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Brenda Alves | Passei Direto DIREITO ADMINISTRATIVO – Consórcios públicos DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL 3. “Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.” CONCEITO “Associações formadas por pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), com personalidade jurídica de direito publico ou de direito privado, criadas mediante autorização legislativa, para a gestão associada de serviços públicos.” (Maria Sylvia Di Pietro) “Pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da federação, na forma da lei 11.107/2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos.” (Decreto 6.017/2007) CONSIDERAÇÕES Competência para instituir consórcios: União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. 241, CF). Norma legal - A lei 11.107/2005 Regulamentação: Decreto federal 6.017/2007. Cada entidade federativa ao legislar a respeito deverá observar as normas gerais dessa lei. União somente participará dos consórcios públicos no qual, também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados (§ 2ª. Art. 1º). NATUREZA JURÍDICA “Art. 6º. O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; Brenda Alves | Passei Direto II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. § 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. § 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.” CONTROLE DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS Controle pelo tribunal de contas: Art. 9º, § único. “Art. 9o (...) Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio.” CONSTITUIÇÃO DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS Procedimento para constituição: a) subscrição de protocolo de intenções (art.3º); b) publicação do protocolo de intenções na imprensa oficial (art. 4º, § 5º); c) lei promulgada por cada um dos partícipes, ratificando, total ou parcialmente, o protocolo de intenções (art. 5º) ou disciplinando a matéria (art. 5º, § 4º); d) celebração do contrato (art. 3º); e) atendimento das disposições da legislação civil, quando se tratar de consórcio com personalidade de direito privado (art. 6º, II). Protocolo de intenções – é o instrumento pelo qual os interessados manifestam a intenção de celebrar um acordo de vontades (contrato, convenio, consórcio ou outra modalidade) para consecução de objetivos de seu interesse, porém sem qualquer tipo de sanção pelo descumprimento. Brenda Alves | Passei Direto Exigência de autorização legislativa de cada ente para participação no Consórcio Público. TIPOS DE CONTRATOS A lei prevê que os consorciados podem celebrar dois tipos de contratos: o contrato de rateio e o contrato de programa Contrato de rateio: instrumento pelo qual os entes consorciados entregarão recursos ao consórcio público. (Maria Sylvia Di Pietro) Contrato de programa: é o instrumento utilizado para indicar como condição de validade, as obrigações que um ente da Federação constituirá com um outro ente da federação ou para com consórcio publico quando haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.” (Maria Sylvia Di Pietro)
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