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MONOGRAFIA - PAULO ROBERTO BRASIL JOVIANO

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Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
PAULO ROBERTO BRASIL JOVIANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A RELAÇÃO DO USO DE COOKIES DE RASTREAMENTO COM A LGPD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Leopoldo 
2022 
 
 
FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
PAULO ROBERTO BRASIL JOVIANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A RELAÇÃO DO USO DE COOKIES DE RASTREAMENTO COM A LGPD 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na 
Faculdade de Direito da Fundação Dr. Pedro 
Leopoldo como requisito básico para a conclusão 
do Curso de Direito 
 
Orientador: Prof. Ms. Alexandre de Andrade 
Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Leopoldo 
2022 
 
 
PAULO ROBERTO BRASIL JOVIANO 
 
 
 
 
 
A RELAÇÃO DO USO DE COOKIES DE RASTREAMENTO COM A LGPD 
 
 
 
 
 
Trabalho Final de Conclusão de Curso aprovado em ___/___/_____ 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
____________________________________________ 
Orientador: Prof. Ms. Alexandre de Andrade Gomes 
FPL 
 
 
____________________________________________ 
 
 
 
____________________________________________ 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O direito fundamental de proteção aos dados pessoais é colocado em norma no Brasil, 
devido à sanção da Lei Geral de Proteção de Dados no 13.709/2018 (LGPD). Tendo 
em vista o panorama atual da nossa sociedade, a LGPD trás expectativas para a 
defesa dos direitos dos indivíduos, mas será que estes indivíduos estão totalmente 
protegidos e amparados pela nova lei em relação a segurança de seus dados 
pessoais ? Nesse sentido, o presente trabalho busca trazer uma análise sobre a 
segurança dos dados pessoais dos usuários da internet e analisar a relação dos 
cookies de rastreamento com a LGPD. 
Palavras-chave: Lei geral de proteção de dados, cookies de rastreamento, 
privacidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The fundamental right to protection of personal data is established as a norm in Brazil, 
due to the enactment of the General Data Protection Law No. 13,709/2018 (LGPD). In 
view of the current scenario of our society, the LGPD brings expectations for the 
defense of the rights of individuals, but are these individuals fully protected and 
supported by the new law in relation to the security of their personal data? In this sense, 
the present work seeks to bring an analysis on the security of the personal data of 
internet users and to analyze the relationship of tracking cookies with the LGPD. 
Keywords: General data protection law, tracking cookies, privacy. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
LGPD Lei Geral de Proteção de Dados 
ANPD Autoridade Nacional de Proteção de Dados 
CDC Código de Defesa do Consumidor 
CF Constituição Federal 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7 
2. COOKIES DE RASTREAMENTO ........................................................................... 9 
3. PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS NO ORDENAMENTO JURÍDICO ............. 11 
4. RELAÇÃO ENTRE A LGPD E OS COOKIES DE RASTREAMENTO ................. 15 
4.1. Ausência de finalidade específica ................................................................... 16 
4.2. Vício de consentimento ................................................................................... 16 
4.3. Direitos dos titulares ....................................................................................... 18 
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 24 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nos dias atuais há novas noções de negócios na internet. Um grande 
número de pessoas físicas e jurídicas estão migrando para o mundo virtual, 
consequência dos avanços tecnológicos e pela globalização. As empresas 
disponibilizaram seus serviços online, bem como produtos que possuem 
interação com a internet de maneira muito mais frequente. 
Com tudo isso, há grande facilidade de troca de informações e dados a 
qualquer momento, e estes mecanismos se tornaram indispensáveis para o bom 
funcionamento da sociedade. Diante disso, toda a informação se tornou algo 
mais acessível. 
Até o final do século XX, a divulgação pública de informações nunca 
esteve ao alcance do cidadão comum. Por exigir grandes recursos 
financeiros (necessários para o acesso à tecnologias de reprodução e 
difusão, como parques gráficos e emissoras de rádio ou televisão), 
essa possibilidade estava restrita a uma elite, que detinha o controle 
dos veículos de massa. Além disso, por serem provenientes de poucas 
fontes, essas informações podiam ser facilmente controladas. 
(MONTEIRO, 2021, p.7). 
 
Os usuários quando acessam a rede de internet e visitam determinados 
sites, preenchem formulários de cadastros, informando dados de caráter 
pessoal, que várias vezes são informações sensíveis a respeito do usuário. 
Todo cadastro que é feito, é preciso que o usuário tenha o conhecimento 
e concorde com os Termos e Condições de Uso da empresa, onde é mostrado 
como deve ser feito o uso do serviço, aplicativo ou produto e também como a 
empresa utilizará das informações que foram concedidas pelo usuário ao se 
cadastrar. 
Os termos e as condições de uso são elaborados, de forma que a 
preencha de forma rápida e muita vezes, não leia, devido a diversos fatores 
(estar escondido, ser pequeno, estar camuflado, ser de difícil leitura, ou não estar 
em evidência). 
A partir disso, o usuário fica sujeito ao que concordou, mas sem saber 
com precisão ou segurança de como os dados fornecidos vão ser utilizados 
utilizados pela empresa, mais especificadamente no compartilhamento e no 
potencial uso desses dados pessoais por terceiros. 
8 
 
Alem disso, as empresas conseguem cada vez mais clientes e 
informações de vários usuários, gerando um enorme banco de dados, com todos 
os dados pessoais. Caso não estejam protegidos, podem ser objeto de ataques 
ou exposições. Várias informações pessoais ficam disposição dos sites. Tais 
dados possuem um alto valor de mercado ma sociedade atual. 
Neste contexto, observa a necessidade de garantir meios para que as 
informações coletadas sejam armazenadas de forma correta, e que a pessoa 
tenha controle e segurança dos seus dados pessoais. A Lei nº 13.709, de 14 de 
agosto de 2018 Lei Geral de Proteção de Dados, vem para realizar a 
regulamentação e proteção dos dados pessoais dos indivíduos. 
Outras leis iniciaram o conceito dessa proteção, como exemplo o Código 
de Defesa do Consumidor ao proteger os dados do titular frente a banco de 
dados e o habeas data, como é observado na orientação de Danilo Doneda a 
respeito: 
A proteção de dados pessoais no ordenamento brasileiro não se 
estrutura a partir de um complexo normativo unitário. A Constituição 
Brasileira contempla o problema da informação inicialmente por meio 
das garantias à liberdade de expressão e do direito à informação, que 
deverão eventualmente ser confrontados com a proteção da 
personalidade e, em especial, com o direito à privacidade. ( DONEDA, 
2011 p. 103) 
Quando é utilizado cookies de rastreamento, a empresa tem acesso a 
dados e informações privilegiadas de pessoas. Em resumo oque se tem é a base 
da LGPD, que são os dados pessoais e, por conta disso, precisa se adequar e 
estar em conformidade com a lei. 
A LGPD conseguiria abranger toda a triagem dos cookies quanto a 
proteção dos dados pessoais dos usuários ? 
A partir deste cenário, surge um desafio para o direito brasileiro, que 
consistente na proteção efetiva dosdireitos de todos os usuários da internet, que 
são violados pelos sites que não oferecem segurança nas informações dos 
usuários, mesmo tendo como base a LGPD. 
Pretende-se, a partir disso, estabelecer a relação entre a LGPD e os 
cookies de rastreamento, demonstrando a vulnerabilidade dos usuários da 
internet e analisando quanto a eficácia da lei. 
 
 
9 
 
2. COOKIES DE RASTREAMENTO 
 
“Cookies” em sua tradução para a língua portuguesa são denominados 
como biscoitos mas, em sua tradução informal, são pedaços ou fragmentos de 
códigos que dão a um site uma espécie de memória. Os cookies foram criados 
para os sites se lembrarem de informações, como itens de um carrinho de 
compras em uma loja online, ou para registrar a atividade de navegação do 
usuário, como histórico ou cadastro. 
Podem ser usados para lembrar as informações que o usuário já inseriu 
antes, como nomes, endereços, senhas e números de cartão de credito, mas 
também tem como principal objetivo mapear um perfil sobre os interesses do 
usuário e oferecer essas informações a outros sites. 
Quais são os tipos de cookies de rastreamento: 
a) Session Cookie 
Esse cookie funciona enquanto usuário está navegando no site. Quando 
sair, suas informações são deletadas. 
b) Persistent ou Permanent Cookie 
São os cookies que gravam os dados mesmo o usuário saindo do site. Ele 
somente ira expirar quando desenvolvedor achar necessário. Mas, esses dados 
eles podem ser apagados pelo visitante a qualquer momento nas configurações 
do navegador. 
c) Third-Party Cookies 
São acessados por terceiros, como no exemplo das redes de anúncio. 
d) Supercookie 
É um Cookie de rastreamento que permite acompanhar todos os 
movimentos do usuário, mas diferentemente dos outros cookies, não podem ser 
bloqueados ou excluídos. 
e) Zombie Cookie 
É um tipo de Cookie que volta mesmo após ser excluído, sendo conhecido 
também como Evercookie. 
Basicamente os cookies de rastreamento são arquivos criados pelos sites 
que você visita, que economizam informações e dados de navegação. Com o 
10 
 
uso dos cookie, os sites mantem seu login, além de lembrar todas as suas 
preferências. 
Muitos sites precisam de cookie para funcionar corretamente, sendo 
necessário utilizar alguns tipos específicos de cookies, como o exemplo da 
Netflix, que a partir do seu perfil, recomenda categorias de filmes específicas 
A relação da LGPD com o cookie de rastreamento é primordial para que 
tenha legalidade. Caso a empresa coletar e utilizar dados pessoais via cookies 
sem o consentimento explícito do usuário, pode estar violando a LGPD, que 
pode resultar em sanções e multas. O consentimento é um ponto importante da 
lei e é um princípio fundamental para que um site esteja adequado à LGPD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
3. PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS NO ORDENAMENTO JURÍDICO 
 
O Marco Civil da Internet é trazido com a Lei n. 12.965, de 23 de abril de 
2014, contando ao todo com 32 artigos, sendo formação como base a opinião 
pública. 
O projeto de lei teve participação direta da sociedade por meio canais na 
internet como blogs e fóruns. 
O marco civil da internet foi sancionado em 2014, pela presidente Dilma 
Rousseff. Mas o projeto tem inicio em 2009 e tramitou desde 2011 entre as casas 
legislativas. 
Importante esclarecer que na internet, é de grande importância a 
aplicação dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Dispõe também 
em consonância com o princípio constitucional da privacidade, art. 5, inciso XII. 
Em relação ao direito da privacidade, o Marco Civil da Internet surge da 
necessidade de proteger os dados pessoais que são usados de maneira 
indevida por terceiros, uma vez que o simples fato de um dado ser exibido 
publicamente no meio digital ou encaminhado para terceiros não garante a sua 
utilização ou exibição de forma não autorizada. 
É seguindo esse raciocínio que o art. 7, a Lei n. 12.965, de 23 de abril de 
2014, traz a exigência de consentimento livre e expresso por parte do usuário, 
bem como dos direitos de inviolabilidade da intimidade e da vida privada. 
Art. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao 
usuário são assegurados os seguintes direitos: 
I – inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
(...) 
VII – não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive 
registros de conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo 
mediante consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses 
previstas em lei. (BRASIL, Lei nº 12.965/14, 2022). 
Embora o Marco Civil da Internet prevê a segurança de dados apenas em 
ambiente online, a LGPD se direciona em normas mais específicas de aplicação 
e segurança, especificando os tipos de dados existentes e assegurando toda a 
movimentação de dado, inclusive offline. 
A lei geral de proteção de dados tem como objetivo garantir transparência 
no uso dos dados das pessoas físicas em quaisquer meios, além de adaptar e 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm
12 
 
atualizar os institutos nacionais as regras internacionais de proteção desses 
direitos. 
A Lei no 13.709/2018 é um novo marco legal brasileiro de grande 
impacto, tanto para as instituições privadas como para as públicas, por 
tratar da proteção dos dados pessoais dos indivíduos em qualquer 
relação que envolva o tratamento de informações classificadas como 
dados pessoais, por qualquer meio, seja por pessoa natural, seja por 
pessoa jurídica. É uma regulamentação que traz princípios, direitos e 
obrigações relacionadas ao uso de um dos ativos mais valiosos da 
sociedade digital, que são as bases de dados relacionadas às pessoas 
(PINHEIRO, p. 15). 
Para melhor visualização, ficam elencados a seguir os principais objetivos 
da LGPD: 
a) Atualizar as normas internas para tornar o Brasil um país moldado a 
proteção de dados pessoais; b) Assegurar a livre iniciativa, livre concorrência e 
a defesa do consumidor no ambiente online e offline; c) certificar a segurança 
jurídica frente ao tema proteção de dados pessoais; d) Fomentar o 
desenvolvimento econômico e tecnológico da sociedade; e) Possibilitar regras 
claras para as empresas sobre a coleta, armazenamento, tratamento e 
compartilhamento de dados pessoais; f) Regular a proteção de dados pessoais. 
A LGPD dispõe no seu art. 7º: 
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado 
nas seguintes hipóteses: 
I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular. (BRASIL, Lei 
nº 13.709/18, 2022). 
Se mostra muito importante, para toda a sociedade brasileira, que os sites 
cumpram a LGPD, para que tenham seus dados pessoais protegidos e seguros. 
Evitando o processamento indevido desses dados, por meio de 
instituições públicas e privadas, iniciou a regularização desta matéria no Brasil, 
nesse contexto que para Rafael Fernandes na sua obra “Manual Prático sobre à 
Lei Geral de Proteção de Dados” diz qual o papel da LGPD: 
A LGPD dispõe sobre o tratamento de dados pessoais por pessoa 
natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o 
objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de 
privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa 
natural, INCLUSIVE POR MEIO DIGITAL (art. 1o) (FERNANDES, 
2020, p. 17). 
De acordo com a legislação, a coleta e utilização dados pessoais via 
cookies sem o consentimento explícito, é uma violação a LGPD, o que pode 
https://getprivacy.com.br/entenda-as-bases-legais-da-lgpd/
13 
 
resultar em sanções e multas. O consentimento é um ponto importante da lei e 
é um princípio fundamental para que um site esteja em conformidade com a 
LGPD, neste caso, o usuário precisa estar atualizado sobre o assunto, em 
específico sobre o uso de cookies e dosdados pessoais. 
Na prática, a empresa precisa oferecer os meios para que o usuário do 
seu site tinha a opção por aceitar ou recusar diferentes tipos de cookies. O 
consentimento para o usuário deve ser demonstrado de maneira clara e objetiva, 
assim facilitando o entendimento, conforme os art. 8º e 9º da LGPD: 
Art. 8 (...) 
§ 4º. O consentimento deverá referir-se a finalidades determinadas, e 
as autorizações genéricas para o tratamento de dados pessoais serão 
nulas. 
 
Art. 9 (...) 
§ 1º. Na hipótese em que o consentimento é requerido, este será 
considerado nulo caso as informações fornecidas ao titular tenham 
conteúdo enganoso ou abusivo ou não tenham sido apresentadas 
previamente com transparência, de forma clara e inequívoca. (BRASIL, 
Lei nº 13.709/18, 2022). 
O vício de consentimento ou o tratamento sem permissão são maneiras 
explícitas de descumprimento da lei. 
A Lei Geral de Proteção de Dados tem semelhanças com direitos e 
garantias do consumidor brasileiro, elencados na Constituição Federal de 1988 
e com o Código de Defesa do Consumidor. Em seu artigo 2º, a lei menciona em 
6 incisos quais são seus princípios e a abrangência e aplicação da disciplina de 
proteção de dados pessoais. 
Diz o texto da lei: 
Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como 
fundamentos: 
I - o respeito à privacidade; 
II - a autodeterminação informativa; 
III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de 
opinião; 
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem; 
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; 
VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e 
VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a 
dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais. (BRASIL, 
Lei nº 13.709/18, 2022). 
Já no inciso primeiro e posteriores, observamos a relação da lei com o 
artigo 5º da Constituição Federal Brasileira, bem como o mesmo direito 
positivado no Código Civil brasileiro de 2002, no que se refere a“ respeito à 
14 
 
privacidade, a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e 
opinião, a inviolabilidade da honra e imagem”, já no inciso sexto, podemos 
observar que a LGPD tem entre seus fundamentos também “a livre iniciativa, a 
livre concorrência e a defesa do consumidor”. Neste ponto, há uma grande 
relação com o Código de Defesa do Consumidor, podendo quem for competente 
agir na proteção e na defesa dos direitos do consumidor, utilizando além dos 
artigos do CDC, artigos também da LGPD. 
A Lei Geral de Proteção de Dados, através do Código de Defesa do 
Consumidor, como define a Lei 13.709 de 14 de Agosto de 2018, permite o uso 
de órgãos de proteção e defesa do consumidor para a solicitação e busca de 
informações acerca dos dados pessoais dos consumidores armazenados nos 
diversos bancos de dados das empresas, e também a correção ou modificação 
ou a sua exclusão definitiva. Desse modo as duas leis, trabalham em perfeita 
sintonia. 
Prever a responsabilização e a prestação de contas como princípio 
demonstra a intenção da Lei em alertar os controladores e os 
operadores de que são eles os responsáveis pelo fiel cumprimento de 
todas as exigências legais para garantir todos os objetivos, 
fundamentos e demais princípios nela estabelecidos. E não basta 
somente pretender cumprir a Lei, é necessário que as medidas 
adotadas para tal finalidade sejam comprovadamente eficazes. Ou 
seja, os agentes deverão, durante todo ciclo de vida de tratamento de 
dados sob sua responsabilidade, analisar a conformidade legal e 
implementar os procedimentos de proteção dos dados pessoais de 
acordo com a sua própria ponderação de riscos (MALDONADO e 
BLUM, 2019, p. 166-167). 
A fragilidade da LGPD em relação ao cookie de rastreamento é que ainda 
há dados de navegação armazenados via cookies que transferidos sem 
consentimento dos seus donos, o que é uma flagrante violação de privacidade, 
o que precisa de uma fiscalização mais severa. A ideia da LGPD é coibir esse 
tipo de prática no Brasil, estabelecendo limites e aplicando sanções para quem 
usar dados de terceiros de forma ilegal. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4. RELAÇÃO ENTRE A LGPD E OS COOKIES DE RASTREAMENTO 
 
Quando se utiliza o cookie, a empresa tem acesso a dados e informações 
privilegiadas de pessoas. Em outras palavras, tem acesso à matéria-prima da 
LGPD, que são os dados pessoais, e, por conta disso, precisa se adequar e estar 
em conformidade com a lei. 
Nesse sentido, cabe a observação de Patricia Peck Pinheiro: 
[…] a informação passou a ser a principal moeda de troca utilizada 
pelos usuários para ter acesso a determinados bens, serviços ou 
conveniências [...]. (PINHEIRO, 2018, p. 30). 
Seguindo a legislação mais recente, se você coletar e utilizar dados 
pessoais via cookie sem o consentimento explícito do usuário, pode estar 
violando a LGPD, fato que pode resultar em sanções e multas. Para melhor evitar 
essa problemática, o usuário precisa estar de acordo e bem informado sobre o 
uso de cookies e dos seus dados pessoais. Na prática, a relação entre a LGPD 
e os cookies de rastreamento se dá nos meios para que o usuário da internet 
opte por aceitar ou recusar diferentes tipos de cookies. 
Os cookies podem gerar e armazenar diferentes tipos de informações, 
como as páginas que foram visitadas no site, o tempo gasto e até dados que 
foram preenchidos em um formulário. A partir disto, quando você navega em um 
site e preenche um formulário, por exemplo, com dados pessoais como o seu 
nome, e-mail e telefone, todos eles são armazenados em um cookie e, da 
próxima vez que você acessar o site, o sistema pode identificar que é você, 
salvando os seus passos e estudando o seu comportamento como usuário ou 
consumidor. 
Por meio de cookies é possível salvar os dados de login e senha de um 
site, a preferência por um determinado idioma, o histórico de navegação de 
páginas e os produtos que foram adicionados a um carrinho de compras, como 
explicado em um dos tópicos acima. Este cookie em específico é usado para 
análise de visualizações de páginas e de contagem de usuários no site. 
O mau uso dos dados coletados violam as normas da LGPD. 
Tendo como foco a LGPD, podemos observar os seguintes aspectos em 
sites quanto ao uso dos cookies de rastreamento. 
16 
 
4.1. Ausência de finalidade específica 
 
Quando o site solicitar o consentimento do usuário para armazenarem os 
cookies, o mesmo deve informar explicitamente e de forma clara qual a finalidade 
da coleta do determinado. O que diz a lei: 
Art. 8 (...) 
§ 4º. O consentimento deverá referir-se a finalidades determinadas, e 
as autorizações genéricas para o tratamento de dados pessoais serão 
nulas. 
 
Art. 9 (...) 
§ 1º. Na hipótese em que o consentimento é requerido, este será 
considerado nulo caso as informações fornecidas ao titular tenham 
conteúdo enganoso ou abusivo ou não tenham sido apresentadas 
previamente com transparência, de forma clara e inequívoca. (BRASIL, 
Lei nº 13.709/18, 2022). 
 
4.2. Vício de consentimento 
 
O vício de consentimento somente gera infração a lei quando o 
consentimento for indispensável 
O que diz a lei quanto a esse tipo de prática: “Art. 8º (...) § 3º. É vedado o 
tratamento de dados pessoais mediante vício de consentimento. (BRASIL, Lei 
nº 13.709/18, 2022)”. 
 Exemplo disso é quando o pop-up mostrando as opções iniciais 
desmarcadas ou após o titular desmarcar as opções de consentimento dos 
cookies, as suas informações continuarem sendo gravadas e as informações 
ainda continuam sendo coletadas. 
Neste caso, a infração é o tratamento baseado em consentimento que 
continua sendo realizado mesmo depois do usuário negar o rastreamento de 
dados. 
O vício de consentimento e o tratamento sem permissão são exemplos de 
como se poderia facilmente coletar provas explícitas sobre o descumprimento 
da lei. 
 Hácasos na lei que não há necessidade de consentimento para 
tratamento dos dados, são eles: 
17 
 
Art. 7º (…) 
§ 4º É dispensada a exigência do consentimento previsto no caput 
deste artigo para os dados tornados manifestamente públicos pelo 
titular, resguardados os direitos do titular e os princípios previstos nesta 
Lei. (BRASIL, Lei nº 13.709/18, 2022). 
Também elenca o Art. 7º que é fundamental solicitar o consentimento do 
titular, exceto nos casos de: 
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado 
nas seguintes hipóteses: 
I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular; 
II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo 
controlador; 
III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado 
de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em 
leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou 
instrumentos congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV 
desta Lei; 
IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, 
sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais; 
V - quando necessário para a execução de contrato ou de 
procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte 
o titular, a pedido do titular dos dados; 
VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial, 
administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307, de 
23 de setembro de 1996. 
VII - para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de 
terceiro; 
VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento 
realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade 
sanitária; 
IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos do 
controlador ou de terceiro, exceto no caso de prevalecerem direitos e 
liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados 
pessoais; ou 
X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na 
legislação pertinente. (BRASIL, Lei nº 13.709/19, 2022). 
 Ou seja, há casos específicos em que a empresa ou instituição não 
obrigada a pedir o consentimento do indivíduo para coleta e tratamento de seus 
dados pessoais. Contudo, os dados coletados sem consentimento podem ser 
utilizados apenas para os fins específicos citados acima. 
 Tratando de dados pessoais tornados manifestamente públicos pelos 
titulares, a exigência do consentimento deixa de ser obrigatório. Porém, nesses 
casos específicos, os direitos do titular que previstos na LGPD em relação a 
essas informações também permanecem. 
 A lei fala especificamente sobre os dados sensíveis, que podem ser 
tratados sob consentimento dado “de forma específica e destacada, para 
finalidades específicas”. Os dados pessoais sensíveis são aqueles “religião, 
18 
 
etnia, opinião política, filosófico ou político, dados referentes a sexualidade, 
dados genéticos ou biométricos, quando vinculado a uma pessoa natural. 
 Os dados sensíveis devem ser tratados somente com o consentimento do 
titular. Todavia, Art. 11, Inciso II determina os casos excepcionais em que o 
consentimento não é obrigatório, são eles: 
Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá 
ocorrer nas seguintes hipóteses: 
II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em 
que for indispensável para: 
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador; 
b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela 
administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou 
regulamentos; 
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que 
possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis; 
d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo 
judicial, administrativo e arbitral, este último nos termos da 
e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro; 
f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por 
profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; 
ou 
g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos 
processos de identificação e autenticação de cadastro em sistemas 
eletrônicos, resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta Lei 
e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais 
do titular que exijam a proteção dos dados pessoais. (BRASIL, Lei nº 
13.709/19, 2022). 
 
4.3. Direitos dos titulares 
 
A LGPD prevê nove direitos dos titulares que a empresa controladora dos 
dados deve atender a qualquer momento. Mas em relação aos cookies 
destacamos os seguintes: 
Art. 18 (...) 
VI – eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do 
titular, exceto nas hipóteses previstas no art. 16 desta Lei; 
 
Art. 19 (...) 
§ 3º Quando o tratamento tiver origem no consentimento do titular ou 
em contrato, o titular poderá solicitar cópia eletrônica integral de seus 
dados pessoais, observados os segredos comercial e industrial, nos 
termos de regulamentação da autoridade nacional, em formato que 
permita a sua utilização subsequente, inclusive em outras operações 
de tratamento. (BRASIL, Lei nº 13.709/19, 2022). 
19 
 
Dessa forma, a empresa que pediu o consentimento deve garantir que os 
dados serão salvos em um formato que permita gerar essa cópia para o titular 
ou posteriormente a eliminação desses dados. Além dos dados gerados pelos 
próprios cookies, as empresas que armazenam estes dados precisam garantir 
aos terceiros que irão utilizar os dados que o titular autoriza a sua divulgação ou 
tem o consentimento desta ação. Lembrando que a responsabilidade pelos 
dados dos terceiros e entregá-los ao titular é da empresa controladora. Se a 
empresa responsável não atender aos pedidos, está cometendo uma infração. 
A partir da análise deste ponto, é valido utilizar o conceito de BIONI 
(2018): 
(...) publicidade direcionada é uma prática que procura personalizar, 
ainda que parcialmente, tal comunicação social, correlacionando-a a 
um determinado fator que incrementa a possibilidade de êxito da 
indução ao consumo. (BIONI, 2018, p.15). 
O usuário da internet que têm seus dados vazados são extremamente 
vulneráveis, pensando no fato de que todos as suas informações privadas 
podem ser expostas de maneira criminosa, como mencionado por Sean Gallader 
em seu artigo a Sophos, que é uma desenvolvedora, fornecedora de software e 
hardware de segurança: 
No ano passado, vimos os ataques se voltarem cada vez mais para o 
roubo de cookies, por conta da crescente adoção da MFA. Os 
invasores estão recorrendo a versões novas e aperfeiçoadas de roubo 
de dados, como o ‘Raccoon Stealer ’para simplificar o processo de 
obtenção de cookies de autenticação – também conhecidos como 
tokens de acesso ( Sean Gallader, 2022 ) TRADUZIDO 
Em um vazamento de dados podem ser expostas as informações 
pessoais, que podem incluir, como exemplo, números de previdência social, 
números de cartão de crédito e quaisquer outros dados pessoais que possam 
resultar em roubo de identidade, como explica Gallader: 
Embora historicamente tenhamos visto roubos de cookies em massa, 
os invasores estão adotando uma abordagem precisa e direcionada 
para essa finalidade. Como grande parte do ambiente de trabalho hoje 
em online, realmente não há fim para as possibilidades de atividades 
maliciosas que cibercriminosos podem realizar com cookies de sessão 
roubados. Eles podem adulterar a infraestrutura da nuvem, 
comprometer o e-mail comercial, convencer outros funcionários a 
baixar malware ou até mesmo reescrever códigos para produtos. A 
única limitação seria a própria criatividade (Sean Gallader, 2022) 
TRADUZIDO. 
20 
 
 São exemplos de informações vazadas: 
 
a) Informações de identidade: nome, endereço, número de telefone, 
endereço de e-mail, nome de usuário, senha. b) dados de atividade: pedido e 
histórico de pagamento, hábitos de navegação, detalhes de uso; c) informações 
de cartão de crédito: números de cartão,códigos CVV, datas de validade, 
códigos postais de cobrança. 
As informações do cliente não são a única coisa que podem ser expostas. 
Informações corporativas podem ser vazadas, como exemplo: 
a) Comunicações internas: memorandos, e-mails e documentos 
detalhando operações da empresa; b) métricas: estatísticas de desempenho, 
projeções e outros dados coletados da empresa; c) estratégia: detalhes de 
mensagens, roteiros e outras informações de negócios. 
Vendo a partir deste cenário, podemos compreender que o usuário é 
extremamente vulnerável por conta de ter várias informações pessoais a 
disposição de sites, muitas vezes, irregulares quanto a LGPD. 
A LGPD abrangeria toda a triagem dos cookies quanto a proteção dos 
dados pessoais? 
A LGPD prevê em sua legislação a proteção integral de sua liberdade, 
privacidade, segurança, consentimento expresso, acesso as suas informações, 
correções e pronto atendimento, caso você queira excluir seus dados pessoais. 
Está claro que a denominação mais precisa para os delitos ora em 
estudo é “crimes informáticos” ou “delitos informáticos”, por basear-se 
no bem jurídico penalmente tutelado, que é a inviolabilidade das 
informações automatizadas (dados) (VIANNA, 2001, p.33). 
O controle da LGPD é realizado pela Autoridade Nacional de Proteção de 
Dados. A ANPD foi fundada pela Medida Provisória n. 869, de 27 de dezembro 
de 2018, e após foi convertida em Lei n. 13.853, de 14 de agosto de 2019. 
O Decreto 10.474, de 26 de agosto de 2020 ficou responsável pela 
aprovação da Estrutura Regimental, do Quadro Demonstrativo dos Cargos em 
Comissão e também das Funções de Confiança da ANPD. 
A ANPD possui autonomia para criar normas sobre proteção de dados 
pessoais, inclusive legislar sobre normas de compartilhamento de dados 
utilizados pelo poder público, julgar e aplicar sanções sobre eventuais 
21 
 
descumprimentos a LGPD, comunicando as autoridades competentes os casos 
de infrações de esferas criminais ou cíveis. Cabe ainda a ANPD decidir sobre a 
interpretação da LGPD nos casos omissos. 
Dizendo de maneira resumida, a ANPD é o órgão da administração 
pública federal responsável pela proteção de dados pessoais e por e fiscalizar o 
cumprimento da LGPD no Brasil. 
As sanções que competem a ANPD aplicar, em razão das infrações, são 
previstas no artigo 52 da LGPD: 
Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações 
cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes 
sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional: 
I - advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas 
corretivas; 
II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa 
jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu 
último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 
50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração; 
III - multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II; 
IV - publicização da infração após devidamente apurada e confirmada 
a sua ocorrência; 
V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua 
regularização; 
VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração; 
VII - (VETADO); 
VIII - (VETADO); 
IX - (VETADO). 
X - (VETADO); 
XI - (VETADO); 
XII - (VETADO). 
X - suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se 
refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável 
por igual período, até a regularização da atividade de tratamento pelo 
controlador; 
XI - suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados 
pessoais a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) 
meses, prorrogável por igual período; 
XII - proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas 
a tratamento de dados. (BRASIL, Lei nº 13.709/19, 2022). 
 Todas as penalidade aplicadas pela LGPD possuem caráter financeiro e 
também administrativo sobre as empresas. 
 Já o CDC determina que o consumidor terá acesso as informações 
pessoais existentes em fichas, registros, cadastros e dados arquivados sobre 
ele, e também suas fontes, nos termos do artigo 43 CDC. 
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso 
às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Msg/VEP/VEP-288.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Msg/VEP/VEP-288.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Msg/VEP/VEP-288.htm
22 
 
pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas 
respectivas fontes. 
§ 1º Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, 
claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não 
podendo conter informações negativas referentes a período superior a 
cinco anos. 
§ 2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de 
consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando 
não solicitada por ele. 
§ 3º O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados 
e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, 
no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais 
destinatários das informações incorretas. 
§ 4º Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os 
serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados 
entidades de caráter público. 
§ 5º Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do 
consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de 
Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou 
dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores. 
§ 6o Todas as informações de que trata o caput deste artigo devem ser 
disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive para a pessoa com 
deficiência, mediante solicitação do consumidor. (BRASIL. Código de 
defesa do consumidor. Lei 8.078 de 11/09/90. Brasília, Diário Oficial 
da União, 1990.) 
 Diferente das sanções previstas na LGPD em seu art. 52, a violação dos 
direitos dos consumidores no CDC constitui infração penal, tendo em vista que 
impedir ou dificultar o acesso do consumidor e também deixar de corrigir ou lhe 
entregar informações a seu respeito, se configura como crime, com pena de 
detenção ou multa, de acordo com o artigo 72 e 73 do CDC: 
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações 
que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e 
registros: 
Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa. 
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre consumidor 
constante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe 
ou deveria saber ser inexata: 
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. (BRASIL. Código de 
defesa do consumidor. Lei 8.078 de 11/09/90. Brasília, Diário Oficial 
da União, 1990.) 
Levando em consideração que com o fácil acesso a internet, ficou mais 
fácil criar novos sites ou fóruns, que de alguma forma recebem e compartilham 
informações dos usuários. Isso nos dias de hoje acontece de maneira 
astronomia. O número total de sites em todo o mundo foi confirmado pela 
NetCraft, que é uma empresa que fornece serviços de segurança na Internet, 
incluindo interrupção de crimes cibernéticos, testes de segurança de aplicativos 
23 
 
e verificação automatizada de vulnerabilidades. Publicado em sua mais recente 
pesquisa, mesmo o numero de sites mudando a cada segundo, existem mais de 
um bilhão de sites, de acordo com a pesquisa de servidores da Web de março 
de 2022. 
A todo momento novos sites são criados, sejam eles de qualquer 
natureza. Isso em uma grande escala demonstra difícil em questão do controle 
das informações, levando em conta de que é algo aparentemente novo, pois 
estamos começando a era digital neste século. 
 
 
 
 
24 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Observada a forma comercial com a qual os dados pessoais são tratados 
atualmente no Brasil, a LGPD ainda encontradesafios para que consiga 
fiscalizar todos os sites, e a melhor maneira de se barrar diversas ilegalidades é 
estar informado sobre o tratamento de dados e sobre cookies de rastreamento, 
e sempre fazer uma triagem de sites que potencialmente pode roubar suas 
informações pessoais 
 Entende-se que a LGPD é uma regra para todos, ou seja, ele tem uma 
abrangência no cenário de segurança jurídica válido para todo o país; 
estabelecido de maneira clara, o que são os dados pessoais e como deve ser 
realizado o seu correto tratamento; regra geral, para o tratamento de dados 
pessoais, o consentimento do titular deve ser, com exceção dos casos em que 
seja necessário cumprir os critérios legais. Não importa se a organização ou data 
center é dentro ou fora do Brasil, seu alcance extraterritorial é bem valorizado no 
trabalho, em caso de descumprimento do regulamento, são aplicadas 
penalidades severas a lei traz consigo as definições de que são dados pessoais 
essenciais para uma boa compreensão da legislação. A Lei destaca as 
responsabilidades de cada agente de processamento e suas funções. 
 Portanto, é necessário que os agentes de tratamento procurem também 
maneiras de proteger os dados pessoais, mas também informar aos titulares, 
levar a informação do que está acontecendo de maneira objetiva, gerando uma 
cultura de proteção de dados. 
 O direito de proteção de dados configurado como um direito de 
personalidade do indivíduo, e isso significa dizer que todos temos um direito 
fundamental de proteção de dados na sociedade digital, que consequentemente 
exige o esforço do estatal para tutela legal. 
 A interpretação da LGPD não pode ser realizada sem a analise e 
observação de seus princípios norteadores, sendo essencial é necessário 
entender a forma com a qual a privacidade alterou-se diante da sociedade 
informacional, se adequando para dar ao indivíduo o poder de controle sobre a 
coleta e tratamento de seus dados pessoais. 
25 
 
A Lei 13.709/2018 ainda encontra diversos desafios para concretizar seus 
objetivos, mas é de extrema importância para satisfazer as lacunas normativas 
que dizem a respeito ao direito fundamental de proteção de dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
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