo a dor. Mas bem antes da doença e da velhice, talvez minha vida já fosse um pouco assim, uma dorzinha chata a me espetar o temo todo, e de repente um lambada atroz. Quando perdi minha mulher, foi atroz. E qualquer coisa que eu recorde agora, vai doer, a memória é uma vasta ferida. Mas nem assim você me dá os remédios, você é meio desumana. Acho que nem é da enfermagem. Nunca vi essa cara sua por aqui. Claro, você é a minha filhaque estava na contraluz, me dê um beijo. Eu ia mesmo lhe telefonar para me fazer companhia, me ler jornais, romances russos. Fica essa televisão ligada o dia inteiro, as pessoas aqui não são sociáveis. Não estou me queixando de nada, seria uma ingratidão com você e como seu filho. Mas se o garotão está tão rico, não sei por que diabos não me interna em uma casa de saúde tradicional, de religiosas. Eu próprio poderia arcar com viagem e tratamento no estrangeiro, se o seu marido não me tivesse arruinado. Chico Buarque. Leite Derramado. São Paulo: Companhia das Letras. CAPÍTULO V “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 55 10. AFA 2016 Nos textos em geral, manifestam-se simultaneamente várias funções da linguagem. No entanto, sempre há o predomínio de uma sobre as outras. Após a leitura dos textos que constituem esta prova, assinale a alternativa correta. (A) No texto 9, a função da linguagem predominante é a metalinguística, porque há uma explicação do código, o qual é o foco do discurso. (B) O texto 8 tem o canal como elemento de destaque, logo o predomínio é da função fática da linguagem. (C) O referente é o elemento que se sobressai sobre os demais no texto 10, caracterizando o predomínio da função informativa sobre a poética. (D) A função poética se destaca no texto 7, tendo em vista a preocupação do enunciador em enfatizar a mensagem. 11. PUCSP Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: "Em nossa civilização apressada, o 'bom dia', o 'boa tarde, como vai?' já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol." Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é "quebrar o gelo". Indique a alternativa que explicita essa função. (A) Função emotiva (B) Função referencial (C) Função fática (D) Função conativa (E) Função poética Texto 11 VIVER EM SOCIEDADE Dalmo de Abreu Dallari A sociedade humana é um conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem umas às outras, a fim de que possam garantir a continuidade da vida e satisfazer seus interesses e desejos. Sem vida em sociedade, as pessoas não conseguiriam sobreviver, pois o ser humano, durante muito tempo, necessita de outros para conseguir alimentação e abrigo. E no mundo moderno, com a grande maioria das pessoas morando na cidade, com hábitos que tornam necessários muitos bens produzidos pela indústria, não há quem não necessite dos outros muitas vezes por dia. Mas as necessidades dos seres humanos não são apenas de ordem material, como os alimentos, a roupa, a moradia, os meios de transportes e os cuidados de saúde. (...) Rosenthal, Marcelo et al. Interpretação de textos e semântica para concursos. Rio de Janeiro: Essevier, 2012. 12. PM-MG 2017 A função da linguagem predominante no texto é a: (A) apelativa (B) metalinguística (C) referencial (D) dissertativa Texto 12 LÍNGUA PARA INGLÊS VER A incorporação da língua inglesa aos idiomas nativos dos mais diversos países não é novidade. Traduz, no âmbito da linguagem, uma hegemonia que os Estados Unidos consolidaram desde a década de 50. Com a globalização e o encurtamento das distâncias entre as nações obtido pelo avanço dos meios de comunicação, a contaminação das demais línguas pelo inglês ficou ainda mais patente. O fenômeno não é em si mesmo nocivo. Pode até enriquecer um idioma ao permitir que se incorporem informações vindas de fora que ainda não têm correspondência local. A Internet é um exemplo nesse sentido. Outra coisa, porém, bem diferente, é o uso gratuito de palavras em inglês como o que se verifica hoje no Brasil.A não ser pela vocação novidadeira - e caipira - de quem se deslumbra diante de qualquer coisa que o aproxima do "estrangeiro", não há nenhuma razão para que se diga "sale" no lugar de liquidação, ou qualquer motivo para falar "off" em vez de desconto. Tais anomalias são um dos sintomas do subdesenvolvimento e exprimem, no seu ridículo involuntário, a mentalidade de quem confunde modernidade com uma temporada em Miami. Um país como a Alemanha, menos vulnerável à influência da colonização da língua inglesa, discute hoje uma reforma ortográfica para "germanizar" expressões estrangeiras, o que já é regra na França. O risco de se cair no nacionalismo tosco e na xenofobia é evidente. Não é preciso, porém, agir como Policarpo Quaresma, personagem de Lima Barreto, que queria transformar o tupi em língua oficial do Brasil para recuperar o instinto de nacionalidade. No Brasil de hoje já seria um avanço se as pessoas passassem a usar, entre outros exemplos, a palavra "entrega" em vez de "delivery". FOLHA DE S. PAULO 13.UFAL"No Brasil de hoje já seria um avanço se as pessoas passassem a usar, entre outros exemplos, a palavra 'entrega' em vez de 'delivery'. " Nesta frase a linguagem está empregada em função (A) poética. (B) fática. (C) metalinguística. (D) conativa. (E) emotiva. CAPÍTULO V “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 56 Texto 13 14. Os discursos em geral têm como meta prioritária convencer o destinatário, o que nos remete automaticamente à seguinte função da linguagem: (A) emotiva (B) conativa (C) fática (D) metalinguística (E) poética GABARITO 1. C 2. B 3. 4. A 5. B 6. A 7. D 8. E 9. B 10. D 11. C 12. C 13. C CAPÍTULO VI “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 57 CAPÍTULO VI – REGISTROS LINGUÍSTICOS Com variadas características e finalidades, os atos de comunicação também possuem diferentes contextos. A maneira de nos expressarmos e de recebermos as mensagens muda de acordo com a situação social em que estamos – da mesma maneira que nos vestimos de modo diferente de acordo com a ocasião. O Português, como todas as outras línguas, é usado para todo tipo de comunicação entre as pessoas: desde as reuniões do Presidente da República com seus ministros até a mãe que fala com seu filho recém-nascido; desde o juiz que profere uma sentença solene num tribunal até a roda de conversa no bar; desde reuniões de homens engravatados nos escritórios até o campo de futebol onde acontece a “pelada” do fim de semana. Você se expressa da mesma maneira quando conversa com seus amigos e quando está diante do professor? Escreve no Facebook da mesma maneira que redige os textos da aula de Redação? Fala com seus pais e avós as mesmas palavras que fala diante de um jogo de futebol ou do video game? São infinitas as possibilidades de uso da língua. Uma dessas formas é chamada de Norma Culta ou Língua Padrão. NORMA CULTA ou LÍNGUA PADRÃO é, dentre as variedades da língua, aquela que segue um padrão formal convencionado, e serve para os atos de comunicação oficiais (documentos, textos jornalísticos, publicações científicas). OBSERVE: Os registros linguísticos são classificados como: A) FORMAL: Respeita a “norma culta”, ou seja, não permite usos que não estejam previstos nas regras gramaticais. Em geral ocorre em textos escritos e, na fala, apenas nos discursos mais cuidados. ATENÇÃO: Escrever de maneira formal não significa escrever difícil, com palavras complicadas; significa apenas usar a língua portuguesa “padrão”. B) INFORMAL: É geralmente usada entre amigos, em ocasiões em que não é necessário o cuidado com a forma culta da língua. Contém gírias. A linguagem usada na Internet (MSN, Orkut, chat rooms...) pode ser considerada sua versão escrita. C) CHULO: Caracterizado pelo uso de palavrões e termos de baixo calão. PENSE NISSO: A língua portuguesa é falada em todo o Brasil, mas de um modo heterogêneo, ou seja, ela varia bastante de acordo com três fatores principais: 1º) Época: é fácil observar que, ao longo das décadas, novas palavras são adicionadas à língua, outras desaparecem, muda-se a forma de grafá-las; é variação diacrônica. 2º) Região: é a chamada variação diatópica. Existem diferenças significativas de pronúncia (sotaques) e de vocabulário entre os estados brasileiros – e também em relação ao português falado em Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde... 3º) Classe social: chama-se variação diastrática. Esse tipo de variação ocorre devido às diferenças de acesso à escolaridade. Quanto mais tempo de estudo, mais próximo da língua padrão as pessoas se expressam; por outro lado, os que tiveram pouca oportunidade de estudar tendem a usar uma variedade mais distante da norma culta. 4º) Contexto: uma pessoa se comunica de diferentes maneiras de acordo com o ambiente em que se encontra. Chamada variação diafásica, ela também inclui os jargões profissionais – termos técnicos usados e reconhecidos por pessoas que trabalham no mesmo meio. Existem os jargões jornalístico, jurídico, econômico, político, médico, e tantos outros. CONCLUSÕES: Todos esses fatores combinados – em que época, em que lugar, a que classe social ele pertence e em que situação se encontra –, somados à individualidade do sujeito e à intenção que ele tem ao falar/escrever, contribuem para a forma como a mensagem será produzida. Por isso, é muito importante ressaltar que a maneira de uma pessoa se comunicar, pela fala ou pela escrita, diz muito de quem ela é e qual seu lugar na sociedade – de sua identidade. Desse modo, devemos evitar reproduzir o Preconceito Linguístico, o qual, assim como todos os outros tipos de preconceitos, nasce da ignorância e do desrespeito ao Outro. O Preconceito Linguístico ocorre quando se desqualifica alguém por cometer erros de ortografia, por falar de modo incorreto, por ter um sotaque desconhecido – e, na maioria dos casos, revela casos graves de Preconceito Social, ou seja, contra pessoas das camadas menos favorecidas que não optaram por não ter acesso ao ensino formal – foram obrigadas a isso. 1. Uma das principais características da linguagem coloquial é a mistura de tratamentos: tu / você. Em que alternativa não há tal mistura? (A) Você trouxe o teu caderno? (B) Tu trouxe o teu caderno? Mostre. (C) Você e essa sua cabeça!!! (D) Se tu gosta de mims, prove. 2. Uma das principais características da linguagem coloquial é o emprego do verbo “ter” com o sentido de “existir” / “ocorer”. Essa prática só não aparece na seguinte alternativa: (A) Teve dois acidentes ali. (B) Ela já teve marido. (C) Neste ano tem muito feriado. (D) Tem gente que chuta o balde. Texto 1 Nunca esteve tão bom para nós, mulheres. Nem tão difícil. Os salários não são iguais, as creches continuam insuficientes, o sexo é uma confusão total entre o agir e o sentir, o trabalho é complicadíssimo em termos psíquicos para a mulher: fonte de culpa e medos. Nunca foi tão difícil. Muito está colocado, mas tudo está por fazer. 1Esta é uma hora para se parar e pensar. Pensar pelo que brigamos até agora, o que conseguimos, onde fomos usados pelo sistema, o que deu errado, o que fazer de agora em diante. Sinto que existe todo um trabalho a ser feito de conscientização feminina - pois o que se passa no Piauí não é o mesmo das grandes capitais - já que as lutas não serão primordialmente mais no nível do "queremos", "exigimos", das passeatas, mas da prática do obter e do ser. É uma luta mais intimista de um lado, fora dos jornais, mais difusa na realidade. A luta de base, de formiguinha, onde o confrontamentoCAPÍTULO VI “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 58 não será mais com a polícia e o governo somente, mas basicamente com os companheiros de trabalho, amigos e marido. (SUPLICY, Marta. Reflexões sobre o cotidiano, Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1986. p. 124-5.) 3. UFF1999Uma das frases do texto apresenta um verbo, cuja regência reproduz característica da frase oral coloquial, fugindo à rigidez da norma culta escrita. Assinale a opção em que ocorre tal procedimento: (A) "Muito está colocado, mas tudo será por fazer." (par.2) (B) "É uma luta intimista de um lado, fora dos jornais, mais difusa na realidade." (par.2) (C) "Os salários não são iguais, as creches continuam insuficientes, o sexo é uma confusão total entre o agir e o sentir," (par.2) (D) "Sinto que existe todo um trabalho a ser feito de conscientização feminina - pois o que se passa no Piauí não é o mesmo das grandes capitais -" (par.2) (E) "Esta é uma hora para se parar e pensar." (par.2) 4. FATEC "Pegue depressa! faz favor!" Nessa passagem do texto de Mário de Andrade ocorre quebra de uniformidade de tratamento, típica da linguagem coloquial. O mesmo ocorre num dos anúncios publicitários a seguir; assinale a alternativa correspondente. (A) Faça o seu Plano Runner Plus e venha desfrutar do prazer da boa forma (...). Consulte sobre o Plano Mensal. (Runner) (B) Quer passar no vestibular, passa antes na banca de revistas. (Simuladão Comentado ISTO É/ANGLO) (C) Visite sua concessionária Dodge e veja que a nova Dodge Dakota é capaz de chamar a atenção sem precisar apelar para buzina nem farol. (Dakota the New Dodge) (D) E como em toda grande reforma, acabamos incomodando algumas pessoas. E se esse alguém for você, por favor, desculpe. (Telefonica) (E) É fácil ajudar. Com 5 reais por mês você pode fazer muito. Ligue e doe. (Aldeias Infantis SOS Brasil) 5. ITA Assinale a opção que NÃO apresenta impropriedades em relação às regras da escrita formal: (A) Desde o início do século, tem sido realizado estudos visando à erradicação do analfabetismo em países pobres. (B) O candidato ao governo do Estado interviu na apresentação de um dos seus expositores. (C) Aquele analista econômico, cujo livro foi um sucesso, previu a crise econômica pela qual passamos. (D) Este medicamento vem sendo testado em animais a um ano aproximadamente. (E) É salutar que o diretor devirja de nossa proposta. 6. FUVEST Você pode dar um rolê de bike, lapidar o estilo a bordo de um skate, curtir o sol tropical, levar sua gata para surfar. Considerando-se a variedade linguística que se pretendeu reproduzir nesta frase, é correto afirmar que a expressão proveniente de variedade diversa é (A) "dar um rolê de bike". (B) "lapidar o estilo". (C) "a bordo de um skate". (D) "curtir o sol tropical". (E) "levar sua gata para surfar". 7. Leia atentamente o conjunto textual (verbal e não verbal) abaixo e, em seguida, aponte a afirmativa não condizente. Texto 2 (A) há intertextualidade com o evangelho bíblico. (B) sugere-se a linguagem figurada. (C) a linguagem é simples de acordo o público a que se destina a revista. (D) A função apelativa está evidenciada pelo reiterado uso de vocativos. Texto 3 Do mundo ficcional à realidade cotidiana Narciso era um jovem de grande beleza. As jovens desejavam-no e queriam-no para si, mas ele não queria nenhuma delas. Marcado pela insensibilidade, certo dia, ao se debruçar sobre as águas cristalinas de um lago para matar sua sede, Narciso se encanta por si mesmo ao ver sua própria imagem refletida nas águas do lago. Buscou-se e desapareceu no espelho das águas que o refletiam. É certo, portanto, que esse mito não é uma história de amor por si mesmo. Quando nos amamos, estamos abertos para amar os outros. E para sermos amados também. O mito de Narciso é, antes, uma história da falta de amor por si e pelos outros. Don Juan de Marco, outro personagem mítico, diferentemente de Narciso, era um grande galanteador, CAPÍTULO VI “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 59 sedutor e misterioso, que encantava as mulheres com suas táticas, estratégias e malícias da conquista. A beleza é a promessa do prazer. O prazer é a insinuação da felicidade e esta a contemplação do paraíso desejado. Ele era irresistível, mas não conseguia amar uma única mulher com exclusividade. Ele ficava com todas, mas não tinha nenhuma. Don Juan tinha o dom da conquista, mas não a arte de reconquistar, por vezes seguidas, a mesma pessoa. Buscava desesperadamente valorização, reconhecimento e aprovação de si próprio de uma forma que ele não conseguia realizar ou obter por si mesmo. Demonstrava-se, com isso, ser um eterno insatisfeito, vazio de emoções, sentimentos e sentido de uma vida em comum, compartilhada. Narciso e Don Juan são personagens de nossa história. Essas emblemáticas figuras estão metamorfoseadas e presentes em nossa realidade circundante. Narciso é o emblema da pessoa medrosa que não consegue ver sentido no outro, não quer amar nem ser amado; Don Juan, do ser que só consegue ver sentido se for desejado pelo outro. Nenhum dos dois tem equilíbrio. O novo homem emergente é um ser individualista que se pretende autossuficiente, egocêntrico, sensual e festivo, mas que está perdendo a fórmula de alimentar seus afetos. Na verdade, estamos diante de sujeitos que fogem constantemente de si mesmos (Narciso), seres atraentes que conquistam e ficam com todas, mas que não se entregam a ninguém (Don Juan) e, ao mesmo tempo, por seres que vivem vazios e perdidos na multidão anônima. Nosso mundo está repleto de seres medrosos, carentes, confusos e solitários como os personagens aqui tematizados. Joseph Davi. O homem contemporâneo. 8.Releia: “As jovens(1) desejavam-no(2) e queriam-no(3) para si(4), mas ele(5) não queria nenhuma delas(6).” Nessa passagem, são sinônimos contextuais os segmentos identificados com os números (A) (1), (2) e (3); (B) (1), (4) e (5); (C) (2), (3) e (5); (D) (2), (3), (4) e (5); (E) (1), (5) e (6). 9. Os dois primeiros parágrafos enfatizam a seguinte característica de Narciso: (A) excessiva preocupação com o corpo; (B) valentia; (C) introspecção, individualismo e autoisolamento; (D) solidão e altruísmo; (E) individualismo e sensibilidade. 10. A principal diferença entre Narciso e Don Juan está calcada respectivamente nas seguintes características de ambos: (A) feiura e beleza; (B) introversão e extroversão; (C) fraqueza e força; (D) antipatia e simpatia; (E) feminilidade e masculinidade. 11. Julgue as seguintes afirmativas acerca das ideias veiculadas no texto: I. Narciso comportava-se como se ele se bastasse a si mesmo. II. Don Juan comportava-se como se ele não se bastasse a si mesmo. III. Faltou a Narciso o equilíbrio que outras relações, que não consigo mesmo, poderiam proporcionar-lhe. IV. Faltou a Don Juan o equilíbrio que uma melhor relação consigo mesmo poderia lhe proporcionar. O número de afirmativas corretas é igual a: (A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3 (E) 4 12. Em relação ao texto, pode-se afirmar que nele há intertextualidade, pois (A) os períodos estão de acordo com a norma culta da língua; (B) o autor procura falar da realidade contemporânea; (C) o tema tratado é de profundo interesse atual; (D) o autor faz referência a outros textos, estabelecendo um diálogo entre eles; (E) tem forte caráter ficcional. 13. Expressão modalizadora (ou modal) se faz presente em: (A) “Narciso era um jovem de grande beleza.” (B) “É certo, portanto, que esse mito não ...” (C) “Don Juan de Marco, outro personagem ...” (D) “A beleza é a promessa do prazer.” (E) “Nossomundo está repleto de ...” 14.“Nosso mundo está repleto de seres medrosos, carentes,...”O emprego da primeira pessoa do plural nessa passagem transcrita inclui (A) apenas o autor do texto; (B) apenas o autor do texto e o leitor; (C) apenas o autor do texto, o leitor e os jornalistas; (D) apenas o autor do texto e os homens em geral; (E) o autor, os leitores e os seres humanos em geral. GABARITO 1. C 2. B 3. D 4. B 5. C 6. B 7. D 8. C 9. C 10. B 11. C 12. D 13. B 14. E CAPÍTULO VI “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 60 CAPÍTULO VII “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 61 CAPÍTULO VII – A LITERATURA USA LINGUAGEM FIGURADA – DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Vimos que, dentre os diversos tipos produzidos em nossa língua, a Literatura – conjunto de textos literários – é um deles, com características específicas. Quais seriam elas? - Produzir uma emoção, reação subjetiva no Destinatário; - Preocupar-se com a beleza do texto (“estética”), através da escolha cuidadosa das palavras, dos sinais de pontuação, entre outros recursos expressivos que iremos estudar; - Utilizar a função Poética da linguagem. Essas características resultam num texto artístico, com linguagem marcadamente subjetiva. A maneira como essa subjetividade aparece no texto ajuda a compreender a intenção do autor. É o contrário de quando o Emissor só quer transmitir uma informação da forma mais simples e direta possível – quando a função predominante será a Referencial. Existe, portanto, uma diferença entre linguagem objetiva (Referencial) e subjetiva (Poética). OBSERVE: DENOTAÇÃO: ocorre quando a palavra se encontra no seu sentido original, o significado que se pode encontrar no dicionário. É uma linguagem objetiva. Exemplo: “Você fechou a porta quando entrou na sala?” CONOTAÇÃO: a palavra encontra-se em sentido figurado, deslocado de seu significado original. Sua compreensão dependerá, então, da interpretação do Destinatário, conferindo-lhe uma carga de subjetividade. Exemplo: “De repente ele fechou a cara e não disse nem mais uma palavra!” 1. Reescreve cada item abaixo, adequando-os à linguagem formam e denotativa. a) A menina, apesar da dieta, chutou o balde. _____________________________________________ b) A menina, ao saber da aprovação, chutou o balde. _____________________________________________ c) Você tem de meter isso na cabeça. _____________________________________________ d) Puxaram o tapete dele. _____________________________________________ e) Ih, viajou na maionese. _____________________________________________ f) Terminou a aula. Vou meter o pé. _____________________________________________ Texto 1 Eles no topo Mulheres empenhadas em provar que estão em pé de igualdade com os homens, se não um pouquinho à frente deles, tremei: uma pesquisa que acaba de ser divulgada na Inglaterra conclui que eles, além de mais fortes, mais teimosos e mais insensíveis, são mais inteligentes do que elas. A afirmação, de arrepiar corações politicamente corretos, tem por base o trabalho realizado por dois professores de psicologia, Paul Irwing e Richard Lynn, que analisaram 24000 testes de QI de estudantes universitários em vários países e 57 estudos a eles relacionados. Ao fim da investigação, cujos detalhes planejam publicar em novembro no BritshJournalofPsychology, Irwing e Lynn concluíram que o QI dos homens é, em média, 5 pontos mais alto que o das mulheres. Uma apreciação mais elaborada da pesquisa e seus resultados só será possível quando ela for publicada, dentro de alguns meses. Entre todos os peitos masculinos que se inflarão de orgulho perante as conclusões da pesquisa, deve-se destacar o do reitor de Harvard, Larry Summers, para quem as palavras de Irwing e Lynn soam praticamente como um desagravo. Em janeiro passado, num malfadado discurso com o qual pretendia combater a discriminação das mulheres na área acadêmica, Summers acabou dizendo, de forma convoluta, mas suficientemente clara para armar um escarcéu, que as mulheres não nasceram para as ciências exatas. “No caso específico da ciência e da engenharia, existem questões de aptidão inatas”, proclamou – e o céu caiu sobre sua cabeça. Agora os professores Irwing e Lynn vêm confirmar, com números e tabelas, que ciência exata é, mesmo, coisa de homem.Veja, edição 1920. 2. “A afirmação, de arrepiar corações politicamente corretos, ...” Com base no contexto, “A afirmação” deve ser entendida, noâmbito literal, como (A) explosiva a qualquer pessoa. (B) impactante às feministas. (C) frustrante às pessoas. (D) agradável às mulheres. (E) decepcionante à mulherada. 3. “A afirmação, de arrepiar corações politicamente corretos, tem por base...” A reescritura da passagem sublinhada que ALTERA significativamente o sentido original é: (A) capaz de arrepiar corações politicamente corretos (B) que é de arrepiar corações politicamente corretos (C) que pode arrepiar corações politicamente corretos (D) a qual pode arrepiar corações politicamente corretos (E) embora possa arrepiar corações politicamente corretos CAPÍTULO VII “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 62 4. Pode-se afirmar que até o sinal de “dois-pontos”, no primeiro período do texto, predomina a seguinte função de linguagem: (A) emotiva (B) conativa (C) referencial (D) metalinguística (E) poética 5.Observe: convoluta adjetivo 1 enrolado sobre si ou em volta de algo 1.1 Rubrica: morfologia botânica. em que a folha se enrola longitudinalmente formando um tubo (diz-se de prefoliação) Houaiss. O conteúdo do quadro acima exemplifica a seguinte função de linguagem: (A) emotiva (B) conativa (C) referencial (D) metalinguística (E) poética 6. Segundo o texto, o homem é superior à mulher em todos os “quesitos” abaixo, exceto: (A) força; (B) pertinácia; (C) vaidade; (D) insensibilidade; (E) inteligência. 7. “Entre todos os peitos masculinos que se inflarão de orgulho perante as conclusões...” A preposição destacada tem valor semântico de: (A) causa (B) consequência (C) efeito (D) condição (E) concessão A LINGUAGEM FIGURADA TEM VÁRIAS FORMAS – FIGURAS DE LINGUAGEM 1) Comparação: trata da aproximação entre dois seres por uma característica em comum. “... se te lembras bem da Capitu menina, hás de reconhecer que uma estava dentro da outra, como a fruta dentro da casca.” (Machado de Assis, “Dom Casmurro”) “A saudade bateu, foi que nem maré... Quando vem de repente, de tarde, Invade e transborda esse bem me quer... A saudade é que nem maré...” (Jorge Vercilo, “Que nem maré”) 2) Metáfora: é uma comparação implícita – as palavras que determinam a comparação são retiradas do texto, que se torna mais ágil e subjetivo. “Amar é um deserto e seus temores Vida que vai na sela dessas dores...” (Djavan, “Oceano”) “Eu sou a luz das estrelas Eu sou a cor do luar Eu sou a beira do abismo Eu sou o medo de amar.” (Raul Seixas / Paulo Coelho, “Gita”) 3) Metonímia: Ocorre quando há uma relação de contiguidade entre a palavra usada e o que se quer dizer (parte/todo, país/população, autor/obra, conteúdo/objeto que o contém). “Este período, lemos Charles Dickens.” (um livro escrito por ele) “O Brasil aplaude seus heróis do esporte a cada quatro anos." (a torcida brasileira) “É grande a quantidade de pessoas sem-teto noBrasil.” (sem teto = sem casa) “Comeu um prato enorme de arroz com feijão em dez minutos!” “Eu calço é 37 Meu pai me dá 36 Dói, mas no dia seguinte Aperto o meu pé outra vez” (Raul Seixas / Claudio Roberto, “Sapato 36”) 4) Catacrese: Ocorre quando uma metáfora se desgasta e um termo se transforma no nome de outro objeto, muitas vezes sem que nos demos conta disso. “Senti uma dor muscular na batata da perna.” “Preciso embarcar naquele avião!” “Wagner Moura tornou-se o grande astro do cinema brasileiro!” 5) Personificação / Prosopopeia: Consiste em atribuir características de ser vivo a um ser inanimado. “O tempo perguntou pro tempo: Quanto tempo o tempo tem? E o tempo respondeu pro tempo: O tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.” (Trava-língua) “O vento beija meus cabelos As ondas lambem minhas pernas O sol abraça o meu rosto Meu coração canta feliz” (Lulu Santos / Nelson Motta, “De repente, Califórnia”) 6) Hipérbole: é a figura do exagero. “Queria querer gritar setecentas mil vezes Como são lindos, como são lindos os burgueses...” (Caetano Veloso, “Podres poderes”) “Eu nunca mais vou respirar Se você não me notar Eu posso até morrer de fome Se você não me amar” (Cazuza / Ezequiel Neves / Leoni) 7) Sinestesia: é uma mistura de sensações. Em geral, juntam-se palavras ligadas a dois ou mais dos nossos cinco sentidos. “Ela trouxe um brilho suave e deixou um cheiro doce no ar.” CAPÍTULO VII “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 63 ATENÇÃO: Nem todas as figuras de linguagem constituem necessariamente uso de palavras em sentido conotativo, mas estão sempre ligadas a uma linguagem subjetiva, na intenção de obter algum efeito expressivo - em geral, de destacar ou esconder alguma informação. 8) Antítese: É o uso de dois termos antônimos próximos, com o fim de destacar a oposição. “Tristeza não tem fim / Felicidade, sim” (Vinicius de Moares / Tom Jobim, “A felicidade”) “Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá As aves que aquigorgeiam / Não gorgeiam como lá” (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”) 9) Paradoxo: é uma contradição, uma impossibilidade lógica. “Amor é fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se sente, É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer” (Luis Vaz de Camões) 10) Ironia: é dizer o oposto do que se pretende significar, muitas vezes tendo o humor como objetivo. Deste modo, está muito ligado à entonação, ao modo de falar ou de escrever. “– Tirei dez na prova de Português! – Grande novidade...” ou “Só pra variar...” 11) Eufemismo: é uma expressão que busca suavizar o uso de uma palavra considerada desagradável. “Ele partiu desta para uma melhor...”, ou seja, morreu. “Haverá uma adequação dos preços à nova realidade do mercado.”, isto é, tudo vai ficar mais caro. “O aluno foi convidado a se retirar da escola”. 12) Inversão / Hipérbato: é o uso de uma ordem sintática diferente daquela consagrada pela Gramática: Sujeito + Verbo + Objeto. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante” (Osório Duque Estrada, “Hino Nacional Brasileiro”) 13) Anacoluto: é o uso de uma palavra relacionada ao tema da frase, mas sem função sintática aparente – por isso, ela é sempre separada por vírgula. “Quem ama o feio, bonito lhe parece.” 14) Aliteração: é a repetição de um fonema ou grupo de fonemas consonantais. “Salve o querido pavilhão Das três cores que traduzem tradição” (Lamartine Babo, “Hino do Fluminense Football Club”) “O pato pateta Pintou o caneco...” (Vinicius de Moraes, “O pato”) 15) Assonância: é a repetição de um fonema ou grupo de fonemas vocálicos com objetivo expressivo. “Primeira vez que eu te vi Meu coração não fez clique Se ouvi ou vi, não vivi Seu clique, seu trique-trique" (ChristiaanOyens / Itamar Assumpção, “Vi, não vivi”) OBS: Toda rima é uma forma de assonância, porque trabalha com a repetição de sons no final de cada verso. Porém, costumamos dar este nome apenas aos casos mais intensos, como no exemplo acima. 16) Gradação: É o uso consecutivo de termos com valor semântico cada vez mais forte, de modo a intensificar aos poucos, gradualmente, a carga expressiva do texto. “Oh não aguardes, que a madura idade, Te convertaessa flor, essa beleza, Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.” (Gregório de Matos, “A Maria dos Povos”) 17) Polissíndeto: é a repetição de uma mesma conjunção, de modo a enfatizar a relação existente entre as orações (entre os verbos). “Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua.” (Olavo Bilac, “A um poeta”) 18) Anáfora (ou Repetição): é a repetição de uma palavra ou grupo de palavras, enfatizando sua importância para o texto. “A gente não quer só comida A gente quer comida, diversão e arte A gente não quer só comida A gente quer saída para qualquer parte A gente não quer só dinheiro, A gente quer dinheiro e felicidade A gente não quer só dinheiro A gente quer inteiro e não pela metade.” (Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto, “Comida”) CONCLUSÕES: Você não tem que decorar esta lista, muito menos se espera que você identifique todos esses nomes – alguns deles bem complicados! – de um dia para o outro. Por outro lado, será útil guardá-los para consulta no futuro. Com o tempo, você perceberá que tais termos farão parte da rotina das nossas aulas, e os mais importantes deles serão naturalmente lembrados quando for necessário. PARA NÃO ESQUECER: As figuras de linguagem geralmente andam em bando. Isto porque, uma vez que o autor abriu as portas da conotação, pretendendo escrever um texto original, as ideias se espalham naturalmente. (Neste pequeno parágrafo, por exemplo, são três exemplos, destacados em itálico.) CAPÍTULO VII “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 64 Texto 2 SONETO DE SEPARAÇÃO De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Vinícius de Moraes 8. "De repente do riso fez-se o pranto". Nessa passagem, levado em conta o sentido contrastante dos vocábulos destacados, pode-se afirmar que se explorou a seguinte figura: (A) eufemismo (B) metáfora (C) antítese (D) paradoxo (E) catacrese 9. FAAP "Silencioso e branco como a bruma". À repetição das mesmas consoantes em BRANCO e BRUMA em busca da sonoridade dá-se o nome: (A) assonância (B) aliteração (C) eco (D) trocadilho (E) pleonasmo 10.FAAP Note na primeira estrofe a repetição sistemática da conjunção "e", figura de linguagem a que chamamos: (A) silepse (B) anacoluto (C) polissíndeto (D) metonímia (E) elipse 11. FAAP O soneto se faz de antíteses, ou seja, da figura de linguagem que consiste em apresentar ideias em oposição. Assinale a alternativa em que isto não ocorre: (A) riso / pranto (B) bocas unidas / espuma (C) mãos espalmadas / espanto (D) branco / bruma (E) calma / vento 12. Levando-se em conta que o termo “bocas” expressa parte em lugar do todo, pode-se defender a presença da seguinte figura: (A) eufemismo (B) metáfora (C) antítese (D) paradoxo (E) metonímia Texto 3 SONETO DE FIDELIDADE De tudo, ao meu amor sereiatento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou sem contentamento E assim, quando mais tarde me procure, Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama mas que seja infinito enquanto dure Vinícius de Moraes 13. No verso 2, em termos de construção e estética, predomina a seguinte figura: (A) polissíndeto (B) aliteração (C) assonância (D) metáfora (E) antítese 14. Há pleonasmo estilístico no verso: (A) 1 (B) 3 (C) 7 (D) 8 (E) 9 15. Os pares de palavras abaixo são trabalhados antitecamente no texto, exceto: (A) “riso” / “pranto” (B) “pesar” / “contentamento” (C) “morte” / “vive” (D) “solidão” / “ama” (E) “amor” / “chama” 16. “Levando-se em consideração o sujeito semântico do segmento “posto que é chama”, pode-se dizer se explorou um(a) (A) metáfora (B) eufemismo (C) hipérbole (D) catacrese (E) paradoxo 17. No texto 3, há personificação do seguinte termo: (A) “canto” (B) “riso” (C) “ pranto” (D) “chama” (E) “morte” 18. O par de versos que mais ratifica a ideia contida no título do soneto é: (A) 11/12 (B) 3/4 (C) 5/6 (D) 7/8 (E) 9/10 CAPÍTULO VII “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 65 Texto 4 O direito de denunciar Zeca Borges não tem o que os franceses chamam de físico do papel. Parece um senhor bonachão, tomador de chope e bom de papo. Pode até ser tudo isso — mas, principalmente, é a personificação da melhor coisa que a sociedade civil fez até hoje neste país pelo combate ao crime. Ele é o criador e administrador do Disque- Denúncia, que deu ao cidadão uma arma eficiente de colaboração com a polícia. No caso particular dos sequestros, a Secretaria de Segurança do Estado do Rio tem aproveitado a ajuda com eficiência: as grandes quadrilhas especializadas em sequestros de gente graúda foram varridas do mapa. O sequestro é crime particularmente vulnerável à denúncia de cidadãos. Exige um cárcere, e isso tende a fazer com que o sequestrador se torne alvo de suspeitas. Ele é sempre um novo inquilino (não se conhecem casos de sequestradores que levem o trabalho para casa) com hábitos peculiares e pouco rotineiros. Expõe-se à desconfiança dos vizinhos, e daí à denúncia é um passo. Para que os cidadãos disquem para denunciar, é importante, claro, que saibam que sequestros andam acontecendo. O que ocorrerá se os meios de comunicação o informarem disso. No Rio, há muitos anos jornais e emissoras de rádio e TV decidiram não dar ouvidos a pedidos de sigilo feitos por famílias de vítimas por exigência de sequestradores. A experiência mostrou que isso não aumentava os riscos para os sequestrados, e sim criava um risco insuportável para os bandidos. E, literalmente, esse crime deixou de compensar. Infelizmente, isso é comprovado também pelo confronto com a atitude dos meios de comunicação de São Paulo, que não apenas atendem a todos os pedidos de sigilo sobre sequestros como dão pouca importância ao registro de crimes em geral. E lá, mesmo sem o problema das favelas enquistadas em todos os cantos da cidade, crimes como o sequestro estão em alta. Cada um publica o que acha relevante, e não estou aqui para ensinar o ofício a ninguém. Mas os órgãos de comunicação de lá, se gerenciados por pessoas inteligentes, certamente mudarão sua filosofia ante a divulgação de crimes. Luiz Garcia – O Globo. 19. Há um flagrante de linguagem figurada na seguinte passagem: (A) Parece um senhor bonachão, tomador de chope e bom de papo. (B) Ele é o criador e administrador do Disque- Denúncia,... (C) ... que deu ao cidadão uma arma eficiente de colaboração com a polícia. (D) No caso particular dos sequestros, a Secretaria de Segurança do Estado do Rio tem aproveitado a ajuda com eficiência:... (E) Exige um cárcere, e isso tende a fazer com que o sequestrador se torne alvo de suspeitas. 20. Em relação ao texto, assinale a alternativa em que o referente da palavra transcrita está incorretamente apontado. (A) “Ele” (l. 7) - Zeca Borges; (B) “Ele” (l. 17) - sequestrador; (C) “lá” (l. 36) - São Paulo; (D) “isso”(l. 28) - dar ouvidos a pedidos de sigilo; (E) “isso” (l. 32) - o crime de sequestro deixou de compensar. 21. De acordo com o que é dito nos dois parágrafos iniciais, pode-se afirmar que Zeca Borges: (A) é um senhor bonachão; (B) gosta de tomar chope e de papear; (C) personificou uma fantasia da sociedade civil; (D) criou e administra o Disque-Denúncia; (E) é um policial que merece respeito da população. 22. Ainda de acordo com o que é lido no texto, outra afirmativa que se pode fazer é que Zeca borges: (A) nada ajudou a segurança pública do Rio de Janeiro; (B) teve como modelo a polícia francesa; (C) criou o Disque-Denúncia, que inibiu, em certo aspecto, o número de sequestros no Rio de Janeiro. (D) provou que qualquer cidadão tem participação direta na prevenção dos crimes no Estado do Rio. (E) é solidário com a dor do povo, o qual, cada vez mais, está sem esperanças de dias melhores. 23. Leia com atenção: I. O Disque-Denúncia ajuda a polícia. II. O Disque-Denúncia ajuda a polícia no combate ao crime especializado. III. O Disque-Denúncia ajuda a polícia no combate ao crime. IV. O Disque-Denúncia ajuda a polícia no combate ao crime especializado em sequestros de pessoas importantes. V. O Disque-Denúncia ajuda a polícia no combate ao crime especializado em sequestros de pessoas. Observe que, reorganizando as frases segundo uma gradação da mais específica para a mais genérica, o resultado terá a seguinte ordem: (A) I, II, III, IV e V. (B) I, III, IV, V e II. (C) IV, I, V, II e III. (D) IV, V, II, III e I. (E) III, I, II, V e IV 23. Não está de acordo com as informações do texto: (A) O Disque-Denúncia tem colaborado com a polícia. (B) As quadrilhas especializadas em crimes foram eliminadas do Rio de Janeiro. (C) O Disque-Denúncia por si só não é suficiente para o combate ao sequestro. 5 10 15 20 25 30 35 40 CAPÍTULO VII “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 66 (D) No Rio de Janeiro, os meios de comunicação também têm sua participação positiva no combate a sequestros. (E) Em São Paulo, os meios de comunicação têm posturas diferentes de algumas adotadas no Rio de Janeiro. 24. Identifique a inferência não autorizada: (A) No Rio, o número de sequestros já foi maior. /Infere-se que, no Rio, o número de sequestros continua expressivo. (B) O sequestro de pessoas ricas deixou de compensar no Rio de Janeiro. / Infere-se que o sequestro de pessoas ricas já compensou no Rio de Janeiro. (C) Zeca Borges passou a trabalhar recentemente para a polícia. / Infere-se que Zeca Borges não trabalhava, até recentemente, para a polícia. (D) A polícia do Rio não é a que mais mata no país. / Infere-se que a polícia de São Paulo é a que mais mata no país. (E) Não é só no estado do Rio que a polícia é violenta. / Infere-se que, noutro(s) ponto(s) do país, a polícia também é violenta. 25. Em cada alternativa abaixo há uma passagem transcrita do texto. Assinale o pressuposto sem respaldo no texto. (A) “...: as grandes quadrilhas especializadas em sequestros de gente graúda foram varridas do mapa.” (l. 11-13) Antes de vigorar o Disque-Denúncia, houve sequestros de “gente graúda” no Rio de Janeiro. (B) “No Rio, há muitos anos jornais e emissoras de rádio e TV decidiram não dar ouvidos a pedidosde sigilo...” (l. 24-26) Antes da referida decisão, por muitos anos emissoras de rádio e TV atendiam aos pedidos de sigilo feitos por famílias de sequestrados. (C) “A experiência mostrou que isso não aumentava os riscos para os sequestrados, e sim criava um risco insuportável para os bandidos.” (l. 28-30) Antes, os sequestradores corriam menos riscos de serem capturados. (D) “E, literalmente, esse crime deixou de compensar.” (l. 30-31) Antes, o crime de sequestro compensava. (E) “Infelizmente, isso é comprovado também pelo confronto com a atitude dos meios de comunicação de São Paulo,...” (l. 32-34) Há pelo menos outra forma de comprovar que o crime de sequestro deixou de compensar no Rio de Janeiro. 26. Em cada alternativa abaixo há uma afirmação e um pressuposto por ela autorizado, exceto: (A) O Disque-Denúncia ainda ajuda a polícia. / Pressuposto: o Disque-Denúncia já ajudou a polícia. (B) Mais um caso de sequestro foi solucionado pelo Disque-Denúncia. / Pressuposto: Crimes de várias ordens já foram solucionados pelo Disque-Denúncia. (C) O Disque-Denúncia ainda não conseguiu solucionar o problema relacionado ao tráfico de drogas. / Pressuposto: O Disque-Denúncia vem tentando solucionar o problema relacionado ao tráfico de drogas. (D) O Disque-Denúncia já não ajuda tanto no combate ao crime. / Pressuposto: O Disque-Denúncia já ajudou mais no combate ao crime. (E) O Disque-Denúncia quer tornar mais ativa sua participação no combate à violência. / Pressuposto: O Disque-Denúncia tem ativa participação no combate à violência. GABARITO 1. 2. B 3. E 4. B 5. D 6. C 7. A 8. C 9. B 10. C 11. D 12. E 13. A 14. C 15. E 16. A 17. E 18. B 19. 20. D 21. D 22. C 23. D 24. D 25. B 26. B “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 67 FRENTE III REDAÇÃO “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 68 CAPÍTULO 0 “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 69 CAPÍTULO 0 – APRESENTAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DE REDAÇÃO DOS CONCURSOS • AFA I EXPRESSÃO Pontuação, ortografia, caligrafia, vocabulário, acentuação gráfica e morfossintaxe 0,2000 por cada erro cometido relacionado a cada um dos aspectos avaliados II ESTRUTURA Paragrafação 0,5000 por cada erro cometido III CONTEÚDO Título pertinente ao tema proposto até 1,0000 Pertinência ao tema proposto até 1,5000 em relação a cada um dos itens referentes ao Conteúdo Argumentação coerente até 1,5000 Informatividade até 1,5000 O erro ortográfico idêntico será computado apenas uma vez. Será atribuído o grau 0 (zero) à redação: a) fora da tipologia textual ou do tema proposto; b) que não estiver em prosa; c) com número inferior a 100 (cem) palavras (consideram- se palavras todas aquelas pertencentes às classes gramaticais da Língua Portuguesa); d) com marcas que permitam a identificação do autor; e) escrita de forma ilegível ou cuja grafia impeça a compreensão do sentido global do texto; f) escrita em outro idioma, que não seja o Português; g) escrita a lápis (total ou parcialmente) ou com caneta que não seja de tinta preta ou azul; e h) cujos descontos (por erros) somem valores superiores ao grau 10,0000 (dez). • Escola Naval / EFOMM A Redação terá como propósito verificar a capacidade de expressão escrita do candidato na língua portuguesa. A Redação deverá ser escrita em letra cursiva, com ideias claras, coerentes e objetivas, cujo tema versará sobre assunto considerado de importância pela Administração Naval e será realizada no mesmo dia programado para a prova de Português e Inglês. Não poderá ser escrita em letra de imprensa e deverá ter no mínimo 20 (vinte) linhas contínuas, considerando o recuo dos parágrafos, e no máximo 30 (trinta) linhas. Não poderá conter qualquer marca identificadora ou assinatura, o que implicará na atribuição de nota zero à mesma. Serão descontados 5 (cinco) pontos por cada linha não preenchida ou preenchida em excesso, em relação ao número mínimo e máximo de linhas determinado. As Redações receberão duas notas, atribuídas por 2 (dois) Membros da Banca, valendo como nota da prova a média aritmética dessas duas notas. Caso as notas atribuídas a uma mesma redação apresentem uma diferença de pontuação maior que 20 (vinte) pontos, esta será submetida à apreciação do Presidente da Banca ou Membro mais experiente presente, para validação, que, caso necessário, atribuirá uma terceira nota, considerando-a então como final. Aspectos a serem considerados na correção da redação: a) Estrutura e conteúdo - 50 (cinquenta) pontos, sendo: I) Coesão e coerência - até 30 (trinta) pontos; e II) Título e assunto - até 20 (vinte) pontos. b) Expressão - até 50 (cinquenta) pontos. • EsPCEx A prova de Redação terá apenas caráter eliminatório, não sendo seu grau computado no cálculo da Nota do Exame Intelectual para a classificação dos candidatos. Será atribuído o conceito “apto” a todos os candidatos que obtiverem grau igual ou superior a 50,000 (cinquenta zero zero); e o conceito “inapto” àqueles que obtiverem grau inferior a 50,000 (cinquenta zero zero). Além da restrição expressa no item anterior, será atribuído o grau 0,0 (zero vírgula zero) na prova de Redação ao candidato que apresentar o seu texto: 1) com fuga total ao tema proposto; 2) com modalidade textual diferente da pedida; 3) ilegível, isto é, que não pode ser lido; 4) com linguagem e/ou texto incompreensível, isto é, o vocabulário não pode ser compreendido; 5) em forma de poema ou outra que não em prosa; 6) menos de 17 (dezessete) ou mais do que 38 (trinta e oito) linhas; e 7) não utilização de caneta esferográfica de tinta azul ou preta. TABELA PARA CORREÇÃO DA REDAÇÃO I - TEMA (Valor – 40,0 pontos) É a colocação do título; a correta interpretação do tema central; capacidade de reflexão; o não tangenciamento, desvio ou fuga parcial do tema; a estrutura dissertativa, com introdução, desenvolvimento e conclusão, em que não haja características de relato puro, pela incidência recorrente ou pela predominância de verbos no pretérito. Na introdução, a apresentação do assunto geral, o direcionamento ou delimitação do tema e o posicionamento do aluno, ou objetivo do trabalho; no desenvolvimento, a abordagem do tema, a apresentação de no mínimo duas ideias-força, o aprofundamento necessário para alicerçar cada uma delas, a clara intenção persuasiva, o grau de conhecimento, maturidade e capacidade de abstração mental; na conclusão, a retomada do tema, a ratificação do objetivo do trabalho e o fecho. CAPÍTULO 0 “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 70 II- LINGUAGEM (P1) Adequação Vocabular (coerência, coesão textual, clareza, estruturação frasal, períodos gramaticalmente íntegros, impessoais, sem prolixidade, não utilização de pronome de tratamento "você", não utilização de texto apelativo, verbos no imperativo, aconselhamentos; utilização da norma culta da Língua, sem repetição viciosa, sem marcas de oralidade e/ou gírias, não utilização de clichês).(P2) Apresentação (sem rasuras, letra padrão da Língua, marginação, capricho). III - GRAMÁTICA (P3) Fiel cumprimento das regras, de acordo com a norma culta. OBSERVAÇÕES RELATIVAS AOS ITENS “b” LINGUAGEM E “c” GRAMÁTICA: - a penalização será de 3,0 (três) pontos por erro; - a penalização máxima atribuída à soma dos erros será de 70,0 (setenta) pontos; - as penalizações serão assinaladas por linha, sendo que os erros no título serão assinalados na linha “0” (zero); - erros de Gramática que infrinjam a mesma regra gramatical, em situações idênticas, serão penalizados apenas uma vez. IV- QUANTIDADE DE LINHAS (P4) PENALIZAÇÃO EM FUNÇÃO DA QUANTIDADE DE LINHAS A redação deverá conter entre 25 e 30 linhas, inclusive, para não ser penalizada. A Redação que apresentar um número de linhas inferior a 17 e superior a 38 receberá a nota 0,0 (zero vírgula zero). • EsSA Na correção da prova dissertativa (redação), serão considerados os seguintes aspectos: a) interpretação, reflexão, não tangenciamento, desvio ou fuga parcial do tema; b) estrutura dissertativa com introdução, desenvolvimento e conclusão, sem características de texto de relato (recorrência ou predominância de verbos no pretérito); c) utilização da norma culta da língua; d) construção de períodos gramaticalmente íntegros, coesos, coerentes e claros; e e) estética do texto (título, caligrafia, margens e limpeza) • IME Dissertação sobre tema a ser proposto da atualidade, utilizando discurso dissertativo. Serão observados na correção os seguintes aspectos: sintaxe, ortografia, precisão, concisão e conteúdo. • ITA A avaliação da redação do vestibular do ITA obedece a quatro critérios, que, somados, totalizam 10,0 pontos, conforme explanação a seguir: 1) Tema – nota mínima zero e máxima 3,0 pontos Neste item, é avaliada a capacidade do candidato de ler os textos verbais e não verbais (as imagens) da proposta de redação e extrair daí o tema, atendendo ao que é pedido na prova. O candidato deve ler com atenção as instruções para a escrita da redação. São considerados aspectos negativos na avaliação da redação textos que tratam apenas do tema da proposta da redação ou textos que trazem paráfrases ou cópia total ou parcial dos textos apresentados. 2) Tipo de texto – nota mínima zero e máxima 3,0 pontos Neste item, é avaliada a capacidade do candidato de escrever um texto dissertativo/argumentativo e sustentar um ponto de vista sobre o tema, baseando-se em argumentos consistentes. É avaliada a capacidade do candidato de escolher e relacionar as informações sobre o tema e sua posição crítica diante dele. São aspectos negativos na avaliação da redação a ausência de um ponto de vista, a circularidade de ideias, a falta de progressão temática, a quebra da linha argumentativa, como também conclusão que não apresenta conexão com o exposto no texto ou mesmo a falta de conclusão. 3) Coesão e coerência – nota mínima zero e máxima 2,0 pontos Em coesão e coerência, é avaliada a capacidade do candidato de articular os argumentos, construir um texto coerente e informativo e de usar com propriedade os mecanismos de coesão textual (conjunções, pronomes, tempos verbais, etc.). É avaliada a capacidade de organização do texto em frases e parágrafos. São aspectos negativos as contradições entre frases de um mesmo parágrafo ou entre parágrafos, o uso inadequado de palavras e expressões e parágrafos que, embora tratem do mesmo tema, não são articulados entre si. 4) Modalidade (conformidade com a norma padrão) – nota mínima zero e máxima 2,0 pontos Neste item, é avaliada a capacidade do candidato de expor com clareza e precisão suas ideias e de escrever segundo a norma padrão da Língua Portuguesa, seguindo as prescrições das gramáticas normativas referentes à ortografia, morfologia, sintaxe, pontuação etc. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 71 CAPÍTULO I - COMPREENSÃO DA PROPOSTA DE REDAÇÃO Um dos grandes desafios do estudante é a devida compreensão do tema, assim como sua interpretação. Para tal, é necessário compreender as palavras do tema e ampliar seu sentido para melhor compreensão da sua extensão. Alguns conceitos são importantes para evitar problemas. • Assunto: massa geral de conhecimento, normalmente resumível a uma ou duas palavras. Ex.: violência, política, cultura. • Tema: recorte do assunto, mas específica, apresentável por meio de frase, nominal ou não. Ex.: redução da maioridade penal, violência contra a mulher, censura nos meios de comunicação. • Título: nome que se dá ao texto. É um resumo, uma apresentação do texto. Confira os temas que já cobrados nos principais concursos militares: AFA • 2020 – Palavra do ano de 2019 • 2019 - A violência em nossa sociedade, sob suas diversas manifestações, como, por exemplo, nas relações interpessoais e na cultura. • 2018 - Os efeitos negativos do uso indiscriminado da internet. • 2017 – Viver com qualidade de vida. • 2016 - A realidade da vida nas favelas e a maneira como são apresentadas atualmente para o mundo. • 2015 - Aumento do número de mulheres no mercado de trabalho. • 2014 - O combate aos preconceitos na atualidade. EsPCEx • 2019 - A sustentabilidade e a imagem das empresas junto aos consumidores • 2018 - O saneamento básico como direito fundamental para o desenvolvimento da cidadania. • 2017 - A reintegração social do preso no Brasil. • 2016 - O direito do cidadão à privacidade . • 2015 - Os transportes públicos no Brasil. • 2014 - Lixões urbanos: uma questão socioambiental. EsSA • 2020 - Empatia • 2019 - A ambição, legado da condição humana, é impulsão para o desenvolvimento ou apenas miséria da humanidade. • 2018 - Desafios da doação de órgãos no Brasil. • 2017 - O que deve ser feito para reduzir a violência na sociedade brasileira, discutindo o cometimento de crimes por menores e a redução da maioridade penal. • 2016 - Selfie e redes sociais, práticas perversas e uso consciente. • 2015 – Obesidade. IME • 2020 - A relação entre informação e liberdade de escolha. • 2019 - As contribuições da arte para uma percepção da realidade que vá além das aparências. • 2018 - A ação como prática fundadora das sociedades. • 2017 - A insatisfação quase perene que conduz a história da humanidade. • 2016 - As repercussões de nossas escolhas frente ao mundo • 2015 - O medo como um aliado • 2014 – A necessidade de se perceber a interconexão entre os diversos campos do conhecimento a fim de se atingir o pleno desenvolvimento de nossas capacidades. Problematize os temas abaixo: 1) Mobilidade urbana ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 2) Vacinação no Brasil ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 3) Liberdade de expressão ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 4) Obesidade e seus impactos na sociedade ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 72 5) Papéis sociais do homem e da mulher ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 6) Uso indiscriminado da internet ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 7) Lixo, problema socioambiental ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 8) Valorização do idoso ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 9) Empreendedorismo ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 10) Trabalho infantil ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 11) Educação no Brasil ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 12) Excessos da vaidade ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 13) Tecnologia e infância ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 14) Violência nas escolas ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 15) Importância da arte ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 73 CAPÍTULO II – ESTRUTURA DISSERTATIVA Dissertar significa falar sobre algo. Em redação de concursos, tem sido cobrada a estrutura dissertativa- argumentativa, em que o autor do texto se posiciona diante de um tema, expondo sua tese (opinião) para fundamentá-la no desenvolvimento. Abaixo, segue um esquema para redações entre 20 e 30 linhas: ESTRUTURA FÍSICA DO TEXTO O conhecimento e nossa capacidade de articular as mais diversas áreas do saber é uma das facetas que nos diferencia de outras espécies no mundo. Algumas maneiras de conhecer, no entanto, são vistas, em determinados ambientes, como se fossem de segunda ordem, as artes dentre elas. A partir das reflexões suscitadas pelos textos desta prova, discorra em texto argumentativo-dissertativo sobre a necessidade de se perceber a interconexão entre os diversos campos do conhecimento a fim de se atingir o pleno desenvolvimento de nossas capacidades. Instruções: 1. Não copie trechos dos textos desta prova. 2. Redija seu texto em prosa, de acordo com a norma culta escrita da língua portuguesa. 3. Redija um texto de 25 (mínimo) a 35 linhas (máximo). 4. Atribua um título a seu texto. 5. Seu texto definitivo deverá ser escrito a tinta azul ou preta. Não serão considerados textos escritos a lápis para fins de correção. PROVA DE REDAÇÃO Com base nos textos da prova de Língua Portuguesa, bem como no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, sobre o seguinte tema: A violência em nossa sociedade, sob suas diversas manifestações, como, por exemplo, nas relações interpessoais e na cultura. Orientações • .Considere os textos da prova de Língua Portuguesa como motivadores e fonte de dados. Não os copie, sob pena de ter a redação zerada. • .A redação deverá conter no mínimo 100 (cem) palavras, considerando-se palavras todas aquelas pertencentes às classes gramaticais da Língua Portuguesa. • .Recomenda-se que a redação seja escrita em letra cursiva legível. Caso seja utilizada de forma (caixa alta), as letras maiúsculas deverão receber o devido realce. • .Utilize caneta de tinta preta ou azul. • .Dê um título a sua redação. Acima, temos as “linhas de comando”, parte da prova em que se expressa o que não pode faltar na redação; caso não haja obediência à linha de comando, o candidato poderá perder pontos por descumpri-la. Observe que a modalidade discursiva já é indicada no enunciado: o candidato deverá redigir um texto dissertativo-argumentativo. Isso significa que deverá expor suas ideias acerca de um tema e apresentar argumentos e fatos que sustentem sua tese. Antes de escrever, o candidato deve tentar compreender o tema proposto. Faça perguntas relacionadas ao assunto. O enunciado indica que o candidato deve usar os “conhecimentos construídos ao longo de sua formação”: o que foi aprendido na escola e fora dela! Pergunte-se: “O que eu sei sobre isso?”, “O que eu já li ou ouvi a respeito?”, “Qual é a minha opinião?”. Pense no problema relacionado a esse tema. Identifique as causas, as consequências e as possíveis soluções. Suponhamos uma redação cujo tema é “Lei Seca”: a elaboração pode induzir o candidato a falar sobre as consequências da lei.A redação do candidato, no entanto, não pode se limitar a expor apenas esses dados. Podemos pensar: O que é a Lei Seca? Quais as causas de sua elaboração? Qual foi o impacto social de sua implementação? O que acontece se o motorista for pego alcoolizado em uma blitz? Haveria outras soluções para reduzir o índice de acidentes no trânsito? Uma das dificuldades dos candidatos é organizar o texto de modo a apresentar a argumentação com eficácia no limite estipulado pela prova – 30 linhas. Tradicionalmente, costuma-se dividir o texto dissertativo em três grandes blocos, um modelo que não deve ser compreendido como “uma receita de bolo”, mas, sim, como “um mero recurso didático que visa a nortear o redator sobre a estrutura básica do texto”. CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 74 Elabore teses para os temas abaixo: 1) Analfabetismo funcional no Brasil ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 2) Sociedade de consumo ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 3) Depressão entre jovens ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 4) Bullying ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 5) Novos conceitos de família no Brasil ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 6) Voto obrigatório no Brasil ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 7) Reforma da previdência ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 8) Mercado de trabalho para os jovens ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 9) Uso de tecnologias na educação ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- 10) Intolerância religiosa ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------- CAPÍTULO III “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 75 CAPÍTULO III – A INTRODUÇÃO Neste parágrafo, o candidato deve, obrigatoriamente, apresentar o tema da redação e a sua tese, ou seja, seu posicionamento acerca do tema. Ainda é possível apresentar os argumentos que serão desenvolvidos ao longo do texto, mas não é determinante. A seguir, seguem algumas formas de se iniciar uma introdução, de acordo com o professor Antonio Carlos Viana. 1. Uma declaração (tema: liberação da maconha) É um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. A declaração é a forma mais comum de começar um texto. Procure fazer uma declaração forte, capaz de surpreender o leitor. 2. Definição (tema: o mito) O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo, isto é, de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. É um modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou mesmo a construção cultural, mas que dão, também, as formas da ação humana. A definição é uma forma simples e muito usada em parágrafos-chave, sobretudo em textos dissertativos. Pode ocupar só a primeira frase ou todo o primeiro parágrafo. 3. Uma pergunta (tema: a saúde no Brasil) Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os contribuintes já estão cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece não ter fim. A cada ano, somos lesados por novos impostos para alimentar um sistema que só parece piorar. A pergunta não é respondida de imediato. Ela serve para despertar a atenção do leitor para o tema e será respondida ao longo da argumentação. 4. Comparação (tema: reforma agrária) O tema da reforma agrária está presente há bastante tempo nas discussões sobre os problemas mais graves que afetam o Brasil. Numa comparação entre o movimento pela abolição da escravidão no Brasil, no final do século passado e, atualmente, o movimento pela reforma agrária, podemos perceber algumas semelhanças. Como na época da abolição da escravidão existiam elementos favoráveis e contrários a ela, também hoje há os que são a favor e os que são contra a implantação da reforma agrária. Para introduzir o tema da reforma agrária, o autor comparou a sociedade de hoje com a do final do século XIX, mostrando a semelhança de comportamento entre elas. 5. Oposição (tema: a educação no Brasil) De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo. De outro, gastos excessivos com computadores, antenas parabólicas, aparelhos de videocassete. É esse o paradoxo que vive hoje a educação no Brasil. As duas primeiras frases criam uma oposição (de um lado / de outro) que estabelecerá o rumo da argumentação. 6. Alusão histórica (tema: globalização) Após a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-oeste, e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de competição. O conhecimento dos principais fatos históricos ajuda a iniciar um texto. O leitor é situado no tempo e pode ter uma melhor dimensão do problema. 7. Uma frase nominal seguida de explicação (tema: a educação no Brasil) Uma tragédia. Essaé a conclusão das últimas pesquisas acerca da educação no Brasil. A palavra tragédia é explicada logo depois, retomada por essa é a conclusão. 8. Adjetivação (tema: a educação no Brasil) Equivocada e pouco racional. Esta é a verdadeira adjetivação para a política educacional do governo. A adjetivação inicial será a base para desenvolver o tema. O autor dirá, nos parágrafos seguintes, por que acha a política educacional do governo equivocada e pouco racional. CAPÍTULO III “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 76 9. Citação (tema: política demográfica) "As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não chorarem mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem embora". A citação do fotógrafo Sebastião Salgado nos apresenta um triste cenário acerca da miséria no mundo. A citação inicial facilita a continuidade do texto, pois ela é retomada pela palavra comentário da segunda frase. 10. Citação de forma indireta (tema: consumismo) Para Marx a religião é o ópio do povo Raymond Aron deu o troco: o marxismo é o ópio dos intelectuais. Mas nos Estados Unidos o ópio do povo é mesmo ir às compras. Como as modas americanas são contagiosas, é bom ver de que se trata. Esse recurso deve ser usado quando não sabemos textualmente a citação. É melhor citar de forma indireta que de forma errada 11. Retomada de um provérbio (tema: mídia e tecnologia) O corriqueiro adágio de que o pior cego é o que não quer ver se aplica com perfeição na análise sobre o atual estágio da mídia: desconhecer ou tentar ignorar os incríveis avanços tecnológicos de nossos dias, e supor que eles não terão reflexos profundos no futuro dos jornais é simplesmente impossível. Sempre que você usar esse recurso, não escreva o provérbio simplesmente. Faça um comentário sobre ele para quebrar a ideia de lugar-comum que todos eles trazem. No exemplo acima, o autor diz "o corriqueiro adágio" e assim demonstra que está consciente de que está partindo de algo por demais conhecido. 12. Ilustração (tema: aborto) O Jornal do Comércio, de Manaus, publicou um anúncio em que uma jovem de dezoito anos, já mãe de duas filhas, dizia estar grávida mas não queria a criança. Ela a entregaria a quem se dispusesse a pagar sua ligação de trompas. Preferia dar o filho a ter que fazer um aborto. O tema é tabu no Brasil. Você pode começar narrando uma fato para ilustrar o tema. Veja que a coesão do parágrafo seguinte se faz de forma fácil; a palavra tema retoma a questão que vai ser discutida. 13. Uma sequência de frases nominais (frases sem verbo) (tema: a impunidade no Brasil) Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clínica do Rio. Meia centena de mortes numa clínica de hemodiálise em Caruaru. Chacina de sem- terra em Eldorado dos Carajás. Muitos meses já se passaram e esses fatos continuam impunes. O que se deve observar nesse tipo de introdução são os paralelismos que dão equilíbrio às diversas frases nominais. A estrutura de cada frase deve ser semelhante. 14. Alusão a um romance, um conto, um poema, um filme (tema: a intolerância) Quem assistiu ao filme A rainha Margot, com a deslumbrante Isabelle Adjani, ainda deve ter os fatos vivos na memória. Na madrugada de 24 de agosto de 1572, as tropas do rei de França, sob ordens de Catarina de Médicis, a rainha-mãe e verdadeira governante, desencadearam uma das mais tenebrosas carnificinas da História.Desse horror a História do Brasil está praticamente livre. O resumo do filme A rainha Margot serve de introdução para desenvolver o tema da intolerância religiosa. A coesão com o segundo parágrafo dá-se através da palavra horror, que sintetiza o enredo do filme contado no parágrafo inicial. CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 77 CAPÍTULO IV – COESÃO TEXTUAL “A coesão é a forma como os elementos linguísticos presentes na superfície textual se interligam, se interconectam, por meio de recursos também linguísticos, de modo a formar um tecido (tessitura), uma unidade de nível superior à da frase, que dela difere qualitativamente.” (Ingedore Koch) A conexão entre partes do texto pode acontecer de duas grandes formas: • por remissão a referentes do texto ou ancorados no texto, (coesão referencial); • por sequenciação (coesão sequencial). A coesão referencial é responsável por criar um sistema de relações entre as palavras e expressões dentro de um texto, permitindo que o leitor identifique os termos aos quais se referem. O termo que indica a entidade ou situação a que o falante se refere é chamado de referente. Ana Elisabete gritou. Ela fica apavorada quando fica sozinha, apesar de ser uma menina calma e inteligente. Nesse exemplo, o termo referente é Ana Elisabete. Todas as vezes que o referente precisa ser retomado no texto, podemos utilizar outras palavras para que os leitores possam retornar e recuperar a ideia. É bastante frequente o uso de figuras de construção/sintaxe para a coesão referencial, como as anáforas, catáforas, elipses e as correferências não anafóricas (contiguidades, reiterações). A forma referencial com função coesiva pode remeter a um referente que lhe é anterior (anáfora), ou a um referente que lhe é subsequente (catáfora). Designa-se ANÁFORA (não confundir com a figura de linguagem de mesmo nome) o termo ou expressão que, em um texto ou discurso, faz referência direta ou indireta a um termo anterior. O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente. João está doente. Vi-o na semana passada. (pronome “o” retoma o termo “João”.) Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa. (o termo “o animal” faz referência ao termo antecedente “o cão”) O cantor que ganhou o prêmio não compareceu. (o pronome “que” se refere ao termo “cantor”.) A sala de aula está degradada. As carteiras estão todas riscadas. (O termo “as carteiras” é compreendido mediante a compreensão do termo anterior “sala de aula”) Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério. (o pronome “essa” faz referência à beleza de Maria, ideia que se encontra implícita no enunciado anterior.) Por sua vez, os pronomes catafóricos são aqueles que fazem referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para compreender um termo catafórico é necessário interpretar o termo ao qual faz referência. A irmã olhou-o e disse: - João, estás com um ar cansado. (O pronome “o” faz referência ao termo subsequente “João”, de modo que só se pode compreender a quem o pronome se refere quando se chega ao termo de referência.) Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e José. (Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente seguintes “João, Maria e José”.) Dêitico –(exofórica) se refere a algo fora do texto. Responsável por localizar algo no tempo ou no espaço. Exemplo: Ali será amarelo. (faz referência a algo externo, que não está no texto) “ELE foi aprovado no concurso da Receita Federal”. (ELE QUEM?); -“LÁ estava muito frio” (LÁ? QUE LUGAR É ESSE?); -“ALI há alguns pés de manga”. (ALI? QUE LUGAR É ESSE?). Simplificando: Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior. Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo posterior. Dêitica – localiza alguma coisa no espaço/tempo; Hiperônimos Do grego hyperonymon (hyper = acima, sobre/ onymon = nome), são palavras de sentido genérico, ou seja, palavras cujos significados são mais abrangentes do que os hipônimos.Fazendo uma comparação com a Biologia, podemos dizer que os hiperônimos seriam os gêneros, isto é, palavras que apresentam características comuns. Observe os exemplos: Animal é hiperônimo de cachorro e cavalo. Legume é hiperônimo de batata e cenoura. Galáxia é hiperônimo de estrelas e planetas. Ferramenta é hiperônimo de chave de fenda e alicate. Doença é hiperônimo de catapora e bronquite. Hipônimos Do grego hyponymon (hypo = debaixo, inferior/ onymon = nome), são palavras de sentido específico, ou seja, palavras cujos significados são hierarquicamente mais específicos do que de outras. Fazendo novamente uma comparação com a Biologia e seus termos, os hipônimos seriam as espécies, isto é, palavras que estão ligadas por meio de características próprias. Vejamos alguns exemplos que certamente irão te ajudar a compreender um pouco melhor essa questão: Maçã e morango são hipônimos de fruta. Vermelho e verde são hipônimos de cor. Brócolis e couve-flor são hipônimos de verdura. CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 78 Flores e árvores são hipônimos de flora. Gripe e pneumonia são hipônimos de doença. Texto para análise 1 Arthur Antunes Coimbra (1) é o maior nome da história do Flamengo. Desde a infância passada no subúrbio carioca, o jovem Zico (2) já se revelava um talento incomum para o futebol. Só havia um problema: o Galinho de Quintino (3) era um tanto franzino para um esporte que cada vez mais exigia preparo físico. A saída foi submetê-lo (4) a uma intensa bateria de exercícios que o (4) tornaram um jogador completo, corpo e mente integrados. Daí, para que ele (4) se tornasse o grande ídolo que todos conhecemos, foi apenas um passo. Por mais de uma década, o craque (5) colecionou títulos e alegrias para o seu (4) clube. Sua(4) única frustração, no entanto, foi nunca ter sido campeão do mundo pela seleção brasileira. Mesmo assim, as glórias conquistadas pelo campeão do mundo de 1981 (6) superaram de longe as decepções. Zico(7) ainda atuou como jogador pela Udinese, da Itália, e pelo Kashima Antlers, do Japão. Como técnico, (8) coordenou a seleção japonesa, o Fenerbahçe, da Turquia, e, atualmente, (8) comanda o CSKA de Moscou. Voltando-nos apenas às referências feitas a Zico, no texto, podemos apontar: Uso de nome completo; (2) Apelido; (3) Epíteto, isto é, um substantivo, adjetivo ou expressão que qualifica dado nome; (4) Pronomes; (5) Hiperônimo (termo que tem o significado mais genérico); (6) Dado cultural; (7) Repetição; (8) Elipse. Texto para análise 2 CARNAVAL 2014 ‘Cãocurso’ elege pets mais bem fantasiados. Eles eram pequenos, grandes ou enormes. Alguns corriam animados, outros –mais tímidos –deitavam no chão. Todos eram cães de raça e estavam fantasiados para desfilar em um... shopping. (Folha de S.Paulo, 2014) No texto, os pronomes “eles” (pessoal do caso reto), “alguns” e “outros” (pronomes indefinidos) remetem ao referente que vem depois deles: “cães de raça”. Trata-se de um procedimento catafórico cujo efeito de sentido é despertar a curiosidade do leitor e assim prender-lhe a atenção, visto que o referente só é anunciado mais adiante. Seguem alguns exemplos de recursos de coesão: 1. Perífrase ou antonomásia - expressão que caracteriza o lugar, a coisa ou a pessoa a que se faz referência Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade e carnaval. 2. Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: um verbo retomar um substantivo já enunciado. Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não foi aceita pelo juiz responsável pelo caso. / O testemunho do rapaz desencadeou uma ação conjunta dos moradores para testemunhar contra o réu. 3. Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda que se considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem a não repetição de palavras. Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um lugar de destaque no evento. 4. Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas vezes há a necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela representar a temática central a ser abordada. Deve-se evitar ao máximo esse tipo de procedimento ou, ao menos, afastar as duas ocorrências o mais possível, embora esse seja um dos vários recursos para garantir a coesão textual. Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno. São vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido uma preocupação constante dos governantes mundiais. 5. Um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz uma espécie de resumo de vários outros termos precedentes, como uma retomada. Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois de tudo isso, ainda falta a emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil. 6. Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Para o emprego adequado, convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes. Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá- las sem a devida orientação. / A instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de funcionamento. / A mãe amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto à outra. 7. Numerais - as expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam dados anteriores numa relação de coesão. Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia à administração do colégio. / As crianças comemoravam juntas a vitória do time do bairro, mas duas lamentavam não terem sido aceitas no time campeão. 8. Advérbios pronominais (classificação de Rocha Lima e outros) - expressões adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí servem como referência espacial para personagens e leitor. Ex.: Querido primo, como vão as coisas na sua terra - Aí todos vão bem - / Ele não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas horas admirando as belezas do Rio. 9. Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de um termo ou expressão que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas referências do contexto. CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 79 Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a assembleia com os acionistas. 10. Repetição de parte do nome próprio - Machado de Assis revelou-se como um dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado garante a diversidade temática e a oferta de variados títulos. 11. Metonímia - outra figura de linguagem que é bastante usada como elo coesivo, por substituir uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contiguidade semântica. Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa deste mês. 1) Identifique como a sinonímia foi utilizada como estratégia de coesão no texto abaixo: CPI dominou as conversas nas ruas e nos bares Foi impossível evitar. A leitura do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito do caso PC se tornou assunto obrigatório ontem nos balcões dos bares, nos pontos de ônibus, em cada conversa de esquina. O tema não sofreurestrições de classes sociais ou idades. (...) 2) Construa a coesão dos parágrafos a seguir através do uso de hiperônimos: a) Raí vestiu pela primeira vez a camisa do clube francês. O _______________ deve embarcar para a Europa no fim do ano. b) Ontem esteve tensa a situação nos Estados Unidos. A população do ______________ recebeu notícias sobre um possível ataque terrorista em outras cidades. 3) No texto a seguir, Millôr Fernandes realiza intencionalmente a repetição de um vocábulo para reforçar a comicidade. Refaça o texto de modo a reduzir tal repetição: A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois tornou a colocar a galinha na banca e disse para o vendedor: “Não presta!”. Aí o vendedor olhou para ela e disse: “Também, madame, num exame assim nem a senhora passava.” ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ 4) Leia o trecho abaixo e responda: “Saussure define a unicidade e a homogeneidade como características intrínsecas à língua. Esta separação entre língua e linguagem e o caráter homogêneo daquela são efetivados através da principal dicotomia do modelo teórico...” (Dante Lucchesi. Sistema, mudança e linguagem) A palavra sublinhada se refere a que termo citado pelo autor? ____________________ A referência é anafórica ou catafórica? __________________ 5) Leia o texto abaixo com atenção às estratégias numeradas de coesão referencial. Em seguida, sublinhe as respostas corretas entre parênteses: “O progresso povoou a história com as maravilhas e os monstros da técnica, mas (1)desabitou a vida dos homens. Deu-lhes mais coisas, mas não (2)lhes deu mais ser.” (Octavio Paz) Estratégia (1) = coesão através de (elipse – sinônimo – pronome – hiperônimo), cujo referente é (técnica – progresso – história - vida); Estratégia (2) = coesão através de (hiperônimo – elipse – pronome – sinônimo), cujo referente é (maravilhas – monstros – coisas – homens). 6) Os dois exemplos analisados acima ilustram casos de referência: a) extratextual b) catafórica c) exofórica d) anafórica 7) No slogan “Se eu fosse você, só usava Valisère”, a palavra sublinhada tem referência: a) textual b) catafórica c) exofórica d) anafórica 8) Leia o texto a seguir e responda às questões propostas. “Os ministros da Fazenda, José Silva, e do planejamento, José da Silva, e o presidente do Banco Central, José Silva da Silva, se deslocarão no final de semana para o coração do Nordeste pobre e seco. Eles vão, com deputados de toda a região e governadores, a Patos e Souza, na Paraíba, onde terão o retrato de uma realidade da qual nenhum cidadão de São Paulo tem a mínima ideia. Isso faz parte da mobilização do Nordeste por melhor tratamento na Constituinte”. (Jornal do Brasil – adaptado) a) Que vocábulos do texto repetem o termo ministros? b) Que vocábulos do texto repetem se deslocarão? CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 80 c) Que vocábulos do texto repetem Nordeste? d) A que termo anterior se refere o termo isso? 9) Muitos são os processos usados para evitar a repetição de palavras num texto. O mais comum é a substituição por um termo equivalente, de conteúdo geral conforme mostra o modelo. Proceda da mesma maneira. O carro atropelou o cachorro e o motorista não parou para cuidar do animal. a) Ronaldo vestiu pela primeira vez a camisa do clube espanhol. O __________ deve embarcar para a Europa no fim do ano. b) Ontem esteve tensa a situação no Iraque. A população do __________ recebeu instruções contra um possível ataque americano. c) A polícia apreendeu a cocaína, mas não conseguiu prender os traficantes que trouxeram __________ da Bolívia. d) “Ficamos todos mais pobres num mundo menos bonito”, lamentou um amigo do pintor Alfredo Volpi ao acompanhar o sepultamento do _________ e) No balé existem tantos homossexuais quanto em qualquer profissão. O que ninguém percebe é que __________ é uma arte essencialmente masculina. f) As possibilidades de se contrair a aids se baseiam em dados e comportamentos da __________ observados até agora. g) Os militares que estiverem em motocicletas ou bicicletas não precisam mais bater continência ao passar por superiores, devendo apenas manter __________ em velocidade moderada. h) A baleia apareceu morta ontem, mas __________ foi visto boiando terça-feira e os ferimentos na pele do __________ mostram que morreu há cinco dias. i) Hoje, quem abre crediário para quitar uma televisão, leva __________ mas acaba desembolsando o equivalente a dois. 10) O pronome relativo também é usado para evitar repetições de palavras. Una as duas frases a seguir com o auxílio de um pronome relativo. a) Gostei do novo romance de Lygia Fagundes Telles. Comprei o novo romance na livraria da esquina a) Morei durante muito tempo em Botafogo. Em Botafogo fui feliz. b) Comprei uma camisa de seda no shopping. O preço da camisa foi baixo. c) Gosto muito de feijoada. As carnes da feijoada são saborosas. d) Falei com Maria e Pedro. Maria é minha amiga. 11) Sublinhe os elementos dos textos a seguir que repetem as palavras em destaque. a) Mais de cento e trinta reclusos continuaram a rebelião no interior da prisão de Strangeways, Inglaterra. Cerca de mil internos se revoltaram contra as condições de vida no estabelecimento. Pelo menos trezentos detidos continuam controlando alas da penitenciária. b) As escolas particulares devem justificar suas mensalidades até março. Os estabelecimentos que cobrarem a mais terão que devolver o dinheiro aos pais, com o que os colégios não concordam, declarando que a lei é uma ameaça à instituição. c) Os árabes já começam a tomar consciência do perigo que representa a aids. Os rígidos ensinamentos morais da religião não bastaram para mantê-los livres da enfermidade, embora a imprensa se refira ao mal como “fenômeno ocidental”. Os governos já começam a tomar medidas para evitar a disseminação da síndrome da deficiência imunológica adquirida. 12) No texto a seguir, de Millôr Fernandes, o humorista utilizou intencionalmente a repetição. Reescreva o texto de modo a reduzir o número de ocorrências do vocábulo em destaque. A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois tornou a colocar a galinha na banca e disse para o vendedor “Não presta!” Aí o vendedor olhou para ela e disse: “Também, madame, num exame assim nem a senhora passava”. ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ 13) Um outro processo utilizado para evitar a repetição de palavras é a substituição de um termo por uma qualificação ou caracterização a ele referente. Sublinhe os termos representativos desse processo nas frases a seguir. a) Não terá um futuro agradável o cavalo Emerald Hill. O fenômeno do turfe sofre de doença incurável nas articulações. b) Dalton Trevisan prometeu finalmente dar uma entrevista, mas resta saber se a promessa não passa de mais uma brincadeira do Vampiro de Curitiba. c) O circo é motivo de uma exposição fotográfica no Museu de ArteModerna. A exposição revela o drama do teatro de lona no Brasil, sem espaço nem prestígio. d) A partir de hoje, a tevê vai mostrar o especial sobre Grace Kelly, a princesa de Mônaco. Ele deve mostrar o lado elegante da doce senhora loura. e) Há um bom grupo de hábeis bombeiros tentando apagar o incêndio, irrompido na semana passada, entre o cientista Albert Sabin e uma grande loja, CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 81 que usou sem autorização a imagem do descobridor da vacina antipólio para um anúncio institucional. 14) Sublinhe, em cada texto a seguir, a palavra ou expressão que retoma os termos em negrito. a) Um menino entrou depressa no supermercado. O garoto parecia estar fugindo de alguém. b) Fábio e Luís são primos. Este é simpático, mas aquele é egoísta e rude. c) Jorge Amado foi um grande romancista brasileiro. O famoso e competente escritor morreu em 2002. d) Gosto muito de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Os dois foram os principais criadores do movimento musical brasileiro chamado Tropicália ou Tropicalismo. e) Cândido Portinari viajou em 1917 para o Rio, mas a Cidade Maravilhosa o decepcionou, e ele preferiu voltar à sua Brodósqui. f) A garota queria permanecer mais tempo no campo. Ali se sentia feliz e tranquila. g) Todos os anos dezenas de baleias encalham nas praias do mundo e, até há pouco, nenhum oceanógrafo ou biólogo era capaz de explicar por que esses animais encalham. h) O turista gostou da estatueta e quis comprá-la. i) Yoko Ono foi à justiça para impedir que a canção “Imagine” fosse usada num filme – e perdeu a causa. j) O porteiro viu a bebida sobre a mesa, mas não teve coragem de pegar a cerveja. k) Gosto muito de Chico Buarque. O cantor e compositor teve um importante papel na luta contra a ditadura. l) Fui à casa de Juliana e conheci sua família. m) Fernando Henrique Cardoso ficou extremamente abalado com a morte de sua esposa. FHC se mostrou muito agradecido e emocionado com os elogios à ex-primeira dama. n) Adriana e Lúcia estiveram aqui. A primeira voltará amanhã, mas a segunda só retornará na próxima semana. Coesão sequencial Um texto não é um amontoado de frases. Essas se conectam por meio de mecanismos que garantem fluxo de informação e continuidade ao texto. A coesão sequencial é, assim, a “argamassa” textual, criando os pontos de junção que garantem justamente que o texto não seja uma sucessão descontínua de frases. A coesão sequencial é responsável por criar as condições para a progressão textual. De maneira geral, as flexões de tempo e de modo dos verbos e as conjunções são os mecanismos responsáveis pela coesão sequencial nos textos. Os mecanismos de coesão sequencial são utilizados para que as partes e as informações do texto possam ser articuladas e relacionadas. Dessa forma, o autor do texto evita falta de coesão, garantindo boa articulação entre as ideias, informações e argumentos no interior do texto e, principalmente, a coerência textual. A sexualidade ainda é um tabu, por isso algumas pessoas sentem vergonha do próprio corpo. A cultura brasileira é o resultado da miscigenação de imigrantes de diversas origens, no entanto percebe-se ainda a persistência do preconceito diante das religiões não- europeias. Pode-se não concordar com opiniões contrárias, desde que se respeite os diversos pontos de vista. Valores semânticos e conectores Adição/inclusão - Além disso; também; vale lembrar; pois; outrossim; agora; de modo geral; por iguais razões; inclusive; até; é certo que; é inegável; em outras palavras; além desse fator... Oposição - Embora; não obstante; entretanto; mas; no entanto; porém; ao contrário; diferentemente; por outro lado... Afirmação/igualdade - Felizmente; infelizmente; obviamente; na verdade; realmente; de igual forma; do mesmo modo que; nesse sentido; semelhantemente... Exclusão - Somente; só; sequer; senão; exceto; excluindo; tão somente; apenas... Enumeração – Em primeiro lugar; a princípio... Explicação - Como se nota; com efeito; como vimos; portanto; pois; é óbvio que; isto é; por exemplo; a saber; de fato; aliás... Conclusão - Em suma; por conseguinte; portanto; em última análise; por fim; finalmente; por tudo isso; em síntese, posto isso; assim; consequentemente... Continuação - Em seguida; depois; no geral; em termos gerais; por sua vez; outrossim... *Análise de redação A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira é um problema muito presente. Isso deve ser enfrentado, uma vez que, diariamente, mulheres são vítimas desta questão. Neste sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico cultural desrespeito às leis.[...] Esse cenário, juntamente aos inúmeros casos de violência contra as mulheres corroboram a ideia de que elas são vítimas de um histórico-cultural. Nesse ínterim, a cultura machista prevaleceu ao longo dos anos a ponto de enraizar- se na sociedade contemporânea, mesmo que de forma implícita, à primeira vista. [...] Conforme previsto pela Constituição Brasileira, todos são iguais perante a lei, independente de cor, raça ou gênero, sendo a isonomia salarial, aquela que prevê mesmo salário para mesma função, também garantidas por lei. No entanto, o que se observa em diversas partes do país, é a gritante diferença entre os salários de homens e mulheres, principalmente se estas forem negras. [...] Diante dos argumentos supracitados, é dever do Estado proteger as mulheres da violência, tanto física quanto moral, criando campanhas de combate à violência, além de impor leis mais rígidas e punições mais severas para aqueles que não as cumprem. Destaque os elementos de coesão referencial. Sublinhe os elementos de coesão sequencial. CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 82 Exercícios 1. Estabeleça uma relação de ideias, conforme o que estabelecido entre parênteses. Use as conjunções. a) Fui ao Chile …. conheci várias estações de esqui. (adição) b) Fui ao Chile…… desejo aprender a esquiar. (causalidade) c) Fui ao Chile……….. aprender a esquiar. (finalidade) d) Fui ao Chile …….não conheci as estações de esqui. (oposição) e) Irei ao Chile …….. puder tirar férias em julho. (condicionalidade) f) Irei ao Chile……… as crianças chegarem de Portugal. (temporalidade) g) Estarei no Chile nas próximas férias,…… poderei esquiar. (conclusão) h) Não sei se vou ao Chile nas férias de julho……. se estudo para o Vestibular. (alternativa) 2. Para cada grupo de frases, deverão ser propostas duas alternativas de ligação das sentenças. Use os mecanismos de coesão e elimine repetições. a) Um dos principais problemas do Brasil continua sendo a educação. O Brasil só se tornará uma nação desenvolvida economicamente se investir em educação. Os governantes têm priorizado o combate à inflação. b) Existem várias alternativas para tentar resolver o problema da pichação. Algumas pessoas acreditam que a melhor solução para resolver o problema da pichação seria a criação de área de pichação zero e outras próprias para a realização de desenhos. Atitudes violentas para reprimir a prática da pichação têm se mostrado ineficientes. c) A linha amarela já faz parte do itinerário de pelo menos uma linha de ônibus, a 292 da Viação Estrela Azul. – A linha amarela só agora foi aberta oficialmente ao tráfego de ônibus. Desde a abertura do primeiro trecho da linha amarela, a linha 292 da viação Estrela Azul utiliza o acesso da Estrada Velha da Pavuna. 3. Os períodos a seguir apresentam problemas de coesão decorrentes do uso de um conectivo inadequado. Substitua- os por conectivos adequados. a) Em São Paulo, já não chove há mais de dois meses, apesar de que já sepense em racionamento de água e energia elétrica. b) As pessoas caminham pelas ruas, despreocupadas, como se não existisse perigo algum, mas o policial continua folgadamente tomando o seu café no bar. c) Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o estado do gramado do Maracanã não é dos piores. d) Uma boa parte das crianças mora muito longe, vai à escola com fome, onde ocorre o grande número de desistências. 4. As frases abaixo apresentam problemas de coesão textual. Identifique o problema e depois reescreva-as tornando-as coesas. a) Mais de cinquenta mil pessoas compareceram ao estádio para apoiar o time onde seria disputada a partida final. b) Não concordo em nenhuma hipótese com seus argumentos, pois eles vão ao encontro dos meus. c) A casa, que ficava em uma região em que fazia bastante frio durante o inverno. d) A plateia, conquanto reconhecesse o enorme talento do artista, ao final do espetáculo aplaudiu-o de pé por mais de cinco minutos. e) Durante todo o interrogatório, em nenhum momento o acusado não negou que tivesse sido ele o autor do delito. 5. As questões apresentam problemas de coesão por causa do mau uso do conectivo. Procure descobrir a razão dessa impropriedade de uso e substituir a forma errada pela correta. a) Em São Paulo já não chove há mais de dois meses. Apesar de que já se pense em racionamento de água e energia elétrica. b) As pessoas caminham pelas ruas. Despreocupadas, como se não existisse perigo algum, mas o policial continua folgadamente tomando o seu café no bar. c) Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o estado do gramado do Maracanã não é dos piores. d) Uma boa parte das crianças mora muito longe, vai à escola com fome, onde ocorre o grande número de desistências. CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 83 Tabela de conectores INTRODUÇÃO ** No contexto atual, ** Na contemporaneidade, ** No panorama atual, ** Não restam dúvidas que ** Não há como negar que ** Muito se discute sobre ** Com o advento da (o)---------, constata- se que DESENVOLVIMENTO (1º PARÁGRAFO) ** Em primeiro lugar, ** Primeiramente **Primordialmente ** Em uma primeira análise ** Nesse contexto, ** Em princípio (em tese) ** Tendo em vista esses aspectos ** Precipuamente ** A princípio (inicialmente) DESENVOLVIMENTO (2º PARÁGRAFO) ** Além disso ** Ainda ** Em uma segunda análise, ** Outro aspecto a ser abordado DESENVOLVIMENTO (3º PARÁGRAFO) ** Por fim, ** Em última análise PARA AFIRMAR, DAR ÊNFASE **É certo que ** Por certo ** Não há dúvidas **Sabe-se que ** É notório que ** Decerto **Indubitavelmente **Certamente ** É inegável ** Há de se considerar **Inegavelmente CAUSA OU CONSEQUÊNCIA ** Por isso ** Por causa de ** Porque ** De tal maneira que ** Visto que **De fato ** Portanto ** Logo ** Pois ** Em consequência de ** Porquanto ** De forma que ** Uma vez que **Já que **Por conseguinte **Em virtude de OPOSIÇÃO OU CONTRASTE ** Entretanto ** Cabe ressalvar que ** Pelo contrário ** Embora ** Apesar de ** Todavia ** Contudo ** Entretanto **No entanto **Ainda que **Posto que ** Por outro lado **Conquanto **Não obstante ADIÇÃO OU CONTINUAÇÃO **Não só ** Além disso ** Como também ** Ademais ** Ainda mais ** Mas também ** E **Não apenas ** Não somente ** Também ** Bem como **Outrossim EXPLICAÇÃO / FINALIDADE / CONFORMIDADE ** Para ilustrar ** Em outras palavras **Quer dizer ** Ou seja ** Por exemplo **A exemplo de ** Isto é ** Melhor dizendo ** A saber ** Quer dizer **Com a finalidade de ** A fim de que ** Para que **Pois ** Porque **De acordo com ** Segundo **Conforme **Consoante SITUANDO OU LIGANDO FATOS NO TEMPO ** Em seguida ** Então ** Por fim ** Ao mesmo tempo ** Enquanto isso ** Desde que **Cada vez que ** Por vezes **A princípio ** Atualmente ** Às vezes ** Assim que **Nesse ínterim ** Logo que ** Depois que ** Antes de ** À medida que ** Em seguida ** Nesse contexto **Finalmente **Simultaneamente **Concomitantemente COMPARAÇÃO ** Da mesma forma **Assim como ** Do mesmo modo ** Ao contrário de ** Assim também ** De acordo com ** Tanto quanto ** Como ** Bem como **Outrossim **Analogamente **Igualmente **Similarmente **De conformidade com CAPÍTULO IV “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 84 RESUMO / CONCLUSÃO ** Portanto ** Assim ** Dessa forma ** Em suma ** Logo ** Assim sendo **Enfim **Sendo assim ** Pois (entre vírgulas) **Dessarte **Destarte ** Por conseguinte CONDIÇÃO **Se **caso ** Mediante ** Salvo **Contanto que ** A não ser que **A menos que **Exceto se DÚVIDA **Talvez ** Provavelmente ** Possivelmente **Quiçá **É provável “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 85 FRENTE I INGLÊS “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 86 CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 87 CAPÍTULO I – TENSE VERBS I Imperative Form - Subjunctive - Simple Present - Present Continuous - Future Simple - Going to - - Future Perfect - Future Perfect . The Imperative * Usaremos o imperativo para dar ordens , conselhos , fazer um pedido ou oferecer algo. * O verbo não será alterado . eg 1.: Watch out , that dog is fierce. eg 2 .: Save money this year .... eg 3.: Call me Beth if you want. \ Call me later, I´m very busy right now. eg 4.: Use this classroom , it´s not occupied. *O imperativo pode ser usado tanto na afirmativa quanto na negativa sem a partícula TO. OBSERVAÇÃO 1 - Na forma negativa usaremos apenas DON`T , nunca o DOESN´T. eg 5 : Don´t snoop around my cell phone ! eg 6.: Don´t cross the street like this . eg 7.: Don´t devour this food , you have to eat it slowly. eg 8 : Do not use capitalletter. ( ao usarmos a forma não abreviada , estamos sendo mais formais no idioma). *** Podemos também utilizar PLEASE com a forma imperativa : eg 9 .: Please, scrutinize this file , it´s too important. eg 10 .: Teach us more slang , please. OBSERVAÇÃO 2 - LET´S = Let + us . * Usaremos para sugestões , ordem , pedido ou convite incluindo também a própria pessoa que fez a sugestão. * Há muitos alunos que se condicionam ao usar o Let´s com o go : eg 11.: Let´s go to Parmê. ( forma afirmativa ) *** Poderemos usar o Let´s com outros verbos . eg 12 .: Let´s have tiramisu ice cream. eg 13 .: Let´s watch the sunset at Arpoador beach . eg 14 .: Let´s have a picnic. eg 15 .: Let´s dance later. *** Não utilizaremos ponto de interrogação com Let´s , apenas quando houver TAG QUESTION : eg 16.: Let´s dance later , shall we ? * Na forma negativa usaremos LET`S NOT + VERB eg 17.: Let´s not go to bed late , we have to wake up very early. eg 18.: Let´s not make a trip this month . I´m penniless. eg 19.: Let´s not walk barefoot , the floor is very dusty. *** OBSERVAÇÃO 3 : O verbo TO LET é diferente do LET`S , não o confunda . To let = To permit = To allow eg 20 : Let me do this for you . ( forma afirmativa ) eg 21.: Let him purchase that truck. eg 22.: Let the sunshine in your bedroom. eg 23.: Let her pay the check. eg 22.: Don´t let me down . ( forma negativa) eg 23.: Don´t let that baby suffer. eg 24.: Don´t let your bedroom messy . *** OBSERVAÇÃO 4 - Apesar de RARAMENTE o Imperativo também pode ser acompanhado de vírgulas , pronomes indefinidos e assumir a ING FORM: eg 25 .: You shut up , guy ! eg 26 .: Everybody running ! eg 27 .: Somebody clean it to me ! eg 28 .: Nobody speak / speaking ! SUBJUNCTIVE : É o modo verbal que expressa dúvida, incerteza, condição ou desejo, aparecendo geralmente em orações dependentes ( Dependent Clauses ) . Sua formação normalmente dá-se a partir da utilização do infinitivo sem o TO e é muito comum ser usado após determinadas expressões : eg 1.: I suggest that he study. ( Eu sugiro que você estude ) eg 2.: Is it really essential that we be there ? ( É realmente essencial que estejamos lá ?) eg 3.: Stevie recommended that you join the committee..: ( Stevie recomendou que você entrasse no comitê) *** OBS 1 - Em inglês, o subjuntivo só é notado com mais facilidade em certas formas e em tempos verbais, em especial quando o sujeito é a 3ª pessoa do singular : eg 4 .: It´s important that you try to study often ( Subjunctive - É importante que você tente estudar com frequência ) . x He tries to study often ( SImple Present - Ele tenta estudar com frequência ) Dentre os verbos seguidos de subjuntivo destacamos : to advise ( aconselhar ) \ to ask ( pedir , perguntar ) \ to command ( comandar ) \ to demand ( exigir ) \ to desire ( desejar ) \ to insist ( insistir ) \ to propose ( propor ) \ to recommend ( recomendar ) \ to request ( pedir ) \ to suggest ( sugerir ) \ to urge ( pedir com urgência ) eg 5 .: He advised that I stop smoking ( Ele me aconselhou que eu parasse de fumar ) eg 6 .: The Queen commands that he attend the ceremony . ( A rainha ordena que ele compareça a cerimônia ) eg 7 .: The teacher insists that her students be on time. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 88 ( A professora insiste que seus alunos cheguem na hora ) eg 8.: Carol proposed that we all go together. ( Carol propôs que fôssemos todos juntos ) eg 9.: Donna requested Frank come to the party . ( Donna pediu que Frank viesse à festa ) *** OBS 2 : Algumas expressões também pedem o uso do subjuntivo . Destacamos ; It is best ( that ) \ It is crucial ( that ) \ It is desirable ( that ) \ It is essencial ( that ) \ It is imperative (that ) \ It is important ( that ) \ It is recommended ( that ) \ It is urgent ( that ) \ It is vital ( that ) \ It is a good idea ( that ) \ It is a bad idea ( that ) eg 10 .: It´s crucial that you be there at 7 :30 sharp . ( É crucial que você esteja lá às 7 e meia em ponto ) . eg 11.: It´s essencial everyone follow the rules . ( É essencial que todos sigam as regras ) eg 12.: It´s important she attend the meeting. ( É importante que ela compareça à reunião ) *** OBS 3 : O subjuntivo pode ser usado em sentenças negativas , contínuas / progressivas e passivas ) eg 13 .: The boss insisted that Sam not be at the meeting . ( O chefe insistiu que Sam não esteja na reunião ) eg 14 .: I suggest that you not take the job back without renegotiating the salary ( Eu sugiro que você não aceite o trabalho de volta sem renegociar o salário) . SIMPLE PRESENT * Nesse tempo verbal temos que ter atenção em usá-lo, pois há duas formas nas quais muitos alunos nem sequer sabem diferenciar. Uma delas usaremos quando houver rotina ou verdade universal. ** Qual seria a diferença crucial em que muitas questões dos concursos , o aluno confunde e não sabe distinguí-la e perde uma questão desnecessariamente ? *** Quando houver verdade universal, ou seja , é algo que não podemos contestar . eg 1.: Water boils at 100º C. Quando houver rotina , a ação poderá mudar . eg 2 .: My cousin works at Firjan. eg 3 .: I study at IBEU \ Cultura... eg 4 .: They live in Barra. *** Observação 1- Nos exemplos 2 , 3 e 4 as ações são rotineiras e podem mudar a qualquer momento ****** Observação 2 - Nas frases afirmativas , quando houver : I , you, we and they , o verbo não sofrerá mudança . Apenas tiraremos a partícula To do verbo. *** Observação 3 - Repare nas seguintes frases com : I , you, we and they. eg 5 .: I sweep my house in the morning. eg 6 .: I have three friends. They usually have fun with me on weekends. eg 7.: We like to spread our things on the kitchen table. eg 8 .: You have to stop procastinating things, because life is short. eg 9 .: People lie a lot . eg 10 .: Women purchase a lot , men not so much. eg 11.: Children like to make mess. eg 12.: When students study a little for a test , they mess up, specially when they need a high score. ****** Observação 4 - WATCH OUT !!! Quando houver ( as terceiras pessoas do singular ) HE , SHE, IT temos que flexionar o verbo na afirmativa, especialmente quando o verbo terminar em : SS , CH , SH , X , Z , O ( acrescentaremos ES somente em frases afirmativas). eg 13.: to kiss - My daughter kisses me a lot . eg 14.: to teach - My French teacher teaches very well. eg 15.: to fish - Mike fishes on Tuesdays. eg 16 : to fix - My maid fixes my breakfast now and then. eg 17.: to buzz - That mosquito buzzes in my bedroom every night . eg 18.: to go - My boyfriend goes to work by van. ****** Observação 5 - PAY ATTENTION !!! Quando houver um verbo cuja terminação for Y , porém PRECEDIDO de VOGAL , acrescentaremos apenas S em : HE, SHE , IT. ( em frases afirmativas) eg 19.: to play - Ronaldo plays the keyboard very slowly. eg 20.: to destroy - Larissa destroys many things in her house. ****** Observação 6 - PAY ATTENTION TOO: Quando houver um verbo cuja terminação for Y , mas PRECEDIDO de CONSOANTE , tiraremos o Y e acrescentaremos IES em : HE , SHE , IT . ( nas frases afirmativas) eg 21.: To study - Bill studies chemistry on Sundays. eg 22.: To cry - Fernanda Montenegro cries easily. She´s an awesome actress / That baby cries every night . *** Observação 7 - Nos DEMAIS verbos , USAREMOS apenas S para HE, SHE , IT. eg 23.: To raise - My brother raises 5 children. eg 24.: To rise - The sun rises in the East. eg 25.: To waste - Tompson wastes too much water whenever he takes a shower. eg 26.: To devour- Stevie devours a bar of chocolate weekly. eg 27.: To sleep - My best friend sleeps like a log after lunch. eg 28.: To lead - Bill leads a huge staff. eg 29 .: To beat - The sun beats in my bedroom in the afternoon. eg 30.: To rain - It rains a lot in January in Brazil. ****** Observação 8 - Usaremos o auxiliar DO para frases interrrogativas para : I , WE, YOU, THEY. O verbo NUNCA será modificado . Usaremos DOES para frases interrogativas para : HE, SHE , IT. O verbo também não será alterado. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 89 eg 31.: Do you drink draft beer on Saturdays ? eg 32.: Do your parents save money monthy ? eg 33.: Does Mike play tennis table on Wednesdays ? eg 34.: Does the movie start at 8 p.m ? eg 35.: Does your mother make tuna pizza on weekends ? ****** Observação 9 - Usaremos o auxiliar DON`T em frases negativas para : I , WE , YOU, THEY e DOESN`T para : HE, SHE, IT onde o verbo também não será modificado. eg 32 .: I don´t go to bed early. eg 33 : My relatives don´t like tuna pizza. eg 34.: He doesn´t lay the table for his wife. eg 35.: My father doesn´t watch soap operas. *** Observação 10 - Note quando houver plural nessas duas frases abaixo e singular, como pode confundir: eg 36.: That boy doesn´t understand geometry very well. eg 37.: Those boys don´t understand trigonometry either. *** Observação 11 - O verbo To Have para HE, SHE , It , tem forma especial nas frases afirmativas. Nas interrogativas e negativas ele fica inalterado. Aff: She has a huge beach house. Int: Does she have a huge house ? Neg : She doesn´t have a huge house. Aff: They have many brothers. Int: Do they have many brothers ? Neg: They don´t have many brothers. *** Observação 12 - SHORT ANSWERS. Usaremos apenas DO / DOES para frases afirmativas , sem repetirmos o restante da frase. Os auxiliares substituirão o verbo principal. eg 38.: Do you like nuts ice cream ? yes , I do / no, I don´t . eg 39.: Does your mother work out ? yes, she does / no, she doesn´t. *** Observação 13 - Normalmente usaremos advérbios de frequência com o simple present. Sometimes / never / once in a blue moon / now and then / once in a while / hardly ever / seldom / rarely / usually / frequently / every year /every day / every morning ... eg 40.: I almost never eat quickly. / I´m always happy. ( pay attention to the position of the adverb ! ) Present Progressive ( Present Continuous ) * Usaremos para ações que normalmente estão acontecendo no momento, mas os nativos usam esse tempo verbal de forma informal relacionado a ações futuras. *** Observação 1 - Precisaremos do Verbo TO Be + ING ( do verbo principal). eg 1 .: To start - The movie is starting. Hurry up ! ( affirmative) eg 2.: To sleep - Is your mother sleeping now ? ( Interrogative) eg 3.: To fight - They are not / They aren´t fighting ( Negative) *** Observação 2 - Na forma informal : eg 4.: - ¨ What are you doing tomorrow afternoon ?¨ - ¨ I´m traveling ¨. *** Observação 3 - Quando o verbo terminar em E , acrescenta-se ING e tiramos o E. eg 5.: To come - He´s coming soon. Let´s lay the table right now. eg 6.: To drive - That man is driving too fast. *** Observação 4- Quando o verbo terminar em EE , acrescenta-se APENAS o ING sem alterarmos o verbo: eg 7.: To see - I´m seeing a special man. To flee = to get away = to run away - That man is fleeing from the police. *** Observação 5 - Quando o verbo terminar em IE, Usaremos Y no lugar do IE e acrescentaremos ING . To lie - My best friend is lying to me . *** Observação 6 - Quando o verbo terminar em Y precedido de consoante ou vogal, manteremos o Y + ING . eg 8 .: To say - He´s saying bad words. eg 9.: To study - My cousin is studying Italian at the moment. eg 10.: To cry - The baby is crying now. Let´s see what is going on. *** Observação 7- CVC ( Consoante , Vogal , Consoante) - dobraremos a última consoante e acrescentaremos ING, quando houver verbos monossilábicos e também nos verbos dissílabos ( se for a última sílaba tônica ) eg 11.: To cut - She´s cutting a tiny slice of pizza for me ! eg 12.: To stop - Look ! the bus is stopping at the wrong bus stop ... *** Observação 8 - Quando o verbo terminar em I , dobraremos o I + ING. eg.: 13 To ski - They are skiing at the moment. *** Observação 9 : VERBOS QUE NÃO PODEM SER USADOS GERÚNDIO: WANT \ NEED \ PREFER \ HAVE \ LIKE \ LOVE \ HATE \ BELONG \ SEEM \ HEAR \ KNOW \ REALIZE \ BELIEVE \ SUPPOSE \ MEAN \ UNDERSTAND \ REMEMBER \ FORGET \ SMELL \ SEE . OBS : Em português muitas vezes usamos o gerúndio, como por exemplo : estou precisando de dinheiro; não estou entendendo ; estou amando a festa ; estou gostando da viagem ; você está ouvindo isso ? não estou me lembrando... EM INGLÊS USAREMOS O SIMPLE PRESENT E NÃO O PRESENT CONTINUOUS E QUANDO HOUVER O PRESENT PERFECT E PRESENT PERFECT CONTINUOUS TEREMOS QUE TER ATENÇÃO QUANTO AO USO, OU SEJA , NOS VERBOS ACIMA SÓ PODEREMOS USAR O PRESENT PERFECT E NÃO O CONTINUOUS. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 90 I need some money \ I don´t understand \ I love it ( quando quisermos falar em inglês que estamos gostando de algo, usaremos : I´m enjoying the party ... \ I´m, enjoying the trip \ can you hear it \ can you see it ? \ I don´t remember \ I can´t remember.\ I don´t know this subject. FUTURE TENSES : 1 - SIMPLE FUTURE - Usaremos em ações futuras , nas quais não são planejadas e no momento em que decidimos algo. *** Observação 1 - Will não terá alteração , mesmo tratando- se de HE, SHE, IT . WILL – é formado por will + verbo principal. Eg 1.: They will foresee her future. / Phil will raise many horses on his farm. Aff. He will quit that job Int : Will he quit that job ? Neg: He will not / won´t quit that job. Eg 2 .: I´ll turn down the air , it´s very cold. *** Observação 2 -Usaremos algumas expressões no futuro : Tomorrow / Tonight / In three minutes / In a few months / Soon / Next Week / Next Year . 2 - SHALL – Usado somente : WE / I *** Observação 3 - É mais formal , sendo usado mais frequente no inglês britânico. Podemos substituir o Future ( WILL) . Aff : We shall turn down the stereo. Int : Shall we turn down the stereo ? Neg: We shall not turn down the stereo. *** Observação 4 - Ao usarmos Shall com I uma pergunta , o sentido muda. Eg 3.: Shall I turn up the TV ? *** Observação 5 - Num sentindo mais informal : Eg 4 .: What shall I wear ? ( que roupa devo pôr ?) *** Observação 6 - Em outro sentido: Eg 5 .: I said you could go , so you shall . ( Eu disse que você podia ir , então vai ). 3- GOING TO - ( PRESENT ) É formado pelo presente TO BE + GOING TO + INF – VERBO Eg 6 .: I´m going to hide this money from her. / She´s going to bet the lottery. Aff.: She´s going to sew that skirt. Int : Is she going to sew that skirt ? Neg : She´s not going / isn´t going to sew that skirt. *** Observação 7 : Usaremos Going to para : ações que vão ocorrer num futuro próximo , planos ou intenções e probabilidades. 4- FUTURE PERFECT - Usaremos para expressar uma ação que terá acontecido no futuro . Will + HAVE + Past Participle Aff: She will have sent this email by Friday. Int : Will she have sent this email by Friday ? Neg : She will not / won´t have sent this email by Friday. Eg 7 .: I´ll have paid this bill by 4 p.m . Eg 8 .: By 2024 , most of you will have purchased your own cars. By midnight I´ll have sent the email. 5- FUTURE CONTINUOUS - Usaremos para expressar uma ação que estaremosno meio de fazer algo em um certo tempo do futuro. WILL + BE + ING Aff: She will be watching the game on tv. Int : Wil she be watching the game on tv ? Neg : She will not / won´t be watching the game on tv. Eg 9 .: My brother ´ll be preparing dinner earlier tonight. Eg 10 .: Tomorrow morning I´ll be travelling. Parte 1 - exercises 1. Mark the wrong option: (A)Let´s not wash the dishes. (B) Let´s copy these exercises right now. (C) My mother let´s me wake up late on weekends. (D) Don´t let me do this. (E) Don´t spend too much money on this dress. 2. Which of the sentences below is INCORRECT? (A) Don't you believe him if he talks to you. (B) Do not shut down these computers! (C) Did study hard not to fail, but I did anyway. (D) Let us not go to the beach. It's going to rain. (E) Do forgive me, I didn't mean to be so rude. 3. People who never think of other people’s feelings are very ___________________. (A) insensible (B) impolite (C) inconsiderate (D) brutal (E) sensitive 4. What is the correct way to answer the question below? What do you do? (A) I do doctor. (B) I do medicine. (C) I do the medicine. (D) I am a doctor. (E) I am doctor. 5 . Where do you think this conversation takes place? Paul: I think we've passed the exit. Sam: Ok. Let's change lanes and take the next exit. (A) At the airport. (B) In a supermarket. (C) On a freeway. (D) In a movie theatre. (E) In a library. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 91 6. Which of the alternatives below contains a mistake? (A) He laid his hand on her head. (B) She is laying the table for lunch. (C) He's been lying in the sun for hours. (D) Don't lay on this sofa. (E) I'm sure he lied to me. 7. How to use the camera at the beach or near water _______ the camera dry naturally in case it gets wet. After that, please______ the door/cover to be sure no sand is present. ______ as required. ______ the camera anywhere the temperature may exceed 35°C as this may damage the unit. (A) Let/to inspect/To clean/Do not leave (B) Let/inspect/Clean/Do not leave (C) To let/inspect/Clean/Not leave (D) To let/inspect/Clean/Leave not (E) To let/to inspect/To clean/Leave not 8. Nowadays anyone ________ at computer terminals . (A) to work (B) work (C) are working (D) works (E) will have working 9. He___________ seafood... why ______ him something else ? (A) don´t like / do you offer (B) doesn´t likes / don´t you offers (C) doesn´t like / don´t you offer (D) doesn´t / don´t you offer (E) does not like / do you not offer 10. _____ she usually ______ for troubles she ________ ? (A) does / apologize/ causes (B) does /apologizes/ causes (C) does / apologize / cause (D) do/ apologizes/ causes (E) doesn´t / apologizes / causes 11. They generally _____ for a Republican candidate. (A) vote (B) voting (C) to vote (D) votes (E) to voting 12. _____ you often ______ her when ___________ to the club ? (A) does / seeing / do you go (B) do/ seeing / did you go (C) do / seeing / does she go (D) do / see/ you go (E) are / see/ you go 13 Only now I ___________ where we´ve met. (A) realize (B) am realizing (C) is realize (D) to realize (E) am realize 14. Mark the CORRECT alternative to complete the sentence: His body ..... in the cemetery. (A) lies (B) laid (C) lays (D) lain (E) lied 15. Within some hours, when our friend _____ here, we throw a paint basket on him ! (A) walks (B) walk (C) to walk (D) walking (E) walked 16. Birds often _____ the stars. (A) is following (B) are following (C) follows (D) follow (E) following 17. Which is the suitable answer to this question: "Do you want some ice-cream?" (A) Last night. (B) In my pocket. (C) Last Sunday. (D) It is not black. (E) No, thank you. 18. Choose the Best alternative :. How do you do? (A) I forgot! (B) It is easy! (C) How do you do? (D) I don't know. (E) But I don't! 19. Choose the right alternative : Why ______ go home now? (A) aren't we (B) didn't we (C) haven't we (D) don't we (E) wouldn't we 20 . Peter will go to the beach as soon as the weather _______warmer. (A) got (B) gets (C) will get (D) get (E) has got 21 .As soon as you _____ ready, we will go downtown. (A) will be (B) was (C) shall be (D) are (E) be 22. He _____call you every day. (A) is going (B) do (C) doesn´t (D) won´t (E) isn´t 23. When your cousin ______ he will be tired. (A) arrives (B) will arrive (C) arrive (D) don´t arrive (E) get home CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 92 24. When Mark _____ the prize, he will buy a brand new car. (A) win (B) won´t win (C) gains (D) wins (E) have 25. Mark the wrong option: (A) Once in a blue moon I go to the mall. (B) Sometimes I eat shrimp. (C) I drink brandy and coffee. (D) I wear make up now and then. (E) Bill drinks cappucino hardly ever. 26 . Choose an appropriate synonymous sentence: She seldom goes to a conference now. (A) She almost goes to the conferences now. (B) She often goes to conferences now. (C) She hardly ever goes to conferences now. (D) She regularly goes to conference now. (E) She frequently goes to conferences now. 27. In the sentence ¨ Everyone lies ¨ the present tense is being used to express fact that will never change in time. In which of the options below is the present tense being used to express a similar idea ? (A) They often go to school by subway. (B) Water boils at 100º C Celsius. (C) My plane leaves at 5 p.m tomorrow. (D) My cousin studies computer science. (E) Joe always arrives late for work. 28. According to the sentence “Joey looked at the handsome, blond boy who was sitting next to her”, it is correct to say that Dawson was (ESPCEX) (A) strange. (B) calm. (C) ugly. (D) good-looking. (E) intelligent 29. The initials V.I.P ____________ Very Important Person. (A) means¨ (B) stand for (C) are about (D) describe (E) accounts for 30. He´s very clever. He speaks 5 languages . He´s ______________. (A) outstanding (B) out of the blue (C) shamefaced (D) lay man (E) filthy Texts – PART 2 Based on the text below, answer questions 1, 2 and 3. Exercising Body And Mind at the Same Time? New Device Lets You Read While You Run Engineers from Purdue University have devised a new system that will facilitate a very specific type of physical and mental multitasking — helping treadmill runners to read text on a display screen. The system, called ReadingMate, compensates for constantly bobbing eyes so runners can train for a marathon while reading their favorite novel. “Not many people can run and read at the same time,” said Ji Soo Yi, an assistant professor of industrial engineering at Purdue University. “This is because the relative location of the eyes to the text is vigorously changing, and our eyes try to constantly adjust to such changes, which is burdensome.” Instead of increasing the size of the displayed font, Yi and his colleagues decided to compensate for a runner´s head motion. “You could increase the font size and have a large- screen monitor on the wall, but that’s impractical because you cannot have numerous big screen displays in an exercise room,” Yi said. According to a report on the system published recently in Human Factors: The Journal of the Human Factors and Ergonomics Society, the engineers recruited 15 multitasking volunteers to perform a “letter-counting” testwhile jogging on a treadmill and using ReadingMate. The participants were asked to tally how many times the letter 'F´ appeared in two lines of text nested in 10 lines of text that were displayed on a computer monitor. While performing the test, the participants wore goggles equipped with infrared LEDs. An infrared camera tracked the motion of the LEDs, essentially recording the movement of the runner’s head. To compensate for the head motion, the displayed text was moved as the volunteers ran along the treadmill with their heads bobbing. The researchers found those who used the Reading Mate system performed better at multi-tasking their physical and mental assignments, particularly when it came to reading smaller font sizes and smaller line-spaced text. Besides aiding people with the novel task of reading while running, the researchers said their system could be used to assist airline pilots or those working in heavy industry. “Both may experience heavy shaking and turbulence while reading information from a display,” Kwon said. “ReadingMate could stabilize the content in such cases.” (Adapted from http://www.redorbit.com/news) 31. According to the text, which alternative is correct? (A) ReadingMate allows street runners to read their favorite novels. (B) Runners compensate for training reading novels. (C) Increasing the size of the displayed font was the solution to adjust the runner's eyes to the text. (D) It's not possible to install monitors in an exercise room. (E) It's stressing for the eyes to adapt themselves to constant movement when reading. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 93 32. Considering the text, what does the word "tally" mean in this extract? "The participants were asked to tally how many times the letter 'F' appeared in two lines of text [...]" (A) Calculate. (B) Prove. (C) Describe (D) Study (E) Show. 33. In the last paragraph "both" refers to: (A) reading and running. (B) heavy shaking and turbulence. (C) airline pilots and those in heavy industry. (D) reading smaller font sizes and smaller line-spaced text. (E) physical and mental assignments. Based on the text below, answer questions 34, 35 and 36. Facebook deserted by millions of users in biggest markets Facebook has lost millions of users per month in its biggest markets. In the last six months, Facebook has lost nearly 9m monthly visitors in the US and 2m in the UK. Studies suggest that its expansion in the US, UK and major European countries has peaked. In the last month, the world's largest social network has lost 6m US visitors, a 4% fall, according to analysis firm Social bakers. In the UK, 1.4m fewer users visited in March, a fall of 4.5%. Users are also turning off in Canada, Spain, France, Germany and Japan, where Facebook is extremely popular. Alternative social networks have seen surges in popularity with younger people. Instagram, the photo-sharing site, got 30m new users in the 18 months Facebook bought the business. Path, the mobile phone-based social network founded by former Facebook employee Dave Morin, which only allows its users to have 150 friends, is gaining 1m users a week. Facebook is still growing fast in South America. Monthly visitors in Brazil were up to 6% in the last month to 70m , according to Socialbakers, whose information is used by Facebook advertisers. India has seen a 4% rise to 64m – still only a fraction of the country's population, so there is room for more growth. As Facebook itself has warned, the time spent on its pages from those sitting in front of personal computers is decreasing fast because people now prefer to use their smartphones and tablets. Although smartphone minutes have doubled in a year to 69 a month, that growth may not compensate for dwindling desktop usage. Facebook will tell investors about its performance for the quarter. Wall Street expects revenues of about $1.44bn, an increase from $1.06bn a year ago. Shareholders will want to know fast the number of mobile Facebook users is growing, and whether advertising revenues are increasing at the same rate. Mobile represented nearly a quarter of Facebook's advertising revenues are increasing at the same rate.Facebook founder Mark Zuckerberg has created a series of new initiatives designed to appeal to smartphone users. One initiative, Facebook Home, is software that can be downloaded onto Android phones to feed news and photos from friends – and advertising – directly to the owner's locked home screen. (Adapted from http://www.guardian.co.uk) 34. Which is the best alternative considering some of the statements are TRUE (T) and others are FALSE (F)? I. Facebook is gaining users in the US and the UK II. Facebook is the owner of Instagram and Path. III. People are spending more time on their PCs. IV. Facebook has recently introduced new software. V. Facebook has probably made more money this year than in 2012 The best alternative is (A) I- (T) II- (F) III- (T) IV- (T) V- (F) (B) I- (F) II- (F) III- (T) IV- (T) V- (F) (C) I- (F) II- (T) III- (F) IV- (T) V- (F) (D) I- (T) II- (F) III- (F) IV- (T) V- (T) (E) I- (F) II- (F) III- (F) IV- (T) V- (T) 35. Considering the text, the words "surge" (line 11) and "dwindling" (line 27) mean respectively a sudden (1) ____ and (2) ____. (A) increase - shrinking (B) increase - progressing (C) decrease - increasing (D) decrease - passing (E) abatement - surviving 36. In the extract: "[...] which only allows its users to have 150 friends [...]", the pronoun "its" refers to: (A) Instagram (B) Path (C) Dave Morin (D) Facebook (E) business Based on the text below, answer questions 37, 38 and 39. Slash and burn Brazil´s rainforest is going up in smoke. Again. As Brazil’s skyscrapers and silos rose, it seemed the most impressive quality of this 21st-century Latin American powerhouse was its ability to grow without trashing the environment. Just last year, Brasilia was boasting about a steep decline in deforestation in the Amazon rainforest, a feat that President Dilma Rousseff trumpeted as “impressive, the fruit of social change.” What would she say now? After nearly a decade of steady decline, forest cutting has spiked again in the world’s largest rainforest. The nonprofit Amazon watchdog organization, Imazon, released a study reporting that deforestation at the hands of farmers and ranchers Jumped 90 percent in the 12 months since April of last year. And since burning always follows felling, another 88 million tons of carbon dioxide and other gases hit the atmosphere—a 62 percent increase on the year. For decades, Brazilians were told that ruin in the Amazon was the price of development. But recent research has imploded that assumption. A paper published by the National Academy of Sciences shows that continued deforestation threatens not just the trees but the progress and riches their removal were thought to guarantee. The paper bolsters an old theory by Brazilian climate scientist Eneas Salati, who argued that the Amazon actually produces half its own rainfall. The takeaway: remove too much of the forests CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 94 and the Amazon could dry out. And more than the jungle is at stake. Reduced rainfall from forest cutting could dry up the water that powers hydroelectric dams, thus slashing Brazilian power-generating capacity by 40 percent by midcentury. It could also rob the food larder, cutting soybean productivity by 28 percent and beef production by 34 percent. Brasilia quickly countered the environmental skeptics by saying that these are unofficial figures, noting that the NationalSpace Institute is still crunching the satellite data. The government is still basking in last year’s numbers: only 4,600 square kilometers of forests felled, a fraction of the 27,700 square kilometers lost in 2004. But the Rousseff administration would do well to heed the smoke signals. Even Brasilia admits that Brazil’s continued rise to glory turns on the country’s ability to stay green. (Adapted from http: //www.thedailybeast.com/newsweek/2013/06/05) 37. Which is the best alternative considering some of the statements are TRUE (T) and others are FALSE (F)? I. In 2012 fewer trees were cut down than in previous years. II. Until recently the destruction of the Amazon forest was seen as a necessary evil. III. The President agrees with the numbers presented by scientist. IV. The Amazon forest might die because of lack of rain. V. Farming and livestock sectors might produce more food as a result of deforestation. The best alternative is (A) I- (T) II- (F) III- (T) IV- (T) V- (F) (B) I- (F) II- (F) III- (T) IV- (F) V- (T) (C) I- (T) II- (T) III- (F) IV- (T) V- (F) (D) I- (T) II- (F) III- (F) IV- (T) V- (T) (E) I- (F) II- (F) III- (F) IV- (T) V- (T) 38. The world nearly underlined in the text means : (A) due to (B) so as to (C) almost (D) Because of (E) rather than 39. Considering the text, what does the word "crunching" mean in this extract? "[...] the National Space Institute is still crunching the satellite data." (A) Collecting. (B) Confirming. (C) Selecting. (D) Revising. (E) Processing. 40. Leia a tira para responder a questão a seguir. No trecho do primeiro quadrinho – she’s sick and tired of smelling beer –, ’s pode ser reescrito como (A) is. (B) was. (C) goes. (D) does. (E) has. Text SIMPLIFY YOUR LIFE Years ago, a cigarette commercial asked if you were smoking more, but enjoying it less. That describes the way many of us live today. We are doing more, but enjoying it less. And when that doesn’t work, we compound the problem. In our frantic search for satisfaction, we try stuffing still more into our days, never realizing that we are taking the wrong approach. The truth is simple; so simple it is hard to believe. Satisfaction lies with less, not with more. Yet, we pursue the myth that this thing, or that activity, will somehow provide the satisfaction we so desperately seek. Arthur Lindman, in his devastating book, “The Harried Leisure Class,” described the futility of pursuing more. His research focused on what people did with their leisure time. He found that as income rose, people bought more things to occupy their leisure time. But, ironically, the more things they bought, the less they valued any one of them. Carried to an extreme, he predicted massive boredom in the midst of tremendous variety. That was more than twenty years ago, and his prediction seems more accurate every year. Lindman of course, is not the first to discover this. The writer of Ecclesiastes expressed the same thought thousands of years ago. It is better, he wrote, to have less, but enjoy it more. If you would like to enjoy life more, I challenge you to experiment with me. How could you simplify your life? What could you drop? What could you do without? What could you stop pursuing? What few things could you concentrate on? The more I learn, the more I realize that fullness of life does not depend on things. The more I give up, the more I seem to gain. But words will never convince you. You must try it for yourself. Copyright 1990 Dr. Merrill Douglass/Time Management Corporation Glossary: stuff – abarrotar; empurrar approach – caminho / abordagem boredom – aborrecimento. 41. Which word or phrase in the text, in context, is similar in meaning to: “desperate or wild with excitement, passion, fear, pain; insane”: (A) leisure (B) pursuing (C) drop (D) frantic (E) midst 42. We can make our life happier if we : (A) get rid of useless things. (B) buy more things. (C) sell things we do not need. (D) get more money (E) get married CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 95 Text Carnival Brazil´s most popular and festive Holiday is Carnival. In fact, many people consider Carnival one of the world´s biggest celebration. Each spring, on Saturday before Ash Wednesday, the streets of Brazil´s largest city. Rio de Janeiro, come alive with wild parties, festivals and glamorous balls. The Samba School Parade is the highlight of the four-day- event. About 3,000 performers, clad in ornate costumes embellished with feathers, beads and thousands of sequins, dance down the parade route alongside dazzling floats and into Sambadrome – a dance stadium built for the event. Judges award a prize to the most spectacular group of dancers. Beaches are full of tourists because of carnival. Many ¨cariocas¨ watch samba school parades on TV with their friends. 43. Which of the following information is not in the text? (A) When is Carnival? (B) How long does the celebration last? (C) Where is the Festival? (D) What is the largest city of Brazil? (E) How many people attend the festival? 44.According to the text, it is correct to affirm that: (A) Brazil doesn´t have many popular and festive holidays. (B) Carnival is a popular party because it happens only in the street. (C) The most important part of the festival is the Samba School Parade. (D) The winner of the parade is the biggest school. (E) There are over 3,000 performers in a Samba School Parade. Based on the text below , answer the questions 45 and 46 . Text Piggy banks Mary Barn has been worried about the financial future of America´s women. She runs a company that devises and manages retirement plans. ¨ We ´re making a lot of money, much more than our parents did. But in many areas of the country our houses have lost value. Many of us have been downsized out of jobs. We have little to expect from the Social Security System and we can´t think of retiring at 65 ¨ , says Barn. Women do not put much money aside for a variety of reasons. They come and go in the work force, taking time off early to raise children and , later to tend to elderly relatives. When they do work, they usually earn less. However , societal patterns cannot be blamed for everything . The problem is also a refusal to think about white hair and wrinkles. Before it´s too late, every woman should start thinking of herself. Here are some useful hints: 1. Learn a little more about money. There are plenty of information sources. 2. Start saving now. 3. Take away a percentage from your income, as a tax you´re charging on yourself 4. Avoid spending your money on useless things. One last and very, very important recommendation: the stock market has enjoyed years of above-average growth. Sometimes a downward correction happens and it may be for a month, a few months, a year or more. It´s impossible to say how and when . Build a diversified group of mutual funds and have reasonable expectations. (adapted from Reader´s Digest ) Vocabulary : to run : to administer \ to devise : to orientate \ to manage : to administer \ retirement : a time when a person stops working , usually because of age. \ to downsize : to reduce in size \ aside : apart \ to take time off : to leave \ to raise : to take care ; to be responsible for \ later : after a certain time \ refusal : rejection \ wrinkle : a line on someone´s face that forms as they get old \ hint : suggestion ; advice \ source : fountain ; the place something comes from \ income : money received from work or investment \ to charge : to debit\ downward : reduction , lower , fall. 45. According to the text : (A) lots of American women can expect a solid financial future. (B) there´s not much to expect from the government policy of security. (C) there is a general devaluation of houses in the United States. (D) the great majority of American women have no jobs. (E) Mary Barn worked for a company that deals in retirement plans. 46. All the options are right, except : (A) women tend to forget that they will get old. (B) women´s pay is inferior. (C) women have to take care of children . (D) women usually take care of elderly relatives. (E) women have many reasons to be in work force. Text Learn to code, it’s more important than English as a second language Apple CEO Tim Cook says coding is the best foreign language that a student in any country can learn. The tech executive made the remarks to French outlet Konbini while in the country for a meeting with French President Emmanuel Macron. The tech leader gave some brief thoughts on education: “If I were a French student and I were 10 years old, I think it would be more important for me to learn coding than English. I’m not telling people not to learn English in some form – but I think you understand what I am saying is that this is a language that you can use to express yourself to 7 billion people in the world. I think that coding should be required in every public school in the world.” Of course, it’s in Cook’s best interest to have the world learning how to code. He runs a tech company that depends on access to a constantly growing pipeline of talent. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 96 But it could be in your interest too: studying coding could increase your chances of pulling in a big salary. A computer- science education, at least in countries like the US, is one of the most viable and lucrative career paths open to young people today. But, Cook says, the benefits go beyond that. “It’s the language that everyone needs, and not just for the computer scientists. It’s for all of us”. He added that programming encourages students of all disciplines to be inventive and experimental: “Creativity is the goal. Coding is just to allow that. Creativity is in the front seat; technology is in the backseat. With the combination of both of these you can do such powerful things now.” Adapted from https://www.cnbc.com/2017/10/12/apple-ceo-tim- cook-learning-to-code-is-so-important.html. 47. The sentence “The tech leader gave some brief thoughts on education” (paragraph 1) can be correctly paraphrased in the following terms: (A) The tech leader created regulations on education. (B) The tech leader underestimated education. (C) The tech leader was concerned about private education. (D) The tech leader has been studying coding. (E) The tech leader stated his opinion about education. 48. According to the text, choose the correct statement. (A) Creativity is not a big issue for Tim Cook. (B) Coding is going to be required in every public school. (C) Cook went to France to learn how to code. (D) Cook and people in general can benefit from coding. (E) Coding and creativity don’t make a good combination. Text Exercising Body And Mind at the Same Time? New Device Lets You Read While You Run Engineers from Purdue University have devised a new system that will facilitate a very specific type of physical and mental multitasking — helping treadmill runners to read text on a display screen. The system, called Reading Mate, compensates for constantly bobbing eyes so runners can train for a marathon while reading their favorite novel. “Not many people can run and read at the same time,” said Ji Soo Yi, an assistant professor of industrial engineering at Purdue University. “This is because the relative location of the eyes to the text is vigorously changing, and our eyes try to constantly adjust to such changes, which is burdensome.” Instead of increasing the size of the displayed font, Yi and his colleagues decided to compensate for a runner´s head motion. “You could increase the font size and have a large- screen monitor on the wall, but that’s impractical because you cannot have numerous big screen displays in an exercise room,” Yi said. According to a report on the system published recently in Human Factors: The Journal of the Human Factors and Ergonomics Society, the engineers recruited 15 multitasking volunteers to perform a “letter-counting” test while jogging on a treadmill and using Reading Mate. The participants were asked to tally how many times the letter 'F´ appeared in two lines of text nested in 10 lines of text that were displayed on a computer monitor. While performing the test, the participants wore goggles equipped with infrared LEDs. An infrared camera tracked the motion of the LEDs, essentially recording the movement of the runner’s head. To compensate for the head motion, the displayed text was moved as the volunteers ran along the treadmill with their heads bobbing. The researchers found those who used the Reading Mate system performed better at multi-tasking their physical and mental assignments, particularly when it came to reading smaller font sizes and smaller line-spaced text. Besides aiding people with the novel task of reading while running, the researchers said their system could be used to assist airline pilots or those working in heavy industry. “Both may experience heavy shaking and turbulence while reading information from a display,” Kwon said. “Reading Mate could stabilize the content in such cases.” (Adapted from http://www.redorbit.com/news) 49 According to the text, which alternative is correct? (A) Reading Mate allows street runners to read their favorite novels. (B) Runners compensate for training reading novels. (C) Increasing the size of the displayed font was the solution to adjust the runner's eyes to the text. (D) It's not possible to install monitors in an exercise room. (E) It's stressing for the eyes to adapt themselves to constant movement when reading. Text The photography exercise book by Bert Krages Training your eye to shoot like a pro A while ago I was asked if I’d like to have a look at Bert Krages’ book. My initial thought was that it would pretty much be a list of ‘try this’ exercises. Well in a way it is, in that you really need to go out and try the exercises, not just read about them. In much the same way that my piano playing won’t improve by just buying more books about playing the piano… Try the technical exercises – a desk lamp and an egg really can teach you an enormous amount about the realities of lighting, shadows and reflected light. I’ve been a pro photographer since 2004 and taking the time to do some of the exercises has been of real benefit. A well-written book that is packed with useful images to illustrate the matters at hand. It’s nice to see the author didn’t fall into the trap of only including ‘perfect’ photos – you will look at some and think ‘I could do better than that’ – good! It’s a book for people who want to take more photos and increase their satisfaction from doing so. Definitely one to try if you feel you’re perhaps clinging to some of the technical aspects of photography as a bit of a safety blanket, to avoid the fluffy artsy stuff. Book Author Info. Bert Krages is a photographer and attorney who is the author of two previous photography books, Legal Handbook for Photographers and Heavenly Bodies: The Photographer’s Guide to Astrophotography. adapted from http://www.northlight-images.co.uk/ CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 97 50. What kind oftext is this? (A) Autobiography. (B) Book review. (C) Letter. (D) Recipe (E) novel. 51. The verb To try underlined in the text can be replaced by : (A) pass away (B) brag (C) boast (D) attempt (E) neglect Text Smart traveler, expert opinion about the airport The first piece of advice is, people should always carry a good book. It helps to pass the time as you wait for your delayed flight. Don’t forget to take a sweater or a jacket on the plane. It can get very cold on a long night flight. And then there is airline food. Take a snack (cookies or fruit) with you. Sometimes the food is late, sometimes it doesn’t arrive at all, and it’s never very good. 52 Based on the text, we can infer that (A) flights are always delayed. (B) the food served on the plane is excellent. (C) the airline companies never serve fruit or cookies. (D) people should take warm clothes, in case the temperature goes down on the plane. (E) people ought to take cold clothes in case the temperature goes up on the plane . Text At the library Today, Mike and his mom are going to the library. Mike wants to find a book to read. His mom wants to use a computer there. When they get to the library, Mike finds a book about detectives. He also finds a book with chapters about a friendly ghost. Finally, he finds a book about a man who lives in the woods without food or water. He puts the books on the front desk and waits for his mom. Mike's mom sits at one of the computers in the library. She checks her email and looks at pictures of flowers on the internet. Then she reads a news article on a website. Mike's mom leaves the computer and walks over to Mike, holding up something out for him. “I got that movie for us to watch tonight," says Mike's mom. “Are you ready to leave?” "Sure," Mike says, now holding the movie out in front of him. He puts his books and the movie on the front desk to check out. A librarian stands behind the counter holding an electronic scanner. "How long can we keep them?" Mike asks her. "Three weeks," says the librarian. "Cool," says Mike. 53. Based on the books Mike finds to check out, we can tell that he is interested in (A) science (B) nature (C) mystery (D) adventure (E) drama Text While mayors around the world spend their time making excuses for crime, drugs and urban decline, Jaime Lerner of Curitiba, Brazil, tries to be modest about his city’s success. In 1970, he started low-cost programs to build parks, control garbage, house the poor and develop a mass-transit system. “Services like parks and high-quality public transportation give dignity to the citizen, and if people feel respected, they will assume responsibility to help solve other problems”, says Lerner. 54. According to the text: (A) Curitiba´s success has not made Lerner worldly known. (B) Lerner has not been able to solve crime and drug problems. (C) Lerner does not care for the poor. (D) Lerner’s success is attributed to his low-cost programs. (E) Lerner is an impolite person . 55. What natural disaster are the penguins facing? (A) blizzard (B) Flood (C) Tsunami (D )Tornado (E) Gale Text - ESPCEX- 2017 CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 98 A Handwritter Note From September 11 In moments of crisis, our first thoughts are usually to get in contact with the people we love. September 11, 2001, was a day when many people wanted to know that their loved ones were safe. At 9:37 a.m. the Pentagon was attacked by terrorists who crashed an airplane into the western side of the building. Many people tried using the mobile phones that existed then, but few were successful. Franklin and Daria Gaillard (Frank and Chip ) were both members of the Air Force and worked at the Pentagon. They worked in different parts of the building and had a previous agreement that they would meet at their car in the parking lot if there were any emergency. Daria was the first to arrive at the car and wrote a note to Franklin saying "Frank—Sweetie I am okay. I'm w/ my office over by the Lyndon B. Johnson Memorial Sign. I'll stay there till you come. Love lots & lots, Chip. "Frank found the note and was able to locate his wife in the aftermath of the attack . What makes this story so interesting is the handwritten note. Today in our digital culture we have a variety of ways to let people know that we are safe. Text messages, voicemail, and different forms of social media can be used to get the information out to loved ones. In 2001 when these attacks happened , the cellular network was still growing and was not as robust as it is today. This letter is just one of the many objects that The National Museum of American History has collected since 2001. To learn more, visit our online exhibition September 11th : Bearing Witness to History . Adapted from : http://americanhistory.si.edu/blog/handwritten- note-september-11-2001 56. According to the text , choose the correct statement : (A) Frank and Chip found a note on the Western side of the building . (B) Frank and Chip wrote a note together before the attack . (C) Frank and Chip had a meeting at the Air Force HQ. (D) Frank and Chip depended on a pen and paper to communicate. (E) Frank and Chip located each other using social media . 57. In the sentence ¨ the cellular network … was not as robust as it is today ¨ ( paragraph 4 ) , the word robust means : (A) capable of producing repeated failures in bad conditions. (B) capable of performing without failure under a variety of conditions . (C) capable of predicting critical weather changes in other countries . (D) capable of creating standard responses to technical problems. (E) capable of manufacturing its own components in bad conditions. Text The New York Times Schools Relax Cell phone Bans, Nodding to Trend By MATT RICHTEL Lunch time means cell phone time for Gray Taylor, 15, and fellow students at Eastern High in Lansing, Mich. Carol T. Powers, NYT LANSING, Mich. – Sitting in his second-period computer class at Eastern High School, Gray Taylor, 15, felt his cell phone vibrate. To avoid being caught by the teacher, he answered quietly – and discovered an unexpected caller. “Why are you answering the phone in class?” Gray’s mother asked. He whispered back, “You’re the one who called me.” His mother said she had intended to leave a question on Gray’s voice mail. Such scenes are playing out across the country, as hundreds of high schools have reluctantly agreed to relax their rules about cell phones in schools. Rather than banning the phones outright, as many once did, they are capitulating to parent demands and market realities, and allowing students to carry phones in school – though not to use them in class. The reversal is a significant change from policies of the 1990’s, when school administrators around the country viewed cell phones as the tools of drug dealers. In Florida, carrying a cell phone in school could be punishable by a 10- day suspension. In Louisiana, it was deemed a crime, with a potential penalty of 30 days in jail. But now the phones have become tools used by parents to keep in touch with, and keep track of, their children. And schools are facing a more basic reality: it is no longer possible to enforce such bans. Thanks to the falling prices of mobile phones, and the aggressive efforts by carriers to market “family plans” to parents and teenagers, the phones have become so commonplace that trying to keep them out of schools would be like trying to enforce a ban on lip gloss or combs. Adapted from The New York Times, September 2004, www.nytimes.com 58. According to the text, schools are now allowing the use of cell phones:(A) because of students ‘parents’ orders . (B) because drug dealers no longer use them. (C) In order to offer students one more tool to cheat on tests. (D) to help cell phone companies sell their products. (E) so that students can tell their parents their grades before getting home. 59. The text says that: (A) cell phones should be set to the vibrating mode when unexpected callers call students. (B) parents use their children’s cell phone to keep in touch with the school. (C) using a cell phone in class can be punishable by a 10- day suspension. (D) students are only allowed to use their cell phone voice mail in class. (E) carrying a cell phone to school is as common as carrying lipstick nowadays. CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 99 Text Alcohol and Fats It's a relief to know the truth after all those conflicting medical studies. The Japanese eat very little fat and suffer fewer heart attacks than the British or the Americans. The French eat a lot of fat and also suffer fewer heart attacks than the British or the Americans. The Japanese drink very little red wine and suffer fewer heart attacks than the British or the Americans. The Italians drink excessive amounts of red wine and also suffer fewer heart attacks than the British or the Americans. The Germans drink a lot of beer and eat lots of sausages and fats and suffer fewer heart attacks than the British or the Americans. Conclusion: Eat and drink whatever you like. Speaking English is what apparently kills you. 60. Analyze the sentences below and choose the correct answer to complete the True or False according to the text: ( ) The Japanese eat less fat than the Germans. ( ) It is not what you drink or eat that says whether you have a heart attack. ( ) If you don't speak English, the globalization will kill you. ( ) The medical studies were always conclusive. ( ) Drinking alcohol and eating fat is good for your health. (A) T – T – F – F – F (B) T – F – F – T – T (C) F – F – F – F – F (D) T – T – T – T – T GABARITO 1. C 2. C 3. C 4 D 5. C 6. D 7. B 8. D 9. C 10. A 11. A 12. D 13. A 14. A 15. A 16. D 17. E 18. C 19. D 20. B 21. D 22. C 23. A 24. C 25. E 26. C 27. B 28. D 29. B 30. A 31. B 32. A 33. D 34. C 35. D 36. D 37. C 38. C 39. D 40. A 41. D 42. A 43. E 44. C 45. B 46. C 47. E 48. D 49. E 50. B 51. D 52. D 53. C 54. D 55. B 56. D 57. B 58. A 59. E 60. A CAPÍTULO I “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 100 CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 101 CAPÍTULO II – TENSE VERBS II Verb to be ( present x fast ) - there to be ( present , past , future ) - Past Continuous - Simple Past - Present Perfect ( part 1) + review To Be ( present) Forma Afirmativa Forma Interrogativa Forma Negativa I am / I´m easygoing. Am I creative ? I´m not bossy. You are / You´re vain. Are you jealous? You aren´t selfish. He is / He´s weird. Is he serious ? He is not /He isn´t brave She is/ She´s funny. Is she demading? She is not /She isn´t dull It is / It´s awful. Is it expensive? It is not/ It isn´t cheap. We are/ We´re tired. Are we stupid? We are not /We aren´t ill You are / You´re sick Are you crazy? You are not /You aren´t late TO BE ( PAST ) - O VERBO NÃO NECESSITA DO AUXILIAR DID NAS FORMAS INTERROGATIVAS E NEGATIVAS. BASTA INVERTER A POSIÇÃO NA NEGATIVA E ACRESCENTAR O NOT NA FORMA NÃO ABREVIADA. *** Observação 1 - USAREMOS WAS ou WERE *** Observação 2 - I / HE / SHE / IT = WAS / WAS NOT / WASN´T *** Observação 3 - WE / YOU / THEY = WERE / WERE NOT / WEREN´T FORMA AFIRMATIVA FORMA INTERROGATIVA FORMA NEGATIVA I was Was I ? I was not / I wasn´t You were Were you ? You were not /weren´t He was Was he ? He was not /wasn´t She was Was she ? She was not /wasn´t It was Was it ? It was not /wasn´t We were Were we ? We were not / weren´t You were Were you ? You were not /weren´t They were Were they ? They were not /weren´t Aff : They were anxious last weekend. Int : Were they anxious last weekend ? Neg : They were not /weren´t anxious last weekend. Aff: The movie was great . Int : Was the movie great ? Neg : The movie was not \ wasn´t great . THERE TO BE ( present x past ) o There to be que muitas vezes é confundido com o To have. O There to be divide-se em: There is ( singular) e There are ( plural). O To have quer dizer : tem - Usaremos em caso de posse. Ao usarmos o There To Be no presente, temos que ter cuidado ao com essa estrutura, pois quando usarmos o There is o substantivo tem que estar no singular para acompanhar o verbo e no There are o substantivo tem que estar no plural. A tradução no entanto do ¨there is ¨ pode ser : há ou existe e a do ¨there are ¨ pode ser há ou existem. Aff: There is a very good movie on tv tonight. Int: Is there a very good movie n tv tonight ? Neg: There isn´t a very good movie on tv tonight. Aff: There are several expensive stores at ViIllage Mall. Int: Are there several expensive stores at Village Mall ? Neg: There aren´t expensive stores at Village Mall. There Was ( singular , past ) X There Were ( plural , past ) Aff : There was a child nearby your house . Int : . Was there a child nearby your house ? Neg : There was not /wasn´t a child nearby your house. Aff :There were many ferrets at that store. Int:. Were there many ferrets at that house ? Neg: There weren´t many ferrets at that store. THERE TO BE - FUTURE Aff : There will be a terrfic movie on tv tonight Int : Will there be a terrific movie on tv tonight ? Neg: There will not be / there won´t be a terrific movie on tv tonight. Aff: There will be an interesting play at Miguel Falabella theater. Int : WIll there be an interesting play at Miguel Falabella theater ? Neg: There will not be an interesting play at Miguel Falabella theater. PAST CONTINUOUS : É formado pelo passado do verbo TO BE + ING . I – HE – SHE – IT ( was ) / WE- YOU – THEY ( were ). Eg1.: They were withdrawing some money. / She was sweeping the house. Formas : Aff. She was searching for an article in the paper. Int . Was she searching for an article in the paper ? Neg. She was not (wasn´t ) searching for an article in the CAPÍTULO II “Nenhuma deficiência resiste ao trabalho” - Bernardinho 102 paper. *** OBSERVAÇÃO 1 – O Past Continuous é usado para expressar ações que estavam ocorrendo num determinado momento do passado. Eg 2.: They were bleeding 5 min ago . *** OBSERVAÇÃO 2- Ações que estavam acontecendo quando outra ação aconteceu. Eg 3.: They were having brunch when I got home . *** Observação 3 – Duas ações que estavam acontecendo ao mesmo tempo. Eg 4 .: She was stealing my umbrella while I was going to the restroom. PAST - GOING TO = Verbo To Be + GOING TO + Verb *** PAY ATTENTION - Usaremos para dizer que uma ação ia acontecer, mas por um motivo qualquer , ela não aconteceu. Muitos alunos quando fazem conversação , especialmente , nos cursos de inglês , não sabem estruturar esse tempo verbal , começam a gaguejar ou muitas vezes ficam calados , pedindo uma ajuda. Imagine que você ia falar algo , mas não disse... como você diria isso ? Eg 5.: I was going