Buscar

Processos Farmacocinéticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
1. Absorção 
2. Distribuição 
3. Metabolismo (biotransformação) 
4. Eliminação (excreção) 
PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS (E SUAS 
INTER RELAÇÕES 
 
Desde quando o fármaco é administrado, dependendo 
da sua apresentação farmacêutica existe uma 
liberação, ou seja, uma quebra dessa apresentação 
farmacêutica, se iniciando desta forma a absorção e 
essa absorção faz com que uma porcentagem deste 
fármaco caia nos compartimentos centrais (na imagem 
é a corrente sanguínea). Fazendo com que desta forma, 
a partir da corrente sanguínea, ele seja distribuído para 
o local onde vai ter essa ação. Mas também, ele pode ir 
para alguns reservatórios que não estavam previstos 
ou também pode ter uma ação em locais inesperados e 
daí então terá alguns efeitos adversos que podem ser 
importantes. Ao mesmo tempo, esse fármaco passa 
pelo o fígado para que seja muitas vezes inativado, para 
que seja de lipossolúvel transformado em hidrossolúvel, 
principalmente se ele for excretado via renal e para 
que seus metabólitos sejam inativos (precisa estar 
inativo porque no momento em que ele estiver sendo 
liberado, não tenha ação). 
ABSORÇÃO 
A primeira fase de deslocamento dos medicamentos é 
a absorção. 
A absorção compreende justamente este transporte 
do fármaco. Do local da sua administração até ele 
chegar na corrente circulatória, onde ele vai ser 
distribuído para o organismo todo. 
Portanto, desde o momento em que ele é 
administrado, este fármaco precisa ultrapassar as 
barreiras biológicas importantes até conseguir chegar 
dentro do vaso sanguíneo. Este movimento é o 
chamado de absorção 
 
Existem fatores importantes relacionados do quanto 
será absorvido, por exemplo: 
• Via de administração/forma farmacêutica 
• pH do meio 
• pKa (seria o pH do fármaco) 
• Membranas celulares 
• Biodisponibilidade – que seria a concentração 
que chegou até a região da corrente sanguínea 
 
FORMA FARMACÊUTICA 
SÓLIDAS: comprimidos, cápsulas, drágeas, pós, 
granulados, premix, tabletes 
SEMI-SÓLIDA: pomadas, cremes, géis, pastas, loções 
LÍQUIDAS: suspensões, gotas, xarope, colírios, injetáveis 
*dentro de cada grupo de medicamento em relação ao 
local de ação desse medicamento, se o animal possa 
receber na via oral ou injetável, saber qual o estado de 
2 
 
saúde daquele animal, se ele pode receber injetável ou 
por outro via. É desta forma que vamos eleger essa 
forma farmacêutica. 
EFEITO SISTÊMICO x LOCAL 
Enteral – significa que utilizou alguma via do trato 
digestório para administrar a medicação. Está se falando 
principalmente da via oral/bocal ou via retal, ou seja, 
pela boca ou pelo o reto. Portanto, são vias que utilizam 
o trato digestório como via de administração 
Parenteral – são as vias que não são enterais 
*todos os medicamentos pela a via oral chegando na 
região do estômago. No estômago, dependendo do pH o 
medicamento já sofre uma pequena taxa de absorção, 
portanto, já começa a ter o efeito sistêmico porque 
uma quantidade cairá na corrente sanguínea e uma 
outra parte irá para a região do intestino, só que antes 
de ganhar a circulação sanguínea para ser distribuído 
para os outros órgãos, esses medicamentos passam 
por uma primeira fase de biotransformação no fígado. 
Então, do intestino eles ganharam a via porta hepática, 
cai no fígado, sofre uma primeira biotransformação e 
logo depois são distribuídos para o organismo. 
*NÃO ESQUECER: todos os medicamentos orais acabam 
passando por essa via de primeira fase sofrendo 
transformações para depois serem distribuídos pelo 
organismo. 
A via retal é uma via muito interessante, principalmente 
quando há a impossibilidade de administração pela via 
oral. Por exemplo em animais bravos ou ainda nas 
situações em emergência onde você não consegue o 
acesso venoso tão fácil, como em um animal que está 
convulsionando que é difícil acessar um vaso sanguíneo. 
*contudo nem sempre a via retal resulta em uma 
concentração plasmática homogênea por conta da 
característica de circulação que há nesta região. Então 
muitas vezes pode-se ter uma concentração plasmática 
abaixo do esperado desde aquele tempo ou as vezes 
tem uma absorção tão grande que este animal possui o 
efeito clínico pretendido, mas pode ter efeito adverso 
bastante importante. Ou seja, essa absorção retal é 
muito interessante, porém por sua absorção pode ser 
muito irregular fazendo com que o resultado clínico não 
seja o esperado. 
As vias que não são entéricas, ou seja, que não passam 
pelo o trato digestório são as vias parenterais. Onde 
terá as vias injetáveis, como intravenosa (IV), 
intramuscular (IM) e subcutânea (SC). 
Via Intravenosa – por esta via é possível fazer grandes 
volumes, porém os medicamentos precisam ser 
hidrossolúveis o suficiente para que não cause irritações 
de vasos sanguíneos 
Via Intramuscular – muito utilizada. Não se pode fazer 
grandes volumes, não se faz a fluidoterapia pela via 
intramuscular porque pode distender a musculatura e 
isso pode causar lesões, é bastante dolorido. Essa via é 
reservada para medicações mais oleosas. No cão e no 
gato se faz na musculatura pélvica. É preciso tomar 
cuidado na inclinação de agulha/entrada porque 
dependendo da profundidade as vezes pode ser que 
acesse o nervo ciático/isquiático fazendo com que o 
paciente possa ter depois dores importantes. 
3 
 
Ainda na via parenteral, há a via inalatória. A via 
inalatória é feita em algumas emergências como 
oferecer oxigênio, as vezes se dá medicações anti-
inflamatórias, bronquiodilatores (asma ou bronquite). É 
usada também em alguns tipos de anestesia, como 
anestesia geral na modalidade inalatória e isso porque os 
pulmões são muito vascularizados, portanto, 
medicamentos que caem nos pulmões são rapidamente 
distribuídos e no caso dos anestésicos locais 
rapidamente eles ganham a circulação sanguínea e são 
transportados para a região de sistema nervoso central 
e tendo a ação pretendida. 
VIA DE ADMINISTRAÇÃO VO – PECULIARIDADES 
• Cães e gatos possuem rápido esvaziamento 
gástrico. Por exemplo: Uma medicação X que em 
uma outra espécie, o medicamento ficaria 3 
horas no estômago para depois ser eliminado, 
porém no cão e no gato há um esvaziamento 
muito mais rápido, então, fica muito menos 
tempo neste estômago. Este muitas vezes é o 
grande problema de transpor uma medicação 
de uma espécie para outra espécie em que é 
preciso pensar nessas alterações fisiológicas. O 
movimento do intestino gira em torno de 9-12h 
fazendo com que as vezes medicações de 
liberação programada que fazem com que esta 
liberação seja muito mais longa. Nas medicações 
por exemplo, existe comprimidos que são 
projetados para que cada parte deste 
comprimido seja absorvido diante de um X 
tempo, então a parte mais exterior deste 
comprimido é absorvido mais rápido e as partes 
internas levam horas fazendo com que 
pequenas concentrações desse fármaco seja 
liberado continuamente, porém dependendo se 
o intestino se movimenta muito rápido, o 
medicamento ficará muito menos tempo no 
intestino, portanto, será absorvido muito menos 
fármaco. 
• As aves possuem o papo (dilatação do esôfago). 
A absorção no esôfago é quase nula e quanto 
mais o conteúdo nesta região for seco, muito 
menos ele progride para as regiões onde vai 
haver absorção adequada fazendo com que 
desta forma o tempo de absorção daquele 
medicamento seja muito grande de 3-20h, se 
diminui a absorção, diminui muito concentração 
plasmática e vai demorar para ser distribuído 
para chegar até os receptores e pode-se ter 
o comprometimento do efeito clínico pretendido. 
Então, nas aves se as medicações forem dadas 
orais, o ideal é tenha o veículo mais líquido para 
que seja facilmente absorvido e encaminhado 
para todo o trato digestório para que isso 
ocorra no tempo adequado. 
• Nos bovinos e nos pequenos ruminantes há um 
problema em que o volume da região gástrica 
desses animais é um volume muito grande, 
portanto, é preciso utilizar medicações parabovinos mesmo. O volume no rúmen dos bovinos 
é de 100 litros, nos ovinos e caprinos 10 litros. 
E esse volume grande pode fazer com que 
dependendo do medicamento, ele fique diluído 
neste volume. O pH da região de rúmen, retículo 
gira em torno de 5,5-6,5, ou seja, ainda é um 
pH ácido (em pH ácido, medicações de ácido 
fraco são melhores absorvidas). Então, 
medicamentos básicos para um pH ácido não 
serão muito bem absorvidas, demora muito. Nos 
bovinos, as medicações VO pode ser feita e é 
feita por meio de bolus, onde ela projetada para 
que haja uma liberação programada e 
geralmente ao longe de um grande período. 
Pode-se também fazer administração direta no 
rúmen (injetável). É importante lembrar também 
que o uso de medicamentos antibacterianos 
podem ‘’matar’’ as bactérias que estão no 
rúmen e causar algumas alterações digestivas. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
TRANSMUCOSA ORAL x SUBLINGUAL 
Algumas medicações que são administradas na cavidade 
oral já possuem um mecanismo de serem rapidamente 
absorvidas em região oral mesmo fazendo com que 
nenhuma parte ou uma insignificante parte deste 
medicamento consiga progredir do estômago, intestino 
e terem as perdas de primeira fase para depois serem 
distribuídos. 
São medicações próprias para que sua absorção ocorra 
na mucosa gengival que é muito vascularizada ou ainda 
algumas medicações podem ser absorvidas de baixo da 
língua que são as sublinguais. 
Esses fármacos após sua absorção já caem na jugular, 
vão para a veia cava cranial, átrio direito e são 
rapidamente distribuídos pelo organismo. 
TÓPICA x EFEITO SISTÊMICO 
APLICAÇÃO TIPO POUR-ON OU SPOT-ON 
Spot-on – cuja aplicação é muito localizada em uma 
parte do corpo, geralmente em uma região onde o 
animal não terá acesso. Onde terá uma ação 
principalmente de ectoparasitas ou endoparasitas. Para 
ectoparasitas não terá uma absorção sistêmica, porém, 
se for para endoparasitas é preciso ter uma absorção 
sistêmica para ter a ação. Por exemplo: parasitas que 
estejam no intestino 
Pour-on – grandes animais onde o medicamento será 
administrado em uma região muito maior de superfície 
do animal, geralmente na região do dorso e a medicação 
será absorvida ao longo do tempo. Podendo ter uma 
ação tópica ou sistêmica. 
 
MEMBRANA CELULAR 
Durante a absorção para chegar no vaso sanguíneo, o 
fármaco precisa ultrapassar as membranas biológicas. 
Importante não esquecer que as membranas biológicas 
possuem uma bicamada de lipídeos. Portanto, o 
medicamento que tiver uma maior facilidade em 
ultrapassar essa bicamada lipídica, muito mais 
facilmente vai cair na corrente sanguínea. 
O fármaco precisa possuir alguma característica para 
conseguir ultrapassar adequadamente, porém o 
fármaco não pode ser lipossolúvel demais, é preciso que 
tenha uma parte hidrossolúvel pois o mesmo irá 
permear algumas regiões de água até chegar nas 
membranas celulares, mas ele também não pode ser 
hidrofílico demais porque se não, ele não consegue 
permear adequadamente essa camada bilipídica que há 
na membrana celular. 
COMO O FÁRMACO CONSEGUE ULTRAPASSAR A 
MEMBRANA LIPÍDICA: 
• A) O fármaco pode fazer isso por difusão 
passiva, ou seja, sem gasto de energia, sem 
utilização de transportadores especiais 
• B) Pode fazer pode meio da difusão facilitada 
onde haverá um transportador, mas sem gasto 
de energia 
• C) Em transporte ativo, onde há o 
transportador, mas ele cobra para que este 
fármaco ultrapasse essa membrana celular. 
Passarão do meio menos concentrado para o 
meio mais concentrado 
• D) Há também alguns fármacos que acabam 
sendo incorporados à essa membrana por meio 
de invaginações, portanto, por meio de 
endocitose a membrana acaba englobando 
esses fármacos que geralmente são moléculas 
grandes. 
Na difusão passiva pode-se ter medicamentos que são 
hidrossolúveis e lipossolúveis. Os fármacos 
hidrossolúveis ultrapassam por meio de poros que 
existem entre as células que compõem essa membrana 
celular 
5 
 
*os fármacos precisam ser projetados a passarem de 
forma mais facilmente nas membranas e quanto mais 
lipossolúvel o fármaco for, mas facilmente ele vai 
ultrapassar esta membrana sem gasto de energia. 
BARREIRAS BIOLÓGICAS 
Dependendo da estrutura celular de algumas regiões do 
organismo, essas passagens não serão tão facilitadas 
assim, como por exemplo a região de sistema nervoso 
central que possui a barreira hematocefálica que é 
justamente uma barreira onde os vasos sanguíneos não 
possuem células que permitem a entrada de 
medicamentos hidrossolúveis, ou seja, essas células não 
possuem um ‘’vãozinho’’ entre uma e outra, elas são 
justapostas (não deixam lacunas) fazendo com que para 
ultrapassar essa barreira biológica, o medicamento 
precisa possuir um caráter lipossolúvel. Portanto, o 
medicamento para ter ação em sistema nervoso 
central, ele precisa ter um caráter suficiente de 
lipossolubilidade para ultrapassar a membrana. Com 
exceção de algumas situações de doença onde há 
alteração de permeabilidade celular como uma meningite 
(processo inflamatório) e neste momento alguns grupos 
de fármaco consegue permear essa barreira mesmo 
não sendo lipossolúveis. 
 
 
 
 
 
 
Outra membrana importante é a placenta. A placenta 
possui um objetivo de proteção pro feto, contudo, 
alguns medicamentos podem ganhar este tipo de 
barreira biológica, ter contato com o feto e as vezes o 
fármaco é excretado sem causar alterações neste 
feto. Porém, há algumas medicações que podem 
interagir com o feto promovendo alterações 
morfológicas importantes, abortos e até alterações 
incompatíveis com a vida. 
pH pKa 
Todas as vezes que for dar um fármaco (qualquer via) 
é preciso pensar qual que é o pH da região onde esse 
medicamento vai ser absorvido, se esse meio é um meio 
ácido ou se esse meio é um meio básico. Deve-se pensar 
também qual que é a facilidade de ionização desse 
medicamento, então, se facilmente ele vai se ionizar ou 
se ele não vai se ionizar para que seja mais absorvido 
adequadamente neste pH. 
Normalmente as medicações são ácido fraco ou uma 
base fraca, nunca são um ácido forte e nem uma base 
forte porque não possuem facilidade de dissociar 
(dissociar é as moléculas se separarem e tornarem uma 
porção dessa molécula ionizada, ou seja, um eletro) 
 
 
6 
 
*eu dei uma medicação via oral para o meu paciente 
ácido ou base fraca e ele vai chegar no estômago e ao 
chegar no estômago, haverá as células do estômago que 
são polarizadas, portanto, apresentam potencial 
elétrico (potencial de membrana – em uma situação 
normal fora da célula há um potencial positivo e no 
interior dessa membrana há um potencial negativo). O 
fármaco precisa ter uma capacidade de passar a 
membrana e passar por esses potenciais elétricos para 
finalmente chegar no vaso sanguíneo e serem 
distribuídos. 
*para entender de pH e pKa – quanto menos o 
medicamento ‘’brigar’’ com esses potenciais elétricos 
da membrana, mais ele irá conseguir ultrapassar 
facilmente a membrana e chegar na corrente 
sanguínea. Então, se o fármaco tiver um pKa cuja 
estrutura dele não fique ionizada, ou seja, que ele fique 
na forma molecular, ele será muito mais facilmente 
absorvido. Já, se ele ficar em uma forma ionizada, se 
ele possuir um potencial elétrico, ele não vai conseguir 
permear tão facilmente assim essa membrana que está 
também com um potencial elétrico natural dela e isso 
fará com que fiquem brigando fazendo com que o 
fármaco fique no estado ionizado e no ionizado esta 
absorção pode ser mais dificultada tanto para o 
medicamento ácido fraco como para base fraca. 
*é preciso adequar o pH do medicamento ao pH da 
região onde ele vai sofrer absorção para que ele seja 
mais ou menos absorvido. Queremos que ele seja 
absorvido, então ele precisa estar na forma não 
ionizada que é a forma molecular, quando ele está na 
forma ionizada a absorção dele de tal região é muito 
menor. 
 
Todas as vezes que o ácido não se dissocia, ou seja, elenão se separa, ele está na forma molecular e a forma 
molecular é muito mais lipossolúvel (não ionizada) 
E essa forma que é ionizada é mais hidrossolúvel, mais 
dificilmente absorvida porque vai ter que achar lacunas 
entre as células para conseguir passar por essa região. 
*medicamento ácido fraco no meio ácido – facilmente 
absorvido quando está na forma molecular 
 
 
*LEMBRETE: grande parte das medicações orais, existe 
o objetivo de que haja uma porcentagem de absorção 
no estômago porque já vai cair na corrente circulatória 
e depois essa medicação vai passar por uma grande 
concentração pro intestino e o intestino tem o pH mais 
básico. Um anti-inflamatório, antibacterianos são ácidos 
fraco porque vão começar a ser absorvidos no 
estômago. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Não-ionizado = forma molecular = +lipossolúvel 
Ionizado = forma dissociada = +hidrossolúvel 
 
*imaginar que uma dessas medicações é um ácido fraco 
que tem um pKa, a constante de ionização dela é 4,4 (é 
uma constante baixa) ela vai tender a ficar ácida e 
quando ela está no meio ácido (região de estômago). Esse 
medicamento que é o ácido fraco quer doar o H+, porém, 
ele está no meio ácido e esse meio ácido também quer 
doar o H+, portanto, os dois querem e isso quer dizer 
que essa equação vai ir para o lado onde esse ácido não 
vai conseguir se ionizar (todo mundo quer se livrar desse 
H+, o ácido quer se livrar do H+ e a base quer ganhar 
esse H+). A equação vai pra direção desse ácido na 
forma molecular que é uma forma que facilmente 
consegue ultrapassar a barreira lipídica porque possui 
uma característica de ser lipossolúvel. O ácido fraco 
ultrapassa a barreira lipídica e ganha a região da 
corrente circulatória, chegando na corrente sanguínea 
o pH é básico girando em torno de 7,4 (deu-se uma 
medicação ácido fraco, conseguiu passar a barreira 
lipídica e o medicamento caiu em um pH básico e o pH 
básico gosta do H+. Portanto, esse ácido fraco quer doar 
o H+ e esse meio básico quer ganhar o H+ e esse 
fármaco que inicialmente é ácido fraco, ele acaba se 
ionizando e neste momento se tornando hidrossolúvel 
ficando aprisionado nesse meio porque ele não consegue 
mais voltar pra região das células estomacais porque a 
membrana possui uma característica de ser lipossolúvel 
e agora, o medicamento está no plasma, mas não está 
mais na forma molecular e sim ionizada que é mais 
hidrossolúvel. 
*LEMBRETE: as medicações ácido fraco possuem essa 
primeira absorção em estômago, mas depois tem o 
esvaziamento gástrico e essas medicações que não 
tiveram sua absorção total no estômago, elas terminam 
sua absorção na região do intestino (no intestino o pH 
tende a ser mais básico). O intestino é um órgão com 
uma extensão muito grande que possui vilosidades e 
fazendo com que a área de contato desse fármaco seja 
muito mais intensa, então em algum momento esse 
fármaco será absorvido. 
BIODISPONIBILIDADE 
*biodisponibilidade é a passagem do medicamento da 
região de administração e quanto ele chega na corrente 
sanguínea 
Na via intravenosa, rapidamente terá concentrações 
plasmáticas máximas desse fármaco 
Na via oral, a concentração inicial administrada quando 
começa a ser distribuída, essa concentração já abaixou 
muito. Por isso que quando comparado com a via 
intravenosa, as medicações orais possuem uma 
biodisponibilidade muito baixa 
8 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
 
*inflamação – o estado de inflamação pode alterar 
permeabilidade do fármaco na molécula. Então, se houver 
um quadro de inflamação pode ser que os fármacos 
consigam ultrapassar mais facilmente, então terá uma 
absorção maior. 
*inchaço – que é o edema. Quando tiver pús por exemplo, 
terá muito mais líquido para esse fármaco conseguir 
ultrapassar barreiras. 
FATORES QUE INTERFEREM NA VELOCIDADE DE 
ABSORÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO 
Transporte do fármaco do vaso sanguíneo para os 
tecidos para que finalmente o fármaco chegue ao local 
onde terá ação que são nos receptores. 
Depende de alguns fatores como: 
• Fármaco livre x Fármaco ligado às proteínas 
• Vasos sanguíneos – quantidade de vasos 
sanguíneos naquela região 
• Volume aparente de distribuição 
• Possibilidade de acúmulo de medicamento em 
alguns compartimentos – onde não há 
receptores então tem um deposito de 
fármacos em alguns tecidos no qual não terá 
efeito 
• Meia vida de eliminação 
*Perfusão sanguínea – órgãos perfundidos irão 
receber mais rapidamente e em uma maior 
concentração desses fármacos. 
*quando o fármaco passa por todo o processo de 
absorção e chega ao vaso sanguíneo, uma parte desse 
medicamento fica na sua forma que é chamada de livre 
e é essa parte do fármaco que consegue passar as 
células do vaso sanguíneo porque uma parte desse 
medicamento acaba se ligando em algumas proteínas 
que estão no sangue, como a globulina, glicoproteína, 
albumina. Fazendo com que desta forma só o fármaco 
que está livre é que consegue ultrapassar a barreira 
9 
 
celular do vaso sanguíneo, chega ao interstício e 
consegue chegar ao receptor, finalmente se ligando a 
ele. 
O fármaco que está ligada na proteína, não consegue 
ultrapassar porque as proteínas são moléculas grandes. 
Então, para esse fármaco chegar ao seu local de ação, 
ele precisa se desligar da proteína, ou seja, se torna 
uma fração livre e daí então ganhar os tecidos e chegar 
aos receptores. 
• Albumina – geralmente se liga a ácidos fracos 
• Glicoproteína – geralmente se liga as bases 
fracas 
• Afinidade = período de ação – a facilidade do 
fármaco de identificar a proteína e se liga é o 
que chamamos de afinidade. E a facilidade de se 
desligar da proteína está relacionado ao período 
de ação daquele medicamento porque o 
fármaco que demora para se desligar da 
proteína, demora também para ele sair do vaso 
sanguíneo e chegar ao seu receptor, haverá 
então um maior período de ação desse 
medicamento. 
• Competição (alta x baixa ligação) = efeitos 
adversos – as vezes é preciso dar ao paciente 
duas medicações. Por exemplo: medicação A e 
medicação B. a medicação A e B possuem 
afinidade por se ligar a uma mesma proteína, 
como a albumina, porém o fármaco A possui 
uma afinidade muito grande e nessa competição 
de quem vai se ligar mais ou menos, o fármaco 
B perde e haverá uma fração livre do fármaco 
B muito maior do que do fármaco A que teve 
uma afinidade muito grande por essa albumina e 
isso faz com que a passagem desses fármacos 
do vaso sanguíneo para o interstício seja muito 
maior e a ação desse fármaco B também será 
mais rápida, mas os efeitos adversos podem ser 
maiores 
• Albumina: > mamíferos x < aves. A albumina é 
uma proteína muito importante que se liga aos 
fármacos 
 
 
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO (Vd) REAL OU APARENTE 
(Vda) (lipossolubilidade) 
Volume de distribuição está relacionado a distribuição 
desses medicamentos nos vários compartimentos 
hídricos do organismo 
• Volume real: volume no qual o fármaco se 
distribui (cálculo dose) – calcular a dose é 
necessário para que essas quantidades sejam 
distribuídas de forma similar entre os vários 
compartimentos hídricos 
• Volume aparente: plasma = tecidos – a 
concentração do fármaco no plasma tem que 
ser igual ao dos tecidos 
1 ou ml/kg 
FÁRMACO: 
Quanto mais lipossolúvel for esse medicamento, muito 
maior o volume de distribuição, ou seja, será distribuído 
de uma forma mais facilitada 
Quanto maior a fração livre, maior vai ser o volume de 
distribuição – terá muito mais moléculas desse fármaco 
ultrapassando o vaso sanguíneo e caindo nos tecidos. 
PACIENTE: 
• Idade, peso 
• Hemodinâmica 
• Pt 
• Doenças 
Importante para que se consiga adequar uma medicação 
aos volumes de distribuição desse paciente. Por exemplo: 
no paciente pediátrico, sabe-se que a quantidade de 
água quando se compara com o idoso é diferente. O 
paciente pediátrico tem muito mais água do que o 
paciente idoso que tem muito mais gordura.Então, nesse 
paciente pediátrico, medicações hidrossolúveis consigam 
ser distribuídas facilmente e no paciente idoso, os 
medicamentos lipossolúveis. Sempre deve-se pesar para 
imaginar como essa dose vai ser distribuída com relação 
aos volumes de água desse corpo todo. 
Em relação a hemodinâmica - se o animal está hidratado 
adequadamente porque se não estiver hidratado 
adequadamente, essa extensão de distribuição pode ser 
prejudicada porque não há uma quantidade de água 
10 
 
normal neste corpo. Em uma disfunção cardíaca 
importante, onde terá alteração de pressão, alteração 
de bombeamento do coração pode interferir com 
distribuição do fármaco. 
Nas doenças como hipoalbunemia também pode 
interferir no volume de distribuição porque se o 
paciente tiver uma baixa concentração de albumina, 
maior será a fração livre e maior será o volume de 
distribuição que pode ser bom, mas pode ocorrer 
efeitos adversos importantes. 
ACÚMULO DE MEDICAMENTO EM COMPARTIMENTOS 
Distribuição x Redistribuição 
Durante o período de distribuição, o fármaco pode ir 
para o tecido onde vai se ligar ao receptor, mas ele 
também pode ir para outros compartimentos orgânicos, 
onde não é do interesse que ele fosse 
Tiopental – anestésico geral 
*é administrado pela via intravascular, rapidamente ele 
atinge uma concentração plasmática máxima e também 
rapidamente ele acaba diminuindo essa concentração 
porque ele começa a ser distribuído para os 
compartimentos e chega a outros tecidos. Um dos 
efeitos negativos com relação ao tiopental é a curva do 
tecido adiposo porque tem uma parte desse 
medicamento que também acaba indo para este 
compartimento que não interessava, mas por sua 
característica lipossolúvel esse fármaco começa a 
lentamente se acumular no tecido adiposo. 256 minutos 
após a administração em IV há uma elevação importante 
com relação a essa concentração do tiopental. O tecido 
adiposo é pobremente vascularizado, mas possui vasos 
bem finos e assim como demora para chegar, também 
demora para sair. O paciente anestesiado com tiopental 
demora para acordar porque há uma concentração de 
tiopental que se acumulou no tecido adiposo e quando 
ele vai saindo desse tecido adiposo, ele ganha a 
circulação novamente, é distribuído para o cérebro e 
para os tecidos periféricos e isso faz com que o 
paciente demore para se recuperar. 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
transformação química de substâncias, endógenas 
ativos e exógenas, visando favorecer sua eliminação. 
Temos o fígado como o órgão principal de 
biotransformação, mas o pulmão também pode ser um 
órgão de biotransformação. 
O processo de biotransformação visa inativar as 
substâncias para que elas sejam facilmente excretadas 
e durante o processo de excreção, ela não tenha 
atividade biológica no paciente. Também visa que uma 
medicação que é lipossolúvel e a excreção for renal, 
precise sofrer uma biotransformação de lipossolúvel 
para hidrossolúvel, esse processo de biotransformação 
ocorre principalmente no fígado. 
A biotransformação conta com reações químicas de 
primeira fase e reações de segunda fase. Essas 
reações possuem por objetivo de: 
• Diminuir/eliminar a ação de compostos 
• Facilitar a excreção (lipossolúveis em 
hidrossolúveis) 
• Ativar fármacos (pro droga, metabólito ativo – 
essas fases podem ativar fármacos que são 
dados em uma forma inativa que é o que 
chamamos de pro-droga. Por exemplo: o 
meticorten (corticoide que é Prednisona – 
Prednisona é a forma inativa do fármaco e ao 
chegar no fígado, reações de primeira fase, o 
medicamento é ativado e na sua forma de 
prednisolona que é a porção ativa desse 
medicamento. 
• A segunda fase possui função de inativar os 
metabolitos que são parte do fármaco que já 
teve ação no receptor e que precisam ser 
excretados. 
11 
 
Alguns fármacos hidrossolúveis já podem ir direto para 
a fase dois (fase de inativação de metabólitos para que 
ele seja eliminado). Mas, se o medicamento é 
lipossolúvel, necessariamente, ele precisa passar na 
primeira fase (que é a fase que também inativa, mas 
que justamente auxilia na transformação do lipossolúvel 
para o hidrossolúvel para facilitar sua eliminação) e por 
meio de reação de oxidação, redução ou hidrólise e em 
seguida irá passar para a fase dois, onde ele vai ser 
inativado para melhor ser excretado. 
Na primeira fase temos reações que ocorrem em 
microssomos – reações microssomais no retículo 
endoplasmático liso por exemplo. Algumas das reações 
estão relacionadas ao grande grupo de enzimas que são 
enzimas do tipo Citocromo P450. 
Essas enzimas participam das reações químicas de 
oxidação, redução e hidrólise para justamente 
favorecer com que os medicamentos se tornem 
hidrossolúveis para serem excretados pela via renal. 
Para que os medicamentos sejam excretados na sua 
forma inativada. O metabólito inativado é considerado o 
mais adequado depois da ação do fármaco, que ele seja 
eliminado em sua forma inativa, com exceção de algumas 
situações como por exemplo se ele for inativado pela a 
via urinária, existe alguns antibacterianos que são 
utilizados para infecção de rim e de bexiga, esse 
metabólito neste momento precisa ser ativo porque 
justamente, é no momento da excreção que o 
metabólito terá contato com o órgão e conseguir 
matar/diminuir a atividade das bactérias. No momento 
de facilitar a eliminação, o fármaco precisa ser inativado 
e é inativado por meio de reações químicas com 
substratos orgânicos – temos o ácido glicurônico, ácido 
acético, ácido sulfúrico e aminoácido que irão pegar o 
metabólito e inativá-lo, desta forma durante a excreção 
o fármaco acaba não tendo ação. 
 
 
 
 
 
 
O ácido acetilsalico que era um fármaco ativo sofreu 
hidroxilação e houve a substituição do radical carboxila 
por uma hidroxila transformando em metabólito que 
também é ativo que é o ácido salicílico. Em uma segunda 
fase para que esse metabólito fosse inativado foi 
adicionado um carboidrato denominado ácido glucuranico 
ou glicuronico onde o ponto de ligação foi o 
adicionamento da hidroxilação por meio do processo de 
hidrólise e adição da hidroxila. Facilitando assim a 
eliminação do ácido salicílico. 
Na segunda fase haverá algumas peculiaridades com 
relação as espécies. Algumas espécies possuem uma 
deficiência com relação a enzimas fazendo com que a 
conjugação seja mais lenta, portanto, o paciente fica 
muito mais tempo com medicações e as vezes com os 
efeitos adversos também 
*felinos – não podem receber um monte de medicação. 
Na segunda fase muito dos medicamentos necessitam 
de um grupo de enzimas que estão deficientes (glicuronil 
transferase) 
 
 
 
 
 
12 
 
*com relação a primeira e segunda fase existe alguns 
medicamentos que podem alterar a funcionalidade das 
enzimas de primeira fase e segunda fase. Portanto, há 
algumas enzimas que alteram uma atividade de 
determinada enzima desse grande grupo do P450. 
*EXEMPLO: O fenobarbital (utilizado no tratamento do 
cão e gato com convulsões), faz com que uma via 
enzimática seja muito maior do que ela deveria ser 
fazendo com que dessa forma se der uma outra 
medicação para o paciente que também utiliza essa via 
de biotransformação, então se essa via estiver 
aumentada irá promover uma biotransformação muito 
mais rápida do outro fármaco que foi dado e isso 
interfira na ação do medicamento B porque vai 
aumentar a velocidade de biotransformação e 
velocidade de excreção. Assim como há medicamentos 
que pode inibir uma via enzimática 
*EXEMPLO DOIS: o fluconazol é um antifúngico – diminui 
a atividade de primeira fase de enzimas denominada 
CYP2C9 e se o paciente estiver tomando warfarina 
(anticoagulante), o fluconazol diminui a velocidade de 
metabolismo da warfarina e se diminui a atividade de 
metabolismo, também irá diminuir a atividade de 
excreção e haverá maiores concentrações de 
warfarina no sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEIA VIDA DE ELIMINAÇÃO 
Orientando sobre: 
• Duração de açãoapós uma única dose 
• Tempo de eliminação de um medicamento 
(washout) 
• Frequência de dose 
*tempo necessário para que a concentração plasmática 
de um determinado agente terapêutico se reduza à 
metade. 
EXCREÇÃO (ELIMINAÇÃO) 
Última fase onde há a eliminação de fármacos pelo 
organismo. 
• Excreção renal 
• Excreção biliar – as vias biliares irão 
desembocar no intestino 
• Ar expirado, suor, lágrimas 
• Excreção pelo leite 
• Excreção pelo ovo 
*excreção pelo leite e pelo ovo são vias de excreção 
importantes por serem consumidos. 
*o medicamento lipossolúvel possui a possibilidade de ser 
transformado em hidrossolúvel e ser eliminado pelos 
rins, porém, existe medicações lipossolúveis que serão 
pouco transformadas na forma hidrossolúvel, então vão 
ser eliminadas pelas vias biliares. Contudo, mesmo que 
esse medicamento lipossolúvel vai ser eliminado via biliar, 
uma parte desse metabólito pode cair de novo na 
circulação da veia porta, ir para o fígado novamente e 
ter sua redistribuição. 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*eliminação de metabólitos que não esteja ligado a 
proteína. Portanto, o fármaco que estiver ligado a 
proteína e que não sofreu totalmente a sua distribuição, 
não consegue ser eliminado. Quem consegue ser 
eliminado é aquele metabólito que está livre. 
FATORES QUE INTERFERIREM NA EXCREÇÃO RENAL 
Depuração Renal ou Cleareance Renal 
É calculado como será a retirada do metabólito via 
urina 
• Volume de plasma que contém a quantidade de 
substância que é removida pelo rim por unidade 
de tempo (litros/h ou ml/min). 
Então, na verdade a depuração é o líquido que vai 
passando e a capacidade desse rim de remover essa 
substância, mas isto está relacionado ao volume que 
passa no rim. Portanto, se houver algumas alterações 
de volume, como por exemplo, se o paciente estiver 
desidratado, o tempo para retirar essa substância do 
sangue vai se alterar. 
Isso dependerá da: 
• Filtração glomerular; 
• Secreção ativa nos túbulos proximais; 
• Reabsorção passiva da urina para o sangue ao 
longo de todo o túbulo renal 
*para que tenha a quantidade de substância removida 
pelo rim por uma unidade de tempo é preciso que essas 
estruturas renais estejam funcionando adequadamente, 
caso não estejam funcionando, o rim não será capaz de 
excretar as substâncias. 
*quando o pH e o pKa são iguais tem-se a formação 
molecular da substância, ela é mais lipossolúvel, 
consegue ultrapassar facilmente a barreira celular. No 
caso quando a substância deve ser excretada, ela não 
pode ficar na forma molecular porque na forma 
molecular, será absorvida pelas células. Nesse momento, 
se alterar o pH da urina, conseguirá com que esse ácido 
fraco da medicação consiga se dissociar e se torna 
ionizada e na forma ionizada, a substância irá brigar com 
a polaridade, ou seja, com o potencial elétrico da célula, 
não conseguindo ser absorvida. Em uma intoxicação com 
fenobarbital no paciente, esse fármaco é um ácido 
fraco e para favorecer a excreção da substância, 
pode-se alcalinizar a urina porque desta maneira haverá 
uma fração do metabólito que estará em sua forma 
ionizada, ou seja, hidrossolúvel e daí então o metabólito 
vai ser excretado rapidamente. 
CICLO ENTERO-HEPÁTICO 
Os metabólitos que são eliminados pelos canalículos 
biliares vão para o intestino, porém há uma circulação 
promovendo uma absorção de alguma porcentagem dos 
metabólitos que irão cair novamente na corrente 
circulatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
APLICAÇÃO PRÁTICA DA FARMACOCINÉTICA 
• Latência 
• Pico de ação 
• Duração de ação 
O PERÍODO DE LATÊNCIA 
Tempo entre a administração até o aparecimento do 
primeiro efeito clínico. 
Depende: 
- Velocidade de absorção 
- Velocidade de distribuição 
- Localização do sítio alvo (receptor) 
PICO DE AÇÃO 
Concentração máxima atingida 
Resultado entre da absorção/distribuição e 
metabolismo/excreção 
*no gráfico é possível ver que o medicamento em mais 
ou menos10 minutos atingiu sua concentração máxima 
possível 
DURAÇÃO DE AÇÃO 
Intervalo de tempo entre latência e término de ação 
desejada 
Depende: velocidade de distribuição e excreção total

Continue navegando