Buscar

Cannabis sativa e seu uso terapêutico , emilly

Prévia do material em texto

Cannabis sativa e seu uso terapêutico: 
Nos resultados foram identificadas duas vertentes de estudos sobre a utilização da planta. Primeiramente, uma crescente discussão social, motivada pela relação entre o potencial terapêutico e as concepções histórica, sociais, culturais e criminais associadas ao uso.
https://www.scielo.br/j/rba/a/ZWVq3GBC3FnfxqDLyX7jKck/?lang=pt
Cannabis sativa é considerada como uma das ervas mais antigas já cultivadas pelo homem
O uso desta planta para fins curativos antecede a era cristã e integra traços milenares de muitas culturas. Ao fazerem referências ao consumo excessivo da Cannabis, os chineses afirmavam que esta prática induzia os indivíduos a se comunicarem com espíritos e terem visões de demônios (MORI, 2018). Entretanto, evidências científicas atuais indicam que um dos elementos químicos da planta, o canabidiol (CBD), possui efeitos antipsicóticos (COSTA, 2017). Outros estudos afirmam que os usuários da Cannabis sativa justificam seu uso como uma forma de atenuarem os níveis de estresse e reduzirem a ansiedade (BRASIL, 2018). No entanto, novas evidencias científicas apontam que o consumo prolongado da erva desencadeia efeitos adversos, caraterizado por uma reação aguda e intensa de ansiedade que frequentemente lembra um ataque de pânico. Estes efeitos psicóticos são atribuídos a um segundo canabinoide: o delta-9-tetrahidrocabinol (Δ9-THC) (MORAES, 2016).
https://www.scielo.br/j/rba/a/ZWVq3GBC3FnfxqDLyX7jKck/?format=pdf&lang=en
https://periodicos.ufac.br/index.php/SciNat/article/view/3737
efeitos benéficos e adversos associados ao seu uso e de seus derivados
https://periodicos.ufac.br/index.php/SciNat/article/view/3737 
file:///C:/Users/Java/Downloads/3737-Texto%20do%20artigo-11754-1-10-20200824.pdf
Cannabis sativa é considerada como uma das ervas mais antigas já cultivadas pelo homem
O uso desta planta para fins curativos antecede a era cristã e integra traços milenares de muitas culturas. Ao fazerem referências ao consumo excessivo da Cannabis, os chineses afirmavam que esta prática induzia os indivíduos a se comunicarem com espíritos e terem visões de demônios (MORI, 2018). Entretanto, evidências científicas atuais indicam que um dos elementos químicos da planta, o canabidiol (CBD), possui efeitos antipsicóticos (COSTA, 2017). Outros estudos afirmam que os usuários da Cannabis sativa justificam seu uso como uma forma de atenuarem os níveis de estresse e reduzirem a ansiedade (BRASIL, 2018). No entanto, novas evidencias científicas apontam que o consumo prolongado da erva desencadeia efeitos adversos, caraterizado por uma reação aguda e intensa de ansiedade que frequentemente lembra um ataque de pânico. Estes efeitos psicóticos são atribuídos a um segundo canabinoide: o delta-9-tetrahidrocabinol (Δ9-THC) (MORAES, 2016).
Os endocanabinoides e sua complexa fisiologia atuam em todo o sistema corporal: membrana cerebral, órgãos, tecidos conjuntivos, glândulas e células do sistema imunológico. (PERNONCININ; OLIVEIRA, 2014; BRASIL, 2017; COSTA, 2017).
Neste sentido, o sistema endocanabinoide é responsável por uma série de processos fisiológicos regulatórios, agindo, por exemplo, nos processos inflamatórios, regulação do apetite, metabolismo, equilíbrio de energia, termogênese, desenvolvimento neurológico, função imune, função cardiovascular, digestão, plasticidade sináptica e aprendizagem, dor, memória, doença psiquiátrica, movimento, nocicepção/dor, comportamento psicomotor, ciclos de sono/vigília, regulação do estresse e emoção (COSTA, 2017).
. Estes receptores encontram-se ligados a proteína G. No interior do sistema nervoso central, o CB1 encontra-se localizado nas terminações nervosas pré-sinápticas, sendo responsável pelos efeitos neurocomportamentais dos canabinóides. Ao contrário do que ocorre com o CB1, o CB2 é o principal receptor de canabinóides no sistema imune, mas também pode apresentar manifestações nos sistemas neurais (FRANCO; VIEGAS, 2017).
Em um desses estudos de interação, em voluntários saudáveis, verificou-se que o CBD atenuou significantemente a ansiedade e os efeitos psicoticomiméticos produzidos por doses elevadas de ∆9-THC, sugerindo que o CBD poderia ter efeitos ansiolíticos e/ou antipsicóticos. Iniciava-se, assim, uma linha de investigação que vem sendo seguida até hoje (MATOS et al., 2017).
INTRODUÇÃO:
O uso de Cannabis sativa para fins terapêuticos e para quais doenças ela pode ser utilizada.
MACONHA NA SAÚDE: Uma revisão bibliográfica sobre uso terapêutico da Cannabis sativa 
Nos últimos anos ocorreu um aumento no uso de práticas terapêuticas alternativas, em particular o uso de plantas medicinais e de fitoterápicos (ZENI et al., 2015)
COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
A Cannabis sativa, é constituída por 400 compostos químicos, como açúcares, hidrocarbonetos, aminoácidos, esteroides, flavonoides, monosesquiterpenos e sesquiterpenos, entre outros. A estrutura dos canabinóides apresenta uma base carbonada de 21 átomos de carbono, formada por três anéis, um cicloexano, um tetrahidropirano e um benzeno, sendo os mais abundantes: o Δ9-tetra-hidrocanabinol (Δ9 -THC), o canabinol (CBN), o canabidiol (CBD) e o Δ8-tetra-hidrocanabinol (Δ8 -THC). Canabinóide se refere a um termo genérico usado para identificar substâncias naturais ou artificiais que ativam os receptores canabinóides do tipo CB1 ou CB2. Dos canabinóide presentes na planta o Δ9 -THC é o que possui maior potência psicoativa, sendo um composto não cristalino de elevada lipofílica, o que facilita a adsorção no organismo e consequentemente uma maior rapidez de ação. O canabinol também possui propriedades psicoativas, mas comparado ao Δ9 -THC, são menores. Já o canabidiol não possui ação psicoativa, mas detém capacidade neuroprotetora, que é resultante do seu poder antioxidante contra os radicais livres de oxigénio produzidos nos neurônios por libertação excessiva de glutamato (BARBOSA; MACHADO, 2018). 
USOS TERAPÊUTICOS POTENCIAIS DO CANABIDIOLOBTIDO DA Cannabis sativa 
A Cannabis sativa é uma planta usada mundialmente para inúmeras finalidades, entre elas o uso recreativo (de lazer) é o mais conhecido e leva o usuário a ter efeitos de disforia, alucinações, pensamentos anormais, despersonalização, sonolência entre outros. Esses efeitos são causados por um dos compostos da planta, o Δ 9-tetrahidrocanabidiol (Δ9-THC), mas além deste composto a Cannabis sativa contém o Canabidiol (CBD) que possui potencial terapêutico usado nos casos de ansiedade, epilepsia, anticonvulsivante, tratamento para distúrbio do sono, além de conter propriedades anti-inflamatórias. O canabidiol vem sendo muito utilizado para o tratamento do câncer, devido propriedades antiproliferativas, pró-apoptóticas e inibição de migração de células.

Mais conteúdos dessa disciplina