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Anatomia Humana Básica (3)

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Prévia do material em texto

Anatomia Humana
Básica
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 
de Araújo
Coordenação Adjunta de Pesquisa
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de Extensão
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Kauê Berto
Projeto Gráfico, Design e
Diagramação
André Dudatt
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permi-
tidoo download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem 
a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333
Centro, Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 2 
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Fortes, 2178, Centro, 
Paranavaí, PR
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UNIFATECIE Unidade 3 
Rodovia BR - 376, KM 
102, nº 1000 - Chácara 
Jaraguá , Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
www.unifatecie.edu.br/site
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir 
do site Shutterstock.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
F442a Fiaes, Gislaine Cardoso de Souza 
 Anatomia humana básica. Paranavaí:EduFatecie, 2021. 
 112 p. : il. Color. 
1. Anatomia humana. 2. Sistema nervoso. 3. Sistema
musculoesquelético. I. Centro Universitário UniFatecie.
II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título.
 CDD : 23 ed. 611 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
AUTORA
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
● Mestre em Ciências Farmacêuticas (Universidade Estadual de Maringá)
● Bacharel em Farmácia Generalista (UniCesumar).
● Especialista em Farmacologia Aplicada à Terapêutica (Universidade Estadual
de Maringá).
● Docente do curso de Farmácia e Estética e Cosmética - (Universidade Para-
naense - Unipar). Com experiência docente de 3 anos ministrando a disciplina
de Anatomia Humana.
● Link do Currículo na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/8017598356774912
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo(a) à disciplina de Anatomia Humana!
Prezado(a) aluno(a), a partir de agora estamos iniciando uma jornada que discipli-
na construiremos um arsenal de conhecimento a respeito das estruturas e organização do 
corpo humano. O interesse sobre o conhecimento detalhado do corpo humano começou a 
receber atenção no final do século XX, através da dedicação de pesquisadores que tornou 
possível desvendar a forma e estrutura do corpo humano.
Na unidade I iniciaremos nosso estudo a partir da introdução ao estudo da anatomia 
humana através da definição, terminologia anatômica e planos de secção do corpo humano 
que fornecerá embasamento para a compreensão dos tópicos seguintes. Posteriormente, 
iniciaremos o estudo do aparelho locomotor através do estudo de três sistemas: esquelé-
tico, articular e muscular. A respeito do sistema esquelético será abordado, suas funções, 
composição, formatos e classificações. O sistema articular estudaremos a definição e as 
classificações articulares. E finalizamos, estudando o sistema muscular que é tão complexo 
e fascinante ao mesmo tempo, mas veremos de maneira simples e de fácil entendimento as 
funções e classificações musculares.
Na unidade II, abrange o estudo do sistema circulatório que consiste no estudo 
do sistema cardiovascular que envolve a compreensão das estruturas do coração, e 
vasos sanguíneos como as artérias que levam às células o sangue arterial e as veias 
que trans-portam o sangue venoso de volta para o coração. Sobre o sistema linfático, 
será abordado sua função e a identificação dos órgãos linfáticos.
Na sequência, será apresentado o sistema respiratório, com todas as suas estrutu-
ras anatômicas que viabilizam o processo de troca gasosa.
A unidade III abordará o fascinante tópico relacionado ao sistema nervoso central 
e periférico, apresentando o tecido nervoso, as funções e descrição das estruturas anatô-
micas. Finalizaremos, com a unidade IV estudando o sistema digestório, urinário e genital 
masculino e feminino, abordando as funções atribuídas a cada uma destes sistemas e a 
descrição das estruturas anatômicas pertencentes a cada um destes sistemas.
Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta jornada 
de conhecimento e multiplicar os conhecimentos abordados em nosso material. Esperamos 
contribuir para seu crescimento pessoal e profissional. 
Muito obrigado e bom estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
UNIDADE II ................................................................................................... 27
Sistemas Cardiovascular, Linfático e Respiratório
UNIDADE III .................................................................................................. 57
Sistema Nervoso
UNIDADE IV .................................................................................................. 83
Sistemas Digestório, Urinário e Genital
3
Plano de Estudo:
Tópico 1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
● Introdução a Anatomia Humana ● Níveis de Organização do corpo humano
● Terminologias anatômicas.● Posição anatômica● Planos anatômicos e Secções
● Termos de posição e direção
Tópico 2 - SISTEMA ESQUELÉTICO
● Conceituar o Sistema esquelético;● Divisão do Esqueleto Humano ;● Composição dos
ossos;● Funções do Sistema Esquelético;● Classificação Morfológica dos Ossos.
Tópico 3 - SISTEMA ARTICULAR
● Definição do Sistema articular;● Classificação Estrutural das Articulações;
● Articulações fibrosas;● Articulações cartilagíneas;● Articulações sinoviais.
Tópico 4 - SISTEMA MUSCULAR
● Conceito sobre o sistema muscular;● Tecido muscular;● Funções e classificação dos
músculos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Definir anatomia humana;
● Identificar os níveis de organização estrutural do
corpo humano e as terminologias anatômicas;
● Definir os três sistemas que formam o aparelho locomotor:
Sistemas esquelético, articular e muscular;
● Compreender as funções e classificações dos sistemas
 esquelético, articular e muscular.
UNIDADE I
Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e 
Aparelho Locomotor
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
4UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
INTRODUÇÃO
O estudo da anatomia humana é extremamente interessante por proporcionar a 
compreensão da constituição do corpo e como ele funciona permitindo à você adquirir 
conhecimentos que serão fundamentais na aplicação clínica após sua formação como 
profissional da área da saúde.
Portanto, na unidade I iniciaremos nosso estudo a partir da introdução ao estudo 
da anatomia humana através da definição, terminologia anatômica e planos de secção do 
corpo humano que fornecerá embasamento para a compreensão dos tópicos seguintes. 
Posteriormente, iniciaremos o estudo do aparelho locomotor através do estudo de três sis-
temas: esquelético, articular e muscular. A respeito do sistema esquelético será abordado, 
suas funções, composição, formatos e classificações. O sistema articular estudaremos a 
definição e as classificações articulares. E finalizamos, estudando o sistema muscular que 
é tão complexo e fascinante ao mesmo tempo, mas veremos de maneira simplese de fácil 
entendimento as funções e classificações musculares.
5UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
A anatomia é a ciência que estuda, macro e microscópicamente, a constituição e o 
desenvolvimento do corpo humano. Utilizamos o termo Morfologia para englobar as duas 
áreas de estudo anatômico, sendo elas: 
 Anatomia microscópica que está relacionada com as estruturas corporais invisíveis 
a olho nu e necessita de recurso instrumental para ampliação, como: lupas, microscópios 
ópticos e eletrônicos. Esta área se subdivide em: Citologia (estudo das células) e Histologia 
(estudo dos tecidos e como estes se organizam para a formação de órgãos).
 Anatomia macroscópica estuda as estruturas visíveis a olho nu, abordada da 
seguinte forma: anatomia de superfície (estuda as formas na superfície do corpo que re-
vela os órgão que ficam escondidos, ex., estudo de músculos que se destacam por baixo 
da pele de halterofilistas), anatomia regional (estuda regiões específicas do corpo, ex., 
cabeça, pescoço, tórax, abdome). Enquanto, a anatomia sistêmica concentra os estudos 
nos sistemas que atuam na realização de funções complexas. O estudo macroscópico 
da anatomia sistêmica é a forma mais comum de proceder os estudos anatômicos rela-
cionados à forma e as funções. Para exemplificar, estudamos isoladamente os aspectos 
anatômicos do sistema esquelético, sistema articular e o sistema muscular, no entanto, 
nenhum sistema do corpo humano funciona sozinho, juntos formam o chamado aparelho 
locomotor. (DANGELO; FATTINI, 2007; MARIEB, WILHELM; MALLATT, 2014).
6UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
1.1 Níveis de Organização do corpo humano
O corpo humano é organizado estruturalmente em seis níveis que se estende 
desde átomos até a pessoa como um todo e ajuda na compreensão da anatomia, os níveis 
organizacionais do corpo humano, são os seguintes: os níveis químico, celular, tecidual, 
orgânico, sistêmico e organizacional (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
1) O nível químico inclui os átomos, que são as menores unidades da matéria
que participam de reações químicas e são essenciais para a manutenção da vida, como por 
exemplo: oxigênio, carbono, hidrogênio, fósforo e cálcio. E as moléculas, que são caracte-
rizadas pela ligação de átomos entre si, um exemplo das moléculas encontradas no corpo 
humano são o ácido desoxirribonucleico (DNA), o material genético passado de geração 
em geração, e a glicose (açúcar do sangue).
2) Nível celular: A combinação de moléculas formam as células, que são as
unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo e originam os tecidos que são 
o próximo nível de organização. Como exemplos de células, temos: as células musculares,
células nervosas e as células epiteliais.
3) O nível tecidual é formado por grupos de células com uma função específica.
Existem quatro tipos básicos de tecidos em nosso corpo: o tecido epitelial, o tecido conjuntivo, o 
tecido muscular e o tecido nervoso. O tecido epitelial recobre as superfícies externas e internas 
do corpo. O tecido conjuntivo conecta, dá sustentação e protege os órgãos do corpo. O tecido 
muscular realiza contração produzindo movimento do corpo gerando calor. O tecido nervoso 
transmite informação de uma parte do corpo para outra por meio de impulsos nervosos. 
4) Nível orgânico: os órgãos são as estruturas compostas por diferentes tipos
de tecidos e desempenham funções específicas. Exemplos de órgãos incluem o estômago, 
a pele, os ossos, o coração, o fígado, os pulmões e o encéfalo.
5) Nível sistêmico: Um sistema é caracterizado por órgãos relacionados com
uma função em comum como, por exemplo, o sistema digestório, que digere e absorve 
os alimentos. Seus órgãos incluem a boca, as glândulas salivares, a faringe, o esôfago, o 
estômago, o intestino delgado, o intestino grosso, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. 
Em alguns casos um órgão pertence a mais de um sistema. 
6) Nível organizacional: Um organismo envolve todas as partes do corpo hu-
mano, funcionando em conjunto.
7UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
1.2 Terminologias anatômicas 
Assim como toda ciência, a anatomia também possui sua linguagem própria para 
descrever o organismo e suas partes, a padronização nos termos foi necessária pois, 
no final do século XIX, houve um avanço nas descobertas anatômicas gerando certa 
desordem, pois a mesma estrutura recebe denominações diferentes em cada centro de 
estudo. Em 1895, foi criada a primeira nomenclatura internacional na tentativa de 
uniformizar os termos e dando origem ao que chamamos de terminologia anatômica 
internacional (DANGELO; FATTINI, 2007).
O conhecimento da terminologia anatômica é importante para promover a expres-
são clara e apropriada dos termos de maneira correta. Embora você conheça os 
termos coloquiais para designar as partes e regiões do corpo o que é importante para 
facilitar a comunicação com os indivíduos leigos que procurem atendimento, vocês futuros 
profissionais da área da saúde aprendam o uso da terminologia anatômica internacional, 
para permitir a comunicação precisa entre profissionais de saúde e cientistas do mundo 
todo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
1.2.1 Posição anatômica 
A posição anatômica é uma posição de referência utilizada em todas as 
descrições anatômicas dando significado aos termos direcionais utilizados na descrição 
das partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se 
movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo 
como um todo está numa posição específica chamada posição anatômica.
A posição anatômica refere-se à posição do corpo onde o indivíduo se 
encontra ereto (posição ortostática, é o mesmo que em pé) com a cabeça, e pés 
apontados para frente e o olhar para o horizonte, os membros superiores estendidos 
ao lado do tronco e as palmas das mãos voltadas para frente (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014). Usando essa posição e a terminologia apropriada, você pode relacionar 
com precisão uma parte do corpo a qualquer outra parte. 
1.2.2 Planos anatômicos e Secções
Para estudarmos a Anatomia Humana é necessário conhecermos os chamados 
planos anatômicos, que são fundamentais para facilitar as descrições anatômicas, 
localização e a situação dos diferentes órgãos do corpo baseando-se em quatro planos 
imaginários que cruzam o corpo na posição anatômica (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
8UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
● Plano mediano ou também chamado de plano sagital mediano: É carac-
terizado por ser plano vertical que corta o corpo longitudinalmente, dividindo o corpo em 
metades direita e esquerda que passa através da linha mediana do corpo.
● Plano sagital: são planos verticais que atravessam o corpo paralelamente ao
plano mediano. 
● Plano frontal (coronal): são planos verticais que atravessam o corpo formando ân-
gulos retos com o plano mediano, dividindo o corpo em partes anterior (frente) e posterior (atrás).
● Plano transverso: são planos horizontais que atravessam o corpo formando
ângulos retos com os planos mediano e frontal, dividindo o corpo em partes superior e inferior. 
1.2.2.1 Planos de secção 
Ao estudar uma região corporal é mostrada uma secção do mesmo. Uma secção 
é um corte do corpo ou de um de seus órgãos feito ao longo de um dos planos anatômicos 
descritos acima. É importante conhecer o plano da secção para compreender a relação 
anatômica de uma parte com a outra. A Figura 1 exemplifica três principais planos de sec-
ção: sagital, frontal e transversal, através de visões diferentes do encéfalo.
FIGURA 1. REPRESENTA OS PLANOS ANATÔMICOS SAGITAL, FRONTAL/
CORONAL E TRANSVERSO QUE CRUZAM O CORPO NA POSIÇÃO ANATÔMICA. 
1.2.3 Termos de posição e direção
Para localizar as estruturas corporais, são utilizados termos deposição e direção. 
Partindo do princípio que o corpo do indivíduo encontra-se na posição de referência que é 
chamada posição anatômica, os anatomistas utilizam dois termos de posição que descrevem 
o corpo deitado. Se o corpo está com o rosto voltado para baixo, ele está em decúbito ventral.
No entanto, se o corpo está com o rosto voltado para cima, ele está em decúbito dorsal.
9UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
Quanto aos termos de direção específicos que descrevem a posição de uma parte 
do corpo em relação à outra. Existem vários termos direcionais que são agrupados em 
pares com e possuem significados opostos, ex., anterior (frente) e posterior (atrás). Abaixo 
estão listados os principais termos direcionais com seus respectivos exemplos (TORTORA; 
DERRICKSON, 2016).
TERMOS DIRECIONAIS EXEMPLO DE USO
Superior O coração é superior ao fígado
Inferior O estômago é inferior aos pulmões 
Anterior O esterno é anterior ao coração
Posterior O esôfago é posterior à traquéia
Medial A ulna é média ao rádio
Lateral Os pulmões são laterais ao coração
Proximal O úmero é proximal ao rádio
Distal As falanges são distais aos ossos carpais 
Superficial As costelas são superficiais aos pulmões
Profundo As costelas são profundas em relação à pele do tórax 
Ipsilateral
A vesícula biliar e o colo ascendente são 
ipsilaterais (estão do mesmo lado)
Contralateral
O colo ascendente e o colo descendente 
são contralaterais (estão em lados opostos 
do corpo) 
10UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 10UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
2. SISTEMA ESQUELÉTICO
O sistema esquelético é composto por vários tecidos diferentes e atua em conjunto 
com cartilagem e articulações. Cada osso do corpo é considerado um órgão, sendo respon-
sável por fornecer suporte e sustentação ao corpo, servem como ponto de fixação para os 
músculos e armazenamento de minerais (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
2.1 Divisão do Esqueleto Humano
O sistema esquelético é dividido em duas partes funcionais: esqueleto axial que é 
formado pelos ossos da cabeça, pescoço, e tronco localizados no centro do corpo. Enquan-
to, o esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores, 
inclusive aqueles que formam os cíngulos dos membros superiores e dos membros inferio-
res. A união do esqueleto axial com o apendicular acontece por meio das cinturas escapular 
e pélvica (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
2.2 Composição dos ossos
O tecido ósseo é composto por dois tipos de osso, o osso compacto e o osso 
esponjoso. Diferencia-se pela quantidade de material sólido e pelo número e tamanho dos 
espaços que eles contêm, sendo que a proporção de osso compacto e esponjoso varia de 
acordo com a função do osso (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
O osso esponjoso localiza-se no interior do osso e seu aspecto esponjoso se deve 
a presença de espaços entre as lamínulas ósseas que são chamadas de trabéculas ósseas. 
Em algumas partes o osso esponjoso é substituído por uma cavidade medular que abriga a 
11UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
medula óssea amarela (armazena gordurosa) ou vermelha responsável pela função hemato-
poiética (produção de células sanguíneas e plaquetas) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
O osso compacto está presente em todos os ossos como uma camada compacta, 
fina e superficial em torno de uma massa central de osso esponjoso, a proporção entre osso 
compacto e esponjoso é responsável por sua resistência. Os ossos longos, por exemplo, 
possuem uma maior quantidade de osso compacto no corpo do osso (diáfise), quando com-
parado às demais categorias de ossos. Abordaremos agora a estrutura dos ossos longos 
(Figura 2), que são as seguintes:
● Diáfise: é a haste longa do osso (corpo do osso). Ela é composta 
principalmente por tecido ósseo compacto, proporcionando resistência ao osso 
longo;
● Epífises: são as extremidades de um osso longo e locais onde um osso se 
articula a um segundo osso, formando uma articulação. Cada epífise é coberta 
com uma fina camada de cartilagem hialina, chamada cartilagem articular.
● Linha epifisial: Localiza-se entre a diáfise e cada epífise de um osso longo 
adulto. É um sinal da lâmina epifisial, que é um disco de cartilagem hialina 
responsável pelo crescimento ósseo (alongamento do osso) durante a infância.
● O periósteo (periósteo = em torno do osso) é uma membrana de tecido con-
juntivo que recobre o ossos externamente, responsável por irrigar os ossos 
com nervos e vasos sanguíneos, por isso sentimos dor ao fraturar um osso. O 
periósteo fornece pontos de inserção para os tendões e ligamentos que se 
unem a um osso. 
FIGURA 2: ESTRUTURA DOS OSSOS LONGOS 
Fonte: MARIE; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 136.
12UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
2.3 Funções do Sistema Esquelético
As funções desempenhadas pelo sistema esquelético são as seguintes: 
● Suporte: O esqueleto sustenta os tecidos moles e fornece pontos de fixação
para tendões e músculos esqueléticos.
● Proteção: O esqueleto protege os órgãos vitais de lesão. Por exemplo, os ossos
do crânio protegem o encéfalo e a caixa torácica protege o coração e os pulmões.
● Assistência ao movimento: A fixação dos músculos esqueléticos aos ossos pro-
duz movimentos através da contração da musculatura e tracionamento dos ossos.
● Armazenamento e liberação de minerais: O tecido ósseo armazena minerais,
como: cálcio e fósforo, que contribuem para a resistência dos ossos e conforme
a necessidade, os minerais são liberados para a corrente sanguínea de modo a
manter a homeostasia.
● Função hematopoiética: É caracterizada pela produção de células sanguíneas
que ocorre na medula óssea vermelha presente no interior de determinados
ossos, como: os ossos do quadril; costelas e esterno, vértebras, crânio e extre-
midades do úmero e fêmur. A produção de hemácias (eritrócitos), leucócitos e
plaquetas é denominada de hematopoese.
● Armazenamento de triglicerídeos: Com o avanço da idade, grande parte da
medula óssea é transformada de vermelha para amarela. A medula óssea ama-
rela é responsável pelo armazenamento de triglicerídeos que são reserva de
energia para o organismo (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
2.4 Classificação Morfológica dos Ossos
Os ossos são classificados de acordo com suas características morfológicas por 
possuir tamanhos e formatos variados em cinco tipos: ossos longos, curtos, planos, irre-
gulares e sesamóides (Figura 3), refletindo diretamente na função desempenhada. Para 
exemplificar, temos o fêmur que é o osso da coxa e pertence à categoria dos ossos longos, 
esta característica atribui a ele, a função de suportar o peso e pressão do corpo (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
1) Ossos longos: Possui comprimento maior que a largura e são constituídos
por um corpo e duas extremidades, chamadas de epífises e têm suas diáfises
como sendo o corpo do osso é formada por tecido ósseo compacto. Exemplo de
ossos longos: fêmur, tíbia, fíbula, úmero, radio e ulna.
13UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
2) Ossos curtos: Possuem comprimento igual à sua largura. Exemplos: ossos do
carpo e tarso.
3) Ossos planos: São ossos finos e achatados que garantem considerável pro-
teção. Exemplos: Ossos do crânio (frontal, parietal), osso esterno e escápula.
4) Ossos irregulares: São ossos com formas variadas e não se encaixa nas
outras classificações, como exemplos: mandíbula e vértebras.
5) Ossos sesamóides: Os ossos sesamóides são considerados um tipo especial
de osso por se desenvolver em alguns tendões e se encontrar em lugares onde
os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros. A patela
é um exemplo de osso sesamóide e possui a função de proteger os tendões
contra o desgaste excessivo.
FIGURA 3: ILUSTRAÇÃO REPRESENTANDOAS CLASSIFICAÇÕES 
MORFOLÓGICAS DOS OSSOS
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 135.
14UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
3. SISTEMA ARTICULAR
3.1 Definição
As articulações são definidas como sendo o ponto de contato entre dois ossos, 
entre osso e cartilagem ou entre osso e dente, com formas e funções variadas. Algumas 
articulações não possuem movimento, outras permitem pequenos movimentos, enquanto 
outras têm mobilidade livre. (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
3.2 Classificação 
As articulações são classificadas estruturalmente de acordo com as características 
anatômicas e funcionalmente de acordo com o tipo de movimento que as articulações realizam.
 A classificação estrutural das articulações baseia-se em dois critérios: 1) existência 
ou ausência de cavidade articular (espaço entre os ossos); 2) tipo de tecido conjuntivo que 
une os ossos. Portanto, de acordo com as caraterísticas estruturais, as articulações são 
classificadas como: articulações fibrosas, cartilagíneas e sinoviais.
A classificação funcional é definida com relação ao grau de movimento que as 
articulações executam. Funcionalmente, as articulações são classificadas como: sinartrose 
(imóvel), anfiartrose (ligeiramente móvel) e diartrose (movimentos livres). 
15UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
3.2.1 Classificação Estrutural das Articulações
3.2.1.1 Articulações fibrosas
As articulações são formadas por tecido fibroso (tecido conjuntivo denso não 
modelado), nestas articulações as superfícies dos ossos estão quase em contato direto 
e a maioria das articulações fibrosas são imóveis ou ligeiramente móveis. Há três tipos 
principais de articulações fibrosas:
● Suturas: As suturas estão presentes apenas nos ossos do crânio, mantendo
os ossos firmemente unidos e consideradas funcionalmente como articulações imóveis 
(sinartrose). Os tipos de suturas existentes são: plana, escamosa e denteada.
● Sindesmose: A sindesmose é um tipo de articulação fibrosa, une os ossos com
uma lâmina de tecido fibroso, podendo ser um ligamento ou uma membrana fibrosa que 
une ossos (membrana interóssea). 
● Gonfose ou também chamada de sindesmose dentoalveolar: é uma articu-
lação fibrosa onde ocorre à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e 
maxilas, é um processo semelhante a um pino encaixando-se em uma cavidade entre a raiz 
do dente e o processo alveolar da maxila.
As sindesmoses e gonfoses são classificadas funcionalmente como anfiartroses, por 
realizar pequenos movimentos (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014).
3.2.1.2 Articulações cartilagíneas
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem e pequenos 
movimentos são possíveis nestas articulações. Existem dois tipos de articulações cartilagí-
neas: sínfises e sincondroses.
● Sínfises: são articulações fortes, ligeiramente móveis, unidas por fibrocartilagem.
Exemplos desta articulação, incluem: discos intervertebrais (presente entre as vértebras) e 
sínfise púbica. A estrutura de fibrocartilagem confere resistência à tensão e a compressão, 
agindo como um amortecedor, as sínfises são articulações ligeiramente móveis (anfiartro-
ses) fornecendo resistência com flexibilidade. 
● Sincondroses: Os ossos são unidos por cartilagem hialina, as articulações do
tipo sincondrose dividem-se em uniões temporárias e definitivas. Como sincondroses tem-
porárias, temos a lâmina epifisial presente nas epífises dos ossos longos durante o 
desenvolvimento do osso longo e com o passar do tempo a lâmina epifisial se converte em osso 
16UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
e as epífises fundem-se com a diáfise. Como exemplo de sincondrose definitiva, temos a 
articulação esternocostal (cartilagem costal que une a primeira costela e o manúbrio do 
esterno). Funcionalmente, as sincondroses são classificadas como sinartroses por serem 
articulações imóveis (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
3.2.1.3 Articulações sinoviais
As articulações sinoviais são as mais importantes e complexas articulações do corpo 
e permitem a realização de muitos movimentos, sendo considerada funcionalmente, diartro-
se. Exemplos de algumas articulações sinoviais: articulação do ombro (glenoumeral), joelho 
e quadril (coxofemoral). As articulações sinoviais possuem característica únicas, como: 
● Cavidade articular: É uma característica presente somente nas articulações
sinoviais é um espaço potencial que comporta uma pequena quantidade de líquido sinovial.
● Cápsula articular: membrana fibrosa dividida em duas camadas, a camada
externa promove a união dos ossos e a camada interna é chamada membrana sinovial, 
reveste a cápsula articular e tem a importante função de produzir o líquido sinovial; 
● Líquido sinovial: É um líquido viscoso que preenche o espaço da cavidade
articular e atua como lubrificante articular, permitindo o deslizamento dos ossos com o 
mínimo de atrito.
● Cartilagem articular: Cobre as extremidades dos ossos e serve para absorver
as forças de compressão aplicadas nas articulações, protege as extremidades ósseas 
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
17UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
4. SISTEMA MUSCULAR
4.1 Conceitos
O sistema muscular é formado por músculos esqueléticos que são estruturas indi-
vidualizadas que cruzam as articulações e, através da sua capacidade de contração, são 
capazes de transmitir movimento, esta habilidade é promovida por células específicas de-
nominadas fibras musculares, sendo os músculos capazes de transformar energia química 
em energia mecânica (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
4.2 Tecido Muscular
Existem três tipos de músculos: músculo estriado esquelético, músculo estriado 
cardíaco e músculo liso.
● O músculo estriado esquelético é de controle voluntário e está associado ao
sistema esquelético movendo ou estabilizando ossos e outras estruturas, por isso recebe o 
nome de músculos esqueléticos.
● O músculo estriado cardíaco é um músculo de controle involuntário presente
apenas nas paredes do coração.
● O músculo liso (músculo não estriado) é o músculo visceral, também de con-
trole involuntário e reveste a parte interna das paredes da maioria dos vasos sanguíneos e 
órgãos ocos (ex., esôfago, estômago e bexiga). 
4.3 Funções
As funções do tecido muscular são as seguintes: 
1) Produção dos movimentos corporais: O músculo esquelético encontra-se
conectado ao sistema esquelético produzindo movimentos, como andar e correr.
18UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
2) Estabilizar as posições corporais: A contração contínua dos músculos esque-
léticos, chamadas de tônus muscular, contribuem para estabilizar as articulações promo-
vendo a manutenção das posições corporais, no ato de ficar em pé ou sentado. 
3) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos
nos órgãos do sistema digestório promove a movimentação de alimentos através de movi-
mentos chamados peristaltismo. Os músculos esfincterianos funcionam como válvulas que 
se abrem (relaxando deixa passar a substância) e fecham (contraindo impede a passagem).
4) Produção de Calor: A contração do tecido muscular produz calor que é usado
na manutenção da temperatura corporal. Durante a realização de atividade física as contra-
ções musculares são intensificadas gerando um excesso de calor e para impedir o aumento 
da temperatura corporal o reflexo imediato é a sudorese, que ocorre para resfriar o corpo 
(MARIEB,WILHELM; MALLATT, 2014).
4.4 Classificação dos músculos
Os músculos podem ser classificados de acordo com seu formato relacionado com 
à disposição das fibras musculares. 
4.4.1 Disposição paralela
Músculos planos: Suas fibras são dispostas paralelamente. Exemplo: M. sartório 
(Figura 4) é um músculo plano estreito com fibras paralelas.
FIGURA 4 - M. SARTÓRIO(MÚSCULO PLANO)
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 330.
19UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
● Músculos triangulares: Tem origem em uma área larga e converge para formar
um único tendão, assemelhando-se a um leque. Exemplo: M. peitoral maior (Figura 5). 
● Músculos fusiformes: Seu diâmetro da região central (ventre) do músculo é
maior que nas extremidades. Exemplo: M. bíceps braquial (Figura 5).
FIGURA 5: M. PEITORAL MAIOR (MÚSCULOS TRIANGULARES) 
E M. BÍCEPS BRAQUIAL (MÚSCULO FUSIFORME).
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 316.
● Músculos quadrados: Apresentar quatro lados iguais, sendo o comprimento
igual à largura. Exemplo: M. reto do abdome e M. glúteo máximo.
20UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
FIGURA 6: M. RETO DO ABDOME 
Fonte: DRAKE, 2011, p. 130.
FIGURA 7: M. GLÚTEO MÁXIMO
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 333.
21UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
● Músculos circulares: São músculos que circundam uma determinada região
ou abertura do corpo, fechando-os quando se contraem. Exemplo: M. orbicular dos olhos 
(fecha as pálpebras).
4.4.2 Disposição oblíqua
● Músculos peniformes: A disposição das fibras musculares são parecidas com
penas. E podem ser classificados como, semipeniformes, peniformes ou multipeniformes. 
Exemplo: M. extensor longo dos dedos (semipeniforme), M. reto femoral (peniforme) e M. 
deltóide (multipeniforme).
FIGURA 8: REPRESENTAÇÃO DOS MÚSCULOS PENIFORMES
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 275
SAIBA MAIS
A osteoporose (osso poroso) é uma condição patológica que afeta todo o sistema esque-
lético acometendo 10 milhões de pessoas por ano nos EUA. Ocorre durante o processo 
de envelhecimento, devido a diminuição dos componentes orgânicos e inorgânicos do 
osso, à perda de cálcio do corpo (pela urina, fezes e suor) é maior do que a quantidade 
absorvido da alimentação, fazendo com que a massa óssea fique porosa tornando os 
ossos frágeis, perdendo a elasticidade e sofrendo fraturas espontâneas. Por exemplo, 
uma fratura de quadril pode resultar da simples ação de sentar-se muito rapidamente. 
Nos EUA, a osteoporose causa mais de 1,5 milhão de fraturas por ano, sendo as princi-
pais fraturas de quadril, punhos e vértebras. 
A osteoporose afeta principalmente pessoas idosas e de meia-idade, com maior pre-
valência de mulheres acometidas do que os homens por dois motivos, isto se deve a 
dois fatos: 1) os ossos das mulheres são menos compactos que os dos homens e 2) a 
produção hormônios nas mulheres diminui na menopausa 
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
22UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
REFLITA
Oração ao Cadáver Desconhecido
“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te 
que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança 
daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças 
e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, 
acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado 
uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas 
o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele
passou indiferente.”
Dr. Karl Rokitansky (1876) – médico patologista.
23UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a),
Neste material, busquei trazer para você os aspectos gerais da anatomia humana 
que servirá de base para o estudo dos temas subsequentes, fornecendo conhecimento de 
termos técnicos-científicos utilizados rotineiramente nos estudos. Posterior, a esta apresen-
tação inicial, iniciamos os estudos da anatomia macroscópica sistêmica que consiste no 
estudo detalhado dos sistemas que formam o corpo humano. Nesta abordagem, definimos 
e destacamos as funções de três sistemas: sistema esquelético, articular e muscular. Com 
base na contextualização de cada sistema acredito que tenha ficado claro à você que a for-
ma didática de estudar a anatomia é através das classificações dos sistemas. No caso do 
sistema esquelético, classificamos os ossos de acordo com as características morfológicas 
que é o aspecto que este osso apresenta. Contudo, o sistema articular é classificado de 
duas formas: de acordo com a funcionalidade da articulação, que diz respeito ao grau de 
movimento que a mesma executa (imóvel, ligeiramente móvel ou movimentos livres) e a 
estrutura da articulação (qual tecido à compõem). E por fim, abordamos a classificação dos 
músculos de acordo com a forma que o músculo se apresenta que depende da disposição 
das fibras musculares.
A partir de agora acreditamos que você está preparado para dar continuidade aos 
estudos dos próximos sistemas anatômicos que servirá de base para a compreensão de 
outras disciplinas, como a fisiologia que estudará de forma detalhada a funcionalidade de 
cada sistema e finalizamos com as classificações que são formas didáticas de apresenta-
ção das estruturas anatômicas.
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!
24UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
LEITURA COMPLEMENTAR
Condromatose Sinovial - Relato de caso
Introdução 
Condromatose sinovial é uma desordem rara de etiologia desconhecida e se ca-
racteriza pela presença de múltiplos nódulos cartilaginosos dentro do tecido conjuntivo da 
membrana das articulações, bainhas e bursas. A articulação mais acometida é o joelho, 
seguido pelo quadril, ombro e mãos, com predomínio monoarticular. O aparecimento da 
lesão é mais comum no sexo masculino e em pessoas entre a terceira e quinta décadas de 
vida. O diagnóstico de condromatose sinovial é dado após uma minuciosa história, exame 
físico e exame radiográfico. No entanto, o diagnóstico definitivo é realizado após exame 
histológico do tecido sinovial e o tratamento de escolha para os pacientes sintomáticos é 
cirúrgico. Considera-se que a presença de múltiplos corpos livres intra-articulares, indepen-
dentemente se de causa degenerativa, neuropática, osteocondrite dissecante ou outras, 
já é suficiente para caracterizar o quadro, podendo, em estágio mais tardio, apresentar a 
metaplasia condroide sinovial.
Caso
Paciente masculino, 34 anos de idade, apresentou dor forte em joelho esquerdo 
associado à incapacidade funcional sem fator desencadeante aparente. Procurou atendi-
mento médico em dezembro de 2006, quando lhe foram prescritos AINES. Após um ano 
relatou aumento do edema e dor no local. Foi encaminhado ao especialista em joelho com 
suspeita de lesão meniscal. Ao exame, foram detectados edema intenso da articulação com 
limitação de movimento, dor exacerbada e punção articular negativa; como não apresenta-
va alterações nas radiografias simples, foi solicitado exame de ressonância magnética do 
joelho. Ao exame de ressonância magnética, evidenciou-se volumoso acúmulo de líquido 
intra-articular, associado à acentuada proliferação sinovial sugestivo de sinovite vilonodular 
pigmentada com meniscos e ligamentos íntegros. Paciente foi submetido a artroscopia do 
joelho esquerdo que evidenciou fragmentos irregulares e esbranquiçados, sendo então 
realizada artrotomia com retirada da lesão e sinovectomia ampla, o material foi enviado 
para exame anatomopatológico, o qual evidenciou presença de condromatose sinovial. 
25UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
Após oito meses de cirurgia, o paciente apresenta-se sem queixas, joelho esquerdo com 
amplitude de 130º sem derrame articular ou sinais inflamatórios. A condromatose sinovial é 
uma metaplasia benigna rara da membrana sinovial, originando a formação de corpos livres 
cartilaginosos no espaço articular de difícil diagnóstico, já que 95% dos nódulos, quando 
nãocalcificados, podem passar despercebidos radiologicamente.
Discussão 
A condromatose sinovial é uma metaplasia benigna rara da membrana sinovial, 
originando a formação de corpos livres cartilaginosos no espaço articular sem sinais de 
malignização, nem relação direta com traumatismos ou processos inflamatórios. Os nódu-
los podem ser pediculados e liberados no espaço articular em que podem permanecer 
como corpos livres e aumentar de tamanho. Sua origem pode ser primária ou secundária. 
As manifestações clínicas são dor, inflamação e limitação funcional monoarticular. As 
articulações mais afetadas são os joelhos (50%), quadril e tornozelo.
A radiologia convencional é muito característica se os corpos livres estão calcifica-
dos (osteocondromatose), sendo difícil sua interpretação quando são 
radiotransparentes (condromatose). Na ressonância magnética, observa-se hiperplasia 
sinovial heterogênea e na artroscopia observa-se um espessamento acentuado dos 
tecidos que constituem a cavidade articular acompanhados de numerosos nódulos 
cartilaginosos pequenos e irregulares. O diagnóstico diferencial deve ser feito com o 
condrossarcoma sinovial e a condrometaplasia secundária, que ocorre quando pequenos 
fragmentos de osso ou cartilagem articular se desprendem e ficam na cavidade articular 
após traumatismos ou doenças degenerativas. Em nosso caso, a idade, localização e 
a característica monoarticular coincidem com a literatura (LASMAR et al, 2010).
26UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Gray - Anatomia Clínica para EstudantesAutor: Richard 
Richard Drake.
Editora: Guanabara Koogan.
Sinopse: O Gray’s Anatomia Clínica para Estudantes, foca 
precisamente nas informações que você necessita para estudar 
Anatomia, em um formato fácil de ler e visualmente atraente que 
facilita o estudo. 
FILME/VÍDEO 
Título: Introdução à Anatomia
Ano: 2020.
Sinopse: O vídeo aborda os aspectos introdutórios à anatomia 
humana, destacando o conceito e apresenta a terminologia ana-
tômica.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5c3Pp-b7uwc.
27
Plano de Estudo:
Tópico 1 - SISTEMA CARDIOVASCULAR
● Introdução ao Sistema Cardiovascular; ● Composição do Sangue; ● Coração;
● Morfologia externa do coração; ● Morfologia interna do coração;
● Circulação pulmonar e sistêmica;● Vasos sanguíneos.
Tópico 2 - SISTEMA LINFÁTICO
● Introdução ao sistema linfático; ● Vasos linfáticos; ● Tecido e Órgãos Linfáticos.
Tópico 3 - SISTEMA RESPIRATÓRIO
● Introdução ao Sistema Respiratório;● Órgãos do Sistema Respiratório.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar o sistema cardiovascular e conhecer os elementos que compõem este sis-
temas (sangue, coração e vasos sanguíneos);
● Identificar a morfologia externa e interna do coração;
● Compreender a circulação pulmonar e sistêmica;
● Conceituar o sistema linfático;
● Definir os vasos linfáticos, tecidos e órgãos linfáticos;
● Conceituar o sistema respiratório e identificar seus órgãos.
● Ampliar o conhecimento sobre os departamentos hoteleiros.
UNIDADE II
Sistemas Cardiovascular, Linfático e 
Respiratório
Professora Me. Gislaine Cardoso de Souza Fiaes
28UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 28UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
INTRODUÇÃO
Nesta unidade vocês aprenderão sobre o sistema cardiovascular, linfático e res-
piratório. O sistema circulatório compreende o estudo de dois sistemas, o sistema cardio-
vascular e o linfático. Iniciaremos falando sobre o sistema cardiovascular que é formado 
pelo coração e vasos sanguíneos que trabalham em conjunto com o objetivo de manter o 
sangue circulando no nosso corpo. A circulação sanguínea é promovida pela ação do bom-
beamento do coração que impulsiona o sangue a sair do coração em direção as artérias, 
estas por sua vez se ramificam até se tornarem capilares sanguíneos que irrigam os tecidos 
corporais transportado pelo sangue oxigênio e nutrientes, e também promove o transporte 
de dióxido de carbono (CO2) e resíduos celulares que se difundem dos tecidos para a 
corrente sanguínea. Além do oxigênio, fica a cargo do sistema cardiovascular a realização 
do transporte de outras substâncias como, hormônios até seus órgãos-alvo, bem como, de 
células de defesa do corpo para locais específicos de combate à infecção. Com relação ao 
sistema linfático, ele também é considerado parte do sistema circulatório sendo composto 
por vasos linfáticos, órgão linfáticos e um líquido que flui através dos vasos linfáticos. Este 
líquido é proveniente da drenagem do líquido intersticial (líquido que banha as células) que 
ao adentram os vasos linfáticos recebe o nome de linfa. A linfa percorre o trajeto por vasos 
linfáticos, passando por linfonodos que são estruturas que abrigam células que destroem 
agentes estranhos patogênicos presentes na linfa promovendo seu retorno ao sangue. 
Finalizaremos, estudando sobre as estruturas anatômicas do sistema respiratório e 
a função primordial deste sistema que consiste em realizar a troca de gases (oxigênio e dió-
xido de carbono) com o ar atmosférico, garantindo a concentração de oxigênio no sangue 
necessária para as realização das reações metabólicas celulares, bem como, promover a 
eliminação de gases residuais, resultantes dessas reações que são representadas pelo gás 
carbônico.
29UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 29UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
1. SISTEMA CARDIOVASCULAR
1.1 Introdução ao Sistema Cardiovascular
O sistema cardiovascular é composto pelo sangue, coração e vasos sanguíneos e 
apresenta as seguintes funções: 
● Transporte: O sangue é responsável pelo transporte de várias substâncias,
como hormônios e inclui a captação do oxigênio pelos pulmões e nutrientes provenientes 
do sistema digestório até células do corpo que os utilizam para a produção de energia. O 
sangue também realiza o transporte de metabólitos que são resíduos produzidos pelas 
células, como o dióxido de carbono (CO2) que é transportado até os órgãos responsáveis 
pela sua eliminação. 
● Regulação: O sistema cardiovascular atua no controle da temperatura corporal
através da regulação da quantidade de sangue direcionada para a superfície do corpo. Para 
exemplificar pensem em um indivíduo ao realizar atividade física a temperatura corporal 
aumenta, o sangue é desviado para os vasos cutâneos (vasos da pele) mais superficiais, o 
indivíduo fica vermelho (rubor), a maior quantidade de sangue na superfície corporal gera o 
resfriamento do através da perda de calor para o ambiente. Em casos em que há 
diminuição da temperatura ambiente o sangue é desviado para vasos mais profundos, 
diminuindo a quantidade de sangue na superfície e nas extremidades do corpo acarretando 
na diminuição da perda de temperatura para o ambiente, mantendo o corpo aquecido.
30UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 30UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
● Proteção: A proteção ocorre através do transporte sanguíneo das células de
defesa chamadas de glóbulos branco (leucócitos) que atuam combatendo infecções. Outro 
mecanismo de proteção acontece através da coagulação sanguínea evitando a perda de san-
gue, a coagulação é o processo de transformação do sangue líquido em um coágulo sólido, 
ajudando a interromper o processo de sangramento (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
1.2 Composição do Sangue
O sangue corresponde a aproximadamente 8% da massa corporal, seu volume em 
homens adultos é de 5 a 6 litros e de 4 a 5 litros nas mulheres, esta diferença de volume 
entre homens e mulheres é decorrente das diferenças de tamanho corporal. 
O sangue é composto por células (elemento figurado) envoltas por matriz extracelu-
lar líquida chamada de plasma sanguíneo, que mantêm as células suspensas e substâncias 
dissolvidas (hormônios), este sanguerecebe o nome de sangue total. Quando uma amostra 
de sangue é centrifugada em tubo de vidro é obtido a separação das células que por serem 
mais densas se depositam no fundo do tubo enquanto o plasma (que é menos denso) 
fica em uma camada na parte superior (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; 
DERRICKSON, 2016). 
● Elementos figurados do sangue: Corresponde a cerca de 45% do sangue
e incluem três componentes principais, que são as hemácias, leucócitos e plaquetas. 1) 
As hemácias ou também chamadas de eritrócitos transportam oxigênio dos pulmões para 
as células corporais e dióxido de carbono das células do corpo para os pulmões; 2) Os 
leucócitos são células do sistema de defesa e atua na proteção do corpo contra patógenos 
invasores (ex. vírus e bactérias); 3) As plaquetas, o último tipo de elemento figurado, são 
fragmentos celulares que promovem a coagulação do sangue nos casos de dano dos vasos 
sanguíneos impedindo o sangramento excessivo (Figura 1). 
● Plasma sanguíneo: É a matriz extracelular aquosa de cor palha que contém
substâncias dissolvidas (soluto). O plasma é composto por 91,5% de água e 8,5% de so-
lutos, cuja maioria são proteínas que por serem encontradas no plasma são chamadas de 
proteínas plasmáticas e incluem: as albuminas, globulinas e fibrinogênio. Além de proteí-
nas, os outros solutos no plasma são eletrólitos, nutrientes, substâncias reguladoras como 
enzimas e hormônios, gases e resíduos metabólicos, como: ureia, ácido úrico, creatinina, 
amônia e bilirrubina (Figura 1). 
31UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 31UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
FIGURA 1: MOSTRA A COMPOSIÇÃO DO PLASMA SANGUÍNEO 
E OS NÚMEROS DOS VÁRIOS TIPOS DE ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE
1.3 Coração
O coração é um órgão muscular oco, um pouco maior do que uma mão fechada 
e considerado o maior órgão do mediastino (região localizada entre os dois pulmões) cuja 
função é de bombear o sangue através do sistema cardiovascular. A contração cardíaca 
é chamada de sístole e o relaxamento do coração é chamado de diástole. O coração tem 
forma de cone, localiza-se no tórax com seu ápice voltado para o lado esquerdo do corpo, 
posterior ao osso esterno e as cartilagens costais e apoiado sobre o diafragma (Figura 2) 
(MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
1.3.1 Revestimento do coração
 O coração é revestido por uma membrana externa que protege o coração e mantém 
sua posição no mediastino, embora permita a realização de movimentação de contrações 
rápidas e vigorosas (Figura 2). O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio 
fibroso e pericárdio seroso (Figura 3).
32UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 32UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
FIGURA 2: MOSTRA A LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO RECOBERTO PELO PERICÁRDIO
O pericárdio fibroso é superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente 
e não elástico, assemelha-se a um saco, repousa sobre o diafragma e se prende a ele. 
Contudo, o pericárdio seroso é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma 
dupla camada (parietal e visceral), envolvendo o coração. A camada parietal é a mais 
externa, do pericárdio seroso, enquanto, a camada visceral é mais interna do pericárdio 
seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. Entre as 
camadas parietal e visceral do pericárdio seroso existe um espaço chamado de cavidade 
do pericárdio, esta cavidade é preenchida por um líquido seroso lubrificante, denominado 
líquido pericárdico, cuja função é reduzir o atrito entre as camadas do pericárdio seroso 
conforme o coração se move (Figura 3) (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
1.3.2 Camadas da parede do coração
A parede do coração é formada por três camadas (Figura 3): o epicárdio (camada 
externa), o miocárdio (camada intermediária) e o endocárdio (camada interna). 
● Epicárdio: Camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso.
O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericár-
dio, denominado camada visceral do pericárdio seroso. 
● Miocárdio: É a camada média e a mais espessa do coração, composto por mús-
culo estriado cardíaco que permite a contração rápida e vigorosa do coração impulsionando 
o sangue que as do coração em direção aos vasos sanguíneos.
● Endocárdio: É a camada interna do coração uma fina camada de tecido compos-
to por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. O endocárdio 
também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que 
entram e saem do coração (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
33UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 33UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
FIGURA 3: A IMAGEM MOSTRA AS MEMBRANAS DE REVESTIMENTO DO CORAÇÃO 
(PERICÁRDIO FIBROSO E SEROSO) E A COMPOSIÇÃO DA PAREDE DO CORAÇÃO. 
OBSERVE DE ACORDO COM OS NÚMEROS NA IMAGEM: 1) PERICÁRDIO FIBROSO; 
2) PERICÁRDIO PARIETAL; 3) PERICÁRDIO VISCERAL (EPICÁRDIO); 4) MIOCÁRDIO
E
5) ENDOCÁRDIO.
1.4 Morfologia externa do coração
O coração apresenta quatro faces: 
1) Face Esternocostal (Anterior): Formada pelo ventrículo direito;
2) Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo esquer-
do e parcialmente pelo ventrículo direito;
3) Face pulmonar direita, formada pelo átrio direito e;
4) Face Pulmonar Esquerda: Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo,
ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo.
As quatro margens do coração são:
● Margem superior (base do coração): formada pelos átrios e aurículas direita e 
esquerda, local em que emergem a parte ascendente da aorta, tronco pulmonar 
e recebe as veias pulmonares direita e esquerda e as veias cavas superiores e 
inferiores nas extremidades superior e inferior de sua porção do átrio direito;
● Margem inferior (ápice): formada principalmente pelo ventrículo direito e pe-
quena parte pelo ventrículo esquerdo;
● Margem direita: formada pelo átrio direito e ventrículo direito;
● Margem esquerda: formada pelo ventrículo esquerdo e pequena parte pela 
aurícula do átrio esquerdo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014). 
34UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 34UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
1.5 Morfologia interna do coração
O lado direito do coração (coração direito) recebe sangue pouco oxigenado (veno-
so) através da veia cava superior e inferior e o bombeia através do tronco e das artérias pul-
monares para ser oxigenado nos pulmões. O lado esquerdo do coração (coração esquerdo) 
recebe sangue oxigenado (arterial) vindo dos pulmões através das veias pulmonares e o 
bombeia para a aorta, de onde é distribuído para o corpo (MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são as 
duas câmaras superiores que recebem sangue e os ventrículos são duas câmaras inferio-
res que bombeiam o sangue para fora do coração (Figura 4). Na face anterior de cada átrio 
existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada aurícula (semelhante à orelha 
de cão) que aumenta a capacidade do átrio para conter maior volume de sangue. 
Na superfície do coração existem vários sulcos, que contêm vasos sanguíneos 
coronarianos e uma quantidade variável de gordura, cada sulco marca a fronteira externa 
entre duas câmaras do coração. O sulco coronário circunda a maior parte do coração e 
marca a fronteira externa entre os átrios acima e os ventrículos abaixo. Enquanto, o sulco 
interventricular anterior é um sulco raso na face esternocostal do coração que marca a 
fronteira externa entre os ventrículos direito e esquerdo. Este sulco continua em torno da 
face posterior do coração como o sulco interventricular posterior, que marca a fronteira 
externa entre os ventrículos na face posterior do coração (Figura 4). (MOORE; DALLEY;AGUR, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
FIGURA 4: PRIMEIRA IMAGEM OBSERVA AS QUATRO CÂMARAS. SEGUNDA IMAGEM 
MOSTRA AS AURÍCULAS DOS ÁTRIOS DIREITO E ESQUERDO E OS SULCOS CORONÁ-
RIO E INTERVENTRICULAR
1.5.1 Átrio Direito (AD)
O átrio direito recebe sangue venoso de duas grandes veias: veia cava superior 
e veia cava inferior. A veia cava superior recolhe sangue da cabeça e parte superior do 
35UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 35UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
corpo, enquanto, a veia cava inferior recebe sangue do abdômen e membros inferiores. 
O sangue passa do átrio direito para ventrículo direito através de uma válvula chamada 
tricúspide (formada por três válvulas). Entre o átrio direito e o átrio esquerdo existe uma 
parede fina chamada septo interatrial que possui uma depressão oval chamada de fossa 
oval, que representa um vestígio do forame oval presente no feto. O átrio direito apresenta 
uma expansão denominada aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue 
ao penetrar no átrio (Figura 5) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
1.5.2 Ventrículo Direito (VD)
O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração. Recebe o 
sangue do átrio direito e o bombeia para a artéria tronco pulmonar que direciona o sangue 
para a circulação pulmonar. A parede interna do VD apresenta uma série de feixes elevados 
de fibras musculares cardíacas chamadas trabéculas cárneas. No óstio atrioventricular di-
reito existe um a presença de uma válvula atrioventricular (tricúspide) que impede o sangue 
de retornar do ventrículo para o átrio direito. A valva é presa por filamentos denominados 
cordas tendíneas, que se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas de músculos 
papilares. A válvula do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, dis-
postas em concha, denominadas válvulas semilunares (Figura 5) (MARIEB; WILHELM; 
MALLATT, 2014). 
1.5.3 Átrio Esquerdo (AE)
O átrio esquerdo é uma cavidade com paredes finas e lisas que recebe o sangue 
já oxigenado através de quatro veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para 
o ventrículo esquerdo, através da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides.
O átrio esquerdo também apresenta uma expansão chamada aurícula esquerda revestida
por músculos pectíneos (Figura 5) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
1.5.4 Ventrículo Esquerdo (VE)
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. O VE bombeia o sangue em direção 
a artéria Aorta que possui válvula semilunares (valva aórtica) o impulsionando a percorrer a 
circulação sistêmica. As características são semelhantes ao VE contém trabéculas cárneas, 
músculos papilares, cordas tendíneas e uma válvula atrioventricular formada apenas por 
duas lâminas denominadas cúspides (mitral) localizada na abertura atrioventricular esquer-
da. Contudo, parte do sangue flui para as artérias coronárias, que se ramificam a partir da 
aorta ascendente, levando sangue para a parede cardíaca irrigando o músculo cardíaco; o 
36UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 36UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
restante do sangue passa para o arco da aorta e para a aorta descendente (aorta torácica e 
aorta abdominal). Ramos arteriais do arco da aorta e da aorta descendente levam sangue 
para todo o corpo (Figura 5) (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
FIGURA 5: CORTE FRONTAL DO CORAÇÃO MOSTRANDO A 
MORFOLOGIA INTERNA DO CORAÇÃO
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 592.
1.6 Circulação pulmonar e sistêmica
O coração é uma bomba muscular que impulsiona o sangue a percorrer os vasos 
sanguíneos. Todavia, existe uma diferença entre o sangue que percorre as artérias, cha-
mado de sangue arterial do sangue venoso (sangue que percorre as veias) a diferença 
consiste no teor de oxigênio no sangue. O sangue venoso é um sangue pobre em oxigênio 
que precisa ser oxigenado para fornecer aos tecidos este elemento gasoso que é vital para 
a sobrevivência dos tecidos e para compreensão este processo é necessário entender que 
a circulação sanguínea ocorre a nível pulmonar e sistêmico (Figura 6) (MARIEB; WILHELM; 
MALLATT, 2014; MOORE; DALLEY; AGUR, 2014).
● Circulação Pulmonar: O átrio direito é a câmera que recebe o sangue com
baixo teor de oxigênio proveniente dos tecidos que chega ao o átrio direito através da veia 
cava superior e inferior. Depois, o sangue se desloca para o ventrículo direito do coração, 
sendo bombeado para os pulmões onde irá captar oxigênio (O2) e dispersar o dióxido de 
carbono (CO2) (Figura 6)
37UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 37UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
● Circulação Sistêmica: O sangue oxigenado retorna dos pulmões para o átrio
esquerdo, posteriormente ocupa o ventrículo esquerdo que bombeia o sangue em direção 
a artéria Aorta por todo o corpo a fim de fornecer oxigênio e nutrientes para os tecidos do 
corpo (Figura 6)
FIGURA 6: CIRCULAÇÃO PULMONAR E SISTÊMICA. O LADO DIREITO DO CORAÇÃO 
BOMBEIA O SANGUE POBRE EM O2 E COM ALTO TEOR DE CO2 PARA OS PULMÕES 
ONDE O SANGUE RECEBE O2 E DEIXA O CO2 PARA SER DISPENSADO, CARACTERI-
ZANDO A CIRCULAÇÃO PULMONAR. O LADO ESQUERDO DO CORAÇÃO RECEBE O 
SANGUE VINDO DOS PULMÕES E O BOMBEIA PARA TODOS OS TECIDOS DO CORPO 
VIA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 586.
1.7 Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos formam uma rede de tubos em que o sangue circula em 
direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração e são divididos em: artérias, veias 
e capilares.
38UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 38UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
As artérias são os vasos sanguíneos que partem do coração e vão se ramificando 
em menor calibre, até atingirem os capilares que irrigam os tecidos do corpo. Enquanto, as 
veias são os vasos sanguíneos que chegam ao coração trazendo o sangue da periferia do 
corpo para o coração. Já os capilares sanguíneos são vasos de menor calibre (muito finos) 
responsáveis por chegar efetivamente até as células do corpo para realizar as trocas de 
gases, nutrientes e resíduos. Esta passagem de sangue através do coração e dos vasos 
sanguíneos é chamada de circulação sanguínea.
39UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 39UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
2. SISTEMA LINFÁTICO
2.1 Introdução ao sistema linfático
O sistema linfático é composto por uma rede de vasos linfáticos que transportam 
um líquido chamado linfa, e diversas estruturas e órgãos linfáticos (baço, linfonodos e timo). 
O sistema linfático apresenta três funções principais: 
● Drenagem do excesso de líquido intersticial: O líquido intersticial é o líquido
que banha as células do corpo, esta função é responsável pela conexão entre
o sistema linfático e o sistema circulatório cardiovascular. O sistema linfático
devolve o excesso de líquido para o sistema vascular sanguíneo através da
drenagem do líquido intersticial realizado pelos vasos linfáticos e o transporta
para a corrente sanguínea, devolvendo ao sangue.
● Desempenhar respostas imunes: O sistema imune protege o organismo contra
agentes causadores de doenças atuando no combate à infecções, conferindo
imunidade às doenças.
● Transportar lipídios oriundos da dieta: Os vasos linfáticos transportam lipí-
dios e vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema digestório
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
40UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 40UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
2.2 Vasos linfáticos 
Os vasos linfáticos coletam o excesso de líquido intersticial, em volta dos capilares 
sanguíneos e o devolve para a corrente sanguínea. A partir do momento que o líquido 
intersticial é coletado e adentra os vasoslinfáticos, ele passa a ser chamado de linfa e flui 
pelos linfonodos.
Os vasos linfáticos são encontrados no tecido subcutâneo, acompanhando as veias, 
no entanto, os vasos linfáticos das vísceras geralmente acompanham as artérias. Os vasos 
linfáticos iniciam-se com os capilares linfáticos que são vasos menores localizados nos 
espaços entre as células recebendo a linfa e se unem para formar vasos linfáticos maiores. 
Contudo, a linfa é drenada dos vasos linfáticos para os troncos linfáticos, que se unem 
formando os ductos linfáticos que direciona a linfa para o coração (Figura 7) (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
FIGURA 7: REDE DE VASOS LINFÁTICOS
41UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 41UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
2.2.1 Capilares Linfáticos
Os capilares linfáticos situam-se próximos aos capilares sanguíneos, e são vasos 
altamente permeáveis, esta característica favorece sua função de ser responsável por co-
letar o excesso de líquido intersticial, a partir do momento que o líquido intersticial drenado 
entra nos capilares linfáticos, ele recebe o nome de linfa. Devido à alta permeabilidade dos 
capilares eles conseguem absorver moléculas grandes como proteínas e lipídios. Existem 
capilares linfáticos localizados nas vilosidades intestinais que possuem a função exclusiva 
de absorver a gordura digerida pelo intestino, consequentemente, a linfa drenada se torna 
leitosa. Essa linfa gordurosa, por sua vez, recebe o nome de quilo e, como toda linfa, é 
transportada para a corrente sanguínea (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014).
2.2.2 Troncos Linfáticos
A linfa é transportada dos capilares linfáticos para os vasos linfáticos que chegam 
aos linfonodos. Ao sair dos linfonodos os vasos linfáticos unem formando troncos linfáticos 
responsáveis por drenar a linfa de uma região específica do corpo. 
Os principais troncos linfáticos são: 
● Troncos lombares: drenam a linfa dos membros inferiores, pelve, rins, 
glândulas suprarrenais e da parede abdominal;
● Tronco intestinal: drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte 
do fígado;
● Troncos broncomediastinais: drenam a linfa da parede torácica, pulmão e 
coração;
● Troncos subclávios: drenam os membros superiores;
● Troncos jugulares: drenam a cabeça e o pescoço. 
2.2.3 Ductos Linfáticos
A linfa é drenada dos troncos linfáticos para dois vasos linfáticos maiores, chama-
dos ducto torácico e ducto linfático direito, que drenam a linfa para o sangue venoso. 
O ducto torácico começa com uma dilatação chamada cisterna do quilo que recebe 
a linfa dos troncos lombar direito, esquerdo e do tronco intestinal. No pescoço, o ducto 
torácico também recebe a linfa dos troncos jugular esquerdo, subclávio esquerdo e bronco-
mediastinal esquerdo. Desta maneira, o ducto torácico é responsável por receber a linfa do 
lado esquerdo da cabeça, do pescoço, do tórax, do membro superior esquerdo e de todo 
o corpo abaixo das costelas, e proporciona a drenagem da linfa para o sangue. Todavia,
o ducto linfático direito recebe a linfa do lado superior direito do corpo através dos troncos
jugular direito, subclávio direito e broncomediastinal direito, drenando a linfa para o sangue
venoso desembocando na veias do pescoço jugular interna direita e subclávia direita
42UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 42UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
FIGURA 8: MOSTRA A DISTRIBUIÇÃO DOS VASOS LINFÁTICOS. ÁREA VERDE DO COR-
PO É DRENADA PELO DUCTO LINFÁTICO DIREITO, ÁREA ROSA DO CORPO É DRENADA 
PELO DUCTO TORÁCICO
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 655.
2.3 Tecido e Órgãos Linfáticos
Classificamos em dois grupos de acordo com suas funções em: os órgãos linfáticos 
primários e secundários. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea (dá origem a 
linfócitos B maduros e a células T) e o timo. Já, os órgãos e tecidos linfáticos secundários 
são os locais em que ocorre a maior parte das respostas imunes e incluem: os linfonodos, 
o baço e os nódulos linfáticos (folículos). A seguir abordaremos os conceitos gerais sobre
os principais órgãos linfáticos.
43UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 43UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
2.3.1 Timo
O timo é um órgão linfático primário, bilobado (possui dois lobos) e localiza-se entre 
o esterno e a aorta (região do mediastino), envolto por tecido conjuntivo que mantém os
dois lobos unidos (Figura 9). Cada lobo do timo é formado por um córtex externo de colo-
ração escura e uma medula central de coloração mais clara. Na região do córtex contém
uma grande quantidade de linfócitos T que migram da medula óssea para o córtex do timo,
onde se proliferam e começam a maturar. Posteriormente, os linfócitos T que saem do
timo pelo sangue para colonizar os linfonodos, baço e outros tecidos linfáticos (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
FIGURA 9: ILUSTRAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DO TIMO 
(ENTRE OS PULMÕES – MEDIASTINO) 
2.3.2 Linfonodos
Os linfonodos possuem forma de feijão e estão espalhados pelo corpo ao longo 
dos vasos linfáticos e são responsáveis por remover os patógenos da linfa. Os linfonodos 
medem aproximadamente de 1 a 25 mm de comprimento, são cobertos por uma cápsula 
de tecido conjuntivo denso e se dividem em dois compartimentos. Os linfonodos são encon-
trados em agrupamentos em locais superficiais ou mais profundos; os superficiais estão na 
região cervical, axilar e inguinal; enquanto os linfonodos profundos encontram-se no tórax, 
abdome e pelve.
44UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 44UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
No interior dos linfonodos é observado uma rede de vasos aferentes e eferentes 
(Figura 10). Os vasos aferentes adentram aos linfonodos pela cápsula fibrosa trazendo a 
linfa, enquanto, os vasos eferentes saem dos linfonodos por uma região chamada hilo. A linfa 
infiltra através dos seios linfáticos que estão distribuídos no interior do linfonodos formando 
uma rede entrecruzada de fibras reticulares que é local de armazenamento de macrófagos 
(células destruidoras de agentes estranhos). O trajeto que a linfa percorre passando por 
vários linfonodos é essencial para torná-la livre de patógenos para ser despejada no sistema 
sanguíneo (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
FIGURA 10: LINFONODO E SEUS VASOS LINFÁTICOS AFERENTES E EFERENTES
2.3.3 Baço
O baço é uma estrutura oval, maior massa de tecido linfático do corpo, tendo apro-
ximadamente 12 cm de comprimento. Sua face superior é lisa e convexa que permite o 
encaixe perfeito à face côncava do diafragma. Localiza-se entre o estômago e o diafragma 
(região do hipocôndrio esquerdo) (Figura 11).
Assim como os linfonodos, o baço também possui um hilo por onde chegam a 
artéria esplênica, a veia esplênica e os vasos linfáticos eferentes. No interior do baço ob-
serva-se o parênquima do baço, composto por dois tipos diferentes de tecido chamados de 
polpa branca e polpa vermelha (Figura 12). A polpa branca é composta por tecido linfático 
(linfócitos e macrófagos) organizados ao redor da artéria esplênica (que na polpa branca 
recebe o nome de artérias centrais). Já, a polpa vermelha é composta por veias cheias 
de sangue e por diversas células como: eritrócitos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos e 
granulócitos. 
45UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 45UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
O baço desempenha as seguintes funções: 1) remover de células sanguíneas e 
plaquetas envelhecidas ou defeituosas; 2) armazenar o suprimento de plaquetas do or-
ganismo; 3) produzir células sanguíneas (hematopoese) durante a vida fetal. 4) funções 
imunológicas exercidas pelos linfócitos B e T e macrófagos destruindo agentes patogênicos. 
FIGURA 11: LOCALIZAÇÃO DOBAÇO EM DESTAQUE DE ROSA NA IMAGEM
FIGURA 12: IMAGEM DA ESQUERDA BAÇO FORMATO DE FEIJÃO (VISTA ANTERIOR); 
IMAGEM DA DIREITA CORTE FRONTAL, OBSERVA-SE A POLPA VERMELHA E POLPA 
BRANCA AO CENTRO
46UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 46UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
3. SISTEMA RESPIRATÓRIO
3.1 Introdução ao Sistema Respiratório
As células do corpo humano utilizam oxigênio (O2) para realizar reações meta-
bólicas e produção de ATP que são essenciais para sua sobrevivência. Em contrapartida, 
estas reações produzem metabólitos como, o dióxido de carbono (CO2) que precisam ser 
eliminados do organismo pois o acúmulo de CO2 promove a acidez do pH sanguíneo sendo 
tóxico para as células. É competência do sistema respiratório realizar as seguintes funções: 
1) Promover a troca gasosa promovendo a captação do O2 do meio externo para
dentro do organismo e eliminar o CO2 do meio interno para o meio atmosférico.
2) Regular o pH sanguíneo através da eliminação do CO2, impedindo a acidifica-
ção do pH que é letal para as células.
3) Promover a filtragem do ar inspirado e produzir sons (laringe).
O sistema respiratório é constituído pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios
e pelos pulmões (Figura 13). Classificamos o sistema respiratório de acordo com sua es-
trutura ou função. Estruturalmente, o aparelho respiratório é formado por duas partes: 
1) O sistema respiratório superior que inclui o nariz, a cavidade nasal, a faringe e laringe;
2) O sistema respiratório inferior inclui a laringe, a traquéia, os brônquios e os pulmões.
Funcionalmente, dividimos o sistema respiratório em duas partes: denominadas de
1) Região condutora do ar: cuja função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para
os pulmões. É composto por várias estruturas tubulares e incluem: o nariz, a cavidade na-
sal, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais;
cuja função é filtrar, aquecer e umedecer o ar e conduzi-lo para os pulmões.
47UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 47UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
2) A zona respiratória é formada por estruturas anatômicas onde ocorrem as tro-
cas gasosas. Estes incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos 
alveolares e os alvéolos por executar a troca de gases entre o ar e o sangue (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
FIGURA 13: SISTEMA RESPIRATÓRIO
3.2 Órgãos do Sistema Respiratório 
3.2.1 Nariz
O nariz é o primeiro órgão do sistema respiratório caracterizado por uma parte exter-
na visível no centro da face e uma parte interna (intracraniana) chamada de cavidade nasal. 
O nariz externo é constituído por osso e cartilagem hialina recoberta por músculo e pele é 
revestida por túnica mucosa e permite a entrada do ar no trato respiratório através de duas 
aberturas chamadas narinas localizadas na face inferior do nariz e flui para a cavidade nasal. 
Os pêlos do interior das narinas filtram partículas grandes de poeira evitando sua inalação 
A cavidade nasal é a escavação encontrada no interior do nariz, e dividida pelo 
septo nasal em dois compartimentos, direito e esquerdo. A cavidade nasal se funde ao nariz 
permitindo a comunicação com a faringe por meio de duas aberturas chamadas de cóanos
É na cavidade nasal que acontece a filtragem do ar retendo partículas menores, 
umedecido e aquecido do ar. Na parede lateral da cavidade nasal encontram-se as conchas 
nasais que são divididas em superior, média e inferior (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
48UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 48UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
3.2.2 Faringe
A faringe é um tubo com início na região do coáno e une as cavidades nasal e oral 
respectivamente com a laringe e o esôfago, por isso consideramos que a faringe seja um 
órgão que pertence tanto ao sistema respiratório quanto ao sistema digestório, pois ela per-
mite a passagem de ar e alimento. Contudo, dividimos a faringe em três regiões anatômicas: 
nasofaringe, orofaringe e laringofaringe (Figura 14) (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
FIGURA 14: DIVISÃO DA FARINGE (PARTE NASAL, ORAL E LARÍNGEA)
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 676.
Parte nasal da faringe (nasofaringe): Localiza-se posteriormente a cavidade nasal, 
inferior ao osso esfenóide e superior ao palato mole. Esta região da faringe por estar acima 
do nível de entrada do alimento serve apenas como via de passagem de ar.
Parte Oral da faringe (orofaringe): A parte da orofaringe tem comunicação com a 
boca e permite tanto a passagem de ar quanto de alimento. 
Parte laríngea (laringofaringe): Conecta-se com o esôfago (canal do alimento) e pos-
teriormente com a laringe (passagem de ar). Assim como a orofaringe, a laringofaringe é um 
tubo condutor de ar e também de alimentos, sendo portando órgãos do sistema respiratório e 
digestório (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
49UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 49UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
3.2.3 Laringe
A laringe é um órgão curto que permite a conexão entre a laringofaringe e a traqueia, 
localiza-se na linha média do pescoço, anterior ao esôfago e às vértebras cervicais (C IV a 
C VI). E apresenta três funções: 
● Tubo condutor de o ar durante a respiração;
● Estrutura fonadora produtora de som;
● Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias
(como a traqueia).
A laringe é formada por esqueleto cartilaginoso composta por cartilagem tireóidea, 
cricóidea, aritenóide e epiglótica (Figura 15). A cartilagem tireóide é a maior cartilagem da 
laringe e forma a parede anterior e lateral da laringe, nos homens ela é maior do que nas 
mulheres devido à influência dos hormônios masculinos na fase da puberdade, permitindo 
a observação do Pomo de Adão formado pela proeminência laríngea da cartilagem tireói-
dea (Figura 15). A epiglote é formada por cartilagem elástica em forma de folha e se fixa 
no osso hióide e na cartilagem tireoide. A epiglote é uma espécie de “porta” permitindo 
apenas a passagem de ar pela laringe em direção aos pulmões. Durante a deglutição (ato 
de engolir), a faringe e a laringe se movem para cima. A elevação da laringe promove o 
fechamento da epiglote que se move para baixo fechando a glote e desviando líquidos e 
alimentos para o esôfago, mantendo fora da laringe e vias respiratórias. A glote abriga as 
pregas vocais que são as principais estruturas envolvidas na produção da voz (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
FIGURA 15: IMAGEM A). MOSTRA PROEMINÊNCIA LARÍNGEA NO PESCOÇO MASCULI-
NO. B) CARTILAGENS LARÍNGEAS: EPIGLOTE, TIREÓIDEA, CRICÓIDEA
Fonte: MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 679.
50UNIDADE I Introdução ao Estudo da Anatomia Humana e Aparelho Locomotor 50UNIDADE II Sistema Cardiovascular, Linfático e Respiratório
3.2.4 Traqueia
A traqueia é um tubo flexível condutor de ar de aproximadamente 10 a 12,5cm de 
comprimento. Está localizada anteriormente ao esôfago e se estende desde a laringe, pe-
netra no tórax e se divide em brônquios principais direito e esquerdo. A estrutura da traqueia 
é constituída por aproximadamente 20 anéis cartilagíneos em formato de C, pois não se 
fecha na parte de trás. O fato desses anéis serem incompletos, é importante para permitir 
a expansão do esôfago durante a passagem do bolo alimentar em deglutição (Figura 16) 
(TORTORA; DERRICKSON, 2016). 
FIGURA 16: ESTRUTURA DA TRAQUEIA HUMANA
3.2.5 Brônquios
A traqueia termina na região da bifurcação que dá origem aos brônquios principais 
direito e esquerdo que entram nos pulmões através de uma região chamada HILO pulmo-
nar. O brônquio principal direito adentra o lobo pulmonar direito, e um brônquio principal 
esquerdo, vai para

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