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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Sumário
Apresentação.......................................................................................................................................3
Objetivo...............................................................................................................................................3
Administração Pública: Princípios, Organização e Agentes Públicos...........................................4
Administração Pública..................................................................................................................4
Princípios Constitucionais da Administração Pública...............................................................6
Princípio da Legalidade..............................................................................................................8
Princípio da Legalidade em outros ramos do direito.................................................................11
Princípio da Impessoalidade......................................................................................................11
Princípio da Moralidade............................................................................................................13
Instrumento de Combate à Imoralidade dos Atos Administrativos...........................................13
Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92).............................................................................14
Hipóteses Exemplificativas de Imoralidade Administrativa.....................................................14
Cominações Previstas na Lei 8429/92......................................................................................16
Princípio da Publicidade...........................................................................................................17
Garantias contra a Negativa Injustificada de Oferecimento de Informação pelo Poder Público
...................................................................................................................................................20
Princípio da Eficiência..............................................................................................................21
Princípios da Administração Pública não Previstos no Art. 37 da Constituição Federal.....25
Princípio da Isonomia ou Igualdade Formal.............................................................................25
Princípio da Isonomia na Constituição.....................................................................................25
Princípio da Motivação.............................................................................................................26
Princípio da Autotutela...............................................................................................................28
 Princípio da Continuidade da Prestação do Serviço Público.................................................29
Não Constitui Descontinuidade................................................................................................29
 Princípio da Razoabilidade........................................................................................................30
 Outros Princípios Constitucionais Explícitos...........................................................................30
Princípio da Licitação...............................................................................................................31
Princípio da Prescritibilidade dos Ilícitos Administrativos.......................................................32
Princípio da Responsabilidade da Administração.....................................................................32
Organização da Administração Pública.........................................................................................34
Conceito e Estruturação..............................................................................................................34
Entidades da Administração Indireta........................................................................................35
Autarquias.................................................................................................................................35
Fundações Públicas...................................................................................................................35
Sociedades de Economia Mista.................................................................................................36
Empresa Pública........................................................................................................................36
Agências....................................................................................................................................38
Organizações Sociais................................................................................................................40
Agentes Políticos, Agentes Públicos e Servidores Públicos...........................................................41
Agentes Políticos..........................................................................................................................41
 Agentes Públicos..........................................................................................................................42
 Servidores Públicos Civis...........................................................................................................42
 Servidores Públicos Militares....................................................................................................44
Conceitos de Reserva e Reforma..............................................................................................45
REFERÊNCIAS...............................................................................................................................47
2
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Apresentação
Nesta aula, abordaremos os princípios da Administração Pública,
previstos ou não no artigo 37 da Constituição Federal, a sua forma de
organização, contemplando a Administração Direta e Indireta, bem como os
aspectos conceituais relacionados a agentes políticos, agentes públicos e
servidores públicos.
Objetivo
Proporcionar uma visão geral sobre a Administração Pública, com foco
nos princípios aplicáveis, seu funcionamento e sua organização.
3
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Administração Pública: Princípios, Organização e 
Agentes Públicos
OBJETIVO: Possibilitar a compreensão sobre os princípios aplicáveis à
Administração Pública, previstos e não previstos no artigo 37 da Constituição
Federal.
Administração Pública
Os serviços públicos são prestados predominantemente pela
Administração Pública, seja em sua forma direta, por seus órgãos e entidades,
seja delegando tais serviços a outras pessoas jurídicas.
Um dos sentidos da palavra administrar é o de “governar”, por isso
Administração e Governo muitas vezes se confundem. Materialmente,
Governo é o conjunto de funções estatais básicas, e Administração é o
conjunto de funções/atribuições necessárias aos serviços públicos, a serem
desempenhadas por órgãos ou entidades do Estado.
Em sentido formal, a Administração Pública é o conjunto de órgãos
instituídos para consecução dos objetivos do Governo. Em sentido material, é
o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral. Em
acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico
dos serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em benefício da
coletividade. Numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o
aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando
à satisfação das necessidades coletivas.
Conceito Conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que
procuram satisfazer as necessidades dasociedade, tais como, educação,
cultura, segurança, saúde etc. Em outras palavras, administração pública é a
gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos.
A administração pública pode ser definida objetivamente como a
atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para assegurar os
4
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
interesses coletivos e, subjetivamente, como o conjunto de órgãos e de
pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da função administrativa
do Estado.
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o conceito de
administração pública divide-se em dois sentidos:
"Em sentido objetivo, material ou funcional, a administração pública
pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado
desenvolve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos
interesses coletivos.
Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir
administração pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas
jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do
Estado".
Em sentido objetivo, é a atividade administrativa executada pelo Estado,
por seus órgãos e agente, com base em sua função administrativa. É a gestão
dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos. É a
administração da coisa pública (res publica).
Já no sentido subjetivo, é o conjunto de agentes, órgãos e entidades
designados para executar atividades administrativas.
Assim, administração pública, em sentido material, significa administrar
os interesses da coletividade e, em sentido formal, significa o conjunto de
entidade, órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado.
As atividades estritamente administrativas devem ser exercidas pelo
próprio Estado ou por seus agentes.
5
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Figura 01 - Conceito de Administração Pública
Fonte: Autora
Princípios Constitucionais da Administração Pública
Tomando o conceito de Administração Pública em seu sentido orgânico,
isto é, no sentido de conjunto de órgãos e pessoas destinado ao exercício da
totalidade da ação executiva do Estado, a nossa Constituição Federal
positivou os princípios gerais norteadores da totalidade de suas funções,
considerando todos os entes que integram a Federação Brasileira (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios).
Destarte, os princípios inerentes à Administração Pública são aqueles
expostos no art. 37 de nossa vigente Constituição. Alguns, diga-se de pronto,
foram positivados de forma expressa. Outros, de forma implícita ou tácita.
Antes de procedermos à analise de cada um dos princípios que regem o
Direito Administrativo, cabe novamente acentuar que esses princípios se
constituem mutuamente e não se excluem, não são jamais eliminados do
ordenamento jurídico. Destaca-se ainda a sua função programática,
fornecendo as diretrizes situadas no ápice do sistema, a serem seguidas por
todos os aplicadores do direito.
6
http://cursos.egp.ce.gov.br/AulaOnline/DireitosDeveresResponsabilidadesdoServidorP%C3%BAblico/Modulo01/imagens/Figura01.png
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
CONCEITO DE PRINCÍPIOS
Princípios são regras que servem de interpretação das demais normas
jurídicas, apontando os caminhos que devem ser seguidos pelos aplicadores
da Lei. Os princípios procuram eliminar lacunas, oferecendo coerência e
harmonia para o ordenamento jurídico.
LOCALIZAÇÃO DOS PRINCÍPIOS
Alguns princípios encontram-se no artigo 37 da Constituição Federal,
mas não esgotam a matéria. Exemplo de princípios que não estão no rol do
artigo 37 da Constituição: O Princípio da isonomia, o Princípio da supremacia
do interesse público, o Princípio da proporcionalidade, o Princípio da
finalidade, o Princípio da motivação.
Tendo em vista que o rol do artigo 37 da Constituição Federal é
exemplificativo, os Estados podem criar outros, quando da elaboração da sua
Constituição (poder constituinte derivado), mas observando aqueles previstos
na Constituição Federal (art. 25 da CF). O artigo 154 da Constituição do
Estado do Ceará determina que a Administração Pública direta, indireta e
fundacional de quaisquer dos poderes do Estado obedecerá aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e da eficiência.
Os Municípios e o Distrito Federal também têm essa possibilidade,
quando da elaboração de suas leis orgânicas, desde que observados os
princípios previstos na Constituição Federal (art. 29 e 32 da CF).
O legislador infraconstitucional também pode estabelecer outros
princípios, desde que não exclua aqueles previstos no artigo 37 da
Constituição Federal, que são:
• Legalidade;
• Impessoalidade;
• Moralidade;
7
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
• Publicidade;
• Eficiência;
CURIOSIDADE
Quem deve se submeter ???
Resposta: Como regra geral, a Administração direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal, Municípios. Assim,
as Autarquias, Fundações Públicas, Agências Reguladoras e Executivas,
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista também estão
submetidas a esses princípios.
Princípio da Legalidade
O Princípio da legalidade é fundamento do Estado democrático de
direito, tendo por fim combater o poder arbitrário do Estado e constitui uma
das principais garantias de respeito aos direitos individuais. A lei, ao mesmo
tempo que define os direitos, estabelece também os limites da atuação
administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais direitos
em benefício da coletividade. Os conflitos devem ser resolvidos pela lei e não
mais através da força.
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei.
(art. 5º, II, da CF)
O Princípio da legalidade aparece simultaneamente como um limite e
como uma garantia, pois ao mesmo tempo em que é um limite à atuação do
Poder Público, visto que este só poderá atuar com base na lei, também é uma
garantia a nós administrados, visto que só deveremos cumprir as exigências
8
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
do Estado se estiverem previstas na lei. Se as exigências não estiverem de
acordo com a lei serão inválidas e, portanto, estarão sujeitas a um controle do
Poder Judiciário.
Segundo o princípio da legalidade, o administrador não pode fazer o que
bem entender na busca do interesse público, ou seja, tem que agir segundo a
lei, só podendo fazer aquilo que a lei expressamente autoriza e no silêncio da
lei está proibido de agir. Já o administrado pode fazer tudo aquilo que a lei
não proíbe e o que silencia a respeito. Portanto, tem uma maior liberdade do
que o administrador público.
Assim, se diz que no campo do direito público a atividade administrativa
deve estar baseada numa relação de subordinação com a lei (“Administrar é a
aplicar a lei de ofício”, “É aplicar a lei sempre”) e no campo do direito privado
a atividade desenvolvida pelos particulares deve estar baseada na não
contradição com a lei.
A observância do referido preceito constitucional é garantida por meio
de outro direito assegurado pelo mesmo dispositivo (Art. 5º), em seu inciso
XXXV, em decorrência do qual “a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito”, ainda que a mesma decorra de ato da
Administração.
Conceito de Lei
Quando o princípio da legalidade menciona “lei” quer referir-se a todos
os atos normativos primários, que tenham o mesmo nível de eficácia da lei
ordinária.
EXEMPLO
Medidas provisórias, resoluções, decretos legislativos
Não se refere aos atos infralegais,pois estes não podem limitar os atos
das pessoas, isto é, não podem restringir a liberdade das pessoas.z
9
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
 
A Administração, ao impor unilateralmente obrigações aos administrados
por meio de atos infralegais, deverá fazê-lo dentro dos limites estabelecidos
por aquela lei à qual pretendem dar execução.
Compete privativamente ao Governador do Estado sancionar,
promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução.
(art. 88, IV da CE)
É da competência da Assembleia Legislativa sustar os atos normativos
emanados do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou dos
limites da delegação legislativa.
(art. 49 ,VI da CE)
Podemos, por conseguinte, concluir que os decretos ou regulamentos de
execução, de que tratam o art. 88, IV, da CE, têm por missão esclarecer e
pormenorizar os termos da lei, a fim de conferir-lhe plena aplicabilidade,
sendo sua aceitação pacífica na doutrina. São atos infralegais, subordinados à
lei, que não possuem aptidão para inovar na ordem jurídica, criando direitos e
obrigações para os administrados.
A expressão infralegal é usada para designar todo ato normativo que se
encontre em nível hierárquico inferior ao da lei em sentido formal.
É importante notar que nem todas as leis necessitam ser
regulamentadas. Como esclarece Geraldo Ataliba, apenas as leis que devem
ser executadas pela Administração demandam regulamentação. As demais
leis (leis processuais, trabalhistas etc.), que não as administrativas, são
aplicáveis independentemente de qualquer medida dessa natureza.
10
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Princípio da Legalidade em outros ramos do direito
 
No Direito Penal
Também aparece como limite à atuação do Estado e como garantia dos
administrados contra os abusos do direito de punir, visto que uma conduta
só poderá ser considerada como crime e punida, se estiver prevista
previamente em lei.
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal.
(art. 5º, XXIX da Constituição Federal)
No Direito Tributário
Também se apresenta como limite à atuação do Estado, visto que a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão exigir,
nem majorar tributos, senão em virtude de lei (art. 150 da CF).
Princípio da Impessoalidade
Conceito: A Administração deve manter-se numa posição de
neutralidade em relação aos administrados, ficando proibida de estabelecer
discriminações gratuitas. Só pode fazer discriminações que se justifiquem em
razão do interesse coletivo, pois as gratuitas caracterizam abuso de poder e
desvio de finalidade, que são espécies do gênero ilegalidade.
Exigir impessoalidade da Administração tanto pode significar que esse
atributo deve ser observado em relação aos administrados como à própria
Administração. Em relação aos administrados, o princípio tem relação com a
11
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
finalidade pública que deve nortear toda a atividade administrativa. Significa
que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou a beneficiar
pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem
que nortear o seu comportamento.
Em relação à própria Administração, explica Di Pietro (2006, p. 85) que:
Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao
funcionário que os pratica, mas ao órgão ou à entidade administrativa da
Administração Pública, de sorte que ele é o autor institucional do ato. Ele é
apenas o órgão que formalmente manifesta a vontade estatal.
Impessoalidade para ingressar na Administração Pública
O administrador não pode contratar quem quiser, mas somente quem
passar no concurso público, respeitando a ordem de classificação. O
concurso pode trazer discriminações, mas não gratuitas, devendo assim
estarem relacionadas à natureza do cargo. 
Impessoalidade na Contratação de serviços ou Aquisição de bens
O administrador só poderá contratar através de licitação. O edital de 
licitação pode trazer discriminações, mas não gratuitas. 
Impessoalidade na Liquidação de seus débitos
Administração tem que respeitar a ordem cronológica de apresentação
dos precatórios para evitar privilégios. Se for quebrada a ordem pode gerar
sequestro de verbas públicas, crime de responsabilidade e intervenção
federal.
À exceção dos créditos de natureza alimentar, os pagamentos devidos
pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença
judiciária far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação
12
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação
de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais
abertos para este fim.
(art. 100 da CF)
Princípio da Moralidade
Conceito: A Administração deve atuar com moralidade, isto é, a ação do
administrador público deve sempre pressupor a honestidade de propósitos, a
imparcialidade e a devoção ao interesse público.
Sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento
da Administração ou do administrado, que com ela se relaciona
juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons
costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça e de
equidade, a ideia comum de honestidade, estará havendo ofensa ao princípio
da moralidade administrativa.
Instrumento de Combate à Imoralidade dos Atos Administrativos
Ação Popular e Ação Civil Pública
A Ação Popular está disponível a qualquer pessoa que tenha a intenção
de recuperar danos causados ao patrimônio publico, ao meio ambiente, a
moralidade administrativa e também ao patrimônio histórico-cultural, desde
que seja provocado por ação de entidade partícipe da administração pública.
Só pode ser promovida por pessoa física que esteja no pleno exercício dos
direitos políticos.
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento de
13
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
custas judiciais e ônus de sucumbência.
(art. 5º, LXXIII da CF)
Tendo em vista que só se anula o que é ilegal, confirma-se a ideia de que
ato imoral é ato ilegal.
Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.
(súmula 365 do STF)
A Ação Civil Pública é o instrumento à disposição do Ministério Público,
de entidades privadas e de entes estatais, que pode ser utilizado para evitar
ou condenar as instituições responsáveis por danos maiores causados ao
meio ambiente, aos consumidores, aos bens artísticos, estéticos, históricos,
turísticos ou paisagísticos. Só pode ser promovida por pessoa jurídica.
EXEMPLO
Ministério Público, Associação de Classe etc..
Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92)
O prazo prescricional para propositura da ação de improbidade
administrativa é de 5 anos a contar do término do exercício do mandato,
cargo em comissão ou função de confiança (art. 23, I, da Lei 8429/92).
Hipóteses Exemplificativas de Imoralidade Administrativa
Atos de improbidade administrativa que importem em
enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei 8429/92).
14
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
EXEMPLO
Utilização em obra ou serviço particular, de veículos, materiais ou
equipamentos públicos.
 Atos de improbidade administrativa que importem em prejuízo ao
erário (art. 10 da Lei 8429/92).
EXEMPLO
Aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao
do mercado.
Atosde improbidade administrativa que atentem contra os
princípios da Administração (art. 11 da Lei 8429/92).
EXEMPLO
Fraude à licitude de concurso público.
 
É crime de responsabilidade o ato do Governador do Estado que
atente contra a Constituição Estadual, especialmente contra
probidade administrativa (art. 89, IV da CE).
Sanções aos Agentes Públicos que Pratiquem Atos Imorais
"Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e
o ressarcimento ao erário (cofres públicos), na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível."
(art. 37, §4º da CF)
15
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Essas sanções podem ser aplicadas simultaneamente, precedendo de
instrumentos que apurem as irregularidades praticadas pelo servidor, ou seja,
de processo administrativo disciplinar ou sindicância, garantindo o
contraditório e a ampla defesa.
Cabe ao legislador infraconstitucional estabelecer a forma e a gradação
dessas sanções.
Cominações Previstas na Lei 8429/92
Na hipótese dos atos de improbidade administrativa que importem
em enriquecimento ilícito (art. 12, I da Lei 8429/92):
• Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
• Ressarcimento integral do dano, quando houver;
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos;
• Pagamento de multa de até 3 vezes o valor do acréscimo patrimonial;
• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
de 10 anos.
Na hipótese dos atos de improbidade administrativa que causem
prejuízo ao erário (art. 12, II da Lei 8429/92):
• Ressarcimento integral do dano;
• Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer essa circunstância;
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos;
• Pagamento de multa civil de até 2 vezes o valor do dano;
16
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
de 5 anos;
Na hipótese dos atos de improbidade administrativa que atentem
contra os princípios da Administração Pública (art. 12, III da Lei
8429/92):
• Ressarcimento integral do dano, se houver;
• Perda da função pública;
• Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos;
• Pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração
percebida pelo agente;
• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
de 3 anos;
SAIBA MAIS
Aproveite para aprofundar mais seus estudos. Lei 8429 - Improbidade
administrativa.
Princípio da Publicidade
Conceito: A Administração tem o dever de manter plena transparência
de todos os seus comportamentos, inclusive de oferecer informações que
estejam armazenadas em seus bancos de dados, quando sejam solicitadas,
em razão dos interesses que ela representa quando atua.
17
http://cursos.egp.ce.gov.br/pluginfile.php/24878/mod_folder/content/0/L8429%20Improbidade%20administrativa.pdf?forcedownload=1
http://cursos.egp.ce.gov.br/pluginfile.php/24878/mod_folder/content/0/L8429%20Improbidade%20administrativa.pdf?forcedownload=1
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
"Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado."
(art. 5º, XXXIII da CF)
"A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
Administração direta e indireta, regulando especialmente o acesso dos
usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo,
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII."
(art. 37, §3º, II da CF)
O princípio da publicidade, consagrado pela Constituição Brasileira de
1988, abrange não só a divulgação de atos oficiais, mas também a conduta
interna de seus agentes, tornando acessível ao cidadão o conhecimento de
toda a atividade administrativa em sentido amplo, além de demais
informações de interesse particular ou coletivo, ressalvado o sigilo
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado ou para a proteção das
informações, conforme disposto no artigo 5º, inciso XXXIII, da Constituição
Federal.
A partir de 1988, a visão acerca da Administração Pública mudou, pois
tem como fonte basilar o fomento de uma nova concepção sobre as relações
entre Estado e Sociedade, na qual estão presentes aspectos de participação,
transparência, qualidade e cidadania. Nesse sentido, o princípio da
publicidade comporta, além de um comportamento passivo (tornar disponível
as informações), um comportamento ativo em promover a divulgação de
informações de interesse da população ou que, de qualquer modo, possam
incentivar seu acompanhamento e participação nos processos de tomada de
decisão. Pressupõe também a adoção de políticas de transparência.
18
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Quanto ao aspecto da transparência pública tem-se como marco legal:
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF); Lei Complementar nº 101/2000; Lei da
Transparência; Lei Complementar nº 131/2009. Além disso, a Lei de Acesso à
Informação (LAI), Lei nº 12.527/2011, representa mais um passo na
consolidação da transparência pública, pois vem reforçar e complementar o
que estabeleceu a Lei da Transparência. Busca assegurar o direito
fundamental de acesso à informação estabelecido pelo inciso XXXIII, do
artigo 5º, da Constituição da República.
SAIBA MAIS
Aproveite para aprofundar mais seus estudos. Lei de Responsabilidade 
Fiscal, Lei da Transparência e Lei de Acesso à Informação
Publicidade nos meios de Comunicação de Atos do Governo
"A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo, ou de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos."
(art. 37, §1º da CF)
A publicidade dos atos de governo deve ser impessoal em razão dos
interesses que o Poder Público representa quando atua. Tal publicidade é
uma obrigação imposta ao administrador, não tendo qualquer relação com a
propaganda eleitoral gratuita.
Exceções ao princípio da Publicidade
Tendo em vista que algumas informações deverão permanecer em
sigilo, podemos concluir que o princípio da publicidade não é absoluto.
Informações que comprometam o direito à intimidade das pessoas (art.
37, §3º, II da CF):
19
http://cursos.egp.ce.gov.br/pluginfile.php/24878/mod_folder/content/0/L12527%20Lei%20de%20Acesso%20%C3%A0%20I%20nforma%C3%A7%C3%A3o.pdf?forcedownload=1
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http://cursos.egp.ce.gov.br/pluginfile.php/24878/mod_folder/content/0/Lcp101%20Lei%20de%20Responsabilidade%20Fiscal.pdf?forcedownload=1
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
"São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito à indenizaçãopelo dano material ou moral
decorrente de sua violação."
(art. 5º, X da CF) 
Informações de interesse particular ou coletivo quando imprescindíveis
para a segurança da sociedade ou do Estado (art. 5º, XXXIII da CF).
Garantias contra a Negativa Injustificada de Oferecimento de 
Informação pelo Poder Público
 “Habeas data”: tem cabimento quando a informação negada
injustificadamente é personalíssima (a respeito do requerente). Toda
informação a meu respeito é de meu interesse particular, mas nem toda
informação de meu interesse particular é a meu respeito.
 Mandado de segurança: tem cabimento quando a informação negada
injustificadamente é de meu interesse privado ou coletivo, ou geral.
Cabe mandado de segurança, pois tenho direito líquido e certo a obter
informações de meu interesse privado ou coletivo, ou geral.
EXEMPLO
 Informação sobre o número em que está o precatório;
 Sobre um parente que desapareceu;
 Sobre plano de desapropriação em determinado imóvel;
 Sobre transferência de um preso para outra penitenciária.
O Mandado de Segurança é utilizado na proteção de direitos líquidos e
certos, que não podem ser protegidos pelo Habeas Corpus e pelo Habeas
Data, deve ser impetrado quando alguma instituição pública ou qualquer
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
pessoa jurídica que esteja exercendo função pública ameace os direitos que
se enquadram na classificação líquido e certo. Um direito líquido e certo seria
aquele que não é dependente de análises probatórias, podendo ser
comprovados por documentação juntada no mandado de segurança. O
Mandado de Segurança Individual tem como finalidade a defesa dos direitos
que assegura apenas um indivíduo, já o Mandado de Segurança Coletivo
busca a defesa de direitos que abranja coletividade, podem ser propostos por
partidos políticos, por organizações sindicais, entidades de classe ou
associações, que estejam em funcionamento há pelo menos um ano, desde
que tal direito tenha relação com os objetivos sociais de tais entidades.
A negativa de publicidade aos atos oficiais caracteriza improbidade
administrativa. Improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública (art. 11, IV da Lei 8429/92).
Princípio da Eficiência
Conceito: A Administração Pública deve buscar um aperfeiçoamento na
prestação dos serviços públicos, mantendo ou melhorando a qualidade dos
serviços, com economia de despesas. - Binômio: qualidade nos serviços +
racionalidade de gastos.
Ser eficiente, portanto, exige primeiro da Administração Pública o
aproveitamento máximo de tudo aquilo que a coletividade possui, em todos
os níveis, ao longo da realização de suas atividades. Significa racionalidade e
aproveitamento máximo das potencialidades existentes. Mas não só. Em seu
sentido jurídico, a expressão, que consideramos correta, também deve
abarcar a ideia de eficácia da prestação, ou de resultados da atividade
realizada. Uma atuação estatal só será juridicamente eficiente quando seu
resultado quantitativo e qualitativo for satisfatório, levando-se em conta o
universo possível de atendimento às necessidades existentes e os meios
disponíveis.
21
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
É relevante lembrar que mesmo antes da inclusão desse princípio na
Constituição com a Emenda Constitucional 19/98, a Administração já tinha a
obrigação de ser eficiente na prestação de serviços.
EXEMPLO
Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor);
Lei 8987/95 (concessão e permissão da prestação de serviços públicos).
Princípio da Eficiência na Constituição
"A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração."
(art. 37, II da CF)
Também presente no princípio de impessoalidade.
"A União, os Estados, e o Distrito Federal manterão escolas de governo
para formação e aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se
a participação nos cursos como um dos requisitos para a promoção na
carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre
os entes federados."
(art. 39, §2º da CF)
O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso público submete-se a um estágio probatório de 3 anos, em que o
administrador irá apurar a eficiência na prática (art. 41 da CF).
22
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
EXEMPLO
O administrador verificará a frequência, o rendimento do trabalho, o
cumprimento de ordens emitidas pelo superior.
"Como condição à aquisição de estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão constituída para essa finalidade."
(art. 41, §4º da CF)
Trata-se de uma norma de eficácia limitada, pois está na inteira
dependência de uma lei que dirá quem vai integrar a comissão, quais serão
os critérios, quais matérias serão avaliadas etc.
O servidor público estável poderá perder o cargo em razão de
insuficiência de desempenho, mediante procedimento de avaliação periódica
de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada a ampla defesa
(art. 41, III da CF).
"A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder aos limites
estabelecidos em lei complementar."
(art. 39 §2º da CF)
A LC 101/00 estabeleceu que a União não pode gastar com seu pessoal
mais de 50% do que arrecada. Já os Municípios e os Estados não podem
gastar mais de 60% do que arrecadam. Para cumprimento dos limites acima,
o Poder Público pode tomar algumas medidas (art. 169, §3º da CF):
 Redução de pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança (art. 169, §3º, I da CF).
 Exoneração dos servidores não estáveis (art. 169, §3º, II da CF).
23
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Se as medidas acima não forem suficientes, dispensarão servidores
estáveis, desde que o ato normativo especifique a atividade funcional, o
órgão ou unidade administrativa objeto de redução de pessoal (art. 169,
§4º da CF). O Poder Público deve demonstrar porque a escolha recaiu
em determinado servidor, tendo em vista que os critérios não são livres,
isto é, devem considerar o tempo de serviço, a remuneração percebida
o número de dependentes, a idade etc.
Assim, ao servidor público que perder o cargo por excesso de quadro ou
despesa, quando o Poder Público estiver gastando mais do que lhe for
permitido, será assegurado o contraditório e a ampla defesa.
"A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e
entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre: o prazo de duração do contrato; os
controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes; a remuneração do pessoal."
(art. 37, §8º, I, II e III da CF)
Trata-se do contrato de gestão através do qual se oferece maior
autonomia às Autarquias e às Fundações em troca do atingimento, durante
prazo certo e determinado, de novas metas de desempenho (Agências
Executivas).
"Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da
economia com despesas decorrentes de cada órgão, autarquia e fundação,
para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
de adicional ou prêmio de produtividade."
(art. 39, §7º da CF)
Princípios da Administração Pública não Previstos no Art. 
37 da Constituição Federal
Princípio da Isonomia ou Igualdade Formal
Conceito: Aristóteles afirmava que a lei tinha que dar tratamento
desigual às pessoas que são desiguais e igual aos iguais. A igualdade não
exclui a desigualdade de tratamento indispensável em face da particularidade
da situação.
A lei só poderá estabelecer discriminações, se o fator de discriminação
utilizado no caso concreto estiver relacionado com o objetivo da norma, pois
caso contrário ofenderá o princípio da isonomia.
EXEMPLO
A idade máxima de 60 anos para o cargo de estivador está relacionada
com o objetivo da norma.
A lei só pode tratar as pessoas de maneira diversa se a distinção entre
elas justificar tal tratamento, senão seria inconstitucional. Assim, trata
diferentemente para alcançar uma igualdade real (material, substancial) e não
uma igualdade formal.
Princípio da Isonomia na Constituição
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
"Promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."
(art. 3º, IV da Constituição Federal)
"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza..."
(art. 5º da Constituição Federal)
"São direitos dos trabalhadores: Proibição de diferença de salário, de
exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil."
(art. 7º, XXX da Constituição Federal)
Princípio da Motivação
Conceito: A Administração está obrigada a motivar todos os atos que
edita, pois, quando atua, representa interesses da coletividade. É preciso dar
motivação dos atos ao povo, pois ele é o titular da “res publica” (coisa
pública).
O administrador deve motivar até mesmo os atos discricionários (aqueles
que envolvem juízo de conveniência e oportunidade), pois só com ela o
cidadão terá condições de saber se o Estado está agindo de acordo com a lei.
Motivação segundo o Estatuto do Servidor Público
Segundo o artigo 179 da Lei 9.826/74, motivar tem vários significados.
Assim, na aplicação da sanção, no ato de imposição de penalidade, a
autoridade levará em conta os antecedentes do servidor, as circunstâncias em
que o ilícito ocorreu, a gravidade da infração e os danos dela provenientes
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
para o serviço público e de terceiros, o fundamento legal (dispositivos em
que o administrador baseou sua decisão) e causa da sanção disciplinar (fatos
que levaram o administrador a aplicar o dispositivo legal para aquela situação
concreta).
A lei, quando é editada, é genérica, abstrata e impessoal, portanto é
preciso que o administrador demonstre os fatos que o levaram a aplicar
aquele dispositivo legal para o caso concreto. Só através dos fatos se pode
apurar se houve razoabilidade (correspondência) entre o que a lei
abstratamente prevê e os fatos concretos levados ao administrador.
Falta de Motivação
A falta de motivação leva à invalidação, à ilegitimidade do ato, pois não
há o que falar em ampla defesa e contraditório, se não há motivação. Os atos
inválidos por falta de motivação estarão sujeitos também a um controle pelo
Poder Judiciário.
Motivação nas Decisões Proferidas pelo Poder Judiciário
"Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei
limitar a presença, em determinados atos às próprias partes e seus
advogados, ou somente a estes."
(art. 93, IX da CF)
"As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de
seus membros."
(art. 93, X da CF)
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Princípio da Autotutela
Conceito: A Administração Pública tem possibilidade de revisar (rever)
seus próprios atos, devendo anulá-los por razões de ilegalidade (quando
nulos) e podendo revogá-los por razões de conveniência ou oportunidade
(quando inoportunos ou inconvenientes).
Anulação
Tanto a Administração como o Judiciário podem anular um ato
administrativo. A anulação gera efeitos “ex tunc”, isto é, retroage até o
momento em que o ato foi editado, com a finalidade de eliminar todos os
seus efeitos até então.
“A Administração pode declarar a nulidade dos seus próprios atos”
(súmula 346 STF).
Revogação
Somente a Administração pode fazê-la. Caso o Judiciário pudesse rever
os atos por razões de conveniência ou oportunidade estaria ofendendo a
separação dos poderes. A revogação gera efeitos “ex nunc”, pois até o
momento da revogação o ato era válido.
 
Anulação Revogação
Fundamento Por razões de ilegalidade
Por razões de 
conveniência e 
oportunidade
Competência Administração e Judiciário Administração
Efeitos Gera efeitos “ex tunc” Gera efeitos “ex nunc” 
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Anulação Revogação
(retroage até o 
momento em que o ato 
foi editado)
(a partir do momento 
de Revogação)
Direito Adquirido Contra Ato Anulado e Revogado
Em relação a um ato anulado não se pode invocar direito adquirido,
pois desde o início o ato não era legal. Já em relação a um ato revogado,
pode-se invocar direito adquirido, pois o ato era válido.
"A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou
revogá-los, por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos e ressalvados em todos os casos, a apreciação judicial."
(2ª parte da súmula 473 do STF)
 Princípio da Continuidade da Prestação do Serviço Público
Conceito: A execução de um serviço público não pode vir a ser
interrompida. Assim, a greve dos servidores públicos não pode implicar em
paralisação total da atividade, caso contrário será inconstitucional (art. 37, VII
da CF).
Não Constitui Descontinuidade
• Interrupção resultante de uma imprevisibilidade. A situação emergencial
deve ser motivada, pois resulta de ato administrativo. Se a situação
emergencial decorrer de negligência do fornecedor, o serviço público
não poderá ser interrompido;
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
• Serviço público interrompido, após aviso prévio, por razões de ordem
técnica ou de segurança das instalações;
• Serviço público interrompido, após aviso prévio, no caso de
inadimplência do usuário, considerado o interesse da coletividade (art.
6º, §3º, II da lei 8987/95): Cabe ao fornecedor provar que avisou e não
ao usuário, por força do Código de Defesa do Consumidor. Se não
houver comunicação, o corte será ilegal e o usuário poderá invocar
todos os direitos do consumidor, pois o serviço público é uma relação
de consumo, já que não deixa de ser serviço só porque é público.
Princípio da Razoabilidade
Conceito: O Poder Público está obrigado, a cada ato que edita, a mostrar
a pertinência (correspondência) em relação à previsão abstrata em lei e os
fatos em concreto que foram trazidos à sua apreciação. Esse princípio tem
relação com o princípio da motivação.
Se não houver correspondência entre a lei o fato, o ato não será
proporcional.
EXEMPLO
Servidor chegou atrasado ao serviço. Embora nunca tenha faltado, o
administrador, por não gostar dele, o demitiu. Há previsão legal para a
demissão, mas falta correspondência para com a única falta apresentada aoadministrador.
Outros Princípios Constitucionais Explícitos
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Princípio da Licitação
Licitação é um procedimento administrativo destinado a provocar
propostas e a escolher proponentes de contratos de execução de obras,
serviços, compras ou de alienações do Poder Público.
A Administração Pública tem o dever de sempre buscar, entre os
interessados em com ela contratar, a melhor alternativa disponível no
mercado para satisfazer os interesses públicos, para que possa agir de forma
honesta, ou adequada ao próprio dever de atuar de acordo com padrões
exigidos pela probidade administrativa. De outro lado, tem o dever de
assegurar verdadeira igualdade de oportunidades, sem privilégios ou
desfavorecimento injustificado, a todos os administrados que tencionem com
ela celebrar ajustes negociais.
O art. 37, XXI, alberga o princípio nos termos seguintes:
"ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual permitirá as
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações."
Temos, assim, o dever de licitar afirmado como um imperativo
constitucional imposto a todos os entes da Administração Pública, na
conformidade do que vier estabelecido em lei. A ressalva inicial possibilita à
lei definir hipóteses específicas de inexigibilidade e de dispensa de licitação.
A licitação é um procedimento formalmente regulado em lei, cabendo à
União legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para a Administração Pública, direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, nas diversas esferas de
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
governo, e empresas sob seu controle (art. 22, XXVII). Portanto, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios compete legislar suplementarmente
sobre a matéria no que tange ao interesse peculiar de suas administrações.
Princípio da Prescritibilidade dos Ilícitos Administrativos
A prescrição, como forma de perda da exigibilidade de direito, pela
inércia de seu titular, é um princípio geral do direito. Logo, não é de se
estranhar que ocorram prescrições administrativas sob vários aspectos, quer
quanto às pretensões de interessados em face da Administração, quer tanto
às desta em face de administrados. Assim, é especialmente em relação aos
ilícitos administrativos. Se a Administração não toma providência à sua
apuração e à responsabilização do agente, a sua inércia gera a perda do seu
jus persequendi (Direito de ação do Estado).
Dessa maneira, o art. 37, § 5.º dispõe sobre este princípio:
"A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário,
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento."
Nota-se, portanto, que a lei estabelece uma ressalva ao princípio. Nem
tudo prescreverá. Apenas a apuração e punição do ilícito, não, porém, o
direito da Administração ao ressarcimento, à indenização, do prejuízo
causado ao erário.
Princípio da Responsabilidade da Administração
O princípio em estudo encontra amparo no art. 37, § 6.º, da Constituição
Federal, cuja compostura verifica-se que:
"As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadores de serviços públicos responderão pelos danos que seus
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."
Todo agente público que vier a causar um dano a alguém trará para o
Estado o dever jurídico de ressarcir esse dano. Não importará se tenha agido
com culpa ou dolo. O dever de indenizar se configurará pela mera
demonstração do nexo causal existente entre o fato ocorrido e o dano
verificado.
Esses são princípios gerais, necessariamente não positivados de forma
expressa pelas normas constitucionais, mas que consistem nos alicerces
jurídicos do exercício da função administrativa dos Estados. Todo o exercício
da função administrativa, direta ou indiretamente, será sempre por eles
influenciado e governado.
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Organização da Administração Pública
Objetivo: Apresentar a forma de organização e principais características
da Administração Pública, contemplando Administração Pública Direta e
Indireta.
Conceito e Estruturação
Segundo Hely Lopes Meirelles, a organização da Administração “É todo o
aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços, visando à
satisfação das necessidades coletivas”.
Pode ser definida, objetivamente, como atividade concreta e imediata
que o Estado desenvolve para a consecução dos interesses coletivos; e,
subjetivamente, como o conjunto de órgãos e de pessoas aos quais a lei
atribui o exercício da função administrativa do Estado.
Administração Pública Estadual
A administração pública estadual compreende os poderes do Estado,
seus órgãos da administração direta e as entidades da administração indireta
dotadas de personalidade jurídica própria.
Administração Direta ou Centralizada
Administração direta ou centralizada do Poder Executivo é a constituída
dos serviços integrados na estrutura administrativa do Gabinete do
Governador e Secretarias de Estado. É aquela que se encontra integrada e
ligada, na estrutura organizacional, diretamente ao Chefe do Poder Executivo
e é composta por órgãos sem personalidade jurídica própria.
Administração Indireta ou Descentralizada
Administração indireta ou descentralizada é aquela atividade
administrativa, caracterizada como serviço público ou de interesse público,
transferida ou deslocada do Estado, para outra entidade por ele criada ou
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
cuja criação é por ele autorizada, com personalidade jurídica própria.
Entidades da Administração Indireta
Autarquias
Segundo o art. 5º, inciso I, do Decreto-Lei n. 200, de 1967, autarquia é o
"serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receitas próprias, para executar atividades típicas da
Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento,
gestão administrativa e financeira descentralizadas."
As principais características da autarquia são:
• criação por lei;
• personalidade jurídica de direito público;
• capacidade de autoadministração;
• especialização dos fins ou atividades; e
• sujeição ao controle ou à tutela.
Fundações Públicas
São entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público, sem
fins lucrativos, criadas em virtude de autorização legislativa para o
desenvolvimento de atividades de interesse público, como educação, cultura
e pesquisa, sempre merecedoras de amparo legal. São criadas por lei
específica e regulamentadas por decreto, independentemente de qualquer
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
registro. Possuem autonomia administrativa, patrimônio próprio, e
funcionamento custeado, principalmente, por recursos do poder público,
ainda que sob a forma de prestação de serviços.
Sociedades de Economia Mista
Empresa de economia mista ou, mais precisamente, "sociedade de
economia mista" é a entidade dotada de personalidadejurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma
de Sociedade Anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua
maioria ao Poder Público.
O Estado poderá ter uma participação majoritária ou minoritária;
entretanto, mais da metade das ações com direito a voto devem
pertencer ao Estado.
A sociedade de economia mista é uma sociedade anônima e seus
funcionários são regidos pela CLT, não são servidores públicos.
Empresa Pública
É a entidade dotada de personalidade jurídica de Direito Privado, com
patrimônio próprio e capital exclusivo do Estado, criada por lei para a
exploração de atividade econômica, que o Governo é levado a exercer por
força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se
de qualquer das formas administrativas em Direito.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Servidor_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B3nima
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA X EMPRESA PÚBLICA
Aspectos Empresa Pública Sociedade de
Economia Mista
Capital Capital exclusivamente público
Parte do capital 
pertencente ao Poder 
Público e outra parte 
ao setor privado, 
tendo, sempre, o 
controle público.
Forma Qualquer forma admitida 
em Direito.
Somente a forma de 
Sociedade Anônima.
Competência
De acordo com o art. 109 
da CF, as causas de 
interesse das empresas 
públicas federais serão 
julgadas na Justiça 
Federal, com exceção das 
causas trabalhistas.
As causas de interesse
das sociedades de 
economia mista 
federais serão julgadas
na Justiça Estadual, 
com exceção das 
causas trabalhistas.
Semelhanças e Distinções
As características comuns são:
• Criação e extinção por lei;
• Personalidade jurídica de direito privado;
• Sujeição ao controle estatal;
• Derrogação parcial do regime jurídico de direito privado por normas
de direito público;
• Vinculação aos fins estabelecidos na lei de criação;
• Desempenho de atividade de natureza econômica;
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
• Destituição dos dirigentes a qualquer tempo (Súmula n. 8 do STF).
As diferenças básicas são:
• na forma de organização e
• na composição do capital.
A primeira adota a forma de sociedade anônima com a presença de
capital público e particular. Já a segunda pode assumir qualquer forma de
direito com capital totalmente público.
Agências
As agências reguladoras, dotadas de autonomia orçamentária, financeira,
funcional e administrativa, são criadas para regular e fiscalizar os serviços
prestados por empresas privadas que atuam na prestação de serviços, que
em sua essência seriam públicos.
Como esses serviços são de relevante valor social, e primordialmente
cabiam ao Estado seu fornecimento, sua fiscalização deve ser feita através de
alguma instituição que se manifeste imparcial em relação aos interesses do
Estado, da concessionária e dos consumidores. A imparcialidade em relação
ao Estado se faz necessária porque, sem esta, as concessionárias de serviços
sairiam prejudicadas através de cobranças de tributos elevados, bem como no
momento em que fosse feita uma punição poderia esta se tornar abusiva.
Por outro lado, a cobrança de taxas dos serviços e a má prestação destes
por parte da concessionária devem ser fiscalizadas também. Por fim, os
interesses dos consumidores não se devem sobrepor aos interesses da
prestadora, pois, se assim fosse, não restaria margem alguma de lucro para
nenhuma concessionária, já que o interesse social é o da prestação de
serviços de alta qualidade com preços baixos.
Urge ressaltar que temos uma sociedade cada vez mais exigente com o
mercado, decorrente da maior informação em relação aos seus direitos. Tal
38
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
fato pode ser comprovado nos cartórios dos Juizados Especiais, com os
elevados números de processos ajuizados que têm no polo passivo essas
concessionárias.
IMPORTANTE
É de suma importância a presença das agências reguladoras no atual
sistema político adotado em nosso país, pois as agências reguladoras
possuem como objetivos principais: a maneira de regular as concessionárias,
a fiscalização, a estipulação de multas, bem como a cassação da concessão,
caso as metas não sejam cumpridas. Vale salientar que, por se tratar de
serviços de natureza pública, as agências têm o dever de zelar pelo bom
funcionamento das concessionárias, resguardando dessa forma um serviço
que pertence à sociedade.
As agências reguladoras são pessoas jurídicas de direito público,
classificadas como autarquias. Tal natureza é essencial para que
desempenhem efetivamente seu papel, que consiste em intervir no domínio
econômico e fiscalizar a prestação de serviços públicos, ou seja, deveres
específicos do Estado.
Sendo a atividade econômica instrumento para a obtenção do
desenvolvimento pelo qual deve haver a criação de emprego, o respeito a
dignidade e o bem-estar de todos, o Estado está legitimado para atuar em
face da livre iniciativa, quando o interesse coletivo público assim exigir, ou
seja, as agências reguladoras executam ações que podem implicar na
restrição da liberdade empresarial em prol do interesse coletivo.
Por ter natureza autárquica, com todas as independências estruturais
anteriormente explicitadas, as agências reguladoras devem ser constituídas
através de lei, e por representar opção discricionária de descentralização de
certa função, a mencionada lei é de iniciativa exclusiva do Poder Executivo.
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Da mesma forma, deve-se proceder em caso de extinção das agências
reguladoras, ou seja, por iniciativa do Executivo, o legislativo deve votar a
extinção ou não da agência em questão.
Nesse caso, se a extinção de uma agência reguladora implicar transferir
para o Estado o dever de regular a matéria até então por ela realizada, o
particular que mantinha com a agência extinta contrato de concessão poderá
pleitear alterações ou, até mesmo, sua extinção com base na teoria da
imprevisão.
Organizações Sociais
É uma qualificação dada às entidades privadas sem fins lucrativos
(associações, fundações ou sociedades civis), que exercem atividades de
interesse público. Esse título permite que a organização receba recursos
orçamentários e administre serviços, instalações e equipamentos do Poder
Público, após ser firmado um Contrato de Gestão com o Governo Federal, ou
Estadual.
São entidades privadas, sem fins lucrativos, que se valem de um contrato
de gestão para realizar atividades públicas (ensino, pesquisa científica, cultura,
saúde, proteção do meio ambiente, entre outras) com apoio, inclusive
transferência de bens e recursos, do Poder Público.
Organizações Sociais: Não integram a Administração Pública Indireta.
(Lei n. 9.637/98 dispõe sobre as organizações sociais.
SAIBA MAIS
Vá até a biblioteca do curso e conheça um pouco mais sobre a Lei
9.637/98 - Organizações Sociais.
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http://cursos.egp.ce.gov.br/pluginfile.php/24878/mod_folder/content/0/L9637%20Organiza%C3%A7%C3%B5es%20sociais.pdf?forcedownload=1
http://cursos.egp.ce.gov.br/pluginfile.php/24878/mod_folder/content/0/L9637%20Organiza%C3%A7%C3%B5es%20sociais.pdf?forcedownload=1
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Agentes Políticos, Agentes Públicos e Servidores 
Públicos
Objetivo: Abordar os principais conceitos relacionados a agentes
políticos, agentes públicos e servidores públicos civise militares,
apresentando suas diferenciações.
Agentes Políticos
Agentes políticos são os titulares de cargos estruturais à organização
política do País, ou seja, ocupantes dos cargos que integram o arcabouço
constitucional do Estado, o esquema fundamental do Poder.
O vínculo exercido entre esses agentes e o Estado, portanto, não é
profissional, e sim de natureza política, porquanto exercem um múnus
público.
Nessa esteira, o saudoso Hely Lopes Meirelles nos ensina com
propriedade que
"Agentes políticos são os componentes do Governo nos seus primeiros
escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por
nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições
constitucionais."
Daí que se constituem como os formadores da vontade superior do
Estado. São agentes políticos apenas o presidente da República, os
Governadores, Prefeitos e respectivos vices, os auxiliares imediatos dos
Chefes do Executivo, isto é, Ministros e Secretários das diversas pastas, bem
como os Senadores, Deputados Federais e Estaduais e Vereadores.
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Agentes Públicos
Em Direito Administrativo, agente público é toda pessoa que presta um
serviço público, sendo servidor público ou não, sendo remunerado ou não,
sendo o serviço temporário ou não.
EXEMPLO
os agentes de saúde que trabalham nos bairros da periferia ou em locais
de difícil acesso, podemos também incluir os membros de diretoria das
associações de bairros, pois através do serviço voluntário prestam ajuda as
pessoas e aos moradores de seus bairros.
Portanto, agentes públicos constituem o conjunto de pessoas físicas,
que exercem função pública no âmbito do Estado.
A expressão funcionário público não é empregada na Constituição
Federal de 1988, que preferiu empregar a designação "servidor público" e
"agente público" para referir os trabalhadores do Estado. Agente Público é a
designação mais abrangente: alcança os agentes políticos, os servidores
públicos e os particulares em atuação colaboradora. Os servidores públicos
são referidos como categoria de agentes públicos: são os agentes
permanentes, profissionais a serviço da Administração Pública.
Servidores Públicos Civis
Servidor público ou servidor público civil são, hodiernamente, no
patamar constitucional, expressões de idêntica consistência semântica.
Assim, o art. 37, VI o título da Seção do II do Capítulo VII da Lei Maior, o
art. 41, § 1º, o art. 38, caput e o art. 19 do ADCT, ao utilizarem os termos
“servidor público” ou “servidor público civil” aludem à mesma realidade.
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https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Associa%C3%A7%C3%A3o_de_bairro&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sub%C3%BArbio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_administrativo
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Do exame dos preceitos citados, parecem estar excluídos do alcance da
expressão em estudo os empregados das empresas estatais (empresas
públicas e sociedades de economia mista) e das fundações governamentais
de direito privado. A expressão “servidor público” designaria, restritamente,
apenas aqueles que militam nas pessoas jurídicas de direito público,
mediante vínculo profissional, em caráter não eventual e sob subordinação.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, por exemplo, contrapõe-se ao
posicionamento sobredito, ao afirmar:
"São servidores públicos, em sentido amplo, as pessoas físicas que
prestam serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com
vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos."
Dando acepção ainda mais ampla à expressão, Odete Medauar afirma:
"Servidores públicos, na Constituição Federal de 1988, são todas as
pessoas físicas que trabalham nos entes estatais, de qualquer poder,
inclusive os detentores de cargos; é o mesmo sentido de ‘agentes públicos’.
Antes da Constituição Federal de 1988, a doutrina atribuía tal nome àqueles
que trabalhavam nos entes estatais, sem ocuparem cargos, por exemplo, os
contratados."
Em posição diametralmente oposta, há aqueles que reservam a locução
“servidores públicos” apenas para “os agentes relacionados com Estado por
vínculo jurídico de direito público, abrangendo os servidores civis e os
militares”, como registra Marçal Justen Filho.
Também Celso Antônio Bandeira de Mello, com a clareza costumeira,
averba:
"Servidor Público, como se pode depreender da Lei Maior, é a
designação genérica ali utilizada para englobar, de modo abrangente, todos
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
aqueles que mantêm vínculos de trabalho profissional com as entidades
governamentais, integrados em cargos ou empregos da União, Estados,
Distrito Federal, Municípios, respectivas autarquias e fundações de Direito
Público. Em suma: são os que entretêm com o Estado e com as pessoas de
Direito Público da Administração indireta relação de trabalho de natureza
profissional e caráter não eventual sob vínculo de dependência."
Contudo, da análise da doutrina, ancorada no horizonte do Texto
Constitucional, apesar dos contrastes, e mesmo do exame dos ditames
normativos, pode-se até extrair, com maior probabilidade de certeza, a
asserção de que “servidor público” é noção que não se estende ao pessoal
das entidades de direito privado da Administração Indireta, ficando adstrita à
Administração Direta, autarquias e fundações de direito público.
Servidores Públicos Militares
De acordo com o art. 176 da CE, são servidores públicos militares
estaduais os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
A Constituição Federal distingue o militar em duas categorias: a do
Oficial e a das praças. Os primeiros têm patente, títulos e posto, ao passo que
os segundos, só possuem o título de nomeação e graduação.
A hierarquia militar, portanto, é estruturada em graus denominados
postos (Oficiais) e graduações (Praças), e esses graus correspondem aos
cargos do Quadro Administrativo da Corporação Militar.
A “patente é o título que comprova a nomeação do militar para
determinado posto na hierarquia”. Com a patente decorrem as prerrogativas,
direitos e deveres correspondentes do cargo, tornando-lhe privativos os
títulos, postos militares e o uso do uniforme da Corporação.
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
"Posto" é o lugar que o oficial ocupa na hierarquia militar e o título a
função que lhe corresponde. Assim temos, por exemplo: posto: Coronel PM;
título: Comandante do Policiamento da Capital, enquanto "graduação" é o
lugar ocupado pelo praça no quadro hierárquico militar, como exemplo,
graduação: Sargento PM. Necessariamente, o posto e a graduação
correspondem ao cargo, que recebe aquela denominação, e, enquanto este
estiver ocupado, confunde-se com aquele.
FIQUE ATENTO
Ao vagar, há a separação do posto ou da graduação do cargo
correspondente, por motivos lógicos, ou seja, ao se inativar, o militar não
leva o cargo nem o título para a reserva ou a reforma, mas só o posto e a
patente, com as prerrogativas a ela inerentes.
Conceitos de Reserva e Reforma
"Reserva é a situação da inatividade do Oficial sujeito à reversão ao
serviço ativo, enquanto reforma é a situação do militar (oficial ou praça)
definitivamente desligado do serviço ativo."
O ingresso de oficial na carreira militar pressupõe a aprovação em
concurso público. É a partir da posse que o militar tornar-se-á o titular do
cargo - de maneira vitalícia -, mediante a patente, tendo ele uma gama de
direitos e deveres, perdurando esta situação enquanto estiver no serviço
ativo.
Hoje, a remuneração dos militaressubordina-se à disciplina
constitucional, daí competir-lhes o subsídio ou os vencimentos (ativa), os
proventos (inativos) e as pensões (familiares em virtude de morte do militar).
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
Desse modo, o tratamento remuneratório entre o servidor público civil e
o militar é o mesmo, não devendo passar despercebido que, para o instituto
de previdência, a lei irá dispor sobre o benefício da pensão por morte, a
revisão dos proventos na mesma data e proporção em que se modificar a
remuneração dos servidores em atividade, e a extensão dos benefícios
instituídos para os servidores ativos.
Alteração poderá haver no tocante à aposentadoria, vez que esta, para o
civil, é taxada no próprio Texto Magno, enquanto que, para o militar, fica
remetida à disciplina de lei infraconstitucional, havendo diferença para a
inatividade de ambos os servidores, como ocorre hoje.
No tocante ao sistema previdenciário, tanto o civil como o militar estão
acobertados pelos benefícios decorrentes, mediante contribuição durante o
período de atividade, e tanto a aposentadoria do civil como a inatividade do
militar assegurarão proventos aos agentes e terão regramento apropriado, o
primeiro no artigo 40 da CF, enquanto o segundo por matéria a ser
disciplinada pela lei infraconstitucional (inciso X § 3º art. 142 da CF).
Guardadas as devidas peculiaridades, há de se estabelecer um
paralelismo ou simetria entre a transferência para a inatividade do militar
(englobando a passagem para a reserva e a sua reforma – art. 142, § 3; X, da
CF) e a aposentadoria do civil (§ 3º do art. 40 da CF).
É que tanto a inatividade do militar como a aposentadoria do civil
asseguram ao servidor os proventos (remuneração ou subsídio recebido na
ativa) sem a contrapartida atual do trabalho. Garante-se-lhes, portanto, o
nosso sistema jurídico, àqueles status, os meios de subsistência para quando,
em razão da idade, condição física e outras, não mais puderem trabalhar.
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Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
REFERÊNCIAS
L. Constituição Federal (CF/1988). Constituição da República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, Senado, 1988.
BRASIL. Lei Complementar nº 101 de 04 de maio de 2000. Estabelece
normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na
gestão fiscal e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm Acesso em:
29 nov. 2014
BRASIL. Lei Complementar nº 131 de 27 de maio de 2009.
Acrescenta dispositivos à Lei Complementar no 101, de 4 de maio de
2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de
determinar a disponibilização, em tempo real, de informações
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp131.htm Acesso em:
29 nov. 2014
BRASIL. Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a
informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o
do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no
8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de
maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991;
e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.h
tm Acesso em: 23 nov. 2014.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp131.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm
Direitos, Deveres e Responsabilidades do Servidor Público Estadual – Módulo 01
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 19 ed. São
Paulo: Atlas, 2006.
MEIRELES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 28 ed., São
Paulo: Malheiros, 2003.
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	Apresentação
	Objetivo
	Administração Pública: Princípios, Organização e Agentes Públicos
	Administração Pública
	Princípios Constitucionais da Administração Pública
	Princípio da Legalidade
	Princípio da Legalidade em outros ramos do direito
	Princípio da Impessoalidade
	Princípio da Moralidade
	Instrumento de Combate à Imoralidade dos Atos Administrativos
	Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92)
	Hipóteses Exemplificativas de Imoralidade Administrativa
	Cominações Previstas na Lei 8429/92
	Princípio da Publicidade
	Garantias contra a Negativa Injustificada de Oferecimento de Informação pelo Poder Público
	Princípio da Eficiência
	Princípios da Administração Pública não Previstos no Art. 37 da Constituição Federal
	Princípio da Isonomia ou Igualdade Formal
	Princípio da Isonomia na Constituição
	Princípio da Motivação
	Princípio da Autotutela
	Princípio da Continuidade da Prestação do Serviço Público
	Não Constitui Descontinuidade
	Princípio da Razoabilidade
	Outros Princípios Constitucionais Explícitos
	Princípio da Licitação
	Princípio da Prescritibilidade dos Ilícitos Administrativos
	Princípio da Responsabilidade da Administração
	Organização da Administração Pública
	Conceito e Estruturação
	Entidades da Administração Indireta
	Autarquias
	Fundações Públicas
	Sociedades de Economia Mista
	Empresa Pública
	Agências
	Organizações Sociais
	Agentes Políticos, Agentes Públicos e Servidores Públicos
	Agentes Políticos
	Agentes Públicos
	Servidores Públicos Civis
	Servidores Públicos Militares
	Conceitos de Reserva e Reforma
	REFERÊNCIAS

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