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Pol í t icas Públ icas à Saúde da Criança Profa. Dra. Nayara Prado Na antiguidade, os pais tinham poder absoluto sobre seus filhos Normalidade vender, matar e expor os filhos recém-nascidos Filhos com alguma má-formação ou deficiência. Acreditava-se que as deformidades traziam azar para a comunidade e para a família. Ausência de preocupação com o lado ético da questão ou com a sorte das crianças. H i s t ó r i a s o c i a l P O L Í T I C A S P ÚB L I C A S D E S A ÚD E D A C RI A NÇ A NO B RA S I L A proposta de uma política pública de saúde resulta de processos históricos, lutas e reinvindicações. • Séc. XIX: Altas taxas de mortalidade infantil • Família: percepção de que poderia colaborar, promovendo ambientes adequados, visando a proteção da criança –VULNERABILIDADES • Sociedade se conscientiza da situação da saúde infantil e responsabiliza os serviços públicos Internatos e colégios: locais onde as crianças estariam sendo “protegidas” de males e mortes prematuras – NÃO HOUVE MELHORA NASTAXAS DE MI Elaboração de políticas públicas e investimentos na saúde materno-infantil: ações educativas, preventivas e de vigilância focadas na criança e família. Preocupação com o adoecimento infantil Discussões sobre o aleitamento materno Ciclo gravídico- Puerperal Hospitais privados, centros médicos de grandes industrias. Década de 1920 -1940 Enfoque de diminuir o absenteísmos das mães trabalhadoras. Saúde da criança: ações de caráter curativo e individualizado • 1970 – Coordenação de Proteção Materno-Infantil = Planejamento, orientação, controle e fiscalização das ações de proteção à maternidade, à infância e à adolescência. • Alta mortalidade: 120,7/1000 Nascidos Vivos. • Déc. 1970 - Implantação Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil Redução da morbimortalidade entre crianças e mães. Caráter PREVENTIVO, mas pouco eficiente: Não levava em consideração a diversidade regional da população. MI: 113/1000 Nascidos Vivos. • 1980 – Necessidade de acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil Busca por um cuidado infantil integral – MS cria o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança (PAISMC) CINCO AÇÕES BÁSICAS para o atendimento às crianças brasileiras aleitamento materno e orientação familiar sobre a alimentação em situação de desmame estratégias para o controle das afecções respiratórias agudas imunização básica controle efetivo das doenças diarreicas acompanhamento profissional do crescimento e do desenvolvimento infantil • Entre 1980 e 1990 • Constituição Federal 1988 • Leis Orgânicas 8.080 e 8.142 • SUS PAISMC Leis Constituição SUS Redução da MI 47/1000 Nascidos Vivos • Em 1984 - Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança em parcerias com os estados e municípios (PAISC) – desvinculação saúde da mulher • Ações básicas de assistência integral à saúde da criança foram formuladas pelo Ministério da Saúde no contexto da política de expansão e consolidação dos serviços básicos de saúde. • Saúde como forma integral, priorizando crianças pertencentes a grupos de riscos. Proporcionou parcerias de diversos setores: recursos financeiros; humanos; administrativos; tecnológicos, entre outros. Com o intuito de aproximar as ações e contribuir com a redução da mortalidade infantil no País, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, zonas rurais e periferias dos grandes centros urbanos. Contribuíram para os bons resultados obtidos: atuação da Pastoral da Criança, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, e de organizações não-governamentais. PAISC As ações de promoção à saúde, prevenção de agravos e de assistência à criança pressupõem o compromisso de prover qualidade de vida para a criança crescer e desenvolver todo o seu potencial. As linhas de cuidado prioritárias corroboram os compromissos do Brasil com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, com o Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, com o Pacto pela Saúde. 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) 1995 – Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) 1996 –AIDPI 2000 – Método Canguru 2000 – Programa Nacional de Humanização do Pré-Natal e Nascimento 2004 – Agenda de Compromisso para Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil . . . P O L Í T I C A N A C I O N A L D E A T E N Ç Ã O I N T E G R A L À S A Ú D E D A C R I A N Ç A ( P N A I S C ) Portaria Nº 1.130, de 5 de agosto de 2015; Complexidade e à qualificação das estratégias e ações voltadas á Saúde da criança. Esferas federal, estadual e municipal Promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e cuidados integrais e integrados da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento. • Relevância: crianças precisam de um ambiente favorável ao seu crescimento e amadurecimento, que permita, junto ao seu potencial genético, o desenvolvimento pleno de suas capacidades e habilidades motoras, cognitivas e socioafetivas. • Os primeiros anos de vida são aqueles em que melhor se pode estimular o desenvolvimento global do indivíduo, especialmente devido à sua plasticidade cerebral. P O L Í T I C A N A C I O N A L D E A T E N Ç Ã O I N T E G R A L À S A Ú D E D A C R I A N Ç A ( P N A I S C ) C U I D A R D A S A Ú D E D A C R I A N Ç A É . . . Garantir o seu potencial de crescimento e desenvolvimento, em um ambiente seguro, com afeto, sem violência. Prevenir e tratar doenças. Políticas e programas de qualidade. CONTINUANDO. . . E P A R A R E L E M B R A R . . . P R O G R A M A N A C I O N A L D E I M U N I Z A Ç Ã O – P N I As ações PNI, tem o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis no território brasileiro. Vacinação: maneira mais eficiente de evitar diversas doenças imunopreveníveis, como a varíola (declarada mundialmente erradicada em 1980), a poliomielite/paralisia infantil (eliminada das Américas em 1994 / Brasil em 1989), sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite A e B, febre amarela, entre outras. FONTE: Agência Senado, 2022. https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/05/vacinacao-infantil-despenca-no-pais-e-epidemias-graves-ameacam-voltar FONTE: Agência Senado, 2022. https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/05/vacinacao-infantil-despenca-no-pais-e-epidemias-graves-ameacam-voltar P R O G R A M A S A Ú D E N A E S C O L A – P S E • A nova concepção em saúde na escola foi incorporada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em 1997, consagrando o tema da saúde como transversal às disciplinas e às ações no contexto escolar, nas dimensões da promoção da saúde, de prevenção de doenças e agravos e de atenção e cuidados à saúde de crianças e adolescentes. • As Políticas de Saúde e de Educação investiram no Programa Saúde na Escola (PSE), tendo como principais desafios o uso de estratégias pedagógicas coerentes com a produção de educação e saúde integral. A T E N Ç Ã O À S A Ú D E B U C A L • Após a implementação do Brasil Sorridente, houve redução significativa do índice de cárie dentária em crianças brasileiras. • Segundo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil passou a fazer parte do grupo de países com baixa prevalência de cárie aos 12 anos, ao reduzir o índice de dentes cariados. • Em 2003, aos 5 anos de idade, uma criança brasileira possuía, em média, 2,8 dentes com experiência de cárie. No último levantamento epidemiológico realizado em 2010, este índice passou para 2,43, o que corresponde à diminuição de 13,9% em 7 anos • O acesso à saúde bucal deve ter início no pré-natal e será incorporadono acompanhamento do crescimento e no desenvolvimento da criança. • A equipe de saúde deve trabalhar de forma articulada, encaminhando a gestante para a consulta odontológica ao iniciar o pré-natal. S A Ú D E D A C R I A N Ç A N A R E D E D E A T E N Ç Ã O M A T E R N A , N E O N A T A L E I N F A N T I L – R E D E C E G O N H A • Em 2011, o Ministério da Saúde, lançou a Rede de Atenção Materna, Neonatal e Infantil – Rede Cegonha (RC), com o objetivo de garantir o acesso oportuno, com resolutividade e qualificação da assistência, com a implementação de um novo modelo de atenção à gestação, ao parto e ao nascimento e à criança, visando promover a saúde neste ciclo da vida e reduzir a morbimortalidade materna, fetal e infantil, com ênfase no componente neonatal. S A Ú D E D A C R I A N Ç A N A R E D E D E A T E N Ç Ã O P S I C O S S O C I A L – R A P S A RAPS tem por finalidade promover cuidado em saúde às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. A rede destaca como um dos objetivos essenciais a promoção do cuidado para grupos mais vulneráveis, especialmente crianças adolescentes, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas, com sofrimento ou transtorno mental e crianças que sofreram violências. Os cuidados com a saúde mental da criança devem ocorrer desde o desenvolvimento intrauterino ao nascimento saudável, e a estimulação precoce nos primeiros anos de vida exerce uma função importante no desenvolvimento emocional, cognitivo e social da criança. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ECA E S T A T U T O D A C R I A N Ç A E D O A D O L E S C E N T E • Código dos Menores: Juízes aplicavam medidas, sem que crianças e adolescentes fossem ouvidas ou estabelecida sua defesa. SOBERANIA do Juíz. • Constituição de 88 – Necessidade de mudanças: Código de Menores era insuficiente e não atendia a nova realidade • 1990 – Criação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA Define as crianças e os adolescentes como sujeitos de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento, que demandam proteção integral e prioritária por parte da família, sociedade e do Estado • O ECA, ou Lei 8.069 de 1990 é um conjuntos de normas jurídicas que complementa o Art. 227 da Constituição Brasileira • É uma das legislações mais avançadas do mundo, tanto no que se refere a direitos e obrigações de crianças e adolescentes, quanto na própria estruturação da política de atenção. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar ... Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) proteção e socorro; b) garantia de atendimento nos serviços públicos; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) Privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. E D U C A Ç Ã O S A Ú D E A L I M E N T A Ç Ã O ESPORTE Educação Saúde Alimentação Esporte Profissionalização Cultura Dignidade Respeito Liberdade Lazer Convivência familiar e comunitária PRINCIPAIS DIREITOS PREVISTOS NO ECA • Direito a proteção, a vida e a saúde com absoluta prioridade e sem qualquer forma de discriminação. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de forma de discriminação, violência, qualquer negligência, exploração, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. e Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais Art. 6º - Na interpretação desta Lei, levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento PA RA RE F LE T IR . . . Como está a saúde infantil??? As políticas públicas tem sido eficientes??? Os direitos das crianças estão garantidos? R E F E R Ê N C I A S • ARAÚJO, J.P. et al. História da saúde da criança: conquistas, política e perspectivas. Rev. Bras. Enf., v.67, n.6, 2014. • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança : orientações para implementação / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018. • BRASIL. Parceria do Senado Federal com a Associação Brasileira de Escolas do Legislativo e de Contas (ABEL) e a Câmara Municipal de Pouso Alegre – MG. ECA em miúdos: Estatuto da criança e do adolescente. Senado Federal, 33p., 2021. • CUNHA, I.S. A evolução das políticas de atendimento à infância no Brasil: entre concessões e o reconhecimento de direitos. REAe, v. 1, n. 2, ago/dez, 2016. • OTENIO, C.C.M.; OTENIO, M.H.; MARIANO, E.R. Políticas públicas para crianças no Brasil: o contexto histórico-social e da saúde. Estação Científica, n.06, 2008. • SANTOS, R.C.H; RESEGUE, R.; PUCCINI, R.F. Puericultura e a atenção à saúde da criança: aspectos históricos e desafios. Journal of human growth and development, v.22,n.2, 2012. Slide 1: Políticas Públicas à Saúde da Criança Slide 2: História social Slide 4: Políticas Públicas de Saúde da Criança no Brasil Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc) Slide 14: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) Slide 15: Cuidar da Saúde da Criança é... Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19: Programa Nacional de Imunização – PNI Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25: Programa Saúde na Escola – PSE Slide 26: Atenção à Saúde Bucal Slide 27: Saúde da Criança na Rede de Atenção Materna, Neonatal e Infantil – Rede Cegonha Slide 28: Saúde da Criança na Rede de Atenção Psicossocial – Raps Slide 29: Estatuto da criança e do adolescente ECA Slide 30: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Slide 31 Slide 32 Slide 33: EDUCAÇÃO SAÚDE ALIMENTAÇÃO ESPORTE Slide 34: Principais direitos previstos no ECA Slide 35: Para refletir... Slide 36: REFERÊNCIAS
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