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Imunologia Veterinária - parte 01

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Imunologia
Imunização Ativa: Ocorre após o contato com
um antígeno ou agente infeccioso, seja por uma
infecção natural ou induzida pela vacinação. O
antígeno ativa o sistema imunológico do
individuo para que ele comece a produzir uma
resposta imunológica, com formação de
anticorpos e células de memória. Essa resposta
não ocorre de forma imediata, sendo necessário
alguns dias para uma resposta imune bem
sucedida, que geram imunidade que podem
durar a vida toda.
Imunização Passiva: Transfere-se para o
indivíduo os anticorpos contra antígenos ou
agentes infecciosos específicos. Ao contrário da
imunização ativa, a imunidade passiva é
imediata, ou seja, administram-se anticorpos
prontos, que conferem a imunidade
prontamente. Porém, por não haver o
reconhecimento do antígeno, não ocorre a
ativação de célula de memória. Algumas
semanas após, o nível de anticorpos diminui, o
que dá a esse tipo de imunidade um caráter
temporário.
@FLAVMORENO
AULA 01
No experimento observamos que o coelho “A” foi
vacinado com o toxóide tetânico, e que algumas
semanas depois foi colhido o soro deste animal.
O soro de “A” é transfundido a um segundo
coelho, “B”, e um terceiro coelho, “C”, não
recebeu a transfusão de soro. Os animais “B” e
“C” são inoculados com a toxina tetânica na sua
forma ativa (não o toxóide tetânico, que é a 
toxina inativada). O resultado é que o coelho “B”,
que recebeu o soro contendo os anticorpos
sobreviveu, e o coelho “C” morreu.
Pode ser traduzido como próprio / não próprio.
Está relacionado a diferenciação que organismo
faz frente a uma determinada molécula, para
entender se essa molécula é um constituinte
natural daquele organismo ou é uma molécula
pela qual as células do sistema imunológico
devem começar uma resposta imune (antígeno)
Mecanismo inerente ao fato de lidar e conviver
com o que é próprio do organismo, sem que haja
algum tipo de resposta contra suas células selfs,
ou seja, criando uma tolerância. 
Com as doenças autoimunes ocorre alguns
desequilíbrios nesse processo de tolerância,
tendo a presença de alguns tipos celulares que
se tornam células autoreativas e passam a não
entender o que é próprio e não próprio, fazendo
com que criem uma reação e resposta
imunológica contra as células próprias (self).
Os antígenos são moléculas desconhecidas no
organismo, que tem a capacidade de ativar o
sistema imunológico, ou seja, são imunogênicos
e induzem a produção de anticorpos, que por
sua vez, atuam ligando-se aos antígenos, de
modo a garantir sua destruição ou inativação.
 @IASMIMBARRETO_
são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do
sangue, responsáveis pelo reconhecimento e
destruição de micro-organismos infecciosos
como bactérias e vírus.
Linfócitos B: Tipo celular originado na medula
óssea e que produz anticorpos. Esses linfócitos
são responsáveis pela imunidade humoral 
Linfócitos T: Tipo celular que participa da
resposta imune adaptativa mediada por células.
Estas células são originadas na medula óssea e
amadurecem no timo (órgão linfóide)
Está relacionado as células que constituem a
resposta imune, sejam elas caracterizadas
dentro da imunidade inata ou dentro da
imunidade adaptativa
Está relacionado a porção acelular, é constituída
e caracterizada por moléculas que fazem parte
de processo de resposta imune. Está
relacionada com os anticorpos, que são
produzidos pela imunidade adaptativa pelos
Linfócitos B e outras moléc. presentes na reação
A imunidade inata consiste na primeira linha de
defesa do organismo quando este for invadido
por um determinado agente estranho, em geral,
infeccioso. Ela é caraterizada por ser uma
resposta rápida, que ocorre em minutos da
entrada do antígeno no organismo. são as
demais células, com exceção dos linfócitos B e T.
Processo de resposta vai demandar um tempo
maior (dias), pois é necessário uma célula da
imunidade inata ativada, para ativar o linfócito,
então todo o processo de resposta se inicia com
a célula da imunidade inata, que vão fazer a
apresentação do antígeno aos linfócitos.
Possuem especificidade antigênica refinada,
com repertório imunológico amplo e é capaz de
desenvolver memória imunológica.
A molécula MHC (Complexo Principal de
Histocompatibilidade) estão presente em todas
as células eucariotas e é considerada uma
molécula marcador de próprio, ou seja, as
células do sistema imune identificam a
presença do MHC em outras células e entendem
que essas células devem ser toleradas. Essas
moléculas também estão relacionadas no
processo de apresentação do antígeno
A tolerância imunológica vai servir para Inativar
ou eliminar linfócitos que expressam receptores
de alta afinidade para autoantígenos, em que as
células autoreativas podem ser encaminhadas
para uma morte celular programada (apoptose)
ou podem passar por um processo de se tornar
uma célula anérgica (que não participa da
resposta imune)
Tolerância Central: Teste que ocorre a nível dos 
 órgãos linfoides geradores, que são locais de
geração e maturação das células do sistema
imune, onde são testados os linfócitos imaturos
(primários), para saber se eles são capazes de
identificar o que é próprio e não próprio e
verificar se possuem alguma afinidade de se
tornarem células autoreativas.
Tolerância Periférica: Um novo teste é realizado
nos órgãos linfoides periféricos, porém nesse
momento a autotolerância induzida é feita em
linfócitos maduros (secundários) autorreativos
nos sítios periféricos.
As células da imunidade inata não possuem
especificidade antigênica refinada, então seu
repertório de reconhecimento antigênico é
restrito, além de não desenvolver memória
imunológica. Essa memória é atribuída as
linfócitos (células da imunidade adaptativa).
Elas possuem receptores de reconhecimento de
padrão, ou seja, são capazes de reconhecer
padrões moleculares, então se o patógeno sofre
alguma alteração, ela já não mais o reconhece.
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
Características da Imunidade Inata e Adaptativa
 Inata Adaptativa
Característica
Resposta em minutos; não possui
especificidade antigênica refinada; não
desenvolve memória; repertório restrito.
Resposta em dias; possui especificidade
antigênica refinada; desenvolve memória
imunológica; repertório amplo.
Diversidade
Limitada; reconhecimento de moléculas
codificadas por genes herdados (da
linhagem germinativa) 
Muito ampla; genes dos receptores são
formados por recombinação somática de
segmentos gênicos nos linfócitos 
Células
Granulócitos, células NK, Macrófagos e
células dendríticas
Linfócitos T e B
Moléculas Defensinas e Lisozimas Anticórpos
A resposta Inata aos microrganismos fornece
sinais primordiais que serão responsáveis por
estimular as respostas imunes adaptativas. Em
contrapartida, as respostas imunes adaptativas
trabalham intensificando a mecanismos
protetores da imunidade inata.
As respostas imunes são reguladas por um
sistema de alças de feedback positivo que
amplificam a reação e por mecanismos de
controle que previnem reações inapropriadas ou
patológicas. Quando ativados, os linfócitos
disparam mecanismos que aumentam ainda
mais a magnitude da resposta.
O sistema imune de cada indivíduo é capaz de
reconhecer, responder e eliminar muitos
antígenos estranhos, mas normalmente não
reage contra antígenos e tecidos do próprio
indivíduo. Devido a capacidade de linfócitos e de
outras células imunes circular pelos tecidos, a
imunidade é sistêmica, ou seja, Isso significa que
uma resposta imune iniciada em um local
poderá conferir proteção em locais distantes.
Há duas populações principais de linfócitos,
denominadas linfócitos B e linfócitos T, os
quais medeiam diferentes tipos de respostas
imunes adaptativas
Na Imunidade Inata e Adaptativa, existe
Barreiras Celulares e Barreiras Químicas. 
Na Imunidade Inata essas barreiras são: Pele,
epitélios de mucosa, moléculas antimicrobianas,
células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos),
células dendríticas, mastócitos, células natural
killer (células NK) e outras células linfoides
inatas; e proteínas sanguíneas, incluindocomponentes do sistema complemento e outros
mediadores da inflamação. 
Já na imunidade Adaptativa essas barreiras são:
Linfócitos nos epitélios; anticorpos secretados
nas superfícies epiteliais 
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
O sistema linfoide incluem os órgãos linfoides
primários e secundários. 
Os órgãos linfoides primários produzem os
componentes celulares do sistema imunológico.
Eles são: medula óssea, o timo e Bursa de
Fabricius.
Os órgãos linfoides secundários são os locais
onde ocorrem as respostas imunológicas. Eles
incluem: os linfonodos, o baço, MALT (tecido
linfoide associado as mucosas), GALT (tecido
linfoide associado ao intestino) e SALT (tecido
linfoide associado a pele).
As principais funções dos órgãos linfoides, como
componentes do sistema imunológico, é
proteger o corpo contra patógenos ou antígenos
invasores (bactérias, vírus, parasitas). A base
deste mecanismo de defesa, ou resposta
imunológica, é a habilidade de distinguir o
próprio (self) do não próprio (nonself) ao
organismo. Como os patógenos podem penetrar
o corpo por qualquer lugar, o sistema linfoide é
amplamente distribuído.
AULA 02
A Imunidade Inata representa os mecanismos
de Defesa sempre presente, pronto para
combater microrganismos e outros agentes
agressores, assim, as respostas imunes inatas
fornecem a defesa inicial, antes das respostas
imunes adaptativas
As superfícies epiteliais, que bloqueiam a
entrada dos microrganismos;
Exerce várias funções essenciais que nos
protegem contra microrganismos e lesão
tecidual. Os principais componentes do sistema
imune inato são: 
As células-sentinela teciduais, incluindo
macrófagos, células dendríticas e
mastócitos, os quais detectam
microrganismos que conseguem romper os
epitélios e iniciam as respostas do
hospedeiro;
As células brancas do sangue (leucócitos),
incluindo neutrófilos, macrófagos derivados
de monócitos, células natural killer e outras
células, que entram nos tecidos vindas do
sangue e eliminam os microrganismos que
invadiram os epitélios, além de se livrarem
das células danificadas do hospedeiro; 
Proteínas plasmáticas, as quais combatem
os microrganismos que entraram na
circulação.
Esse sistema imune nas barreiras epiteliais, como
na pele e no epitélio de revestimento do trato
gastrointestinal, mantém defesa física e química,
no qual essa defesa é responsável por evitar a
entrada microbiana; desse modo, as respostas
Imunes inatas são as reações iniciais aos
microrganismos que servem para prevenir,
controlar ou eliminar a infecção do hospedeiro
por muitos patógenos. A imunidade inata elimina
células danificadas e inicia o processo de reparo
tecidual, essas funções envolvem o
reconhecimento e a resposta a moléculas do
hospedeiro produzidas, liberadas ou acumuladas
em células estressadas, danificadas e mortas do
hospedeiro.
Imunidade inata não só desempenha funções
defensivas logo após a infecção, como também
fornece os sinais de perigo que alertam o sistema
imune adaptativo para responder, uma vez que
as respostas imunes inatas estimulam respostas
imunes adaptativas e podem influenciar a
natureza dessas respostas, para torná-las
otimamente efetivas contra diferentes tipos de
microrganismos
As células do sistema Imune Inato atuam como
barreiras contra infecções e como sentinelas
para detectar microrganismos e células
danificadas em tecidos, além de
desempenharem funções que são essenciais
para a defesa contra os microrganismos.
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
Vários tipos celulares expressam os diversos
receptores de reconhecimento de padrão e,
após o reconhecimento de PAMPs e DAMPs, as
células respondem produzindo citocinas
inflamatórias e proteínas antivirais; outras
matam microrganismos ou células infectadas.
As principais interfaces entre o ambiente e o
hospedeiro mamífero são a pele e as superfícies
de mucosa dos tratos gastrintestinal,
respiratório e geniturinário. As superfícies
epiteliais intactas formam barreiras físicas entre
os microrganismos presentes no meio externo e
o tecido do hospedeiro, e as células epiteliais
produzem compostos químicos antimicrobianos
que impedem adicionalmente a entrada dos
microrganismos. 
A função protetora dos epitélios de barreira é,
em grande parte, física. Os epitélios de barreira
contêm certos tipos de linfócitos, incluindo
linfócitos T intraepiteliais, que reconhecem e
respondem aos microrganismos comumente
encontrados. Os linfócitos T intraepiteliais estão
presentes na epiderme da pele e nos epitélios de
mucosa.
Células dotadas de funções fagocíticas
especializadas, primariamente macrófagos e
neutrófilos, constituem a primeira linha de
defesa contra microrganismos que rompem as
barreiras epiteliais (infecções fúngicas e
bacterianas). Alguns macrófagos estão sempre
presentes na maioria dos tecidos e atuam como
sentinelas de infecção, enquanto outros
fagócitos, incluindo monócitos e neutrófilos, são
recrutados para os tecidos infeccionados em
resposta aos microrganismos ou aos sinais
gerados pelas células sentinela. 
As DCs detectam de forma rápida e eficiente os
microrganismos invasores, devido à sua
localização nos tecidos e expressão de
numerosos receptores de reconhecimento de
padrão para PAMPs e DAMPs
As células NK, são células citotóxicas que
exercem papéis importantes nas respostas
imunes inatas, principalmente contra vírus e
bactérias intracelulares. ORIGEM LINFOIDE 
As funções efetoras das células NK são matar
células infectadas e produzir IFN-γ, que ativa
macrófagos a destruírem microrganismos
fagocitados. 
As células NK distinguem as células infectadas e
estressadas das células sadias, e sua função é
regulada pelo equilíbrio entre os sinais gerados a
partir dos receptores de ativação e dos
receptores de inibição.
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
Pode ser facilitada pelo processo de
opsonização: ligação de anticorpos ou
moléculas derivadas da cascata do sistema
complemento à superfície de patógenos,
facilitando a percepção dos mesmos pelos
fagócitos.
Esses receptores reconhecem moléculas
presentes na superfície de outras células e
geram sinais ativadores ou inibidores que
promovem ou inibem as respostas NK. Em geral,
os receptores ativadores reconhecem ligantes
em células infectadas e lesadas, enquanto os
receptores inibidores reconhecem ligantes em
células sadias normais.
O IFN-γ derivado das células NK aumenta a
capacidade dos macrófagos de matar bactérias
fagocitadas, de modo similar ao IFN-γ produzido
pelas células T . Essa interação célula NK-
macrófago dependente de IFN-γ pode controlar
uma infecção por bactérias intracelulares, como
Listeria monocytogenes, durante vários dias ou
semanas,
O sistema imune inato reconhece estruturas
moleculares produzidas por patógenos
microbianos. As substâncias microbianas que
estimulam a imunidade inata são
frequentemente compartilhadas por classes de
microrganismos, e são chamadas padrões
moleculares associados ao patógeno (PAMPs).
Diferentes tipos de microrganismos (p. ex.: vírus,
bactérias Gram-negativas, bactérias Gram-
positivas, fungos) expressam PAMPs diferentes.
Forma especializada de endocitose, processo no
qual a célula engolfa partículas sólidas
provenientes do meio extracelular.
Uma vez internalizadas, as partículas são
mantidas dentro de um fagossoma, que sofrerá
fusão com o lisossoma, formando um
fagolisossoma, para que ocorra a degradação
de seu conteúdo e leva à morte intracelular do
patógeno fagocitado.
Macrófagos e células dendríticas fagocitam,
processam e apresentam os antígenos para os
linfócitos T. O sistema imune inato também reconhece
moléculas endógenas que são produzidas ou
liberadas por células danificadas ou que estão
morrendo. Essas substâncias são chamadas
padrões moleculares associados ao dano
(DAMPs. Em alguns casos, moléculas endógenas
produzidas por células sadias são liberadas
quando ocorre dano celular e, então, estimulam
respostas inatas. Essas moléculas são um
subconjunto de DAMPs e muitas vezes recebem
o nome de alarminas, porque sua presença fora
das células alerta o sistema imune de que algo
estácausando morte celular. 
O sistema imune inato usa vários tipos de
receptores celulares, presentes em diferentes
locais nas células, e moléculas solúveis presentes
no sangue e nas secreções de mucosas, para
reconhecer PAMPs e DAMPs.
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
Os receptores do sistema imune inato são
codificados por genes herdados (linhagem
germinativa), enquanto os genes codificadores
dos receptores de imunidade adaptativa são
gerados por recombinação somática de
segmentos gênicos nos precursores dos
linfócitos maduros. O sistema imune inato não
reage contra células e tecidos sadios normais. 
Os receptores celulares de padrões moleculares
associados ao patógeno e ao dano também são
denominados receptores de reconhecimento de
padrão. 
 Os TLRs de mamíferos estão envolvidos nas
respostas a uma ampla variedade de moléculas
expressas por microrganismos e não pelas
células de mamíferos sadias. Os TLRs também
estão envolvidos nas respostas a moléculas
endógenas cuja expressão ou localização indica
dano celular. 
Esses receptores são expressos na superfície, em
vesículas fagocíticas e no citosol de vários tipos
celulares — todas localizações onde
microrganismos podem estar presentes.
Quando esses receptores de reconhecimento de
padrão célula-associados se ligam aos PAMPs e
DAMPs, ativam vias de transdução de sinal que
promovem as funções antimicrobianas e
próinflamatórias das células que os expressam.
RECEPTORES DO TIPO TOLL 
Os receptores do tipo Toll (TLRs) constituem uma
família evolutivamente conservada de
receptores de reconhecimento de padrão
expressos em muitos tipos celulares, que
reconhecem produtos de uma ampla gama de
microrganismos, bem como moléculas
expressas ou liberadas por células estressadas e
em processo de morte. 
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
Os RLRs são expressos em uma ampla variedade
de tipos celulares, incluindo leucócitos derivados
da medula óssea e várias células teciduais.
Portanto, esses receptores permitem que os
numerosos tipos celulares suscetíveis à infecção
por vírus de RNA montem respostas imunes
inatas a esses vírus
Os TLRs são encontrados na superfície celular e
em membranas intracelulares, sendo assim
capazes de reconhecer microrganismos em
diferentes localizações celulares. Localizam
corpos ricos em glicopreteínas com muitas
repetições ricas em leucina. O reconhecimento
de ligantes microbianos pelo TLR resulta na
ativação de diversas vias de sinalização e, por
fim, de fatores de transcrição, induzindo a
expressão de genes cujos produtos são
importantes para as respostas inflamatória e
antiviral. 
RECEPTORES DO TIPO NOD: NOD1 E NOD2
Além dos TLRs ligados à membrana, que
percebem os patógenos presentes no lado de
fora da célula ou nos endossomos, o sistema
imune inato evoluiu de modo a equipar as
células com receptores de reconhecimento de
padrão que detectam infecção ou dano celular
no citosol. As três classes principais desses
receptores citosólicos são os receptores do tipo
NOD, receptores do tipo RIG (do inglês, retinoic
acid-inducible gene) e os sensores de DNA
citosólico.
Os receptores do tipo NOD constituem uma
família de mais de 20 proteínas citosólicas
diferentes, algumas das quais reconhecem
PAMPs e DAMPs, além de recrutarem outras
proteínas para formar complexos de sinalização
promotores de inflamação.
RECEPTORES DO TIPO RIG
 Os receptores do tipo RIG são sensores
citosólicos de RNA viral que respondem
induzindo a produção de interferons do tipo I
antivirais. Os RLRs podem reconhecer RNA de
fita dupla e heterocomplexos RNA-DNA, os quais
incluem os genomas de vírus de RNA e
transcritos de RNA de vírus de RNA e de DNA. Os
dois RLRs mais bem caracterizados são RIG-I e
MDA5 (do inglês, melanoma
differentiationassociated gene 5). 
Com a ligação do dsRNA viral, os RLRs são
recrutados para a membrana mitocondrial
externa pela proteína MAVS (do inglês,
mitochondrial antiviral-signaling), levando à
formação de filamentos por um mecanismo do
tipo príon. Isso inicia eventos de sinalização que
levam à fosforilação e ativação de IRF3 e IRF7,
bem como de NFκB, e esses fatores de
transcrição induzem a produção de interferons
do tipo I. MDA5 e RIG-I não somente induzem a
produção de IFN do tipo I, como também inibem
diretamente a replicação viral ao inibirem as
interações proteína-RNA viral.
Os PRRs reconhecem os PAMPs e DAMPs e
ativam eventos de transdução de sinal para
promover funções pró-inflamatórias e
antimicrobiana nessas células. estão nas
superfícies das células do sistema imune inativo
e os PAMPs estão presentes na superfície das
células patógenas que entraram em nosso
organismo. 
PAMPs (Associados a Patógenos) 
DAMPs ( Associados a Danos) 
PRRs (Receptores de Reconhecimento de
Padrão)
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
01) Indique (F) falso ou (V) verdadeiro para cada
uma das sequintes alternativas sobre órgãos
linfóides. Justifique as falsas.
( F ) Os microrganismos presentes em uma lesão
podem ser fagocitados pelas células dendriticas
ou macrófagos e serem carreados pelo sistema
linfático até os órgãos linfoides primários.
( F ) Os linfócitos T são gerados na medula óssea
e sofrem maturação na bursa de Fabricius antes
de serem liberados para a circulação sanguínea. 
(v) Nos linfonodos a zona cortical é rica em
linfócitos B e a zona paracortical corresponde
aos linfócitos T
( ) Os antígenos presentes na circulação
sanguínea são drenados para os linfonodos e os
presentes na circulação linfática são capturados
pelo baço. Onde estes antígenos serão alvos do
sistema imune
( ) No timo os linfócitos B que reconhecem
fortemente as moléculas do MHC são eliminados
e as células T que não
reconhecem as moléculas do MHC são liberadas
para a circulação.
teste seus conhecimentos
02) Num processo inflamatório os neutrófilos
são as primeiras células da imunidade inata a
chegarem ao local. Descreva resumidamente
como os neutrófilos saem da circulação
sanguínea e migram através dos tecidos até o
foco inflamatório.
03) Explique como o sistema complemento
participa da imunidade inata. Na sua resposta
você deve descrever a função de fragmentos
gerados na ativação do sistema complemento.
04) As células fagocíticas, como por exemplo
neutrófilos e macrófagos, desempenham papéis
importantes na imunidade inata através do
processo de fagocitose. Descreva
resumidamente, dando exemplos da função de
receptores envolvidos neste processo. 
05) Descreva resumidamente dois mecanismos
responsáveis pela geração de diversidade dos
receptores de linfócitos T e B.
06) Faça um esquema de uma molécula de IgA,
incluindo cadeias leves e pesadas, região da
dobradiça, regiões Fab e Fc, regiões variáveis e
constantes e pontes dissulfeto.
07) Marque a(s) alternativa(s) que contém(êm)
uma afirmação errada e corrija-a(s).
a. Os TLRs apresentam mesma estrutura, mas se
expressam em locais diferentes nas células e
reconhecem moléculas diversas.Correção: Os
TRLs apresentam a mesma estrutura, mas se
expressam na superfície celular e nas
membranas endossômicas e reconhecem
diversas moléculas. 
b. As barreiras imunológicas, como a pele por
exemplo, atuam especificamente na defesa do
organismo contra a entrada de patógenos,
levando à ativação de células e vias
componentes da resposta imune.
c. Órgãos linfóides como os linfonodos atuam
como local de ativação da resposta imune
adaptativa.
d. Os PRRs estão presentes nas membranas das
células do sistema imune inato e reconhecem
somente estruturas não conservadas,
restringindo o reconhecimento a uma gama
limitada de antígenos.
e. Células de origem linfoide atuam na
imunidade inata sendo capazes de induzir a
morte de outras células.
08) Considerando os indivíduos 1 e 2 descritos
abaixo, assinale a(s) alternativa(s) que indica(m)
afirmação(ões) incorreta(s) sobre estes
indivíduos e corrija a(s) alternativas(s)
selecionada(s):
INDIVÍDUO 1: deficiente em C4
INDIVÍDUO 2: superexpressa CD59
@FLAVMORENO @IASMIMBARRETO_
a.( ) O indivíduo 1 só é capaz de ativar a via
alternativa
b.( ) O indivíduo 2 é mais vulnerável a infecções
que oindivíduo 1.
c.( ) O indivíduo 1 ativa o complemento e forma
o MAC independentemente da sua deficiência
d.( ) O indivíduo 2 ativa perfeitamente o
complemento, mas é ineficiente.
e.( ) Tanto o indivíduo 1 como o 2 são incapazes
de ativar a via lítica.
09) Considere dois processos infecciosos
causados pelas bactérias “x” e “y” ocorrendo de
forma isolada e em organismos distintos:
- no organismo 1, células fagocíticas endocitam
a bactéria “x” e ativam a resposta imune
adaptativa.
- no organismo 2, células fagocíticas endocitam
a bactéria “y” (que possui mecanismos de
escape do fagossomo) e ativam linfócitos.
Descreva, resumidamente, como se dá a
apresentação deste antígeno em cada caso,
inserindo em sua resposta a molécula
responsável pela apresentação, o porquê de ser
esta molécula, onde está expressa no
organismo, em que local da célula ocorre o
acoplamento do antígeno para apresentação e
para qual célula o antígeno bacteriano será
apresentado.
Resposta comentada:
ATENÇAO: isso não é um gabarito, são respostas
desenvolvidas por alunos!!
QUESTAO 07: 
a. (Errada) Os TRLs apresentam a mesma
estrutura, mas se expressam na superfície
celular e nas membranas endossômicas e
reconhecem diversas moléculas.
b. (Correto)
c. (Correto)
d. (Errada) Os PRRs também são capazes de
reconhecer estruturas padrões conservadas
evolutivamente, os PAMPs; assim, realmente só
reconhecem uma gama limitada de antígenos.
e. (Errada) A única célula de origem linfoide que
atua na imunidade inata são as células NK, as
demais células da imunidade inata possuem
origem mielóide.
QUESTAO 08: 
e. ( x ) Tanto o indivíduo 1 como o 2 são incapazes
de ativar a via lítica.
R: O indivíduo 1 ativa a via lítica, porque por mais
que ele não possui C4, ele possui as demais
moléculas que participam dessa via. Já o
indivíduo 2 também é capaz de ativar a via lítica,
ele só não consegue concluir com a formação do
poro e MAC, pois o CD59 bloqueia o C9
impedindo a formação do poro.
QUESTAO 09: 
A bactéria X foi fagocitada por uma célula APC,
sendo clivada no fagolisossoma gerando
antígenos reconhecidos pela molécula de MHC II
formada no R.E, direcionada para o Golgi e em
seguida para o fagolisossoma, liberando sua
fenda da cadeia invariante, permitindo a ligação
do antígeno/MHCII, assim esta será exocitada
para a Membrana sendo apresenta para o
Linfócito TCD4. A bactéria Y passa a ser
reconhecida como patógeno intracelular no
citosol e não extracelular. A Ubiquitina identifica
e a envia para o proteassoma, que a cliva,
gerando peptídeos que adentrem o R.E e se
complexa a molécula de MHC I, no qual é
exportado para o Golgi e depois é exocitada na
membrana, sendo apresentada para o linfócito
TCD8.

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