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Imunologia Imunização Ativa: Ocorre após o contato com um antígeno ou agente infeccioso, seja por uma infecção natural ou induzida pela vacinação. O antígeno ativa o sistema imunológico do individuo para que ele comece a produzir uma resposta imunológica, com formação de anticorpos e células de memória. Essa resposta não ocorre de forma imediata, sendo necessário alguns dias para uma resposta imune bem sucedida, que geram imunidade que podem durar a vida toda. Imunização Passiva: Transfere-se para o indivíduo os anticorpos contra antígenos ou agentes infecciosos específicos. Ao contrário da imunização ativa, a imunidade passiva é imediata, ou seja, administram-se anticorpos prontos, que conferem a imunidade prontamente. Porém, por não haver o reconhecimento do antígeno, não ocorre a ativação de célula de memória. Algumas semanas após, o nível de anticorpos diminui, o que dá a esse tipo de imunidade um caráter temporário. @FLAVMORENO AULA 01 No experimento observamos que o coelho “A” foi vacinado com o toxóide tetânico, e que algumas semanas depois foi colhido o soro deste animal. O soro de “A” é transfundido a um segundo coelho, “B”, e um terceiro coelho, “C”, não recebeu a transfusão de soro. Os animais “B” e “C” são inoculados com a toxina tetânica na sua forma ativa (não o toxóide tetânico, que é a toxina inativada). O resultado é que o coelho “B”, que recebeu o soro contendo os anticorpos sobreviveu, e o coelho “C” morreu. Pode ser traduzido como próprio / não próprio. Está relacionado a diferenciação que organismo faz frente a uma determinada molécula, para entender se essa molécula é um constituinte natural daquele organismo ou é uma molécula pela qual as células do sistema imunológico devem começar uma resposta imune (antígeno) Mecanismo inerente ao fato de lidar e conviver com o que é próprio do organismo, sem que haja algum tipo de resposta contra suas células selfs, ou seja, criando uma tolerância. Com as doenças autoimunes ocorre alguns desequilíbrios nesse processo de tolerância, tendo a presença de alguns tipos celulares que se tornam células autoreativas e passam a não entender o que é próprio e não próprio, fazendo com que criem uma reação e resposta imunológica contra as células próprias (self). Os antígenos são moléculas desconhecidas no organismo, que tem a capacidade de ativar o sistema imunológico, ou seja, são imunogênicos e induzem a produção de anticorpos, que por sua vez, atuam ligando-se aos antígenos, de modo a garantir sua destruição ou inativação. @IASMIMBARRETO_ são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue, responsáveis pelo reconhecimento e destruição de micro-organismos infecciosos como bactérias e vírus. Linfócitos B: Tipo celular originado na medula óssea e que produz anticorpos. Esses linfócitos são responsáveis pela imunidade humoral Linfócitos T: Tipo celular que participa da resposta imune adaptativa mediada por células. Estas células são originadas na medula óssea e amadurecem no timo (órgão linfóide) Está relacionado as células que constituem a resposta imune, sejam elas caracterizadas dentro da imunidade inata ou dentro da imunidade adaptativa Está relacionado a porção acelular, é constituída e caracterizada por moléculas que fazem parte de processo de resposta imune. Está relacionada com os anticorpos, que são produzidos pela imunidade adaptativa pelos Linfócitos B e outras moléc. presentes na reação A imunidade inata consiste na primeira linha de defesa do organismo quando este for invadido por um determinado agente estranho, em geral, infeccioso. Ela é caraterizada por ser uma resposta rápida, que ocorre em minutos da entrada do antígeno no organismo. são as demais células, com exceção dos linfócitos B e T. Processo de resposta vai demandar um tempo maior (dias), pois é necessário uma célula da imunidade inata ativada, para ativar o linfócito, então todo o processo de resposta se inicia com a célula da imunidade inata, que vão fazer a apresentação do antígeno aos linfócitos. Possuem especificidade antigênica refinada, com repertório imunológico amplo e é capaz de desenvolver memória imunológica. A molécula MHC (Complexo Principal de Histocompatibilidade) estão presente em todas as células eucariotas e é considerada uma molécula marcador de próprio, ou seja, as células do sistema imune identificam a presença do MHC em outras células e entendem que essas células devem ser toleradas. Essas moléculas também estão relacionadas no processo de apresentação do antígeno A tolerância imunológica vai servir para Inativar ou eliminar linfócitos que expressam receptores de alta afinidade para autoantígenos, em que as células autoreativas podem ser encaminhadas para uma morte celular programada (apoptose) ou podem passar por um processo de se tornar uma célula anérgica (que não participa da resposta imune) Tolerância Central: Teste que ocorre a nível dos órgãos linfoides geradores, que são locais de geração e maturação das células do sistema imune, onde são testados os linfócitos imaturos (primários), para saber se eles são capazes de identificar o que é próprio e não próprio e verificar se possuem alguma afinidade de se tornarem células autoreativas. Tolerância Periférica: Um novo teste é realizado nos órgãos linfoides periféricos, porém nesse momento a autotolerância induzida é feita em linfócitos maduros (secundários) autorreativos nos sítios periféricos. As células da imunidade inata não possuem especificidade antigênica refinada, então seu repertório de reconhecimento antigênico é restrito, além de não desenvolver memória imunológica. Essa memória é atribuída as linfócitos (células da imunidade adaptativa). Elas possuem receptores de reconhecimento de padrão, ou seja, são capazes de reconhecer padrões moleculares, então se o patógeno sofre alguma alteração, ela já não mais o reconhece. @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ Características da Imunidade Inata e Adaptativa Inata Adaptativa Característica Resposta em minutos; não possui especificidade antigênica refinada; não desenvolve memória; repertório restrito. Resposta em dias; possui especificidade antigênica refinada; desenvolve memória imunológica; repertório amplo. Diversidade Limitada; reconhecimento de moléculas codificadas por genes herdados (da linhagem germinativa) Muito ampla; genes dos receptores são formados por recombinação somática de segmentos gênicos nos linfócitos Células Granulócitos, células NK, Macrófagos e células dendríticas Linfócitos T e B Moléculas Defensinas e Lisozimas Anticórpos A resposta Inata aos microrganismos fornece sinais primordiais que serão responsáveis por estimular as respostas imunes adaptativas. Em contrapartida, as respostas imunes adaptativas trabalham intensificando a mecanismos protetores da imunidade inata. As respostas imunes são reguladas por um sistema de alças de feedback positivo que amplificam a reação e por mecanismos de controle que previnem reações inapropriadas ou patológicas. Quando ativados, os linfócitos disparam mecanismos que aumentam ainda mais a magnitude da resposta. O sistema imune de cada indivíduo é capaz de reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos estranhos, mas normalmente não reage contra antígenos e tecidos do próprio indivíduo. Devido a capacidade de linfócitos e de outras células imunes circular pelos tecidos, a imunidade é sistêmica, ou seja, Isso significa que uma resposta imune iniciada em um local poderá conferir proteção em locais distantes. Há duas populações principais de linfócitos, denominadas linfócitos B e linfócitos T, os quais medeiam diferentes tipos de respostas imunes adaptativas Na Imunidade Inata e Adaptativa, existe Barreiras Celulares e Barreiras Químicas. Na Imunidade Inata essas barreiras são: Pele, epitélios de mucosa, moléculas antimicrobianas, células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), células dendríticas, mastócitos, células natural killer (células NK) e outras células linfoides inatas; e proteínas sanguíneas, incluindocomponentes do sistema complemento e outros mediadores da inflamação. Já na imunidade Adaptativa essas barreiras são: Linfócitos nos epitélios; anticorpos secretados nas superfícies epiteliais @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ O sistema linfoide incluem os órgãos linfoides primários e secundários. Os órgãos linfoides primários produzem os componentes celulares do sistema imunológico. Eles são: medula óssea, o timo e Bursa de Fabricius. Os órgãos linfoides secundários são os locais onde ocorrem as respostas imunológicas. Eles incluem: os linfonodos, o baço, MALT (tecido linfoide associado as mucosas), GALT (tecido linfoide associado ao intestino) e SALT (tecido linfoide associado a pele). As principais funções dos órgãos linfoides, como componentes do sistema imunológico, é proteger o corpo contra patógenos ou antígenos invasores (bactérias, vírus, parasitas). A base deste mecanismo de defesa, ou resposta imunológica, é a habilidade de distinguir o próprio (self) do não próprio (nonself) ao organismo. Como os patógenos podem penetrar o corpo por qualquer lugar, o sistema linfoide é amplamente distribuído. AULA 02 A Imunidade Inata representa os mecanismos de Defesa sempre presente, pronto para combater microrganismos e outros agentes agressores, assim, as respostas imunes inatas fornecem a defesa inicial, antes das respostas imunes adaptativas As superfícies epiteliais, que bloqueiam a entrada dos microrganismos; Exerce várias funções essenciais que nos protegem contra microrganismos e lesão tecidual. Os principais componentes do sistema imune inato são: As células-sentinela teciduais, incluindo macrófagos, células dendríticas e mastócitos, os quais detectam microrganismos que conseguem romper os epitélios e iniciam as respostas do hospedeiro; As células brancas do sangue (leucócitos), incluindo neutrófilos, macrófagos derivados de monócitos, células natural killer e outras células, que entram nos tecidos vindas do sangue e eliminam os microrganismos que invadiram os epitélios, além de se livrarem das células danificadas do hospedeiro; Proteínas plasmáticas, as quais combatem os microrganismos que entraram na circulação. Esse sistema imune nas barreiras epiteliais, como na pele e no epitélio de revestimento do trato gastrointestinal, mantém defesa física e química, no qual essa defesa é responsável por evitar a entrada microbiana; desse modo, as respostas Imunes inatas são as reações iniciais aos microrganismos que servem para prevenir, controlar ou eliminar a infecção do hospedeiro por muitos patógenos. A imunidade inata elimina células danificadas e inicia o processo de reparo tecidual, essas funções envolvem o reconhecimento e a resposta a moléculas do hospedeiro produzidas, liberadas ou acumuladas em células estressadas, danificadas e mortas do hospedeiro. Imunidade inata não só desempenha funções defensivas logo após a infecção, como também fornece os sinais de perigo que alertam o sistema imune adaptativo para responder, uma vez que as respostas imunes inatas estimulam respostas imunes adaptativas e podem influenciar a natureza dessas respostas, para torná-las otimamente efetivas contra diferentes tipos de microrganismos As células do sistema Imune Inato atuam como barreiras contra infecções e como sentinelas para detectar microrganismos e células danificadas em tecidos, além de desempenharem funções que são essenciais para a defesa contra os microrganismos. @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ Vários tipos celulares expressam os diversos receptores de reconhecimento de padrão e, após o reconhecimento de PAMPs e DAMPs, as células respondem produzindo citocinas inflamatórias e proteínas antivirais; outras matam microrganismos ou células infectadas. As principais interfaces entre o ambiente e o hospedeiro mamífero são a pele e as superfícies de mucosa dos tratos gastrintestinal, respiratório e geniturinário. As superfícies epiteliais intactas formam barreiras físicas entre os microrganismos presentes no meio externo e o tecido do hospedeiro, e as células epiteliais produzem compostos químicos antimicrobianos que impedem adicionalmente a entrada dos microrganismos. A função protetora dos epitélios de barreira é, em grande parte, física. Os epitélios de barreira contêm certos tipos de linfócitos, incluindo linfócitos T intraepiteliais, que reconhecem e respondem aos microrganismos comumente encontrados. Os linfócitos T intraepiteliais estão presentes na epiderme da pele e nos epitélios de mucosa. Células dotadas de funções fagocíticas especializadas, primariamente macrófagos e neutrófilos, constituem a primeira linha de defesa contra microrganismos que rompem as barreiras epiteliais (infecções fúngicas e bacterianas). Alguns macrófagos estão sempre presentes na maioria dos tecidos e atuam como sentinelas de infecção, enquanto outros fagócitos, incluindo monócitos e neutrófilos, são recrutados para os tecidos infeccionados em resposta aos microrganismos ou aos sinais gerados pelas células sentinela. As DCs detectam de forma rápida e eficiente os microrganismos invasores, devido à sua localização nos tecidos e expressão de numerosos receptores de reconhecimento de padrão para PAMPs e DAMPs As células NK, são células citotóxicas que exercem papéis importantes nas respostas imunes inatas, principalmente contra vírus e bactérias intracelulares. ORIGEM LINFOIDE As funções efetoras das células NK são matar células infectadas e produzir IFN-γ, que ativa macrófagos a destruírem microrganismos fagocitados. As células NK distinguem as células infectadas e estressadas das células sadias, e sua função é regulada pelo equilíbrio entre os sinais gerados a partir dos receptores de ativação e dos receptores de inibição. @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ Pode ser facilitada pelo processo de opsonização: ligação de anticorpos ou moléculas derivadas da cascata do sistema complemento à superfície de patógenos, facilitando a percepção dos mesmos pelos fagócitos. Esses receptores reconhecem moléculas presentes na superfície de outras células e geram sinais ativadores ou inibidores que promovem ou inibem as respostas NK. Em geral, os receptores ativadores reconhecem ligantes em células infectadas e lesadas, enquanto os receptores inibidores reconhecem ligantes em células sadias normais. O IFN-γ derivado das células NK aumenta a capacidade dos macrófagos de matar bactérias fagocitadas, de modo similar ao IFN-γ produzido pelas células T . Essa interação célula NK- macrófago dependente de IFN-γ pode controlar uma infecção por bactérias intracelulares, como Listeria monocytogenes, durante vários dias ou semanas, O sistema imune inato reconhece estruturas moleculares produzidas por patógenos microbianos. As substâncias microbianas que estimulam a imunidade inata são frequentemente compartilhadas por classes de microrganismos, e são chamadas padrões moleculares associados ao patógeno (PAMPs). Diferentes tipos de microrganismos (p. ex.: vírus, bactérias Gram-negativas, bactérias Gram- positivas, fungos) expressam PAMPs diferentes. Forma especializada de endocitose, processo no qual a célula engolfa partículas sólidas provenientes do meio extracelular. Uma vez internalizadas, as partículas são mantidas dentro de um fagossoma, que sofrerá fusão com o lisossoma, formando um fagolisossoma, para que ocorra a degradação de seu conteúdo e leva à morte intracelular do patógeno fagocitado. Macrófagos e células dendríticas fagocitam, processam e apresentam os antígenos para os linfócitos T. O sistema imune inato também reconhece moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas por células danificadas ou que estão morrendo. Essas substâncias são chamadas padrões moleculares associados ao dano (DAMPs. Em alguns casos, moléculas endógenas produzidas por células sadias são liberadas quando ocorre dano celular e, então, estimulam respostas inatas. Essas moléculas são um subconjunto de DAMPs e muitas vezes recebem o nome de alarminas, porque sua presença fora das células alerta o sistema imune de que algo estácausando morte celular. O sistema imune inato usa vários tipos de receptores celulares, presentes em diferentes locais nas células, e moléculas solúveis presentes no sangue e nas secreções de mucosas, para reconhecer PAMPs e DAMPs. @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ Os receptores do sistema imune inato são codificados por genes herdados (linhagem germinativa), enquanto os genes codificadores dos receptores de imunidade adaptativa são gerados por recombinação somática de segmentos gênicos nos precursores dos linfócitos maduros. O sistema imune inato não reage contra células e tecidos sadios normais. Os receptores celulares de padrões moleculares associados ao patógeno e ao dano também são denominados receptores de reconhecimento de padrão. Os TLRs de mamíferos estão envolvidos nas respostas a uma ampla variedade de moléculas expressas por microrganismos e não pelas células de mamíferos sadias. Os TLRs também estão envolvidos nas respostas a moléculas endógenas cuja expressão ou localização indica dano celular. Esses receptores são expressos na superfície, em vesículas fagocíticas e no citosol de vários tipos celulares — todas localizações onde microrganismos podem estar presentes. Quando esses receptores de reconhecimento de padrão célula-associados se ligam aos PAMPs e DAMPs, ativam vias de transdução de sinal que promovem as funções antimicrobianas e próinflamatórias das células que os expressam. RECEPTORES DO TIPO TOLL Os receptores do tipo Toll (TLRs) constituem uma família evolutivamente conservada de receptores de reconhecimento de padrão expressos em muitos tipos celulares, que reconhecem produtos de uma ampla gama de microrganismos, bem como moléculas expressas ou liberadas por células estressadas e em processo de morte. @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ Os RLRs são expressos em uma ampla variedade de tipos celulares, incluindo leucócitos derivados da medula óssea e várias células teciduais. Portanto, esses receptores permitem que os numerosos tipos celulares suscetíveis à infecção por vírus de RNA montem respostas imunes inatas a esses vírus Os TLRs são encontrados na superfície celular e em membranas intracelulares, sendo assim capazes de reconhecer microrganismos em diferentes localizações celulares. Localizam corpos ricos em glicopreteínas com muitas repetições ricas em leucina. O reconhecimento de ligantes microbianos pelo TLR resulta na ativação de diversas vias de sinalização e, por fim, de fatores de transcrição, induzindo a expressão de genes cujos produtos são importantes para as respostas inflamatória e antiviral. RECEPTORES DO TIPO NOD: NOD1 E NOD2 Além dos TLRs ligados à membrana, que percebem os patógenos presentes no lado de fora da célula ou nos endossomos, o sistema imune inato evoluiu de modo a equipar as células com receptores de reconhecimento de padrão que detectam infecção ou dano celular no citosol. As três classes principais desses receptores citosólicos são os receptores do tipo NOD, receptores do tipo RIG (do inglês, retinoic acid-inducible gene) e os sensores de DNA citosólico. Os receptores do tipo NOD constituem uma família de mais de 20 proteínas citosólicas diferentes, algumas das quais reconhecem PAMPs e DAMPs, além de recrutarem outras proteínas para formar complexos de sinalização promotores de inflamação. RECEPTORES DO TIPO RIG Os receptores do tipo RIG são sensores citosólicos de RNA viral que respondem induzindo a produção de interferons do tipo I antivirais. Os RLRs podem reconhecer RNA de fita dupla e heterocomplexos RNA-DNA, os quais incluem os genomas de vírus de RNA e transcritos de RNA de vírus de RNA e de DNA. Os dois RLRs mais bem caracterizados são RIG-I e MDA5 (do inglês, melanoma differentiationassociated gene 5). Com a ligação do dsRNA viral, os RLRs são recrutados para a membrana mitocondrial externa pela proteína MAVS (do inglês, mitochondrial antiviral-signaling), levando à formação de filamentos por um mecanismo do tipo príon. Isso inicia eventos de sinalização que levam à fosforilação e ativação de IRF3 e IRF7, bem como de NFκB, e esses fatores de transcrição induzem a produção de interferons do tipo I. MDA5 e RIG-I não somente induzem a produção de IFN do tipo I, como também inibem diretamente a replicação viral ao inibirem as interações proteína-RNA viral. Os PRRs reconhecem os PAMPs e DAMPs e ativam eventos de transdução de sinal para promover funções pró-inflamatórias e antimicrobiana nessas células. estão nas superfícies das células do sistema imune inativo e os PAMPs estão presentes na superfície das células patógenas que entraram em nosso organismo. PAMPs (Associados a Patógenos) DAMPs ( Associados a Danos) PRRs (Receptores de Reconhecimento de Padrão) @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ 01) Indique (F) falso ou (V) verdadeiro para cada uma das sequintes alternativas sobre órgãos linfóides. Justifique as falsas. ( F ) Os microrganismos presentes em uma lesão podem ser fagocitados pelas células dendriticas ou macrófagos e serem carreados pelo sistema linfático até os órgãos linfoides primários. ( F ) Os linfócitos T são gerados na medula óssea e sofrem maturação na bursa de Fabricius antes de serem liberados para a circulação sanguínea. (v) Nos linfonodos a zona cortical é rica em linfócitos B e a zona paracortical corresponde aos linfócitos T ( ) Os antígenos presentes na circulação sanguínea são drenados para os linfonodos e os presentes na circulação linfática são capturados pelo baço. Onde estes antígenos serão alvos do sistema imune ( ) No timo os linfócitos B que reconhecem fortemente as moléculas do MHC são eliminados e as células T que não reconhecem as moléculas do MHC são liberadas para a circulação. teste seus conhecimentos 02) Num processo inflamatório os neutrófilos são as primeiras células da imunidade inata a chegarem ao local. Descreva resumidamente como os neutrófilos saem da circulação sanguínea e migram através dos tecidos até o foco inflamatório. 03) Explique como o sistema complemento participa da imunidade inata. Na sua resposta você deve descrever a função de fragmentos gerados na ativação do sistema complemento. 04) As células fagocíticas, como por exemplo neutrófilos e macrófagos, desempenham papéis importantes na imunidade inata através do processo de fagocitose. Descreva resumidamente, dando exemplos da função de receptores envolvidos neste processo. 05) Descreva resumidamente dois mecanismos responsáveis pela geração de diversidade dos receptores de linfócitos T e B. 06) Faça um esquema de uma molécula de IgA, incluindo cadeias leves e pesadas, região da dobradiça, regiões Fab e Fc, regiões variáveis e constantes e pontes dissulfeto. 07) Marque a(s) alternativa(s) que contém(êm) uma afirmação errada e corrija-a(s). a. Os TLRs apresentam mesma estrutura, mas se expressam em locais diferentes nas células e reconhecem moléculas diversas.Correção: Os TRLs apresentam a mesma estrutura, mas se expressam na superfície celular e nas membranas endossômicas e reconhecem diversas moléculas. b. As barreiras imunológicas, como a pele por exemplo, atuam especificamente na defesa do organismo contra a entrada de patógenos, levando à ativação de células e vias componentes da resposta imune. c. Órgãos linfóides como os linfonodos atuam como local de ativação da resposta imune adaptativa. d. Os PRRs estão presentes nas membranas das células do sistema imune inato e reconhecem somente estruturas não conservadas, restringindo o reconhecimento a uma gama limitada de antígenos. e. Células de origem linfoide atuam na imunidade inata sendo capazes de induzir a morte de outras células. 08) Considerando os indivíduos 1 e 2 descritos abaixo, assinale a(s) alternativa(s) que indica(m) afirmação(ões) incorreta(s) sobre estes indivíduos e corrija a(s) alternativas(s) selecionada(s): INDIVÍDUO 1: deficiente em C4 INDIVÍDUO 2: superexpressa CD59 @FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_ a.( ) O indivíduo 1 só é capaz de ativar a via alternativa b.( ) O indivíduo 2 é mais vulnerável a infecções que oindivíduo 1. c.( ) O indivíduo 1 ativa o complemento e forma o MAC independentemente da sua deficiência d.( ) O indivíduo 2 ativa perfeitamente o complemento, mas é ineficiente. e.( ) Tanto o indivíduo 1 como o 2 são incapazes de ativar a via lítica. 09) Considere dois processos infecciosos causados pelas bactérias “x” e “y” ocorrendo de forma isolada e em organismos distintos: - no organismo 1, células fagocíticas endocitam a bactéria “x” e ativam a resposta imune adaptativa. - no organismo 2, células fagocíticas endocitam a bactéria “y” (que possui mecanismos de escape do fagossomo) e ativam linfócitos. Descreva, resumidamente, como se dá a apresentação deste antígeno em cada caso, inserindo em sua resposta a molécula responsável pela apresentação, o porquê de ser esta molécula, onde está expressa no organismo, em que local da célula ocorre o acoplamento do antígeno para apresentação e para qual célula o antígeno bacteriano será apresentado. Resposta comentada: ATENÇAO: isso não é um gabarito, são respostas desenvolvidas por alunos!! QUESTAO 07: a. (Errada) Os TRLs apresentam a mesma estrutura, mas se expressam na superfície celular e nas membranas endossômicas e reconhecem diversas moléculas. b. (Correto) c. (Correto) d. (Errada) Os PRRs também são capazes de reconhecer estruturas padrões conservadas evolutivamente, os PAMPs; assim, realmente só reconhecem uma gama limitada de antígenos. e. (Errada) A única célula de origem linfoide que atua na imunidade inata são as células NK, as demais células da imunidade inata possuem origem mielóide. QUESTAO 08: e. ( x ) Tanto o indivíduo 1 como o 2 são incapazes de ativar a via lítica. R: O indivíduo 1 ativa a via lítica, porque por mais que ele não possui C4, ele possui as demais moléculas que participam dessa via. Já o indivíduo 2 também é capaz de ativar a via lítica, ele só não consegue concluir com a formação do poro e MAC, pois o CD59 bloqueia o C9 impedindo a formação do poro. QUESTAO 09: A bactéria X foi fagocitada por uma célula APC, sendo clivada no fagolisossoma gerando antígenos reconhecidos pela molécula de MHC II formada no R.E, direcionada para o Golgi e em seguida para o fagolisossoma, liberando sua fenda da cadeia invariante, permitindo a ligação do antígeno/MHCII, assim esta será exocitada para a Membrana sendo apresenta para o Linfócito TCD4. A bactéria Y passa a ser reconhecida como patógeno intracelular no citosol e não extracelular. A Ubiquitina identifica e a envia para o proteassoma, que a cliva, gerando peptídeos que adentrem o R.E e se complexa a molécula de MHC I, no qual é exportado para o Golgi e depois é exocitada na membrana, sendo apresentada para o linfócito TCD8.
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