Buscar

tcc---ana-carolina-de-oliveira-andrade

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA 
 
 
 
 
Influência de uma piscicultura em tanque-redes sobre a estrutura 
da ictiofauna silvestre no reservatório de Ilha Solteira, SP 
 
 
 
 
 
Ana Carolina Oliveira de Andrade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilha Solteira – SP 
Junho, 2017 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA 
 
 
Influência de uma piscicultura em tanque-redes sobre a estrutura 
da ictiofauna silvestre no reservatório de Ilha Solteira, SP 
 
 
 
 
 
Discente: Ana Carolina Oliveira de Andrade 
Orientador: Prof. Dr. Igor Paiva Ramos 
Co-orientadora: Msc. Letícia de Oliveira Manoel 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Faculdade de Engenharia, 
Câmpus de Ilha Solteira, Universidade 
Estadual Paulista “Julio de Mesquita 
Filho”, como parte das exigências para 
obtenção do título de Bacharel em Ciências 
Biológicas. 
 
 
 
 
Ilha Solteira – SP 
Junho, 2017 
 
 
 
DEDICO 
 As pessoas mais importantes de minha vida: meus pais Celina Aparecida 
Oliveira de Andrade e Guilherme Aparecido de Andrade por todo incentivo e apoio, 
sendo sempre meu amparo para todos os momentos e as peças principais para que eu 
chegasse até aqui, contribuindo imensamente para a minha formação profissional e 
pessoal, não medindo esforços para a realização desse sonho! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 O primeiro agradecimento é sempre a Deus, pelo presente da vida, por me dar 
forças e sempre ouvir minhas orações, concedendo todas as bênçãos necessárias para eu 
chegar até aqui. 
 À Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Faculdade 
de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS). 
 A todos os docentes da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, em especial meu 
orientador Igor Paiva Ramos, por todos esses anos de aprendizado, dedicação e por 
todos os ensinamentos compartilhados e a querida Letícia de Oliveira Manoel, que 
esteve presente em cada página desse capítulo de minha vida, sendo minha companheira 
e me respaldando sempre que precisei e a todos os colegas que fazem parte do grupo 
Pirá – Laboratório de Ecologia de Peixes. 
 Aos meus familiares que me respaldaram sempre que precisei, em especialmente 
minha mãezinha que sempre se preocupou comigo, estando sempre ao meu lado mesmo 
que na distância e que nunca me deixou desistir. 
 A todas minhas amigas frutalenses, em especial as amigas irmãs de coração Lhays 
Rodrigues Kinoshita, Raphaella Macêdo, Layanne Zanolla e Maria Letícia Duarte 
Martins, que nunca me deixaram esquecer a importância de uma irmandade. 
 As amizades que fiz nesses anos de faculdade, Allana Pizzapio, Ana Beatriz Gomes 
Forini, Juliana Prado Gusson, Loanda Cumba, Tainah Boian e Thaís Bravo que foram 
imprescindíveis para minha permanência em Ilha Solteira, estando presentes no dia-a-
dia, sendo cumplices, fazendo parte do meu crescimento pessoal e profissional. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
RESUMO.....................................................................................................6 
LISTA DE FIGURAS..................................................................................7 
LISTA DE TABELAS.................................................................................8 
INTRODUÇÃO............................................................................................9 
OBJETIVOS...............................................................................................11 
Objetivo geral...................................................................................11 
Objetivos específicos........................................................................11 
MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................12 
Área de estudo..................................................................................12 
Procedimentos em campo.................................................................14 
Análises dos dados............................................................................15 
RESULTADOS..........................................................................................16 
DISCUSSÃO..............................................................................................22 
CONCLUSÕES..........................................................................................25 
REFERÊNCIAS.........................................................................................26 
 
 
 
 
 
6 
 
RESUMO 
Atualmente a piscicultura em tanques-rede encontra-se em crescimento no Brasil. 
Contudo, tal atividade aporta nutrientes ao ambiente aquático, podendo ocasionar 
mudanças ambientais, como o enriquecimento orgânico da água e alterações na 
abundância e composição da ictiofauna. Entretanto, a amplitude de seus impactos 
ambientais é pouco conhecida em sistemas de água doce em todo mundo. Assim, o 
objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de uma piscicultura em tanques-rede 
sobre a estrutura da ictiofauna silvestre no reservatório de Ilha Solteira, SP. Foram 
realizadas doze coletas bimestrais entre setembro/2014 e agosto/2016, com auxílio de 
redes de espera em duas áreas amostrais, uma sobre influência de pisciculturas em 
tanques-rede (TR) e a outra área livre de influência (CT). Os peixes capturados foram 
identificados e quantificados. Foram calculados a riqueza de espécies (S), abundância 
numérica, índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e equitabilidade de Pielou (J) 
com auxílio dos softwares Past 3.0. As análises estatísticas foram realizadas com auxílio 
dos softwares BioEstat 5.0. Foram capturados 2.614 exemplares, sendo 1.669 na área 
Tanque e 945 na área Controle. Para ambas as áreas, observou-se maior riqueza de 
espécies para ordem Characiformes e Perciformes, seguida de Siluriformes. Em termos 
de abundância numérica, em ambas as áreas a ordem Perciformes foi a mais abundante, 
seguida por Siluriformes e baixa abundância para Characiformes. Quanto às análises da 
estrutura da comunidade, não houve diferença quanto à riqueza de espécies (TR 23 e CT 
25, p = 0,685, t = 0,409), Diversidade de Shannon-Wiener (TR 1,708 e CT 1,949, p = 
0,901, U = 0,404) e Equitabilidade de Pielou (TR 0,54 e CT 0,60, p = 0,482, t = 0,714). 
Contudo, houve diferença quanto à abundância numérica (TR 1669 e CT 945, p = 
0,034, t = 2,317) entre as áreas. Também se observou diferenças na estrutura 
ictiofaunística (Permanova one-way F = 3,89 e p = 0,003), sendo as espécies Geophagus 
proximus, Plagioscion squamosissimus e Pimelodus cf. platicirris as que mais 
contribuíram para a diferença segundo a análise SIMPER. Assim, conclui-se que a 
piscicultura em tanques-rede influência a estrutura da ictiofauna local. 
 
Palavras-chaves: Agua doce, alterações ambientais, ambiente aquático, aquicultura, 
impacto ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1. Mapa do Brasil, em destaque o reservatório de Ilha Solteira, com indicação das 
áreas amostrais nas quais foi desenvolvido o projeto; B e C) Vista panorâmica da área 
Tanque e Controle respectivamente......................................................................................13 
 
Figura 2. Vista panorâmica da área Tanque.........................................................................13 
 
Figura 3. Vista panorâmica da área Controle......................................................................13 
 
Figura 4. Método de coleta (rede de espera) utilizado nas áreas amostrais (Tanque e 
Controle) no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP...................................................14 
 
Figura 5. Participação das ordens de peixes em (A) riqueza de espéciese (B) número de 
indivíduos para as áreas Tanque e Controle no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP 
entre setembro de 2014 a agosto de 2016..............................................................................18 
 
Figura 6. Participação das espécies de peixes em abundância numérica para as áreas 
Tanque e Controle no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP entre setembro de 2014 
a agosto de 2016....................................................................................................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1. Posição taxonômica, nome vulgar e abundância numérica das espécies de 
coletados nas áreas Tanque e Controle no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP. 
...............................................................................................................................................17 
 
Tabela 2. Atributos ecológicos da ictiofauna para as áreas de Tanque e Controle no 
reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP.....................................................................19 
 
Tabela 3. Resultado da análise SIMPER para as espécies de peixes silvestres das áreas 
de Tanque e Controle no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP............................20 
9 
 
 
INTRODUÇÃO 
A aquicultura representa nova fronteira para o crescimento do agronegócio no 
país, como indicam políticas públicas que visam expandir tal atividade. Dentre elas 
temos o Plano de Desenvolvimento da Aquicultura Brasileira (PDA), criado para 
ampliar e efetivar as ações que vão orientar o desenvolvimento sustentável da 
aquicultura no Brasil até o ano de 2020 (MPA, 2015). 
Neste sistema de criação a espécie Oreochromis niloticus (tilápias do Nilo e suas 
linhagens) possui a maior produção dentre as espécies de peixes cultivadas no Brasil 
(219.329 toneladas = 45,4% da produção de pescado em 2015). Entretanto, o cultivo de 
O. niloticus pode causar problemas para a biodiversidade brasileira bem como nos 
serviços ecológicos prestados pelas comunidades aquáticas atingidas/influenciadas por 
estes empreendimentos (PELICICE et al., 2013). 
Diversos autores como Beveridge (2004), Krkosek et al. (2005), Yucel- Gier et al. 
(2007) e Ramos et al. (2013), discutem a problemática desta atividade em águas 
costeiras e continentais. Tais autores citam impactos desde a qualidade da água e do 
sedimento até implicações sobre a estrutura das comunidades bentônica, planctônica e 
de peixes, mudanças nas taxas de parasitismo de peixes silvestres, além dos inerentes 
escapes de peixes em cultivo, propiciando a introdução de espécies não-nativas. 
Desta forma, efluentes (restos de ração, fezes, muco, escamas, peixes mortos) 
desta atividade são aportados ao ecossistema aquático, podendo induzir diversas 
alterações ambientais. Essa entrada de matéria orgânica alóctone no ecossistema 
aquático pode causar alterações na abundância e composição da ictiofauna, incluindo 
desde a redução drástica ou mesmo o desaparecimento local de algumas espécies de 
peixes, bem como a disseminação de espécies oportunistas (AGOSTINHO et al., 2007). 
Dentre elas, destacam-se também processos de eutrofização (PENCZAK et al., 1982; 
10 
 
 
WESTON, 1991), alterações na cadeia alimentar da biota silvestre (BEVERIDGE, 
2004; HÅKANSON, 2005; RAMOS et al., 2008, 2013a), alterações em atributos 
populacionais da ictiofauna silvestre (BRANDÃO et al., 2012; RAMOS et al., 2013a) 
mudanças na estrutura da ictiofauna local (DEMPSTER et al., 2002; MACHIAS et al., 
2006). 
Apesar do cultivo de peixes em tanques-rede estar sendo incentivado em águas 
de represas hidrelétricas brasileiras, há pouca informação sobre as possíveis alterações 
que esse sistema de cultivo pode causar a estrutura da comunidade ictiofaunística em 
água doce. Portanto, são cada vez mais necessários estudos aprofundados e diagnósticos 
corretos dos fatores que influenciam a estrutura e o comportamento da comunidade de 
peixes para balizar medidas de conservação (MARQUES, 2014). Neste contexto, a 
represa de Ilha Solteira, por apresentar áreas aquícolas delimitadas e empreendimentos 
de pisciculturas em tanques-rede em operação, possui características favoráveis a 
estudos nesta vertente. 
Sendo assim, o presente estudo busca responder ao seguinte questionamento: 
Seria possível pisciculturas em tanque-redes influenciar a estrutura da ictiofauna no 
reservatório de Ilha Solteira, SP? 
 
 
 
11 
 
 
OBJETIVOS 
 Objetivo geral 
 
Avaliar a influência de uma piscicultura em tanques-rede sobre a estrutura da 
ictiofauna no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, São Paulo, Brasil. 
 
Objetivos específicos 
 
• Caracterizar a ictiofauna associada ao sistema de tanques-rede (Tanque) e de 
área sem a influência de pisciculturas em tanques-rede (Controle); 
• Comparar à estrutura da ictiofauna (riqueza, abundância, diversidade e 
equitabilidade) entre as áreas Tanque e Controle. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 Área de estudo 
O reservatório de Ilha Solteira, formado em 1978, sob domínio da União, 
localiza-se na região do alto rio Paraná, seu principal rio formador, entre os Estados de 
São Paulo e Mato Grosso do Sul. O reservatório de Ilha Solteira é do tipo bacia de 
acumulação, com profundidade média de 17,6 m, volume máximo de 21,06 x 109 m3, 
bacia hidrográfica de 1.195 km2 de área e tempo de residência de 46,7 dias (CESP, 
2011). Atualmente vários empreendimentos de pisciculturas em tanques-rede utilizam 
este reservatório para criação de linhagens de tilápias-do-nilo (O. niloticus), entre outras 
espécies. 
As coletas foram realizadas em duas áreas amostrais, uma em piscicultura em 
tanques-rede - Área Tanque (TQ) no município de Santa Clara D’Oeste – SP, no braço 
12 
 
 
Can-Can do reservatório de Ilha Solteira, rio Grande (50°55’57.60’’W e 
20°02’33.62’’S) e a segunda em uma área 10 km a montante, similar fisiograficamente -
Área Controle (CT), sem a influência de sistemas de pisciculturas em tanques-rede 
(50°51'58.94"W e 20° 0'13.71"S) (Figura 1, 2 e 3). 
 
 
 
Figura 1. Mapa do Brasil, em destaque o reservatório de Ilha Solteira, com indicação 
das áreas amostrais nas quais foi desenvolvido o projeto. 
 
13 
 
 
 
Figura 2. Vista panorâmica da área Tanque. Autoria: Letícia de Oliveira Manoel 
 
Figura 3. Vista panorâmica da área Controle. Autoria: Letícia de Oliveira Manoel 
14 
 
 
Procedimentos em campo 
As coletas foram realizadas entre setembro/2014 e agosto/2016 com 
periodicidade bimestral, com auxílio de redes de espera de diferentes malhagens. Foram 
utilizados dois lotes de redes com malhas 3, 4, 5, 6 e 7 cm entre nós não adjacentes e um 
lote de redes com malhas 7, 8, 10, 12 e 14 cm entre nós não adjacentes, instaladas no 
período entre 17:00 e 18:00 horas e recolhidas após 12 horas (Figura 2). 
 
Figura 4. Método de coleta (rede de espera) utilizado nas áreas amostrais (Tanque e 
Controle) no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP. Autoria: Letícia de Oliveira 
Manoel. 
15 
 
 
Os espécimes coletados foram individualizados em sacos plásticos e 
gradativamente resfriados (caixas térmicas preenchidas com gelo em cubos) a fim de 
diminuir rapidamente a sua atividade metabólica até o óbito, conforme autorização 
SISBIO nº 42229-1. Posteriormente, os indivíduos coletados foram identificados até o 
menor nível taxonômico possível e quantificados, visando à caracterização das 
assembleias de peixes em ambas as áreas. 
 
Análises dos dados 
Foram calculados riqueza de espécies (S), abundância numérica, índice de 
diversidade de Shannon-Wienner (H’) e equitabilidade de Pielou (J) (Krebs, 1989) para 
as áreas Tanque e Controle. 
A abundância numérica relativa de cada espécie, o índice de diversidade de 
Shannon-Wienner (H’), equitabilidade de Pielou e riqueza de espécies (S)(Krebs, 
1989), para ambas as áreas, após calculadas mensalmente foram submetidas à análise de 
normalidade e comparados com teste estatístico pertinente, sendo o teste-t aplicado para 
a abundância numérica relativa, riqueza de espécies (S) e equitabilidade de Pielou e 
teste-U (Mann-Whitney) para diversidade de Shannon-Wienner (H’). 
Para verificar diferenças na estrutura da comunidade entre as áreas aplicou-se a 
análise PERMANOVA one-way (Anderson, 2001) e posteriormente análise SIMPER 
para verificar a contribuição de cada espécie para diferença observada, ambas utilizando 
a distância de Bray-Curtis (Clarke, 1993). Ressalta-se que todas as análises estatísticas 
foram realizadas com auxílio dos softwares Past 3.0 e BioEstat 5.0 e o nível de 
significância adotado foi p < 0,05. 
 
 
16 
 
 
RESULTADOS 
Foram capturados 2.614 exemplares, sendo 1.669 pertencentes à área Tanque e 945 
na área Controle. Para área Tanque registrou-se três ordens, 11 famílias e 23 espécies, 
enquanto para área Controle foram registradas três ordens, nove famílias e 25 espécies 
(Tabela 1). 
Quanto à riqueza de espécies por ordem, para ambas as áreas, observou-se maior 
riqueza de espécies para ordem Characiformes. Sendo a ordem Perciformes mais 
abundante na área controle, e Siluriformes similar em ambas as áreas (Figura 5A). Em 
termos de abundância numérica, em ambas as áreas a ordem Perciformes foi a mais 
abundante, com destaque para as espécies não-nativas Geophagus cf. proximus e 
Plagioscion squamosissimus, seguida por Siluriformes, destacando-se a espécie nativa 
Pimelodus cf. platicirris, principalmente na área Tanque. Para Characiformes observou-
se baixa abundância, sendo mais abundante na área controle, com destaque para 
Serrasalmus maculatus (Figura 5B). As demais espécies apresentaram abundância 
numérica inferior a 7% (Figura 6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Tabela 1. Posição taxonômica, nome vulgar e abundância numérica das espécies de 
peixes coletadas nas áreas Tanque e Controle no reservatório de Ilha Solteira, rio 
Grande, SP. 
 
Tanque Controle
CHARACIFORMES
Anostomidae
Leporinus friderici (Bloch, 1794) piau-três-pintas 1 0
Characidae
Metynnis maculatus (Kner, 1858) pacu-prata 56 13
Serrasalmus maculatus Kner, 1858 piranha 11 70
Serrasalmus marginatus Valenciennes, 1837 piranha 19 1
Schizodon nasutus Kner, 1858 ximborê 30 9
Schizodon intermedius Garavello e Britski 1990 piau 0 5
Triportheus nematurus (Kner, 1858) sardela 14 38
Roeboides paranensis Pignalberi, 1975 dentudo 13 13
Curimatidae
Cyphocharax sp. saguiru 2 0
Steindachnerina insculpta (Fernández-Yépez, 1948) saguiru 17 2
Cynodontidae
Rhaphiodon vulpinus Spix & Agassiz, 1829 cachorra 19 32
Erythrinidae
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) traíra 6 26
Acestrorhynchidae
Acestrorhynchus lacustris (Lütken, 1875) peixe-cachorro 3 4
PERCIFORMES
Sciaenidae
Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840) corvina 488 307
Cichlidae
Astronotus sp. 0 1
Cichla piquiti Kullander & Ferreira, 2006 tucunaré azul 2 7
Cichla kelberi Kullander & Fereira, 2006 tucunaré amarelo 9 45
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) tilápia 7 3
Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840) zoiúdo 25 15
Geophagus cf. proximus (Castelnau, 1855) porquinho 631 317
Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) tilápia 0 2
Crenicichla sp. joaninha 0 4
SILURIFORMES
Loricariidae
Hypostomus sp. cascudo 2 1
Pterygoplichthys anisitsi (Eigenmann & Kennedy,1903) cascudo 13 5
Megalancistrus parananus (Peters, 1881) cascudo abacaxi 0 1
Pimelodidae
Pimelodus sp. mandi 1 0
Pimelodus cf. platicirris Borodin,1927 mandi 297 23
Pinirampus pirinampu (Agassiz, 1829) barbado 0 1
Callichthyidae
Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) tamboatá 3 0
Total de indivíduos 1669 945
Táxons Nome Comum
Abundância Numérica
 
18 
 
 
0
2
4
6
8
10
12
14
Characiformes Perciformes Siluriformes
R
iq
u
ez
a 
d
e 
es
p
éc
ie
s 
(S
)
Tanque Controle
A
 
 
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Perciformes Siluriformes Characiformes
N
°
d
e 
in
d
iv
íd
u
o
s
B
 
Figura 5. Participação das ordens de peixes em (A) riqueza de espécies e (B) número de 
indivíduos para as áreas Tanque e Controle no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, 
SP entre setembro de 2014 a agosto de 2016. 
 
19 
 
 
0
100
200
300
400
500
600
700
G. proximus P. 
squamosissimus 
P. platicirris M. maculatus S. maculatus C. kelberi Outros (TR 17/ 
CT19 espécies)
N
º 
d
e 
in
d
iv
íd
u
o
s
Tanque Controle
 
Figura 6. Participação das espécies de peixes em abundância numérica para as áreas 
Tanque e Controle no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP entre setembro de 
2014 a agosto de 2016. 
 
Quanto às análises da estrutura da comunidade, observou-se que apesar de não 
terem sido observadas diferenças quanto à riqueza (TR 23 e CT 25, p = 0,685, t = 
0,409), Diversidade de Shannon-Wiener (TR 1,708 e CT 1,949, p = 0,901, U = 0,404) e 
Equitabilidade de Pielou (TR 0,54 e CT 0,60, p = 0,482, t = 0,714), houve diferença 
quanto à abundância numérica (TR 1669 e CT 945, p = 0,034, t = 2,317) entre as áreas, 
com maior abundância observada na área Tanque (Tabela 2). 
Tabela 2. Atributos ecológicos da ictiofauna para as áreas de Tanque e Controle no 
reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP. 
 
TR CT
Abundância 1669 945 p = 0,034
Riqueza (S) 23 25 p = 0,685
Diversidade (H') 1,708 1,949 p = 0,901
Equitabilidade (J) 0,544 0,605 p = 0,482
Atributos
Estações de amostragem
P
 
 
 
Também, foram observadas diferenças na estrutura ictiofaunística entre as áreas 
(Permanova one-way p = 0,003 e F = 3,89), sendo, segundo a análise SIMPER, as 
20 
 
 
espécies alóctones com capacidade de ajuste a alterações ambientais, como G. cf. 
proximus, P. squamosissimus e P. cf. platicirris as que mais contribuíram para a 
dissimilaridade, com 60,93% (Tabela 3). 
 
Tabela 3. Análise de SIMPER para as espécies de peixes silvestres das áreas Tanque e 
Controle no reservatório de Ilha Solteira, rio Grande, SP. 
Táxons Contribuição Acumulado % Tanque Controle
Geophagus cf. proximus (Castelnau, 1855) 17,45 28,64 52,6 26,4
Plagioscion squamosissimus (Heckel, 1840) 13,65 51,06 40,7 25,6
Pimelodus platicirris Borodin,1927 11,67 70,21 24,8 1,92
Serrasalmus maculatus Kner, 1858 2,792 74,79 0,917 5,83
Metynnis maculatus (Kner, 1858) 1,873 77,87 4,67 1,08
Triportheus nematurus (Kner, 1858) 1,822 80,86 1,17 3,17
Cichla kelberi Kullander & Fereira, 2006 1,771 83,76 0,75 3,75
Schizodon nasutus Kner , 1858 1,707 86,56 2,5 0,75
Rhaphiodon vulpinus Spix & Agassiz, 1829 1,164 88,47 1,58 2,67
Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840) 1,079 90,25 2,08 1,25
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) 1,022 91,92 0,5 2,17
Serrasalmus marginatus Valenciennes, 1837 0,9473 93,48 1,58 0,0833
Roeboides paranensis Pignalberi, 1975 0,7674 94,74 1,08 1,08
Pterygoplichthys anisitsi Eigenmann & Kennedy,1903 0,6211 95,76 1,08 0,417
Steindachnerina insculpta (Fernández-Yépez, 1948) 0,5411 96,64 1,42 0,167
Cichla piquiti Kullander & Ferreira, 2006 0,37 97,25 0,167 0,583
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) 0,339 97,81 0,583 0,25
Acestrorhynchus lacustris (Lütken, 1875) 0,2745 98,26 0,25 0,333
Schizodon intermedius Garavello e Britski_(1990) 0,2175 98,62 0 0,417
Crenicichla sp. 0,1911 98,93 0 0,333
Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) 0,1428 99,16 0,25 0
Cyphocharax sp. 0,12 99,36 0,167 0
Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) 0,08361 99,5 0 0,167
Hypostomus sp 0,07851 99,63 0,167 0,0833
Leporinus friderici (Bloch,1794) 0,05998 99,73 0,0833 0
Pimelodus sp. 0,0557 99,82 0,0833 0
Astronotus sp. 0,04282 99,89 0 0,0833
Megalancistrus parananus (Peters, 1881) 0,03626 99,95 0 0,0833
Pinirampus pirinampu (Agassiz, 1829) 0,03239 100 0 0,0833 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
DISCUSSÃO 
Quanto às análises da estrutura da comunidade, os resultados demonstraram 
diferenças naabundância numérica entre as áreas Tanque e Controle. A área Tanque 
apresentou maior número de indivíduos em relação à área Controle, sendo que as 
possíveis causas desse aumento podem estar relacionadas com o enriquecimento 
orgânico do sedimento e água e uma possível alteração na dieta dos peixes que habitam 
as áreas próximas aos tanques. Esse sistema de cultivo em tanques-rede se constitui em 
uma fonte de entrada constante de nutrientes no ambiente aquático, tais como nitrogênio 
e fósforo (TACON e FORSTER, 2003), que pode levar à deterioração da qualidade da 
água e a mudanças no ambiente. Entre estas mudanças, a atração exercida por restos de 
ração, peixes cultivados, animais mortos, escamas e fezes são responsáveis por altas 
concentrações de peixes em áreas com essa modalidade de cultivo (DEMPSTER et al., 
2004, AGOSTINHO et al., 2007). 
Assim, espera-se que para a ictiofauna, o aporte de matéria orgânico e nutriente 
promova mudanças em diferentes escalas, levando a proliferação de algumas espécies e 
à redução de outras menos tolerantes. Ao nível de comunidade é possível à ocorrência 
de alteração na estrutura, não apenas pelos efeitos no recrutamento diferenciado, mas 
também pela atração que a área cultivada exerce sobre as espécies de peixes 
oportunistas, com reflexos na densidade, na relação predador-presa e na incidência de 
parasitas e doenças (AGOSTINHO et al., 1999). 
Este efeito ocorre principalmente devido ao fato de que reservatórios geralmente 
são pobres em habitats e recursos alimentares, quando comparados a sistemas lóticos 
(AGOSTINHO et al., 2007). Desta forma, as estruturas dos tanques-rede podem 
oferecer abrigo (DEMPSTER e TAQUET, 2004) e alimento a biota silvestre 
(DEMÉTRIO et al., 2012; RAMOS et al., 2013b). Isto ocorre, pois até 30% da matéria 
22 
 
 
orgânica utilizada no sistema de cultivo, são disponibilizados no ambiente aquático na 
forma de efluentes (PILLAY, 2004). 
Esta utilização pode ocorrer de forma direta por meio do consumo dos efluentes 
ou indiretamente por meio do enriquecimento orgânico local. Assim, a atratividade de 
animais de pequeno porte que fazem parte da cadeia alimentar (STRICTAR-PEREIRA 
et al., 2010; BRANDÃO et al., 2012; DEMÉTRIO et al., 2012; RAMOS et al., 2013b), 
atraem animais de grande porte (predadores) que se alimentam desses animais de 
pequeno porte, como P. squamosissimus. Aliado a este fato, tem-se a atração das 
espécies onívoras, com ampla plasticidade alimentar como G. cf. proximus e P. cf. 
platicirris, que consomem os restos de ração que são depositados no sedimento e 
dissolvidos na coluna de água na área Tanque. Desta forma, verifica-se que a facilidade 
de forrageamento proporcionada pela ração serve como atrativo, elevando a densidade 
populacional dessas espécies no entorno de tanques-rede e consequentemente 
interferindo na abundância numérica entre as áreas, podendo assim justificar os 
resultados encontrados no presente estudo. 
Resultados semelhantes foram apresentadas por Ramos et al. (2013b), em um 
estudo para as áreas de reservatórios tropicais. Nesse estudo, os autores acima 
demonstram que as alterações na dieta da espécie onívora de Pimelodus maculatus estão 
diretamente relacionadas com a presença de atividades piscícolas. Este fato é evidente 
ao observar um maior número de itens alimentares utilizados por peixes na área 
Controle em relação ao número de itens alimentares utilizados pelos peixes na área 
Tanque. Estas espécies generalistas, como G. cf. proximus e P. maculatus usam um 
novo recurso alimentar de fácil aquisição e alta disponibilidade, como os restos de 
ração, explicando os resultados obtidos. 
23 
 
 
Sendo assim, peixes silvestres são atraídos para áreas próximas à piscicultura em 
tanques-rede, que atuam como FAD’s (fish aggregation devices), fato este bem 
documentado para piscicultura em ambiente marinho e havendo poucos relatos para 
pisciculturas em sistemas de água doce (DEMPSTER et al., 2002, 2004; BUBIĆ et al., 
2011; OZGUL & ANGEL, 2013; BRANDÃO et al., 2012; RAMOS et al., 2013, 2015; 
IZQUIERDO-GÓMEZ et al., 2015), ressaltando assim a importância para estudos 
voltados para ambientes dulcícolas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
CONCLUSÕES 
Conclui-se que a atividade de piscicultura em tanques-rede no reservatório de Ilha 
Solteira, influencia diretamente a ictiofauna silvestre local, atraindo os peixes para a 
área próxima aos tanques em busca de restos de ração como alimento, causando 
modificações na estrutura da comunidade, alterando a abundância numérica na área 
próxima aos tanques. 
 
 
 
 
 
25 
 
 
REFERÊNCIAS 
AGOSTINHO, A. A.; GOMES, L.C.; SUZUKI, H.I.; Jr. JÚLIO, H. F. Riscos da 
implantação de cultivos de espécies exóticas em tanques-redes em reservatórios do Rio 
Iguaçu. Cadernos da Biodiversidade. Curitiba, v. 2, n. 2, p. p1-9, 1999. 
 
AGOSTINHO, A.A.; GOMES, L.C.; PELICICE, F.M. Ecologia e Manejo de Recursos 
Pesqueiros em Reservatórios do Brasil. EDUEM: Maringá, 2007. 
 
AGOSTINHO, A.A.; PELICICE, F.M; GOMES, L.C. Dams and the fish fauna of the 
Neotropical region: impacts and management related to diversity and 
fisheries. Brazilian Journal of Biology, v. 68, n. 4, p. 1119-1132, 2008. 
 
ANDERSON, M.J.; A new method for non‐parametric multivariate analysis of 
variance. Austral ecology, v. 26, n. 1, p. 32-46, 2001. 
 
AZEVEDO-SANTOS, V.M.D.; RIGOLIN-SÁ, O.; PELICICE, F.M. Growing, losing 
or introducing? Cage aquaculture as a vector for the introduction of non-native fish in 
Furnas Reservoir, Minas Gerais, Brazil. Neotropical Ichthyology, v. 9, n. 4, p. 915-919, 
2011. 
 
 BEVERIDGE, M.C.M. Cage aquaculture. 3ª ed. Oxford: Blackwell Publishing, 2004. 
 
BRANDÃO, H. Influence of a cage farming on the population of the fish species 
Apareiodon affinis (Steindachner, 1879) in the Chavantes reservoir, Paranapanema 
River SP/PR, Brazil. Acta Limnologica Brasiliensia, v. 24, n. 4, p. 438-448, 2012. 
26 
 
 
 
BUBIĆ, T.Š.; GRUBIŠIĆ, L.; TIČINA, V.; KATAVIĆ, I. Temporal and spatial 
variability of pelagic wild fish assemblages around Atlantic bluefin tuna Thunnus 
thynnus farms in the eastern Adriatic Sea. Journal of Fish Biology, v. 78, n. 1, p. 78-97, 
2011. 
 
CESP - Companhia Energética de São Paulo. Disponível em <http://www.cesp.br> 
Acesso em: 17/11/2011. 
 
CLARKE, K. R. Non-parametric multivariate analysis of changes in community 
structure. Australian Journal of Ecology, v. 18, n. 1, p. 117-143, 1993. 
 
DEMÉTRIO, J.A.; GOMES, L.C.; LATINI, J.D.; AGOSTINHO, A.A. Influence of net 
cage farming on the diet of associated wild fish in a Neotropical reservoir. Aquaculture, 
v. 330, p. 172-178, 2012. 
 
DEMPSTER, T.; SANCHEZ-JEREZ, P.; BAYLE-SEMPERE, J.T.; GIMÉNEZ-
CASALDUERO, F.; VALLE, E.C. Attraction of wild fish to sea-cage fish farms in the 
southwestern Mediterranean Sea: spatial and short-term temporal variability. Marine 
Ecology Progress Series, v. 242, p. 237-252, 2002. 
 
DEMPSTER, T.; TAQUET, M. Fish aggregation device (FAD) research: gaps in 
current knowledge and future directions for ecological studies. Reviews in Fish Biology 
and Fisheries, v. 14, n. 1, p. 21-42, 2004. 
 
27 
 
 
HÅKANSON, L. Changes to lake ecosystem structure resulting from fish cage farm 
emissions. Lakes & Reservoir: Research and Management, v. 10, n. 1, p. 71-80, 2005. 
 
 IZQUIERDO-GÓMEZ, D.; GONZÁLEZ-SILVERA, D.; ARECHAVALA-LÓPEZ, P.; 
LÓPEZ-JIMÉNEZ, J.A.; BAYLE-SEMPERE, J.T.; SÁNCHEZ-JEREZ, P. Exportation 
of excess feed from Mediterranean fish farms to local fisheries through different 
targeted fish species. Journal of Marine Science, v. 72, n. 3, p. 930-938, 2014. 
 
KREBS, C.J. Ecological methodology. New York: Collins, 1989. 
 
KRKOSEK, M.; LEWIS, M.A.; VOLPE, J.P. Transmission dynamics of parasitic sea 
lice from farm to wild salmon. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences,v. 272, n. 1564, p. 689-696, 2005. 
 
MACHIAS, A.; GIANNOULAKI, M.; SOMARAKIS, S.; MARAVELIAS, C.D.; 
NOFITOU, C.; KOUTSOUBAS, D.; PAPADOPOULOU, K.N.; KARAKASSIS, E I. 
Fish farming effects on local fisheries landings in oligotrophic seas. Aquaculture, v. 
261, n. 2, p. 809-816, 2006. 
 
MARQUES, H. Variação espaço-temporal de atributos ecológicos da ictiofauna de um 
grande reservatório Neotropical. 2014. 
 
MPA - Ministério da Pesca e Aquicultura. Plano de desenvolvimento da aquicultura 
brasileira 2015-2020. Brasília - DF, 2015. 
 
28 
 
 
OZGUL, A.; ANGEL, D. Wild fish aggregations around fish farms in the Gulf of 
Aqaba, Red Sea: implications for fisheries management and conservation. Aquaculture 
Environment Interactions, v. 4, n. 2, p. 135-145, 2013. 
 
PELICICE, F.M.; VITULE, J.R.S.; LIMA-JUNIOR, D.P.; ORSI, M.L; AGOSTINHO, 
A.A. A serious new threat to Brazilian freshwater ecosystems: the naturalization of 
nonnative fish by decree. Conservation Letters, v. 7, n. 1, p. 55-60, 2014. 
 
PENCZAK, T.W.; GALICKA, W.; MOLINSKI, M.; KUSTO, E., M. ZALEWSKI. The 
enrichment of a mesotrophic lake by carbon, phosphorus and nitrogen from the cage 
aquaculture of raibow trout, Salmo gairdneri. Journal of Applied Ecology, p. 371-393, 
1982. 
 
PILLAY, T.V.R. Aquaculture and the environment (2ª edition). Blackwell Publishing, 
212p, 2004 . 
 
 RAMOS, I.P.; BRANDÃO, H.; ZANATTA, A.S.; ZICA, E.O.P.; SILVA, R.J.; 
REZENDE-AYROZA, D.M.M.; CARVALHO, E.D. Interference of cage fish farm on 
diet, condition factor and numeric abundance on wild fish in a Neotropical reservoir. 
Aquaculture, v. 414, p. 56-62, 2013a. 
 
RAMOS, I.P.; FRANCHESCHINI, L.; ZAGO, A.C.; ZICA, E.O.P.; WUNDERLICH, 
A.C.; CARVALHO, E.D.; SILVA, R.J. New host records and a checklist of fishes 
infected with Austrodiplostomum compactum (Digenea: Diplostomidae) in Brazil. 
Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 22, n. 4, p. 511-518, 2013. 
29 
 
 
 
STRICTAR-PEREIRA, L.; AGOSTINHO, A.A.; GOMES, L.C. Cage culture with 
tilapia induces alteration in the diet of natural fish populations: the case of 
Auchenipterus osteomystax. Brazilian Journal Biology, v. 70, n. 4, p. 1021-1030, 2010. 
 
TACON, A. G.J; FORSTER, I. P. Aquafeeds and the environment: policy implications. 
Aquaculture, v. 226, n. 1, p. 181-189, 2003. 
 
WESTON, D.P. The effects of aquaculture on indigenous biota. p. 534-567. In BRUNE, 
D.E. e TOMASSO, J.R. (eds). Aquaculture and water quality. Lousiania, The World 
Aquaculture Society, 1991. 
 
 YUCEL-GIER, G.; KUCUKSEZGIN, F.; KOCAK, F. Effects of fish farming on 
nutrients and benthic community structure in the Eastern Aegean (Turkey). Aquaculture 
Research, v. 38, n. 3, p. 256-267, 2007.

Continue navegando

Outros materiais