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Desemprego e Sua Taxa Natural (Macroeconomia)

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Índice 
Introdução	2
Desemprego	3
Conceito de Desemprego	4
Características do Desemprego na Economia	5
Origem (ou causas) do Desemprego ou Falta de Trabalho	7
Baixa qualificação do trabalhador	8
Substituição de mão-de-obra por máquinas	8
Crise económica	8
Custo elevado	8
Factores Climáticos	9
Tipos de Desemprego	10
Características de cada tipo de Desemprego na Economia	10
O Desemprego Natural	11
Desemprego Estrutural	11
Desemprego Estacional ou Sazonal.	12
Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural)	13
Desemprego Voluntário	17
Impacto Económico e Social do desemprego na Economia	19
1.5.1 Impacto Económico na Economia	19
1.5.2 Impacto Social na Economia	20
Duração do desemprego	21
Desemprego por Idades	21
Características do Desemprego por idades	22
1.8.1 Desemprego Jovem de Grupos Minoritários	23
1.8.2 Situação específica de africa Subsariana	24
A Medição do Desemprego	25
Taxa do Desemprego	26
1.11. Premissas da Taxa de Desemprego	27
1.11.1 A equação Matemática da Curva de Phillips	29
1.11.2 A curva de Phillips original	29
1.11.3 A curva de Phillips com expectativas	30
Fórmulas e Métodos do seu cálculo da Taxa de Desemprego	30
Exemplo Pratico da Taxa de Desemprego numa dada Economia	32
Aspectos dos Mercados de Trabalho	32
1.14.1. Campos da Estruturação e Ordenamento do Mercado de trabalho	33
1.14.2 O Mercado de Trabalho Moçambicano no Período 1995- 2005	35
Desempregados	37
Tipos de Desempregados	37
Características de cada tipo de desempregado na sociedade	37
Desempregados registados	37
Desemprego de Curta Duração	38
Desempregado Involuntário	38
Desempregado Subsidiado	38
Desempregado de longa duração:	39
Desempregados - Desencorajados	39
Evolução do Desemprego	39
Conclusão	42
Bibliografia	44
Introdução
O Presente trabalho tem como tema: Desemprego & sua Taxa Natural. Este trabalho surge no âmbito dos conteúdos curriculares da cadeira de Macroeconomia, leccionada na Universidade Politécnica – Nampula.
A Macroeconomia é uma ciência que se interessa pelo estudo de todos os fenómenos da sociedade que afectam a economia como um todo
No contexto da existência da Macroeconomia, é deverás importante perceber o Desemprego & sua Taxa Natural, já que o mundo actual vive uma situação.
Neste âmbito, se enquadra a presente temática, cujo objetivo geral é de Analisar Desemprego & sua Taxa Natural 
Este trabalho tem como objetivos específicos os seguintes:
· Caracterizar o Desemprego na Economia;
· Descrever Aspectos do Mercado de Trabalho; e
· Avaliar o impacto do Desemprego na Economia.
Neste trabalho, se abordam as definições, as características do desempo, o tipo de de desempregos entre outras matérias relevantes no texto.
O método utilizado para a realização do trabalho foi a consulta bibliográfica; discussões no seio do grupo e acervo eletrónico.
O trabalho está estruturado em títulos e subtítulos de forma a facilitar a compreensão do mesmo.
Desemprego
Tendo um modelo da economia global, pode-se abordar as grandes questões que motivam o estudo do desemprego. 
Alguns desses principais problemas têm a ver com a questão de estabilidade da Economia, ou seja, com os ciclos económicos, muito em particular, as questões do desemprego e inflação que se encontram entre os mais citados temas de reflexão na economia global. Mas o que são estes problemas, e como é que o nosso modelo pode enquadrá-los?
O desemprego é normalmente visto como a situação de quem quer trabalhar e não pode, pois não encontra emprego. Logo, a primeira vista, o desemprego não pode ser analisado no nosso modelo, pois, todas as subidas e descidas de emprego tem, a nossa análise, apenas a ver com escolhas voluntarias dos agentes. (DAS NEVES, 2004)
Conceito de Desemprego
O desemprego pode ser definido como, "uma situação no qual o individuo deseja estar empregado a uma dada taxa de salario prevalecente no mercado de trabalho mas não encontra". (NETO, 1999).
O desemprego estrutural que é aquele gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos possui elementos afectam os sectores da economia de um país (indústria, comércio e serviços), causando demissão, geralmente, em grande quantidade.
O termo desemprego alude à falta de trabalho. Portanto, um desempregado é um indivíduo que faz parte da população activa (que se encontra em idade de trabalhar) e que anda à procura de emprego embora sem sucesso. Esta situação traduz-se na impossibilidade de trabalhar e, isto, contra a vontade da pessoa.
Na verdade quem são os Desempregados? 
Desempregado é o indivíduo, com idade mínima de 15 anos que, no período de referência, se encontra simultaneamente nas situações seguintes: 
· Não tem trabalho remunerado nem qualquer outro; 
· Está disponível para trabalhar num trabalho remunerado ou não; 
· Tem procurado um trabalho, isto é, tinha feito diligências no período especificado (período de referência ou nas três semanas anteriores) para encontrar um emprego remunerado ou não. 
Consideram-se como diligências: 
· Contacto com um centro de emprego público ou agências privadas de colocações; 
· Contacto com empregadores; 
· Contactos pessoais ou com associações sindicais; 
· Colocação, resposta ou análise de anúncios; 
· Realização de provas ou entrevistas para selecção; 
· Procura de terrenos, imóveis ou equipamentos; 
· Solicitação de licenças ou recursos financeiros para a criação de empresa própria. 
O critério de disponibilidade para aceitar um emprego é fundamentado no seguinte: 
· No desejo de trabalhar; 
· Na vontade de ter actualmente um emprego remunerado ou uma actividade por conta própria caso consiga obter os recursos necessários; 
· Na possibilidade de começar a trabalhar no período de referência ou pelo menos nas duas semanas seguintes. Inclui o indivíduo que, embora tendo um emprego, só vai começar a trabalhar em data posterior à do período de referência (nos próximos três meses).
Características do Desemprego na Economia
Na vida económica é uma realidade que as sociedades actualmente têm para resolver, o desemprego. É a parte mais visível das transformações globais que se operam num mundo do trabalho cada vez mais globalizado. 
A seguir se descreve as características do desemprego na economia. O forte crescimento do investimento directo estrangeiro e da mobilidade geográfica e o consequente aumento da actividade de empresas transnacionais, tal como CARROUE (2002), não significa que a mundialização integra de forma homogénea os homens e os territórios.
 Assiste-se recentemente ao desenvolvimento de fortes especializações concorrentes, de polarizações, de segregações e de rejeição a escalas mundial, nacional e regional, bem visíveis e superiormente toleradas. 
As empresas hoje deslocalizam não só a produção mas também os conhecimentos que anteriormente mantinham nos seus países, ou seja, as empresas além de deslocarem as suas fábricas para países com menores custos de produção, deslocam também os seus quadros técnicos. 
Nos países desenvolvidos pode-se encontrar cada vez mais mão-de-obra qualificada graças aos progressos de educação e da formação, a forte qualificação dos assalariados e menor custo do trabalho. 
A globalização, para MATEUS (2010), é entendida como uma "integração em profundidade" à escala mundial, não só dos mercados, como das próprias economias, instituições e comportamentos. Passa pela divulgação e difusão de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que originou em especial ao longo das últimas duas décadas, a formação de uma nova "geografia" competitiva na economia mundial, a qual contempla a entrada de economias desenvolvidas na economia do saber e do conhecimento.
Estas medidas beneficiam essencialmente os países desenvolvidos aos quais pertencem as multinacionais deslocalizadas, mas beneficiam também os grandes países emergentes. 
Assim, em Portugal, na Europa, por exemplo, e em todos os países cuja mão-de-obra vai ficando mais dispendiosa, fruto de desenvolvimento social e económico dos respetivos países, a expressão - deslocalização paraBOUBA-OLGA (2006) - não é mais do que uma estratégia que consiste no encerramento, por vezes de forma progressiva, de unidades de produção industriais implantadas num determinado território acompanhado pela sua abertura num outro local. 
Assiste-se actualmente, à desindustrialização nos países mais desenvolvidos, através da deslocalização de unidades de produção é uma forma de facilitar o acesso a novos mercados. 
Estas deslocalizações têm custos e efeitos inevitáveis ao nível social e financeiro nos países levando, o que faz com que muitos trabalhadores percam os seus postos de trabalho. 
"Por isso, não causa surpresa saber que, segundo a International Labour Office 2 , 50% do aumento total de desemprego mundial entre 2007 e 2010 seja provenientes de economias desenvolvidas e da União Europeia (UE), ainda que 2 ILO (2011) 5 essa região não tenha mais de 15% da população ativa mundial fruto do aparecimento de novos concorrentes internacionais, troca de serviços (desenvolvimento das tecnologias de comunicação) e da desindustrialização. (ANTUNES, 2005: 17)."
O desemprego é um problema para a sociedade, e pode constituir uma fonte de incerteza relativamente ao seu trajeto futuro. 
Ele provoca instabilidade e insegurança, mesmo para os que estão empregados. Quando um indivíduo percebe o desemprego em contextos próximos desencadeia preocupações com a antecipação de possíveis dificuldades, relacionadas com a sua própria ocupação profissional.
O desempregado actualmente é o elo mais frágil de conjunturas económicas e políticas, epicentro da sua concretização. 
Portanto, encontra-se exposto a um mercado, que é global, especulativo, em que se procura constantemente o lucro a baixo custo, em que se desconsidera frequentemente a condição do ser humano e das consequências subjacentes à perda da sua identidade profissional.
Origem (ou causas) do Desemprego ou Falta de Trabalho
O desemprego ocorre quando um trabalhador é demitido ou entra no mercado de trabalho (está à procura de emprego) e não consegue uma vaga de trabalho. Portanto, é uma situação difícil para o trabalhador, pois, gera problemas financeiros e, em muitos casos, problemas psicológicos (depressão, ansiedade, etc.) no trabalhador e em sua família.
 
As principais causas do desemprego são: Baixa qualificação do trabalhador, Substituição de mão-de-obra por máquinas, Crise econômica, Custo Elevado e Factores Climáticos
A seguir se descreve como cada uma das causas se manifesta em economia.
Baixa qualificação do trabalhador 
A Baixa qualificação do trabalhador muitas vezes há emprego para a vaga que o trabalhador está procurando, porém o mesmo não possui formação adequada para exercer aquela função.
Substituição de mão-de-obra por máquinas
A substituição de mão-de-obra por máquinas: nas últimas décadas, muitas vagas de empregos foram fechadas, pois muitas indústrias passaram a usar máquinas na linha de produção. No sector bancário, por exemplo, o uso de caixas eletrônicos e desenvolvimento do sistema bankline também gerou o fechamento de milhares de vagas;
Crise económica
A Crise econômica quando um país passa por uma crise económica, o consumo de bens e serviços tende a diminuir. Muitas empresas demitem funcionários como forma de diminuir custos para enfrentar a crise.
Custo elevado
O custo elevado (impostos e outros encargos) para as empresas contratarem com carteira assinada: este caso é típico do Brasil, por exemplo, pois, os custos de contratação de empregados são muito elevados. Muitas empresas optam por aumentar as horas extras de seus funcionários a contratar mais mão-de-obra;
Factores Climáticos
Os factores climáticos: chuvas em excesso, secas prolongadas, geadas e outros fatores climáticos podem gerar grandes perdas financeiras no campo. Muitos empresários do setor agrícola costumam demitir trabalhadores rurais para enfrentarem situações deste tipo.
Outros sim, as causas do desemprego são muitas e, muitas vezes, o que é causa para uma determinada linha de pensamento, pode ser solução para outra. 
Para além das causas mencionadas, e dentre as causas mais citadas, pode-se enunciar: o desenvolvimento tecnológico, a globalização, a erceirização, a desindustrialização, o excesso de concentração da renda, os modernos métodos de gestão, de um modo geral, como a reengenharia e o downsizing, além de outras.
As consequências, por sua vez, podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da pessoa do desempregado e de sua família quanto do ponto de vista social e político. 
A conta do desemprego, directa ou indirectamente, é paga por todos. É paga via aumento de impostos para cobrir despesas do tipo salário desemprego, despesas médicas hospitalares, despesas com segurança e assim por diante.
Geralmente o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços profissionais ligados a esta área. Também há comprovação de que a violência e o crime, de um modo geral, estão directamente relacionados com o desemprego. 
Este pode ainda provocar radicalização política, tanto à direita quanto à esquerda, bem como ampla desorganização familiar e social. Há estudos recentes apresentam a relação entre aumento de desemprego e aumento de divórcios, apenas a título de exemplo.
Assim, como não há consenso mínimo quanto às causas do desemprego, não há também nenhuma convergência em relação às soluções. Mais uma vez, o que é solução para uns, pode ser causa de desemprego para outros. 
Dentre as medidas de combate ao desemprego mais citadas pode-se enumerar: facilitação do consumo e do crédito, incentivo ao investimento privado, implementação de políticas fiscais e monetárias adequadas, aumento das despesas pública (com ampla utilização do Estado como empregador e com o desenvolvimento de políticas sociais do tipo auxílio desemprego), flexibilização do mercado de trabalho, redução da jornada de trabalho, trabalho de tempo parcial, licenças remuneradas, restrição às horas extras, trabalho compartilhado, treinamento e requalificação de recursos humanos, além de outras possibilidades.
Tipos de Desemprego 
Em análises económicas que tentam compreender a capacidade produtiva de determinada sociedade, o factor desemprego é um dos mais relevantes. 
Grosso modo, altos índices de desemprego podem sinalizar um desaquecimento da economia, assim como indicar o agravamento de questões sociais ligadas à queda do padrão e da qualidade de vida dos indivíduos, isto é, do bem-estar social das pessoas. 
Assim, um dos índices que ajudam aos analistas a avaliarem a economia é o PEA - População Economicamente Ativa, o qual apresenta o número de adultos empregados, desempregados e que estão à procura do primeiro emprego. 
Contudo, as causas do desemprego podem variar. 
Segundo PASSOS E NOGAMI (2005), são pelo menos 6 (Seis) tipos de desemprego, obviamente causados por motivos diferentes.
· Desemprego Natural, (Friccicional);
· Desemprego Estrutural;
· Desemprego Estacional ou Sazonal; 
· Desemprego Cíclico
· Desemprego Voluntário
· Desemprego Involuntário
Características de cada tipo de Desemprego na Economia
O Desemprego Natural
Segundo os preceitos da economia neoclássica, o desemprego natural é a taxa para a qual uma economia tende no longo prazo, sendo compatível com o estado de equilíbrio de pleno emprego e com a ausência de inflação. 
Nessa situação, há um número de trabalhadores sem emprego, mas a oferta e a demanda por emprego estão em equilíbrio. Para Milton Friedman, nessa taxa só se incluiriam os desempregos friccionais e voluntário, sendo, nesse caso, inexistente, ou não relevante, os desempregos conhecidos como estrutural e conjuntural.
Com efeito, uma das formas é o chamado Desemprego Friccicional (ou desemprego natural), o qual consiste em "indivíduos desempregados, temporariamente, ou porque estão mudando de emprego, ou porque foram demitidos, ou porque ainda estão procurando emprego pela primeira vez". (Op. Cit)
Recebe esta nomenclatura porque o mercado de trabalho, segundo os autores,opera com atrito, não combinando trabalhadores e postos disponíveis de trabalho, sendo que sua duração vai depender dos benefícios dados aos desempregados, como o seguro desemprego.
O desemprego friccional (igualmente chamado desemprego de transição ou de mobilidade) ocorre "quando o empregado e a entidade patronal não chegam a acordo. Se as condições de trabalho ou remuneratórias não corresponderem às expectativas do trabalhador, este demite-se e parte à procura de outro emprego". Portanto, é uma forma provisória de desemprego e que tende a ser constante. 
Portanto a sua característica principal é o movimento incessante de pessoas entre regiões e empregos, ou nas diferentes fases do ciclo de vida. Estudante que procuram emprego após a conclusão do curso, mães que regressam à população activa após a maternidade.
Desemprego Estrutural
Desemprego Estrutural é consequência das mudanças estruturais na economia, tais como mudanças nas tecnologias de produção ou nos padrões de demanda dos consumidores (uma vez que a mudança de gostos pode tornar obsoletas certas profissões). 
No tocante às mudanças tecnológicas, basta pensar-se como exemplo uma montadora de veículos que, ao promover a automatização de sua produção, dispensa inúmeros trabalhadores agora desnecessários diante a capacidade de robôs. 
Com relação à mudança no padrão da demanda dos consumidores, isso se explicaria ao se pensar na antiga profissão do técnico em consertar máquinas de escrever - equipamento absolutamente obsoleto – o qual perderia sua função na era da informática sem uma reciclagem profissional.
O desemprego estrutural, por fim, é o mais grave, tendo em conta que corresponde a um desajuste técnico entre a procura e a oferta de trabalhadores (mão-de-obra disponível no mercado). 
Muitas das vezes, os postos de trabalho necessários para a estabilidade da economia são inferiores à quantidade de pessoas que procuram emprego e que precisam trabalhar para se sustentar. Esta situação exige a intervenção do Estado para solucionar o desequilíbrio.
Este tipo de desemprego caracteriza-se pelo desencontro entre a oferta e a procura de trabalhadores. Pode ocorrer quando a procura para um tipo de trabalho está a aumentar, enquanto a procura para outro tipo de trabalho está a diminuir e as ofertas não se ajustam rapidamente.
Desemprego Estacional ou Sazonal. 
Um terceiro tipo seria o chamado Desemprego Estacional ou Sazonal. Conforme apontam PASSOS e NOGAMI (2005), este tipo de desemprego ocorre em função da sazonalidade de determinados tipos de atividades econômicas, tais como agricultura e turismo, e que acabam causando variações na demanda de trabalho em diferentes épocas do ano. 
Assim, trabalhadores rurais cortadores de cana-de-açúcar é um bom exemplo, os quais migram de uma determinada região (como de Mafambisse em Dondo Sofala para Marromeu no nordeste Sofalense) param outra (como a região de Metuchira em Nhamatanda no período de safra, retornando na entressafra).
O desemprego estacional (ou sazonal) surge pela flutuação estacional da oferta e da procura. O sector da agricultura ilustra claramente esta situação de desemprego: em épocas de colheita por exemplo, aumenta a oferta de trabalho e o desemprego diminui; nos restantes meses do ano, a situação inverte-se.
Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural)
O quarto e último tipo seria o Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural). Com efeito, um dos mais temidos, e que tem assolado a Europa, Estados Unidos, a África do Sul nestas últimas crises económicas, ocorre quando se tem uma recessão da economia, o que significa retração na produção. As empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar despesas.
O desemprego cíclico consiste na, 
"falta de trabalho durante um momento de crise económica (isto é, de recessão). Trata-se, em geral, de períodos não demasiado extensos em termos de tempo e que se revertem a partir do momento em que se registam sinais de melhoria na economia". (NETO, 1999)."
Por conseguinte, logo, estar desempregado significa encontrar-se numa situação na qual não se tem nenhum vínculo oficial com qualquer instituição empregadora, não possuindo quaisquer outras fontes de renda, mas o factor que condicionou a tal situação, como se viu, pode variar. 
Dessa forma, apenas a título de observação, é importante lembrar que mesmo os trabalhadores urbanos que podem sobreviver como vendedores ambulantes não são oficialmente considerados empregados, mas sim como integrantes do trabalho e da economia informal, uma vez que não possuem carteira assinada. Portanto, oficialmente estariam desempregados.
"O desemprego involuntário corresponde mais a visão popular de desemprego: trata-se da situação em que há falta absoluta de postos de trabalho para as pessoas que querem trabalhar ao salário do mercado. A esse salário as pessoas estão dispostas a trabalhar e não trabalham porque não encontram emprego, e não encontram emprego porque não Há! (NETO, 1999)."
De facto, é claro que isso só se passaria se houvesse algo que impedisse o mercado de ajustar só há Desemprego Involuntário se o mercado de trabalho (ou outro qualquer) não ajustar. 
O mercado pode levar algum tempos ajustar, mas, dentro da hipótese básica de que os "mercados equilibram", não é possível compreender uma situação em que um mercado se mantém , de forma sistemática e continuada, fora do equilíbrio. 
A única forma de criar situações destas depende de leis ou outro impedimentos institucionais que impedissem esse mercado de ajustar. 
Algumas instituições do mercado do trabalho, como imposição de salário mínimo excessivamente alto, leis que impeçam o mercado de ajustar e aparecer o desemprego involuntário. 
A fixação de um nível de salário (w) acima do equilíbrio leva a que quantidade oferecida de trabalho (Ls) seja superior a quantidade procurada (Ld). A diferença (Ls-Ld) representa exactamente a existência de pessoas que, estando dispostas a trabalhar a remuneração (w'), não encontram emprego
Gráfico 1: Nível de Salário e Quantidade de Trabalho
Fonte: (.SAMUELSON &NORDHAUS, 1998).
A situação apresentada no gráfico, porém, não pode deixar de ser estranha e anormal num modelo que sublinha fortemente a posição de equilíbrio. 
Com efeito, é importante notar algo de fundamental, o facto de um mercado estar em equilíbrio não quer dizer que os agentes estejam necessariamente felizes e satisfatórios. Suponhamos que a economia sofreu um grave choque (por exemplo, um tremor de terra, que destruiu as empresas). Esta situação pode ser entendida como uma queda da procura de trabalho por parte das empresas.
Assim, graficamente pode-se representar a situação como no diagrama da página seguinte, onde o choque desceu a curva da procura do trabalho para esquerda levando o emprego de equilíbrio de nível 1 para L2. 
Repara-se que, nas duas situações, o mercado de trabalho mantêm-se em equilíbrio. No entanto, a situação final com muito menos empregados a ganhar muito menos, é claramente muito mais dramática que a inicial. 
Gráfico 2: Drama do Salário e Quantidade de Trabalho
Fonte: (SAMUELSON & NORDHAUS, 1998).
Com o gráfico acima pode-se compreender facilmente que não é preciso criar-se uma situação de desequilíbrio e de desemprego involuntário para se encontrar as características terríveis e uma situação de grave desemprego. 
A confusão do choque e a grande descida de postos de trabalho deve ter aumentado muito o desemprego friccional, com gente a procura de emprego que existem, mas que demorar a aparecer. 
Por outro lado, por facto de o salário ter descido muita leva as pessoas a não quererem trabalhar ou a procurarem salários superiores que não existem. O estado de revolta miséria destas pessoas não é menor por o mercado estar em equilíbrio. 
O desemprego cíclico caracteriza-se fundamentalmente pela procura global de trabalhadores que é diminuta. E, quando a despesa e o produto totais diminuem, o desemprego aumenta de uma forma generalizada.
Gráfico 3: Nível de Procura no Desemprego InvoluntárioFonte: (DAS NEVES, 2004)
A teoria do desemprego involuntário pressupõe que os salários sejam inflexíveis, o que abre para a seguinte questão:
Porque razão não sobe ou descem os salários por forma a equilibrar o mercado de trabalho?
Esta questão faz parte de um conjunto de aspectos ainda não resolvidos pela ciência económica. Entretanto, poucos economistas actualmente argumentariam que os salários se alteram rapidamente para eliminar as carências, ou os excessos, de trabalho. No entanto ninguém compreende completamente as razões do comportamento arrastado e inflexível dos salários.
Desemprego Voluntário
No Desemprego Voluntário encontram-se as pessoas que, ao nível de salário verificado, não querem trabalhar. Trata-se de pessoas que não encontram o tipo de trabalho ou de remuneração que pensam suficiente para justificar o esforço. 
Portanto, uma pessoa que decide trabalhar em um part-time, para poder descansar ou estudar, esta nesta situação, tal como um licenciado em medicina que se mantém desempregado por não ter lugar como medico. Mesmo que possa arranjar trabalho como varredor de ruas, não o aceita.
Gráfico 4: Mercado de trabalho
Fonte: (DAS NEVES, 2004).
O gráfico do mercado de trabalho apresentado descreve a situação. O nível (Po) representa o total da população activa, enquanto o equilíbrio de mercado é definido pelas curvas de oferta e procura de trabalho, ao nível (L*). 
A diferença (PO-L*) representa o nível de desemprego voluntário. Essas pessoas só estariam dispostas a trabalhar se o nível de salário fosse muito mais alto. 
O nível de desemprego voluntário é efectuado por muitas variáveis, mas as relativas ao funcionamento do mercado de trabalho são determinantes. 
Em particular as instituições como o subsídio do desemprego (que é um gasto do Estado) vai fazer com que as pessoas (que ganham sem trabalhar) estejam, dispostas a esperar mais tempo por um emprego que realmente lhes agrade. 
Neste sentido, essas instituições contribuem para aumentar o desemprego voluntario. 
Impacto Económico e Social do desemprego na Economia
O desemprego elevado é tanto um problema económico como social. 
1.5.1 Impacto Económico na Economia
O desemprego é um problema económico porque representa um desperdício de recursos valiosos. O desemprego é um problema social importante porque causa enormes sofrimentos aos desempregados que se debatem com menores rendimentos. 
Durante os períodos de desemprego elevado, a contracção económica espalha os seus efeitos e afecta o estado psíquico das pessoas e a vida das famílias.
Assim, quando a taxa de desemprego aumenta, a economia desperdiça os bens e os serviços que os trabalhadores desempregados que podiam ter produzido. Durante as recessões, é como se grandes quantidades de automóveis, habitações, vestuário e outros bens fossem pura e simplesmente deitados ao mar.
Gráfico 5: Situação da Taxa de Desemprego em Portugal
Fonte: (IDEM).
O gráfico ilustra a quantidade de desperdício que resulta de um desemprego elevado e custos das recessões.
Com efeito, a maior perda económica ocorre durante as grandes depressões, mas as crises "do petróleo e da inflação dos anos 1970 e 1980, por exemplo, também geraram uma perda de produto de mais de 3mil milhões. Desde 1992, a economia dos EUA tem crescido rapidamente".(SAMUELSON &NORDHAUS, 1998).
Portanto, o desemprego é um problema económico porque representa o desperdício de recursos valiosos. Quando a taxa de desemprego aumenta, a economia está de facto a desperdiçar os bens e os serviços que os desempregados podiam ter produzido.
1.5.2 Impacto Social na Economia 
O custo económico do desemprego é certamente elevado, mas não há valor monetário que possa traduzir adequadamente o custo humano e psicológico do desemprego involuntário persistente. A tragédia pessoal do desemprego tem sido demonstrada repetidamente. 
De facto, o desemprego é um problema social importante porque causa enorme sofrimento aos desempregados que se debatem com menores rendimentos. O custo económico do desemprego é certamente elevado, mas não há valor monetário que possa traduzir adequadamente o custo humano e psicológico do desemprego involuntário persistente.
O aumento progressivo do desemprego vai originar que muita gente deixe de ter os rendimentos necessários para solver os compromissos correntes que assumiu. 
Assim, pode gerar problemas muito graves no seio das famílias, aumentar a fome, inviabilizar o financiamento dos estudos dos jovens e o apoio a idosos, levar à insolvência da segurança social que não consegue ter os meios para acudir a esta crise social e, não menos grave, criar problemas de marginalidade e de insegurança no seio das populações. 
Com efeito, sob o ponto de vista económico, o aumento do desemprego, vai reduzir o rendimento dos consumidores, logo baixar a demanda, gerando uma oferta excedentária com o crescimento de stoks nas empresas, levando à insolvência de muitas que não conseguem vender e com isso aumentar ainda mais o desemprego. 
Duração do desemprego
Na Macroeconomia, outra questão-chave diz respeito à duração. Qual a parcela do desemprego que é de longa duração, o que constitui uma preocupação social importante, e qual a de curto prazo, quando as pessoas mudam rapidamente de empregos? 
Por exemplo, um aspecto surpreendente dos mercados de trabalho dos EUA, é que uma grande parcela do desemprego é de curta duração. Em 2003, 1/3 dos trabalhadores desempregados estiveram sem emprego durante menos de 5 semanas e o desemprego é de curta duração. 
Portanto, em "2003 1/3 dos trabalhadores desempregados estiveram sem emprego durante menos de 5 semanas e o desemprego de longa duração era relativamente raro" (SAMUELSON 1998:602)
Na Europa com uma menor mobilidade e maiores obstáculos legais a mudança económica, o desemprego de longa duração em meados dos anos 1990 atingiu 50% dos desempregados. 
O desemprego de longa duração coloca um serio problema social, pois os recursos que as famílias têm disponíveis- a sua poupança, o subsídio de desemprego e a ajuda humanitária – começam a perder-se ao fim de alguns meses,
A maior parte do desemprego é de curta duração nos EUA. Isto sugere uma interpretação funcional, em que as pessoas mudam rapidamente entre empregos.
Desemprego por Idades
O desemprego também se estabelece por idade, portanto, tendo em conta as faixas estarias. Assim, no mundo económico, existem a seguinte situação do desemprego por idades: 
· 16-19 anos;
· 20-24anos;
· 25-34 anos;
· 45-54 anos;
· 55-64 anos
· + de 65 anos
Características do Desemprego por idades
Dados Europeus recentes indicam que, especialmente em relação aos brancos, o desemprego dos jovens tem uma grande componente de equilíbrio. Os jovens entram e saem da população activa com muita frequência. Obtém emprego muito rapidamente e mudam de emprego frequentemente. 
A duração média do emprego dos jovens é apenas metade da dos adultos; pelo contrário, a duração média de um emprego tipo dos adultos é 12 vezes maior do que para os jovens na maioria dos anos metade dos jovens desempregados estão a procura do primeiro emprego, pois nunca tiveram antes um emprego remunerado
Todos estes factores sugerem que o desemprego jovem é largamente de equilíbrio; isto é, apresenta a procura de emprego ou a mudança necessária para os jovens descobrirem as suas próprias aptidões e aprenderem o que é trabalhar.
Há sempre algum desemprego de equilíbrio que resulta de alterações na residência das pessoas ou do ciclo de vida – mudança de emprego, procura do primeiro emprego, etc. As principais variações na taxa de desemprego ao longo do ciclo económico ocorrem devido ao aumento de número dos que perdem o emprego. Esta causa aumenta muito durante as recessões por dois motivos: primeiro porque aumenta o número de pessoas que perdem os seus empregos e depois porque leva muito tempo a encontrar um novo emprego.
1.8.1 Desemprego Jovem de Grupos Minoritários
A maior parte de dados sugere que o desemprego de jovens é em grande parte friccional, o mercado de trabalhopara os jovens trabalhadores afro-americanos, por exemplo, comporta-se de modo bastante diferente. 
Na primeira década, após a II Guerra Mundial, as taxas de participação na população activa e as taxas de desemprego dos jovens negros e brancos eram praticamente idênticas. (SAMUELSON &NORDHAUS, 1998).
A partir desse momento, contudo, as taxas de desemprego dos jovens negros aumentaram acentualmente em relação a de outros grupos, enquanto as suas taxas de participação na população activa tem diminuído. 
Segundo SAMUELSON &NORDHAUS, (1998:603) Em 2008, apenas 20% dos jovens negros (dos 16 aos 19 anos estavam empregados, o que se compara com os 35%dos jovens brancos..
Qual causa desta divergência extraordinária na experiência dos jovens minoritários em relação a outros grupos? 
Uma explicação pode ser que as forças do mercado de trabalho (com a composição ou a localização dos empregos) tenham agido contra os trabalhadores negros de um modo real. Esta explicação não cobre toda a realidade. 
Embora todos os trabalhadores negros adultos tenham sofrido sempre com maiores taxas de desemprego do que os adultos brancos ̵ devido a níveis inferiores de ensino, menores contactos com pessoas que podem proporcionar empregos, menor formação profissional discriminação racial – o rácio entre as taxas de desemprego dos adultos brancos s as dos negros não aumentou desde a II guerra mundial. 
SAMUELSON &NORDHAUS, (1998), acrescentam que,
"Numerosos estudos sobre as fontes do aumento de taxa de desemprego dos jovens negros não têm apresentado explicações claras para a tendência. Uma possível fonte é a descriminação, mas um aumento do diferencial do desemprego entre os brancos e negros exigiria um aumento da discriminação racial – mesmo tendo presente a protecção legal para os trabalhadores minoritários."
Outra teoria sustenta que um salário mínimo elevado justamente com o crescimento dos custos com remunerações complementares, tende a levar os jovens negros com fraca produtividade para o desemprego. 
Isto cria o elevado desemprego entre os jovens a um dano persistente em termos de mercado de trabalho, com baixos níveis permanentes de qualificação e de salário. 
Outros sim, parece que quando são incapazes de desenvolver qualificações no emprego e atitudes de trabalho, os jovens recebem baixos salários e passam por mais desemprego do que quando são mais velhos. Esta descoberta sugere que a política governamental tem uma grande importância na criação de programas para a redução do desemprego jovem nos grupos minoritários. 
1.8.2 Situação específica de africa Subsariana
O crescimento económico da África Subsariana não se traduz no surgimento de empregos mais decentes, mas, pelo contrário, na subida do emprego degradante, informal e sem salário fixo.
" O Norte de África é das piores regiões para jovens raparigas obterem emprego, num continente onde a protecção aos 27 milhões de desempregados quase não existe".(SAMUELSON &NORDHAUS, 1998).
A taxa de crescimento económico de África foi superior à taxa global ao longo da última década. Contudo, um crescimento elevado não é suficiente para garantir emprego produtivo para grandes segmentos da população, especialmente aos jovens. 
MTHULI NCUBE, vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento apud SAMUELSON &NORDHAUS, 1998, afirma que "é um crescimento económico no continente sem emprego"..
Com quase 200 milhões de pessoas com idades entre os 15 e os 24 anos, África possui a população mais jovem do mundo e esta duplicará até 2045. Entre 2000 e 2008, a população africana em idade activa (dos 15 aos 64 anos) aumentou de 443 milhões para 550 milhões. A manter-se esta tendência, a população activa do continente será de mil milhões de pessoas em 2040.
A Organização Internacional do Trabalho estima que, entre 2000 e 2008, África tenha criado 73 milhões de empregos, mas apenas 16 milhões para jovens com idades entre os 15 e os 24 anos. Como resultado, muitos jovens africanos acabam desempregados ou, mais frequentemente, subempregados em empregos informais com baixa produtividade e baixo salário. 
A Medição do Desemprego
Na prática, medir o número de trabalhadores desempregados que procuram emprego é notoriamente difícil. Com efeito, há diversos métodos diferentes para medir o número de trabalhadores desempregados. 
Cada método utiliza suas próprias polarizações e sistemas diferentes para fazer e comparar estatísticas do desemprego entre os países, em especial aqueles com sistemas diferentes.
A taxa de desemprego é o indicador que mede o nível de desemprego de uma economia. Ela calcula-se com base no quociente entre a população desempregada e a população ativa e é expressa em percentagem. 
A taxa de desemprego é o número de desempregados dividido pelo total da população activa. Todavia, também existe a taxa de longa duração, que permite definir a relação entre a população desempregada há pelo menos 12 meses e a população activa. A fórmula de cálculo segue o mesmo raciocínio:
Taxa de desemprego de longa duração = (População desempregada há 12 e mais meses / População ativa) x 100
A Taxa de Desemprego é calculada - Trimestralmente. - Pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) – Estatísticas do Emprego. - Por amostragem cada indivíduo com 15 e mais anos (até aos 64 anos) classificado numa das seguintes categorias: - Empregado - Desempregado – Inativo.
Taxa do Desemprego
A taxa de desemprego e a taxa de actividade são dois dos indicadores sobre o mercado de trabalho mais utilizados na análise económica. A grande importância dada a tais taxas está vinculada as suas implicações para o desenvolvimento económico e, consequentemente, para a definição de políticas públicas. 
Com isso, uma questão central das agências de estatística de todo mundo se refere à delimitação do conceito de desemprego.
Portanto, a taxa de desemprego é a proporção de pessoas capazes de exercer uma profissão e que procuram um emprego remunerado, mas que, por diversas razões, não entram no mercado de trabalho. Na verdade, podem estar incluídos na taxa de desemprego aqueles que exercem trabalhos não-remunerados. A taxa de desemprego é o número dos trabalhadores desempregados divididos pela força de trabalho total.
Com efeito, é preciso compreender a Taxa de desemprego de muito longa duração e a Taxa de desemprego jovem.
As taxas de desemprego de muito longa duração representam a percentagem de pessoas desempregadas de muito longa duração no total da força de trabalho. As pessoas desempregadas de muito longa duração (24 meses ou mais) são aquelas com pelo menos 15 anos que não vivem em agregados com as seguintes condições: 
· Agregados colectivos sem emprego nas próximas duas semanas; 
· Agregados colectivos disponíveis para trabalhar nas próximas duas semanas; 
· Agregados colectivos que estão à procura de emprego (que procuraram emprego activamente durante algum tempo nas quatro semanas prévias ou não procuram trabalho porque irão começar a trabalhar em breve). 
Assim, a duração do desemprego é definida pela duração da procura de trabalho ou pela extensão do período desde a saída do último emprego (se este período foi mais curto do que a duração da procura de emprego).
Enquanto isso, a taxa de desemprego jovem indica a percentagem da população desempregada dos 15-24 anos no total da população activa do mesmo grupo etário. Dispersão regional das taxas de desemprego e Observatório do QCA III: Coeficiente de variação das taxas de desemprego (grupo etário dos 15-64 anos) nas regiões. 
A variação normal (mede o modo como a situação das regiões difere da média nacional) do desemprego (emprego) é dividida pela média nacional ponderada. A dispersão regional das taxas de desemprego fornece a dimensão da extensão regional do desemprego.
1.11. Premissas da Taxa de Desemprego
Para se compreender com clareza as premissas da taxa de desemprego, o grupo traz a curva de Philips.
Gráfico 6: Curva de Philips
Fonte: (wikipedia, acessado em 14/10/2015)
Em macroeconomia, a curva de Phillips representa uma relação de tradeoff entreinflação e desemprego, que permite analisar a relação entre ambos, no curto prazo. Segundo esta teoria, desenvolvida pelo economista neozelandês William Phillips, uma menor taxa de desemprego leva a um aumento da inflação, e uma maior taxa de desemprego a uma menor inflação. Contudo, esta relação não é válida no longo prazo, uma vez que a taxa de desemprego é basicamente independente da taxa de inflação conforme outras variáveis vão se alterando.
Baseando-se em dados da economia do Reino Unido no período de1861 a 1957, Phillips mostrou haver uma correlação negativa entre a inflação e o desemprego. Poucos anos depois, outros dois cientistas, Paul Samuelson e Robert Solow, confirmaram a descoberta ao utilizarem dados da economia dos Estados Unidos da América e resolveram baptizar o modelo como curva de Phillips. 
Nos anos 70, a relação prevista pela curva de Phillips original deixou de ser verificada de forma empírica, pois as grandes economias experimentaram altas taxas de inflação e de desemprego simultaneamente. 
Quando o período de crise foi superado, a correlação mais evidente passou a ser entre a taxa de desemprego e a variação da taxa de inflação, o que abriu caminho para reformas na proposição original. Milton Friedman e Edmund Phelps foram dois economistas que se dedicaram a estudar a relação proposta por Phillips. 
A versão Friedman-Phelps da curva de Phillips, conhecida também por curva de Phillips aceleracionista, acrescenta à equação original a análise das expectativas. Utilizando o método das expectativas adaptativas ela indica que, para que se mantenha a taxa de desemprego a níveis inferiores ao da taxa de desemprego natural, o que importa não é a taxa de inflação, mas sim sua variação, necessitando-se assim de taxas de inflação cada vez maiores para manter as taxas de desemprego abaixo da taxa natural.
No modelo de curva de Phillips com expectativas adaptativas, o efeito de um choque exógeno de oferta sobre a taxa de inflação em um determinado ano é repassado para a inflação esperada futura.
Assim, pode-se comprovar mais consistentemente, que a relação inversa entre a inflação e o desemprego se dá quando a inflação observada está acima das expectativas, e que, de facto, isso se dará somente no curto prazo, já que no longo prazo a inflação observada tornar-se-á igual à esperada, quando então não será verificada nenhuma relação entre a inflação e o desemprego.
1.11.1 A equação Matemática da Curva de Phillips
A partir da relação existente entre o nível de preços, o nível de preços antecipado e a taxa de desemprego:
· P = f(Pe, u)
Onde:
P = nível de preços
Pe = nível de preços antecipados
u = taxa de desemprego
Pode-se deduzir uma nova função relacionando a taxa de inflação, a taxa de inflação antecipada e a taxa de desemprego, na forma:
· p = f(pe, u)
Onde:
p = taxa de inflação
pe = taxa de inflação antecipada
u = taxa de desemprego
Assim, a taxa de inflação tenderá a variar positivamente com a inflação antecipada e negativamente com a taxa de desemprego. É válido lembrar que existem coeficientes que dá maior ou menor peso a esses factores determinantes da taxa de inflação.
1.11.2 A curva de Phillips original
Embora não ocorra em tempos actuais, a inflação média nos períodos pesquisados por Phillips e depois por Paul Samuelson e Robert Solow tendia para zero. 
Com uma inflação média tendendo a zero em períodos passados, levantou-se a hipótese de que a taxa de inflação esperada também seria zero, de forma que a relação descrita acima passaria a ser p = f(u) (taxa de inflação apenas em função da taxa de desemprego). 
Com isso, pode-se dizer que essa primeira versão da curva de Phillips desconsiderou a existência de uma eventual espiral de salários e preços, períodos em que elevações no salário nominal provocam elevações no nível geral de preços, e vice-versa.
1.11.3 A curva de Phillips com expectativas
Como se referiu no tópico da equação matemática, existem coeficientes ou multiplicadores que tornam os factores determinantes da taxa de inflação com maior ou menor peso. Vamos supor que para a formação das expectativas a inflação esperada pe seja dada por: pe(t) = v . p(t-1)
Observe a inflação esperada do período t é uma função da inflação do período t - 1, multiplicada pelo coeficiente v. Afirma-se que v tendia a zero antes da década de 1970 e que passou a tender a 1 após esse período.
Com efeito, nota-se que substituindo v = 0 na função p = f(pe, u) teremos p = f(u), ou seja, a curva de Phillips original onde a inflação é função do desemprego.
Assim, substituindo v = 1 na mesma função teremos p = f(p(t-1), u), onde a taxa de inflação é uma função da taxa de inflação do período anterior e da taxa de desemprego.
Por fim, apresentamos a função da curva de Phillips como sendo p(t) = pe(t) + (m + z) - wu(t), de forma que m (markup das empresas) e z (outros factores que afetem a fixação de salários) são coeficientes lineares que representam elementos estruturais da economia e w é o multiplicador do desemprego. Substituindo pe(t) = p(t-1), temos que p(t) = p(t-1) + (m + z) - wu(t) ou ainda p(t) - p(t-1) = (m + z) - wu(t).
Fórmulas e Métodos do seu cálculo da Taxa de Desemprego
 A taxa de desemprego é calculada através de um critério usado em todo o mundo. Para ser um desempregado, a pessoa deve estar com idade para trabalhar (15 e mais anos), disponível e procurando emprego.
A taxa de desemprego normalmente é calculada a partir de pesquisas amostrais e é considerada desempregada a pessoa que declarar: 
· Estar sem trabalho (nem parcial);
· Estar disponível para ocupar um emprego (exclui pessoas doentes); e
· Estar a procura activamente de emprego (aceitar trabalhar pelo salário vigente).
Assim, TD =(PA-l) : PA *100 
Onde TD é a taxa de desemprego, PA é a população activa (força de trabalho) e L é o total de pessoas empregadas.
Com efeito, pode-se efectuar cálculos para uma População Activa no período t: 
PAt - Número total de indivíduos empregados e desempregados num período de referência (e.g.: início/ final) do período t é um stock. População Desempregada no período t: Des t Número total de indivíduos desempregados num momento do período t também é um stock.
Assim, a taxa de Desemprego no período t será: 
TD (t) (%) Proporção do número de desempregados na população activa (%).
TDt =( DESt : PAt)*100
Taxa de Actividade no período t: TA (t) (%) Peso da população activa na população total (Pop). TA t = [PA t / (Pop. com 15 e mais anos (t))] * 100
A Taxa de Emprego no período t : TE (t) (%) permite definir a relação entre a população empregada e a população em idade activa (com 15 e mais anos de idade.
TE (t) = [Pop. empregada (t) / Pop. com 15 e mais anos (t)] * 100 
Taxa de Inactividade no período t: TI (t) (%) Taxa que permite definir a relação entre a população inativa em idade ativa (com 15 e mais anos de idade) e a população total em idade ativa. 
TI (t) = [Pop. Inactiva com 15 e mais anos (t) / Pop. com 15 e mais anos (t)] * 100
Exemplo Pratico da Taxa de Desemprego numa dada Economia
A taxa de desemprego representa o percentual da força de trabalho que está desempregada. Especificamente, ut = (U:L) *100, onde: 
· U é o número de indivíduos desempregados; 
· L é o número de indivíduos na força de trabalho; 
· L é igual ao número de indivíduos desempregados mais o número de indivíduos empregados (N), de modo que L = U + N
Exemplo: Dados da Taxa Económica Moçambicana de 2013
Total da População 23.000.000 de Habitantes
População Activa- 15.000.000 de Pessoas
U- número de indivíduos empregados ( 3.375.000 pessoas )
N- número de indivíduos desempregados (11.625.000 pessoas)
L = 3.375.000 PESSOAS +11.625.000 PESSOAS = 15.000.000 Pessoas 
ut = (U:L)*100 = (3.375.000 pessoas:15.000.000 pessoas) *100; ut =22,50%. Portanto, a taxa de desemprego em Moçambique em 2013 era de 22,50% . Fonte: Adaptado pelos autores a partir de (INE, 2013).
Aspectos dos Mercados de Trabalho
Este sob título versa sobre o comportamento do mercado de trabalho ao longo do período 1995/2005. Em linhasgerais, procura-se comprovar uma diferença importante de comportamento do emprego formal (com Carteira assinada) entre dois períodos distintos (1995/1999 e 2001/2005), com implicações relevantes tanto para a retomada de um possível movimento de reestruturação e melhor ordenamento do mercado de trabalho nacional como para uma trajectória potencialmente benéfica de melhoria dos indicadores de desempenho financeiro da previdência social.
Para além dessa caracterização empírica, o texto também procura discorrer sobre algumas das prováveis causas desse fenómeno, avaliando, em cada caso, as condições para sua sustentabilidade temporal. 
Aumento e desconcentração do gasto social, aumento e diversificação do crédito interno, aumento e diversificação do saldo exportador, consolidação do regime tributário simplificado para microempresas e empresas de pequeno porte (SIMPLES) e uma maior eficácia das ações de intermedia- ção de mão-de-obra e de fiscalização das relações e condições de trabalho nas empresas foram fatores identificados como os principais responsáveis pela trajetória de recuperação do emprego formal no período 2001/2005. 
Importante dizer que, embora cada um deles traga contribuição independentemente dos demais para o fenômeno em tela, na prática eles devem estar agindo simultaneamente numa mesma direção, ainda que em combinações diversas entre si. 
Ademais, todos esses factores agem, explicitamente, em direção contrária às restrições impostas pelo arranjo dominante de política macroeconômica em curso no País, de sorte que, na presença de um arranjo mais favorável, as chances de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e de intensificação do movimento de formalização do mercado de trabalho. 
O que chama atenção é o facto de que todos os factores apontados são passíveis de algum tipo de atuação conscientemente direcionada por parte do Estado. Ou seja, há instrumentos de ação e capacidade operativa suficientes nos aparelhos de Estado existentes para a ativação desses e outros fatores em prol de uma estratégia mais robusta e duradoura de desenvolvimento com inclusão social pelo trabalho.
1.14.1. Campos da Estruturação e Ordenamento do Mercado de trabalho
Uma questão assaz importante tem inquietado os estudiosos do mundo do trabalho. Ela diz respeito às causas da expansão do emprego formal no período recente, nitidamente após a desvalorização cambial de 1999. 
Portanto, como decorrência, também se discute acerca das condições de sustentabilidade desse fenómeno no tempo, pois isso não só pode trazer resultados importantes nos campos da estruturação e ordenamento do mercado de trabalho nacional como de resto, colocaria a discussão a respeito do financiamento do sistema de seguridade social – e particularmente do sistema previdenciário – em outro patamar. 
Em função disso, no âmbito deste texto, os conceitos de sector formal e informal são trabalhados em dupla perspectiva. A primeira considera informais as atividades assalariadas desempenhadas fora do arcabouço institucional legalmente estabelecido pelo Estado. 
A segunda perspectiva considera informais as actividades não assalariadas desenvolvidas por autónomos, em que não há uma separação nítida entre a propriedade do empreendimento e a execução de suas atividades-fim (separação capital/trabalho). 
Em outras palavras, a concepção de sector informal sustentada aqui concilia, de um lado, o critério de demarcação proveniente da relação legal de trabalho, separando trabalhadores com e sem Carteira assinada e, de outro, o critério oriundo da relação de produção existente no negócio, que no caso dos trabalhadores urbanos por conta própria é caracterizada por ser uma relação de produção não estruturada em moldes tipicamente capitalistas.
 A justificativa para esse corte analítico está ligada ao facto de que no interior de ambas as categorias ocupacionais assumidas como informais residem as actividades de trabalho mais precárias, do ponto de vista do conteúdo ou qualidade da ocupação, e de mais frágil inserção profissional, do ponto de vista das relações de trabalho. 
De facto, isso não é, obviamente, o mesmo que dizer que não existam actividades de trabalho precário ou frágeis também no seio das categorias de assalariados, estatutários e militares, mas sim que nesses casos a incidência de inserções de natureza mau é bem menor, uma vez que estão ligadas ao núcleo mais estruturado do mercado de trabalho.
Portanto, não é por acaso que o regime de trabalho predominantemente assalariado, que se consolidou com o advento e expansão do modo capitalista de produção, passou a ser tanto o canal de entrada dos indivíduos no mercado de trabalho, e daí no próprio sistema económico, como também a forma a partir da qual as pessoas se inscreviam na estrutura social, com todos os rebatimentos passíveis de investigação em termos da hierarquização das classes e dos conteúdos culturais e simbólicos relacionados. 
Principalmente a partir do final da Segunda Guerra Mundial, a montagem (em alguns países) ou a consolidação (em outros) dos respectivos Estados de bem-estar tinham como referência central para a concessão de benefícios sociais e transferências de renda a filiação assalariada formal dos trabalhadores, pois a primazia dessa condição de trabalho, mediada pela esfera pública, garantia a possibilidade de controle e avaliação dos programas e dos recursos governamentais envolvidos.
 O padrão de assalariamento formal permitia, ainda, organizar os fluxos do mercado de trabalho de modo a favorecer um tipo de convívio humano não-disruptivo, na verdade homogeneizador da estrutura social.
1.14.2 O Mercado de Trabalho Moçambicano no Período 1995- 2005
O Mercado de Trabalho Moçambicano no Período 1995/ 2005: Estabilização Monetária, Baixo Crescimento e Desregulação Social do Trabalho. A fim de contextualizar o comportamento do mercado de trabalho nos anos 1995/2005, é necessário traçar, ainda que brevemente, a evolução do quadro macroeconómico no mesmo período. 
Como se sabe, o mercado de trabalho nacional passou e continua a passar por algumas modificações profundas entre 1995/2005, quase todas influenciadas directamente pelo cenário macroeconómico mais geral. 
Na verdade, é perceptível nesse período, a existência de três momentos claramente discerníveis, por meio dos quais se nota, de facto, que o mercado de trabalho reflecte, em grande medida, o comportamento ditado pelas políticas públicas do período. 
Entre 1995 e o final de 1998, em um ambiente macroeconômico marcado por sobrevalorização cambial e diferencial positivo e elevado entre as taxas de juros domésticas e internacionais, as principais variáveis do mercado de trabalho nacional sofreram processo intenso de deterioração. 
Os níveis absolutos e relativos de desemprego aumentaram, bem como a informalidade das relações de trabalho e a desproteção previdenciária para amplos segmentos do mercado de trabalho urbano, enquanto os níveis reais médios de renda do trabalho e a sua distribuição pioraram. 
Entre a desvalorização cambial de 1999 e meados de 2003, apesar do arranjo de política económica, a partir da liberalização económica, introduzidas por Joaquim Chissano, mostram que o restritivo (câmbio semiflutuante, superávits fiscais generosos, taxas de juros elevadas e metas rígidas de inflação), a economia Moçambicana operou em um contexto de comércio internacional favorável, o que permitiu certo arrefecimento das tendências anteriores para as principais variáveis do mercado de trabalho. 
Os níveis absolutos e relativos de desemprego pararam de subir no mesmo ritmo que antes, a informalidade das relações de trabalho e o grau de desproteção previdenciária arrefeceram (mas em patamares muito elevados) e, enquanto os níveis médios de renda real do trabalho continuaram a cair para a maior parte das categorias ocupacionais, a distribuição dos rendimentos começou a esboçar uma pequena melhora, sobretudo depois de 2001, apos tensão politico na sequência das eleições de 1999, que conferiram vitoria mínima a FRELIMO,fortemente reclamada pela RENAMO que havia ganho seis províncias de Moçambique, entre elas, Niassa, Nampula, Zambézia, Tete, Manica e Sofala. 
Por fim, os anos de 2004/2006, a despeito do arranjo de política macroeconómica manter-se praticamente inalterado, a pujança do comércio exterior, combinada com pequenas reduções nos patamares de juros internos e com uma importante expansão das várias modalidades de crédito, aumentos do salário mínimo à frente da inflação e expansão das políticas sociais, houve uma reação positiva do mercado de trabalho a estímulos até certo ponto tímidos da política económica. 
Assim, evidenciava-se tanto a relação de causalidade entre cenário macroeconómico e variáveis cruciais do mundo do trabalho como o potencial multiplicador implícito entre essas duas dimensões. 
A taxa de desemprego aberto, o grau de informalidade das relações de trabalho e o grau de desproteção previdenciária esboçaram diminuição, enquanto o nível de remunerações da base da pirâmide social parou de cair em 2004, elevando-se ligeiramente em 2005, o que contribuiu para prolongar o processo de redução das desigualdades de renda em bases mais virtuosas. 
Desempregados
O grupo de desempregados engloba as pessoas que não estão empregadas, mas que estão activamente a procura de emprego ou estão espera de regressar ao trabalho. Para ser considerado como desempregado, um indivíduo tem de fazer algo mais do que pensar em trabalhar. Uma pessoa tem de declarar esforços específicos para encontrar um emprego (como tendo tido uma entrevista para um emprego ou respondido a anúncios de emprego).
Não fazem parte da população activa. Neles se incluem os 34% da população adulta que são domésticos, reformados, demasiado doentes doentes para trabalhar ou simplesmente que não procuram empregos. 
A População activa Inclui todos os que estão empregados e desempregados. As pessoas que têm empregos são empregadas: as pessoas que não estão empregadas mas que estão a procura de emprego são desempregadas: as pessoas sem emprego e que não estão a procura de emprego não fazem parte da população activa.
Tipos de Desempregados
Na vida macroeconómica, existem seguintes tipos de desempregados: desempregado registado; desempregado de curta duração; desempregado involuntário; desempregado de longa duração, desempregado subsidiado, e desempregados-desencorajados.
Características de cada tipo de desempregado na sociedade
Desempregados registados
Este tipo de desempregados, caracteriza-se por ser um conjunto de indivíduos com idade mínima especificada, inscritos nos Centros de Emprego, que não têm emprego, que procuram um emprego e que estão disponíveis para trabalhar.
Desemprego de Curta Duração
Este tipo de desempregados, caracteriza-se pelo facto de contabilizar o número de horas em que se verifica a inexistência de prestação de trabalho, provocado pela situação económica e/ou tecnológica da empresa ou situações de catástrofe, que colocam trabalhadores na situação de temporariamente não terem trabalho a realizar, estando contudo disponíveis para o trabalho, sem que esta situação decorra da redução legal da actividade.
Desempregado Involuntário
Este tipo de desempregados caracteriza-se pela situação que ocorre sempre que a cessação do contrato de trabalho decorra de: 
· Decisão unilateral da entidade empregadora;
· Caducidade do contrato não determinado por atribuição de pensão; 
· Rescisão com justa causa por iniciativa do trabalhador; 
· Mútuo acordo que se integre em projecto de redução de efectivos, 
Este tipo geralmente é determinado por reestruturação de sectores de actividade, por recuperação ou viabilização de empresas ou por outras situações que permitam o recurso ao despedimento colectivo. 
Outros sim, considera-se ainda como desemprego involuntário a situação dos reformados por invalidez, que, em posterior exame de revisão da incapacidade por invalidez, foram declarados aptos para o trabalho.
 Desempregado Subsidiado
Este tipo de desempregados caracteriza-se pelo processo de indemnização através de uma prestação de Segurança Social Substitutiva do rendimento de trabalho perdido, determinada em função da remuneração média anterior (neste caso a prestação designa-se por subsídio de desemprego), ou da remuneração mínima mensal e do agregado familiar (e então designa-se por subsídio social de desemprego), de duração variável consoante a idade do trabalhador, desde que este reúna determinadas condições de atribuição definidas na lei.
Desempregado de longa duração:
Este tipo de desempregados, caracteriza-se em ser trabalhador sem emprego, disponível para o trabalho e à procura de emprego há 12 meses ou mais. Nos casos dos desempregados inscritos nos Centros de Emprego, a contagem do período de tempo de procura de emprego (12 meses ou mais) é feita a partir da data de inscrição nos Centros de Emprego.
Desempregados - Desencorajados
Este tipo de desempregados, caracteriza-se por ser um conjunto de Indivíduos com idade mínima especificada que, no período de referência, não tinham qualquer trabalho e que, estando disponíveis para trabalhar, não procuraram emprego há mais de 4 semanas ou nunca procuraram, por algum dos seguintes motivos: consideram não ter idade apropriada; consideram não ter instrução suficiente; não sabem como procurar; acham que não vale a pena procurar; acham que não há empregos disponíveis.
Evolução do Desemprego
Nas últimas décadas a economia mundial vem passando por importantes transformações, tais como o processo de globalização e os planos de estabilização, desta forma "o mercado de trabalho tem passado por mudanças relevantes e, sobretudo, se mostrado incapaz de gerar postos de trabalho suficientes para atender a oferta de trabalho". (RAMOS & VIEIRA, 2000). Na década de 1980, a taxa de desemprego permaneceu em um nível relativamente baixo. 
"A partir da década de 1990, ocorreu um aumento nas taxas de desemprego no Mundo. No início dessa década, mais especificamente em 1992, a taxa de desemprego estava em 7,2% e, em 2005, em 10,2%". (AMADEO et al., 1994),
No entanto, a taxa de desemprego está mais estável na década de 2000, em um patamar inferior ao observado em 1999 e entre os jovens o nível de desemprego era mais alto. 
Segundo CAMARGO & REIS (2005), este facto pode ser devido à assimetria de informações, isto é, os empregadores dispõem de pouca informação sobre o perfil, capacidade produtiva e experiência dos indivíduos jovens. 
Com efeito, ao acompanhar o processo de industrialização e urbanização a participação de mulheres no mercado de trabalho no período 1970-1990 aumentou. 
Para os autores, na década de 1990 o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho não foi acompanhado por uma criação na mesma medida de postos de trabalho, isto é, o mercado de trabalho não conseguiu absorver toda a população economicamente ativa feminina.
Conforme FLORI (2003), os principais responsáveis pela alta taxa de desemprego entre os jovens são "aqueles que já trabalharam, mas trocam de emprego com maior frequência, e não os que estão em busca do primeiro emprego". 
Na verdade, há outra explicação para o desemprego entre os jovens, que é a assimetria de informações, pois, os empregadores têm informações limitadas sobre a produtividade dos trabalhadores mais jovens, em comparação com os trabalhadores que já acumularam experiência no mercado de trabalho. 
A taxa de desemprego segundo os anos de escolaridade do indivíduo está maior para as pessoas que possuem de oito até onze anos de estudo. 
Este facto está de acordo com o trabalho de CAMARAGO & REIS (2005), segundo o qual o desemprego é maior para os semi-qualificados do que para os não qualificados, ou seja, do que para as pessoas que não possuem escolaridade nenhuma as quais recorrem à informalidade. 
Porém a categoria com menor taxa de desemprego, os qualificados, com mais de onze anos de estudo, representam mais de 50% das pessoas desempregadas. Entre as explicações desse comportamento podem ser citadas a sua maior oferta no período recente e o maiorsalário de reserva desses indivíduos.
Ao final do período, em 2009, se verifica que embora a diferença nas taxas de desemprego entre as categorias de anos de estudo tenha caído, as pessoas de oito até onze anos (DE OLIVEIRA & DE CUNHA, 2010).
O estudo ainda indica que a maior taxa, ou seja, 10,5% contra 6,6% e 8% das pessoas com até oito anos de estudo e com mais de onze, respectivamente. 
Além disso, a crise financeira de 2008 teve reflexos mais intensos nos indivíduos mais qualificados. 
De facto, os choques agregados provocam aumentos relativamente maiores na taxa de desemprego dos trabalhadores qualificados devido à maior rigidez salarial desse grupo.
Conclusão
Realizado o trabalho, chegou o momento de apresentar as conclusões do trabalho. O trabalho conclui que o Desemprego é uma situação no qual o individuo deseja estar empregado a uma dada taxa de salario prevalecente no mercado de trabalho mas não encontra.
As principais causas do desemprego são: Baixa qualificação do trabalhador, Substituição de mão-de-obra por máquinas, Crise econômica, Custo Elevado e Factores Climáticos.
Os tipos de desemprego, obviamente causados por motivos diferentes, são: Desemprego Natural, (Friccicional); Desemprego Estrutural; Desemprego Estacional ou Sazonal; Desemprego Cíclico; Desemprego Voluntário; e Desemprego Involuntário.
O desemprego é um problema económico porque representa um desperdício de recursos valiosos. O desemprego é um problema social importante porque causa enormes sofrimentos aos desempregados que se debatem com menores rendimentos. 
A taxa de desemprego é o indicador que mede o nível de desemprego de uma economia. Ela calcula-se com base no quociente entre a população desempregada e a população ativa e é expressa em percentagem. 
Na vida macroeconómica, existem seguintes tipos de desempregados: desempregado registado; desempregado de curta duração; desempregado involuntário; desempregado de longa duração, desempregado subsidiado, e desempregados-desencorajados.
No âmbito do mercado do trabalho os conceitos de sector formal e informal são trabalhados em dupla perspectiva. A primeira considera informais as atividades assalariadas desempenhadas fora do arcabouço institucional legalmente estabelecido pelo Estado. A segunda perspectiva considera informais as actividades não assalariadas desenvolvidas por autónomos, em que não há uma separação nítida entre a propriedade do empreendimento e a execução de suas atividades-fim (separação capital/trabalho). 
Do posto de vista de Evolucao do desemprego, nas últimas décadas a economia mundial vem passando por importantes transformações, tais como o processo de globalização e os planos de estabilização, desta forma o mercado de trabalho tem passado por mudanças relevantes e, sobretudo, se mostrado incapaz de gerar postos de trabalho suficientes para atender a oferta de trabalho.
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