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Conceito: compreender os diferentes aspectos relacionados ao modo de ação de fármacos. Específicos: - Definir e compreender as diferentes formas de interação entre os fármacos e seus alvos que resultam no efeito terapêutico; - Discutir aspectos relacionados à seletividade e especificidade; - Discutir as interações fármaco-receptor e suas consequências na função celular - Discutir o efeito dos fármacos como moduladores de funções fisiológicas - Discutir aspectos quantitativos e qualitativos da interação fármaco-receptor. Farmacocinética: “o que o organismo faz com o farmaco”. Farmacodinâmica: “o que o fármaco faz com o organismo”. Estuda a relação entre a interação do fármaco com seus alvos e as consequências desta interação. Alvo ≠ Receptor Alvos Farmacológicos: são sítios de ligação que possuem características químicas especificas que permitem a ligação do fármaco resultando em efeitos através de alteração da função fisiológica. A grande maioria dos sítios de ligação - as proteínas alvo proteicos para ligação de fármacos: receptores – enzimas - moléculas carreadoras – canais iônicos. Receptores: moléculas proteicas cuja função é reconhecer os sinais químicos endógenos e gerar respostas a eles. Receptores fisiológicos. QUEM SÃO OS ALVOS PROTEICOS PARA LIGAÇÃO DE FÁRMACOS 1. Receptor Nicotínico Conhecido como receptor ionotrópico, pois tem uma proteína com várias subúmidas, e um canal iônico no meio (A). Temos sítio de ligação para a substância endógena (Ach) e uma vez que essa acetilcolina se liga nesses sítios, temos uma mudança de conformação dessa proteína fazendo com que os poros se abram e permita a passagem de íons. Basicamente, essa comunicação intracelular entre fármaco-receptor que ocorre (A), essa produção de sinal é decorrente de alterações de conformação desses alvos e receptores. 2. Receptores β-adrenérgico Farmacodinâmica alvos receptores ●Agonista ●Agonista parcial ● Agonista inverso ● Antagonista competitivo ● Afinidade ● Eficácia ● Antagonismo FARMACODINÂMICA x FARMACOCINÉTICA 1. - Receptor nicotínico 2. - Receptores b-adrenérgico 3. - Enzimas 4. - Moléculas carreadoras Conhecido como receptor metabotrópico, possui uma noradrenalina ali no meio (cadeia vermelha) que fez um esquema com os receptores (tubos azuis) de forma que se liguem (ligação química). 3. Enzimas Exemplo: acetilcolinesterase Inativadora da acetilcolina. Se pegarmos uma substancia que bloqueie de alguma forma essa enzima, ela vai deixar de catalisar uma determinada reação, ou seja, alterar sua reação fisiológica. Mas a função primária dessa enzima é catalisar reações e por isso se chama de receptor. *no final, percebe-se que todas essas interações com esses diferentes alvos proteicos, vão se certa forma interferir em algum ponto uma interação entre um mediador químico e um determinado receptor.* 4.Moléculas carreadoras: NET, DAT, SERT São outros tipos de alvos. Exemplo: recaptada, e não sendo recaptada ela fica mais tempo na fenda sináptica e gerando uma consequência fisiológica. Canais iônicos: permitir passagem de ions. Existem vários canais iônicos, por exemplo o canal sódio dependente de voltagem: Seu papel é permitir entrada de sódio diante de uma despolarização, e permitir a propagação de sinal. Pode bloquear esse canal ionico? Pode, os anestésicos locais bloqueiam canais de sódio dependentes de voltagem. Mas a função primária desse canal de sódio depenente não é receber alguem, e sim para sair, por isso esse tipo de canal ionico não é um receptor. Exemplo de canal receptor nicotínico: é um canal iônico mas tem um sitio de ligação para um mediador. INTERAÇÕES FÁRMACO – RECEPTOR O farmaco diante do receptor vai formar um complexo Farmaco-Receptor que pode resultar ou não em um efeito. Exemplo: Adrenalina - ela pode interagir tanto com receptores β quanto os receptores α . Uma vez que ela aativa se ligando nesses receptores, vai mudar a conformação da proteína e ativar uma cascata de sinalização intracelular. Essa cascata de sinalização intracelular é diferente da cascata de ligação mediada pela adrenalina no receptor alpha. Logo, entende-se que precisamos de uma substancia (epinefrina) que se ligue no receptor (beta adrenérgico) por afinidade e com capacidade de mudar a conformação da proteína e promover uma sinalização intracelular que no qual será responsável pelo efeito. Há algumas substancias que pode se ligar ao receptor e não desencadear resposta. Quem define o efeito não é o fármaco e sim o receptor e muito mais que o receptor, a via de transdução de sinal acoplada ao receptor. Temos a serotonina liberada que pode reagir com 5-HT receptores. A principal forma de término de ação da serotonina é pelo processo de recaptação e se bloquear essa ptn de recaptação, essa serotonina não vai ser (β) (α) Então por exemplo, a mesma adrenalina pode causar relaxamento do musculo liso mediado pelo receptor beta quanto gerar contração do musculo liso pelo receptor alpha1. ESPECIFICIDADE x SELETIVIDADE A diferença da adrenalina para noradrenalina faz com que ela tenha afinidade – a capacidade e se ligar e troca de sinal em receptores beta que a noradrenalina não tinha anteriormente (beta 2). Resumindo, pequenas alterações nas estruturas desses compostos podem mudar as atividades deles. Muitas vezes essas alterações nas atividades deles não muda necessariamente a capacidade de ativar determinado receptor, mas pode fazer que precise de doses maiores para produzir efeito. RELAÇÕES ENTRE OCUPAÇÃO DOS RECEPTORES E EFEITO Estudamos a ligação através de uma curva de ligação, pegamos o composto, colocamos diante de um receptor e teremos o perfil de curva. Ou seja, conforme aumento a concentração da substancia do fármaco, aumentamos a ligação FR ate que ocorre uma saturação. • Bmax – capacidade de ligação, densidade de receptores; • Kd – afinidade • Aplicações – redução ou aumento do n° de receptores Se analisarmos essa curva da figura B tiramos 2 parametros: 1. Bmax (ligação maxima representando a saturação)- Porque satura? Porque apesar de conseguir aumentar a concentração de fármaco, o n° de receptores é finito e acaba. Então esse Bmax acaba basicamente definido pelo n° de receptores para aquele determinado farmaco, ou seja, do ponto de vista farmacodinamico o significado dele é refletir de forma indireta o n° de receptores. 2. Kd ( constante de associação do fármaco) - na figura temos a ligação e o eixo x formado e daí tiramos uma concentração do farmaco capaz de produzir uma ligação de 50% da ligação máxima, e um pontinho dessa curva vermelha que será o Kd. Ou seja, o Kd significa que tem-se 50% de receptores ligados aos farmacos e 50% de receptores não ligados. Tranformando esse eixo de ligação em Log da concentração, essa hipérbole se transforma em sigmóide (Figura C ) é mais fácil de visualizar a concentração do fármaco que produz 50% da ligação máxima (Bmax). imagine que tem dois fármacos e calcular essa concentração (o Kd dele) e imagine uma outra curva acima dele do segundo fármaco em que o Kd estiver. Nesse segundo fármaco o Kd dele é menor do que o primeiro fármaco, e significa que um fármaco de concentração menor e capaz de produzir uma mesma ligação que o outro fármaco produzia em uma concentração maior. Isso reflete que: quanto menor for o Kd, significa que precisa de uma menor concentração para ocupar receptores porque tem maior relação química do farmaco como receptor (afinidade), e por isso que quanto menor o Kd, maior a afinidade do fármaco pelo seu receptor. RESUMINDO: o Kd representa a constante de dissociação do fármaco obtida a partir de uma curva de ligação. Do ponto de vista farmacodinâmico, o significado dele é representar afinidade do fármaco pelo seu receptor. Falando agora da segunda parte das RELAÇÕES ENTRE OCUPAÇÃO DOS RECEPTORES E EFEITO: sistema de banho de órgão isolado. Uma vez que o fármaco se liga ao receptor ele vai produzir efeito. Conforme aumenta a concentração do fármaco, o efeito vai aumentando (linha vermelha) até o momento que ocorre uma saturação (quando chega la em cima) e essa saturação ocorre podendo ser pelo fato de ter acabado os receptores disponíveis e tem correlação direta com ligação, ou outa explicação é a perda de sinal. O gráfico é de concnetração do farmaco com a resposta que ele produz. Na curva vermelha vemos que conforme aumenta a concentração de farmaco e produziu efeito ate que chegou no máximo, que neste caso chamamos de Emax (que está igual à resposta tecidual que estpa em 100) . Outro ponto que temos é conforme a concentração de fármaco que vai produzir 50% do Emax, que chamaremos de Ce50. Ce50 – parametro de potencia. Repare que a Ce50 do farmaco da linha verde é menor do que a Ce50 do farmaco da linha vermelha; significa que o verde é mais potente que o vermelho, ou seja, o CE50 é medida de potencia e Emax reflete a capacidade que o fármaco em de produzir efeito. Existem duas curvas diferentes, uma delas é a curva de concentração e efeito do fármaco (A) e fármaco ligado ao receptor (B). A curva A é mais complexo, representa efeito que depende tanto da ligação quanto da tradução de sinal, que nos dá Emax (efeito máximo que fármaco produz) • Emax igual a 100 temos agonista pleno • Emax menor que 100 do efeito máximo, temos agonista parcial. • Se não produz efeito nenhum, concentração do fármaco sem efeito, temos antagonista. Essa curva B tem fármaco-receptor que nos dão parâmetros específicos, onde Bmax (saturação onde todos os receptores ocupados), Kd (constante de dissociação do fármaco) que representa a quantidade de concentração que leva a 50% da ocupação máxima do Bmax. Emáx CE50 ASPECTOS QUANTITATIVOS DAS INTERAÇÕES FÁRMACO-RECEPTOR 1. REAÇÃO DE BINDING – EQUAÇÃO DE HILL-LANGMUIR Temos uma hipérbole determinada pela equação de Hill-Langmuir. A proporção de receptores ocupados (pA) vai depender da concentração de fármaco (xA), ou seja, quanto mais fármaco tiver maior a chance de interagir com receptor, e vai depender também da afinidade do fármaco (Ka mesma coisa que Kd). Esse Ka reflete a afinidade do farmaco-recetor, ou seja, quanto menor for o Ka ou Kd maior a afinidade, logo, quanto maior o Kd maior a ocupação. A ocupação depende de concentração de farmaco e afinidade de farmaco pelo receptor. 2. Ligação quando mais de um fármaco está presente Quando se tem o antagonista junto na mesma preparação, porque se desloca a curva para direita? Pois o novo fármaco possui uma determinada concentração e uma determinada afinidade pelo receptor, então a ocupação por aquele agonista (pA) vai depender não só da sua própria concentração (xA) e da sua própria afinidade pelo receptor (Ka), como também vai depender da concentração do antagonista (xB) e da afinidade desse antagonista tem pelo receptor (Kb). Mas a afinidade pelo receptor não vai mudar, então o que vai interferir na ocupação dos receptores pelo agonista será a concentração do antagonista (Xb) presente; por isso conforme for aumentando a concentração de antagonista vai deslocando essa curva de agonista para direita. 3. O grau de desvio para a direita em escala algorítmica representa a razão rA Na figura A, quanto maior for essa concentração de antagonista maior a deslocação da curva de agonista (↑Ce50 do agonista). Pode estabelecer uma razão entre CE50 original (linha azul 0) que é a concentração que precisava para obter 50% do efeito máximo, e essa nova CE50 estabelecida na presença de determinada concentração de antagonista. Logo, tinha CE50 com zero de antagonista e tem uma nova CE50 de agonista na presença de 10-8 de antagonista, depois tem-se uma nova CE50 na presença de 10-7 na presença de novo antagonista e assim por diante... Essa relação entre CE50 nova e CE50 original, chamamos de razão de dose que reflete esse grau de desvio. Se pegarmos essa razão de dose e colocarmos num gráfico, vamos perceber que essa contagem de razões de dose geradas por diferentes concentrações de antagonista segue em formato linear (reto). Quando se tem uma curva de ligação definimos alguns parametros (Kd e Bmax). Um agonista tem afinidade pelo receptor, entao se colocar ele junto do receptor e fizer uma curva de ligação desse agonista, vamos tirar o Kd do agonista e o Bmax está presente na curva. Se por um acaso colocarmos um antagonista (uma curva de ligação antagonista) vamos tirar o Kd desse antagonista pois na curva de ligação não teve efeito. O que diferencia o antagonista do agonista é a capacidade de produzir efeito. Na curva de ligação definimos a afinidade de agonista e afinidade de antagonista. Uma medida de potencia para o agonista é o CE50 (quanto menor a CE50 maior a potencia do fármaco) que é decorrente da ligação e também da tradução de sinal porque é uma concentração do farmaco agonist que produz 50% do efeito máximo. Se tivermos o antagonista que não tem atividade intrinseca, entao não da pra calcular a CE50 do antagonista, logo, como medir a potencia de antagonista? 1° - saber que a CE50 é consequencia de ligação e tradução de sinal (Kd só de ligação). 2° - se o antagonista não induz tradução de sinal, podemos chegar a conclusao que a potencia de um antagonista é diretamente relacionado a sua afinidade pelo receptor/ pelo Kd. Kd é uma medida de afinidade que retira-se de uma curva de ligação (antagonista e agonista), a potencia retiramos da curva de concentração efeito de agonista (CE50), como antagonista não produz efeito precisamos determinar um novo parametro para determinar essa potencia do antagonista. Antagonista – diminuir efeito do agonista. Se a razão de dose for igual a 2 significa que 2-1=1 e Log de 1 = 0. Ou seja,quando tiver uma concentração de antagonista igual seu Kd, temos uma razão de dose=2 e um ponto cruzará o eixo das abcisas, e esse ponto será igual ao Kd do antagonista. É através dessa curva de concnetração de efeito do antagonista que consegue determinar o kd do antagonista sem fazer uma curva de ligação. O foco é determinar a potencia do antagonista que esta diretamente relacionada ao Kd (Afinidade). E calcula-se assim: A concentração de antagonista que induzir uma rA=2 do agonista, esse valor vai ser igual ao do Kd. Então quando pegar uma concentração de antagonista = kd, vamos induzir o deslocamento da curva de agonistas 2x numa razão de dose = 2. Aí é onde entra o Log. ANTAGONISMOS FORMAS DE ANTAGONISMO 1. Antagonismo Competitivo Reversível Temos o recepor (quadradinho vermelho) e um sítio rceptor em que tanto agonista quanto antagonista vao competir por este sítio. O Antagonismo Reversível na presença de uma concentração fixa de antagonista, temos o deslocamento a curva concentração-efeito do agonista para a direita sem alteração da inclinação ou diminuição do Bmax. É reversível pois a ligação do antagonista comsitio de ligação é relativamente fraca, entao se aumentar a concentração do antagonista desloca-se o agonista e consegue restabelecer a conexão do sítio-receptor. Pode ter um antagonista competitivo e estar fazendo o efeito direto, mas pode usar o antagonismo competitivo para modular uma função fisiologica de forma indireta. Lembre-se: Fármaco com autorização (?) do receptor produz a ligação e depois o efeito. Muitas vezes, mesmo de forma indireta, aumenta-se a disponibilidade do fármaco ou de um mediador endógeno para que ele aumente sua chance de se ligar com o receptor, ou seja, de certa forma interferindo. Exemplos ❖ Acetilcolina O neurotransmissor acetilcolina interage com receptores muscarínicos e com receptores nicotínicos, quando aumenta a quantidade de acetilcolina nos receptores muscarínicos, temos alta atividade parassimpática, levando ao aumento da motilidade gastrointentinal, aumento da salivação, etc. Quando ela interage com os receptores muscarínicos, se administrado o antagonista competitivo reversíve Atropina, reduz a motilidade gastro e a salivação. A acetilcolina quando interage com receptores nicotínicos induz a contração muscular, se adm o antagonista competitivo Tubocurarina leva ao relaxamento muscular pois diminui a chance da acetil inteagircom esses receptores. ❖ Noradrenalina A noradrenalina interage com receptores Alfa 1 e isso promove vasoconstrição, e eleva a PA. Se adm o antagonista competitivo reversível Prasozin, abaixará a PA e relaxamento as arteríolas. ❖ Morfina Morfina é agonista de receptores opióides Mu, a morfina em altas doses pode causar depressão respiratória e adm seu antagonista Naloxona. 2. Antagonismo Competitivo Irreversível Se ligam no mesmo sítio receptor porém o antagonista vai estabelecer uma ligação muito forte com esse receptor, e dessa forma não adianta aumentar a concentração de agonista já que não vai conseguir deslocar esse antagonista (ele faz ligação covalente com o receptor). Como consequencia disso, Curva Concentração-Efeito de um agonista: Agonista sozinha (1° linha) lá em cima obteve um efeito de resposta máxima tecidual (chegou lá nos 100), e quando colocamos esse agonista na presença de um antagonista irreversível, percebemos justamente a redução do efeito máximo, e é essa a caracteristica do antagonismo reversível!! Existem também os receptores de reserva. Para produzir o efeito máximo igual a respota máxima tecidual, o agonista não precisar ocupar todos os receptores e se tiver antagonista com a concentração muito baixa , pode ser que mesmo ocupando uma parte dos receptores, ainda consiga atingir o efeito máximo igual a resposta máxima tecidual do agonista. O antagonista irreversível diminui a chance do agonista interagir com os receptores e ter resposta-efeito máximo. Ponto de vista clínico de Antagonismo Irreversível: ❖ Fenxibenzamina – antagonista alfa- adrenérgico Dificil de achar, mas presente em algumas toxinas, mas no ponto de vista terapêutico o fenxibenzamina com antagonista alfa-adrenérgico. Os opioides são medicamentos com efeitos analgésicos e sedativos potentes Tumor de adrenal com grande aumento de liberação de catecolamina que leva ao aumento a hipertensão crônica, e isso faz uma condição permanente de hiperestimulação nos receptores adrenérgicos e administra o antagonista receptor alfa-adrenergico competitivo irreversível . 3.Antagonismo Não–Competitivo Dois compostos (triangulo e bolinha) interagindo com o mesmo receptor (quadrado vermelho), mas em sitios diferentes, chamamos de modulação alostérica negativa onde a interação de um composto em outra parte de um receptor vai modiificar a ação do agonista. Podemos ter várias situações na curva de agonista na presença de antagonista, uma delas é a redução de efeito máximo pois como não stao competindo pelo mesmo sítio então não adianta aumentar a concentração de agonista porque se a interação dele com o receptor de certa forma prejudicar a capacidade do agonista em se ligar ao receptor p/ traduzir sinal, como o sítio é diferente então não adianta aumentar a quantidade de agonista porque não vai superar o bloqueio. QUAL INTERESSE DESSES COMPOSTOS/MODULADORES ALOSTÉRICOS? Existem vários laboratorios desenvolvido esses moduladores alostericos com diferentes objetivos: Na verdade, quando estou modulando um outro sitio receptor, a possibilidade de modulação aumenta bastante. Exemplo: um receptor acoplado a um canal ionico (receptor de glutamato); glutamato se liga ao receptor AMPA (?) que abre um canal de sódio. Se utilizar um antagonista competitivo impedirá a função do glutamato, mas se só modificar a conformação desse canal talvez consiga respostas mais graduadas, como assim? Consiga diminuir um pouco a função do receptor mas sem comprometer a função fisiologica. A função dos moduladores alostéricos é tentar respostas graduadas a antagonistas competitivos. 4. Antagonismo Indireto Temos o Agonista que se liga no receptor e vai ativar uma cascata de sinalização intracelular(setinha para o efeito), e neste caso o antagonista não vai interagir com o receptor, ele vai de certa forma interferir na cascata de sinalização gerada ali pelo agonista, impedindo o efeito. Cuidado, como não existe competição, se pegar o antagonista e colocar em uma preparação de ordem isolada (grafico preto) muitas vezes não veem redução de efeito máximo, então não adianta aumentar a concentração de agonista, pois vai chegar um momento que não vai conseguir traduzir sinal. (podem confundir com curva de ligação). Exemplo de Antagonista Indireto: Beta Adrenergico (noradrenalina) A noradrenalina sob o receptor Beta-Adrenérgico vai promover a contração do musculo cardíaco (Ca2+) mediante uma via de sinalização dependente de calcio, ou seja, atiivação de ptn quinase dependente de cAMP-PK que vai fosforilar o canal de cálcio que será importante para a contração muscular. Se bloquear esse canal de cálcio mesmo que a noradrenalina se ligue ao receptor Camp-pk ativando a cascata de sinalizaçao até um certo ponto, o vetor final será impedido de produzir seu efeito. 5.Antagonismo Fisiológico O agonista e outro agonista que produzem respostas antagonicas. Por exemplo, a noradrenalina induz taquicardia e acetilcolina induz bradicardia e ambos são agonistas, mas seu efeitos são antagonicos. Exemplo de situação: mecanismo de secreção ácida gástrica: A célula ECS que libera Histamina e que vai interagir com receptor H2 que estão presentes nas celulas parietais que vão produzir a secreção ácida. A histamina é um agonista, se adiministrar um antagonista competitivo ( Bloqueador H2 - ranitidina), impedirá a ação da histamina realizando antagonismo competitivo reversível pois estão no mesmo sítio. Se bloquearmos a bomba de prótons (B em verde lá embaixo) em relação à histamina, estabeleceremos um antagonismo funcional, porque apesar de estimular a celula parietal a liberar ácido, estamos com Hidrogenio+ bloequeado então não vai adiantar nada liberar histamina. O inibidor de prótons também exerce uma função de antagonista em relaçao a histamina. Exemplo 1: antiinflamatórios esteroidais AINEs que inibem a sintese de prostaglandinas. Essas prostaglandinas são agonistas de alguns receptores que estão na celula que libera histamina, e sua função é de diminuir a secreção de histamina e regulam a secreção ácida. Mas um dos efeitos adversos dos AINEs são aumento de secreção ácida gástrica, pois elas diminuem a sintese de prostaglandinas que é um regulador que vai influenciar a secreção ácida-gástrica. Logo,se adm um antagonista do receptor de histamina, estará estabelecendo o antagonismo funcional em relação a aquele efeito adverso dos AINEs que é reduzir a sintese prostaglandina e aumentar a ecreção ácida-gastrica, entao se diminui a secreção ácida-gastrica estabelecemos uma forma de antagonismo ali. 6.Antagonismo Químico Agentes quelantes – dimercaprol se liga a metais pesados. EFEITO COMBINATÓRIO Interações entre fármacos: • Associações com finalidade terapêutica. • Interações indesejadas 5-20% das reações adversas de fármacos 30% das reações adversas fatas devido à interação. 1. ASSOCIAÇÃO DE FÁRMACOS - Vantagens: melhoria da eficácia terapêutica e redução de efeitos tóxicos. - Desvantagens: perda da eficácia terapeutica e aumento da toxicidade. 2. INTERAÇÕES ENTRE FÁRMACOS Há dois tipos de interações, farmacodinamica e farmacocinética. - Farmacodinâmica: modificação do efeito farmacologico sem alterar/modificar a concentração no liquido inersticial (local de ação). Tinha um fármaco de determinada concentração e está chegando no alvo com a mesma concentração que chegava anteriormente, mas devido a alguma interação farmacodinamica o efeito dele esta sendo aumentado ou diminuido. - Farmacocinética: alteração da concentração de fármaco no local de ação. Um farmaco sozinho atingiu uma concentração x do alvo, na presença de um outr fármaco essa concnetração diminui ou aumenta. Se a concentração no local de ação aumentar ele terá mais chance de interagir com receptor e produzir efeito maior e muitas vezes se aproximar da faixa de toxicidade. O contrário é verdadeiro, se a concentração no local de ação diminuir, associamos a perda de eficacia terapeutica. O tipo de interação não tem nada a ver com antagonismo ou sinergismo. SINERGISMO x ADIÇÃO x ANTAGONISMO Em uma situação contrária dessas, quando dois fármacos se associam produzem efeito maior e mais qualitativo e chamamos isso de sinergismo. Se associar dois fármacos diferentes que geram efeito no mesmo sentido, mas não existe nem o aumento de efeito de cada um e nem a redução de efeito individual, isso chamamos de adição. Soma dos dois efeitos, mas sem aumentar ou diminuir o efeito de cada um individualmente. Temos fármaco A e B que produzem efeito igual. Se pegarmos efeito de A (50%) e efeito do B (50%) temoso que chamamos de adição. Se pegarmos A e administrei junto com B e ao invés de dar 100, deu algo maior chamamos de sinergismo. Na coluna cinza o efeito dos dois fármacos deu resultado menor que 100, chamamos então de antagonismo. EFEITO COMBINADO DE FÁRMACOS A adição ser exata a 100 é quase impossivel chegar nesse valor exato, logo, chamamos de adição quando o valor é dentro de uma certa faixa, geralmente dá 105 ou 190 está ainda dentro do que consideramos adição. Conforme aumentamos a concentração de alguma droga A e droga B, vemos os efeitos. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS INTERAÇÕES DE FÁRMACOS 1. Vantagens das sinergias : ➔ Aumento da eficácia terapeutica: associa duas substancias com mecanismos de ação distintos mas produzindo efeitos do mesmo sentido e melhora a eficácia. Ex.: sulfa + trimetropin ➔ Redução de efeitos tóxicos: associa compostos diferentes para reduzir efeitos opadversos que um deles possa produzir. Ex.: associação de sulfas reduz a cristalúria ➔ Obtenção de maior duração do efeito: a probenicida vai impedir/diminuir a excreção de penicilina e com isso tem maior efeito de duração da penicilina. Ex.: probenicida + penicilinas ➔ Combinação de latência curta com duração prolongada Ex.: Penicilina G cristalina + penicilina G procaína ➔ Impedimento ou retardo de surgimento de resistencia bacteriana: Ex.: esquema tríplice de antitubrculosos ➔ Impedimento ou retardo do surgimento células malignas Ex.: esquemas com multiplos antineoplásicos ➔ Inibição da multiplicação viral 2. Vantagens dos Antagonismos ➔ Anulação do efeito indesejavél de determinado fármaco (efeito corretivo): Ex.: diurético expoliador + poupador de potássio ➔ Inativação de compostos causador de intoxicação Ex.: naloxona x morfina 3. Desvantagens das Interações ➔ Somação dos efeitos indesejáveis Ex.: antidepressivos tricíclicos + antiparkinsonianos ambos liberam a transmissão de monaminas (noradrenalina) e com isso esses efeitos se somam e porque são efeitos diferentes, o antiparkinson é um precursor de noradrenalina o antidepressivos impede a eliminação da nora. ➔ Redução da eficácia terapêutica Ex.: quando um individuo vai realizar uma consulta médica e faz uso de algum medicamento em casa (chá) e esse produto tem susbtancias que podem interagir com medicamentos e causar redução ou efieto toxico na pessoa. Interações Farmacocinéticas: absorção – distribuição – biotransformação – excreçao. Absorção : Ca++ com tetraciclinas forma um aglomerado insoluvel. Se tem uma substancia que é bem absorvida no estomago e uma subst que aumenta o esvaziamento gástrico, vao acabar diminuindo a absorção do composto. Inibidores – claritromicina, eritromicina, verapamil Indutores – Rifampicina, Erva de São João (PGP) Ex.: diminuiçao das concnetrações de digoxina. flora pra ser ativado.Ou se deixar de aativar uma parte dos compostos que estao ali (que seriam inativados pela flora) pode aumentar a concnetração de farmaco que sera absorvida. Distribuição 1 – fluxo sanguineo 2 – ligação tecidual 3 – ligação as proteinas plasmáticas 4 – transporte ativo para o local de ação Ligação as proteinas plasmáticas: Fenilbutazona (maior afinidade) x Varfarina A parte que chega no tecido para produzzir efeito é a parte livre, então se tivermos um composto com alta taxa de ligação as proteinas plasmáticas, ou seja, muito pouco livre e deslocar essas ptn, isso aumenta muito a concentração do farmaco no sangue e isso aumenta a quantidade de farmaco que chega no alvo, podendo causar algum tipo de toxicidade. Por exemplo: varfarina – um anticoagulante com alta taxa de ligação as proteinas plasmáticas; Fenilbutazona - antiinflamatório de maior afinidade desse mesmo sitio e desloca a varfarina e ela entao se torna potencialmente mais tóxica (?). Biotransformação • Indução Enzimática - Um composto que induz as enzimas responsaveis pela biotransformação de um segundo composto, gerando um resultado da diminuição da concentração desse segundo composto. • Inibição Enzimática – alguns farmacos que sofrem biotransformação de um determinado grupo de enzimas, quando essas enzimas são inibidas, aumenta a concentração daquela segunda substancia. Exemplos: Bupropiona (antidepressivos tricíclicos - ADTs) que em altas doses podem causar arritmia e alguns efeitos anticolinérgicos. Se reduzir a dose, não produz o efeito terapeutico desejado. Carbamazepina induz uma série de enzimas que promove a biotransoformação de antidepressivos ADTs, com isso, reduzimos a quantidade de concnetração desses ADTs para promover a eficácia terapeutica. Antibioticos de amplo espectro que vão diminuir a flora bacteriana, mas existem substancias que para serem ativadas precisam dessa flora bacteriana. Logo, se tivermos uma inativação dessa flora, podemos ter perda de eficácia do composto que depende dessa Excreção Interações que vão promover o aumento da excreção ou redução da excreção. Um alvo por exemplo, as penicilinas que são secretadas ativamente na luz tubular e com isso elas vão ser eliminadas. A probenicida inibe essa secreção e mantem as penicilinas mais tempo circulando e diminuindo sua excreção. Reabsorção Tubular: Excreta de lítio influenciada pela concnentração de sódio plasmática → tratamento diruético que aumentaa perda de sodio, a gente uamenta a reabsorção do Lítio. Secreção Tubular: Probenicida – inibe a secreção de penicilina e isso aumenta a concentração plasmática de penicilinas.
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