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Libras Língua Brasileira de Sinais 2 4

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O pro�ssional docente de Libras 
Para começarmos os nossos estudos, é importante compreendermos que o Decreto nº 5.626/05 determinou que,
após um ano de sua publicação, as instituições de ensino de educação básica e educação superior deveriam incluir
o professor de Libras em seu quadro pro�ssional de magistério. De acordo com esse decreto, há dois per�s de
professores de Libras: 
Primeiro per�l: é destinado ao espaço da educação infantil e anos iniciais do ensino
fundamental. A formação exigida para ministrar a disciplina de Libras nesse contexto
consiste no curso de Pedagogia ou normal superior em que a Libras e a língua portuguesa
tenham constituído línguas de instrução, ou seja, que a educação tenha sido ofertada de
forma efetivamente bilíngue (esses cursos são conhecidos como Pedagogia Bilíngue).
Aceita-se ainda como formação mínima o curso normal de nível médio que tenha sido
ofertado sob as mesmas condições bilíngues mencionadas anteriormente (BRASIL, 2005). 
A formação do instrutor de Libras é prevista na legislação por meio de cursos de formação pro�ssional ou
continuada promovidos por instituições de ensino superior ou instituições credenciadas por secretarias de
educação (BRASIL, 2005). Portanto, esse é um pro�ssional de nível médio que pode ensinar Libras no campo da
educação não formal, mediante cursos de formação pro�ssional ou continuada ou ainda se for certi�cado por
meio do exame de pro�ciência para ensino da Libras (Prolibras). 
Vale salientar que o docente graduado, responsável pelo ensino da Libras, e que tem autorização para atuar
na educação formal (dentro das escolas regulares no ensino da disciplina curricular Libras), é considerado
professor (e não instrutor) de Libras. 
O ensino de Libras como primeira língua 
O ensino da Libras pode ocorrer sob duas condições: primeira ou como segunda língua. O ensino de Libras como
primeira língua é destinado aos surdos e seu aprendizado inicial ocorre de forma interacional com parceiros
�uentes em língua de sinais, e, como muitas crianças surdas ingressam na escola sem o domínio da Libras, caberá
a essa instituição seu ensino. 
A maioria dos surdos nascem em famílias ouvintes que desconhecem a Libras e por essa razão criam entre si
formas particulares de comunicação, as quais temos chamado de línguas de sinais caseiras (KUMADA, 2012). Essas
línguas de sinais caseiras não devem ser discriminadas, bem como os surdos que as utilizam não devem ser
chamados de “sem língua”, pois são formas de comunicação funcionais nos ambientes familiares. 
 
Libras – Língua Brasileira de Sinais 
O ensino de Libras como primeira e como segunda língua 
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qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! 
 A- A A+
Uma estratégia inicial profícua é consultar os pais sobre esse sistema de comunicação e partir dele para o
ensino da Libras, sem negar ou desvalorizar a língua que a criança traz de casa, mas proporcionando a ela a
ampliação de suas possibilidades linguísticas. 
Segundo Quadros (1997), quando a criança é surda e
�lha de pais surdos �uentes em Libras, o
desenvolvimento linguístico ocorrerá naturalmente e
ela terá um repertório linguístico na Libras constituído
ao ingressar na escola. Entretanto, assim como ocorre
com os ouvintes, será necessário que a escola também
promova a esses alunos o avanço na sua primeira
língua, pois é através dela que os surdos se
desenvolvem linguisticamente e cognitivamente. 
Fonte: Shutterstock. 
Seja para alunos que dominam ou não a Libras, a
contratação de um pro�ssional para o seu ensino será
indispensável. De acordo com Quadros (1997), é
importante que este docente seja surdo, pois a
presença desse no ambiente escolar é essencial para
que a aquisição de linguagem da criança ocorra de
forma natural. Além disso, permitirá ao aluno surdo ser
recebido por um membro de sua comunidade com
quem poderá construir a sua identidade, acessar a sua
cultura e desenvolver a língua de sinais. 
O ensino da Libras como L1 deve ser projetado de
maneira natural através do uso funcional da língua
como forma de comunicação. Assim, será preciso que
as trocas interlocutivas sejam contempladas por meio
dessa língua. Se para aprender a língua a criança
precisa usá-la de forma efetiva, por sua vez isso
demanda uma variedade de parceiros linguísticos
(crianças, adultos etc). Por essa razão, a defesa da
comunidade surda reside nas escolas e classes
bilíngues, ou seja, pela riqueza das comunicações que
emergem desse contexto. 
O ensino de Libras como segunda língua 
Pensando que a criança surda pode estar imersa em famílias e escolas com sujeitos ouvintes, uma das estratégias
de programas bilíngues é o ensino da Libras como L2 para ouvintes. Algumas escolas bilíngues também adotam
essa medida, ofertando cursos de Libras aos familiares de crianças surdas e aos pro�ssionais que as atendem.
Apesar de, desde 2002, a legislação prever a inclusão obrigatória da disciplina de Libras em todos os cursos de
formação de professores, em nível médio e superior, e nos cursos de graduação em fonoaudiologia, sabemos que
o domínio de uma língua não se efetivará em uma carga horária reduzida. 
A formação continuada em Libras é essencial para todos os pro�ssionais que lidam com o contexto da
educação de surdos, tenham eles sido ou não inseridos nesse aprendizado durante sua formação inicial. 
Evidentemente, quando ingressam no aprendizado da
Libras como L2, os ouvintes levam consigo todo um
arcabouço linguístico já construído a partir de sua
experiência com a língua oral e escrita. Assim, a
aquisição da segunda língua perpassa os
conhecimentos prévios do sujeito na primeira língua.
Nesse processo, as comparações entre sistemas
linguísticos podem ser adotadas, pois geram efeitos
positivos, uma vez que estabelecem relações entre a
língua do aprendiz e a língua alvo. 
Fonte: Shutterstock. 
Gesser (2012) e Choi et al. (2011) enfatizam que, durante muito tempo, o ensino de Libras como segunda língua foi
(e ainda é) ministrado sob grande ênfase no código da língua, por meio da memorização do alfabeto manual e de
listas de vocábulos, para associá-las, posteriormente, às regras morfológicas e sintáticas da língua alvo. Essa forma
mecanicista de ensino de línguas também já foi adotada no contexto da aquisição de línguas orais, sendo bastante
criticada e, consequentemente, cedendo a preferência à abordagem comunicativa, cujo objetivo é ensinar o aluno
a se comunicar através da língua. 
Sob a abordagem comunicativa de ensino de segunda
língua, são valorizadas as situações discursivas nas
quais a língua é aprendida em funcionamento.
Exercícios repetitivos, de memorização ou com grande
ênfase na gramática compõem um modelo tradicional
de ensino de línguas, ao qual a abordagem
comunicativa se opõe. 
O ensino da Libras, L1 ou L2, deve contemplar também
o modo como essa língua se organiza. O professor de
Libras deve saber dosar esse ensino, pois, segundo
Gesser (2012), a ênfase excessiva na gramática pode
fazer com que os alunos se sintam pressionados a
monitorar demasiadamente a estrutura da frase,
bloqueando sua produção comunicativa. 
Fonte: Shutterstock. 
Nesta webaula, compreendemos o per�l do pro�ssional docente de Libras e diferenciamos o ensino
de Libras como primeira e como segunda língua. 
Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.

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