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Apostila - A das demonstrações contábeis

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ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Cleide Leonidia de Avila 
 
FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. 
Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um 
com uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos 
científico (artigos, monografias, dissertações e teses), 
sites ou links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e 
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostradas ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões 
citadas em cada unidade, associando-o a suas ações, 
seja no ambiente profissional ou em seu cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS ............................................................................................ 6 
1.1 O QUE É CONTABILIDADE E QUAL A SUA FUNÇÃO? ........................................... 6 
1.2 OBJETIVOS DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................. 6 
1.3 METODOLOGIA DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................. 7 
1.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................ 8 
1.5 RELATÓRIO DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................. 9 
1.6 REVISÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................................................. 9 
1.6.1 Balanço Patrimonial ...................................................................................... 10 
1.6.2 Demonstração do Resultado ...................................................................... 11 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 14 
ANÁLISE HORIZONTAL, ANÁLISE VERTICAL E INDICADORES DE LIQUIDEZ
 ................................................................................................................. 18 
2.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ...................................................................... 18 
2.1.1 Análise Vertical .............................................................................................. 18 
2.1.2 Análise Horizontal .......................................................................................... 20 
2.2 INDICADORES DE LIQUIDEZ .................................................................................. 21 
2.2.1 Liquidez Geral ................................................................................................ 22 
2.2.2 Liquidez Corrente .......................................................................................... 23 
2.2.3 Liquidez Seca ................................................................................................. 23 
2.2.4 Liquidez Imediata .......................................................................................... 23 
2.2.5 Resumo com os indicadores de liquidez .................................................. 24 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 26 
INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL ............................................. 33 
3.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 33 
3.2 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS (ENDIVIDAMENTO) ...................... 33 
3.3 COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO .................................................................. 34 
3.4 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................ 35 
3.5 IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES ............................................ 36 
3.6 RESUMO COM OS INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL 
(ENDIVIDAMENTO) ............................................................................................... 37 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 39 
INDICADORES DE RENTABILIDADE .......................................................... 44 
4.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 44 
4.2 GIRO DO ATIVO .................................................................................................... 44 
4.3 MARGEM LÍQUIDA E MARGEM OPERACIONAL .................................................. 45 
4.2.1 Margem Líquida ............................................................................................ 45 
4.2.2 Margem Operacional .................................................................................. 45 
4.4 RENTABILIDADE DO ATIVO ................................................................................... 46 
4.5 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................ 47 
4.6 EBITDA ................................................................................................................... 48 
4.7 EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) ....................................................................... 48 
4.8 RESUMO DOS INDICADORES DE RENTABILIDADE ............................................... 50 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 51 
 
 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
ÍNDICES DE ATIVIDADES ......................................................................... 56 
5.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 56 
5.2 CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO ................................................................ 56 
5.3 PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME) ................................................................ 59 
5.4 PRAZO MÉDIO DE FABRICAÇÃO (PMF)............................................................... 60 
5.5 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS (PMRV) ....................................... 60 
5.6 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS (PMPC) .................................... 61 
5.7 RESUMO DAS FÓRMULAS PRAZOS MÉDIOS......................................................... 62 
5.8 A INTER RELAÇÃO DOS ÍNDICES DO PRAZO MÉDIO .......................................... 62 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 65 
ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO ............................................... 69 
6.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 69 
6.2 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ATIVO CIRCULANTE ........................................ 69 
6.3 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ........................................................................... 70 
6.4 NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO .................................................................... 71 
6.5 SALDO EM TESOURARIA ....................................................................................... 74 
6.6 ANALISANDO CCL, NCG, ST ................................................................................ 75 
6.5.1 Situação Financeira Tipo I Excelente ......................................................... 75 
6.5.2 Situação Financeira Tipo II Sólida ............................................................... 76 
6.5.3 Situação Financeira Tipo III Insatisfatória .................................................. 77 
6.5.4 Situação Financeira Tipo IV Péssima......................................................... 77 
6.5.5 Situação Financeira Tipo V Muito Ruim ..................................................... 78 
6.5.6 Situação Financeira Tipo VI Alto Risco ...................................................... 78 
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 80 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ........................................... 84 
REFERÊNCIAS ...................................................................................... 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
05 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
Nesta unidade serão discutidos conceitos que possibilitará ao leitor 
entender o a definição de contabilidade e sua função, quais são 
os objetivos da Análise das Demonstrações Financeiras, como se 
faz um relatório de Análise das Demonstrações Financeiras e uma 
visão geral dos relatórios contábeis. 
Nessa unidade iremos abordar os conceitos das técnicas de 
avaliação empresarial, Análise Horizontal, Análise vertical, e os 
indicadores de liquidez, bem como iremos aprender a forma 
correta de se calcular e analisar. O foco do nosso estudo passa a 
ser o aspecto financeiro da empresa. 
 
 
Nessa unidade iremos abordar os indicadores de estrutura de 
capital, onde iremos entender a composição do endividamento 
da empresa, a participação de capital de terceiros na empresa e 
a aplicação e origem dos recursos financeiros da empresa. O foco 
do nosso estudo passa a ser o aspecto financeiro da empresa. 
Nessa unidade iremos estudar os indicadores de rentabilidade que 
respondem a alguns questionamentos dos investidores, tais como: 
Como está a minha rentabilidade? Como está o meu lucro? Será 
que já terei retorno sobre o capital/dinheiro que eu investi? O foco 
do nosso estudo passa a ser o aspecto econômico da empresa. 
 
 
Nessa unidade iremos estudar os índices de atividades ou prazos 
médios, são ferramentas que buscam mensurar a performance das 
diversas etapas do ciclo operacional da empresa, buscando a 
partir do conhecimento do ciclo operacional e financeiro da 
empresa construir modelos de análise do capital de giro e do fluxo 
de caixa. 
Nessa unidade iremos estudar os desafios que as empresas 
enfrentam para sustentar a situação financeira tranquila, de tal 
forma que os acordos assumidos sejam cumpridos. Para tanto três 
instrumentos são apresentados: Capital circulante líquido (CCL), 
Necessidade de capital de giro (NCG) e Saldo em tesouraria (ST). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS 
 
 
1.1 O QUE É CONTABILIDADE E QUAL A SUA FUNÇÃO? 
A Contabilidade é a ciência que evidencia o patrimônio e resultado da 
empresa em forma de relatórios. A contabilidade fornece informações sobre o que 
aconteceu com a empresa em uma determinada data, ou seja, a contabilidade 
conta a história da empresa, desde a sua constituição até o momento atual. 
Segundo Marion (2009, p. 28), “A Contabilidade é o instrumento que fornece 
o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da 
empresa”. Daí sua função de fornecer dados para a análise das demonstrações 
financeiras com o objetivo de retirar o máximo de informações para a tomada de 
decisões. 
A Contabilidade surgiu para atender a uma necessidade gerencial. A 
informação contábil tem a necessidade de atender as necessidades dos usuários 
interno e externo auxiliando assim a tomada de decisão. Ela retrata a realidade 
econômica, financeira e social de uma empresa para vários usuários. 
 
 
 
1.2 OBJETIVOS DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Segundo Matarazzo (2010, p. 03)“A Análise de Balanços objetiva extrair 
informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões”.A 
Contabilidade na pessoa do Contador registra as operações ocorridas na empresa, 
ou seja, procura captar, organizar e reunir dados fornecidos por ela, tais como notas 
fiscais de compra, de vendas, movimentação financeira etc. e seu resultado final 
são os relatórios contábeis (demonstrações contábeis). Já o Analista de Balanços 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
volta-se com as demonstrações financeiras decompostas em informações que 
permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal 
administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não 
lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se irá falir ou se continuará. 
As demonstrações Financeiras abastecem uma série de dados sobre a 
empresa, de acordo com regras contábeis e a Análise de Balanços transforma esses 
dados em informações e será mais eficiente quanto melhores informações produzir. 
Mas qual a diferença existente entre dados e informações? Dados são 
números ou definição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam 
nenhuma reação no leitor e Informações demonstram, para quem as recebe, uma 
comunicação que pode produzir reação ou decisão, frequentemente 
acompanhada de um efeito inesperado. 
As demonstrações financeiras somam aproximadamente 400 dados, daí a 
seriedade de se transformar os 400 dados em informação e essa é a função da 
Análise de Balanços, vamos a um exemplo: As demonstrações financeiras mostram 
que a empresa tem $ milhares de dívida. Isto é um dado. A conclusão de que a 
dívida é excessiva ou é normal, de que a empresa pode ou não paga-la é 
informação. 
 
1.3 METODOLOGIA DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
A Análise de Balanços (análise das demonstrações financeiras ou contábeis) 
baseia-se no raciocínio científico. Como você toma decisão? Sem pensar sobre o 
assunto, correndo o risco de tomar decisões erradas ou você pensa antes de tomar 
uma decisão importante? Certamente precisamos pensar e analisar todos os 
detalhes antes de tomar as nossas decisões. 
Nas empresas as decisões impactam a vida de toda uma comunidade, logo 
é necessário que se conheça muito bem o negócio da empresa e também como 
está a situação econômica e financeira dela. 
Dessa forma, a análise de balanços utiliza o raciocínio cientifico para produzir 
informações que auxiliaram na tomada de decisão. A Figura 1demonstra o 
processo de tomada de decisões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
Figura 1: Esquematização do processo de tomada de decisões 
 
Fonte: Adaptado de Matarazzo (2010) 
 
Na etapa 1 o analista irá escolher quais indicadores/dados servirá de 
base/análise, na etapa 2 ele fará as comparações dos indicadores com anos 
anteriores ou com padrões estabelecidos por ele, na 3 etapa o analista fará uma 
análise da situação econômica e financeira da empresa e na etapa 4 junto com os 
gestores chegarão a decisões. 
Mas quais são as técnicas que posso utilizar para analisar uma demonstração 
contábil? É o que vamos ver no tópico seguinte. 
 
1.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
Os primeiros passos da análise de Balanços ocorreram no final do século 
passado e no Brasil, ela só se difundiu nos anos 70. Os bancos eram os principais 
usuários dessa informação. Seu uso tornou-se obrigatória nos Estados Unidos em 
1915 e se espalhou pelo mundo. No Brasil o Serasa criado em 1968 é considerada 
uma central de análise de Balanços de Bancos e empresas. 
Podemos citar como técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis: 
a) Análise vertical e horizontal 
b) Análise de Capital de Giro 
c) Análise de Liquidez 
d) Análise de estrutura de capital 
e) Análise de Rentabilidade 
f) Indicadores de atividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
1.5 RELATÓRIO DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
O resultado da Análise de balanços são os relatórios escritos em linguagem 
corrente, recomenda-se uso de gráfico como auxiliares. Os relatórios devem ser 
produzidos como se fossem dirigidos para leigos, ainda que não sejam e demonstrar 
os elementoscontidos nas demonstrações financeiras, deve haver uma “conversa” 
entre os dados índices e as informações o que o dado quer dizer. 
Mas o que incluir no relatório? Deve-se relatar a situação Financeira e a 
situação econômica da empresa, como foi seu desempenho no período analisado, 
sua eficiência na utilização dos recursos, seus pontos fortes e fracos, as tendências e 
perspectivas, seu quadro evolutivo das origens e das aplicações de recursos. 
Deve-se incluir também as causas das alterações na rentabilidade, causas 
das alterações na situação financeira, evidência de erros da administração, 
providências que deveriam ser tomadas e não foram e avaliação de alternativas 
econômico financeiras futuras. 
 
1.6 REVISÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
A análise de Balanço utiliza os demonstrativos contábeis das empresas que 
são informações úteis sobre sua performance econômica e financeira. 
Quais são esses demonstrativos? Os relatórios obrigatórios de acordo com a 
legislação são: 
- Balanço Patrimonial 
- Demonstração do resultado 
- Demonstração das mutações do patrimônio líquido 
- Demonstração de fluxo de caixa 
- Demonstração do Valor adicionado 
- Notas explicativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
Resumidamente podemos dizer que esses demonstrativos são elaborados 
pela contabilidade e servem de insumos para a análise de balanço. 
O Balanço Patrimonial demonstra o Ativo (bens e direitos) e as Obrigações 
(Exigíveis e não exigíveis e o Patrimônio líquido. A Demonstração do Resultado 
evidencia qual foi o resultado que a empresa obteve em um determinado período. 
A Demonstração das mutações do Patrimônio líquido mostra as mudanças 
nas contas do patrimônio Líquido da empresa. Segundo Neto (2010) A 
Demonstração do Fluxo de caixa permite que se analise a capacidade da empresa 
em honrar seus compromissos financeiros, gerar resultados de caixa futuros e sua 
liquidez e solvência Financeira. 
Já a Demonstração do Valor adicionado demonstra quanto a empresa 
agregou de valor no período relacionado e informado e como ela distribuiu essa 
riqueza. Nesse livro iremos focar nossas análises no Balanço Patrimonial e na 
Demonstração do Resultado. No próximo subtópico será detalhado mais 
informações sobre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado. 
 
1.6.1 Balanço Patrimonial 
O Balanço Patrimonial representa o Patrimônio na empresa, ou seja, seus 
bens, direitos (Ativo) e obrigações exigíveis ou não (Passivo). O Balanço patrimonial 
demonstra a saúde financeira e econômica da empresa. 
No quadro abaixo detalharemos a estrutura de um Balanço patrimonial, com 
seus respectivos conceitos: 
 
Quadro 1: Resumo ddo que é um balanço patrimonial 
ATIVO PASSIVO 
Circulante 
Compreende contas que estão 
constantemente em giro – em movimento 
– sua conversão em dinheiro ocorrerá no 
máximo até o próximo exercício social. 
Circulante 
Compreende obrigações exigíveis que serão 
liquidadas no próximo exercício social: nos 
próximos 365 dias após o levantamento do 
balanço. 
Não Circulante 
Compreende todas as contas do Ativo que 
não tenham seus recebimentos marcados 
até o próximo exercício social ou que não 
estão a venda 
Não Circulante 
Compreende todas as contas do Passivo que 
não tenham seus pagamentos marcados até 
o próximo exercício social. 
 Realizável a longo prazo 
Incluem-se nessa conta bens e direitos que 
 Exigível a longo prazo 
Relacionam-se nessa conta obrigações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
se transformarão em dinheiro após o 
exercício seguinte. 
 Investimento 
São as aplicações e caráter permanente 
que geram rendimentos não necessários à 
manutenção da atividade principal da 
empresa. 
 Imobilizado 
Itens de natureza permanente que serão 
utilizados para a manutenção da atividade 
básica da empresa. 
 Intangível 
São direitos que tenham por objetos bens 
incorpóreos, que não podem tocar. 
exigíveis que serão liquidadas com prazo 
superior a um ano – dívidas a longo prazo 
 
Patrimônio líquido 
 
São recursos dos proprietários aplicados na 
empresa. Os recursos significam o capital mais 
o seu rendimento – lucros e reservas. Se houver 
prejuízo, o total dos investimentos dos 
proprietários será reduzido. 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
1.6.2 Demonstração do Resultado 
A cada exercício social (normalmente, um ano) a empresa deve apurar o 
resultado dos seus negócios. Para saber se obteve lucro ou prejuízo, a contabilidade 
confronta a receita (venda ou serviço) com as despesas. Se a receita foi maior que 
a despesa, a empresa teve lucro. Se a receita foi menor que a despesa, teve 
prejuízo. A DR é extremamente relevante para avaliar o desempenho da empresa e 
a eficiência dos gestores em obter resultado positivo. 
A demonstração do Resultado é um resumo ordenado das receitas e 
despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de 
forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em 
seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). 
A receita corresponde, em geral, a venda de mercadorias ou prestação de 
serviços. Ela é refletida no balanço através de dinheiro no caixa (vendas à vista) ou 
entrada em forma de direitos a receber (vendas a prazo). 
A despesa é todo sacrifício, todo esforço da empresa para obter receita. 
Todo consumo de bens ou serviços com o objetivo de obter receita é um sacrifício, 
um esforço para a empresa. Ela é refletida no balanço através de uma redução do 
caixa/bancos ou mediante um aumento de uma dívida no passivo. 
Na Figura 2 abaixo detalharemos a estrutura da Demonstração do Resultado 
e seus respectivos conceitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
Figura 2: Detalhes de Informação da DRE 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CMV: Custo das mercadorias vendidas 
CPV: Custo dos produtos vendidos 
CSP: Custo dos serviços prestados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Leia com atenção as afirmativas: 
 
I. Entidade Contábil é o nome que se dá a quem mantém a contabilidade. 
II. A contabilidade é um poderoso instrumento para auxiliar as pessoas, 
sobretudo os administradores, a tomar decisões. 
III. Todas as movimentações, operações, medidas em dinheiro são registradas 
pela Contabilidade para elaborar os relatórios Contábeis. 
IV. Usuários são pessoas que se utilizam da contabilidade. Os principais usuários 
são: administradores, investidores, governo, bancos, fornecedores, clientes, etc 
 
Agora escolha a alternativa correta: 
 
a) Todas as alternativas estão erradas. 
b) Somente as alternativas I e IV estão erradas. 
c) Todas as alternativas estão corretas. 
d) Somente as alternativas II e III estão erradas. 
e) Somente as alternativas I e IV estão corretas 
 
2. Assinale a opção que indica o que é evidenciado pela Demonstração do 
Resultado do Exercício. 
 
a) as aplicações e as origens dos recursos da entidade. 
b) a riqueza gerada pela entidade e pertencente à sociedade. 
c) a parte dos recursos financeiros gerada internamente pela entidade. 
d) a riqueza gerada pela entidade e pertencente ao acionista. 
e) a movimentação ocorrida nas contas pertencentes aos sócios da entidade. 
 
3. A análise de Balanço abrange: 
 
a) somente o Balanço Patrimonial. 
b) somente a Demonstração do Resultado do Exercício. 
c) todas as demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
d) somente a demonstração do fluxo de caixa. 
e) somente a demonstração do valor adicionado. 
 
4. A análise de Balanço serve para: 
 
a) conhecer o lucro da Entidade. 
b) conhecer somente a situação econômica da Entidade. 
c) conhecer somente a situação financeira da Entidade. 
d) Conhecer a situação econômica e financeira da Entidade. 
e) conhecer as notas explicativas. 
 
5. A análise dasituação financeira é feita: 
 
a) com base no Balanço Patrimonial. 
b) com base na Demonstração do Resultado. 
c) com base na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
d) com base na demonstração do fluxo de caixa 
e) com base nas notas explicativas 
 
6. A análise da situação econômica é feita: 
 
a) com base no Balanço Patrimonial. 
b) com base na Demonstração do Resultado. 
c) com base na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
d) com base na demonstração de valor adicionado. 
e) com base na demonstração de fluxo de caixa. 
 
7. Fepese – 2018 – Celesc – Administrador: 
 
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação aos 
conceitos para a interpretação de balanços, elaborados por Sobral e Peci 
(2013): 
(X) Ativo: conjunto de bens e direitos possuídos pela empresa. 
(X) Passivo: conjunto de obrigações e dívidas da empresa com terceiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
(X) Patrimônio Líquido: valor contábil dos recursos próprios aplicados no negócio 
pelos sócios. 
(X) Passivo Permanente: conjunto de obrigações e dívidas exigíveis a longo prazo. 
(X) Ativo Circulante: conjunto de bens e direitos de curto prazo com elevada 
liquidez. 
 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 
 
a) V • V • V • V • V 
b) V • V • F • F • V 
c) V • V • V • F • F 
d) F • F • F • V • V 
e) V • V • F • F • F 
 
8. SUGEP – UFRPE – 2016 – Administrador 
 
As demonstrações financeiras são lentes aplicadas a um negócio. Acredita-se 
que as demonstrações financeiras fornecem informações para aqueles que 
avaliam investimentos. Para analisar tais demonstrações é necessário conhecer 
seus aspectos formais e de conteúdo. Considerando o contexto apresentado, 
analise as afirmações a seguir. 
1) Na Demonstração do Resultado do Exercício estão incluídas rubricas como: (i) 
custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos; (ii) lucro bruto; (iii) 
despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas 
operacionais; (iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras; (v) 
resultado antes dos tributos sobre o lucro; e (vi) resultado líquido do período. 
2) As demonstrações financeiras proporcionam informação da entidade acerca 
do seguinte: (a) ativos; (b) passivos; (c) patrimônio líquido; (d) receitas e 
despesas, incluindo ganhos e perdas; (e) alterações no capital próprio mediante 
integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e (f) fluxos de caixa. 
3) Balanço Patrimonial é uma demonstração financeira que evidencia a posição 
financeira das empresas. Nele estão contidos os elementos patrimoniais, bens, 
direitos e obrigações. As contas de ativo representam aplicações de recursos, e 
as de passivo e de patrimônio líquido, origens de recursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
4) As notas explicativas são obrigatórias e consideradas um tipo de demonstração 
financeira. 
 
Estão corretas: 
 
a) 1, 3 e 4, apenas. 
b) 1, 2 e 3, apenas. 
c) 1, 2 e 4, apenas. 
d) 2, 3 e 4, apenas. 
e) 1, 2, 3 e 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
ANÁLISE HORIZONTAL, ANÁLISE 
VERTICAL E INDICADORES DE 
LIQUIDEZ 
 
 
 
2.1 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 
A Análise Vertical e a Análise Horizontal estudam as tendências da empresa, 
de crescimento, de redução. É uma metodologia simples e de fácil aplicação. Por 
meio desse tipo de análise pode-se conhecer detalhes das demonstrações 
financeiras que escapam à análise geral através dos índices. 
São indicadas como apoio à análise das demonstrações financeiras, estes 
cálculos permitem comparações, tendências e deduções de bom senso para 
melhor interpretar outros indicadores. 
O Objetivo da Análise Vertical é despontar a importância de cada conta em 
relação à Demonstração Financeira a que pertence e, através da comparação 
permitir deduzir se há itens fora de proporções normais. Já o objetivo da Análise 
Horizontal é mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, 
pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa. 
 
2.1.1 Análise Vertical 
A finalidade da análise Vertical é mostrar a participação relativa de cada 
item de uma demonstração contábil em relação a determinada base, ela é para 
um único ano. 
Calcula-se o percentual de cada conta em relação a um valor-base. Por 
exemplo, num Balanço Patrimonial, podemos querer verificar quanto o Ativo 
circulante representa com relação ao Ativo total. Basta dividir a cifra do ativo 
circulante pela cifra do ativo total, multiplicar o resultado por cem e colocar o sinal 
de percentagem. Logo, no Balanço Patrimonial o valor base é o total do Ativo ou o 
Total do Passivo e na Demonstração do Resultado o valor base são as receitas. 
 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
Observe a Tabela 1 abaixo: 
 
Tabela 1: Exemplo de cálculo da Análise Vertical de um Balanço Patrimonial. 
BP Ano 1 AV Ano 2 AV Ano 3 AV 
Ativo 
Ativo Circ. 100.000 17,86% 110.000 16,08% 95.000 12,98% 
RLP 160.000 28,57% 184.000 26,90% 192.000 26,23% 
Ativo Fixo 300.000 53,57% 390.000 57,02% 445.000 60,79% 
Total A 560.000 100% 684.000 100% 732.000 100% 
Passivo 
Passivo Circulante 70.000 12,5% 90.300 13,20% 106.400 14,54% 
ELP 150.000 26,78% 200.000 29,24% 235.000 32,10% 
PL 340.000 60,71% 393.700 57,56% 390.600 53,36% 
Total P 560.000 100 684.000 100 732.000 100 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
Do Tabela 1 podemos extrair várias apreciações, por exemplo, o percentual 
de 17,86% do Ativo Circulante no ano 1, nos mostra que o Ativo circulante 
representava 17,86% do seu Ativo Total. 
Na Tabeal 2 veremos como fica os cálculos da análise vertical para uma 
Demonstração do Resultado. 
 
Tabela 2: Análise vertical para uma Demonstração do Resultado 
DR Ano 1 AV Ano 2 AV Ano 3 AV 
Receita 830.000 100 1.260.000 100 2.050.000 100 
(-) CMV -524.167 63,15% -840.500 66,71% -1.594.600 77,78% 
= Luc Bruto 305.833 36,85% 419,500 33,29% 455.400 22,21% 
(-) Desp. Administrativa -139.500 16,81% -190.000 15,08% -277.500 13,54% 
(-) Desp. Financeira -88.000 10,60% -140.000 11,11% -186.000 9,07% 
= Resultado 78.333 9,44% 89.500 7,10% -8.100 0,39% 
(-) IR e CS -31.333 3,76% -35.800 2,84% 0 
 
Resultado Final 47.000 5,66% 53.700 4,27% -8.100 0,39% 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
Na demonstração do resultado podemos verificar que o indicador de 66,71% 
do CMV do ano 2, representa que nesse ano o CMV representava 66,71% do total 
das receitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
2.1.2 Análise Horizontal 
A análise Horizontal é o método que possibilita estabelecer as proporções 
entre cada elemento em análise, de um exercício social, e o mesmo elemento ou 
informação em outros exercícios, através da evolução percentual que permite a 
comparação por tendência positivas ou negativas. 
 
 
 
O propósito da análise horizontal é permitir o exame da evolução histórica de 
cada uma das contas que compõem as demonstrações financeiras. É quando 
comparamos valores ou índices de dois ou mais anos. 
É a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo 
de contas, em diferentes exercícios sociais. Temos a fómula (1): 
 
 
Número índice =
V
V
 (1) 
Onde: 
 
 Número índice = relação existente entre o valor de uma conta contábil (ou 
grupo de contas) em determinada data (Vd) e seu valor obtido na data-
base (Vb) 
 VD = Vd é o ano que se pretende comparar 
 VB = Exprime o ano que se efetua a comparação. 
 
Na Tabela 3 temos o cálculo da Análise Horizontal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
Tabela 3: Cálculo da Análise Horizontal 
Descrição 31/12/2018 AH 31/12/2017 AH 31/12/2016 
Ativo Total 26.523.851 102% 25.984.477 99% 26.254.745 
Ativo Circulante 8.324.317 115% 7.254.755 113% 6.420.478 
Ativo Não Circulante 18.199.53497% 18.729.722 94% 19.834.267 
Ativo Realizável a Longo Prazo 4.700.822 114% 4.115.862 96% 4.265.283 
Investimentos 1.088.094 103% 1.054.052 94% 1.126.176 
Imobilizado 11.715.022 91% 12.882.618 94% 13.748.890 
Intangível 695.596 103% 677.190 98% 693.918 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
Tendo por base a conta do Ativo circulante podemos verificar que seu índice 
em 2018 foi de 115% {(8.324.317/7.254.755) x 100} e nos mostra que essa conta teve 
um crescimento de 15% comparado com o ano de 2017. 
 
2.2 INDICADORES DE LIQUIDEZ 
 
 
Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações 
Financeiras, que mira evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou 
financeira de uma empresa. 
Assim os índices são divididos em indicadores que evidenciam aspectos da 
situação financeira e econômica da empresa. Os índices financeiros são divididos 
em índices de estrutura e liquidez e os índices econômicos os índices de 
rentabilidade. Logo, temos: 
 
 Estrutura 
 Situação Financeira 
 Liquidez 
 Situação Econômica Rentabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
Os índices de Estrutura, mostram as decisões financeiras em termos de 
obtenção e aplicação de recursos. 
Os índices de Liquidez, mostram quão sólida é a base financeira da empresa. 
Os índices de Rentabilidade, mostram a rentabilidade dos capitais investidos, 
isto é quanto rendem os investimentos e qual o grau de êxito econômico da 
empresa. Nessa unidade iremos tratar do índice de liquidez e nas posteriores 
estudaremos os outros indicadores. 
A liquidez de uma empresa revela sua capacidade de cumprir as obrigações 
de curto prazo à medida que vencem. Como uma liquidez baixa ou declinante é 
um precursor comum de dificuldade financeira e falência, esses índices são vistos 
como bons indicadores de problemas de fluxo de caixa. 
Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa. 
São índices que, a partir do confronto dos Ativos circulantes com as dívidas, 
procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa. 
 
 
 
2.2.1 Liquidez Geral 
Este indicador serve para detectar a saúde financeira (no que se refere à 
liquidez) de longo prazo do empreendimento. 
Quanto maior a liquidez mais elevada se apresenta a capacidade da 
empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. Para calcularmos eu 
valor usamos a equação (2): 
 
 
Liquidez Geral =
Ativo circulante + realizável a longo prazo
Passivo circulante + elegível a longo prazo
 (2) 
 
Indica quanto a empresa possui de ativo circulante + realizável a longo prazo 
para cada $ 1 de dívida total. Quanto maior for o resultado melhor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
2.2.2 Liquidez Corrente 
Esse indicador relaciona de quantos reais dispomos, imediatamente 
disponíveis e conversíveis em certos prazos em dinheiro, com relação às dívidas de 
curto prazo. Calulamos a liquidez corrente com a equação (3): 
 
 
Liquidez corrente =
Ativo circulante 
Passivo circulante 
 (3) 
 
Indica quanto a empresa possui de ativo circulante para cada $ 1 de passivo 
circulante. Quanto maior melhor. 
 
2.2.3 Liquidez Seca 
Este é um indicador muito adequada para se avaliar conservadoramente a 
situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques do numerador estamos 
eliminando uma fonte de incertezas. Calculamos a liquidez seca por meio da 
equação (4): 
 
 
Liquidez seca =
Ativo circulante − estoque 
Passivo circulante 
 (4) 
 
Indica quanto a empresa possui de ativo líquido para cada $ 1 de passivo 
circulante. Quanto maior melhor. 
 
2.2.4 Liquidez Imediata 
A liquidez imediata é determinada pela relação existente entre o disponível e 
o passivo circulante. Calculamos a liquidez imediata por meio da equação (5): 
 
 
Liquidez Imediata =
Disponível
Passivo circulante 
 (5) 
 
Demonstra a porcentagem das dívidas de curto prazo (passivo circulante) 
que pode ser saldada imediatamente pela empresa, por suas disponibilidades de 
caixa. Evidentemente, quanto maior se apresentar esse índice, maiores serão os 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
recursos disponíveis mantidos pela empresa. 
 
 
 
 
2.2.5 Resumo com os indicadores de liquidez 
No Quadro abaixo será demonstrado um resumo dos indicadores de liquidez 
estudados nessa unidade. 
 
Quadro 2: Resumo Indicadores de liquidez 
Indicadores Equação Conceito Parâmetro 
Geral 2 
Capacidade de a empresa pagar 
todos os seus compromissos, sem ter 
que lançar mão dos valores 
representativos do seu ativo 
permanente. 
Quanto maior, melhor 
Corrente 3 
Capacidade de pagamento de 
dívidas de curto prazo 
Acima de 1, sendo 
considerado normal 1,50. É 
ótimo quando for superior a 
2,00 
Seca 4 
Idem, liquidez corrente, tirando o 
estoque por não serem facilmente 
realizáveis 
Quanto maior, melhor. 
Imediata 5 
Capacidade de pagamento de 
todo passivo circulante apenas com 
recursos de caixa 
Quanto maior, melhor 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. (UFPR – 2018 – Coren – PR – Contador) Considere as afirmativas abaixo, acerca da 
situação patrimonial e do desempenho econômico e financeiro da Companhia 
Curitiba para os períodos encerrados em 31/12/X1 e 31/12/X0: 
 
• Em 31/12/X1 os ativos imobilizados representavam 60% dos ativos totais da 
Companhia Curitiba. 
• Houve uma redução de 30% no montante de empréstimos a pagar entre 
31/12/X1 e 31/12/X0. 
• O resultado do período X1 cresceu 28% em relação ao resultado do período X0. 
• As receitas financeiras representaram 8% das receitas totais do período X1. 
• Houve uma redução de 18% no valor das despesas gerais administrativas em X1 
quando comparadas a X0. 
Com base nos conceitos de Análise Horizontal e Vertical da Análise de 
Demonstrações Contábeis, assinale a alternativa com a sequência correta do 
tipo de análise efetuada, de cima para baixo. 
 
a) vertical – vertical – horizontal – vertical – vertical. 
b) horizontal – vertical – vertical – horizontal – vertical. 
c) horizontal – horizontal – vertical – vertical – horizontal. 
d) vertical – horizontal – horizontal – vertical – horizontal. 
e) vertical – horizontal – horizontal – horizontal – vertical. 
 
2. Para responder à questão observe e analise o Balanço Patrimonial da empresa 
abaixo dos anos de 2015 e 2016. 
Ativo 
Circulante 2015 AV 2.016 AV AH 
Caixa 242.371 2,93% 497.701 5,51% 205,35% 
Clientes 475.726 5,75% 583.513 6,46% 122,66% 
Outras Contas a receber 76.259 0,92% 147.881 1,64% 193,92% 
Estoque 31.965 0,39% 20.135 0,22% 62,99% 
Total Ativo circulante 826.321 10,00% 1.249.230 13,84% 151,18% 
Não circulante 
Realizável a Longo Prazo 
Contas a receber 1.172.767 14,19% 1.120.476 12,41% 95,54% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
Investimentos 22.060 0,27% 22.060 0,24% 100,00% 
Imobilizado 185.699 2,25% 198.623 2,20% 106,96% 
Intangível 6.060.461 73,31% 6.437.748 71,31% 106,23% 
Total Não Circulante 7.440.987 90,00% 7.778.907 86,16% 104,54% 
Total do Ativo 8.267.308 100,00% 9.028.137 100,00% 109,20% 
Passivo 
Circulante 2015 AV 2.016 AV AH 
Fornecedores 111.494 1,35% 172.440 1,91% 154,66% 
Empréstimos 371.225 4,49% 228.981 2,54% 61,68% 
Férias 76.949 0,93% 85.172 0,94% 110,69% 
Tributos 50.122 0,61% 47.774 0,53% 95,32% 
Outras Contas a pagar 362.465 4,38% 329.273 3,65% 90,84% 
Total Passivo Circulante 972.255 11,76% 863.640 9,57% 88,83% 
Não Circulante 
Exigível a Longo prazo 
Empréstimos 2.761.449 33,40% 3.174.233 35,16% 114,95% 
Patrimônio Liquido 
Capital Social 2.636.499 31,89% 2.773.985 30,73% 105,21% 
Reservas Pat Líquido 1.897.105 22,95% 2.216.279 24,55% 116,82% 
Total do Não circulante 7.295.053 88,24% 8.164.497 90,43% 111,92% 
Total do Passivo 8.267.308 100,00% 9.028.137100,00% 109,20% 
 
Com base nos percentuais das análises verticais e horizontais apresentados no 
Balanço Patrimonial acima, assinale a afirmativa CORRETA: 
 
a) a conta total do ativo circulante em 2015 representava 13,84% do total do ativo 
e em 2016 esse valor teve uma queda passando a representar 10% do total do 
ativo. 
b) a conta total do passivo circulante em 2015 representava 9,57% do total do 
passivo e em 2016 esse valor teve um crescimento passando a representar 
11,76% do total do passivo. 
c) a conta do total do ativo circulante cresceu 51,18% em relação ao ano de 2015 
enquanto o passivo circulante apresentou uma queda de 11,17% em relação ao 
ano de 2015, o que ajudou a liquidez a curto prazo da empresa em 2016. 
d) ocorreu um aumento de 2,31 pontos percentuais, na participação relativa do 
passivo não circulante sobre o passivo total do ano de 2015 para 2016. 
e) ocorreu uma diminuição de 7,57 pontos percentuais, na participação relativa do 
capital social sobre o passivo total em 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
3. Concurso Saneago – GO – 2018 (adaptado) 
A análise vertical das contas das demonstrações contábeis mostra a composição 
percentual e a participação de cada conta em relação a um valor adotado 
como base. A análise vertical do balanço patrimonial permite visualizar, do lado 
do passivo, a parcela de participação de fontes de recursos oriundos de: 
 
a) imobilizações externas e internas. 
b) investimentos financeiros e de capital. 
c) capital de terceiros e próprios. 
d) fundos monetários e não monetários. 
e) dos ativos circulantes e não circulantes. 
 
4. (Concurso Copasa – Fumarc 2018) A Análise Vertical das fontes de recursos da 
Cia. Tomaz & Valdir em 31/12/20X1 estava assim representada: 
 
Considerando as informações, é correto afirmar: 
 
a) O principal componente dos Capitais de Terceiros é a conta Fornecedores, que 
representa 23% das fontes de recursos. 
b) Os Capitais de Terceiros correspondem a 60% do total das fontes de recursos da 
Cia. 
c) Os Capitais Próprios correspondem a 32% do total das fontes de recursos da Cia. 
d) Os empréstimos de curto prazo são altamente expressivos em relação ao total 
da dívida da empresa. 
e) Os salários, impostos, contribuições e obrigações sociais representam 20% do 
total. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
5. Segundo Matarazzo (2010), a análise das Demonstrações Contábeis deve partir 
do geral para o particular. Sendo assim, inicia-se a análise por meio do cálculo 
dos Índices e, em seguida, aplicam-se as Análises Vertical e Horizontal. 
 
Neste contexto, analise o Balanço Patrimonial da Cia. Descomplica e assinale a 
alternativa CORRETA: 
 
 
a) o imobilizado representa 25,46% aproximadamente do ativo total. 
b) o índice de liquidez seca da CIA. descomplica é de 0,83 aproximadamente. 
c) o passivo circulante representa 47,11% e o exigível a longo prazo 12,52% 
aproximadamente do total do passivo. 
d) considerando a análise vertical, pode-se afirmar que o patrimônio líquido da cia. 
descomplica apresenta o percentual de 29,36% aproximadamente. 
e) de acordo com a análise vertical do balanço patrimonial da cia. descomplica, 
a conta clientes representa o percentual de 39,33% aproximadamente e a 
conta estoques de 28,55% aproximadamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
6. Utilize do balanço patrimonial a seguir para responder à questão. 
 
Obs. trabalhar com apenas a segunda casa decimal após a vírgula e não aplicar 
o critério de arredondamento. 
Assinale a alternativa que indica o valor, em Reais, em 31 de dezembro de 2018, 
do índice de liquidez seca. 
 
a) 1,18 
b) 1,20 
c) 1,27 
d) 1,35 
e) 1,39 
7. Baseado no Balanço Patrimonial descrito a seguir e utilizando-se dos conceitos 
teóricos de análise das Demonstrações Contábeis, responda às questões a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
Circulante 2018 2017 Circulante 2018 2.017
Caixa 2.890.144 2.555.338 Fornecedores 4.119.057 3.179.954
Clientes 3.201.656 2.798.420 Empréstimos 1.824.938 2.004.341
Aplicação Financeira 459.470 821.518 Salários e Encargos 588.627 443.859
Estoque 9.167.689 6.701.404 Tributos 747.227 354.343
Outras Contas a 
Receber 1.784.123 5.105.433
Outras Contas a pagar
1.224.404 1.731.623
Total Ativo circulante 17.503.082 17.982.113 Total Passivo Circulante 8.504.253 7.714.120
Não circulante Não Circulante
Realizável a Longo 
Prazo 6.915.178 5.732.376
Exigível a Longo prazo
16.838.205 18.693.700
Investimentos 1.367.802 1.280.299 Patrimônio Liquido
Imobilizado 15.546.481 16.443.742 Capital Social 19.249.181 19.249.181
Intangível 9.948.486 8.863.231 Reservas Pat Líquido 6.689.390 4.644.760 
Total Não Circulante 33.777.947 32.319.648 Total do Não circulante 42.776.776 42.587.641 
Total do Ativo 51.281.029 50.301.761 Total do Passivo 51.281.029 50.301.761 
Ativo Passivo 
 
O índice de Liquidez imediata (Disponibilidades-PC) e Liquidez geral de 2018 é 
respectivamente (aproximadamente): 
 
a) 0,86 e 0,90 
b) 0,06 e 0,93 
c) 0,26 e 0,33 
d) 0,34 e 0,96 
e) 0,23 e 0,40 
 
8. (Concurso AOCP PE 2019, Adaptado)Uma sociedade empresária apresentou as 
seguintes informações extraídas de sua contabilidade: 
 
Disponibilidades R$ 3.000,00 Estoque de Mercadorias R$ 1.000,00 Ativo Realizável 
a Longo Prazo R$ 1.000,00 Ativo Circulante R$ 5.000,00 Ativo Não Circulante R$ 
5.000,00 Passivo Circulante R$ 2.000,00 Passivo Não Circulante R$ 1.000,00 
Patrimônio Líquido R$ 7.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
Com base nas informações fornecidas pela contabilidade da sociedade 
empresária, assinale a alternativa que apresenta o índice de liquidez imediata, o 
índice de liquidez corrente, o índice de liquidez seca e o índice de liquidez geral, 
respectivamente. 
 
a) 1,5 / 2,5 / 2 / 3,33. 
b) 2,5 / 1,5 / 1,5 / 2. 
c) 1,5 / 2,5 / 1,5 / 2. 
d) 1,5 / 2,5 / 2 / 2. 
e) 3,5/ 2,5/ 1,6/ 1,6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
INDICADORES DE ESTRUTURA DE 
CAPITAL 
 
 
 
3.1 INTRODUÇÃO 
Os índices desse grupo apresentam as grandes linhas de decisões financeiras, 
em termos de obtenção e aplicação de recursos, estabelecem relações entre as 
fontes de financiamento próprio e de terceiros, com o objetivo de evidenciar a 
dependência da entidade em relação aos recursos de terceiros. 
 
 
 
3.2 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS (ENDIVIDAMENTO) 
O indicador de endividamento, calculado pela equação (6) mostra quanto 
a empresa tem de dívidas com terceiros (passivo circulante + passivo não 
circulante) para cada real de recursos próprios (patrimônio Líquido). Demonstra a 
dependência que a empresa possui com relação a terceiros e, quais riscos a que 
está sujeita. 
 
 
Grau de endividamento = 
Capital de Terceiros
Patrimônio Líquido
∙ 100 (6) 
 
 Indica: quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada $ 100 de 
capital próprio investido. 
 Interpretação: Quanto menor, melhor. 
 
 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
Exemplo: Dados da Cia A: Capital de terceiros em X1 é 1.655.317 e em X2 é 
2.576.865 e Patrimônio líquido em X1 é 1.070.861 e em X2 é 1.407.185. 
 
Índices X1: 1.655.317/1.070.861 = 154% 
Índices X2: 2.576.865/1.407.185 = 183% 
 
Interpretação: Esses dois índices mostram que, em X, para cada $100 de capital 
próprio (PL), a empresa tomou $ 154 de capital de terceiros e que, em X2, para 
cada $ 100 próprios, tomou $ 183 emprestados. O índice de participação de 
capitais de terceiros indica que o endividamento da empresa piorou de X1 para X2. 
 
 
 
3.3 COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO 
Segundo Martins, Miranda, Diniz (2019) para analisar a solvência de uma 
empresa, é necessário conhecer os prazos de vencimento de suas dívidas. Logo, a 
composição de endividamento nos mostra quanto da dívida total com terceiros é 
exigívelno curto prazo. 
 
 
Composição de Endividamento = 
Passivo Circulante
Capitais de Terceiros
∙ 100 (7) 
 
 Indica: qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às 
obrigações totais. 
 Interpretação: Quanto menor, melhor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
Exemplo: Dados da Cia A: Passivo circulante em X1 é 1.340.957 e em X2 é 1.406.077 
e Capital de terceiros em X1 é 1.655.317 e em X2 é 2.576.865. 
Índices X1: 1.340.957/1.655.317 = 81% 
Índices X2: 1.406.077/2.576.865 = 54% 
 
Interpretação: Esses índices indicam que em X1 a empresa tinha 81% (mais de ¾) de 
suas dívidas vencíveis a curto prazo e que em X2 este percentual caiu para 54% 
(quase metade), melhorando aquilo que se pode chamar perfil de dívida. 
 
 
 
 
 
3.4 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
O índice imobilização do patrimônio líquido mostra a parcela do capital 
próprio que está acometida em ativos de baixa liquidez (ativos imobilizados, 
investimentos e intangíveis). Este indicador é calculado por meio da equação (8). 
 
Imobilização do patrimônio líquido = 
Ativo não circulante – Ativo realizável a longo prazo 
Patrimônio Liquido
∙ 100 (8) 
 
 Indica: quanto a empresa aplicou em ativos de baixa liquidez para cada $ 100 
de patrimônio líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 Interpretação: Quanto menor, melhor 
Exemplo: Dados da Cia A: Ativo permanente em X1 é 765.698 e em X2 é 1.714.879 e 
Patrimônio líquido em X1 é 1.070.861 e em X2 é 1.407.125. 
Índices X1: 765.698/1.070861 = 71% 
Índices X2: 1.714.879/1.407.185 = 121% 
 
Interpretação: Esses índices mostram que, em X1, a empresa aplicou em Ativo de 
baixa liquidez a importância equivalente a 71% do patrimônio líquido; em X2 esse 
percentual subiu pra 121%. O índice de imobilização em X2 é 121%. Isto significa que 
para cada $ 100 existentes de patrimônio líquido a empresa aplicou $ 121 em ativos 
de baixa liquidez, ou seja, imobilizou todo o patrimônio líquido mais recursos de 
terceiros, equivalentes a 21% do patrimônio líquido. A empresa depende 
inteiramente do capital de terceiros. 
 
 
 
 
 
3.5 IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES 
Este indicador mostra o percentual de recursos de longo prazo aplicados nos 
grupos de ativos de menor liquidez (imobilizado, investimento e intangível). 
 
Imobilização de Recursos Não Correntes = 
Ativo Não circulante − Ativo Realizável a Longo Prazo 
Patrimônio líquido + exigível a longo prazo
 (9) 
 
 Indica: que percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no ativo de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
menor liquidez (imobilizado, investimento e intangível). 
 Interpretação: Quanto menor, melhor 
 
Exemplo: Dados da Cia A: Ativo de menor liquidez em X1 é 765.698 e em X2 é 
1.714.879; ELP em X1 é 314.360 e em X2 é 1.170.788; Patrimônio líquido em X1 é 
1.070.861 e em X2 é 1.407.185. Obs: Recursos não correntes é igual ao PL + ELP 
Índices X1: 765.698/1.385.224 = 55% 
Índices X2: 1.714.879/2.577.973 = 66% 
Interpretação: Estes índices mostram que a empresa destinou ao ativo de menor 
liquidez, respectivamente, em X1 e em X2, 55% e 66% dos recursos não correntes. 
 
Os elementos que compõe os grupos de investimento, imobilizável e 
intangível possuem vida útil superior aos demais ativos. Assim, desde 
que a empresa possua recursos no exigível cujos prazos sejam 
compatíveis com o prazo de duração dos elementos do Ativo não 
circulante, ou suficientes para a empresa gerar recursos capazes de 
resgatar as dívidas de longo prazo, é possível que se financie parte 
do imobilizado com recursos de terceiros (MARTINS; MIRANDA; DINIZ, 
2019, p. 122) 
 
 
 
 
 
3.6 RESUMO COM OS INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL 
(ENDIVIDAMENTO) 
No quadro abaixo estão demonstrados um resumo dos indicadores de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
estrutura de capital (endividamento): 
Quadro 3: Estrutura de Capital - endividamento 
Indicadores Equação Conceito Parâmetro 
Participação de 
capitais de terceiros 
(grau de 
endividamento) 
6 
Quanto a empresa tomou de capitais de 
terceiros para cada $ 100 de capital 
próprio. É um indicador de solvência 
Quanto 
menor, 
melhor. 
Composição de 
endividamento 
7 
Qual o percentual de obrigações a curto 
prazo em relação às obrigações totais 
Quanto 
menor, 
melhor 
Grau de imobilização 
do patrimônio líquido 
8 
Quantos $ a empresa aplicou no Ativo 
fixo para cada $ 100 de PL 
Quanto 
menor, 
melhor 
Grau de imobilização 
dos recursos não 
correntes 
9 
Que percentual dos recursos não 
correntes (PL e ELP) foi destinado ao 
Ativo fixo 
Quanto 
menor, 
melhor 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Baseado no Balanço Patrimonial descrito a seguir e utilizando-se dos conceitos 
teóricos de análise das Demonstrações Contábeis, responda às questões a seguir: 
Circulante 2018 2017 Circulante 2018
Caixa 2.890.144 2.555.338 Fornecedores 4.119.057
Clientes 3.201.656 2.798.420 Empréstimos 1.824.938
Aplicação Financeira 459.470 821.518 Salários e Encargos 588.627
Estoque 9.167.689 6.701.404 Tributos 747.227
Outras Contas a 
Receber 1.784.123 5.105.433
Outras Contas a pagar
1.224.404
Total Ativo circulante 17.503.082 17.982.113 Total Passivo Circulante 8.504.253
Não circulante Não Circulante
Realizável a Longo 
Prazo 6.915.178 5.732.376
Exigível a Longo prazo
16.838.205
Investimentos 1.367.802 1.280.299 Patrimônio Liquido
Imobilizado 15.546.481 16.443.742 Capital Social 19.249.181
Intangível 9.948.486 8.863.231 Reservas Pat Líquido 6.689.390 
Total Não Circulante 33.777.947 32.319.648 Total do Não circulante 42.776.776 
Total do Ativo 51.281.029 50.301.761 Total do Passivo 51.281.029 
Ativo Passivo 
 
 
O Índice de composição de endividamento (PC/CT) e a participação capital de 
terceiros (CT/PL) de 2018 é respectivamente (aproximadamente): 
a) 33,56% e 95,21% 
b) 38,02% e 91,10% 
c) 39,93% e 90,80% 
d) 33,56% e 99,21% 
e) 33,56% e 97,70% 
 
2. (Contador Transpetro 2011 – CESGRANRIO) – Informações de empresas do 
segmento da indústria têxtil: 
Empresas Alfa Beta Gama Delta Èpsilon 
PL (R$) 455.678,90 512.113,40 678.356,32 718.100,99 856.347,77 
Capital Terceiros (R$) 309.861,65 337.994,84 440.931,61 502.670,69 530.935,62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
Ao se considerar o índice de Endividamento, a empresa que apresenta a maior 
proporção é a: 
 
a) Alfa 
b) Beta 
c) Gama 
d) Delta 
e) Épsilon 
 
3. (Concurso FCC – 2018) A Cia. dos Índices apresentava a seguinte situação 
patrimonial e financeira em 31/12/2017, com os valores expressos em reais: 
 
A Cia. dos Índices apresentava, em 31/12/2017, índice de: 
 
a) composição do endividamento igual a 40%. 
b) liquidez corrente igual a 1. 
c) participação de capitais de terceiros em relação ao patrimônio líquido igual a 
100%. 
d) liquidez geral igual a 2. 
e) imobilização dos recursos não correntes igual a 83%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
4. Em 31/12/2019, uma empresa apresentava o seguinte balanço patrimonial: 
 
Sobre os índices de endividamento da empresa, assinale a afirmativa correta. 
 
a) o endividamento geral é de 0,36. 
b) a composição do endividamento é de 38,89%. 
c) as dívidas a curto prazo representam 45%. 
d) a participação do capital de terceiros é de 46%. 
e) a imobilização do patrimônio líquido é de 0,43. 
 
5. (Concurso Nucepe 2018, adaptado) A empresa SDR S/A apresentou as seguintes 
informações relacionadas a seu passivo apurado no exercício de 2019: 
 
Fornecedores R$ 500,00 Comissões a pagar R$ 100,00 
Pró-labore a pagar R$ 100,00 Salários a pagar R$ 200,00 
Empréstimos Bancários a curto prazo R$ 1.750,00 Financiamento a longo prazo R$ 1.000,00 
Capital Social R$ 2.900,00 Lucros Acumulados R$ 100,00 
 
Considerando-se asinformações acima, o índice relativo à composição do 
endividamento corresponde a: 
 
a) R$ 0,64 
b) R$ 0,39 
c) R$ 0,72 
d) R$ 0,54 
e) R$ 1,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
6. O Balanço Patrimonial da Cia. Analítica, em 31/12/2017, apresentava a seguinte 
situação: 
 
 
Com base neste Balanço Patrimonial, é possível afirmar que a Cia. Analítica 
apresentava em 31/12/2017: 
 
a) aproximadamente 67% do total do endividamento vence a curto prazo. 
b) a participação do capital de terceiros apresenta um indicador de 72,50% 
c) índice de imobilização dos recursos não correntes igual a 85%. 
d) grau de endividamento (capital de terceiros em relação aos recursos totais) 
igual a 30%. 
e) índice de composição do endividamento igual a 40%. 
 
7. Uma sociedade empresária apresentava os seguintes índices de endividamento 
geral e de composição do endividamento, nos anos de 2014 a 2016: 
 
 
Sobre essa sociedade empresária, assinale a afirmativa correta. 
 
a) há uma diminuição nos passivos onerosos. 
b) há um aumento no endividamento geral em 2016 comparado com 2015. 
c) há um aumento na rentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
d) há um aumento nos prazos de pagamento das dívidas. 
e) há um aumento na parcela do ativo financiada por recursos próprios. 
 
8. Das Demonstrações contábeis de uma empresa foram retiradas as informações 
a seguir: 
Contas 2018 2019 
Passivo Circulante 1.029.729 1.592.174 
Exigível a Longo prazo 1.737.825 1.584.506 
Patrimônio Líquido 1.671.011 1.862.183 
 
Com base em dois indicadores de estrutura de capital da empresa, analise as 
afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: 
a) a composição do endividamento melhorou no período, passando de 50,12% em 
2.018 para 37,21% em 2.019 
b) a participação de capital de terceiros aumentou no período 2.018/2.019, 
melhorando os custos financeiros da empresa 
c) os indicadores de composição de endividamento e participação de capital de 
terceiros mostram uma recuperação do ciclo operacional da empresa, pois 
conseguiu-se melhorar o período de recebimento das vendas 
d) nos dois anos analisados o indicador de participação de capital de terceiros foi 
de 170,59% em 2.019 e 165,62% em 2.018, mostrando uma recuperação do 
patrimônio líquido e por consequência uma melhora na rentabilidade do 
período 
e) os indicadores de composição de endividamento e participação de capital de 
terceiros mostram um crescimento do endividamento de curto prazo e também 
uma maior participação do capital de terceiros em relação ao capital próprio 
no período 2.018/2.019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
INDICADORES DE RENTABILIDADE 
 
 
 
4.1 INTRODUÇÃO 
Os indicadores de rentabilidade mostram os resultados da empresa em 
relação a vendas, ativo total, patrimônio líquido ou ativo operacional, assim torna-
se visível o desempenho econômico da empresa. 
Para Martins, Miranda e Diniz (2019, p. 165)“Rentabilidade é a alma do 
negócio”, pois sem rentabilidade a continuidade da empresa fica comprometida. 
Os indicadores deste grupo mostram qual a rentabilidade dos capitais 
investidos, isto é, quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito 
econômico da empresa. 
Interpretam o desempenho global da empresa, medindo a capacidade da 
geração de lucros. 
A seguir iremos discutir os índices de rentabilidade: Giro do Ativo, Margem 
Líquida, Rentabilidade do Ativo, Rentabilidade do Patrimônio Líquido, EBITDA e EVA. 
 
4.2 GIRO DO ATIVO 
Esse indicador compara as vendas da empresa com o seu investimento. É 
estabelecido uma relação entre as vendas líquidas e o ativo da empresa. 
Esse indicador, calculado pela equação (10), nos mostra quanto a empresa 
vendeu para cada real investido e quanto mais a empresa girar o seu ativo, 
melhores serão os resultados. 
 
 
Giro do Ativo = 
Vendas liq.
Ativo
 (10) 
 
 Indica: quanto a empresa vendeu para cada $ 1.00 de investimento total. 
 Interpretação: Quanto maior, melhor 
 
Exemplo: Dados da Cia A: Vendas em X1 é 4.793.123 e em X2 é 4.425.866; Ativo em 
X1 é 2.726.178 e em X2 é 3.984.050 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
Índices X1: 4.793.123/2.726.178 = 1,76 
Índices X2: 4.425.866/3.984.050 = 1,11 
Interpretação: A empresa vendeu, em X1, $ 1,76 para cada 1,00 investido: O volume 
de vendas atingiu 1,76 vezes o volume de investimentos. Em X2, houve queda 
acentuada do volume relativo de vendas: para cada $ 1,00 investido a empresa 
vendou $ 1,11. 
 
4.3 MARGEM LÍQUIDA E MARGEM OPERACIONAL 
4.2.1 Margem Líquida 
Uma empresa pode aumentar suas vendas e não conseguir transformar esse 
aumento em lucro. A margem de lucro liquida é calculada com a equação (11): 
 
 
Margem Líquida =
Lucro Líq
Vendas Líq
∙ 100 (11) 
 
 Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100 vendidos. 
 Interpretação: Quanto maior, melhor 
 
Exemplo: Dados da Cia A: Vendas em X1 é 4.793.123 e em X2 é 4.425.866; lucro 
líquido em X1 223.741 e em X2 é 167.116 
Índices X1: 223.741/4.793.123 = 4,66% 
Índices X2: 167.116/4.425.866= 3,77% 
Interpretação: Houve considerável queda na margem de lucro da empresa. Para 
cada $ 100 vendidos a empresa obteve $ 4,66 de lucro em X1 e $ 3,77 em X2. 
 
4.2.2 Margem Operacional 
A margem operacional, calculada pela equação (12) indica o percentual 
das vendas convertido em lucro, ou seja, o percentual representado pelo lucro 
líquido operacional sobre as receitas liquidas. 
 
 
Margem Operacional = 
Lucro Operacional Líq.
Vendas Líq
∙ 100 (12) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 Indica: quanto a empresa obtém de lucro operacional para cada $ 100 
vendidos. 
 Interpretação: Quanto maior, melhor 
 
Exemplo: Dados da Cia A: Vendas em X1 é 3.092.000 e em X2 é 5.202.000; lucro 
operacional liquido em X1 618.250 e em X2 é 815.500 
Índices X1: 618.250/3.092.000 = 19,99% 
Índices X2: 815.500/5.202.000= 15,68% 
Interpretação: Houve queda na margem de lucro da empresa. Para cada $ 100 
vendidos a empresa obteve $ 0,1999 de lucro em X1 e $ 0,1567 em X2 e apesar do 
aumento das vendas a margem operacional vem diminuindo. 
 
4.4 RENTABILIDADE DO ATIVO 
Esse indicador, calculado pela equação (13), é também chamado de 
Retorno sobre o investimento ou ”return on investment” (ROI). É um indicador muito 
utilizado, ele mostra o quanto a empresa obteve de resultados em relação aos 
investimentos nela realizados. Para que a empresa possa exercer suas atividades é 
necessário investimento em instalações, ferramentas, máquinas, estoques, etc., ou 
seja, a rentabilidade do negócio é fortemente dependente do capital investido na 
atividade. 
 
 
Rentabiliade do Ativo =
Lucro Líq.
Investimento ou Ativo
∙ 100 (13) 
 
 Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100 de investimento 
total. Este índice mostra quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação 
ao Ativo/investimento. 
 Interpretação: Quanto maior, melhor 
 
Exemplo: Dados da Cia A: Lucro líquido em X1 223.741 e em X2 é 167.116; ativo em 
X1 2.726.178 e em X2 3.984.050 
Índices X1: 223.741/2.726.178 = 8,20% 
Índices X2: 167.116/3.984.050 = 4,19% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
Interpretação: Para cada $ 100 investidos, a empresa ganhou $ 8,20 em X1 e $ 4,19 
em X2. Houve, portanto, apreciável queda na rentabilidade do Ativo de um 
exercício para outro. Raciocinando segundo dados de X1, a empresa demoraria 9 
anos para dobrar o seu Ativo, contando exclusivamente com seu lucro. 
 
4.5 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
O índice de retorno sobre o patrimônio líquido mostra os resultados 
alcançados pela administração da empresa na gestão dos recursos próprios e de 
terceiros, em benefício ao acionista/investidor/sócio, ou seja, demonstra a 
capacidade da empresa em remunerar o capital que foi investido pelos sócios. 
 
 
Rentabilidade Líq = 
LucroLíq.
Patrimônio Líq
∙ 100 (14) 
 
 
 
 Indica: O índice de rentabilidade do patrimônio líquido, indica quanto a 
empresa obteve de lucro para cada $ 100 de capital próprio investido. O 
papel desse índice é mostrar qual a taxa de rendimento do capital próprio. 
Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no 
mercado, como poupança, CDBs etc. Com isso pode-se avaliar se a 
empresa oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções. 
 Intepretação: Quanto maior, melhor. 
 
Exemplo: Dados da Cia A: Lucro líquido em X1 223.741 e em X2 é 167.116; 
Patrimônio líquido médio em X1 (PL Inicial de 821.827 + PL final de 1.070.861 dividido 
por 2 e igual a 946.344) e Patrimônio líquido médio em X2 (PL Inicial de 1.070.861 + PL 
final de 1.407.185 dividido por 2 e igual a 1.234.023) 
Índices X1: 223.741/946.344 = 23,64% 
Índices X2: 167.116/1.234.023 = 13,48% 
Interpretação: Para cada $ 100 de capital próprio investido, a empresa conseguiu $ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
23,64 de lucro em X1. A taxa de 23,64% é superior ao que oferecem os títulos de 
mercado, que oscilam em torno de 6%. Em X2, entretanto, ocorreu queda 
acentuada na rentabilidade da empresa. A rentabilidade empresarial, porém, é 
assim mesmo: num ano acima das taxas de mercado, noutro, abaixo e noutro em 
torno delas. 
 
4.6 EBITDA 
Com a globalização dos mercados, medidas de desempenho econômico-
financeiro que possam tornar comparáveis os resultados mensurados em diferentes 
países se tornam extremamente desejáveis. 
É esse o caso da medida financeira conhecida por EBITDA, cujo nome é a 
sigla composta pelas iniciais dos termos Earning Before Interest, Taxes, 
Depreciation/Depletion and Amortization. Em português tem sido comumente 
traduzida por lucro antes dos juros, impostos sobre os lucros, 
depreciações/exaustões e amortizações. O EBITDA é calculado mediante a 
equação (15) 
 
 EBITDA = ResultadoLíq + Desp. Depreciação + Desp. Exaustão 
+ Desp. Amort. + Desp. Fin. + Imposto de Renda e Contribuição Social (15) 
 
O EBITDA poderia ser equivalente ao conceito de fluxo de caixa operacional 
da empresa, medido antes do imposto de renda. No entanto, parte das receitas 
consideradas no EBITDA pode não ter sido recebida, assim como parte das receitas 
consideradas pode ainda não ter sido paga. 
Assim, segundo Assaf Neto (2010, p. 196), o EBITDA pode ser interpretado 
como “um indicador do potencial de geração de caixa proveniente de ativos 
operacionais”. 
 
4.7 EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) 
O EVA é uma marca registrada da empresa Stern Steward & Co. que sinaliza 
a capacidade da empresa de arcar com todas as suas despesas, remunerar o 
capital próprio e gerar resultados positivos. 
Em outras palavras, o EVA mostra o desempenho da empresa, medido pelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
resultado obtido menos o custo do financiamento de capital (próprio) da empresa, 
ou seja, o valor só é criado quando o retorno sobre o capital da empresa é maior 
que o custo desse capital. 
O custo do capital próprio não é contabilizado, mas está sempre presente. 
Ele representa o mínimo que os sócios esperam ganhar com seu investimento; se 
esse mínimo não for esperado, eles simplesmente não investem no negócio. 
Note-se que esse custo do capital próprio está sempre associado ao risco do 
negócio. 
Como pode ser notado, o EVA pode refletir tanto a medida de valor de um 
empreendimento quanto sua performance. Seu cálculo se da por meio da 
equação (1) a seguir: 
 
 EVA = LOLAI − (CCP% ∙ PL) (16) 
 
Onde: 
 
 LOLAI = lucro operacional líquido após os impostos 
 CCP% = custo do capital próprio (em percentagem) 
 PL = patrimônio líquido (inicial) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
 
 
4.8 RESUMO DOS INDICADORES DE RENTABILIDADE 
Abaixo estão um resumo dos indicadores de rentabilidade: 
 
Quadro 4: Indicadores de Rentabilidade 
Símbolo Índice Equação Indica Interpretação 
V/AT Giro do ativo 10 
Quanto a empresa vendeu 
para cada $ 1 de 
investimento total 
Quanto 
maior, 
melhor 
LL/V 
Margem 
liquida 
11 
Quanto a empresa obtém 
de lucro para cada $ 100 
vendidos 
Quanto 
maior, 
melhor 
LL/AT 
Rentabilidade 
do ativo 
13 
Quanto a empresa obtém 
de lucro para CAD $ 100 de 
investimento total 
Quanto 
maior, 
melhor 
LL/PL 
Rentabilidade 
do 
patrimônio 
liquido 
14 
Quanto a empresa obtém 
de lucro para cada $ 100 de 
capital próprio investido, em 
média, no exercício. 
Quanto 
maior, 
melhor 
EBITDA 15 
Conceito de fluxo de caixa 
operacional da empresa, 
medido antes do imposto de 
renda 
 
EVA 16 
Capacidade da empresa de 
arcar com todas as suas 
despesas, remunerar o 
capital próprio e gerar 
resultados positivos 
 
Fonte: Elaborado pela Autora (2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Uma sociedade empresária apresentou os seguintes indicadores nos últimos três 
exercícios: 
 
Indicador 2016 2017 2018 
Quociente de Endividamento 1,0 2,0 3,0 
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido 18% 21% 24% 
Rentabilidade sobre o Ativo 15% 15% 15% 
Margem Líquida 10% 6% 5% 
 
A partir da análise dos indicadores, é CORRETO afirmar que: 
a) a elevação do endividamento ao longo dos anos tem reduzido a rentabilidade 
proporcionada aos proprietários. 
b) a taxa de retorno sobre o Ativo tem se mantido em 15% apesar da queda na 
margem líquida, porque a empresa tem aumentado o giro do ativo. 
c) do ponto de vista dos proprietários, a empresa está a cada dia menos lucrativa e 
menos arriscada. 
d) o custo médio do capital de terceiros é superior a 15% a.a., uma vez que a 
rentabilidade do Patrimônio Líquido supera a rentabilidade sobre o Ativo. 
e) o custo médio do capital de terceiros é superior a 14% a.a., uma vez que a 
rentabilidade do Patrimônio Líquido supera a rentabilidade sobre o Ativo. 
 
2. Abaixo são apresentados alguns dados fornecidos por uma empresa 
Indicador 2017 2018 
Liquidez corrente 1,97 1,82 
Participação Capital Terceiro 61,70% 73,28% 
Composição de endividamento 22,48% 22,63% 
Margem Líquida 8,62% 47,49% 
Rentabilidade do ativo 4,08% 17,23% 
 
Com relação às informações, escolha a afirmativa correta: 
a) a liquidez corrente da empresa piorou significativamente de um exercício para 
outro. 
b) a composição de endividamento da empresa apresenta um indicador de 22,48% 
para 2017 e 22,63% para 2018 e corresponde a percentual de dívidas que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
vencem a longo prazo. 
c) a empresa apresentou um desempenho econômico ruim em 2018 o que é 
demonstrado pela margem de lucro líquida de 8,62%. em 2017 essa margem de 
lucro líquido era muito mais atrativa. 
d) a participação de capital de terceiros sofreu uma redução em 2018 
comparando com o ano de 2017, o que pode ser um sinal de que os sócios estão 
investindo mais na empresa e acreditando no potencial de crescimento. 
e) analisando o indicador de rentabilidade do ativo percebemos um crescimento 
na rentabilidade em 2018 comparando com o ano de 2017. a margem líquida 
também teve um crescimento significativo em 2018 comparando com o ano de 
2017. 
 
3. (Contador Petrobras 2011b – CESGRANRIO) Os dados a seguir foram extraídos da 
contabilidade da Cia. Lântida S/A. 
 
Anos 2009 2010 
Custo de Oportunidade 8% 10% 
Lucro Líquido 1.500.000,00 2.500.000,00 
Ativo Operacional 8.500.000,00 9.800.000,00 
Patrimônio Líquido 10.000.000,00 12.000.000,00 
 
Considerando o indicador EVA (Economic Value Added) ou VEA (Valor Econômico 
Agregado), o resultado do EVA, em 2009 e 2010, respectivamente, foi, em reais, 
de 
a) 920.000,00 e 1.450.000,00 
b) 800.000,00 e 1.200.000,00 
c) 700.000,00 e 1.300.000,00 
d) 680.000,00 e 980.000,00 
e) 120.000,00 e 250.000,00 
 
4. Os dados a seguir foram retirados da contabilidade da Cia Modelo: VendasBrutas R$ 2.500.000,00; Impostos sobre Vendas R$ 500.000,00; Lucro antes do IR e 
CS R$ 500.000,00; Provisão para IR e CS R$ 100.000,00; Bens e Direitos $ 
1.000.000,00; obrigações R$ 200.000,00. Com base nesses valores, é correto 
afirmar que o índice de Margem líquida e a Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
são, respectivamente: 
 
a) 0,16 / 0,40. 
b) 0,40 / 0,16. 
c) 0,20 / 0,50. 
d) 0,25 / 0,62. 
e) 0,40 / 0,62. 
 
5. Dos demonstrativos contábeis de uma sociedade empresária foram extraídos os 
seguintes dados, relativos ao exercício social de 2019: 
Considerando-se os dados acima, o percentual correspondente à rentabilidade 
do patrimônio líquido da mencionada sociedade é: 
a) 29,69% 
b) 37,50% 
c) 76,61% 
d) 96,77% 
e) 85,25% 
 
6. Os Índices de Rentabilidade, via de regra, relacionam os resultados obtidos pela 
empresa com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, ou seja, 
valor de vendas, ativo total, patrimônio líquido ou ativo operacional. Acerca 
dessa temática, associe a primeira com a segunda coluna, numerando os 
parênteses: 
 
(1) Retorno sobre o investimento 
(2) Giro do ativo 
(3) Margem operacional 
(4) Retorno sobre o patrimônio líquido 
(5) Alavancagem financeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
(X) Ocorre quando a empresa consegue recursos de terceiros com taxas inferiores 
aos resultados proporcionados pela aplicação desses recursos na empresa. 
(X) Expressa os resultados alcançados pela administração da empresa na gestão de 
recursos próprios e de terceiros, em benefício dos acionistas. 
(X) Indica o percentual das vendas convertidas em lucro. 
(X) Esse índice compara as vendas da empresa com o seu investimento. 
(X) Esse índice evidencia o quanto a empresa obteve de resultados em relação aos 
investimentos nela realizados. 
 
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é: 
 
a) 2; 1; 5; 4; 3. 
b) 3; 2; 1; 5; 4. 
c) 4; 3; 2; 1; 5. 
d) 5; 4; 3; 2; 1. 
e) 5; 1; 3; 2; 4. 
 
7. Considere os seguintes dados do D.R.E e do Balanço Patrimonial no exercício 
20X3. 
 
Assinale a alternativa que apresenta o retorno sobre o investimento, a margem 
operacional e o retorno sobre o Patrimônio Líquido. 
 
a) 0,09% – 0,21% – 0,12%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
b) 12% – 16% – 17,4%. 
c) 29% – 12,62% – 17,4%. 
d) 9,1% – 12,62% – 11,02%. 
e) 9,1% – 21,74% – 12,02%. 
 
8. (Concurso IFB 2017) Tomando como base o saldo das contas a seguir, segundo 
Marion (2012), teremos como Margem Líquida de Lucro, Rentabilidade da 
Empresa e Giro do Ativo: 
 
 
a) 0,05; 0,25; 0,10 
b) 20; 0,10; 0,25 
c) 0,20; 0,05; 0,25 
d) 0,4; 0,25; 20 
e) 0,05; 0,20; 0,10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
ÍNDICES DE ATIVIDADES 
 
 
 
5.1 INTRODUÇÃO 
Um dos benefícios da análise de balanços é a de que, através dos dados das 
demonstrações financeiras, podem ser calculados, por exemplo, quantos dias, em 
média, a empresa terá de esperar para receber suas duplicatas. Este é o chamado 
índice de prazo médio de recebimento de vendas. 
Outros Indicadores que podem ser calculados são os de prazo médio de 
renovação de estoque e prazo médio de pagamento de compras. 
A junção dos três índices de prazos médios leva à análise dos ciclos 
operacional e de caixa, dados importantes para a determinação de estratégias 
empresariais, tanto comerciais quanto financeiras, geralmente essenciais para a 
determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa. 
A Iniciar pelos ciclos operacional e de caixa são construídos modelos de 
análise do capital de giro e do fluxo de caixa. 
Os indicadores que compõem os denominados prazos médios são 
indicadores da atividade operacional, que permitem controlar e gerenciar o 
capital de giro de todas as empresas. Enfim, medem o que existe de mais 
operacional da empresa: sua atividade propriamente dita. 
O capital de giro é reflexo da administração do fluxo de caixa, e 
consequência da política de administração da capacidade em manter-se um fluxo 
contínuo nas atividades operacionais. 
 
5.2 CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO 
Ao exercer suas atividades operacionais, a empresa persegue fases 
operacionais que vão desde a aquisição de materiais para a produção ou 
revenda, até o recebimento das vendas efetuadas. 
O ciclo operacional se inicia com a compra de matéria prima ou 
mercadorias e se estende até o recebimento de vendas. 
O ciclo financeiro ou de caixa, compreende o período de tempo entre o 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
momento do desembolso inicial de caixa para pagamento dos materiais e a data 
do recebimento da venda do produto acabado. 
Dessa forma, o ciclo operacional é composto pelas etapas operacionais 
utilizadas pela empresa no processo produtivo, ou seja, é o período de tempo entre 
a compra da mercadoria ou matéria prima até o recebimento do caixa resultante 
da venda do produto. Na Figura 3 é representado as principais fases de um ciclo 
operacional de uma empresa: 
 
Figura 3: Fases do ciclo operacional 
 
Fonte: Martins, Miranda e e Diniz (2019, p. 148) 
 
Do ponto de vista operacional no ciclo operacional, tem-se entre as fases 
acima, os seguintes prazos: prazo médio de estocagem (PME), prazo médio de 
fabricação (PMF), prazo médio de venda (PMV) e prazo médio de cobrança 
(PMC), em que a soma de todos esses espaços compõe o ciclo operacional, 
resumindo na Figura 4 abaixo temos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
Figura 4: Prazos que compõem o ciclo operacional 
 
Fonte: Adaptado de Martins, Miranda e e Diniz (2019, p. 148) 
 
O financiamento do processo produtivo pode ser bancado por 
prazos obtidos junto aos próprios fornecedores de mercadorias e 
serviços e outros passivos cíclicos, que são os denominados recursos 
operacionais (não onerosos), representados pelo prazo médio de 
pagamento a fornecedores (PMPF) (MARTINS; MIRANDA; DINIZ, 2019, 
p. 148). 
 
Mas também pode ser mantido por meio de investimentos financeiros da 
entidade em capital de giro (recursos onerosos). O prazo que a empresa banca 
como financiamento é denominado por Ciclo de Caixa. 
A soma do tempo bancado por recursos não onerosos (PMPF) + o tempo 
bancado por recursos onerosos (ciclo de caixa) é igual ao Ciclo Operacional. Logo, 
o ciclo de caixa é igual ao ciclo operacional menos PMPF (prazo médio de 
pagamento a fornecedores), conforme abaixo: 
 
𝐂𝐈𝐂𝐋𝐎 𝐃𝐄 𝐂𝐀𝐈𝐗𝐀 = 𝐂𝐈𝐂𝐋𝐎 𝐎𝐏𝐄𝐑𝐀𝐂𝐈𝐎𝐍𝐀𝐋 – 𝐏𝐌𝐏𝐅 
 
Dessa forma, quanto mais rápido a empresa transformar seus estoques em 
caixa, menor será o seu ciclo operacional. Da mesma forma, quanto maiores forem 
os prazos obtidos junto aos fornecedores, menor será o seu ciclo de caixa, 
consequentemente, menores serão os seus investimentos em capital de giro. 
Somente as empresas industriais, têm a fase de produção, portanto, o ciclo 
operacional delas contempla a soma dos quatro prazos apresentados na figura 
acima. 
Já as demais empresas terão como componentes do ciclo operacional 
apenas o prazo médio de vendas (PMV) e o prazo médio de cobrança (PMC). 
O próximo passo é compreender como são calculados cada um dos prazos 
médios apresentados: Prazo Médio de Estoques (PME); Prazo Médio de Fabricação 
(PMF); Prazo Médio de Venda (PMV); Prazo Médio de Cobrança (PMC); e Prazo 
Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
 
5.3 PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME) 
Pode ser chamado também de prazo médio de renovação de estoques 
(PMRE), e representa o tempo médio consumido entre a compra e sua requisição 
para o uso ou consumo. Seu valor é calculado pela equação (17) 
 
 
PME =
Estoque médio de matéria prima
Consumo Anual
∙ 360 (17) 
 
O cálculo do consumo anual de matéria prima pode ser feito com base na 
fórmula equação (18): 
 
 Consumo anual = Ei + C – Ef (18) 
 
Onde: 
Ei = Estoque inicial 
C = Compras

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