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Introdução a zoologia Arquitetura animal Simetria → Divisão imaginaria em frações opostas e especulares ▹Sem simetria: poríferos ▹Radial ou radiada: cnidários e forma adulta dos equinodermos; definida por vários planos radiais, cuja intersecção define um eixo longitudinal ▹Bilateral: representados pelos demais animais; divisão em duas partes simétricas, direita e esquerda; definida por um plano sagital ▹Animais assimétricos: corpo não pode ser dividido em metades especulares; as esponjas podem ser assimétricas ou radiadas → Eixo: reta que atravessa o corpo do animal ▹Céfalo-caudal ou longitudinal: vai da cabeça a cauda ▹Dorso ventral ou sagital: vai do dorso ao ventre ▹Transversal: vai do lado direito ao esquerdo → Plano: superfície que divide o corpo do animal em duas metades ▹Sagital ou mediano: divide o corpo em metades direita e esquerda e é definido pelos eixos céfalo-caudal e dorso ventral ▹Frontal: divide o corpo em metades dorsal e ventral e é definido pelos eixos céfalo-caudal e transversal ▹Transversal: divide o corpo em metades anterior e posterior e é definido pelos eixos dorso-ventral e transversal Segmentação ou metameria → Repetição de partes (metâmeros ou segmentos) do corpo de animais de simetria bilateral; anelídeos, artrópodes e cordados (metaméricos) → Vantagem: formação de blocos musculares que podem se contrair de forma independente em cada segmento; maior variedade de movimentos → Tipos: ▹Homônoma: metâmeros iguais; ex. anelídeos e centopeias ▹Heterônoma: metâmeros diferentes; ex. insetos Ciclometria → Repetição de partes (antímeros) do corpo de um animal de simetria radial Desenvolvimento embrionário Fecundação → Fecundação cruzada: em indivíduos de sexos separados → Autofecundação: em hermafroditas (minhocas e caramujos) ▹Inibição: maturação de ovócitos e espermatozoides em fases distintas e fecundação cruzada mútua (troca de gametas masculinos entre parceiros) → Fecundação externa: ocorre fora do corpo, ou seja, no meio ambiente ▹Forma-se muitos gametas, aumentando o encontro casual; origina muitos zigotos, mas poucos sobrevivem as adversidades → Fecundação interna: dentro do corpo que produz gametas femininos ▹Maior eficiência, menor número de gametas produzidos e descendentes Tipos de animais → Ovíparos: botam ovos, desenvolvimento fora do corpo materno (aves) → Ovovivíparos: ovos no corpo materno até eclosão (peixes água doce) → Vivíparos: embrião depende da mãe para a nutrição; indivíduos completam o desenvolvimento no corpo materno e nascem formados (maioria dos mamíferos) Tipos de desenvolvimento → Direto: não passa por estágio de larva; ex. mamíferos → Indireto: há fases larvais, que se diferem dos adultos em morfologia, hábitos alimentares e ausência de gônadas diferenciadas; ex. anfíbios Etapas do desenvolvimento → Segmentação ou clivagem: zigoto sofre sucessivas mitoses até originar blastômeros (macromeros = maiores e micrômeros = menores) → Mórula: maciço de células com mesmo volume do zigoto → Blástula: células se posicionam na periferia e secretam líquido que preenche a cavidade central (blastocele) ▹Humanos: ocorre a implantação ou nidacao do embrião no útero → Poríferos: desenvolvimento só até a fase da blástula (fase larval) Gastrulação → Aumento do número de células e volume total do embrião → Invaginação ou embolia: divisão dos micrômeros que forcam os macromeros a se deslocarem para o interior do blastocele → Arquenteron ou intestino primitivo: origina a cavidade digestória; se comunica ao exterior pelo blastóporo ▹Poríferos não apresentam cavidade digestória, boca ou anus → Folhetos germinativos ou embrionários: ▹Ectoderme: origina a epiderme e as células nervosas ▹Endoderme: origina o revestimento do tubo digestório ▹Mesoderme: origem da musculatura verdadeira Neurulação → Tubo neural: achatamento da ectoderme e origem da placa neural que formará o tubo neural → Celoma: expansões celulares no teto do arquentero formam a mesoderme, onde se formará o celoma (cavidade corporal preenchida por fluido); protege contrachoques mecânicos, distribui substâncias, cria espaço para maior desenvolvimento de órgãos e um esqueleto hidrostático, que interage com a musculatura na sustentação e locomoção → Notocorda: teto do arquentero sofre evaginações; responsável pela sustentação do embrião; responsável por originar a coluna vertebral Classificação embriológica → Quanto ao número de folhetos: ▹Ablásticos: não formam folhetos (poríferos) ▹Diploblásticos: animais com ectoderme e endoderme (cnidários) ▹Triploblásticos: animais com ectoderme, endoderme e mesoderme → Quanto a presença de celoma ▹Acelomados: platelmintos ▹Pseudocelomados: nematelmintos ▹Celomados: os demais → Quanto ao destino do blastóporo: ▹Protostomios: blastóporo origina primeiro a boca e depois o anus; ex. platelmintos, nematódeos, anelídeos, moluscos e artrópodes ▹Deuterostomios: blastóporo origina apenas o anus, sendo a boca uma nova formação; ex. equinodermos e cordados → Quanto a origem do celoma: ▹Esquizocelomados: prostomios ▹Enterocelomados: deuterostomios Poríferos Características gerais → Sésseis: fixos ao substrato → Aquáticos: maioria marinha, com poucos representantes de água doce → Ablásticos: não formam folhetos embrionários → Acelomados: sem celoma; corpo maciço → Parazoários: sem tecidos verdadeiros e órgãos diferenciados Morfologia → Poros ou óstios: entrada de água → Átrio ou espongiocele: circulação de nutrientes e gases → Osculo: saída da água → Mesênquima: camada gelatinosa que preenche o corpo Tipos celulares → Arqueocitos: totipotente, indiferenciada; produz gametas e gemas → Pinacócitos: revestimento (forma a parede externa) → Porocitos: formam os poros → Espongiócitos: fibras de espongina (sustentação) → Esclerócitos: produzem as espiculas calcáreas ou silicosas (sustentação) → Coanócitos: captura e ingestão de alimentos; células flageladas voltadas para o interior da espongiocele responsáveis pela movimentação da água → Amebócitos: fagocitose, digestão intracelular, distribuição de nutrientes e formação de espiculas Endoesqueleto → Local: meso-hilo ou mesênquima; camada gelatinosa entre as paredes interna e externa onde estão os amebócitos e os elementos esqueléticos → Parte orgânica: fibras de espongina macias (esponja de banho) → Parte inorgânica: espiculas calcáreas (CaCO3) e silicosas (SiO2) rígidas Nutrição e excreção → Filtradores: obtém alimento e elimina resíduos pela circulação orientada da água (penetra pelos poros, passa para a espongiocele e sai pelo ósculo) ▹Não há boca ou anus, nem cavidade digestória → Alimento digerido pelos coanócitos e transferido para os amebócitos → Resíduos liberados pelos canais aquíferos por difusão e eliminados pelo osculo Trocas gasosas: → Utilização do O2 trazido pela água e bombeado pelo sistema de canais → Oxigênio atinge todas as células por difusão → CO2 eliminado do corpo do animal para o ambiente Tipos morfológicos → Áscon: fluxo de água lento; espongiocele ampla (com muita água) → Sícon: fluxo de água mais rápido; dobras da parede reduzem o átrio e aumentam a superfície de coanócitos (diminui o volume de água) ▹Canais radiais: dobras da parede onde localizam-se os conócitos → Lêucon: maior taxa de filtração (átrio reduzido) e maior crescimento ▹Câmaras vibráteis: câmaras esféricas revestidas pelos coanócitos e interpostas num sistema de canais radiais Classes → Calcarea: pequenas, em águas rasas, tipos ascon, sicon e leucon e com espiculas calcáreas (CaCO3), → Hexactinellida: espiculas silicosas de seis raios (esponjas de vidro) → Demospongiae: espiculas silicosas, fibras de espongina ou ambas, tipo leucon, forma irregular, em águas rasas e profundas e esponjasde banho Reprodução assexuada → Brotamento: produção de um broto a partir dos amebócitos; pode se soltar, originando um novo individuo, ou não se separar, originando colônias → Gemulação: em condições ambientais adversas (forma de resistência) ▹Gêmulas: arqueócitos envolvidos por espiculas, produzidas no meso-hilo ▹Esponjas morrem e as gêmulas são liberadas; em condições adequadas, os arqueócitos são liberados pela micrópila e originam uma nova esponja → Fragmentação: pedaços separados do corpo se regeneram Reprodução sexuada → Maioria é hermafrodita, porém autofecundação é rara já que os gametas masculinos e femininos amadurecem em épocas distintas → Gametas masculinos: formados a partir de coanócitos e saem do corpo pelo osculo, junto a corrente de água → Gametas femininos: formados a partir de coanócitos ou arqueócitos e não saem do corpo, ficando no meso- hilo → Espermatozoides penetram em outras esponjas com a corrente inalante e são captados pelos conócitos, que os transferem para os gametas femininos; ocorre a fecundação, há um breve período de vida planctônica e a larva fixa-se a um substrato (desenvolvimento indireto), sofrendo metamorfose e originando um novo individuo Cnidários ou celenterados → Representantes: ▹Indivíduos isolados: hidras, medusas e anêmonas-do- mar ▹Colonias: caravelas e corais Características gerais → Aquáticos: predominantemente marinhos → Eumetazoários: tecidos definidos e organização de sistemas → Simetria radial, protostomios, acelomados e diblasticos Estrutura → Epiderme: reveste o corpo externamente → Gastroderme: reveste a cavidade gastrovascular (digestão) → Mesogleia: camada gelatinosa acelular entre a epiderme e gastroderme ▹Umbrela: região das medusas rica em mesogleia; elas possuem aspecto gelatinoso e recebem o nome de águas-vivas Tipos morfológicos → Pólipos: sesseis ou apoiados no substrato, deslocamento limitado e boca dorsal → Medusas: nadantes, pequeno porte e boca ventral Cnidócitos ou cnidoblastos → Células responsáveis pela captura de alimento, ataque e defesa → Local: na região oral, em maior quantidade nos tentáculos → Cnida ou nematocisto: disparada quando o cnidócito é tocado ▹Liberação do líquido urticante pelo filamento penetrante, que paralisa outros animais e auxilia na captura de presas e defesa contra predadores ▹Em seres humanos, causa queimaduras de pele Digestão → Sistema digestório incompleto (não possuem anus) → Celênteron ou cavidade gastrovascular: recoberto pela gastroderme, com células epitélio-digestivas que produzem enzimas digestivas → Cnidócitos: células responsáveis pela captura de alimento → Digestão: alimento parcialmente digerido na cavidade gastrovascular (extracelular) e depois absorvido pelas células que revestem a cavidade (intracelular); os restos não aproveitados são eliminados pela boca Sistema nervoso → Difuso e muito simples → Composição: rede de neurônios na mesogléia; sem gânglios → Células nervosas comunicam com células epitélio- musculares da epiderme e epitélio-glandulares da gastroderme ❋ Sem sistemas respiratório, excretor e circulatório: ocorre por difusão Deslocamento → Realizam contração, distensão e deslocamentos ▹Pólipos: alguns fixos e outros podem se deslocar; a hidra é comum em água doce e se locomove como uma cambalhota ▹Medusas: locomoção através da jatopropulsão; os bordos do corpo se contraem e a água acumulada na face oral é expulsa em jato, provocando o deslocamento no sentido oposto Antozoários → Pólipo isolado (anêmonas-do-mar) ou colonial (corais) → Reprodução sexuada: ▹Formação de gônadas a partir de células intersticiais, que produzem gametas; fecundação interna e desenvolvimento indireto ▹ Plântula: larva ciliada e de vida planctônica que surge do ovo, assenta no substrato, sofre metamorfose e da origem ao pólipo jovem → Reprodução assexuada: ▹Laceração pediosa: por pólipos solitários; se deslocam pelo substrato irregular, sofrem cortes e deixam fragmentos que originam um pólipo ▹Divisão longitudinal: forma mais comum de reprodução assexuada Hidrozoários → Pólipos (predominante) e medusas pequenas e com véu → Habitat: marinho e água doce → Ciclo de vida: Cifozoários → Cifomedusas sem véu (predominante) e cifístoma (fase pólipo passageira) → Ciclo de vida: Classe Cubozoa ou cubomedusas → Medusas com umbrela de aspecto cúbico → Habitat: mares tropicais e subtropicais nos oceanos índico e Pacífico → Causam serias queimaduras em seres humanos Reprodução → Brotamento: brotos que podem se destacar do cnidário parental → Sexuada: dioicos, fecundação interna ou externa, desenvolvimento direto ou indireto com larva plânula ▹Metagênese ou alternância de gerações: fase sexuada da medusa e assexuada do pólipo; ambas as fases são diploides Recifes de corais → Ideais para desenvolvimento de fauna e flora muito características → Alta produtividade biológica (iluminação e transparência da água) → Forte movimentação da água; migração de micro e macrofauna e flora, elementos e nutrientes e da plataforma continental para o recife e vice-versa → Branqueamento de corais: aumento da temperatura da água e poluição ocasiona a morte das zooxantelas, algas associadas aos cnidários, responsáveis pela cor deles; bioindicador do aquecimento global → Excesso de CO2: reage com a água, produzindo acido carbônico, que corrói o esqueleto calcário (coral formado por carbonato de cálcio) Platelmintos Características gerais → Vermes achatados dorsoventralmente, corpo mole e fino ▹Espessura pequena: células próximas a superfície permitem a troca de gases respiratórios e liberação de excretas nitrogenadas por difusão → Habitat: mares, água doce e ambientes terrestres úmidos → Formas de vida: vida livre, predadoras ou alimentam de animais mortos → Triblásticos, protostomios, acelomados e simetria bilateral Turbelários → Vida livre e achatados (ex: planaria) → Sistema digestivo: incompleto ▹Boca: entrada de alimentos e saída resíduos ▹Faringe protraída: lança enzimas digestivas sobre o alimento (digestão extracorpórea), que é sugado e conduzido ao intestino ▹Intestino: ramificado para distribuição do alimento (digestão intracelular) → Sistema respiratório e circulatório: não possuem; trocas gasosas e circulação de nutrientes por difusão através de célula a célula → Sistema excretor ou protonefridial: ▹Células flama ou selenócitos: canal com cílios que promove a movimentação e filtração dos fluidos; o excesso de água e resíduos nitrogenados (amônia) é conduzido por ductos ou túbulos ▹Protonefrídios: poros excretores por onde o resíduo é eliminado → Sistema nervoso ou sensorial: ganglionar ventral ▹Cordoes nervosos longitudinais emitem nervos periféricos e se comunicam por nervos transversais ▹Ocelos: estruturas sensoriais fotorreceptoras ▹Aurículas: projeções laterais na região cefálica; células quimiorreceptoras auxiliam na localização de alimento → Sistema reprodutor: ▹São hermafroditas, mas a autofecundação é rara ▹Reprodução cruzada mútua: se unem pela parte ventral e trocam espermatozoides ▹Desenvolvimento direto: zigotos são protegidos por capsulas liberadas pelo poro genital que, ao fixar no substrato, eclodem planarias jovens ▹Fissão transversal (assexuada): divisão longitudinal e cada parte regenera uma planaria inteira Trematódeos → Ectoparasitas (superfície externa do hospedeiro) ou endoparasitas (interior de animais vertebrados) ▹Ventosas: fixação do animal ao hospedeiro → Sexos separados e dimorfismo sexual → Schistosoma mansoni: esquistossomose ▹Hospedeiro intermediário: caramujo planorbideos Biomphalaria; onde há desenvolvimento da larva ▹Hospedeiro definitivo: ser humano; larva penetra pela pele em lugares úmidos e fixa no fígado,vesícula, intestino ou bexiga ▹Sintomas: lesões no fígado e outros órgãos; intenso inchaço do fígado (barriga-d’água) ▹Profilaxia: saneamento básico, controlar população de caramujos planorbídeos e tratar os doentes Cestódeos → Vermes endoparasitas; ex: tênias ou solitárias (parasitas intestinais) ▹Libera uma substância que impede outra tênia se de instalar (evita uma superpopulação) → Não tem estruturas do sistema digestorio, como a boca; absorvem nutrientes por pinocitose → Reproducao: ▹Escólex: regiao anterior com estruturas de fixacao à parede intestinal do hospedeiro ▹Estrobiliação: processo de crescimento ▹Proglótides: gomos com sistema reprodutor feminino e masculino (hermafrodita); há fecundacao, o utero enche-se de ovos e da aspecto gravídico; se desprendem e são eliminadas com as fezes do hospedeiro → Taenia solium e Taenia saginata: ▹Solitárias: portador traz apenas um verme adulto; são competitivas pelo habitat e hermafroditas, não necessitando de parceiros ▹Teníase: instalação no sistema digestório ‣ Transmissão: ingestão de carne de porco (Taenia solium) e boi (saginata) contaminadas com cisticercos ‣ Sintomas: dores abdominais, perda de peso, náuseas e vômitos ‣ Profilaxia: saneamento básico, inspecionar carnes de boi e porco (cisticercos visíveis a olho nu) e abatedouros, cozinhar bem carnes antes de ingerir ▹Cisticercose (Taenia solium): instalação nos olhos, cérebro ou coração ‣ Transmissão: ingestão de ovos do Taenia solium ‣ Hospedeiro intermediário: cisticercos formados no corpo humano ‣ Profilaxia: saneamento básico Nematoides Características gerais → Vermes cilíndricos: corpo alongado, fino e afilado nas extremidades → Triblásticos, simetria bilateral, protostomios, e pseudocelomados → Maioria de vida livre, mas há parasitas → Habitat: solos, água doce e mares Estrutura → Cutícula lisa e resistente: cobre e protege o corpo contra o atrito de partículas minerais (solo) e de enzimas do hospedeiro (parasitas) → Sistema digestivo: completo, ou seja, dotado de duas aberturas ▹Anus: por onde as femeas eliminam as fezes ▹Cloaca: por onde os machos eliminam espermatozoides e fezes ▹Boca circundada por lábios ou papilas sensoriais → Sistema excretor: ▹Células H: lançam os resíduos e excretas na cavidade corporal ▹Canais excretores: retiram os resíduos e excretas da cavidade ▹Poro excretor ventral: próximo à boca e elimina os resíduos e excretas → Sistema nervoso: anel nervoso, de onde partem 4 cordoes nervosos (ventral, dorsal e laterais) ligados aos músculos através de expansões → Sistema reprodutor: dioicos e com dimorfismo sexual ▹Macho: possui a cloaca e extremidade posterior recurvada ▹Femea: maior, retilíneo e com poro genital ventral no meio do corpo → Sem sistema respiratório ou circulatório: ▹Vida livre: obtém oxigênio por difusão direta; pode ser distribuído com auxílio do líquido pseudocelomático ▹Parasitas: anaeróbicos e realizam fermentação Cópula → Macho se enrola em torno da femea através da extremidade posterior em forma de gancho → Cloaca: elimina os espermatozoides; possui espiculas penianas ou copulatórias que são evertidas e introduzidas no orifício genital da femea → Fecundação interna: forma ovos que ficam alojados no útero da femea e são protegidos por envoltório espesso e resistente → Poro genital: por onde a femea libera os ovos → Desenvolvimento indireto: o juvenil eclode do ovo; a única diferença em relação ao adulto é o sistema reprodutor não desenvolvido ▹Crescimento: a cutícula antiga se separa da epiderme à medida que uma nova se forma (quatro mudas de cutícula) Parasitas → Ascaris lumbricoides (lombriga): ascaridíase ▹Transmissão: ingestão de água e alimentos contaminados por ovos ▹Profilaxia: saneamento básico, tratar os doentes e medidas higiênicas ▹Sintomas: cólicas intestinais, náusea, bronquite e pneumonia ▹Ciclo de vida: ‣ Vermes adultos se reproduzem no intestino humano e formam ovos ‣ Ovos são eliminados pelo poro genital das femeas e misturam-se com as fezes, que podem contaminar o meio ‣ Ao serem ingeridos, os ovos eclodem no intestino e originam juvenis ‣ Juvenis perfuram a parede intestinal, caem na corrente sanguínea, passam pelo fígado e coração e chegam aos pulmões; perfuram os alvéolos pulmonares, sobem pelos brônquios e atingem a faringe ‣ Juvenis são deglutidos, atingem o intestino e originam vermes adultos → Ascylostoma duodenale e Necator americanus: ancilostomose, Necatoriase, opilação ou amarelão ▹Transmissão: penetração ativa na pele de juvenis presentes no solo ▹Profilaxia: saneamento básico, evitar contato da pele com o solo e tratamento de doentes ▹Sintomas: pessoa fica pálida, amarelada e fraca, anemia por perda de sangue, irritação na pele na penetração da larva e problemas pulmonares ▹Ciclo de vida: ‣ Vermes adultos se reproduzem no intestino delgado, causam lesões à parede do intestino com as estruturas cortantes e formam ovos ‣ As femeas eliminam ovos que se misturam com as fezes do hospedeiro que, ao defecar, contamina o meio ‣ Juvenis eclodem e ficam no solo úmido, de onde penetram na pele; conduzidos pela corrente sanguínea até o pulmão, perfuram os alvéolos, vão para os brônquios e para a boca; são engolidos, passam para o intestino e originam o verme adulto → Ascylostoma braziliensis: bicho geográfico ou larva migrans ▹Transmissão: penetração ativa dos juvenis na pele humana ▹Profilaxia: evitar contato com solo ou areia contaminados e não levar cães e gatos para praias ou tanques de areia ▹Sintomas: irritação da pele, coceira intensa e linhas avermelhadas ▹Ciclo de vida: ‣ Vermes adultos se reproduzem no intestino do cão ou gato e formam os ovos que são liberados com as fezes ‣ Juvenis eclodem e ficam no solo ‣ Penetração na pele do cão ou gato: vão para o intestino e dão origem a vermes adultos, que reiniciam o ciclo ‣ Penetração na pele do ser humano: se deslocam dentro da pele, irritando-a e deixando linhas avermelhadas; não há formação de adultos e o ciclo do parasita não se completa → Wuchereria bancrofti (filária): filariose ▹Transmissão: picada do mosquito Culex (pernilongo ou muriçoca) ▹Profilaxia: controle da população do vetor, uso de repelentes de mosquitos, telas em janelas e portas e tratamento dos doentes ▹Sintomas: inchaço pela obstrução dos vasos linfáticos; pode causar elefantíase, grande inchaço nas pernas, do escroto ou das mamas ▹Ciclo de vida: ‣ Vermes adultos se reproduzem nos vasos linfáticos e originam ovos ‣ Microfilárias passam para a circulação sanguínea ‣ Mosquito ingere microfilárias e modificação para a forma infectante ‣ Picada do mosquito e transmissão da forma infectante, que originam os vermes adultos no ser humano → Oxyurus vermicularis ou Enterobius vermicularis: oxiurose ou enterobiose ▹Transmissão: ingestão de ovos direta (região anal para a boca) ou indireta (ingestão de alimentos contaminados) ▹Profilaxia: higiene e tratamento dos doentes ▹Sintomas: náusea, vômitos, dores abdominais e intenso coceira anal ▹Ciclo de vida: ‣ Vermes adultos se reproduzem no intestino e femea se transforma em uma “bolsa de ovos” ‣ Bolsa de ovos eliminada pelas fezes: contaminação do meio; ovos podem ser ingeridos em alimentos contaminados ‣ Bolsa de ovos fixada ao redor do anus: causa coceira; ao coçar, a pessoa contamina as mãos e, se coloca-las na boca, ingere os ovos ‣ Ovos eclodem no intestino e originam juvenis que transformam em adultos → Onchocerca valvulus (oncocerca): oncocercose ▹Transmissão: picada do inseto Simulium (borrachudo ou pium) infectado ▹Sintomas: lesões dermatológicas e nódulos subcutâneos; pode causar cegueira ▹Ciclo de vida: inseto pica pessoa infectada e suga microfilarias, que serão maturadas no seu interior, transformando-se em formas infecciosas; inseto pica um individuo e injeta oparasita, que transforma em verme adulto após um ano e passa a produzir muitas microfilárias Moluscos Características gerais → Simetria bilateral e triblásticos → Celomados: celoma reduzido e restrito a cavidade pericárdica no adulto → Habitat: mar, água doce e ambiente terrestre → Representantes: caracóis e lesmas (gastrópodes), ostras (bivalves), polvos e lulas (cefalópodes) Organização corporal → Cabeça: abertura bucal e órgãos sensoriais (olhos e tentáculos) → Pé: estrutura muscular para locomoção; modificado para cavar, rastejar, nadar ou capturar alimento → Massa visceral: conjunto de órgãos digestivos, excretores e reprodutores; circundada pelo manto ▹Manto ou pálio: parede externa dorsal do corpo ▹Cavidade do manto ou palial: entre o manto e a massa visceral; abre o anus, poros excretores e dutos das gônadas e estão órgãos respiratórios → Exoesqueleto calcáreo: inicialmente sobre a forma de espiculas e depois de concha solida (produzida no manto); abriga e protege o animal Fisiologia → Sistema digestório: com boca e anus ▹Gastrópodes e cefalópodes: a rádula, composta por dentes de quitina, raspa o substrato e contribui para a ingestão do alimento ▹Bivalves: dobras do manto formam os sifões, por onde entra e sai a água; o batimento dos cílios das brânquias mantem a corrente de água; os alimentos filtrados são levados a cavidade bucal pelos palpos labiais → Sistema circulatório: ▹Gastrópodes e bivalves: aberto e lacunar; coração bombeia a hemolinfa para os vasos sanguíneos, que se ramificam e terminam em lacunas nos tecidos, chamadas homoceles (sangue banha diretamente as células) ▹Cefalópodes: fechado; o sangue circula sempre dentro de vasos → Sistema respiratório: ▹Brânquias: respiração em ambiente aquático ‣ Gastrópodes e bivalves: batimento dos cílios gera corrente de água na cavidade palial; propicia trocas gasosas, eliminação de excretas e liberação dos gametas ‣ Cefalópodes: as brânquias perdem os cílios e a circulação de água é feita de forma mais rápida pela musculatura associada ao manto ▹Pulmão: respiração aérea em gastrópodes que vivem no ambiente terrestre ou na água, mas que vem a superfície para respirar → Sistema excretor: ▹Nefrídios: funil alongado que retira excretas nitrogenadas do sangue e da cavidade pericárdica e as conduz para a cavidade palial ▹Nefróstoma: extremidade dos nefrídios; aberta e ciliada nos bordos ▹Nefridióporo: elimina as excretas nitrogenadas da cavidade palial → Sistema nervoso: gânglios nervosos de onde partem os nervos → Sistema sensorial: terminações nervosas no manto para tato e pressão ▹Bivalves: células fotorreceptoras que diferenciam a intensidade luminosa ▹Gastrópodes: tentáculos táteis e olfativos, com olhos nas extremidades, capazes de formar imagens ▹Cefalópodes: “cérebro” formado pela união de gânglios cerebroides, de onde partem nervos, e olhos capazes de formar imagens, discriminação de formas e, provavelmente, distinguir cores Gastrópodes → Habitat: ambiente aquático (caramujos) e terrestre (caracóis e lesmas) → Hábitos alimentares: herbívoros, carnívoros ou detritívoros → Concha externa espiralada ▹Lesmas não apresentam concha, brânquias ou pulmão e realizam respiração cutânea → Reprodução: sexos separados ou hermafroditas, fecundação interna ou externa, desenvolvimento direto (ovos) ou indireto (fase larval no plâncton) Cefalópodes → Habitat: ambiente marinho → Concha externa (Nautilus), concha interna reduzida (lulas) ou sem concha (polvos) → Pé: modificado em tentáculos com ventosas adesivas usadas na locomoção e captura de presas ▹Funil ou sifão: elimina jatos de água da cavidade do manto; papel na locomoção por jatopropulsão ‣ Eliminam uma tinta escura armazenada em uma bolsa na massa visceral por meio do funil, formando uma nuvem que confunde o perseguidor → Reprodução: sexos separados, fecundação interna e desenvolvimento direto (dos ovos eclodem jovens completamente formados) ▹Espermatóforos eliminados do poro genital para a abertura genital da femea por meio do heterocótilo; espermatozoides são produzidos nos espermatóforos e ocorre fecundação interna Bivalves → Corpo achatado lateralmente → Concha formada por duas valvas → Habitat: ambiente aquático (água doce ou no mar) → Hábito alimentar: filtrador (perda da cabeça e da rádula) → Locomoção: ▹Muitas espécies: pé musculoso e achatado para cavar a areia ▹Pectens: livre nadantes ▹Ostras: pé reduzido ou ausente; cimentam uma das valvas no substrato ▹Mexilhões: fixos em costões rochosos por meio do bisso, fios adesivos produzidos na base do pé → Reprodução: sexos separados ou hermafroditas, fecundação interna ou externa e desenvolvimento indireto (fase larval no plâncton) → Perolas de valor comercial: deposição de nácar concentricamente ao redor de uma partícula estranha que penetra entre o manto e a concha → Importância ecológica: bioindicadores da qualidade da água (animais filtradores capazes de concentrar poluentes e toxinas presentes nela) Anelídeos Características gerais → Protostomios e simetria bilateral → Metameria: repetição de partes do corpo, que é dividido em anéis → Não possuem esqueleto e se locomovem por rastejamento → Celoma: entre paredes do corpo e tubo digestivo (há órgãos internos) → Cutícula: glândulas produtoras de muco lubrificante e células sensitivas Órgãos e sistemas → Sistema digestório: completo, com boca e anus → Sistema circulatório: fechado; sangue com pigmentos respiratórios e transporta nutrientes e gases da respiração → Respiração: cutânea indireta; O2 penetra pela pele e é distribuído pelo sangue; CO2 recolhido pelo sangue e devolvido ao meio pela epiderme ▹Poliquetas marinhos: respiração branquial → Sistema excretor: par de nefrídios por segmento; eliminação de excretas e controle osmótico do líquido celomático ▹Nefróstoma: extremidade ciliada e aberta para a cavidade celomática; aspiram os resíduos nitrogenados do líquido celomático ▹Nefridióporo: abertura do tubo para a superfície do corpo; por onde são eliminados os resíduos nitrogenados → Sistema nervoso: ganglionar Polychaeta ou oliquetos → Habitat: ambiente marinho (maioria), água doce, terrestre úmido (raro) → Região anterior (cefálica): olhos e tentáculos com função sensorial → Parapódios: projeções laterais dos anéis, onde estão inseridas cerdas; auxiliam na locomoção do animal → Reprodução: dioicos, reprodução sexuada, fecundação externa (gametas eliminados pelos nefridióporos) e desenvolvimento indireto ▹Pode ocorrer reprodução assexuada por esquizogênese (fragmentação) Clitelatos → Sem parapódios e cerdas em número reduzido ou ausentes → Clitelo: segmentos com epiderme espessa e rica em glândulas; onde abre-se o poro genital feminino → Reprodução: hermafroditas, fecundação cruzada mútua e desenvolvimento direto (zigoto desenvolve no casulo e emerge jovem) → Oligochaeta ou oligoquetos: minhocas ▹Habitat: enterrados em solos úmidos e água doce (poucos marinhos) ▹Respiração cutânea: solo úmido para a epiderme não secar ▹Detritívoras: ingerem o solo, alimentos são triturados na moela e usam a parte orgânica para nutrição ‣ Decompositores: se alimentam de vegetais e restos de animais; facilitam a ação de bactérias e fungos decompositores ‣ Cavam tuneis, trazendo camadas mais profundas do solo para a superfície e renovando nutrientes do solo superficial ‣ Ingerem porções de terra, decompõem e transformam resíduos em humus, um ótimo adubo para plantas ‣ Arejam a terra facilitando a penetração de água e raízes ▹Reprodução: ‣ Fecundação cruzada mútua: poro genital masculino de um individuo coincide com receptáculos seminais do outro, passando espermatozoides ‣ Clitelo secreta o casulo, dentro do qual são liberados ovócitos pelo poro genital feminino; o casulo com ovócitos é deslocadopor contrações para a região anterior, onde há receptáculos seminais com espermatozoides ‣ Fecundação dos ovócitos produzidos por um individuo pelos espermatozoides produzidos pelo outro ‣ Liberação do casulo com ovos, de onde emerge indivíduos jovens → Hirudinoidea: sanguessugas ▹Habitat: ambiente marinho, água doce e ambiente terrestre úmido ▹Corpo achatado dorsalmente ▹Ventosas: uma na região anterior e outra na região posterior ▹Fixos ao substrato pela ventosa posterior; se deslocam por mede-palmos com auxílio da musculatura e das ventosas ▹Alimentação: fixam no hospedeiro através da ventosa oral, cortam a pele com os dentículos e introduzem uma substância anestésica; glândulas salivares produzem a hirudina, que impede a coagulação sanguínea e permite que suguem muito sangue pela faringe ▹Reprodução: monoicos e desenvolvimento direto; processo semelhante ao das oligoquetas Artrópodes Características gerais → Triblásticos, celomados, protostomios, hiponeuros e de simetria bilateral → Metameria: fusão de metâmeros (tagmas) = cabeça, tórax e abdômen → Apêndices: pernas articuladas (locomoção) e antenas (sensoriais) ▹Peças bucais: mandíbula (trituração do alimento) e quelícera (apreensão) → Exoesqueleto quitinoso: rígido (proteção e suporte) e placas articuladas (movimentação); coberto por cera impermeável (evita desidratação) Órgãos e sistemas → Sistema digestório: completo, com boca e anus → Sistema respiratório: ▹Brânquias (crustáceos): trocas gasosas com a água ▹Pulmões foliáceos (aracnídeos): cavidades que se abrem para o exterior; difusão de gases entre a hemolinfa e o ar através do revestimento interno ▹Traqueias (insetos, quilópodes e diplópodes): trocas gasosas diretamente com as células (o sangue não transporta gases) → Sistema circulatório: aberto; hemolinfa circula pelas hemoceles ▹Crustáceos e aracnídeos: o pigmento hemocianina distribui os gases ▹Insetos, quilópodes e diplópodes: as traqueias distribuem os gases → Sistema excretor: ▹Túbulos de Malpighi (insetos, quilópodes e diplópodes): lança os resíduos metabólicos no interior do intestino; excreta acido úrico (insolúvel em água = evita grande perda de água e desidratação) ▹Glândulas verdes ou antenais (crustáceos): resíduos nitrogenados retirados da hemolinfa e eliminados pelo poro excretor ▹Glândulas coxais (aracnídeos): metanefrídios modificados → Sistema nervoso: ganglionar, com alta concentração de estruturas nervosas na cabeça e gânglios nervosos nos segmentos → Sistema sensorial: sensores químicos, receptores de paladar, auditivos e luminosos e sensores posturais Muda ou ecdise → Crescimento regulado pelo hormônio da muda ou ecdisona ▹Exoesqueleto separa-se da epiderme e rompe-se em certos locais ▹Animal abandona o exoesqueleto e inicia um crescimento rápido ao mesmo tempo que a epiderme secreta um novo exoesqueleto ▹Inicialmente, o novo esqueleto é frágil e mole, permitindo distensão ▹Depois, o exoesqueleto espessa e endurece, parando o crescimento Aracnídeos → Representantes: escorpiões, aranhas, carrapatos e ácaros → Habitat: principalmente terrestre → Desprovidos de antenas ✳ Nos ácaros há fusão do prossomo e do opistossomo → Cefalotórax ou prossomo: região anterior ▹Olhos simples: geralmente oito ▹Par de quelíceras: manipulação do alimento e inoculação de veneno em aranhas ▹Par de pedipalpos: órgãos sensoriais, de cópula no macho e manipulação de alimentos ▹Quatro pares de pernas: locomoção → Abdome ou opistossomo: posterior ▹Aberturas corporais: abertura genital, aberturas respiratórias e anus ▹Fiandeiras: produção de fios de seda para construção da teia (aranhas) ▹Téslon ou aguilhão: injeção de veneno (cauda dos escorpiões) → Reprodução: sexos separados, fecundação interna e desenvolvimento direto; dimorfismo sexual (femeas maiores) ▹Macho maduro fabrica saquinho de seda, deposita espermatozoides e introduz no poro genital da femea adulta com auxílio dos pedipalpos ▹Algumas femeas carregam pacotes (oostecas) de ovos nas costas e outras depositam na teia ou em ramos de arvores Crustáceos → Representantes: lagostas, camarões, siris e caranguejos → Exoesqueleto de carbonato de cálcio, formando uma crosta → Habitat: ambiente aquático ou terrestre úmido → Apêndices bifurcados: captura e manipulação de alimento e locomoção → Cefalotórax ou prossomo: região anterior ▹Dois pares de antenas: tato, olfato e gosto (órgãos sensoriais) ▹Par de mandíbulas e dois pares de maxilas: mastigação ▹Par de olhos compostos: formados por omatídeos ▹Pernas: partem apenas do cefalotórax nos siris e caranguejos → Abdome ou opistossomo: região posterior ▹Pernas: partem do cefalotórax e do abdome nos camarões → Reprodução: maioria dioica, fecundação cruzada e desenvolvimento indireto; pode haver desenvolvimento direto e fecundação interna ▹Macho introduz pacotes de espermatozoides no poro genital da femea ▹Femea elimina óvulos, que são fecundados na superfície do corpo ▹Eclosão da larva; pode existir mais de um tipo larval no mesmo ciclo Insetos → Representantes: gafanhotos, besouros, baratas, abelhas e borboletas → Habitat: principalmente terrestre → Cabeça: ▹Par de antenas: sensibilidade química e mecânica ▹Par de olhos compostos e três olhos simples ▹Par de mandíbulas: apêndices bucais → Tórax: ▹Par de patas articuladas por segmento (total de três pares) ▹Dois pares de asas, um posterior e outro anterior (maioria) ▹Élitros: asas anteriores modificadas; são rígidas e protegem as asas posteriores, membranosas e responsáveis pelo voo (besouros) ▹Algumas espécies apresentam perda secundaria das asas associada a vida ectoparasita (piolhos e pulgas) e a vida subterrânea (formigas) → Abdome: estigmas (penetração do ar), abertura genital e abertura anal → Reprodução: sexos separados, fecundação interna e ovíparos ▹Ametábolos: desenvolvimento direto, sem metamorfose; do ovo eclode um jovem que, através de mudas, atinge a fase adulta (traça-dos-livros) ▹Hemimetábolo: desenvolvimento indireto, com metamorfose gradual ou incompleta; do ovo eclode a ninfa, semelhante ao adulto (imago), mas sem asas desenvolvidas (barata, percevejo e gafanhoto) ▹Holometábolo: desenvolvimento indireto, com metamorfose completa; do ovo eclode uma larva que entra no estágio de pupa, fica protegida por um casulo, sofre metamorfose e transforma-se na imago, que emerge do casulo (moscas, pulgas e borboletas); alguns tem fase larval aquática, como os vetores da filariose (Culex), malária (Anopheles) e dengue e febre amarela (Aedes aegypti) → Importância: polinização de angiospermas, parasitas de animais e vetores de doenças e pragas vegetais, reduzindo a produção agrícola Miriápodes → Corpo alongado dividido em cabeça e tronco multissegmentado, um par de antenas, olhos simples, muitas pernas articuladas e sem asas → Habitat: ambiente terrestre → Reprodução: sexos separados, fecundação interna e desenvolvimento direto ou indireto → Quilópodes (centopeia ou lacraia): par de pernas por segmento ▹Predadores carnívoros: o primeiro par de pernas é modificado em forcípulas que eliminam veneno para imobilizar as presas → Diplópodes (piolhos-de-cobra ou milípedes): dois pares de pernas por segmento ▹Herbívoros ou detritívoros Equinodermos Características gerais → Triblásticos, enterocelomados, deuterostomios → Habitat: ambiente marinho; habitam o fundo do mar, fixos ou rastejando sobre o substrato (hábitos bentônicos) → Simetria primaria bilateral (larva) e secundaria pentarradial (adulto) → Alta capacidade de regeneração Estrutura → Endoesqueleto calcário → Espinhos: podem participar da locomoção (ouriço- do-mar) → Pedicelárias: removem detritos e fragmentos através de um pedúnculo com peças que se articulam como uma pinça → Pápulas ou brânquias dérmicas:projeções da parede do celoma para excreção e trocas gasosas Órgãos e sistemas → Sistema digestório: ▹Estrelas-do-mar e ouriço-do-mar: boca (região oral) e anus (região aboral) opostos ▹Pepinos-do-mar: intestino abre-se em uma bolsa para o exterior do corpo através de uma cloaca → Sistema ambulacrário, hidrovascular ou vascular aquífero: locomoção, fixação e captura de alimentos, além de auxiliar na respiração e excreção ▹Água penetra pela placa madrepórica, passa para o canal pétreo ou hidróforo e chega ao canal circular ou anel ambulacrário, onde é distribuída pelos canais radiais as ampolas e pés ambulacrários ▹Cílios: promovem a movimentação da água nos canais ▹Pés ambulacrários: adesão ao substrato, locomoção, captura e manuseio de alimento ▹Locomoção: ampolas contraem e empurram água para os pés ambulacrários, que se alongam e fixam ao substrato; os pés contraem e empurram a água para a ampola, que se distende, e os pés retraem-se → Sistema respiratório: brânquias pequenas (ouriços), papilas respiratórias (estrelas) ou arvores respiratórias (holotúrias); trocas gasosas auxiliadas pelo sistema hidrovascular → Excreção: através das brânquias e pelo sistema hidrovascular → Sistema nervoso: pouco desenvolvido; cordoes paralelos aos canais ambulacrários, unidos a um anel nervoso que circunda a região bucal → Reprodução: dioicos, fecundação externa e desenvolvimento indireto ▹A eliminação de gametas na água por um animal estimula todos os outros que estão próximos a eliminarem seus óvulos e espermatozoides ▹Larvas natantes planctónicas: sofrem complexa metamorfose; agentes de dispersão das espécies, já que os adultos são sesseis ou sedentários Classificação → Asteroides: cinco braços que partem de um disco central, sem nítida separação entre eles (estrelas-do- mar) → Equinoides: corpo arredondado (ouriço-do-mar) ou achatado (bolacha-de-praia); cinco dentes calcáreos integrados a lanterna de Aristóteles, responsável por raspar alimento do substrato → Ofiuroides: cinco braços finos e ágeis partem do disco central com nítida separação entre eles (serpentes-do-mar ou estrelas-serpentes); não possuem anus e eliminam dejetos pela boca → Crinoides: apoiados ao substrato pela região aboral e anus deslocado próximo a boca (lírios-do-mar) → Holotúrias: alongado e espinhos reduzidos; possuem a arvore respiratória para trocas gasosas (pepinos-do- mar) ▹Evisceração: eliminam as vísceras pela cloaca, distraindo o predador, que as come; as vísceras se regeneram ▹Em alguns países orientais, são usados como alimento Cordados Embriologia → Mesoderme: origina a notocorda na linha mediana dorsal (bastonete gelatinoso, flexível, resistente e incompressível) = sustentação, definição do eixo (simetria bilateral) e base de formação do esqueleto axial → Ectoderme: origina o sistema nervoso dorsal (tubo nervoso oco) → Endoderme: origina o tubo digestório → Cordados cranianos: crânio protege o tubo neural ▹Vertebrados: tubo neural origina o encéfalo; a notocorda desaparece total ou parcialmente e é substituída pela coluna vertebral Características gerais → Simetria bilateral, deuterostomios e enterocelomados → Miótomos: blocos musculares dispostos metamericamente; sofrem contração alternada, de um lado e de outro, realizando movimento lateral → Fendas branquiais: aberturas nas laterais da faringe embrionária ▹Cordados de respiração branquial: relacionado a origem das brânquias ▹Cordados de respiração pulmonar: presentes apenas no embrião → Cauda pós anal ❋ Protocordados: urocordados e cefalocordados = acrânia (sem crânio), invertebrados (sem vertebras) e exclusivamente marinhos Urocordados → Representantes: ascídios → Habitat: ambiente marinho (águas rasas) ▹Hábitos: sesseis ou flutuantes, solitários ou em colônias → Notocorda: região caudal das larvas → Perda da metameria nos adultos → Pedúnculo basal: prende o corpo a rochas ou outros substratos → Túnica: constituída por tunicina, resistente e reveste o corpo → Fendas branquiais: dentro do corpo na cavidade átrio ▹Hábito filtrador: obtenção de alimento através da circulação de água por ação dos cílios das fendas; a água entra pelo sifão bucal e chega à faringe ▹Endóstilo: ciliado e secreta muco na faringe; conduz partículas de alimento para o estomago ▹As fendas se abrem no átrio, que se comunica com o exterior pelo sifão atrial, por onde a água sai junto de excretas nitrogenadas e gametas → Hermafroditas, fecundação externa e desenvolvimento indireto ▹Gametas liberados na água, ocorre fecundação e forma-se larva livre-natante; após vida planctônica, fixa- se ao substrato e a cauda e a notocorda desaparecem ▹Reprodução assexuada: brotamento Cefalocordados → Representantes: anfioxos ▹Ambas as extremidades pontiagudas e sem cabeça diferenciada → Notocorda: se estende da cauda até a extremidade da região cefálica → Metameria continua presente nos adultos → Habitat: ambiente marinho (águas rasas) → Semienterrados: corpo enterrado na areia e a região anterior de fora → Ondulação lateral do corpo: natação resultante da contração alternada dos miótomos; durante curtos períodos ▹Dobras na pele (dorsal, caudal e ventral): com reforços de tecido conjuntivo; semelhança superficial a nadadeira dos peixes → Fendas branquiais: dentro do corpo na cavidade átrio ▹Hábito filtrador: obtenção de alimento através da circulação de água por ação dos cílios das fendas; a água entra pela boca e sai pelo atrióporo ▹Endóstilo: ciliado e secreta muco na faringe; conduz partículas de alimento para o estomago → Dioicos, fecundação externa e desenvolvimento indireto ▹A água que sai do atrióporo pode carregar gametas Craniados → Representantes: peixes, anfíbios, repteis, aves e mamíferos → Habitat: ambiente aquático, terrestre e aéreo → Metameria continua presente nos adultos → Endoesqueleto cartilaginoso/ósseo: sustenta e protege órgãos internos ▹Coluna vertebral (suporte axial do corpo) e crânio (protege o encéfalo) → Pele formada por duas camadas: ▹Epiderme: mais externa e multiestratificada (várias camadas de células) ▹Derme: mais interna e rica em vasos sanguíneos e estruturas sensoriais ❋ Membranas extraembrionárias: → Saco vitelino ou vitelínico: bolsa que abriga o vitelo, ligada ao intestino e responsável pela nutrição do embrião ▹Peixes, repteis, aves e mamíferos ovíparos: bem desenvolvida ▹Mamíferos vivíparos: reduzido, já que são pobres em vitelo; não tem significado no processo de nutrição do embrião, papel da placenta ▹Anfíbios: ovos ricos em vitelo, mas não há saco vitelino; vitelo encontra-se dentro de células grandes não envoltas por membrana própria → Âmnio e córion: ▹Âmnio ou âmnion: envolve todo o embrião; delimita a cavidade amniótica, que contêm o líquido amniótico, com função de proteger o embrião contra choques mecânicos e dessecamento ▹Córion, cório ou serosa: envolve o embrião e todas as membranas extraembrionárias; responsável pelas trocas gasosas → Alantoide: ▹Repteis ovíparos e aves: armazena excreta nitrogenada e participa das trocas gasosas junto ao córion ▹Mamíferos não ovíparos: alantoide reduzida e substituída pela placenta → Evolução: ▹Anamnióticos: peixes e anfíbios; possuem apenas o saco vitelínico ▹Amnióticos: demais vertebrados; possuem todas as membranas Ágnatos ou ciclostomados → Craniados sem maxila e com boca circular → Cabeça não diferenciada e crânio rudimentar → Nadadeiras: pouco desenvolvidas e ímpares (dorsal, caudal e anal); não tem grande papel na natação, geralmente feita por ondulações do corpo → Notocorda perdura por toda a vida → Feiticeiras (Myxinoidea): ▹Habitat: ambiente marinho ▹Alimentação: carnívoras; boca rodeada de seis tentáculos, reduzida e com dentes pequenos para arrancar pedaços do corpo da presa ▹Fendas faringianas: originamas brânquias, relacionadas a respiração em ambiente aquático → Lampreias (Petromyzontoidea): ▹Habitat: água doce e salgada ▹Alimentação: ectoparasitas de peixes, golfinhos e baleias; boca com numerosos dentes córneos para se fixar na pele dos animais e língua com dentículos córneos para dilacerar a pele da vítima Gnatostomados → Maxilas: permite aos peixes primitivos arrancar grandes pedaços de algas e animais de maior porte → Nadadeiras pares: par peitoral e par pélvico; deslocamento com rapidez e agilidade, capturando presas com eficiência → Nadadeira caudal: aumenta a área da cauda e a propulsão do corpo Peixes → Sistema circulatório: fechado, simples, completo e coração com duas cavidades (átrio e ventrículo) → Sistema excretor: rins mesonefros; condrictes-ureia e osteíctes-amônia → Sistema nervoso: encéfalo e medula, com 10 pares de nervos cranianos → Sistema digestório: completo ▹Condrictes: termina em cloaca e com válvula espiral (tiflossole) no intestino para aumentar a superfície de absorção ▹Osteíctes: termina em anus e sem válvula espiral → Linha lateral: longitudinalmente nos dois lados do corpo; poros e tubos superficiais se comunicam com a água e células mecanorreceptoras, que percebem vibrações na água e transmitem para as células nervosas → Pecilotérmicos: temperatura corporal varia com o ambiente → Ectotérmicos (maioria): aquecem o corpo por fontes externas de calor Condrictes → Maxilas e nadadeiras pares → Endoesqueleto cartilaginoso → Mecanismos sensoriais: percepção da presença de presas distantes ▹Narinas de fundo cego: células quimiorreceptoras percebem odor ▹Ampolas de Lorenzini (eletrorreceptores): poros e tubos cheios de muco comunicam células sensoriais com a água → Holocéfalos: quimeras ▹Habitat: águas oceânicas frias ▹5 pares de fendas branquiais protegidas por opérculo membranoso ▹Cauda longa e flexível, olhos grandes e sem escamas → Elasmobranquios ou seláquios: raias e tubarões ▹Boca ventral e transversal: dentes pontiagudos e em fileiras ▹5 pares de fendas branquiais descobertas ▹Placoides: escamas dermoepidérmicas formadas por espinho e placa basal; a forma e disposição reduzem a turbulência da água e aumentam a eficiência do nado ▹Alto teor de gordura no fígado reduz a densidade do animal em relação ao meio aquático e regula a flutuabilidade ▹Sexos separados, dimorfismo sexual, fecundação interna e desenvolvimento direto (ovíparos, ovovivíparos ou vivíparos) ‣ Clásper (órgão copulador do macho) introduzido no corpo da femea, liberando o esperma Osteíctes → Endoesqueleto ósseo e boca anterior → 4 pares de brânquias protegidas por opérculo ósseo → Bexiga natatória: controle da flutuabilidade; aumentam o volume de gás em profundidades maiores e reduzem em profundidades menores ▹Fisóstomos: águas pouco profundas; bexiga natatória ligada a faringe por um ducto pneumático (engolem ar para encher a bexiga e soltam-no pela boca para esvaziá-la) ▹Fisóclistos: diferentes profundidades; sem ligação entre bexiga e faringe; a glândula de gás remove o gás do sangue e o transfere para a bexiga e a glândula oval remove o gás da bexiga e o transfere para o sangue → Escamas dérmicas (cicloide, ctenoide ou ganoide) ou sem escamas → Reprodução: sexos separados, fecundação externa e desenvolvimento indireto, com larva alevino → Actinopterígeos: sardinha, salmão, baiacu, linguado ▹Nadadeiras ósseas sustentadas por raios ▹Principalmente ovíparos, com poucas espécies vivíparas → Sarcopterígios: actinísteos e dipnoicos ▹Nadadeiras carnosas/musculosas sustentadas por ossos deram origem aos membros anteriores e posteriores dos tetrápodes ▹Supostos ancestrais dos vertebrados terrestres ▹Actinísteos: latimérias; vivíparos ▹Dipnoicos: peixes pulmonados e com narinas comunicadas com a faringe pela cóana; são ovíparos Osmorregulação → Peixes cartilaginosos: ▹Uremia fisiológica: acúmulo de ureia no sangue, tornando a concentração próxima da do mar (peixe praticamente isotônico ao meio) → Peixes ósseos marinhos: ▹Hipotônicos em relação a água do mar: perdem água por osmose ▹Osmorregulacao: ingestão de muita água, produção de urina muito concentrada e eliminação do excesso de sais pelas brânquias → Peixes ósseos dulcícolas: ▹Hipertônicos em relação a água do mar: ganham água por osmose ▹Osmorregulacao: pouca ingestão de água, urina bastante diluída e absorção de sais pelas brânquias Anfíbios → Primeiros vertebrados a conquistarem o ambiente terrestre → Passam uma fase da vida na água e outra na terra Características gerais → Pecilotérmicos: temperatura varia com o ambiente → Ectotérmicos: aquecem o corpo por fontes externas de calor e possuem mecanismos termorreguladores → Respiração: branquial nas larvas e pulmonar, cutânea ou bucofaringea nos adultos → Sistema digestório: completo terminando em cloaca ▹Predadores: língua presa na frente da abertura bucal e lançada para fora na captura; o inseto fica aderido na ponta viscosa e a língua é recolhida → Sistema excretor: rins mesonéfrons; secretam amônia na fase larval e ureia na fase adulta → Circulação: dupla, fechada e incompleta; mistura do sangue venoso com o arterial no coração, que apresenta dois átrios e um ventrículo → Sistema nervoso: encéfalo e medula, com 10 pares de nervos cranianos → Locomoção: quatro patas (tetrápodes); exceção de ceclídeos (ápodos) → Pele: delgada e sem estruturas que impeçam a perda de água ▹Rica em glândulas mucosas, que mantem a pele úmida e permeável ▹Extremamente irrigada, constituindo importante superfície respiratória ▹Queratina: proteína insolúvel nas células mais externas da epiderme, que morrem e são constantemente repostas (resistência da pele ao desgaste) → Olhos: adaptações para visões diurna e noturna, distinguem cores e são protegidos por pálpebras moveis e lubrificados por glândulas lacrimais → Cordas vocais: machos de anuros possuem caixas ou sacos vocais que amplificam os sons (coaxar) para atrair fêmeas para o acasalamento; também existem sons de advertência usados em situações de perigo → Defesa: com glândulas de veneno na pele; quando são comprimidas, liberam um veneno com sabor desagradável e efeito toxico ▹Coloração de advertência ou aposemática: pele com colorido acentuado como forma de alerta aos predadores ▹Glândulas parotoides (certos sapos e salamandras): par de estruturas com concentração de glândulas de veneno Gymnophiona ou Ápoda → Representantes: boiacicas, cecilias ou cobras-cegas ▹Apodes: sem pernas; enterrados ou em ambientes aquáticos tropicais ▹Corpo alongado e vermiforme ▹Olhos vestigiais, as vezes cobertos por uma membrana ▹Fecundação interna: macho introduz órgão copulador na cloaca (fêmea) ▹Desenvolvimento: indireto (fêmea deposita ovos de onde eclodem larvas que sofrem metamorfose e originam os adultos) ou direto (embrião se desenvolve dentro do oviduto da fêmea e o individuo nasce formado) Caudata ou Urodela → Representantes: salamandras → Corpo alongado, com cauda e quatro membros usados na locomoção ▹Algumas retem características das larvas no adulto, vivendo toda a vida no ambiente aquático e respirando por brânquias externas → Fecundação interna: macho deposita o espermatóforo (pacote de espermatozoides) sob o corpo da fêmea, segura-a com a cauda e, com auxílio das pernas, empurra o espermatóforo para dentro fêmea ▹Desenvolvimento indireto: fêmea deposita ovos próximo ou dentro da água; eclodem larvas que sofrem metamorfose e originam o adulto Anura → Representantes: ▹Sapos: pernas curtas ▹Rãs: pernas longas e membranas interdigitais que auxiliam na natação ▹Pererecas: ventosas nos dedos para escalar superfícies lisas → Sem cauda e com corpo adaptado ao salto (membros posteriores mais alongados que os anteriores para impulsionar o animal) → Corpo compacto,com coluna vertebral curta e rígida ▹Região pélvica reforçada e fortemente ligada a coluna vertebral ▹Vertebras posteriores fundidas, formando o urostilo, alongado e rígido de modo a restringir movimentos laterais → Reprodução: padrão comum ▹Fecundação externa: macho abraça a fêmea (amplexo) com as pernas anteriores até ela eliminar os gametas, quando, então, ele elimina os espermatozoides na água ou próximo a água ▹Desenvolvimento indireto: ovos se desenvolvem na água e formam a larva aquática girino ▹Durante o amplexo, algumas espécies transformam a secreção da femea em espuma, com a qual formam um ninho para depositar os ovos ▹Metamorfose: girino perde as brânquias externas; o anfíbio com a forma de adulto é terrestre e respira por pulmões e através da pele Repteis Características gerais → Locomoção: membros locomotores de forma quase horizontal obriga o animal a praticamente arrastar a face ventral do corpo no chão → Pele: seca, sem glândulas mucosas e com escamas epidérmicas ou placas córneas e epiderme coberta por queratina (deixa de ser permeável = resistência a dessecação) → Respiração: pulmonar (pulmões bem desenvolvidos) → Pecilotérmicos: temperatura varia com o ambiente → Ectotérmicos: aquecem o corpo por fontes externas de calor e possuem mecanismos termorreguladores → Sistema digestório: completo e terminado em cloaca ▹Dentição: homodonte, ou seja, dentes semelhantes → Circulação: dupla, fechada e incompleta (coração com dois átrios e um ventrículo) apesar de, nos crocodilianos, aparecer um coração tetracavitário (dois átrios e dois ventrículos) e circulação completa → Excreção: rins metanéfrons (ácido úrico) → Sistema nervoso: encéfalo, medula e 12 pares de nervos cranianos → Reprodução: sexuada ▹Ovo amniótico revestido por casca pergaminácea ou calcárea porosa, que isola o embrião do meio externo sem prejudicar as trocas gasosas ▹Desenvolvimento direto: do ovo eclode um jovem ▹Fecundação interna: espermatozoide fecunda o ovócito nas porções mais internas do oviduto da femea; a casca é formada na porção terminal do oviduto, sendo assim, depois de sua formação, não ocorre fecundação ▹A maioria dos repteis é ovípara, mas existem ovovivíparos Testudinia ou Chelonia → Representantes: tartarugas (marinhas e água doce), cágados (água doce) e jabutis (terrestres) → Proteção: placas ósseas dérmicas fundidas em uma carapaça dorsal e recobertas por escudos córneos dérmicos; e um plastrão ventral rígido ▹Vertebras e costelas fundem-se às estruturas → Não possuem dentes, mas apresentam lâminas córneas para arrancar pedaços de alimentos Lepidosauria → Escamas epidérmicas que sofrem mudas: a parte externa da epiderme, rica em substâncias córneas, é abandonada ▹Cascavéis: retem mudas na extremidade da cauda, originando o guizo típico (o número de botões corresponde ao número de mudas) → Sphenodontia: tuataras → Squamata: lagartos, iguanas, camaleões, serpentes e anfisbenas ▹Língua longa e extremidade bífida; fora da boca constantemente para receber estímulos do meio ▹Automia: mecanismo de fuga em largatixas, certos lagartos e iguanas; abandonam parte da cauda para enganar o predador e fugir; a parte perdida é regenerada ▹Cobras-de-vidro: lagartos ápodes (membros vestigiais ou ausentes); boca pequena, só conseguindo ingerir presas relativamente pequenas ▹Anfisbenas (cobras-de-duas-cabeças): sem pernas ou com pernas vestigiais e olhos reduzidos ou ausentes Serpentes → Sem pernas, corpo muito alongado e modificações anatômicas internas → Especializações morfológicas permitem engolir presas maiores que o diâmetro do próprio corpo → Fosseta loreal: órgão que percebe o calor de um animal (presa) → Estratégias para captura de presas: ▹Constrição (jiboias, sucuris e pítons): se enrolam nas presas, matando-as ▹Veneno: produzido por glândulas no maxilar superior e introduzido no através da mordida (podem estar associadas a dentes inoculadores) → Classificação: ▹Áglifa (jiboias e sucuris): sem dentes inoculadores e todos os dentes são iguais ▹Proteróglifa (corais-verdadeiras): dentes inoculadores na região anterior da boca; o veneno escorre por um sulco ▹Opistóglifa (cobras-cipó, muçuranas e falsas-corais): dentes inoculadores na região posterior da boca; o veneno escorre por um sulco ▹Solenóglifa (cascavéis): dentes inoculadores grandes, anteriores e moveis; veneno escorre por um um canal interno Archosauria → Representantes: crocodilos, repteis fosseis voadores (pterossauros), dinossauros (fosseis) e aves → Crocodylia (crocodilianos): escamas, placas córneas epidérmicas e placas ósseas dérmicas; são semiaquáticos e ovíparos ▹Crocodilos: água doce, mar e águas salobras; focinho mais estreito e, mesmo com a boca fechada, é possível ver os dentes superiores e inferiores (destaque para o quarto dente inferior de cada lado da maxila) ▹Jacarés: água doce; focinho mais largo e, quando estão com a boca fechada, é possível ver os dentes superiores e, raramente, alguns inferiores (nunca o quarto dente inferior) ▹Gaviais: focinho bem estreito e longo; apenas nos rios da índia Aves Fisiologia → Sistema digestório: completo e intestino terminando em cloaca ▹Bico: captura e manipulação de alimentos (desprovido de dentes) ▹Papo: armazena o alimento, além de amolecer e umedecer ▹Proventrículo: enzimas digestivas ▹Moela: trituração do alimento que é misturado com sucos digestivos ▹Cloaca: saída de resíduos, excretas nitrogenadas e ovos → Sistema excretor: rins excretam ácido úrico (excreta nitrogenada) → Sistema circulatório: fechado, duplo e completo; coração com 2 átrios e 2 ventrículos e não ocorre mistura do sangue venoso com o arterial → Sistema respiratório: respiração pulmonar; há sacos aéreos conectados ao pulmão, que atuam amplificando o fluxo de ar → Sistema sensorial: visão e audição bem desenvolvidas, mas olfato e paladar pouco avançados → Siringe: aparelho fonador (emissão de sons) na traqueia → Glândula uropigiana: na região posterior (caudal); secreta substância oleosa que é retirada com o bico e espalhada sobre as penas, mantendo-as flexíveis e impermeáveis (a pele é seca e sem glândulas) ▹Facilita a flutuação, impermeabiliza as penas e diminui as perdas de calor → Reprodução: fecundação interna, ovíparos e desenvolvimento direto ▹Fecundação interna: na maioria, o pênis é reduzido ou perdido e a reprodução ocorre por meio da cloaca Adaptações ao voo → Penas: regula a temperatura corporal, auxilia no plano de voo, protege contra choques mecânicos e impermeabiliza a pele ▹Homeotérmicos: dependem da produção de calor pelo metabolismo para elevar a temperatura ▹Endotérmicos: mantem a temperatura constante, independente do meio → Oviparidade: evita o aumento do peso da fêmea, que dificultaria o voo → Ácido úrico: não precisa de água para ser armazenado → Asas: transformação dos membros anteriores; forma aerodinâmica → Músculos peitorais desenvolvidos: garantem a movimentação das asas → Ossos pneumáticos: ocos, delicados e pouco densos; cavidades preenchidas de ar ajudam na redução do peso ▹Corpo compacto: redução e fusão dos ossos; cauda reduzida e as cinturas escapular e pélvica fundidas a coluna vertebral → Sacos aéreos: cheios de ar, localizam-se entre os órgãos e facilitam o voo, pois o ar quente é menos denso que o ar frio; além disso, o corpo permanece preenchido por ar ao invés de líquidos e mantem quantidade boa de oxigênio no corpo (precisam de energia para o voo) → Ausência de bexiga urinaria e dentes e gônadas reduzidas (↓ peso) → Glândula de sal: libera, por transporte ativo, o excesso de sais → Quilha ou carena: projeção anterior do osso esterno; nela se prendem músculos peitorais responsáveis pelo batimento das asas (os pequenos peitorais as levantam e os grandes peitorais as abaixam) ▹Carenadas:presença da quilha e são voadoras ▹Ratitas: ausência da quilha e asas reduzidas ou ausentes → Importância do voo: ▹Exploração de diversos ambientes ▹Fuga de predadores ▹Busca por novas fontes de alimento ▹Aumento do campo visual ▹Migrações quando as condições ambientais são desfavoráveis ▹Evita grande competição entre aves, que dominam o ar, e os mamíferos, que dominam a terra Mamíferos Características gerais → Homeotérmicos: dependem da produção de calor pelo metabolismo para elevar a temperatura → Endotérmicos: mantem a temperatura constante, independente do meio → Habitat: terrestre (maioria), aquático (golfinhos e baleias) e adaptadas ao voo (morcego) → Estruturas epidérmicas: ▹Glândulas mamarias: funcionais nas fêmeas, que produzem o leite ▹Pelos: cobrem o corpo e protegem contra a perda de calor ▹Glândulas sebáceas: secreção oleosa que lubrifica os pelos e a pele ▹Glândulas sudoríparas: o suor é importante para a regulação térmica ▹Glândulas odoríferas: secreções semi-viscosas mensageiras de odor → Panículo adiposo: reserva energética e isolante térmico sob a pele → Sistema circulatório: fechado, duplo e completo; coração com 2 átrios e 2 ventrículos e não ocorre mistura do sangue venoso com o arterial → Sistema excretor: excretam ureia através dos rins metanéfros → Respiração: pulmonar com musculo auxiliar (diafragma) → Sistema digestório: completo e terminando em anus, com exceção dos monotremados, terminado em cloaca; possuem dentes especializados ▹Herbívoros: tubo digestório longo, já que vegetais são de difícil digestão; redução ou perda dos caninos e pré-molares e molares desenvolvidos ▹Carnívoros: tubo digestório curto, já que a carne é digerida mais facilmente; caninos desenvolvidos, pré- molares e molares usados para cortar a carne e tecidos das presas ▹Onívoros: intestino atinge comprimento intermediário → Locomoção: quatro membros, com exceção dos sirênios (marinhos herbívoros) e cetáceos (baleias, botos e golfinhos), com dois membros → Reprodução: sexuada, fecundação interna e desenvolvimento direto ▹Fêmeas produzem leite e alimentam os filhotes após o nascimento Mutualismo com bactérias → Cangurus, ratos e coelhos: herbívoros que digerem a celulose por ação de bactérias; os microrganismos ganham um ambiente favorável a sobrevivência e alimento, e os animais o produto da digestão da celulose → Bois e bodes: mamíferos ruminantes que digerem a celulose por ação de bactérias associadas ao estomago, que é grande e subdividido ▹Plantas ingeridas são amassadas pela musculatura do estomago e a celulose é digerida pelas bactérias ▹Alimento ruminado: volta a boca, onde é mastigado e deglutido ▹Alimento bem triturado é digerido parcialmente por enzimas produzidas pelo estomago e encaminhado para o intestino Prototérios ou monotremados → Representantes: ornitorrinco e equidna → Ovíparos: botam ovos e ausência de placenta → Ausência de mamilos: filhotes mamam o leite que escorre das glândulas mamarias entre os pelos do corpo Metatérios ou marsupiais → Representantes: canguru, gambá, coala e cuíca → Vivíparos: embriões passam um curto período de gestação no útero da femea e nascem sem estar completamente formados; entram no marsúpio da mãe e completam o desenvolvimento alimentando-se do leite ▹Placenta reduzida ou ausente Eutérios → Vivíparos: longo período de gestação e filhotes nascem formados ▹Placentários: a placenta é o órgão responsável pela troca de substâncias por difusão entre a mãe e o filhote (filhote recebe nutrientes e gás oxigênio e passa para a mãe excretas nitrogenadas e gás carbônico); tem origem no córion e no âmnio → Representantes: cachorro, leão, urso, gato, morcego, baleia, golfinho, elefante, macaco, ser humano... Dentição → São heterodontes: apresentam 3 tipos de dentes (funções distintas) ▹Incisivos: prendem e cortam os alimentos ▹Caninos: rasgam os alimentos ▹Molares: trituram e moem os alimentos Adaptações → Hibernação: organismo num estado de torpor/letargia em períodos de inverno em que o alimento é escasso/indisponível ▹Acúmulo de reservas de nutrientes na forma de tecido adiposo ▹Redução drástica do metabolismo ▹Abrigado do frio e da maioria dos predadores ▹Sem necessidade de migração → Mamíferos aquáticos: ▹Membros anteriores transformados em nadadeiras/remos e perda dos membros posteriores ▹Perda da maior parte da pelagem do corpo ▹Tecido adiposo espesso para evitar a perda de calor ▹Maior capacidade de permanecer submerso na água ▹Redução da frequência respiratória e do metabolismo ▹Reprodução dentro da água Relações ecológicas → Relações harmônicas: quando os participantes não sofrem prejuízo → Relações desarmônicas: o beneficio de um participante leva ao prejuízo do outro → Relações interespecíficas: entre seres de espécies diferentes → Relações intraespecíficas: entre seres de mesma espécie Relações intraespecíficas harmônicas → Sociedades: divisão de trabalho (formigas, cupins e abelhas) → Colonias: ligação anatômica (algas filamentosas, estafilococos e corais) Relações interespecíficas harmônicas → Mutualismo: associação entre indivíduos que não podem viver separadamente; há troca de benefícios entre as espécies ▹Ex: liquens, micorrizas, plantas leguminosas e bactérias fixadoras de nitrogênio, insetos e protozoários, ruminantes e bactérias → Protocooperação ou mutualismo facultativo: benefícios para ambas espécies, mas não exigem a presença permanente uma da outra ▹Ex: anêmona e paguro → Comensalismo: apenas um individuo é beneficiado, sendo indiferente para o outro. Individuo; envolve a busca por alimento ▹Entamoeba coli vive no intestino humano e obtém proteção e restos alimentares, mas não prejudica nem beneficia o homem ▹Remoras (peixes-piolhos): se fixam na pele de tubarões, obtendo um meio de transporte e restos alimentares ▹Hienas: se alimentam de sobras deixadas por felinos → Inquilinismo: organismo obtém abrigo e proteção no corpo de outro ▹Epifitismo: orquídeas e bromélias vivem sobre os galhos das arvores a fim de obter mais luz → Foresia: um ser transporta o outro ▹Cracas (fixas) se instalam nas conchas de moluscos (moveis) Relações intraespecíficas desarmônicas → Canibalismo: organismos se alimentam de outros da mesma espécies → Competição intraespecífica: indivíduos lutam por marcação de território, busca de alimentos ou abrigo; relação desfavorável para os dois indivíduos, já que ambos se desgastam, mas positiva para a sobrevivência da espécie, pois controla a população Relações interespecíficas desarmônicas → Predatismo: uma das espécies mata a outra para se alimentar ▹ Mimetismo batesiano: semelhança entre uma espécie inofensiva e palatável (mimico) com uma espécie ofensiva e impalatável (modelo) de modo com outra espécie (predador) é enganada pela similaridade e evita atacar o mimico ▹ Mimetismo mulleriano: ambas as espécies são impalatáveis ao predador e ganham mutualmente por terem a mesma coloração de aviso → Parasitismo: uma espécie, geralmente menor, vive sobre ou dentro de outra, alimentando-se dela, sem estar com o intuito de mata-la ▹ Ectoparasitas: se encontra fora do hospedeiro (piolho e carrapatos) ▹ Endoparasitas: se encontra no interior do hospedeiro (tênias, bactérias, fungos, protozoários) → Competição: disputa do alimento, espaço, luz, etc. → Amensalismo: indivíduos de uma espécie eliminam substancias no meio que prejudicam ou inibem o crescimento ou reprodução de outras espécies; uma espécie é prejudicada enquanto a outra não obtém benefícios nem prejuízos (maré vermelha) → Esclavangismo e sinfilia: a espécie esclavangista se aproveita do trabalho, do alimento e outras atividades realizadas por outra espécie
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