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Processos de análise institucional

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Processos de análise institucional
Apresentação
A multiplicidade de possibilidades do empreendimento das interações sociais revelam expressões 
sociais também diversas e multifacetadas. Por isso, como expressões ou formas sociais, as 
instituições respondem a um contexto específico de organização social.
Portanto, é importante compreender os processos de conceituação das instituições, além de 
reconhecer sua constituição como espaço de reprodução, disputa ou contestação do poder, assim 
como entender as principais fases dos processos analíticos do estudo das instituições.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá as formas de conceituação e interpretação das 
instituições, como expressão social e como plataformas de organização sociopolítica, além de 
território de disputas de poder.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever os aspectos históricos do conceito de instituição.•
Definir a instituição como aparelho contraditório e discorrer sobre a reprodução das relações 
sociais.
•
Explicar a realização de processos de análise institucional.•
Desafio
No panorama da análise das instituições, o sociólogo Erving Goffman aponta algumas 
particularidades daquelas que se destinam à reprodução das práticas sociais e da manutenção das 
dinâmicas de poder estabelecidas. A partir do viés althusseriano, o qual compreende as instituições 
como aparelhos ideológicos do Estado, Goffman entende que as instituições são aparelhos 
institucionais e complexos, podendo tanto reproduzir a perspectiva das instituições de poder 
quanto indicar a possibilidade de combate e intervenção.
Nesse sentido, o autor concebe o conceito de instituições totais, as quais seriam aquelas utilizadas 
para controlar, coibir certos comportamentos ou coagir quaisquer ações que possam afetar a 
ordem social pretendida pelos grupos que compõem as elites de poder. Elas são caracterizadas 
especialmente pelo controle de funções básicas humanas, como a alimentação, o sono e a privação 
da liberdade.
Assim, qualquer instituição social poderia ser caracterizada como uma instituição total, quando 
orientada para o controle e a coação, associada ao controle das funções e necessidades básicas 
humanas. Por exemplo, as escolas são instituições educacionais, cujo objetivo é a produção do 
conhecimento. Porém, quando orientadas por sistemas políticos totalitários, por exemplo, 
funcionam como aparatos de reprodução ideológica e controle de comportamento social, além de 
instituir as possibilidades de trajetórias de vida dos estudantes, por meio do direcionamento dado 
ao ensino.
Entretanto, sociedades democráticas também têm instituições totais, socialmente legitimadas e 
juridicamente legalizadas, como as instituições de internação para pessoas com doenças 
psicológicas. Nessa conjuntura, os internos permanecem cidadãos, com os mesmos direitos sociais 
que quaisquer outros — embora sejam suprimidos seus direitos civis.
Considerando as instituições prisionais, um espaço de articulação e combate para assistentes 
sociais, na defesa dos direitos sociais e humanos, analise o seguinte cenário hipotético:
 
Como profissional que atua na política de assistência social, aponte e discuta maneiras de articular 
contra o panorama de violência institucional desenvolvido no cenário hipotético apresentado.
Infográfico
Na análise das instituições, a pesquisa-intervenção é uma das principais ferramentas utilizadas por 
pesquisadores que direcionam os trabalhos à transcendência do padrão de dominação das 
instituições como aparelhos de Estado, utilizando os espaços de disputa, contestação e 
reconfiguração de poder.
Neste Infográfico, você vai conhecer três linhas de abordagens teóricas e conceituais que 
influenciaram a análise das instituições, reconhecendo ainda, em alguns momentos, o diálogo 
estabelecido com outras disciplinas, principalmente com a Psicologia. 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/12119d13-06b5-4a5f-874c-9377ac4c4ff1/468828c8-cbf7-4aae-a962-2d2fcb7bb09d.png
Conteúdo do livro
As instituições são constituidas a partir do conjunto de significados, valores e objetivos de um 
determinado grupamento social. Entretanto, como reimprimem socialmente todas essas 
características, podem ser utilizadas como ferramenta ou aparelho de perpetuação de dinâmicas 
injustas ou exploratórias. 
No capítulo Processos de análise institucional, da obra Análise Institucional e Serviço Social, base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer o contexto do aparecimento das 
instituições na história ocidental. Além disso, vai ver as possibilidades de reprodução e rompimento 
de valores nas dinâmicas sociais, utilizando as instituições como espaço de disputa. Por fim, vai 
verificar como se realizam os processos de análise institucional.
Boa leitura.
Análise 
Institucional e 
Serviço Social
Aline Michele Nascimento Augustinho 
Processos de análise 
institucional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever os aspectos históricos do conceito de instituição.
  Definir a instituição como aparelho contraditório e discorrer sobre a 
reprodução das relações sociais.
  Explicar a realização de processos de análise institucional.
Introdução
As instituições sociais revelam as interações de determinado contexto 
social, indicando ainda o sistema de valores, o modelo econômico-pro-
dutivo e o modelo político estabelecidos. Isso ocorre pois elas não apenas 
expressam essas variáveis, mas respondem às suas demandas e imprimem 
nos sujeitos sociais os modelos de interpretação e de ação necessários 
para a manutenção ou o rompimento das dinâmicas constituídas.
Neste capítulo, você vai conhecer o contexto do aparecimento das 
instituições na história ocidental. Você também vai ver as possibilidades 
de reprodução e rompimento de valores nas dinâmicas sociais, utilizando 
as instituições como espaço de disputa. Além disso, vai verificar como se 
realizam os processos de análise institucional.
O conceito de instituição
As instituições podem ter diversos signifi cados de acordo com a sociedade 
na qual se originam e também a partir da leitura teórica em que se baseia a 
observação. Considerando as refl exões sociológicas clássicas da primeira fase 
do Serviço Social, de perspectiva funcionalista e organicista, ainda no século 
XX, as instituições se defi nem como grupos sociais por meio dos quais se 
expressam práticas, normas e códigos de conduta orientados para um objetivo. 
A ideia é que tal expressão ressoe para o grupo que forma a instituição ou para 
outro grupo que também faz parte da sociedade em questão (ARON, 2008).
Se você extrapolar a perspectiva sociológica e buscar as reflexões da filo-
sofia ocidental clássica, vai ver que as instituições são compreendidas como 
formações por meio das quais se constituem os conjuntos simbólicos para 
a atribuição de valores ou para a construção interpretativa da realidade de 
dada sociedade. Assim, associando a interpretação sociológica à filosófica, 
compreende-se que os grupos sociais se expressam em ligações sociais sim-
bólicas, tais como a família, a religião e a igreja (enquanto espaço físico), a 
escola e o trabalho (ARON, 2008).
De acordo com Lapassade (1989), porém, a ideia de instituição ultrapassa 
a simples expressão de um objetivo comum por um grupamento social. A 
instituição se configuraria como o aprisionamento das condutas a partir de 
seu sistema de estruturação:
A experiência imediata da vida social situa-se sempre em grupos: a famí-
lia, a classe, os amigos. No trabalho, o horizonte imediato da experiência é 
sempre constituído por grupos: é a equipe na empresa, é o grupo sindical. 
Mas logo, nessas organizações, aparece rapidamente um novo elemento; o 
grupo é aprisionado num sistema institucional: aorganização da Empresa, 
da Universidade (LAPASSADE, 1989, p. 35).
Assim, ao esboçar uma ontologia dos grupamentos sociais, Lapassade 
(1989) atribui aos seres humanos a necessidade inerente da constituição de 
laços sociais, expressos historicamente por meio dos grupos sociais. Esses 
grupos teriam como objetivo algo mais complexo do que a vontade humana de 
associação com os semelhantes, como a mobilização política. Tal noção pode 
ser apreendida, por exemplo, a partir dos efeitos das dinâmicas de trabalho no 
alvorecer do capitalismo industrial, no século XIX. Nesse contexto, de modo 
semelhante ao que os teóricos contratualistas entendem como a origem das 
sociedades — o pacto entre indivíduos para a criação de um grupo regido por 
regras —, os trabalhadores agrupados e organizados atribuíram às instituições 
a possibilidade de representar seus direitos e reivindicações no diálogo com 
outros complexos sociais, políticos e econômicos.
No amadurecimento do capitalismo industrial e na sua associação com as 
expressões políticas na formação dos Estados Nacionais capitalistas, surgem as 
primeiras leituras sociológicas e políticas que interpretam os complexos sociais 
que expressam objetivos e exigem determinadas condutas como instituições. 
Essas instituições, ao representarem os interesses de determinados grupos, 
Processos de análise institucional2
entrariam em diálogo — e mais frequentemente em disputa — com outras 
instituições, cada qual na defesa de seu objetivo primordial.
No contexto do capitalismo industrial, autores como Karl Marx e Max 
Weber compreenderam as formas de organização social como a instituciona-
lização da vontade, do objetivo e do poder. Assim, as instituições poderiam 
ser de cunho social, político ou religioso, mas teriam sempre um elemento em 
disputa: o exercício do poder. Considere o seguinte: se os grupos sociais se 
expressam nas instituições a partir da consolidação do capitalismo monopolista, 
fica clara a transição da gênese das dinâmicas do poder e das dinâmicas do 
diálogo, que partiam do indivíduo durante a emergência do antropocentrismo, 
para o estabelecimento de interações entre as representações dos grupos sociais.
O trabalho e as formas de organização social que esse exercício humano 
preconiza levam à criação das instituições como representantes dos grupos 
sociais. Daí, parte-se para a constituição dos sindicatos e dos movimentos de 
trabalhadores, que passam a existir devido a um sistema econômico-produtivo 
baseado na manutenção das desigualdades sociais como forma de consecução 
de seu objetivo primário: a acumulação de capital.
Por isso, a leitura histórica da emergência das instituições como expressões 
de grupos sociais indica que as instituições permitem a manutenção e a repro-
dução do status quo estabelecido, ou seja, das normas e das resoluções sociais, 
políticas e religiosas que permitem a estabilidade da sociedade em questão. 
Entretanto, essas mesmas instituições estabelecem uma linha de comunicação 
da dinâmica do conflito, elemento de interação entre instituições sociais que 
não desaparece até a contemporaneidade.
Como você pode ver, o conceito de instituição recebe influências de dife-
rentes áreas do conhecimento: da filosofia e da sociologia em especial, mas 
até mesmo do direito. Entretanto, na contemporaneidade, as instituições se 
mostram como ferramentas e construções orientadas para determinado tipo 
de ação, que normalmente também atuam como item de intermediação entre 
diferentes esferas sociais: entre a sociedade civil e o Estado, por exemplo, ou 
entre a sociedade civil e o sistema econômico-produtivo.
As instituições podem ainda ter origem:
  social (como a família ou um grupo de amigos que se organiza a partir 
de um hobbie, por exemplo);
  política (como expressão da máquina pública, em instituições gover-
namentais administrativas ou que instrumentalizam direitos sociais);
  econômica (dos institutos financeiros, como bancos, a formas de diálogo 
com a sociedade civil, como as organizações não governamentais).
3Processos de análise institucional
Disputas de poder e reprodução 
das relações sociais
A ideia de que as instituições expressam — e portam, por vezes — o confl ito 
entre os grupos sociais se constitui principalmente a partir do viés marxista. 
Tal viés considera as expressões sociais dos trabalhadores (sindicatos), dos 
burgueses (expressões materiais, como as fábricas e os maquinários) e da 
política (o Estado) como formas sociais antagônicas e em disputa pelo poder.
Karl Marx aponta as instituições como “formas sociais” partícipes das estru-
turas por meio das quais o poder cedido ao capital, a partir da reprodução das 
dinâmicas sociais, é estabelecido. Assim, haveria uma constituição estrutural 
das sociedades capitalistas, nas quais as instituições sociais não funcionariam 
mais como formas de expressar as constituições simbólicas de seu grupo, e 
sim de perpetuar o equilíbrio do sistema produtivo, por meio da ideologia.
A ideia de que as instituições funcionariam como aparelhos de reprodução 
ideológica aparece na análise de Althusser (1980). O autor marxista indica que 
as sociedades capitalistas seriam formadas por diferentes níveis estruturais, 
cada qual projetando a ideologia do mercado por meio das instituições correla-
tas. Assim, as instituições — sociais, religiosas e políticas — constituiriam-se 
como aparelhos ideológicos da faceta estrutural mais ampla e que direciona 
a produção capitalista: o Estado.
Althusser (1980) é o pensador que apresenta, influenciado pela obra de Karl 
Marx, a definição das instituições no panorama das dinâmicas e interações 
sociais. Tais instituições atuariam em dois níveis, sempre a partir a propaga-
ção da ideologia: a infraestrutura e a superestrutura. A infraestrutura seria 
composta por elementos de manutenção do sistema produtivo: o mercado, 
as dinâmicas de trabalho, as indústrias. A superestrutura seria composta 
por instituições que condicionariam os sujeitos sociais a atuarem segundo 
os mecanismos disponibilizados na infraestrutura. A superestrutura, por 
sua vez, seria também organizada em dois níveis: o inferior, composto por 
instituições de regulação do comportamento social, como a família, a escola 
e a igreja; e o superior, que organizaria e legitimaria (ou seja, que também 
pode condenar, coibir e neutralizar) as formas de atuação das instituições: o 
Estado e o sistema jurídico.
Na divisão máxima da superestrutura, o Direito e o sistema jurídico fun-
cionariam como pilares e elementos de defesa da organização do Estado. 
Entretanto, é o Estado, fundamentado no sistema jurídico, a instituição de 
poder que permite a manutenção da infraestrutura, ou seja, a reprodução das 
dinâmicas, normas e resoluções que estabilizam e mantêm ativo o sistema 
Processos de análise institucional4
econômico-produtivo. Diante dessa composição, na conjuntura capitalista, 
as instituições são compreendidas por Althusser (1980) como “aparelhos 
ideológicos de Estado”, elementos que trabalhariam na reprodução das bases 
para a manutenção do poder já instituído:
Historicamente, os subalternizados vêm construindo seus projetos com base 
em interesses que não são seus, mas que lhes são inculcados como seus. 
Experienciam a dominação e a aceitam, uma vez que as classes dominantes, 
para assegurar sua hegemonia ou dominação, criam formas de difundir e 
reproduzir seus interesses como aspirações legítimas de toda a sociedade 
(YAZBEK, 2014, p. 685).
Mas qual é a razão de determinar as instituições como aparelhos ideoló-
gicos? Althusser (1980) compreende que as instituições estariam a serviço 
do Estado capitalista, que contaria “[...] com o poder de influência de deter-
minados agentes sociais sobre o cotidiano de vida dos indivíduos, reforçando 
a internalização de normas e comportamentos legitimados socialmente [...]” 
(IAMAMOTO, 2011, p. 116). Apesar de a leitura althusseriana ter provocado 
grande impacto nas reflexões sobre as dinâmicassociais de poder, especial-
mente entre as décadas de 1960 e 1980, tendo como interlocutores autores 
como Pierre Bourdieu, Michel Foucault e Boaventura Sousa Santos, ela não 
oferece apenas um viés interpretativo sobre as instituições.
Considerada uma das teorias fundamentais na definição do arcabouço teórico 
do Serviço Social latino-americano, a ideia de que as instituições são aparelhos 
a serviço da manutenção do status quo dá origem a outra interpretação: a de 
que as instituições expressam disputas de poder, configurando-se como espaços 
de articulação de agentes e grupos sociais (como categorias profissionais) que 
utilizam suas estruturas na intervenção do quadro estabelecido (IAMAMOTO; 
CARVALHO, 1995), buscando a redefinição e a supressão das interações que 
resultam em opressão e exploração das classes mais baixas da pirâmide social. 
As instituições se configuram, assim, como espaços contraditórios.
Como espaços contraditórios, as instituições seriam plataformas ou fer-
ramentas utilizadas na intervenção na realidade. As relações de dominação 
ultrapassariam o monopólio das instituições mantido pelo Estado:
Uma análise dessas relações de dominação do ponto de vista político-ideológico 
coloca em evidência que o Estado, por intermédio de suas instituições sociais e 
políticas, é veiculado como instância da ordem e da autoridade superior sobre 
a sociedade civil. Nesse sentido, através de seu “monopólio de instituições”, 
o Estado ajuda a manter e a reproduzir as estruturas da sociedade a partir da 
óptica dos interesses dominantes [...]. É importante lembrar que da sociedade 
5Processos de análise institucional
civil partem demandas que o Estado deve atender. Ambos, sociedade civil e 
Estado, expressam relações sociais contraditórias e produzem instituições e 
políticas voltadas para o atendimento das necessidades sociais e políticas da 
sociedade (YAZBEK, 2014, p. 685).
Essa perspectiva oferece a noção de que há disputa nas interações possibili-
tadas pelas instituições. Especialmente quando alocadas como espaços socio-
-ocupacionais, no caso do campo profissional do Serviço Social, as instituições 
contraditórias se estabelecem também como espaços que possibilitariam, por 
meio da ação profissional especializada e organizada, a quebra da hegemonia 
de poder que é constantemente reproduzida no cenário da infraestrutura, no 
cotidiano da vida e do trabalho dos sujeitos sociais:
Em síntese, a economia capitalista não prescinde de renovar suas formas 
de controle social para garantir o consenso social [...]. O cotidiano é o solo 
do processo de produção e reprodução das relações sociais. Esse processo, 
portanto, vincula-se [...] a classes sociais em disputa, em luta pela hegemonia 
sobre o conjunto da sociedade (YAZBEK, 2014, p. 681).
A fundamentação de Yazbek (2014) sobre as dinâmicas socioprodutivas do 
capitalismo é essencial para a compreensão da análise institucional que vê nessas 
formas sociais espaços contraditórios e de disputa, especialmente na configuração 
de democracias participativas e deliberativas. A noção de que as instituições são 
também espaços contraditórios e de disputas está associada ao espaço público e 
deriva especialmente da interpretação marxista de Gramsci. Para Gramsci (1988), 
as instituições primordiais seriam Estado e sociedade civil, que constituiriam como 
expressões sociais conflitivas por se basearem na luta de classes independentemente 
do viés político ou do panorama econômico. Em qualquer possibilidade conjuntural 
que pudesse orientar as práticas das instituições, a disputa entre as classes seria 
o elemento determinante para o estabelecimento do poder.
Como esclarece Raichelis (2011), as disputas entre as classes tornam as 
instituições espaços contraditórios especialmente no panorama da constitui-
ção de democracias participativas e do chamamento da sociedade civil para 
a deliberação nos espaços públicos sobre as ações, os objetivos, os deveres e 
até a manutenção do sentido dado às instituições. Veja:
Por meio desses espaços públicos criou-se possibilidade de superar a visão 
que concebe Estado e sociedade civil como instituições polares, dicotômi-
cas, envolvidas num jogo de soma zero, onde um perde e outro ganha, para 
identificar a presença de relações conflitivas e contraditórias entre essas 
Processos de análise institucional6
esferas de atividade, onde a disputa entre diferentes projetos políticos atribui 
sentido e significado às relações entre sociedade política e sociedade civil 
(RAICHELIS, 2001, p. 24).
A perspectiva de Gramsci (1988) também aponta para o papel social a ser 
desempenhado pelos intelectuais, que devem direcionar suas habilidades no 
sentido de minorar os efeitos da luta de classes sobre os trabalhadores. Nesse 
sentido, partindo do pressuposto de que o Serviço Social mantém sua ancora-
gem teórica na filosofia marxista, assistentes sociais seriam os intelectuais que 
deveriam ocupar os espaços públicos. Com base na sua expertise, ou seja, no seu 
conhecimento e nas práticas exclusivas da categoria, deveriam atuar na defesa 
da classe trabalhadora, utilizando as instituições como plataforma de ação.
Para o Serviço Social brasileiro, a interpretação das instituições como 
espaço contraditório e de disputa de poder se dá essencialmente no processo 
de redemocratização, na década de 1980. Em especial, a Constituição Federal 
de 1988 define que o Estado Democrático de Direito tem fundamentação e 
orientação democrático-participativa. Ou seja, o Estado necessariamente 
requer a presença e a atuação da sociedade civil nos processos decisórios, 
especialmente nos espaços deliberativos, como ferramenta de manutenção 
do equilíbrio estatal e de controle democrático pela sociedade.
A descentralização do poder administrativo de diversas agências que 
regulam a aplicação dos direitos sociais, bem como o desenho de políticas 
públicas que garantam a sua qualidade e a sua efetividade, é o fator central 
para a criação de instituições em que o conflito e a disputa pelo poder se 
estabeleçam e se tornem dispositivos de manutenção da democracia. Assim, 
os conselhos deliberativos e os conselhos de Direito emergem no Brasil como 
espaços contraditórios entre as demandas sociais e as projeções da configuração 
político-econômica neoliberal, como Gramsci (1988) pontuou.
Na visão de Raichelis (2011), a constituição das instituições democrático-
-participativas como espaços contraditórios e de disputa de poder poderia ser 
definida por três perspectivas ou posições, a saber:
A primeira posição, que concebe os conselhos enquanto espaços contraditórios, 
pautando-se em Gramsci, faz uma análise frente aos impasses à organização 
social existente na década de 1990, mas aponta um otimismo na ação, ou seja, 
propõe estratégias de enfrentamento para superar as questões identificadas.
A segunda considera possível uma pauta consensual entre todos os partici-
pantes do conselho, podendo ser identificada como voluntarista e utópica. 
Nesta perspectiva, não há diferenças entre os projetos de saúde em disputa 
na sociedade, na atual conjuntura.
7Processos de análise institucional
A terceira posição não acredita no potencial dos conselhos e tem defendido 
a saída das entidades desses espaços, sendo marcada pelo pessimismo. Os 
conselhos não podem ser nem supervalorizados, nem subvalorizados, apresen-
tando como dificuldades: o desrespeito do poder público pelas deliberações 
dos conselhos; o não cumprimento das leis que regulamentam o seu funcio-
namento; a burocratização das ações; a não divulgação prévia da pauta das 
reuniões; a infraestrutura precária; a ausência de definição orçamentária; a 
falta de conhecimento da sociedade civil organizada sobre os conselhos; a 
ausência de articulação mais efetiva dos conselheiros com suas bases (RAI-
CHELIS, 2011, p. 59).
Assim, há dois elementos essenciais na interpretação dos espaços contra-
ditórios e de disputa de poder na análise das instituições: a fundamentação 
teórica marxista,que elucida as dinâmicas e conflitos de classe reproduzidos 
pelas instituições; e a configuração sociopolítica das democracias deliberativas.
Nessa conjuntura e sob essa perspectiva, a análise das instituições realizada 
pelo Serviço Social possibilita aos profissionais da categoria atuar segundo 
o pressuposto gramsciano da responsabilização e do engajamento político. 
Isso permite a intervenção desses profissionais, com base nas especificida-
des intelectuais e instrumentais de seu campo, na luta contra a projeção da 
hegemonia das elites capitalistas nos espaços deliberativos.
Leia o artigo de Raichelis (2010) “Intervenção profissional do assistente social e as 
condições de trabalho no Suas”, disponível no link a seguir.
https://qrgo.page.link/3q5b3
Processos de análise institucional
Tendo em vista a interpretação teórica das instituições e as formas de ação 
e interação nas sociedades capitalistas, os processos de análise institucional 
emergem como possibilidade de enfrentamento e transcendência da reprodu-
ção dos comportamentos e fenômenos orquestrados pelos componentes mais 
poderosos das estruturas sociais. Assim, os processos de análise institucional 
são ferramentas interventivas e se orientam não a partir da perspectiva do 
aprisionamento do sujeito descrito pelos teóricos marxistas, mas a partir da 
Processos de análise institucional8
possibilidade de transformação por meio da utilização das instituições como 
plataformas ou espaços de alteração das dinâmicas de poder.
Por exemplo, a saúde pública no Brasil pode ser considerada uma instituição 
sociopolítica. Embora se constitua como um conglomerado de instituições de 
saúde (hospitais, unidades básicas de saúde, unidades de pronto-atendimento), 
trata-se de um coletivo social que tem por objetivo a promoção da igualdade 
e da justiça social, por meio do acesso universal. Isso, de acordo com os 
pressupostos da Constituição Federal de 1988, não impede que o Estado 
capitalista utilize essa instituição para reproduzir a desigualdade por meio 
do sucateamento dos serviços, por exemplo.
Por outro lado, categorias profissionais como o Serviço Social podem utili-
zar essa mesma instituição como espaço de luta e de enfrentamento da ordem 
estabelecida, invertendo a lógica do poder constituído. Nessa perspectiva, é 
possível atuar pela garantia da qualidade de atendimento e pelo direciona-
mento das ações da instituição segundo os pilares fundamentais do Estado 
Democrático de Direito, no qual a universalidade do serviço se fundamenta 
(IAMAMOTO; CARVALHO, 1995).
A análise institucional se baseia essencialmente na pesquisa-ação. Esta, por 
sua vez, expressa três pilares essenciais: a impossibilidade da neutralidade, a 
consideração da subjetividade e o direcionamento para a intervenção. A im-
possibilidade da neutralidade indica que o profissional, cientista ou acadêmico 
que desenvolve a pesquisa social é orientado por um viés ideopolítico claro e 
sólido. Isso não significa que a pesquisa seja enviesada — a pesquisa social 
mantém o rigor científico. Entretanto, a partir do embasamento ideopolítico, ela 
se constitui de forma crítica, questionando o status quo e as dinâmicas de poder.
A inserção da subjetividade é outra ferramenta da análise institucional. Ela 
remonta à pesquisa social elaborada pelos teóricos da teoria crítica, herdeiros 
de Horkheimer. Essa ferramenta se caracteriza pela utilização da interpretação 
subjetiva e pelo conhecimento dos estados emocionais dos sujeitos inseridos 
numa determinada interação social, sendo considerada na proposta interventiva, 
terceira ferramenta da análise institucional.
As instituições, como espaços de enfrentamento e disputa utilizados pelas 
categorias profissionais, podem e devem ser orientadas a ações que possibilitem 
a emancipação dos sujeitos sociais das formas de aprisionamento mantidas e 
reproduzidas pelos Estados capitalistas. Por isso, ao conhecer sua estrutura, 
sua forma de atuação e seu objetivo, e considerando os impactos subjetivos 
analisados, é possível traçar uma política interventiva.
Se a instituição pode ser utilizada como um espaço de luta e alteração 
das lógicas de poder, a análise institucional é a ferramenta que permite 
9Processos de análise institucional
aos profissionais a atuação orientada para a intervenção: “O modo de ser 
do novo intelectual não pode mais consistir na eloquência, motor exterior 
e momentâneo dos afetos e das paixões, mas um imiscuir-se ativamente 
na vida prática como construtor, organizador, persuasor permanente [...]” 
(GRAMSCI, 1988, p. 8).
A perspectiva gramsciana é corroborada por categorias profissionais como 
a do Serviço Social. Tais categorias utilizam as instituições como espaço de 
embate entre poderes, baseando-se no saber, no conhecimento e no protago-
nismo das classes trabalhadoras:
Estou reafirmando, pois, a necessária construção de hegemonia das classes 
subalternas, na condução do processo de construção de seus direitos não 
apenas como questão técnica, mas como questão essencialmente política, 
lugar de contradições e resistência. A partir desse âmbito é possível mo-
dificar lugares de poder demarcados tradicionalmente, construir outros, 
e não apenas realizar “gestões bem-sucedidas de necessidades”. Quando 
falamos em protagonismo tendo como referência o pensamento de Gra-
msci, é ao poder que nos referimos. Esse é um dos aspectos que devemos 
ter presentes em nossa busca de construir parâmetros de negociação de 
interesses e direitos de nossos usuários. Parâmetros que devem trazer a 
marca do debate ampliado e da deliberação pública, ou seja, da cidadania 
e democracia, ferramentas necessárias para construir uma análise institu-
cional (YAZBEK, 2014, p. 689).
Yazbek (2014) expõe a necessidade da manutenção e do aprofundamento 
da deliberação pública como participação social nos processos decisórios. E 
isso por duas razões principais: primeiro, porque é um princípio constitucional 
do Estado democrático participativo brasileiro; em segundo lugar, porque a 
presença da sociedade civil nos processos decisórios auxilia na defesa dos 
direitos sociais que fomentam a cidadania e protegem o equilíbrio democrático 
por meio do controle social sobre a democracia.
Além disso, a preocupação expressa pela autora ao salientar a importância 
da ocupação do espaço público pela sociedade civil deriva da ideia de que as 
instituições que estão nesse espaço podem reproduzir dinâmicas orientadas 
pelo sistema produtivo. Assim, as elites financeiras e políticas teriam vantagens 
sobre as classes trabalhadoras, perpetuando as desigualdades sociais.
Como você viu, a definição da atuação dos profissionais do Serviço Social 
nas dinâmicas para ou com as instituições deriva da perspectiva do engajamento 
político dos intelectuais proposta por Gramsci (1988) a partir do marxismo. 
Nesse sentido, a análise institucional seria composta, necessariamente: pela 
compreensão (desenvolvida pelo assistente social) do espaço público como 
Processos de análise institucional10
ferramenta de efetivação da cidadania e de controle democrático em demo-
cracias capitalistas — neoliberais, como a brasileira —, por um lado; e pela 
responsabilidade sociopolítica da categoria profissional na definição de suas 
práticas, por outro.
Acesse o link a seguir para aprender mais sobre as formas, a atuação e as interações 
entre as instituições internacionais.
https://qrgo.page.link/Lpfoo
ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado. 3. ed. Lisboa: Editorial Pre-
sença, 1980.
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
IAMAMOTO, M. V. Serviço social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho 
e questão social. São Paulo: Cortez, 2008.
IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. Relações sociais e serviço social no Brasil: esboço de uma 
interpretação histórico/metodológica. 10. ed.São Paulo: Cortez, 1995.
LAPASSADE, G. Grupos, organizações e instituições. 3. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 
1989.
RAICHELIS, R. O controle social democrático na gestão e orçamento público 20 anos 
depois. In: CFESS (org.). Seminário nacional o controle social e a consolidação do estado 
democrático de direito. Brasília: CFESS, 2011.
YAZBEK, M. C. A dimensão política do trabalho do assistente social. Serviço Social & 
Sociedade, São Paulo, n. 120, p. 677-693, 2014.
Leituras recomendadas
BOURDIEU, P.; PASSERON, J.-C. A reprodução. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
11Processos de análise institucional
Dica do professor
Você conhece a diferença entre instituições e organizações? Compreender as similaridades e 
divergências entre essas duas formas sociais é essencial para o correto direcionamento das ações 
enquanto profissional do Serviço Social. Além disso, instituições e organizações apresentam 
diferentes formas de influência ou estabelecimento de interações entre os personagens da 
sociedade civil, reproduzindo em diferentes níveis as dinâmicas e as disputas 
de poder. 
Nesta Dica do Professor, você vai ver aos conceitos que caracterizam cada um dos dois modelos, 
com ênfase no processo de atuação e na forma de atuação de cada um deles.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
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Exercícios
1) As instituições são partes importantes das sociedades contemporâneas e expressam uma 
parcela da conjuntura sociopolítica e econômica na qual estão inseridas. Considerando esse 
contexto, surge também uma série de composições analíticas sobre sua formação, estrutura 
e objetivos, especialmente a partir das leituras sociológicas.
Quais são as primeiras correntes de pensamento sociológicas que avaliam as instituições?
A) Estruturalismo e teoria crítica.
B) Teoria crítica e organicismo.
C) Behaviorismo e funcionalismo.
D) Funcionalismo e organicismo.
E) Behaviorismo e estruturalismo.
2) Uma vez que se configuram como formas sociais de expressão das interações e dos valores 
básicos de seu contexto de origem, a análise das instituições precisa inserir cada instituição 
em sua conjuntura, a fim de compreender o que motiva o seu funcionamento.
Além da organização social, quais dois outros contextos influenciam na formação, na 
estrutura e nos tipos de ação das instituições a serem observados na análise das 
instituições?
A) O Estado e o mercado.
B) O sistema produtivo e o clima.
C) O Estado e a religião.
D) O mercado e o meio ambiente.
E) O mercado e a cultura.
A análise das instituições emerge em um contexto no qual são alteradas as dinâmicas, as 
interações e os diálogos entre a sociedade civil e o Estado, surgindo também a noção de 
participação social nos direcionamentos do Estado, por meio da noção de cidadania. Autores 
3) 
como Karl Marx e Max Weber identificaram as instituições como formas de reproduzir a 
ordem estabelecida — o sistema produtivo, para Marx; e a organização da sociedade e do 
Estado, para Weber. O fato de que a orientação política ou produtiva pudesse ser 
reproduzida pelas instituições passa pela compreensão de sua definição primordial.
Sendo assim, como pode ser definida uma instituição?
A) Como uma forma social encontrada na natureza.
B) Como uma expressão da vontade, do objetivo e do poder.
C) Como orientação das práticas inerentes à essência do ser.
D) Como possibilidade unicamente atrelada ao capitalismo industrial.
E) Como expressão natural das organizações humanas em qualquer contexto.
4) Considerando as instituições como formas e expressões sociais, e tendo em mente a 
multiplicidade de expressões em determinado contexto social, as instituições podem ter 
quais tipos de natureza?
A) Social, política, econômica ou religiosa.
B) Política, econômica, moral ou natural.
C) Econômica, natural, social ou religiosa.
D) Econômica, política, social ou natural.
E) Moral, religiosa, natural ou econômica.
5) Quando consideradas como aparelhos de Estado pelas análises marxistas, são atribuídas às 
instituições a responsabilidade pelo aprisionamento social dos sujeitos, e pela reprodução de 
sistema do status quo, ou seja, da ordem política e econômica — por vezes, fundamentada 
também na moral e na religião.
Qual o elemento que, nas leituras marxistas, permitem a reprodução dos sistemas simbólicos 
opressivos ou exploratórios por meio das instituições?
A) A vontade.
B) O pensamento.
C) O trabalho.
D) O capitalismo.
E) A ideologia.
Na prática
Nas instituições, a prática dos assistentes sociais é duplamente orientada: pelo projeto ético-
político da categoria e pelos pressupostos objetivos e normas da instituição, que podem sofrer 
alterações a partir do cenário político ou do cenário econômico.
Sendo assim, cabe aos profissionais do Serviço Social atuarem na luta para que as instituições 
respeitem os pressupostos da Constituição Federal, defendendo, assim, a existência e a efetividade 
dos direitos sociais e da cidadania, fortalecendo a democracia.
Neste Na Prática, você vai ver um exemplo de disputa entre profissionais e assistentes sociais em 
um contexto institucional. Lembre-se: a disputa empreendida por assistentes sociais, neste caso, 
tem clara orientação ideopolítica, sendo sustentada por toda a categoria, ou seja, não emerge de 
um único indivíduo.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Espaços de saúde na história da cidade de Uberaba: o hospital 
como patrimônio cultural
A saúde pública é considerada uma instituição na composição sócio-estrutural brasileira. Neste 
artigo, você vai ver um estudo de caso sobre as Santas Casas de Misericórdia na cidade mineira de 
Uberaba, o qual revela um espectro microssocial das dinâmicas da instituição da saúde pública no 
Brasil.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Análise institucional: revisão conceitual e nuances da pesquisa-
intervenção no Brasil
O presente artigo aborda conceitos e correntes de pensamento que fundamentam a análise 
institucional. A análise institucional, à medida que coloca a ação como responsabilidade também do 
pesquisador, sofreu múltiplas influências que refletem o processo da busca pela legitimação da 
linha de pesquisa. Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Terceiro setor
Neste vídeo, você vai entender a importância das instituições do terceiro setor nas sociedades 
contemporâneas, com especial atenção à sociedade brasileira, em sua organização e laços com a 
sociedade civil nas intervenções que, em tese, seriam responsabilidade do Estado.
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/21828/1/Espa%C3%A7osSa%C3%BAdeHist%C3%B3ria.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epos/v5n1/09.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Santas Casas da Misericórdia no Brasil
No site a seguir, você vai ler um artigo que conta um pouco da história das Santas Casas da 
Misericórdia no Brasil.
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https://www.youtube.com/embed/ntqO-cPoQDk
http://www.campoecidade.com.br/santas-casas-da-misericordia-no-brasil/

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