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medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io CLÍNICA MÉDICA ....................................... 4 CIRURGIA GERAL ...................................... 174 GINECOLOGIA ........................................... 220 OBSTETRÍCIA ........................................... 235 PEDIATRIA ................................................ 251 PREVENTIVA ............................................ 281 SUMÁRIO RESUMOS 2022 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io 4 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io SUMÁRIO (1/3) SÍNDROME ICTÉRICA................................................................................................... 9 SÍNDROME DIARREICA ................................................................................................ 16 SÍNDROME METABÓLICA E OBESIDADE ................................................................... 22 SÍNDROMES ENDÓCRINAS .......................................................................................... 31 TERAPIA INTENSIVA ................................................................................................. 38 PNEUMONIAS COMUNITÁRIA E NOSOCOMIAL .......................................................... 45 SÍNDROMES BACTERIANAS ....................................................................................... 52 HIV E AIDS ................................................................................................................. 64 SÍNDROMES FEBRIS .................................................................................................. 72 TOSSE CRÔNICA ........................................................................................................ 78 CLÍNICA MÉDICA 6 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io SUMÁRIO (2/3) DISPNEIA: TEP, PID, ASMA E DPOC............................................................................ 83 PREVENÇÃO DE DOENÇAS E GERIATRIA .................................................................. 91 SÍNDROME NEUROVASCULAR: DEMÊNCIA, PARKINSON E AVE................................ 94 FRAQUEZA MUSCULAR E EPILEPSIA ....................................................................... 102 CEFALEIAS E MENINGITES ....................................................................................... 107 SÍNDROMES DOS COMPARTIMENTOS RENAIS ........................................................... 111 SÍNDROME URÊMICA .................................................................................................. 115 DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICO E ACIDOBÁSICO.................................................. 119 CLÍNICA MÉDICA 7 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io SUMÁRIO (3/3) SÍNDROMES ANÊMICAS ............................................................................................. 127 PANCITOPENIAS ........................................................................................................ 129 LINFADENOPATIAS E ESPLENOMEGALIA ................................................................ 132 DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA E TROMBOSE ........................................................... 135 ARTRITES ................................................................................................................... 138 COLAGENOSES E VASCULITES ................................................................................. 142 SÍNDROME EDEMIGÊNICA E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA .......................................... 148 DOR TORÁCICA E SÍNDROME CORONARIANA .......................................................... 151 ARRITMIAS, SÍNCOPE E PCR ..................................................................................... 156 INTOXICAÇÕES E ANIMAIS PEÇONHENTOS ............................................................. 170 CLÍNICA MÉDICA 8 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Lembrando alguns conceitos... Formação da Bilirrubina - Hemácias senis são destruídas no baço, liberando hemoglobina, que é metabolizada em grupo heme e globina. Globina: carreada pela haptoglobina Heme (ferro + protoporfirina) Ferro: reaproveitado no organismo Protoporfirina → biliverdina → BILIRRUBINA Vascularização Hepática Sistemas venosos: CAVA e PORTA - 70% do fluxo hepático é venoso! - Unidade funcional do fígado: LÓBULO HEPÁTICO (estrutura poligonal) - Espaços portais: RAMO TERMINAL DA ARTÉRIA HEPÁTICA, RAMO TERMINAL DA VEIA PORTA E DUCTO BILIAR - Veia porta: MESENTÉRICA SUPERIOR + ESPLÊNICA - Caminho do sangue venoso no fígado: veia-porta > sinusoides hepáticos > veia centro-lobular > veias hepáticas D e E > veia cava Diante de um paciente ictérico, pensar sempre em 4 possibilidades: (1) Lesão dos hepatócitos (síndrome hepatocelular) (2) Obstrução biliar (síndrome colestática) (3) Hemólise (4) Distúrbio do metabolismo da bilirrubina Clínica: - ACOLIA FECAL E COLÚRIA - PRURIDO = indica obstrução biliar SÍNDROME HEPATOCELULAR (↑BD) X SÍNDROME COLESTÁTICA (↑BD) SÍNDROME HEPATOCELULAR - Transaminases > 10x - FA e GGT “tocadas” - Se > 1.000 = origem viral (TGP > TGO) - Se TGO > TGP (2x) = etiologia alcoólica? SÍNDROME COLESTÁTICA - FA e GGT > 4x - Transaminases “tocadas” E SE FOR POR ↑BI? HEMÓLISE X DISTÚRBIO DA BILIRRUBINA DISTÚRBIO DA BILIRRUBINA COM ↑BI (‘ictéricia e mais nada’) Síndrome de Gilbert - Bilirrubina < 4 (raramente passa disso) - Comum: > 8% (adultos ± 20a) - ENZIMA (GT) “PREGUIÇOSA” (obs: reticulócitos NORMAIS!) - Precipitado por JEJUM, ESTRESSE, ÁLCOOL, EXERCÍCIO, ÁCIDO NICOTÍNICO - MELHORA COM FENOBARBITAL (↑atividade da GT) e DIETA HIPERCALÓRICA - GERA ↓RISCO DE DCV E CA (excesso de BI = efeito antioxidante) Crigler-Najjar - Começa ATÉ 3 DIAS DE VIDA - Tipo 1: DEFICIÊNCIA TOTAL DE GT (Bb 18-45) KERNICTERUS TX é a única chance de cura Fenobarbital não é eficaz. Plasmaférese é opção. - Tipo 2: DEFICIÊNCIA PARCIAL DE GT (Bb 6-25) FENOBARBITAL é eficaz. DISTÚRBIO DA BILIRRUBINA COM ↑BD Rotor/Dubin-Johnson - PROBLEMA NA EXCREÇÃO (↑BD) - ENZIMAS HEPÁTICAS/COLESTÁTICAS NORMAIS (TGO, TGP, FA e GGT). - RARAS na prática e na prova HEPATITES VIRAIS Aguda: dura ATÉ 6 MESES Crônica: persiste por MAIS DE 6 MESES Fulminante: ENCEFALOPATIA HEPÁTICA NAS PRIMEIRAS 8 SEMANAS. É o sistema imunológico que determina o caminho que será percorrido! Se exacerbado: fulmina Se diminuído: cronifica Se normal: tende a evoluir para cura HEPATITES VIRAIS AGUDAS Evolução: - Contágio PERÍODO DE INCUBAÇÃO* FASE PRODRÔMICA (dias- semanas) FASE ICTÉRICA (dias-semanas e presente em no máximo 30% dos casos) FASE DE CONVALESCENÇA (dias-semanas). Período de Incubação: A = 4 semanas E = 5-6 semanas C = 7 semanas B-D = 8-12 semanas Complicações: COLESTASE (A) FULMINANTE (B) CRÔNICA (B/C) AUTOIMUNE (B/C) RECORRENTE Características Gerais: - LEUCOPENIA “COM LINFOCITOSE” (infecção VIRAL) + NECROSE PERIPORTAL OU EM PONTE (específicos das hepatites virais graves) Na Hepatite Alcoólica... - LEUCOCITOSE NEUTROFÍLICA (ninguém sabe o porquê, mas o álcool promove uma REAÇÃO LEUCEMOIDE importante). + NECROSE CENTROLOBULAR (também vale para hepatite isquêmica, medicamentosa, congestiva... Totalmente diferente das virais). SÍNDROME ICTÉRICA@ casalmedresumos DICA PARA RECONHECER UMA HEPATITE AGUDA TGO/TGP > 10x o normal! Na hepatite crônica, o aumento é discreto! Fase PRODRÔMICA: ↑TGO/TGP, febre, astenia, mal-estar, cefaleia, náuseas. Fase ICTÉRICA: nem sempre está presente, pico de TGO/TGP, melhora dos pródromos, icterícia, colúria e acolia (predomínio de BD) Fase de CONVALESCENÇA: melhora clínica e laboratorial Na hepatite FULMINANTE, o TAP (tempo de protrombina) está ALARGADO! Então... Problema na conjugação: GILBERT OU CRIGLER NAJAR (↑BI) Problema na excreção: DUBIN JOHNSON OU ROTOR (↑BD) Dica: quando é HEMÓLISE = os comemorativos são ICTERÍCIA + ANEMIA + AUMENTO LDH, REDUÇÃO HAPTOGLOBINA 9 medvideos.io - copiar não é roubar.medvideos.io Hepatite B Transmissão: - SEXUAL: mais importante - VERTICAL: cai mais nas provas. Se HBeAg + = RISCO DE TRANSMISSÃO DE 90%; SE HBEAG - = 15%). Ocorre principalmente no MOMENTO DO PARTO! Não há indicação absoluta de cesárea O aleitamento é permitido Profilaxia pós-exposição para o RN: vacina + imunoglobulina (sítios ≠) de preferência nas primeiras 12 horas de vida. Mãe com HBeAg (+): tenofovir no 3º trimestre - Outras: PERCUTÂNEA, TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS... Marcadores Sorológicos: - HBsAg anti-HBs - HBeAg anti-HBe - HBcAg anti-HBc - DNA-HBV (único DNA vírus!) Interpretação das Sorologias: Mutantes: Pré-core - Falha na síntese de HBeAg - ↓Transaminases - HBsAg positivo - HBeAg negativo - Confirmação: DNAHBV ↑↑↑ - Mais risco: fulminante, cirrose, câncer Por escape - HBsAg positivo - Anti-HBs positivo História Natural: Então... - O RISCO DE CÂNCER É MAIOR NA HEPATITE B quando comparada com a C, pois pode haver CHC sem passar necessariamente por cirrose. - Cronifica em apenas 5% dos casos (mas em RN = 95%!) - É a hepatite com MAIOR CHANCE DE FULMINAR, pois é um DNA vírus complexo com 3 antígenos diferentes (maior chance de agressão pelo sistema imunológico) Manifestações Extra-Hepáticas: - PAN (!), GN MEMBRANOSA, GIANOTTI-CROSTI (lesão maculopapular, eritematosa e pruriginosa) Profilaxia: Pré-exposição: - VACINA: 3 doses 0-1-6 meses (UNIVERSAL). - ESQUEMAS ESPECIAIS: Imunodeprimido, IRC, TX: 4 doses duplas (dose dobrada) 0-1-2-6m Anti-HBs negativo após 3 doses: < 2 meses da vacina: revacinar 2 meses da vacina: + 1 dose Pós-exposição: fazer imunoglobulina! - INFECÇÃO PERINATAL (é a que + cai) - VÍTIMAS SEXUAIS/ACIDENTES BIOLÓGICOS SE NÃO VACINADOS - IMUNODEPRIMIDO EXPOSTO MESMO SE VACINADO Tratamento: - SOMENTE SE HEPATITE B FULMINANTE OU CRÔNICA. Veremos mais detalhes no resumo de hipertensão-porta e falência hepática (cirurgia geral). Hepatite D - Endêmica no MEDITERRÂNEO/AMAZÔNIA - Relação com ANTI-LKM3 - É um vírus DEFECTIVO (precisa do vírus B para se replicar) - A melhor forma de prevenção é a vacinação para o vírus B. - Transmissão: principalmente SEXUAL COINFECÇÃO: - D E B AGUDAS “adquire as duas juntas” - NÃO AUMENTA O RISCO DE CRONICIDADE, mas AUMENTA O RISCO DE FULMINAR SUPERINFECÇÃO: - B CRÔNICA “tem hepatite B crônica e depois adquire a C” - ↑RISCO DE FULMINAR (20% dos casos) e ↑RISCO DE CIRROSE Evolução benigna (95% evoluem para cura) Fulminante em 1% dos casos... Se cronificar... - Chance no adulto: 1-5% - Chance na criança: 10-20% - Chance no RN: 95% “Podemos identificar a replicação também através do PCR do DNA viral! Se > 20.000 cópias = FASE REPLICATIVA!” FASE INICIAL é a mesma coisa que FASE REPLICATIVA! FASE TARDIA é a mesma coisa que FASE NÃO REPLICATIVA! Entendendo... HBsAg + tem hepatite B (só não sei se é aguda ou crônica) HBsAg - pode ser/pode não ser... Anti-HBc total - nunca teve hepatite B Anti-HBc total + teve contato com o vírus - Só IgM + hepatite B aguda - Só IgG + hepatite B antiga (não sei se já curou) Anti-HBs + teve hepatite B e curou Anti-HBs - teve e ainda tem (hepatite B crônica) 10 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Hepatite A - Transmissão: FECAL-ORAL (acomete tipicamente CRIANÇAS) - Incubação: vírus no sangue e fezes (↑VIREMIA = PERÍODO DE MAIOR INFECTIVIDADE E MAIOR RISCO DE TRANSMISSÃO) - Sintomas = ANTI-HAV IGM + (aos poucos evolui para IgG) Obs: se IgM e IgG positivos, continua sendo hepatite A aguda! IGG NÃO DÁ DIAGNÓSTICO! Só me diz se a pessoa já teve a doença ou se já foi vacinada. - O isolamento está indicado por até 7-15 DIAS APÓS O SURGIMENTO DA ICTERÍCIA. - Formas Clínicas: Assintomática (maioria); COLESTÁTICA (hepatite mais relacionada com essa fase/a icterícia costuma durar mais tempo) !!! Recidivante Fulminante (TAP alargado). - Tratamento: SUPORTE! Vai embora sozinha. Profilaxia: - Vacina: SBP = 2 doses aos 12 e 18meses. MS = 1 dose aos 15 meses. Pré-exposição: - < 1 ano ou imunodeprimido: IG - > 1 ano: vacina Pós-exposição: - < 1 ano ou imunodeprimido: IG até 14 dias após exposição - > 1 ano: vacina + IG até 14 dias após exposição Hepatite E - Grávidas: fulmina em 20% dos casos - Transmissão fecal oral/RNA vírus/endêmica na Índia - Estudos recentes descobriram um genótipo que pode cronificar Hepatite C Conceitos: - 80% EVOLUEM PARA HEPATITE CRÔNICA cirrose (30%) CA (10%) - 20% EVOLUEM PARA CURA - É a FORMA QUE MENOS FULMINA (vírus ↑mutante = dificuldade de agressão pelo sistema imunológico) e que MAIS CRONIFICA. - Em 40% DOS CASOS NÃO SE SABE A FORMA DE CONTÁGIO - Existem 3 genótipos no Brasil, mas o + frequente (e + grave) é o 1! Manifestações Extra-Hepáticas: - CRIOGLOBULINEMIA MISTA (!) GN MESANGIOCAPILAR, LÍQUEN PLANO, PORFIRIA CUTÂNEA TARDA, ANTI-LKM1 Diagnóstico: 1º passo: ANTI-HCV - Não me diz se a infecção é aguda ou crônica - É um método de TRIAGEM - Se negativo: excluo hepatite C - Se positivo, pode indicar (1) hepatite C em atividade, seja ela aguda ou crônica; (2) cicatriz sorológica (cura); (3) falso-positivo (alcoólatras ou doença auto-imune). 2º passo: PCR QUANTITATIVO - Se positivo: diz que o vírus está circulando! Não diz se a hepatite é aguda ou crônica! Quanto tratar? - TRATAR SEMPRE! Se aguda ou crônica! INDEPENDE DO ESTADIAMENTO DA FIBROSE! Opções terapêuticas? Veremos no resumo de falência hepática (CG) Colangite Biliar Primária “É a tia de meia idade que MITA” - Doença autoimune onde há a agressão da zona 1 do fígado. - MULHER/MEIA IDADE (40-60 anos) - Fadiga, prurido, icterícia, hiperpigmentação, xantelasmas, dor óssea, ↓vitaminas lipossolúveis - Aumento de FA, GGT - Doenças autoimunes... FAN + - ANTICORPO ANTIMITOCÔNDRIA - Tratamento: UDCA > TRANSPLANTE Hepatite Autoimune “É a sobrinha jovem musculosa” TIPO 1 (LUPOIDE) - MULHER/JOVEM (15-40 anos) - Fadiga, anorexia, icterícia, sorologia para hepatites virais negativas - “Algumas dicas”: artralgia, vitiligo, atraso menstrual... - FAN (+ frequente), ANTIMÚSCULO LISO (+ específico que o FAN), ANTI-ACTINA (+ específico de todos e associado a pior prognóstico) TIPO 2 - Mais comum em MENINAS, HOMENS - ANTICORPO ANTI-LKM1 (+ característico), ANTICITOSOL HEPÁTICO 1 (metade dos casos). Rara TIPO 3 - ANTICORPO ANTI SLA Tratamento para todos os tipos: PREDNISONA +/- AZATIOPRINA > TRANSPLANTE Hepatite Medicamentosa Responde por até 30% DOS QUADROS DE HEPATITE! Tipos de Lesões - HEPATOCELULAR: paracetamol, halotano, isoniazida, fenitoina, AINEs - COLESTÁTICA: ACOs, eritromicina, amoxicilina com clavulanato, rifampcina, bactrim - ESTEATOSE: amiodarona, tetraciclina, zidovudina Tratamento - SUSPENSÃO DA DROGA + medidas específicas a depender do caso - PARACETAMOL: N-acetilcisteina nas primeiras 10-24h para casos graves. - ESQUEMA RIP: isoniazida é a principal. Pode ser por hepatotoxicidade direta ou reação idiossincrásica (reação anormal a droga por inibição de uma atividade enzimática, sem mecanismo imunológico envolvido). Suspender as 3 drogas e introduzir uma a uma para descobrir a causadora. - AMIODARONA: lesão macrovesicular. Causa lesão sem aumento de TGO/TGP. Aumento discreto é tolerável. Lesões mais graves necessitam de suspensão. - ACO: podem ainda induzir neoplasia de hepatócitos, formação de cálculos de colesterol e síndrome de Budd-Chiari. Em geral há resolução após 2-3 meses da suspensão. - ANTI-HAS: a metildopa é a maisclássica. IECA e BRA também podem causar hepatotoxicidade. - AMANITA (COGUMELO): penicilina + ácido tióctico 11 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io COLESTASE Diante de um paciente com icterícia colestática = solicitar USG para saber onde está a obstrução biliar! “SÍNDROME COLESTÁSTICA = OBSTRUÇÃO DA BILE/FLUXO BILIAR” Etiologias Principais: Doença Calculosa Biliar Neoplasia Maligna Doença autoimune da via biliar Lembrando... LESÃO HEPATOCELULAR: TGO e TGP > FA e GGT COLESTASE:FA e GGT > TGO e TGP “D i a nt e d e u m p a c i e nt e c o m c o l est as e , o pri m e iro exa m e a s e so li c it a r é o US G d e a b d o m e , q u e o b j e tiv a AP O NT AR O L O C AL D A O BSTRU Ç Ã O ! N ã o m e d iz n e c ess a ri a m e nt e a c a us a ... Exe m p lo: s e c o l é d o c o d ist e n d id o e m to d a a su a ext e ns ã o e v esí c u l a d ist e n d id a = c á l c u lo d ist a l! O utro exe m p lo: c o l é d o c o n ã o v isto , v esí c u l a m urc h a e h e p á ti c os d i l a t a d os = c á l c u lo proxi m a l, próxi m o d e h e p á ti c o c o m u m .” Tipos de Cálculos: AMARELO PRETO CASTANHO Tipo Ñ pigmentado Pigmentado Pigmentado Frequência 80% 15% 5% Composição Colesterol Bilirrub Ca+ Bilirrub Ca+ Local Vesícula Vesícula Colédoco Fat Risco Vários* Hemólise/Cirrose Obstrução** Radiologia Ñ aparecem Aparecem Aparecem (*) Sexo feminino, história familiar, estrogenioterapia (ACO/TRH), multíparas, gestantes, idade avançada, obesidade, emagrecimento rápido, drogas (FIBRATO), ileocolectomia/doença de Crohn (↓recirculação entero-hepática de sais biliares não dissolve mais a bile maior risco de cálculo), diabetes, estase da vesícula biliar por vagotomia troncular (um ramo que inerva a vesícula biliar é perdido), nutrição parenteral total (a alimento não passa pelo duodeno e não há secreção de CCK para estimular a vesícula). (**) Colédoco estenosado (colangite esclerosante primária, trauma inadvertido durante procedimento cirúrgico) e parasitas no colédoco (áscaris lumbricoides/clonorchis sinensis) são os principais. Muitas vezes, também podem surgir anos após uma colecistectomia para retirada de cálculos de colesterol ou pretos. Colelitíase Conceito: - Presença de CÁLCULOS NA VIA BILIAR Quadro clínico: - 80% DOS CASOS SÃO ASSINTOMÁTICOS. - 20%: DOR EM QSD QUE DURA MENOS DE 6 HORAS (a obstrução se desfaz...) - Geralmente há ASSOCIAÇÃO COM ALIMENTAÇÃO GORDUROSA - PODE SER REFERIDA PARA OMBRO/PONTA DA ESCÁPULA - NÃO HÁ ICTERÍCIA! PODE HAVER NÁUSEAS E VÔMITOS... Diagnóstico: - USG ABDOMINAL (S = 95% e E = 98%) - Excelente para cálculos na vesícula biliar. Achados: IMAGENS CIRCULARES HIPERECOGÊNICAS (‘bolinhas brancas’) com SOMBRA ACÚSTICA POSTERIOR. CUIDADO! O USG de pólipos na vesícula é semelhante, mas a diferença é que NÃO TEM SOMBRA ACÚSTICA POSTERIOR! E A LAMA BILIAR? - Material espesso dentro da vesícula formado por CRISTAIS DE COLESTEROL + PARTÍCULAS DE BILIRRUBINATO IMERSOS NUM GEL GLICOPROTEICO - NÃO HÁ SOMBRA ACÚSTICA! Se assintomático: não há indicação de tratamento Se sintomático: realizar colecistectomia profilática se episódios recorrentes de dor + documentação 2x de lama biliar na ocasião desses episódios álgicos. - Atualmente, USG endoscópico e microscopia biliar são alternativas de tratamento. Tratamento: - COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA é o padrão ouro! Quem operar? - ASSINTOMÁTICOS: NUNCA, SALVO EXCEÇÕES. QUAIS? Vesícula em porcelana (maior risco de câncer) Associação com pólipo (maior risco de câncer) Cálculo > 2,5/3cm (maior risco de câncer) Anemia hemolítica (falciforme, talassemia, microesferocitose...) - SINTOMÁTICOS: SEMPRE, SALVO EXCEÇÕES. QUAIS? Risco cirúrgico alto Recusa do paciente Complicações: - Colecistite - Coledocolitíase - Colangite aguda - Pancreatite Tentar tratamento com URSO se cálculo de colesterol e < 1cm. Para cálculos maiores, a LECO prévia é alternativa. Não é útil para cálculos radiopacos. Quando optar pela cirurgia ABERTA? - DPOC grave, insuficiência cardíaca, suspeita de CA na vesícula, cirrose com hipertensão porta, gravidez no 3º trimestre (relativa), distúrbios de coagulação, instabilidade hemodinâmica, existência de outra patologia abdominal que necessite de cirurgia aberta. FAVORECEM A LITOGÊNESE: ↑Colesterol ↓Sais biliares ↓Lecitina TRIÂNGULO DE CALOT: Ducto cístico + Ducto hepático comum + Lobo inferior direito do fígado Não pode esquecer! A: tipo que mais causa colestase E: maior gravidade em gestantes B: mais fulmina B: mais manifestações extra hepáticas, incluindo a PAN B: único vírus DNA (mais risco de fulminar) C: mais cronifica e leva a cirrose C: associada a crioglobulinemia tipo II A/E: transmissão fecal-oral A/B: tem soro e vacina para prevenção B/C: agudas que tem antivirais Hiperbilirrubinemia Indireta - Com anemia: hemólise - Sem anemia, só icterícia e mais nada: distúrbio do metabolismo da BB (jovem: Gilbert, RN: Crigler-Najjar) Hiperbilirrubinemia Direta - ↑ TGO, TGP: hepatite (história + sorologia. Avaliar causa viral, medicamentosa, alcóolica, autoimune, isquêmica, NASH) - ↑ FA, GGT: colestase (USG) - Enzimas ok: Dubin-Johnson, Rotor 12 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Colecistite Aguda Conceito: - INFLAMAÇÃO POR OBSTRUÇÃO DURADOURA DA VESÍCULA (excesso de lecitina se transforma em lisolecitina, que gera a irritação química) Quadro Clínico: - DOR ABDOMINAL > 6H | FEBRE | SINAL DE MURPHY - NÃO HÁ ICTERÍCIA (se houver, é por causa de edema pericolecístico comprimindo a via biliar ou por coledocolitíase ou síndrome de Mirizzi associada). Laboratório: - LEUCOCITOSE - BILIRRUBINAS “NORMAIS” (eventualmente a bile retida na vesícula pode ser reabsorvida e estar um pouco aumentada, mas não ao ponto de gerar icterícia) Diagnóstico: - Escolha: USG DE ABDOME (pode identificar o cálculo impactado, presença de líquido perivesicular, paredes espessas [3mm] ou realizar o Murphy sonográfico). - Outros: COLANGIORM, TC - Padrão-ouro: CINTILOGRAFIA BILIAR (usada em casos duvidosos) Critérios Diagnósticos de Tokyo Tratamento: “PRIMEIRO ESTABILIZA, DEPOIS OPERA!” ANTIBIOTICOTERAPIA: - Cobrir gram-negativos, principalmente. Pensar em E. coli > Klebsiella > Enterobacter (anaeróbio facultativo) > Enterococo (gram-positivo). COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA PRECOCE (ATÉ 72H) - Primeiro estabiliza, e depois opera, com colecistectomia precoce em até 3 dias! E em casos graves/sem condições cirúrgicas? - Realizar a COLECISTOSTOMIA PERCUTÂNEA Complicações: (1) Gangrena com necrose da parede + perfuração: - LIVRE: gera COLEPERITÔNIO com dor abdominal difusa com descompressão brusca positiva e desidratação. Conduta? Cirurgia de urgência! - CONTIDA: há ABSCESSO PERICOLECÍSTICO LOCALIZADO caso a perfuração seja bloqueada pelo omento. Conduta? Avaliar colecistectomia. - PARA VÍSCERAS ADJACENTES: FÍSTULA, sendo a mais comum a colecistoduodenal, que cursa com a TRÍADE DE RIGLER = cálculo ectópico (íleo biliar) + distensão de delgado + pneumobilia. (2) Colecistite enfisematosa: - AR NO INTERIOR E NA PAREDE DA VESÍCULA “Ar na parede da vesícula é exclusividade da colecistite enfisematosa” - O predomínio é de ANAERÓBIOS (CLOSTRIDIUM WELCHII) - Mais comum em HOMENS, IDOSOS E DIABÉTICOS (3) Empiema de vesícula: - Os patógenos da colecistite aguda produzem PÚS - Depois do quadro clássico, há FEBRE ALTA e INDÍCIOS DE SEPSE - Devemos colher hemocultura, dar ATB, levar o paciente para terapia intensiva, repor volume e fazer COLECISTECTOMIA IMEDIATA! “É um quadro que se assemelha bastante à colangite bacteriana aguda.” E a COLECISTITE ALITIÁSICA? - Ocorre em pacientes GRAVES (intubado, queimado, UTI) e que geralmente NÃO SE QUEIXAM DE DOR. Conduta? COLECISTECTOMIA DE URGÊNCIA + ATB DE AMPLO ESPECTRO. Coledocolitíase Conceito: CÁLCULO NO COLÉDOCO PRIMÁRIA (10%) = cálculo veio do próprio colédoco (marrons, castanhos ou mistos). Exemplos: colangite esclerosante, parasitas (áscaris, clonorchis sinensis), lesão inadverdita em colecistectomia prévia. SECUNDÁRIA (90%) = cálculo veio da vesícula Quadro Clínico: - ICTERÍCIA (COLESTÁTICA) INTERMITENTE COM COLÚRIA, ACOLIA E ↑FA/GGT - VESÍCULA NÃO PALPÁVEL (a obstrução é intermitente, não dá para a vesícula se encher e ficar palpável – pensar em tumor peri-ampular). Diagnóstico: Exame inicial: USG (não é muitobom para coledocolitíae, mas se cálculos na vesícula + colédoco > 8mm = sugestivo) Exames melhores: - CPRE (vantagem: diagnóstica e terapêutica; desvantagem: invasiva, pode dar complicações como a pancreatite) - COLANGIORNM, - USG ENDOSCÓPICO. Algoritmo: - Colecistectomia por cálculo há coledocolitíase? sOLICITAR USG ABDOMINAL, HEPATOGRAMA E BILIRRUBINAS Risco alto (TEM COLEDOCOLITÍASE) -- Icterícia -- USG: cálculo + ↑colédoco -- Bilirrubina > 4mg/dl Risco intermediário (PODE OU NÃO TER) -- Colédoco > 6mm -- Idade > 55 anos -- Bioq. Hepática alterada Risco baixo (NÃO TEM COLEDOCOLITÍASE) -- Tudo negativo Só colecistectomia... Tratamento: - Se coledocolitíase descoberta no pré-operatório (pela CPRE, se era alto risco; ou pela colangioRNM, se intermediário): CPRE + PAPILOSTOMIA ENDOSCÓPICA + COLECISTECTOMIA NA MESMA INTERNAÇÃO. - Se coledocolitíase descoberta no intra-operatório (pela colangio intra- operatória): EXPLORAÇÃO CIRÚRGICA. Como? VIA LAPAROSCÓPICA: transcítica ou coledocotomia (deixar dreno de Kehr) em casos de cálculo não impactado na ampola VIA ABERTA: derivação biliodigestiva ou papilotomia transduodenal em casos de cálculo impactado na ampola Quando optar por derivação biliodigestiva ou papilotomia transduodenal? - DERIVAÇÃO BILIODIGESTIVA: se cálculo impactado na ampola + COLÉDOCO DILATADO (> 1,5cm) ou estenose de colédoco ou cálculos primários ou intra-hepáticos ou estenose do esfíncter de Oddi - PAPILOTOMIA TRANSDUODENAL: se cálculo impactado na ampola + COLÉDOCO NÃO DILATADO. Fazer CPRE (antes da cirurgia de colecistectomia) Colangio intra-operatória ou colangioRNM ou USG endoscópico Esquemas Possíveis: - Ceftriaxone + Metronidazol | Ampicilina + Sulbactam | Cipro + Metro 13 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Colangite Aguda Conceito: - OBSTRUÇÃO (cálculo, principalmente, e tumor...) + INFECÇÃO Tipos: - TRÍADE DE CHARCOT: FEBRE COM CALAFRIO + ICTERÍCIA + DOR ABDOMINAL - PÊNTADE DE REYNOLD: TRÍADE DE CHARCOT + HIPOTENSÃO + ↓ SENSÓRIO Diagnóstico: - IMAGEM! USG, COLANGIORM, CPRE: detectam etiologia ou dilatação biliar Tratamento: - (1) ANTIBIÓTICO (cobrir principalmente gram negativo e anaeróbio. Não há obrigação de cobrir gram positivos) - (2) DRENAGEM BILIAR (eletiva, se Charcot; imediata, se Reynold) Obstrução baixa: CPRE + PAPILOTOMIA ENDOSCÓPICA Obstrução alta (acima do colédoco): DRENAGEM TRANSHEPÁTICA PERCUTÂNEA - (3) COLECISTECTOMIA (se necessária) SOMENTE EM 7-10 DIAS (após melhora) Tumores Peri-Ampulares Conceito: - Colestase + VESÍCULA PALPÁVEL! Exemplos: CA de cabeça do pâncreas (+ comum) CA da ampola de Vater Colangiocarcinoma distal CA de duodeno Quadro Clínico: - Icterícia colestática PROGRESSIVA - Vesícula de COURVOISIER (palpável e indolor ao exame físico). Diagnóstico: - Investigação inicial: USG DE ABDOME - Padrão ouro: TC HELICOIDAL Achados: imagens hipodensas PRÓXIMAS À AMPOLA DE VÁTER Tratamento Curativo (raro): - CIRURGIA DE WHIPPLE (duodenopancreatectomia). Dificilmente pegamos um paciente com tumor peri-ampular com chances curativas... Particularidades: - CA de cabeça de pâncreas CA 19.9/adenocarcinoma ductal - CA da ampola de Vater ALÍVIO DA ICTERÍCIA + MELENA Detalhes Importantes: - Complicação esperada: colangite! - Tratamento paliativo para icterícia: endopróteses ou derivação biliodigestiva Tumor de Klatskin Conceitos: - COLANGIOCARCINOMA PERI-HILAR (+ comum) Quadro Clínico: - ICTERÍCIA COLESTÁTICA PROGRESSIVA - EMAGRECIMENTO Diagnóstico: - Inicial: USG VESÍCULA MURCHA + DILATAÇÃO DA VIA BILIAR INTRA- HEPÁTICA - Confirmação: COLANGIORNM E/OU TC Tratamento: - Dificilmente há chance curativa. Classificação de Bismuth: I: hepático comum II: junção dos hepáticos IIIA: confluência dos hepáticos + hepático direito IIIB: confluência dos hepáticos + hepático esquerdo IV: hepático comum, junção dos hepáticos e hepáticos direito e esquerdo. Hepatite Alcoólica Só para entender... As 3 agressões alcóolicas que o fígado pode sofrer são: (1) Esteatose hepática (libação); (2) Hepatite alcoólica (libação no bebedor crônico); (3) Cirrose alcoólica (uso crônico) Achados: “É um quadro AGUDO que devemos reconhecer na emergência!” - Hepatite PREDOMÍNIO MARCANTE DE TGO! - FEBRE ALTA E ICTERÍCIA - DOR ABDOMINAL - LEUCOCITOSE EXUBERANTE (reação leucemoide) - LESÃO CENTROLOBULAR - Biópsia que mostra CORPÚSCULOS DE MALLORY (geralmente não se faz biópsia por causa de hepatite alcoólica). É bem específico, mas não é patognomônico (doença de Wilson também pode causar, por exemplo). Tratamento: - Se encefalopatia ou hepatite aguda grave ou IFD (índice de Maddrey > 32: CORTICOIDE POR 4 SEMANAS. Segunda linha: PENTOXIFILINA Obs: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COLANGITE BACTERIANA AGUDA E PBE ATENÇÃO – PARA NÃO ESQUECER! Colelitíase crônica: cólica biliar < 6h Colecistite aguda: dor > 6h + febre + Murphy Coledocolitíase: icterícia intermitente Colangite aguda: Charcot/Reynold “Bebedor crônico +” - Icterícia, febre, dor abdominal leucocitose + TGO/TGP > 2, transaminases até 400 U/L, lesão centro-lobular, corpúsculos de Mallory. 14 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Síndrome de Mirizzi Conceito: - Cálculo IMPACTADO NO DUCTO CÍSTICO, realizando EFEITO DE MASSA SOBRE O DUCTO HEPÁTICO. - Cursa com colecistite + icterícia. - MAIOR INCIDÊNCIA DE CA DE VESÍCULA BILIAR - O diagnóstico geralmente é INTRA-OPERATÓRIO OU POR CPRE Tratamento: - A preferência é por COLECISTECTOMIA ABERTA (não dá pra fazer por vídeo porque a anatomia está distorcida). - Como há colecistite, também fazemos ATB Doença Autoimune da Via Biliar Representantes: Colangite Biliar Primária Agressão aos ductos do espaço porta Mais comum em MULHER DE MEIA IDADE Associada a AR, Sjogren e Hashimoto Anticorpo ANTI-MITOCÔNDRIA Colangite Esclerosante Primária Agressão de grandes vias biliares (intra e extra hepáticas) Mais comum em HOMEM Associada à RETOCOLITE ULCERATIVA P-ANCA Vias biliares EM CONTA DE ROSÁRIO Quadro Clínico: - É o MESMO PARA AS DUAS PATOLOGIAS! - ICTERÍCIA COLESTÁTICA + PRURIDO + FADIGA - Ambas as condições EVOLUEM PARA CIRROSE! Tratamento: - Retardar a evolução: ÁCIDO URSODESOXICÓLICO - Caso avançado: TRANSPLANTE HEPÁTICO Classificação de Csendes: I: sem fístula II: com fístula até 1/3 III: com fístula até 2/3 IV: com fístula em toda a circunferência do ducto 15 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Classificação: Quanto a TOPOGRAFIA... ALTA (DELGADO) - Função do delgado: absorção VOLUMOSA/BAIXA FREQUÊNCIA/SEM TENESMO BAIXA (COLÔNICA) - Função do cólon: continência fecal POUCO VOLUME/ALTA FREQUÊNCIA/COM TENESMO Quanto a GRAVIDADE... INVASIVA - Invade a parede do intestino COM SANGUE, MUCO OU PÚS (“DISENTERIA”) NÃO INVASIVA - Não invade a parede do intestino SEM SANGUE, MUCO OU PÚS Quanto ao TEMPO... AGUDA - < 2 semanas (ou < 3 semanas, segundo algumas literaturas) CRÔNICA - > 4 semanas (ou > 3 semanas) PERSISTENTE - Entre 2-4 semanas DIARREIAS AGUDAS – Agentes Etiológicos e Palavras-Chave Na grande maioria das vezes é infecção! Vírus (+ comum) - NOROVÍRUS: principal dos adultos - ROTAVÍRUS: grave/menores de 2 anos Bactérias - E. COLI ENTERRO-HEMORRÁGICA (CEPA O157H7): SHU (agente + comum) - E. COLI ENTEROTOXIGÊNICA: diarreia do viajante - SHIGELLA: SHU/alterações do SNC - CAMPYLOBACTER JEJUNI: síndrome de Guillain-Barré - S. AUREUS: diarreia com período de incubação curto (horas) + fator alimentar envolvido - SALMONELA: infecções à distância (osteomielite, meningite,artrite, abscesso hepático...) - PSEUDOAPENDICITE: campylobacter e yersínia - CLOSTRIDIUM DIFFICILE: COLITE PSEUDOMEMBRANOSA Colonoscopia com CÓLON CHEIOS DE PONTOS PURULENTOS e BIÓPSIA COM PSEUDOMEMBRANA) Fator de risco: USO PRÉVIO DE ATB (CLINDAMICINA, CEFALOSPORINA, QUINOLONA), idade avançada, uso de antiácidos. É comum em asilos/enfermarias Diagnóstico: PESQUISA DA TOXINA NAS FEZES OU CULTURA, ANTÍGENO GDH, PCR, NAAT ou COLONOSCOPIA (o achado é bastante característico focos de pús no intestino) Tratamento: VANCOMICINA (VO) ou FIDAXOMICINA ou METRONIDAZOL. Se fulminante: VANCO (VO) + METRONIDAZOL. Se > 3 recorrências: considerar TRANSPLANTE DE MICROBIOTA FECAL Abordagem: Quando investigar? - SINAIS DE ALARME! Desidratação Fezes francamente sanguinolentas Febre (> 38,5º) Não melhora após 48 horas Idosos (> 70 anos) Imunocomprometidos Uso recente de antibióticos Como investigar? - HEMOGRAMA + BIOQUÍMICA (eletrólitos, ureia, creatinina) - EXAME DE FEZES LACTOFERRINA (marcador inflamatório) TOXINA, CULTURA, PARASITOLÓGICO... Como tratar? - HIDRATAÇÃO - LOPERAMIDA (IMOSEC) DISENTERIA NÃO! ATB? - SE SINAIS DE ALARME - Escolha: QUINOLONA (ciprofloxacino 1cp 12/12h 5 dias) Diarreias Crônicas Doença Celíaca Reação a proteína do GLÚTEN (presente no trigo, centeio e cevada) Conceitos: - Presença do HLA-DQ2 (DQ2.5) – HLA-DQ8 (útil para excluir diagnóstico) “Todo paciente com Celíaca tem gene HLA, mas nem todo HLA tem Celíaca” Clínica: - É VARIÁVEL! São possibilidades: ASSINTOMÁTICO DISABSORÇÃO PARCIAL (cálcio, ferro, esteatorreia) DISABSORÇÃO TOTAL SINTOMAS NEUROPSIQUIÁTRICOS: PARANOIA, DEPRESSÃO, ATAXIA, MIOPATIA Condições Associadas: - DERMATITE HERPETIFORME (!) - DEFICIÊNCIA DE IGA - SÍNDROME DE DOWN - RISCO DE NEOPLASIAS: LINFOMA E ADENOCA DE JEJUNO. Diagnóstico: - CLÍNICA + SOROLOGIA/ANTICORPOS + EDA /BIÓPSIA (padrão-ouro) OS ACHADOS DA BIÓPSIA NÃO SÃO PATOGNOMÔNICOS são INESPECÍFICOS (PERDA DE VILOSIDADE COM INFLAMAÇÃO LINFOCITÁRIA). ANTICORPO ANTIGLIADINA IGA E IGG: em desuso! ANTICORPO ANTIENDOMÍSIO IGA: em desuso! ANTICORPO ANTITRANSGLUTAMINASE TECIDUAL IGA Tratamento: - EXCLUIR O GLÚTEN DA DIETA SÍNDROME DIARREICA @ casalmedresumos CUIDADO! Em prova, se usar o termo “dias”, deve ser aguda. Se usar o termo “semanas ou meses”, deve ser crônica. O tempo é o principal marcador da etiologia! É a primeira coisa que temos que olhar! Em casos de ANEMIA FERROPRIVA QUE NÃO RESPONDE A FERRO ou OSTEOPENIA EM JOVENS É IMPORTANTE AFASTAR DOENÇA CELÍACA! 16 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Doença de Whipple Conceitos: - Doença bacteriana causada pela TROPHERYNA WHIPPLEI (bacilo gram +). É EXTREMAMENTE RARA. O patógeno possui VIRULÊNCIA BAIXA. Possivelmente há algum FATOR GENÉTICO que predispõe a colonização intestinal por esse bacilo. Predileção por HOMENS ADULTOS BRANCOS Clínica: - Suspeitar quando DIARREIA-ESTEATORREIA (surgem em fases mais avançadas) associadas a uma DOENÇA MULTISSISTÊMICA caracterizada por: SINTOMAS GERAIS: febre, edema, perda ponderal, nódulos, baqueteamento, uveíte, hiperpigmentação, etc. Sintomas SNC: MIORRITMIA OCULOMASTIGATÓRIA e OCULOFACIALESQUELÉTICA (achados PATOGNOMÔNICOS) que podem vir acompanhados de PARALISIA DO OLHAR VERTICAUL SUPRANUCLEAR. Coração: endocardite Alterações articulares: ARTRALGIAS, OLIGO OU POLIARTRITE (podem chegar a 75% dos casos). Geralmente ABREM O QUADRO! Diagnóstico: - BIÓPSIA DE DELGADO. Achado: MACRÓFAGOS PAS POSITIVOS (inclusive com o bacilo dentro desses macrófagos). Não é um achado patognomônico. O principal diagnóstico diferencial pela histologia é a infecção por micobactérias no HIV. - A PESQUISA DE PCR PARA T.WHIPPLE NO LIQUOR DEVE SER FEITA, pois as manifestações neurológicas da doença são graves. Tratamento: - Primeiras 2-4 semanas: PENICILINA G CRISTALINA OU CEFTRIAXONE - Depois: SMZ/TMP POR 1 ANO - Se alérgicos a sulfa: manutenção com doxiciclina associada a hidroxicloroquina. Diarreia por Protozoários Lembrando... Trofozoítas são a forma parasitária dos protozoários! São dois intestinais que nos interessam: E. hystolitica ou G. lamblia. Características Básicas dos Protozoários: UNICELULARES (não visíveis ao olho nu) TRANSMISSÃO FECAL-ORAL CICLO EVOLUTIVO: CISTO TROFOZOÍTA CISTO NÃO CAUSAM EOSINOFILIA (nos imunocompetentes) 90% DOS CASOS SÃO ASSINTOMÁTICOS, mas TEM QUE TRATAR (para evitar a transmissão para a comunidade) Diagnóstico: EPF COM CISTOS/TROFOZOÍTA NAS FEZES, ANTÍGENO/ANTICORPOS FECAIS “Ser unicelular não coloca ovo, ele encista!” SOROLOGIA (SE EXTRAINTESTINAL) Tratamento: “NIDAZOL” (METRO/SECNI/TINI) ou NITAZOXANIDA (anita 1cp 12/12h 3d) Amebíase - Diarreia INVASIVA (cólon) DISENTERIA AMEBOMA (massa palpável) ABSCESSOS (hepático é o + comum) - Tratamento nos sintomáticos: “NIDAZOL” + TECLOZAN OU ETOFAMIDA - Tratamento nos assintomáticos: SÓ TECLOZAN OU ETOFAMIDA Giardíase - NÃO INVASIVA (delgado) “ATAPETA” O INTESTINO MÁ-ABSORÇÃO (importante diagnóstico diferencial com doença celíaca) Muito comum É RESISTENTE A CLORAÇÃO HABITUAL DA ÁGUA - Tratamento: “NIDAZOL” OU ALBENDAZOL (pega helminto, mas também pega giárdia) Diarreia por Helmintos Características Básicas dos Helmintos (“vermes”): VISÍVEIS RASH CUTÂNEO EOSINOFILIA (sempre que houver eosinofilia importante, pensar em helminto) CICLO PULMONAR CICLO EVOLUTIVO: OVO LARVA VERME OVO A MAIORIA É ASSINTOMÁTICA, mas TEM QUE TRATAR TRANSMISSÃO FECAL-ORAL, PELE, CARNE Quadro Clínico Comum: DIARREIA E DOR ABDOMINAL Tratamento: “BENDAZOL” (albenda/mebenda/tiabenda) NITAZOXANIDA (anita 1cp 12/12h 3d) Ascaridíase Ascaris lumbricoides Conceitos: - Habitát: DELGADO - Ciclo evolutivo: OVO (ingestão) LARVA PULMÃO, VIAS AÉREAS, ESÔFAGO VERME (intestino) OVO (fezes) Clínica: CICLO PULMONAR (SÍNDROME DE LOEFFLER), TOSSE SECA, INFILTRADO PULMONAR MIGRATÓRIO, EOSINOFILIA INTESTINAL INESPECÍFICO, CÓLICA BILIAR, PANCREATITE SUBOCLUSÃO INTESTINAL Diagnóstico: - EPF (ovos) Tratamento: - “BENZADOL” - Outros: LEVAMISOL (adora cair na prova), PAMOATO DE PIRANTEL Se SUBOCLUSÃO INTESTINAL: Suporte: SNG + HIDRATAÇÃO PIPERAZINA (pouco encontrado na prática) + ÓLEO MINERAL Na prática: fazer enema de solução salina hipertônica + óleo mineral ”BENDAZOL” APÓS ELIMINAÇÃO Se tratamento clínico não resolver: cirurgia 5 HELMINTOS FAZEM CICLO PULMONAR (SANTA) STRONGYLOIDES STERCORALIS ANCYLOSTOMA DUODENALE NECATOR AMERICANOS TOXOCARA CANIS ASCARIS LUMBRICOIDES. NÃO TRATAR: Entamoeba coli, Iodamoeba butschlii, Endolimax nana Fezes mal cheirosas e pálidas sugerem ESTEATORREIA (má absorção) 17 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Toxocaríase Toxocara canis larva migrans visceral Conceitos: - Hospedeiro definitivo: CACHORRO - Hospedeiro acidental: HUMANO (geralmente crianças/contato com areia contaminada por fezes do cachorro) - É como se fosse o “ÁSCARIS DO CACHORRO” Clínica: HEPATOMEGALIA CICLO PULMONAR (síndrome de Loeffler) EOSINOFILIA (↑↑↑) O verme não vai para o intestino por isso pode não haver diarreia É a larva migrando pelas suas vísceras quadro SISTÊMICO Diagnóstico: - Sorologia (ELISA) Tratamento: - ALBENDAZOL ± CORTICOIDE (se ↑inflamação sistêmica) - TIABENDAZOL 10mg/kg 3x/dia até melhorar - NITAZOXANIDA Ancilostomíase Ancylostoma duodenale/Necator americanus Conceitos: - Hábitat: DELGADO - É um GEO-HELMINTO (precisa da terra para completar o ciclo) - Ciclo evolutivo: VERME OVO VERME(intestino) OVO (fezes) LARVA RABDITOIDE (forma não infectante) LARVA FILARIOIDE (infectante) no solo PENETRAÇÃO NA PELE PULMÃO, VIAS AÉREAS, ESÔFAGO VOLTA PARA O INTESTINO. - A transmissão é CUTÂNEA! Não é fecal-oral! Quadro Clínico: LESÃO CUTÂNEA INTESTINAL INESPECÍFICO CICLO PULMONAR (SÍNDROME DE LOEFFLER) É o helminto que mais causa ANEMIA FERROPRIVA (!!!) (questão clássica de prova: eosinofilia + anemia) Diagnóstico: - EPF Tratamento: - “BENDAZOL” - NITAZOXANIDA Estrongiloidíase Strongyloides stercoralis Conceitos: - Hábitat: DELGADO - Também é um GEO-HELMINTO - Ciclo evolutivo: OVO LARVA VERME (intestino) OVO LARVA RABDITOIDE (fezes) LARVA FILARIOIDE (solo) PELE PULMÃO, VIAS AÉREAS, ESÔFAGO VOLTA PARA O INTESTINO. - É o único que elimina LARVA! - A transmissão é CUTÂNEA! Não é fecal-oral! Quadro Clínico: LESÃO CUTÂNEA CICLO PULMONAR (SÍNDROME DE LOEFFLER) Se autoinfestação (imunodeprimidos): FORMA DISSEMINADA E SEPSE Pode haver EPIGASTRALGIA (duodenite) Diagnóstico: - EPF (método de BAERMANN-MORAES para detectar LARVA) Tratamento: - IVERMECTINA (ESCOLHA) - CAMBENDAZOL/TIABENDAZOL - NITAZOXANIDA Tricuríase Trichuris trichiura Clínica: É o agente do PROLAPSO RETAL Fraqueza da camada muscular do intestino Diagnóstico: - CONTAGEM DE STOLL OU KATO- KATZ Tratamento: - ALBENDAZOL 10MG/KG DU OU IVERMECTINA Enterobíase (Oxiuríase) Enterobius vermicularis Conceitos: - Hábitat: INTESTINO GROSSO Clínica: É o agente do PRURIDO ANAL Corrimento vaginal na infância Diagnóstico: - FITA GOMADA (GRAHAM) Tratamento: - ALBENDAZOL 10MG/KG DU OU MEBENDAZOL 3 DIAS - PIRVÍNIO ou PIRANTEL A LARVA RABDITOIDE PODE SE TRANSFORMAR EM FILARIOIDE AINDA DENTRO DO INTESTINO NOS IMUNODEPRIMIDOS (principalmente usuários de corticoide em dose imunossupressora) AUTOINFESTAÇÃO (risco de sepse) 18 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Teníase Tenia solium (porco) e Tenia saginata (boi) Conceitos: - Ciclo: INGESTÃO DE CARNE (de porco ou boi) MAL COZIDA CONTENDO LARVAS DA TÊNIA (cisticerco) - Homem: HOSPEDEIRO DEFINITIVO - Porco ou boi/vaca: HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO “O homem come a larva e elimina o ovo. O porco ou o boi comem o ovo e eliminam a larva e o ciclo se perpetua. Agora... Se o homem comer o ovo da tênia solium, a história é diferente: surge a neurocisticercose.” Clinica: INTESTINAL INESPECÍFICO Diagnóstico: - EPF (pesquisa de OVOS OU PROGLÓTIDES) - Tratamento: - PRAZIQUANTEL - Albenda/Mebendazol, Niclosamida, Nitazoxanida Neurocisticercose Conceitos: - Ingestão dos OVOS da tênia SOLIUM “O homem fazendo o papel do porco” - Homem: hospedeiro INTERMEDIÁRIO Clínica: CLÍNICA VARIADA (pode acometer sensibilidade, gerar fraqueza muscular, alteração do comportamento), mas o achado característico é CRISE EPILÉPTICA SEM ANTECEDENTES NEUROLÓGICOS. Diagnóstico: - RNM em T1: melhor método para identificar LESÕES CÍSTICAS COM ESCÓLEX CENTRAL. - TC: melhor exame para identificar MICROCALCIFICAÇÕES CEREBRAIS - LCR: EOSINOFILIA Tratamento: - Se lesão em atividade (cistos), usar ALBENDAZOL por 8-28 dias ou - PRAZIQUANTEL ± DEXAMETAZONA (se múltiplas lesões) Himenolepíase Hymenolepis nana - TÊNIA ANÃ - Diagnóstico: EPF - Tratamento: igual teníase Esquitossomose Conceitos: - Causa de HIPERTENSÃO PORTA INTRA-HEPÁTICA PRÉ-SINUSOISAL - É um parasita dos VASOS MESENTÉRICOS! Não é um parasita intestinal! - Transmissão CUTÂNEA! - Ciclo: OVO (água) MIRACÍDIO (CARAMUJO) CERCÁRIA PELE (é de transmissão cutânea) VASOS MESENTÉRICOS DESTINO DOS OVOS: LÚMEN RETAL; PAREDE DO RETO RETORNA AO SISTEMA PORTA Clínica: DERMATITE CERCARIANA FEBRE DE KATAYAMA: FEBRE, SUDORESE, HEPATOESPLENOMEGALIA, EOSINOFILIA (semelhante à toxocaríase, mas sem síndrome de Loeffler) Forma crônica: GRANULOMAS (HIPERTENSÃO PORTA, HIPERTENSÃO PULMONAR, MIELITE) Diagnóstico: - EPF (após 40 dias) - BIÓPSIA RETAL (+ sensível) - SOROLOGIA (se esquistossomose aguda) Tratamento: - PRAZIQUANTEL/OXAMINIQUINE + PREDNISONA 1MG/KG/DIA PARA AJUDAR NA MEMORIZAÇÃO! Geohelmintos? Ancilostoma e Estrongiloides! Penetração cutânea? Esquitossomose, Estrongiloides e Ancilostoma Elimina larva nas fezes? Estrongiloides Ingestão de larva da tênia? Teníase Ingestão de ovos da tênia solium? Neurocisticercose Tratamento com praziquantel? Esquitossomose e teníase Febre de Katayama? Esquitossomose 19 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Doença Intestinal Inflamatória “Doenças autoimunes que têm como alvo o trato gastrointestinal”. Conceitos Gerais: - Possui 3 ESPECTROS CLÍNICOS: Doença de Crohn Retocolite ulcerativa Colite indeterminada (mistura DC/RCU) - São doenças IDIOPÁTICAS E SISTÊMICAS - HISTÓRIA FAMILIAR é o principal fator de risco! - CIGARRO: Favorece Doença de Crohn (Doença do Cigarro) Protege contra Retocolite Ulcerativa Doença de Crohn - LESÃO TRANSMURAL - VAI DA BOCA ATÉ O ÂNUS - NÃO É CONTÍNUA (PADRÃO SALPICADO DE LESÕES) - Diagnóstico diferencial de DOENÇA CELÍACA - Quadro clássico: DIARREIA + DOR ABDOMINAL + EMAGRECIMENTO - Possui “as mesmas complicações da RCU e mais algumas coisas, porque é transmural e pode ir da boca até o ânus” Retocolite Ulcerativa - LESÃO DE MUCOSA - ATINGE RETO E CÓLON. - LESÃO CONTÍNUA E ASCENDENTE. - Diagnóstico diferencial de COLITE AMEBIANA - Quadro clínico: DIARREIA BAIXA DISENTÉRICA - Todas as suas complicações podem estar presentes na DC CAI DIRETO EM PROVA! Principais Diferenças - RCU x DC Retocolite Ulcerativa Doença de Crohn Limitada ao retocólon Acomete boca ao ânus Limitada à mucosa Transmural (fístulas, úlceras) Erosões (sangramento) Perda de haustrações (cano de chumbo) Pseudopólipos Úlceras aftoides Estenoses (obstrução intestinal) Pedras de calçamento Fístulas Fissuras perianais Progressão ASCENDENTE E CONTÍNUA: - “Poupa” ânus - Adora reto: retossigmoidite (50%) - Colite esquerda (30%) - Pancolite (20%) Progressão SALTEADA e DESCONTÍNUA: - Íleocolite: dor, massa QID (> 50%) - Adora ânus: íleo terminal (30%) - “Poupa” reto Colite disentérica Diarreia, dor abdominal, emagrecimento Biópsia: criptite, microabscessos Biópsia: granuloma não caseoso AMBAS SÃO FATOR DE RISCO PARA CA COLORRETAL! Manifestações Extra-intestinais: Cutâneas - ERITEMA NODOSO: marcador de atividade de doença DC - PIODERMA GANGRENOSO: característico da RCU Hepatobiliares - CÁLCULOS BILIARES: característico da DC. “Crohn adora formar cálculo. Não importa onde! DC = Doença do Cálculo” - COLANGITE ESCLEROSANTE: característico da RCU Articulares - ARTRITE PERIFÉRICA, SACROILEÍTE/ESPONDILITE ANQUILOSANTE: característico e marcador de atividade da doença DC Renal: - NEFROLITÍASE: mais característico da DC PARA AJUDAR A DECORAR “RCU E DC” R Resposta imune (febre, leucocitose, ↑PCR) C Colangite esclerosante (RCU, independente, não reflete atividade de doença) U Uveíte E Eritema nodoso (DC, reflete atividade da doença) e Pioderma gangrenoso (RCU, independente) D Dor articular/artrite periférica, espondilite anquilosante (DC, reflete atividade da doença) C Cálculos renais e biliares (DC) Diagnóstico: LABORATÓRIO: - LACTOFERRINA FECAL, CALPROTECTINA FECAL (prediz recaída e diagnóstico de bolsite) SOROLOGIA: - DC: p-ANCA - e ASCA + - RCU: p-ANCA + e ASCA – EXAME ENDOSCÓPICO + BIÓPSIA - RETOSSIGMOIDOSCOPIA para RCU - ILEOCOLONOSCOPIA para DC DC = PEDRAS DE CALÇAMENTO/ÚLCERAS AFTOIDES GRANULOMA NÃO CASEOSO (biópsia/achado patognomônico) RCU = MUCOSA ERITEMATOSA, FRIÁVEL, EDEMACIADA, PSEUDOPÓLIPOS CRIPTITE (biópsia/achado inespecífico) TratamentoClínico: - DERIVADOS 5-ASA (ANTI-INFLAMATÓRIO TÓPICO VO OU VIA RETAL) SULFASSALAZINA (ação colônica) PENTASA (todo intestino) - CORTICOIDE: VIAS RETAL, VO OU IV (usar preferencialmente para remissão) - IMUNOSSUPRESSOR: AZATIOPRINA, MERCAPTOPURINA, METOTREXATO - BIOLÓGICOS 1° ESCOLHA PARA DOENÇA MODERADA A GRAVE: ANTI-TNF E ANTI-INTEGRINA Doença de Crohn - Leve: DERIVADOS 5-ASA - Moderada, grave: BIOLÓGICO + IMUNOMODULADORES Retocolite Ulcerativa - Leve, moderada: DERIVADOS 5-ASA +/- CORTICOIDE - Grave, fulminante: ATB + CORTICOIDE +/- BIOLÓGICOS ASCA = “Sim Crohn” “É a doença sem limite pega mucosa, submucosa, muscular e serosa (pode fazer fístula) e vai da boca até o ânus (atinge principalmente íleo terminal).” “Não pega boca, não pega ânus! Começa no reto e vai progredindo continuamente. É organizada! Não tem padrão salpicado!” 20 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Tratamento Cirúrgico: Doença de Crohn - Indicações: COMPLICAÇÕES (obstrução ou perfuração intestinal, abscesso, hemorragia maciça, megacólon tóxico) - Cirurgia de urgência: RESSECÇÃO SEGMENTAR - Cirurgia eletiva: ESTRICTUROPLASTIA: ESTENOPLASTIA Retocolite Ulcerativa - Indicações: CASOS REFRATÁRIOS DISPLASIA, CÂNCER COMPLICAÇÕES (megacólon, sangramento maciço) - Cirurgia de urgência: COLECTOMIA + ILEOSTOMIA (COLECTOMIA À HARTMANN) - Cirurgia eletiva: PROTOCOLECTOMIA + ANASTOMOSE ENTRE BOLSA ILEAL + ÂNUS (IPAA) Complicações: Sangramentos - A pesquisa de sangue oculto é geralmente positiva em pacientes com DC, mas SANGRAMENTOS MACROSCÓPICOS SÃO MUITO MAIS FREQUENTES NA RCU, razão pela qual o diagnóstico de DC costuma ser feito mais tardiamente. Megacólon Tóxico - O megacólon tóxico ocorre quando uma inflamação transmural grave compromete a camada muscular, adelgaçando a parede intestinal. É mais comum na RCU, principalmente quando o transverso é acometido! - Diagnóstico: DISTENSÃO ABDOMINAL + FEBRE + DOR + LEUCOCITOSE + HIPOTENSÃO + CÓLON TRANSVERSO > 6CM NO RX + PERDA DAS HAUSTRAÇÕES. - Conduta: DIETA ZERO + CNG EM SUCÇÃO + ATB (para antecipar uma possível obstrução) + CORTICOIDE IV ± IMUNOSSUPRESSOR (CICLOSPORINA) por 24-48 horas. Se REFRATÁRIO em 24-48h: COLECTOMIA. Perfuração - COMPLICAÇÃO MAIS TEMIDA. A clínica é de peritonite, mas os sintomas clássicos nem sempre estão presentes, principalmente naqueles que fazem uso de corticoides. ALTA MORTALIDADE. Estenose - As estenoses costumam resultar do comprometimento repetitivo e grave dos planos profundos da parede intestinal e, por isso, são MAIS COMUNS NA DC (ocorrem em 40% dos pacientes) - Se houver estenose intestinal, predominam os sintomas de uma obstrução parcial, como cólica e distensão abdominal pós-prandiais, constipação/diarreia paradoxal e massa palpável (refletindo uma alça intestinal de diâmetro aumentado, geralmente dolorosa à palpação, ou um abscesso intra-abdominal). - O tratamento pode ser endoscópico em alguns casos. - Podem ser de delgado ou de cólon. Constituem a principal indicação cirúrgica da doença da DC. Fístulas - As fístulas transmurais SÃO TÍPICAS DA DC e podem resultar em massas inflamatórias e abscessos quando se estendem para estruturas adjacentes. - Pode ser entero-entérica, entero-vesical, entero-mesentérica, entero- cutânea, reto-vaginal, peri-anal, abscesso perianal. - Uma forma clássica de apresentação da DC é aquela na qual um paciente que foi submetido a uma apendicectomia (diagnóstico equivocado de apendicite, quando na verdade o que ele tem é DC) evolui no pós-operatório com uma fístula enterocutânea proveniente da região manipulada durante o ato operatório. - Tratamento com NPT + IMUNOMODULADORES. Recorrência frequente. Abscessos - TÍPICOS DE DC. Surgem quando o conteúdo intestinal vaza por um pertuito e fica contido. Ocorrem em 15-20% dos pacientes com DC, sendo MAIS COMUNS NO ÍLEO TERMINAL. Diagnostico por TC. Tratamento com CIRURGIA (ressecção da porção que contém o abscesso). Drenagem percutânea é opção, mas não é eficaz. Câncer - Ambas podem gerar, mas PRINCIPALMENTE RCU. - Fatores de risco: EXTENSÃO da inflamação da mucosa (quanto maior a extensão, maior o risco); TEMPO de doença (> 10a). - Vigilância: colonoscopia ANUAL após 8 anos do aparecimento da doença. - Alerta: se, durante a vigilância, for evidenciada uma displasia de baixo grau, o acompanhamento passa a ser de 3/3 ou 6/6 meses (depende da literatura). - INDICAÇÃO CIRÚRGICA: DISPLASIA DE ALTO GRAU visualizada na colonoscopia + biópsia - RCU + CA tem maiores chances de tumores sincrônicos! Observação: em pacientes com DII, há um pequeno aumento na incidência de leucemia, linfoma e carcinoma de vias biliares. Síndrome do Intestino Irritável - DIARREIA FUNCIONAL MAIS COMUM em MULHERES DE 30-50 ANOS - ALTERAÇÕES PSIQUIÁTRICAS estão presentes em 80% dos casos Quadro Clínico: - DOR ABDOMINAL + DIARREIA E/OU CONSTIPAÇÃO - MUCO NAS FEZES (50% dos casos) Diagnóstico: Exclusão (critérios de ROMA IV) - Obrigatório: DOR ABDOMINAL (obrigatório) = pelo menos 1D/SEMANA NOS ÚLTIMOS 3 MESES (Roma III: pelo menos 3d/mês) + pelo menos dois dos seguintes: RELAÇÃO COM EVACUAÇÃO (Roma III: “melhora” com evacuação) ALTERAÇÃO NA FREQUÊNCIA ALTERAÇÃO NA FORMA DAS FEZES - Os sintomas devem ter começado há PELO MENOS 6 MESES! “Por este critério, o mais utilizado atualmente, os sintomas devem ter iniciado 6 meses antes do diagnóstico, mas os critérios só precisam ser satisfeitos durante os últimos 3 meses.” Tratamento: - ORIENTAÇÕES + SINTOMÁTICOS (para diarreia, gases, constipação, etc) MUITO, MAS MUITO IMPORTANTE! PARA FACILITAR O ENTENDIMENTO... TRATAMENTO | SEQUÊNCIA DE PROVA = AMINOSALICILATOS CORTICOIDE IMUNOMODULADORES IMUNOBIOLÓGICOS Existem 3 principais causas de PNEUMATÚRIA na prova DIVERTICULITE, CA COLORRETAL E DOENÇA DE CROHN 21 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Síndrome Metabólica Pelo menos 3 dos seguintes: (1) HIPERTENSÃO: PA > 130/85 (2) HDL: < 40 para homens ou < 50 para mulheres. (3) TRIGLICERÍDEOS: > 150 (4) OBESIDADE ABDOMINAL: > 102cm (homens) ou > 88cm (mulheres) “A tendência hoje é fazer um valor de corte por etnia!” (5) HIPERGLICEMIA: Jejum > 100mg/dl Hipertensão Arterial Sistêmica Definição: - Níveis elevados e PERSISTENTES de PA com ↑risco cardiovascular Etiologia: - Primária: 90-95% dos casos - Secundária: 5-10% dos casos Quadro Clínico: - ASSINTOMÁTICA ou - LESÃO DE ÓRGÃO ALVO (LOA) CORAÇÃO, CÉREBRO, RETINA, RIM, ARTERIOPATIA/AORTA Retinopatia Hipertensiva (Classificação de Keith-Wagener-Barker) I = Estreitamento arteriolar II = Cruzamento AV patológico III = Hemorragia/exsudato IV = Papiledema Nefroesclerose Hipertensiva (Benigna x Maligna) - Benigna: QUADRO + ARRASTADO ARTERIOSCLEROSE HIALINA + HIPERTROFIA DE CAMADA MÉDIA - Maligna: QUADRO + SÚBITO ARTERIOSCLEROSE HIPERPLÁSICA (‘BULBO DE CEBOLA’) + NECROSE FIBRINOIDE HAS Acelerada Maligna - RETINOPATIA III, IV + LESÃO RENAL Encefalopatia Hipertensiva - Perda da capacidade de autorregulação do fluxo cerebral, o que leva ao HIPERFLUXO E EDEMA CEREBRAL. - CEFALEIA, NÁUSEAS, VÔMITOS, CONFUSÃO MENTAL - AVE? FAZER TC DE CRÂNIO, que evidencia edema em substância branca Diagnóstico: - Média de 2 medidas em PELO MENOS 2 consultas: > 140 x 90 - Alternativa: PA > 180 X 110 OU JÁ TEM LESÃO DE ÓRGÃO ALVO - Se dúvida: MAPA: > 135 x 85 (vigília) | > 130 x 80 (24h) | > 120 x 70 (sono) MRPA: > 130 x 80 (devem ser feitas obrigatoriamente 3 medidas pela manhã e 3 medidas pela noite durante 5 dias) Variantes: HAS JALECO BRANCO: MAPA NORMAL, CONSULTÓRIO ↑ EFEITO JALECO BRANCO: PAS 20MMHG E/OU PAD 10MMHG MAIORES HAS MASCARADA: CONSULTÓRIO NORMAL, MAPA ↑ “Estudos mostram que a HAS mascarada determina incidência2x maior de eventos cardiovasculares do que em indivíduos normotensos.” Classificação: Categorias PAS PAD PA Ótima < 120 e < 80 PA Normal 120 - 129 e/ou 80 – 84 Pré-HAS 130 - 139 e/ou 85 – 89 Estágio 1 140 - 159 e/ou 90 – 99 Estágio 2 160 - 179 e/ou 100 – 109 Estágio 3 > 180 e/ou > 110 Detalhe que pode cair... - A nova diretriz brasileira de HAS determinou (2020) que o melhor método para aferição da PA em consultório é através do APARELHO AUTOMÁTICO COM AFERIÇÃO PELO MÉTODO OSCILOMÉTRICO em detrimento ao método tradicional, caso o aparelho seja devidamente certificado e a artéria usada seja o de artéria braquial (e não radial). Exames de Rotina: 1. URINA 1 2. K + 3. CREATININA PLASMÁTICA 4. GLICEMIA DE JEJUM E HBA1C 5. COLESTEROL TOTAL, HDL E TRIGLICERÍDEOS 6. ÁCIDO ÚRICO 7. ECG Tratamento: “Levar em consideração a PA sistólica ou diastólica? A que estiver PIOR!” PRÉ-HIPERTENSÃO - SOMENTE MEV! ↓PESO (MEDIDA MAIS EFICAZ) ATIVIDADE FÍSICA 30M/DIA DIETA DASH REDUÇÃO DE SÓDIO < 2G). - Se alto risco, idoso frágil, idade > 80 anos: MEV + MONOTERAPIA HAS ESTÁGIO I - MONOTERAPIA Se HAS estágio I SEM OUTRO FATOR DE RISCO = PODE FAZER 3-6 MESES DE MEV ANTES DE ENTRAR COM REMÉDIO! Se alto risco/síndrome metabólica = É VÁLIDO ENTRAR DIRETO COM 2 DROGAS! HAS ESTÁGIO II/III: - 2 DROGAS (ASSOCIAÇÃO) HAS sistólica isolada: - DEPENDE DA PA SISTÓLICA SÍNDROME METABÓLICA E OBESIDADE @ casalmedresumos BRASIL EUA REPARE QUE NÃO ENTRA SÓDIO! 22 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Escolhendo a Droga... Drogas de 1ª linha: TIAZÍDICO BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO IECA/BRA Drogas de 2ª linha: BETABLOQUEADOR: deve ser prescrito somente para pacientes que tem outra doença que justifique o uso do BB (ICC, coronariopata, enxaqueca) CLONIDINA (efeito sedativo, bom para urgência hipertensiva) HIDRALAZINA METILDOPA ALISQUIRENO (inibidor direto da renina) ALFABLOQUEADOR (bom para HPB) ESPIRONOLACTONA HIDRALAZINA Indicações Específicas: IECA/BRA JOVENS, BRANCOS NEFROPATAS, DM, ICC, IAM PRÉVIO, HIPERURICEMIA (principalmente losartan) TIAZÍDICOS NEGROS, IDOSOS OSTEOPOROSE BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO NEGROS, IDOSOS FA, DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA Efeitos Adversos... IECA/BRA IRA, ↑K: não usar se creatinina > 3 (contraindicação relativa), K > 5,5 ou estenose bilateral de artérias renais. ANGIOEDEMA: os dois podem causar TOSSE: só IECA (por aumento de bradicinina) TIAZÍDICOS 4 HIPO: volemia, natremia, CALEMIA, magnesemia 3 HIPER: glicemia, lipidemia, uricemia (não usar se gota) Obs: CLORTALIDONA é o melhor tiazídico! BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO Dipinas (vasosseletivas): CEFALEIA, EDEMA E MMII Diltiazem, verapamil (cardiosseletivas): BRADIARRITMIAS HAS Resistente 3 OU MAIS DROGAS, OTIMIZADAS, INCLUINDO DIURÉTICO! EXCLUIR PSEUDORRESISTÊNCAI! Má aderência Efeito do jaleco branco EXCLUIR HAS SECUNDÁRIA Desconfiar se início antes dos 30 anos ou depois dos 50 anos, grave, com LOA TRATAR HAS RESISTENTE “VERDADEIRA” ADICIONAR 4ª DROGA: ESPIRONOLACTONA Hiperaldosteronismo - HAS + HIPOCALEMIA = PENSAR EM HIPERALDOSTERONISMO! Dosar aldosterona e atividade da renina plasmática! HIPERALDOSTERONISMO SECUNDÁRIO HIPERTENSÃO RENOVASCULAR (ESTENOSE DE ARTÉRIA RENAL) ↑RENINA = hiperaldosteronismo secundário IECA/BRA (só não usar se estenose bilateral ou unilateral em rim único) HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO ADENOMA/HIPERPLASIA DE ADRENAL ↓RENINA = hiperaldosteronismo primário ESPIRONOLACTONA + RESSECAR TUMOR Feocromocitoma - CRISES ADRENÉRGICAS TÍPICAS E ALTERNÂNCIA COM HIPOTENSÃO (por abuso prévio de anti-hipertensivos) - Urina 24h: catecolaminas e METANEFRINAS urinárias. - Após confirmação: LOCALIZAR TUMOR (TC/RNM/PET) - A CONDUTA É CIRÚRGICA! - Preparo: ALFA-BLOQUEIO (fenoxobenzamina > prazozim/doxazozin) por 10 dias e BETA-BLOQUEIO depois do alfa-bloqueio. “BLOQUEIO ALFABÉTICO” ALVOS TERAPÊUTICOS - Risco cardiovascular baixo-moderado: < 140 x 90 - Risco cardiovascular alto (DM, SM, LOA): < 130 x 80 - Idoso frágil: < 160 x 90 ATENÇÃO AQUI! HIPOCALEMIA - Pensar em HIPERALDO PRIMÁRIO OU SECUNDÁRIO - Diagnóstico: SUPRARRENAL X ESTENOSE ARTÉRIA RENAL AUMENTO CREATININA, PROTEINÚRIA - Pensar em DOENÇA RENAL - Diagnóstico: USG, CLEARENCE CR RONCO, SONOLÊNCIA - Pensar em APNEIA DO SONO - Diagnóstico: POLISSONOGRAFIA CEFALEIA, SUDORESE, PALPITAÇÃO - Pensar em FEOCROMOCITOMA - Diagnóstico: METANEFRINAS (PLASMA, URINA) JOVEM, REDUÇÃO PULSO FEMORAL - Pensar em COARCTAÇÃO DA AORTA - Diagnóstico: DOPPLER, ANGIOTC VEREMOS MAIS DETALHES NOS RESUMOS DE ENDÓCRINO! 23 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Fica Atento! Ronco, sonolência diurna, obesidade Apneia do sono Polissonografia (noite) HAS resistente ao tratamento, hipocalemia, nódulo adrenal Hiperaldo 1º Aldosterona Renina Insuficiência renal, edema, ureia elevada, creatinina elevada, proteinúria, hematúria Doença Renal Parenquimatosa (principal causa) TFG USG renal Albuminúria Hipertensão paroxística, cefaleia, sudorese, palpitações, taquicardia Feocromocitoma Catecolaminas e Metanefrinas Urinárias Sopro sistólico/diastólico abdominal, edema pulmonar súbito, hipocalemia, alterações de função renal por IECA/BRA HAS renovascular (hiperaldo 2º) Doppler AngioRNM AngioTC Intolerância ao calor, perda de peso, palpitações, hipertensão sistólica, exoftalmia, tremores, taquicardia Hipertireoidismo TSH T4 livre Fadiga, ganho de peso, perda de cabelo, hipertensão diastólica, fraqueza muscular Hipotireoidismo TSH T4 livre Cefaleia, fadiga, problemas visuais, aumento de mãos, pés e língua Acromegalia GH IGF-1 Pulsos femorais reduzidos ou assimétricos, RX de tórax anormal Coarctação de Aorta TC Aortografia Litíase urinária, osteoporose, depressão, letargia, fraqueza muscular Hiperpara Cálcio PTH ↑peso, fadiga, fraqueza, hirsutismo, amenorreia, face em lua cheia, corcova dorsal, estrias purpúricas, obesidade central Cushing Cortisol basal Supressão com dexametasona Crise Hipertensiva Aumento súbito e expressivo da PA (em geral PAd > 120) Emergência - LESÃO AGUDA DE ÓRGÃO-ALVO ↓PAM 20-25% NA PRIMEIRA HORA (redução IMEDIATA). Nas próximas 2-6h: tentar chegar em ~ 160 x 100 Nas próximas 24h: tentar chegar em ~ 135 x 85 - Exceções: Dissecção aórtica: redução BRUSCA de FC/PA AVEi: só reduzir se > 220 x 120 ou 185 x 110 se usar trombolítico - Drogas INTRAVENOSAS: NITROPRUSSIATO (nipride) NITROGLICERINA (tridil = boa para SCA) LABETALOL (alfa e betabloqueador) ESMOLOL, HIDRALAZINA (gestante) Urgência - RISCO DE LESÃO DE ÓRGÃO-ALVO (IAM, AVE, IC prévios) - Crise adrenérgica, epistaxe, pré-operatório... REDUZIR PA ~ < 160 X 100 EM 24-48H - Drogas VIA ORAL: Furosemida IECA Clonidina Pseudocrise “Paciente hipertenso crônico, que chega hipertenso, com queixas vagas” - SEM SINTOMAS, EXAMES NORMAIS - Conduta: ANSIOLÍTICO, ANALGESIA Dissecção Aórtica Conceitos: - A PA e a FC são fatores de importante prognóstico na DAA Quadro Clínico: - DOR TORÁCICA INTENSA E SÚBITA, que pode IRRADIAR PARA DORSO - REDUÇÃO DE FLUXO PARA RAMOS ARTERIAIS Comprometimento de aorta ascendente (coronárias, principalmente direita): IAM, INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Comprometimento arco aórtico (vasos do pescoço) Subclávia: ASSIMETRIA PA E PULSO Carótida: SÍNCOPE, AVEI Comprometimento de aorta descendente (órgãos) ISQUEMIA MESENTÉRICA ISQUEMIA RENAL Classificação: Comprometimento de aorta ascendente:maior gravidade - DEBAKEY I: toda aorta II: aorta ascendente III: aorta descendente - STANFORD A: aorta ascendente B: aorta descendente Tratamento Clínico: Tratamento começa na suspeita! - FC < 60 bpm (BETABLOQUEADOR IV) - PA sistólica < 120 mmHg (NITROPRUSSIATO IV) Confirmação: - ECO TRANSESOFÁGICO - ANGIOTC - ANGIORM Tratamento Cirúrgico: - Stanford A: SEMPRE - Stanford B: CASOS COMPLICADOS Adendo... Intoxicação por Nitroprussiato Existe cianeto na composição! Causas: USO PROLONGADO (> 48 horas), ↑DOSE (> 2mcg/kg/minuto), DISFUNÇÃO DE ÓRGÃO (principalmente hepática e renal) Ciclo: NITROPRUSSIATO CIANETO (fígado) TIOCIANATO EXCREÇÃO (rim) Obs: a LUZ acelera essa transformação de nitroprussiato em cianeto! Clínica: TOXICIDIADE GASTRO/NEURO + ACIDOSE METABÓLICA. Tratamento: SUSPENDER/REDUZIR + VITAMINA B12 (antídoto do cianeto) ou NITRITO ou TIOSSULFATO DE SÓDIO ou HEMODIÁLISE 24 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Dislipidemia Lipídeo Alvo Terapêutica TG < 150 140-499: dieta, MEV. > 500: FIBRATO HDL > 40 ÁCIDO NICOTÍNICO (sem recomendação prática) LDL Ver risco* ESTATINA (grupos selecionados) EZETIMIBA INIBIDOR PCSK9 (*) ABORDAGEM EM RELAÇÃO AO LDL: Terapia de ALTA intensidade ↓LDL > 50% Terapia de MODERADA intensidade ↓LDL 30-49% - Atorvastatina 40-80mg - Rosuvastatina 20-40mg - Atorvastatina 10-20mg - Sinvastatina 20-40mg Risco MUITO ALTO: LDL < 50 - Doença aterosclerótica (IAM, AVE, doença arterial periférica) Risco ALTO: LDL < 70 - LDL > 190 - Escore de risco > 20% Risco ALTO: LDL < 70 - LDL 70-189 - DM - Potencializadores: SM, LOA, ITB < 0,9, ↑PCR-us, escore de cálcio TEMPO DE TRATAMENTO? INDEFINIDO! Reavaliar a cada 4-12 semanas! Então... ALTA INTENSIDADE: REDUZIR LDL > 50% Atorvastatina (40-80mg) Rosuvastatina (20-40mg) MODERADA INTENSIDADE: REDUZIR LDL 30-49% Atorvastatina (10-20mg) Rosuvastatina (5-10mg) Sinvastatina (20-40mg) Diabetes Mellitus Definições: Distúrbio do METABOLISMO INTERMEDIÁRIO relacionado ao hipoinsulinismo Incretinas: tentam controlar a glicemia, ↑insulina x ↓glucagon Insulina: hormônio ANABÓLICO Glucagon, GH, cortisol: hormônios CATABÓLICOS Diabetes = HIPOINSULINISMO (sem insulina ou resistência periférica) com HIPERGLICEMIA. Classificação: Tipo 1 Sintomático + outras doenças presentes (Hashimoto, Celíaca) - HIPOINSULINISMO ABSOLUTO - PEPTÍDEO C INDETECTÁVEL - GENÉTICO/AUTOIMUNE HLA DR3-DR4 ANTICORPOS ANTI- ICA (GAD, IA2...) - PACIENTE < 30 ANOS, MAGRO Tipo 2 Assintomático + complicações tardias - RESISTÊNCIA PERIFÉRICA À INSULINA - GENÉTICO (!)/AMBIENTAL - PACIENTE > 45 ANOS, OBESO - HOMA-IR (ÍNDICE DE RESISTÊNCIA) Outros Tipos DM GESTACIONAL TIPOS ESPECÍFICOS (alterações genéticas, endocrinopatias, medicações, etc) LADA - “Diabetes Autoimune de Aparecimento Tardio no Adulto” - É como se fosse o DIABETES TIPO 1 EM ADULTOS! MODY - “Diabetes de Início da Maturidade que se Apresenta no Jovem” - É como se fosse o DIABETES TIPO 2 EM JOVENS! Diagnóstico: DIABETES Glicemia jejum > 126 Glicemia 2h pós-TOTG > 200 HbA1C > 6,5% Glicemia > 200 + sintomas DM Observações Importantes: Glicemia CAPILAR não faz diagnóstico! Não precisa ser testes diferentes em 2 ocasiões para dar o diagnóstico! Pode ser, por exemplo, GJ + GJ, mas também pode ser GJ + TOTG. Se 1 teste normal + 1 alterado = escolher o alterado e repetir! PRÉ-DIABETES Jejum: 100-125 = é fundamental pedir TOTG nesses casos! 2h pós-TOTG: 140-199 HbA1C: 5,7-6,4% METFORMINA SE: < 60 anos, IMC > 35, história de DM gestacional 2 OCASIÕES! EQUAÇÃO DE FRIEDWALD LDL = CT – HDL – TG/5 CUIDADO! INTOLERÂNCIA À ESTATINA - MIOPATIA, ↑3X TRANSAMINASES: - REDUZIR, SUBSTITUIR (por flu ou provastatina) OU SUSPENDER - Alternativa: ALIROCUMAB (inibidor da PC5K9/efeito sinérgico com estatina/pouco disponível) ou EZETIMIBE. 25 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Rastreamento (DM2) ADA: Como? - GLICEMIA JEJUM 3/ ANOS Quando? - > 45 ANOS - ↑IMC (> SOBREPESO) + FATOR DE RISCO (ver abaixo) - HIV: ANTES E DEPOIS DA TARV (monitorizar anualmente) Fatores de Risco: História familiar de 1° grau Doença cardiovascular HAS Dislipidemia Ovário policístico Sedentarismo Acantose DM gestacional Metas: PARA PACIENTES QUE FAZEM USO DE INSULINA: HbA1C < 7% (idosos debilitados < 8%) Glicemia capilar pré-prandial entre 80-130 mg/dl Glicemia capilar pós-prandial (2 horas depois) < 180 mg/dl Glicemia capilar antes de deitar entre 90 e 150 mg/dl DEMAIS METAS/INDEPENDENTE DE INSULINA: PA < 130 x 80 mmHg (se proteinúria: IECA/BRA) LDL < 70 mg/dl LDL < 50 mg/dl (se doença aterosclerótica clínica) Tratamento (DM1): INSULINOTERAPIA (0,5-1 U/KG/DIA) DOSE INICIAL: 0,3-0,5UI/KG/DIA Entendendo a secreção fisiológica... Na primeira fase (pico precoce), a insulina aumenta seus níveis séricos em cerca de 2-10 minutos. Na segunda fase (tardia), é secretada de forma sustentada, em decorrência de um aumento na sua síntese. SECREÇÃO BASAL: Ação lenta/prolongada NPH: 2x/dia (antes do café e de dormir) Glargina 1x/dia (dose única) Outras: detemir, degludeca PICO PÓS-PRANDIAL: Ação rápida/imediata Regular: 30m antes da refeição Lispro: no momento da refeição Outras: asparte, glulisina Esquemas: INTENSIVO (MÚLTIPLAS APLICAÇÕES) ESQUEMA 1 (50% NPH 2x/dia + 50% regular 3x/dia) ESQUEMA 2 (50% glargina 1x/dia + 50% lispro 3x/dia) = a vantagem é a menor incidência de hipoglicemia! “ESQUEMA DO POSTO” (2 aplicações NPH + regular juntas) BOMBA DE INFUSÃO CONTÍNUA Uma bomba de infusão injeta de maneira constante a insulina através de um cateter colocado pelo próprio paciente no tecido subcutâneo, sendo substituído a cada três dias. Esse dispositivo funciona com insulina ultrarrápida, podendo ser programado para liberar uma dose basal de insulina e, através de um toque antes das refeições, liberar um bolus para cobrir o período pós- prandial (utilizando o mesmo cálculo da dose conforme o esquema com múltiplas doses). Alternativas: - PRAMLINTIDA (análogo da amilina = peptídeo secretado pelo pâncreas que ajuda a insulina a agir) - TRANSPLANTE DE PÂNCREAS. Situações de prova... Atenção... FENÔMENO DO ALVORECER HIPERGLICEMIA MATINAL POR ↑CONTRAINSULÍNICOS EFEITO SOMOGYI HIPOGLICEMIA DE MADRUGADA + HIPERGLICEMIA MATINAL DE REBOTE Para diferenciar... GLICEMIA 3H DA MANHÃ SOMOGYI: ↓ ALVORECER: NORMAL OU ↑ Para resolver... ALVORECER AUMENTAR NPH DA NOITE (18H) OU NPH ANTES DE DORMIR SOMOGYI NPH ANTES DE DORMIR 26 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Tratamento (DM2): ↓RESISTÊNCIA INSULINA Metformina (fígado) - ↓Peso - Risco de acidose lática - Não usar nas “insuficiências” (cardíaca, hepática, renal) - Intolerância TGI (náuseas, diarreia...) Glitazonas (músculo) - Retém sal - Não usar na IC - Risco de fraturas - Indicação (praticamente única): esteatose hepática ↑SECREÇÃO INSULINA Sulfonilureia (↑secreção basal) e Glinidas (↑secreção pós-prandial) - ↑Peso - Risco de hipoglicemia ↓ABSORÇÃO GLICOSE Acarbose (inibidor da alfaglucosidase) - ↓Glicemia pós-prandial - Flatulência INCRETINOMIMÉTICOS (↑insulina dependente da glicemia) Inibidores da DPP-IV (Gliptinas) - Inibe DPP4 - Sem hipoglicemia - Neutra para o peso Análogos de GLP-1 (Exenatide, liraglutide) - Análogo GLP1 - Reduz peso - Benefício cardiorrenal ↓REABSORÇÃO TUBULAR DE GLICOSEInibidores da SGLT2/túbulo proximal = dapa, cana, empaglifozin - ↓Peso, ↓PA - Candidíase, ITU, poliúria - Benefício cardiorrenal - Amputações - CAD euglicêmica Situações de prova... Hipoglicemia? - Sulfoniluréias - Glinidas ↓Peso? - Metformina - Análogo GLP-1 (“tides”) - Inibidores SGTL2 (“glifozin”) ↓Pós-prandial? - Glinidas - Acarbose Escolhendo o tratamento... - Estágio 1: METFORMINA (500 a 2250mg/dia, começando com baixas doses devido efeitos gastrointestinais) Reavaliar com Hb glicada a cada 3-6 meses. Se > 7: - Estágio 2: METFORMINA + 2ª DROGA (“decisão entre médico e paciente”) Doença ateroscleróTIDA: TIDA (análogo GLP1) Doença do RIM ou IC: floZIN (inibidor SGLT2) Obesidade, hipoglicemia: análogo GLP1 ou inibidor SGLT2. Evitar sulfonilureia Custo é importante: sulfonilureias e pioglitazona Reavaliar com Hb glicada a cada 3-6 meses. Se > 7: - Estágio 3: METFORMINA + 3ª DROGA (escolher de acordo com os mesmos critérios). Reavaliar a cada 3-6 meses com Hb glicada. Se > 7: - Estágio 4: INSULINA BASAL (NPH NOTURNA 10U = BEDTIME) Suspender sulfonilureia Aumentar progressivamente a dose (NPH 2x/dia + regular 3x/dia) até chegar a insulinização plena Quando começar DIRETAMENTE com insulina? - HIPERGLICEMIA FRANCA (HbA1C > 10%, glicemia > 300, sintomas) - GRAVIDEZ - ESTRESSE (cirurgia/infecção/internação) - DOENÇA RENAL/HEPÁTICA AVANÇADA - USO DE CONTRASTE IODADO Complicações: Crônicas: - Macrovascular: DOENÇA CORONARIANA, AVE ATEROSCLEROSE... Matam o paciente! Pouca relação com hiperglicemia e maior relação com HAS/DLP - Microvascular: RETINO, NEFRO E NEUROPATIA HIPERGLICEMIA... Debilitam o paciente! Maior relação com hiperglicemia Rastreamento Anual: DM1 = 5 ANOS APÓS O INÍCIO DA DOENÇA DM2 = NO MOMENTO DO DIAGNÓSTICO Quando se inicia a insulina, podemos MANTER A METFORMINA, mas devemos SUSPENDER A SULFONILUREIA. 27 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Retinopatia Diabética Classificada em não proliferativa e proliferativa! Rastreamento: FUNDOSCOPIA ANUAL Atenção para gestantes: risco maior de proliferação da doença - NÃO PROLIFERATIVA (“micro > duro > chama > algodão > de rosa”) -- MICROaneurisma -- Exsudato DURO -- Hemorragia em CHAMA de vela -- Exsudato ALGONODOSO -- Veias em ROSÁrio - PROLIFERATIVA -- Neovascularização ANTI-VEGF (Ac inibidor do endotélio vascular), FOTOCOAGULAÇÃO A LASER Nefropatia Diabética Evento inicial: HIPERFLUXO! Rastreamento: ALBUMINÚRIA (relação albumina/creatinina urinária) TFG (creatinina sérica) (1) MICROALBUMINÚRIA: relação albumina/creatinina > 30mg/g Conduta: - REALIZAR O CONTROLE DA GLICEMIA/ALBUMINÚRIA COM IECA/BRA (mesmo na ausência de hipertensão) IECA/BRA = vasoconstrição da arteríola eferente = redução da pressão intraglomerular - GLIFOZIN SE TFG > 30 (2) MACROALBUMINÚRIA: relação albumina/creatinina > 300mg/g Conduta: - CONTROLE DA PA (IECA ou BRA + outro anti-hipertensivo). (3) AZOTEMIA Conduta: - DIÁLISE + PRECOCE/ALTO RISCO CARDIOVASCULAR Neuropatia Diabética POLIneuropatia SIMÉTRICA e DISTAL (“luvas e botas”) - Mais comum - Perda principalmente sensitiva (“perda da sensibilidade protetora”) - Pé diabético (“principal causa de amputação não traumática”) - Rastreamento: diapasão/monofilamento/martelo - Conduta: controle glicêmico + amitriptilina, gapapentina (podem ser utilizados para a dor neuropática) Outras Formas: - MONONEUROPATIA: MEDIANO, III E VI PAR - DISAUTONOMIA: cardiovascular (hipotensão postural); TGI (gastoparesia, dispepsia, diarreia); genito-urinária (disfunção erétil, incontinência urinária); periférica (desidratação). - Conduta: fludocortisona (cardiovascular), bromoprida (TGI), sildenafil (disfunção erétil)... Depende do tipo de disautonomia! Complicações Agudas: - Cetoacidose diabética - Estado hiperglicêmico hiperosmolar Cetoacidose Diabética Característica do DM1! “É típico de quem NÃO TEM INSULINA! Característico em CRIANÇA!” - Predomínio dos CONTRAINSULÍNICOS! ↑GLICOSE LIPÓLISE (corpos cetônicos = ácido beta-hidroxibutírico, ácido acetoacético, acetona acidose metabólica com ↑AG) Critérios Diagnósticos: GLICOSE > 250MG/DL CETONEMIA/CETONÚRIA (3+/4+) PH < 7,3 E HCO3 < 15 Achados Clínicos: DOR ABDOMINAL (simula abdome agudo), HÁLITO CETÔNICO, RITMO DE KUSSMAUL, LEUCOCITOSE, ↑CREATININA, AMILASE, TG (diagnóstico diferencial com pancreatite) Fatores Desencadeantes: - Estresse agudo, doses baixas de insulinoterapia, infecções, medicamentos (ex.: corticoides, inibidores da protease, tiazídicos, BB, simpaticomiméticos, antipsicóticos atípicos), abuso de bebidas alcóolicas, gestação Conduta: TRIPÉ = VOLUME + INSULINA + POTÁSSIO (‘VIP’) VOLUME - SF 0,9% (1 – 1,5 LITROS NA 1ª HORA). Se criança: 15-20ml/kg - Pedir exames... Se sódio normal ou aumentado: mudar para NaCl 0,45%. Se sódio diminuído: mantém SF 0,9% INSULINA - REGULAR: 0,1U/KG (BOLUS) + 0,1U/KG/HORA (CONTÍNUA) - Se optar por não fazer ataque: dose de 0,14U/kg/hora - Objetivo: ↓GLICEMIA 50-80MG/DL/HORA - QUANDO GLICEMIA = 200: INICIAR SG 5% (não é para parar a insulina). Dividir volume infundido: metade SF e metade SG. POTÁSSIO - Se 3,3 –5,2: repor 20-30mEq/litro por cada litro de soro infundido (perde potássio na urina paciente tem que estar urinando!) - Se > 5,2: adiar reposição de potássio - Se < 3,3: adiar insulina E o HCO3? REPOR 100MEQ SE PH < 6,9 (em situações que não são a cetoacidose diabética, fazemos bicarbonato quando pH < 7,1-7,2). - Quando considerar o paciente compensado? PH > 7,3, HCO3 > 15 E AG < 12, GLICEMIA < 200 - Próximo passo depois da compensação: MANTER INSULINA IV, INICIAR DIETA E INSULINA SC 1-2H ANTES DE PARAR A IV CONTROLAR GLICEMIA! Microaneurismas e exsudato duro Exsudato algodonoso Neovascularização (proliferativa) - Qual a lesão mais comum? Glomeruloesclerose DIFUSA. - Qual a lesão mais específica? Glomeruloesclerose NODULAR (Kimmelstiel-Wilson) 28 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Complicações: - HIPOGLICEMIA - EDEMA CEREBRAL (+ comum em crianças) - HIPOCALEMIA GRAVE - TROMBOSE VENOSA PROFUNDA - MUCORMICOSE OU ZIGOMICOSE Micose destrutiva rinocerebral causada pelo Rhizopus ou Mucor sp Tratada com ANFOTERICINA B + DESBRIDAMENTO Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar - Característico do DM2. “IDOSO ACAMADO, LIMITADO, RESTRITO...” - ↑Glicose, mas não bebe água ↑OSMOLARIDADE, MAS AINDA TEM INSULINA (não tem cetoacidose) Critérios Diagnósticos: GLICEMIA > 600 OSMOLARIDADE > 320 PH > 7,3 + HCO3 > 18 - Tratamento: = ao da cetoacidose (VIP). ATENÇÃO PARA HIPERNATREMIA! Geralmente precisa trocar para NaCl 0,45% Treinamento prático... Figura 1: - Achado: papiledema - Doença: HAS - Estágio: grau IV Figura 2: - Achado: microaneurismas e exsudatos duros - Doença: DM - Estágio: não proliferativa Figura 3: - Achado: estreitamento arteriolar - Doença: HAS - Estágio: grau I Figura 4: - Achado: cruzamento AV patológico - Doença: HAS - Estágio: grau II Figura 5: - Achado: neovasos - Doença: DM - Estágio: proliferativa 29 medvideos.io - copiar não é roubar. medvideos.io Obesidade Fisiopatologia: Balança: ↑CALORIAS INGERIDAS X ↓GASTO ENERGÉTICO Clínica: Comorbidades associadas: - Endócrina: resistência insulínica, DM2, dislipidemia - Osteoarticular: osteoartrite, discopatia, túnel do carpo - Cardiovascular: HAS, ICC, DAP, FA, insuficiência venosa - Respiratória: dispneia, apneia do sono - TGI: DRGE, esteatose - Neurológica: pseudotumor
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