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Professora:Sandra Oliveira
/ ESTUDOS AMAZÔNICOS. 
APOSTILA 1º BIMESTRE, 9º ANOS. 
DESEQUILÍBRIOS AMBIENTAIS
A atividade humana no meio ambiente provoca vários casos de desequilíbrio como a poluição por detritos orgânicos e inorgânicos, que provocam mudanças (químicas, físicas e biológicas) no ambiente. O desequilíbrio acontece pela alteração na quantidade desses elementos na natureza. As principais forma de poluição do meio ambiente (ar, solo  e atmosfera) são devido a: monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), eutrofização, pesticidas, metais pesados, petróleo, detergentes e queimadas.
 	Monóxido de Carbono: principal poluente nos grandes centros urbanos, ocorre normalmente pela queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel), afetando a atividade respiratória dos humanos;
	 Dióxido de Carbono: contribui para o efeito estufa e seu aumento na atmosfera também está ligado a queima de combustíveis fósseis.
 Eutrofização: ocorre quando o ambiente aquático é enriquecido com itens de origem orgânica (compostos nitrogenados e fosforados), assim esses nutrientes favorecem a rápida disseminação de microrganismos decompositores que diminuem o teor de O2 é bastante reduzido (afetando principalmente os peixes).
 Pesticidas / metais pesados: esses compostos ajudam a diversas explorações do homem (agricultura e extração de minerais) e seu principal problema reside no abuso/mau uso desses compostos, o que acaba poluindo o meio ambiente, sempre que possível devemos substituir o uso desses compostos.
 Petróleo: A exploração de petróleo geralmente ocorre em plataformas em meio ao mar, vários casos de derramamento de petróleo durante seu transporte têm sido relatados, esses casos afetam toda a comunidade biológica das áreas atingidas.
	Desmatamento de Florestas: O desrespeito e a depredação da natureza provocam consequências desastrosas. 
A destruição de florestas e o aquecimento global propiciam a propagação de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a malária. 
Ao invadir florestas o homem entrou em contato com vírus que não conhecia, como o HIV da aids, que espalhou-se pelo mundo a partir da caça de chimpanzés na selva africana. Na Europa, EUA e em várias partes do mundo, florestas foram devastadas em nome do próprio progresso, para dar lugar a plantações, pastos, cidades, indústrias, usinas, estradas, etc.
	
 Detergentes: os detergentes jogados indistintamente nas águas causam uma redução da penetração de luz, o que afeta os organismos aquáticos (principalmente as algas e consequentemente os peixes que se alimentam delas).
 Queimadas: Este último item talvez seja um dos mais sérios a ser discutido. Quando surgiu a ideia dos créditos de carbono, o Brasil considerava-se um dos grandes países que seria beneficiado, porém isto não ocorreu, devido as grandes queimadas em nossas matas e cerrados (destroem as boas características do solo, afeta a respiração humana, provoca imigração de toda a fauna…). Este é um dos principais desequilíbrios ambientais do país e com afinco deve ser combatido. 
Campeão absoluto de biodiversidade terrestre, o Brasil reúne quase 12% de toda a vida natural do planeta. Concentra 55 mil espécies de plantas superiores (22% de todas as que existem no mundo), muitas delas endêmicas (só existem no país e em nenhum outro lugar); 524 espécies de mamíferos; mais de 3 mil espécies de peixes de água doce; entre 10 e 15 milhões de insetos (a grande maioria ainda por ser descrita); e mais de 70 espécies de psitacídeos: araras, papagaios e periquitos. (Conservation Internacional).
	Quatro dos biomas mais ricos do planeta estão no Brasil: Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia e Pantanal. 
O Cerrado abriga a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata, e do São Francisco. 
	No mundo inteiro, cerca de 13 milhões de hectares de florestas são perdidos todos os anos, principalmente na América do Sul e África. O Brasil foi o país onde mais se devastaram florestas entre 2000 e 2005. (FAO).
FORMAS DE DESEQUILÍBRIOS AMBIENTAIS.
          Muitos desequilíbrios ambientais, verificados nos mais diversos ecossistemas, ocorrem de maneira natural, independente da preservação do ser humano.
As erupções vulcânicas, por exemplo, podem eliminar no meio ambiente quantidades significativas de cinzas e de lava, capazes de eliminar parcial ou totalmente inúmeras formas de vida instaladas em suas proximidades. Incêndios também podem ocorrer naturalmente, devastando a cobertura vegetal de uma região e comprometendo a fertilidade do solo, entre outras consequências.
Mas, a interferência humana na natureza, especialmente nas últimas décadas, tem provocado muitos e variados casos de desequilíbrio dos seres vivos nos mais naturais como o solo, a água e o ar.
Às alterações ambientais advindas das atividades humanas costuma-se aplicar o termo poluição. Mas, de maneira geral, a poluição pode ser considerada como qualquer mudança nas propriedades físicas, químicas ou biológicas de um determinado ecossistema, ocasionada ou não pela ação humana e que acarreta prejuízos ao desenvolvimento das populações ou causa desfiguração na natureza.
	A substituição da Floresta Amazônica por cultivos agrícolas e pastagens está afetando um de seus mais preciosos bens: o Rio Amazonas. A bacia hidrográfica que representa uma das maiores reservas de água doce do planeta já apresenta em alguns pontos níveis alterados de substâncias como nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio. 
Estudo apresentado ontem no último dia da III Conferência Científica do LBA - o Experimento em Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia - revela que a destruição da floresta afeta a composição biogeoquímica do Rio Amazonas, ao menos em sua parte central, o que pode provocar alterações sérias em sua biodiversidade. 
	A preservação das águas do Amazonas é fundamental para o país, de acordo com especialistas. Se o Brasil tem cerca de 20% das reservas de água doce do mundo - o que o coloca numa posição extremamente privilegiada no mundo - isso se deve em grande parte ao Amazonas e seus afluentes. 
AGRICULTURA E INDÚSTRIAS NA MATA.
Cientistas propõem novas formas para desenvolver a Amazônia
Brasília. A única forma possível de preservar a Floresta Amazônica na avaliação de especialistas reunidos em Brasília para a III Conferência Científica do LBA, que terminou ontem, é a ocupação sustentável da mata.
 Os cientistas acreditam que a agricultura, a exploração de madeira e até a industrialização podem ser benéficas à floresta, desde que bem gerenciadas.
 É possível conciliar produção agrícola e floresta - afirmou Daniel Nepstad, do Woods Hole Research Center, nos Estados Unidos. - O grande desafio é identificar as áreas que devem ser excluídas da expansão agrícola seja pela alta biodiversidade, por conter terras indígenas ou pela fragilidade dos solos.
Há formas de exploração de madeira de impacto reduzido que geram o mesmo lucro e causam metade dos danos - lembrou o americano.
Já Antônio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), acredita que a saída possa estar na industrialização.
 O desenvolvimento da Amazônia é a única saída. Mas não o desenvolvimento com gado, madeira e soja, e sim o industrial - disse. (R.J.)
BIOPIRATARIA: É a exploração, manipulação, exportação e/ou comercialização internacional de recursos biológicos que ajudam as normas da Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992.
As informações de um grupo de indivíduos acumuladas por anos, portanto, são bens coletivos; e simplesmente mercadorias podem ser comercializadas como qualquer objeto de mercado.
Nos últimos anos, graças ao avanço da biotecnologia e à facilidade de se registrar marcas e patentes em âmbito internacional, as possibilidades de tal exploração se multiplicaram.
De modo geral, biopirataria significa a apropriação de conhecimento e de recursos genéticos de comunidades de agricultorese comunidades indígenas por indivíduos ou por instituições que procuram o controle exclusivo do monopólio sobre estes recursos e conhecimentos.
O termo biopirataria não se refere apenas ao contrabando de diversas espécies naturais da flora e da fauna, desmatamento de madeira e de espécies de plantas apropriação e monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no âmbito do uso dos recursos naturais. Estas populações estão perdendo o controle sobre esses recursos.
A biopirataria prejudica a Amazônia. Causa risco de extinção a inúmeras espécies da fauna e da flora, com o contrabando das mesmas - retirando-as de seu habitat natural.
Um caso de biopirataria foi o contrabando de sementes da seringueira, pelo inglês Henry Wickham. Essas sementes foram levadas para a Malásia
ESPÉCIES BRASILEIRAS QUE FORAM PATENTEADAS POR EMPRESAS ESTRANGEIRAS:
Nós da colonização portuguesa, os recursos naturais foram se concretizando em meio ás exportações, mercado internacional, as descobertas ambientais, as estruturas coloniais da época e as grandes industrializações e comércios durante o século XVIII.
Açaí:
Ou juçara é o fruto da palmeira Euterpe oleracea da região amazônica que teve seu nome registrado no Japão, em 2003. Por causa de pressão de organizações não-governamentais da Amazônia, o governo japonês cancelou esta patente.
Andiroba:
A árvore (Carapa guianensis) é de grande porte, comum nas várzeas da Amazônia. O óleo e extrato de seus frutos foram registrados pela empresa francesa Yves Roches, no Japão, França, União Européia e Estados Unidos, em 1999. E pela empresa japonesa Masaru Morita, em 1999.
Copaíba:
A copaíba (Copaifera sp) é uma árvore da região amazônica. Teve sua patente registrada pela empresa francesa Technico-flor, em 1993, e no 1994|ano seguinte na Organização Mundial de Propriedade Intelectual. A empresa norte-americana Aveda tem uma patente de Copaíba, registrada em 1999.
Cupuaçu:
Fruto da árvore (Theobroma Grandiflorum), que pertence à mesma família do cacaueiro. Existem várias patentes sobre a extração do óleo da semente do cupuaçu e a produção do chocolate da fruta. Quase todas as patentes registradas pela empresa Asahi Foods, do Japão, entre 2001 e 2002. A empresa inglesa de cosméticos Body Shop também tem uma patente do cupuaçu, registrada em 1998.
Espinheira Santa:
A espinheira santa (Maytenus ilicifolia) é nativa de muitas partes da América do Sul e sudeste do Brasil. A empresa japão|japonesa Nippon Mektron detém uma patente de um remédio que se utiliza do extrato da espinheira santa, desde 1996.
Jaborandi:
Planta (Pilocarpos pennatifolius) só encontrada no Brasil, o jaborandi tem sua patente registrada pela indústria farmacêutica alemã Merk, em 1991.
Veneno da jararaca:
A jararaca (Bothrops jararaca) é uma espécie nativa de cobra da Mata Atlântica.
ALGUNS MARCOS HISTÓRICOS NA BIOPIRATARIA DO BRASIL
Biopirataria no Brasil começou logo após o seu descobrimento em 1500, quando estes se apropriaram das técnicas de extração do pigmento vermelho do Pau Brasil, dominadas pelos índios, explorando o Pau Brasil, causando o risco de sua extinção;
Outro caso de biopirataria foi o contrabando de 70.000 sementes da árvore de seringueira, Hevea brasiliensis, da região de Santarém no Pará no ano de 1876, pelo inglês Henry Wickham. As sementes foram contrabandeadas para o Royal Botanic Garden, em Londres e daí, após seleção genética, levadas para a Malásia, África e outras destinações tropicais. Após algumas décadas a Malásia passou a ser o principal exportador mundial de látex, prejudicando economicamente o Brasil.
PERFIL DOS BIOPIRATAS
Os biopiratas geralmente se fazem passar por turistas ou por cientistas, todos documentados portando passaporte e em alguns casos, aval governamental, porém com intenções bem definidas, como a exploração e o tráfico de mudas, sementes, insetos, e toda a sorte de interesses em nossa farta biodiversidade.. Principais pessoas procuradas pelos biopiratas para orientá-los pelo fato de conhecerem os mistérios e riquezas da natureza local:
· índios;
· madeireiros;
· matuto.
COMO SÃO TRANSPORTADOS OS PRODUTOS BIOPIRATEADOS.
Biopirataria de vegetais: o transporte é bastante simples, podendo esconder sementes, gêmulas ou culturas em bolsos, canetas, frascos de cosméticos, dobras e costuras das roupas, entre outras formas. Além disso, o comércio legalizado de plantas medicinais e a indústria de fitoterápicos disponibilizam livremente fragmentos e extratos vegetais que podem ser adquiridos nos mercados e feiras e levados sem nenhuma restrição.
Tráfico de animais: transportados no interior de caixas, fundos falsos de malas, dentro de tubos PVA, entre outras formas, sendo muito agressivo aos animais que, muitas vezes, chegam a morrer antes mesmo de chegar ao local de destino.
TRÁFICO DE ANIMAIS.
Dos animais silvestres comercializados no Brasil, estima-se que 30% sejam exportados. O principal fluxo de comércio ilegal nacional dirige-se da região Norte para a região Sudeste. Grande parte da fauna silvestre é contrabandeada diretamente para países vizinhos, através das fronteiras fluviais e secas. Destes países fronteiriços seguem para países do primeiro mundo.
Em todo negócio clandestino, é difícil estabelecer cifras precisas, mas sabe-se que o tráfico internacional de animais silvestres só perde, em faturamento, para o de drogas e de armas. Especialistas dizem que:
· O comércio ilegal de animais silvestres movimenta cerca de US$ 10 bilhões por ano em todo o mundo
· 80% dos animais morrem antes de chegar ao "consumidor final";
· 95% do comércio de animais silvestres brasileiros é ilegal.
Muitas vezes de 10 animais contrabandeados 9 morrem ao caminho da venda.
TRÁFICO DE ANIMAIS EXÓTICOS
Infelizmente, a lei brasileira é omissa quanto aos animais originários de outros países, os chamados "animais exóticos". Apesar de estarem sujeitos aos mesmos problemas, sua importação e manutenção em cativeiro não é proibida.
E mais: há ainda o risco adicional destes animais escaparem e competirem com espécies locais, colocando em risco um delicado equilíbrio entre espécies.
ESTRUTURA SOCIAL DO TRÁFICO DE ANIMAIS
Primeiros intermediários: comerciantes ambulantes que transitam entre a zona rural e os centros urbanos;
Intermediários secundários: são os pequenos e médios comerciantes, que atuam clandestinamente no comércio varejista.
Grandes comerciantes: responsáveis pelo contrabando nacional e internacional de grande porte.
Consumidores finais: criadores domésticos, grandes criadores particulares, zoológicos, proprietários de curtumes, indústrias de bolsas e calçados, etc.
ONDE SÃO VENDIDOS ESSES ANIMAIS?
· Feiras livres e feiras de rolo;
· Depósitos nas residências dos próprios comerciantes;
· Depósitos desvinculados da residência do comerciante (forma usada para se livrar de um possível flagrante);
· Sacoleiros;
· Aviculturas;
· Pet shops (que muitas vezes servem como fachada);
· Residências particulares não caracterizadas como depósitos;
· Perto de locais frequentados por compradores desse tipo;
· Para restaurantes (para servir de comida)
PREJUÍZOS DA BIOPIRATARIA
Além do perigo de extinção, que algumas espécies de animais e vegetais enfrentam decorrente do tráfico, a biopirataria pode acarretar outros prejuízos, tais como:
· Privatização de recursos genéticos (derivados de plantas, animais, microorganismos e seres humanos) anteriormente disponíveis para comunidades tradicionais;
· Risco de perdas de exportações por força de restrições impostas pelo patenteamento de substâncias originadas no próprio país.
· Cálculos feitos há três anos pelo Ibama indicavam que o Brasil já tinha um prejuízo diário da ordem de US$ 16 milhões (mais de US$ 5,7 bilhões anuais) por conta da biopirataria internacional, que leva as matérias-primas e produtos brasileiros para o exterior e os patenteia em seus países sedes, impedindo as empresas brasileiras de vendê-los lá fora e de ter de pagar royalties para importá-los em forma de produtos acabados.
COMO EVITAR A BIOPIRATARIA
Na era da biotecnologiae da engenharia genética tudo que se precisa para reproduzir uma espécie, são algumas células facilmente levadas e dificilmente detectadas por mecanismos de vigilância e segurança.
Por essa razão, evitar a biopirataria no Brasil é um trabalho bastante difícil, e alguns acreditam que a forma mais eficiente é incentivar pesquisas científicas, através de investimentos em Ciência e Tecnologia, pois para retirar material biológico não há necessidade de grandes aparatos ou de estruturas formais.
OBS: Esse investimento deve começar pelo fim das discrepâncias regionais na alocação de recursos.
O PROBLEMA DA BIOPIRATARIA NA AMAZÔNIA
Dentre os 17 países que abrigam a maioria das espécies do planeta, denominados pela Organização das Nações Unidas (ONU) de países megadiversos, o Brasil ocupa o topo da lista. São animais, plantas, algas, fungos, protozoários e bactérias que compõem este tesouro cobiçado por muitos países.
Por causa de sua diversidade ambiental e cultural, da falta de instrumentos legislativos adequados e do baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento em biotecnologia, atualmente o país é alvo fácil da chamada biopirataria.
O termo “biopirataria” começou a ser usado na década de 90, a fim de chamar a atenção do país para os problemas de contrabando de espécies e matéria-prima brasileira por indústrias estrangeiras e, além disso, o uso e patente de conhecimentos dos povos nativos.
Ou seja, a biopirataria consiste na exploração, manipulação, exportação e comercialização de recursos biológicos de um país e no o uso, monopolização desses recursos e do conhecimento das populações nativas locais acerca desses recursos, por estrangeiros.
Inúmeros produtos brasileiros já foram patenteados por empresas estrangeiras, o caso mais famoso é o do açaí que foi patenteado pela empresa japonesa K.K. Eyela Corporation.
Além do açaí, outros produtos como: o cupuaçu, a andiroba, a acerola, o camu-camu, o bibiri e a espinheira santa, foram vitimas da biopirataria. Algumas destas espécies já voltaram a pertencer ao país, mas outras ainda estão sendo disputadas na justiça.
Essas empresas utilizam o conhecimento milenar de indígenas e nativos locais, além da matéria-prima, e as usam com finalidades lucrativas que não beneficiam a população de onde originou este conhecimento ou forneceu a matéria-prima.
Segundo o IBAMA, somente no ano de 2006 estima-se que houve um prejuízo diário de U$$ 16 milhões em função dos produtos brasileiros patenteados por empresas estrangeiras que impedem que o país comercialize seus próprios produtos e ainda exigem royalties para importá-los.
Esse tipo de prática é considerado um crime segundo a Convenção da Diversidade Biológica criada pelas Nações Unidas durante a ECO92, realizada no Rio de Janeiro, na qual vários países, incluindo o Brasil, assinaram.
Detentora do ecossistema mais rico do Brasil, a região amazônica desperta um crescente interesse internacional, não somente por sua biodiversidade, mas pelos conhecimentos milenares de seus habitantes sobre as plantas e medicinas alternativas locais.
O bioma amazônico ocupa cerca de 50% do território nacional, abrange vários estados brasileiros e alguns países vizinhos. Mas toda esta amplitude dificulta a fiscalização, sendo um alvo fácil e vulnerável para a biopirataria. A maioria dos recursos naturais explorados ilegalmente pelo mercado internacional é extraído da Amazônia.
COMBATE À BIOPIRATARIA
Para tentar coibir as atividades dos biopiratas, a Polícia Federal, que possui delegacias especializadas em crimes ambientais nas 27 unidades federativas, promove ações juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Veja a seguir alguns exemplos de combate à biopirataria no Brasil:
Projeto DRAKE: O Projeto DRAKE foi criado pela polícia federal para combater a biopirataria, evitando o furto da biodiversidade do país e materiais genéticos através de fiscalização nos aeroportos, repressão aos criminosos e campanhas educativas realizadas nos aeroportos através de cartazes.
A ONG Amazonlink acredita que o combate à biopirataria deve começar pela educação, em seu projeto Aldeias Vigilantes, a organização promove o conhecimento e conscientização dos povos indígenas e comunidades locais sobre a importância dos recursos naturais, a valorização do conhecimento e cultura das comunidades e alerta sobre a prática criminosa da biopirataria.
Apesar dos esforços brasileiros para combater a biopirataria, preservando seus recursos naturais e a cultura e conhecimento dos povos nativos, através do resgate dos direitos sobre espécies patenteadas, ou mesmo da ação da Polícia Federal e do IBAMA, cabe ressaltar que são medidas paliativas visto que não existe uma legislação específica que estabeleça penalidades para os biopiratas e para empresas que utilizam ilegalmente os recursos genéticos nacionais, nem mesmo, uma definição clara da contrapartida que as empresas que utilizam os recursos naturais e culturais brasileiros deveriam proporcionar as comunidades locais e a região explorada.
Esta falta de amparo legislativo se alia aos baixos investimentos em pesquisa e desenvolvimento da indústria biotecnológica local, o que estimula a exploração por indústrias estrangeiras dos recursos genuinamente brasileiros.
BIODIVERSIDADE É A DIVERSIDADE DA NATUREZA VIVA. 
Refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos. A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência.
Não há uma definição consensual de biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas.
Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região". Esta definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos:
Diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie.
Diversidade de espécies - diversidade entre espécies.
Diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o genético.
O desmatamento da Floresta Amazônica é um dos principais problemas ambientais do mundo atual, em função de sua grande importância para o meio ambiente. Este desmatamento causa extinção de espécies vegetais e animais, trazendo danos irreparáveis para o ecossistema amazônico. 
Principais causas:
- Degradação provocada pelo corte ilegal de árvores, destinadas ao comércio ilegal de madeira;
- Queimadas ilegais para abertura de pastagens para o gado ou áreas agrícolas (principalmente para a cultura de soja);
- Assentamentos humanos em função do crescimento populacional na região.
 
Principais consequências:
- Extinção de espécies vegetais e animais;
- Desequilíbrio no ecossistema da região;
- Aumento da poluição do ar nos casos de queimadas; 
- Aumento de casos de erosão do solo.
 
PROBLEMAS DE FISCALIZAÇÃO
Em função da gigantesca extensão territorial da Floresta Amazônica, a fiscalização é extremamente complicada. Além disso, o governo brasileiro coloca poucos fiscais atuando na região, fato que dificulta ainda mais a fiscalização.
 	Embora estes dados apontem para a queda no desmatamento, os números ainda mostram o tamanho do problema ambiental e o risco que ele gera na biodiversidade amazônica.
 
Você sabia?
- O ano em que ocorreu maior desmatamento na Floresta Amazônica foi 1995 com 29.059 km² desmatados (desde 1988, ano em que começou a medição oficial feita pelo INPE).
 
 De acordo com dados de 2012, o estado do Pará é o recordista em desmatamento na Amazônia. 
A AMAZÔNIA DO SÉCULO 21
É preciso repensar por completo o modelode desenvolvimento para a região, aliando preservação da natureza e progresso econômico e social para as populações locais. Isso vai exigir política - e muito investimento
 
Amazônia: desafio de uso sustentável para o século XXI
Durante muito tempo, a Floresta Amazônica foi considerada um obstáculo: havia uma concepção de que o desenvolvimento dependia de derrubar matas. Nos últimos anos, esta visão mudou. 
Durante muito tempo, a Floresta Amazônica foi considerada um obstáculo: havia uma concepção de que o desenvolvimento dependia de derrubar matas. Nos últimos anos, esta visão mudou. Temas como derrubadas, queimadas, impacto da exploração madeireira, uso sustentável dos recursos florestais, conservação ambiental e biodiversidade passaram a ser questões fundamentais na atuação do homem sobre este ecossistema. Apesar disso, e do interesse mundial sobre as florestas tropicais, ainda não conseguimos garantir, integralmente, sua preservação e uso racional. Um dos equívocos mais comuns tem sido a transposição de modelos de desenvolvimento de outras regiões, o que tem causado resultados catastróficos para o ambiente e, principalmente, para os habitantes. O desmatamento desordenado de grandes áreas, eliminando as reais opções de renda e melhoria de qualidade de vida destas populações, é condenável sob todos os aspectos. Sem um correto diagnóstico ambiental e socioeconômico da região, continuaremos privilegiando modelos que, além de baixo potencial de emprego, estimulam o êxodo rural e desconsideram as riquezas ambientais e econômicas da região.
É preciso perceber que as características econômicas e sociais de grande parte da Amazônia estão associadas com os recursos florestais. A população rural reside, em sua maioria, nas áreas desmatadas e nela formou sua cultura. Por isso, qualquer programa que pretenda desenvolver de fato a região, sem causar impactos ambientais danosos, deve considerar os recursos florestais como referência.
Nas duas últimas décadas, a Embrapa se empenhou em desenvolver conceitos e estudos de manejo florestal para pequenos produtores e para empresas na região Amazônica. Nos projetos de colonização, por exemplo, os 50% da área de reserva legal, até o momento, têm sido encarados como obstáculo ao desenvolvimento. Só no Acre, onde vivem quase 20 mil famílias em assentamentos, essas áreas de reservas representam mais de 780 mil hectares de floresta tropical.
O melhor de tudo é que o modelo não atrapalha a rotina das demais atividades ligadas à agricultura e pecuária e agrega valor a um recurso natural que passa a ser utilizado de forma sustentável. Para se ter uma idéia, na exploração tradicional de madeira, uma tora bruta é comercializada por apenas R$ 30,00, sem contar os danos ambientais que comprometem a existência futura do meio ambiente. O mesmo produto explorado e manejado racionalmente obtém preço médio de R$ 200,00.
	O manejo é uma solução que pode ser levada também a médias e grandes empresas. O problema principal, neste caso, tem sido a falta de planejamento. Abatendo árvores de maneira desorganizada e não prevendo uso otimizado pode haver um desperdício de cerca de 65% de cada tora.
	Além disso, a degradação do meio compromete o futuro da atividade e o uso econômico de outros produtos da floresta como óleos, resinas, plantas medicinais, látex, frutas e recursos animais. Na Amazônia existem empresas certificadas, que detém o chamado "Selo Verde", concedido a empresas que realizam manejo sustentável adequado de produtos madeireiros.
	A base do conhecimento necessário para o manejo de florestas tropicais está no estudo de sua dinâmica. Somente por meio do conhecimento da dinâmica de crescimento e regeneração natural da floresta será possível a previsão de ciclos e taxas de corte adequados, assim como tratamentos silviculturais necessários à produção sustentável. No Acre, o manejo de 10 metros cúbicos de madeira por hectare, num ciclo de 10 anos de exploração, permite a regeneração da mata, tornando o recurso natural uma fonte inesgotável.
Fronteira agrícola:
É o avanço da unidade de produção capitalista sobre o meio ambiente, terras cultiváveis e terras de agricultura familiar. A fronteira agrícola está ligada com a necessidade de maior produção de alimentos, criação de animais sob a demanda internacional de importação destes produtos. Além disso seu crescimento acelerado também está ligado pela ausência de políticas públicas eficazes onde a terra acaba sendo comprada barata e o controle fiscal inoperante.esconder
Fronteira agrícola no Brasil
 Fronteira agrícola Amazônica
O Brasil possui 850 milhões de hectares em seu território. Estima-se que 350 milhões são agricultáveis. Cana-de-açúcar e soja ocupam em torno de 9 milhões e 24 milhões de hectares respectivamente. Já para a criação de gado, no território brasileiro cerca de 211 milhões de hectares são utilizados para a pastagem extensiva. Apesar do grande espaço utilizado para a criação de animais, a produtividade para cabeças de boi é considerada baixa, uma vez que temos poucas cabeças de boi por hectare. Para aumentar a produção de cereais e carne, agricultores e pecuaristas estendem a fronteira de suas fazendas adquirindo mais terras, a chamada fronteira agrícola. O sensoriamento remotono estudo do desmatamento da floresta amazônica por instituições americanas como Environmental Research Letters mostra que a soja é vetor que contribui para este aumento do espaço ocupado a sua produção.
Problemas causados pelo avanço da fronteira agrícola
Conforme o avanço da fronteira e a derrubada de florestas, de áreas de meio ambiente e áreas antes ocupadas por agricultura familiar ocorrer, problemas começam a emergir como conflitos ambientais. O avanço do desmatamento na Floresta Amazônica por exemplo, reduz o espaço antes utilizado por comunidades indígenas, também aumenta a pressão no governo com o impulso de movimentos sociais que lutam pela divisão de terras, e um melhor aproveitamento de terras já ocupadas na sua produção. Cabe a Justiça Ambiental mediar todos valores econômicos, sociais, culturais do uso da terra por diferentes pessoas e seus pontos de vista, para que estes conflitos sejam amenizados.
Aumento da fronteira agrícola e sua necessidade
Para um melhor uso do espaço ocupado em novas terras da Amazônia foi criado um projeto chamado Amazônia Legal que visa não só melhorar o nível produtivo na área ocupada, como reduzir o desmatamento a zero. Permite o estudo e o emprego de tecnologia na biodiversidade local, permite eco-turismo, em geral é uma forma de absorver todos os recursos naturais e culturais conservando o meio ambiente necessário ao nosso planeta. Conforme a população mundial continuar crescendo, a necessidade de se aumentar a produção de alimentos e o avanço em terras continuará existindo, até que a população se estabilize ou o nível de produção fique bastante elevado já nos hectares utilizados, pois a demanda por alimento é maior que a produção mundial. Cientistas e técnicos defendem que o espaço no território ocupado pela pastagem precisa ser melhor aproveitado para que o destamento realizado a fim de novas pastagens seja feito somente quando saturar o uso do terreno já aproveitado.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/desequilibriosecologicosnaamazonia/biopirataria.

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