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VACINAS PARA EQUINOS Microbiologia, Imunologia e produção de Imunobiológicos Prof. Patricia Rodrigues R de Souza Agenda A vacina em seu contexto histórico Vacina em equinos x microbiologia Doenças em equinos que podem ser evitadas através da vacinação Doenças para as quais ainda não temos vacinas Atuação do médico veterinário Considerações finais Vacina vem do latim vaccinus, que significa “derivado da vaca”. Uma das invenções mais importantes na proteção contra doenças, criada tanto para seres humanos, quanto para animais. Em 1796, foi descoberta a 1ª vacina após um surto de varíola. O inglês Edward Jenner e a criação da vacina composta por soro de varíola bovina. A vacina em seu contexto histórico Louis Pasteur iniciou o estudo sobre raiva animal, em 1880 e em 1885, a vacina anti-rábica foi criada. Em 1884, as vacinas começaram a ser produzidas no Brasil. A chegada da vacina antivariólica no Brasil, ocorreu em meados de 1887. A vacina em seu contexto histórico Oswaldo Cruz e obrigatoriedade da vacinação, em 1904. A vacinação chegou aos animais, em 1905. Criada a primeira vacina veterinária originalmente brasileira - Alcides Godoy. A vacina em seu contexto histórico A vacina em seu contexto histórico 17 96 Descoberta da primeira vacina Desc ober 18 80 18 84 18 85 18 87 19 04 Osvaldo Cruz e a Revolta da Vacina 19 05 Vacinas chegam aos animais e a 1ªvacina brasileira Inicio do estudo sobre raiva anima Vacina anti- rácbica foi criada Vacinas começaram a ser produzidas no Brasil Vacina antivariólica chegou ao Brasil A indústria do cavalo: o É uma das principais movimentações econômicas do país; o Emprega cerca de 3,2 milhões de trabalhadores; o Possui uma tropa em torno de 5,7 milhões de equinos. A importância na economia e o valor sentimental pelos animais têm aumentado e estimulado o interesse de pesquisadores, na área de sanidade equina. Atualmente... Vacina em equinos x microbiologia IMUNOGENICIDADE ADQUIRIDA Quando a vacina desenvolve no organismo, uma primeira resposta imune no contato inicial, com a produção de linfócitos e anticorpos de memória. Em consequência, a segunda resposta tende a ser maior e duradoura. A proteção por um longo tempo é um dos principais objetivos e vantagens das vacinas. A produção das vacinas utiliza microorganismos inativados ou suas toxinas e se divide em 3 etapas: o Fermentação o Destoxificação o Cromatografia Vacina em equinos x microbiologia Vacina em equinos x microbiologia Armazenar vacinas , requer os seguintes cuidados: Mantê-las em temperaturas entre 2º e 8º graus Celsius. Utilizar caixas térmicas com gelo reciclável, caso seja necessários transportá-las. Atenção: o congelamento dos imunobiológicos pode acarretar perda da eficácia da vacina. Vacina em equinos x microbiologia Cuidados na Administração de vacinas: A administração de vacinas deve ser feita por médicos veterinários; Resolução 844/2006 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Vacina em equinos x microbiologia Sobre a imunização: A primovacinação dos potros deve acontecer entre três e seis meses de vida, com reforço a partir de trinta dias e depois, a cada doze meses. A imunização quando feita anualmente, deve ser realizada em todo o plantel. Todas as recomendações exigidas pelo fabricante da vacina, devem ser rigorosamente seguidas. As seringas e agulhas devem ser descartáveis e nunca devem ser usadas em vários animais por vez. Vacina em equinos x microbiologia Sobre a imunização: O equino a ser vacinado deve estar livre de parasitas internos e externos e não apresentar nenhum tipo de desequilíbrio nutricional ou até mesmo hormonal no momento da vacinação. Em casos de febre, infecção ou virose o animal deve ser tratado e recuperado antes de realizar a imunização. Vacina em equinos x microbiologia Possíveis reações pós-vacinação: O efeito adverso mais comum é o inchaço e a dor, principalmente se forem aplicadas via intramuscular e o manejo não estiver de acordo com os processos sanitários adequados. Reações mais severas também podem ocorrer, tais como : diarreia, febre, anafilaxia e a própria morte do animal. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação A vacinação em equinos é uma importante ferramenta na prevenção de determinadas doenças. Porém, não existe uma campanha ou até mesmo programa obrigatório e padronizado para esse tipo de imunização. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Fica sob responsabilidade do médico veterinário organizar um esquema vacinal anual, considerando: Localização geográfica; Tipo de utilização do animal (competição, trabalho, esporte ou lazer); A ocorrência de doenças infectocontagiosas de forma endêmica ou epidêmica na área; Iniciar as doses vacinais com os potros aos 3 meses de idade. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação A vacinação dos equinos é obrigatória para os cavalos de desporto. A esses a FEI (Federação Equestre Internacional) estabelece um programa vacinal, que compreende o seguinte: Aplicação inicial, “rappel” entre 21 e 92 dias, seguida de reforço cada seis meses com uma “janela” de para mais ou para menos 21 dias. Caso o programa não seja cumprido, o proprietário/detentor poder ser multado ou ser mesmo impedido de participar. De acordo com as exigências estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e das secretarias estaduais, as vacinas mais comuns para imunização são as seguintes: Influenza equina; Encefalomielite equina; Raiva equina; Rinopneumonite; Tétano. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina É uma doença causada pelo Vírus EquineInfluenzavirus – EIV e afeta as vias aéreas superiores de equídeos. É caracterizada por alta morbidade e baixa mortalidade. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina A ocorrência de surtos está relacionada a fatores como: Idade; Estado imunitário; Coinfecções; Estresse de manejo; Aglomerações; Baixas temperaturas; Falhas vacinais. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina Características da partícula viral: Possui envelope lipídico derivado da célula do hospedeiro; Tem cerca de 80 a 120nm de diâmetro; O genoma é constituído por uma fita simples de RNA de sentido negativo, dividida em oito segmentos. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina Dois subtipos, H3N8 e H7N7 (atualmente relata-se apenas a ocorrência do subtipo H3N8). Nova Zelândia e Islândia são consideradas áreas livres de influenza equina. A EIV foi descoberta num surto em 1963 através da transmissão da doença de aves para equídeos. Outros dois surtos ocorreram na China, em 1989 e 1990. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina Tem maior prevalência em animais com idade inferior a dois anos e ocorre com maior frequência, em animais que são transportados por longas distâncias ou confinados em locais pouco ventilados. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina A transmissão ocorre através de: Aerossóis; Secreções; Água e alimento contaminados; Por contato direto. Animais naturalmente infectados possuem melhor resposta imunológica, comparados aos imunizados artificialmente. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina O período de incubação do EIV é em torno de 48 horas. A replicação viral ocorre 24 horas. Entre três e cinco dias o epitélio inicia a regeneração. A recuperação completa ocorre em até três semanas. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ouGripe Equina O vírus atua principalmente no epitélio do trato respiratório superior e induz à morte celular, especialmente de traqueia e brônquios. A superfície epitélio dessas regiões torna-se descamada e sem cílios, prejudicando a função de proteção - permite a invasão por patógenos oportunistas (Rhodococcusequi e Streptococcus equi) Estas lesões podem favorecer a instalação de infecção bacteriana secundária, agravando o quadro respiratório e predispondo a broncopneumonia bacteriana. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina Sinais clínicos : Febre em torno de 41ºC, com um pico em 48 horas pós-infecção e um novo pico febril após cinco dias. Tosse paroxística, descarga nasal serosa, podendo evoluir para descarga muco purulenta, linfadenopatia, taquipnéia, anorexia e perda de peso, miocardite, miosite, encefalite. A infecção pelo EIV pode predispor a doença pulmonar obstrutiva crônica e a hemorragia pulmonar induzida por exercícios. Influenza equina ou Gripe Equina O hemograma pode inicialmente apresentar linfopenia, seguida de monocitose. O exame endoscópico da faringe, laringe e traqueia pode revelar indícios de inflamação e infecções secundárias. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina Recomendações: Equinos infectados não devem ser submetidos a estresse desnecessário, devem ser mantidos isolados e em repouso total, uma vez que o respouso diminui a gravidade dos sinais clínicos, minimiza a excreção viral e encurta o período de recuperação. Recomenda-se uma semana de repouso para cada dia de febre, com retorno gradativo às atividades. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Influenza equina ou Gripe Equina Pode-se indicar o uso de drogas anti-inflamatórias não esteroidais para diminuir a febre, eliminar a mialgia e melhorar o apetite. A escolha do antibiótico para tratamento de infecção bacteriana secundária deve se basear nos resultados de cultura de lavado traqueal. As medidas profiláticas para influenza equina requerem praticas de manejo e vacinação para serem bem sucedidas. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Doença causada por vírus da família Togaviridae, gênero Alphavirus. Temos 3(três) tipos conhecidos: Vírus da encefalite equina do leste (EEL); Vírus da encefalite equina do oeste (EEO); Vírus da encefalite equina vezenuelana (EEV). Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Sintomatologia em equinos infectados: Conjuntivite, febre; alterações de reflexo; andar em círculo; os animais tentam aumentar seu apoio e quando caem, apresentam movimentos de pedalagem, paralisia e morte. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina A encefalite equina do leste (EEL) e a do oeste (EEO) também podem ser classificadas como encefalite equina americana. A encefalite equina americana e a venezuelana se diferenciam pela virulência e no comportamento sorológico imunológico. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Além disso, temos o seguinte: O agente da encefalomielite equina americana possui diâmetro de 30-50nm, RNA, lábeis ao éter e ao clorofórmio. EEV tem 40-80nm de diâmetro, é termolábil e sensível ao éter, podendo multiplicar-se em culturas celulares de diversos animais vertebrados. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina A doença ocorre pela inoculação do agente pela picada do mosquito vetor. Apresenta duas etapas: Viremia primária; Viremia secundária. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Viremia primária O vírus replica em tecidos próximos ao local de inoculação e nos linfonodos regionais. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Viremia secundária Intensa e prolongada; O vírus ganha a corrente circulatória e pode invadir o cérebro através do sangue ou no interior de monócitos e linfócitos; O vírus pode se replicar no trato respiratório superior, pâncreas e fígado, e também nos órgãos linfoides. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Tanto a encefalite equina americana quanto a EEV apresentam os mesmos sinais: o conjuntivite, febre; alterações de reflexo; andar em círculo; os animais quando caem, apresentam movimentos de pedalagem, paralisia e morte. Em humanos, a doença se instala de forma súbita, com febre, dor de cabeça, conjuntivite, vômitos e letargia, delírio e coma. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Os sinais nervosos consistem em rigidez de nuca, convulsões e reflexos alterados. Animais infectados pelo vírus da encefalite equina venezuelana podem morrer subitamente, sem manifestar sinais clínicos. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Estudos sugerem 2 formas de penetração do vírus, no SNC: Os vírus da encefalite do leste e do oeste entram através do plexo coroide; O vírus da encefalite venezuelana entram pelo nervo olfativo. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina Os vírus são mantidos na natureza por meio de ciclos alternados em hospedeiros vertebrados e mosquitos (inoculação de saliva contaminada). Equinos e humanos são hospedeiros terminais das EEO E EEL pois não transmitem a doença entre si. Diferentemente do EEV em que a transmissão ocorre, porque o vírus que pode ser eliminado por secreções orais e nasais, através de contato direto ou aerossóis. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Encefalomielite ou Encefalite equina As vacinas comerciais utilizadas no Brasil são ainda as bivalentes (EEL e EEO) e inativadas, tendo em vista a não comprovação da ocorrência do vírus da encefalite venezuelana. Medidas de controle de vetores, tais como: a eliminação de água parada e criadouros de mosquitos, também reduzem o risco de exposição à doença. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Raiva É causada por um Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Os vírus dessa família possuem: Forma de bala e aproximadamente 170nm de comprimento e 70nm de largura; Um envoltório e uma única cadeia de RNA; São termolábeis e suscetíveis à degradação pela radiação, por ácidos fortes, álcalis, pela maioria dos desinfetantes, solventes lipídicos e aniônicos. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Raiva O vírus é transmitido pela saliva contaminada em ferimentos. Formas de transmissão: Mordida de um carnívoro selvagem ou de morcegos hematófagos que transportam o vírus; Cães, gatos domésticos, ou outros cavalos, através de mordeduras e lambeduras. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Raiva A raiva apresenta três ciclos de transmissão, sendo eles: Urbano = cães e gatos; Rural = bovinos, equinos, suínos, caprinos Silvestre = raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Raiva Após a entrada do vírus rábico no SNC, ocorrem onda ascendente de infecção e disfunção neuronal. As lesões primárias acometem o Sistema Nervoso Central. A disseminação ocorre apenas por meio dos nervos periféricos. Esse meio de disseminação ocorre por um período de incubação extremamente variável conforme o local da mordida. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Raiva É uma doença de difícil diagnóstico e tem prognóstico ruim, considerando que se trata de uma doença 100% fatal. Tanto os animais quanto as pessoas que mantém contato diretocom esses animais, devem também estar com a vacina antirábica em dia. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Rinopneumonite equina (ehv-1 e ehv-4) ou Herpesvírus É uma doença respiratória causada pelo vírus Herpesvírus Equino. Pode se apresentar na forma respiratória, abortiva e nervosa. Possui alto índice de incidência, ficando atrás apenas das doenças no sistema digestório. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Rinopneumonite equina (ehv-1 e ehv-4) ou Herpesvírus Pode ser causada por diferentes tipos de vírus . Foram identificadas 14 espécies de herpesvírus. As mais relevantes são: O Tipo 1 (EHV1) é responsável pelas formas abortivas, nervosa, respiratória e neonatal da rinopneumonite equina O Tipo 4 (EHV4) é o antigo subtipo 2 do EHV1, responsável por surtos da forma respiratória, cujos sintomas são: secreção nasal serosa (que pode evoluir para mucopurulenta), febre e acessos de tosse. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Rinopneumonite equina (ehv-1 e ehv-4) ou Herpesvírus As três principais fontes de infecção natural são: Animais infectados que eliminam o vírus pelas secreções respiratórias; Fetos abortados e seus envoltórios ou secreções provenientes do trato reprodutivo de éguas, imediatamente após abortamento; Reativações endógenas do vírus que se encontrava quiescente, em indivíduos portadores. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Rinopneumonite equina (ehv-1 e ehv-4) ou Herpesvírus Pode apresentar diferentes gravidades e se assemelha com a Influenza. Ainda não existe tratamento específico para a doença. Além das análises epidemiológicas, clínicas e laboratoriais, devem ser observadas as lesões fetais como: o a icterícia, petéquias em membranas serosa, especialmente no pericárdio, edema subcutâneo e pleural. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Rinopneumonite equina (ehv-1 e ehv-4) ou Herpesvírus Atenção para o manejo sanitário das instalações, tais como: Separar as diferentes categorias animais dentro do haras; Isolar as éguas que abortarem das demais do lote; Identificar as causas do abortamento; Promover o esvaziamento dos piquetes onde ocorreram abortos por herpesvírus; Evitar o estresse e aglomeração dos animais; Evitar o contato com animais sintomáticos, entre outros. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano Causado pela neurotoxina tetanoespasmina, produzida pela forma vegetativa do Clostridium tetani, que se implanta em ferimentos com condições anaeróbicas adequadas para sua multiplicação. Os esporos do C. tetani estão altamente concentrados em solos contaminados por materiais fecais. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano O clostrídio, em anaerobiose, produz três exotoxinas conhecidas: o Toxina não espasmogênica; o Tetanolisina; o Tetanoespasmina. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano A ocorrência do tétano está associada: Práticas de manejo que submetem vários animais às mesmas condições de contaminação como: castrações, colocação de brincos ou vacinações; Infecções pós-operatórias, uterinas ou umbilicais; Sistema digestivo. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano O período de incubação varia de 3 dias a 3 semanas, pois depende de fatores como: A quantidade de neurotoxina formada; A toxigenicidade da cepa; A quantidade de toxina circulante ou ligada aos neurônios . Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano Sinais clínicos: Movimentos rígidos dos membros ao caminhar; Dispnéia e dificuldade de apreensão dos alimentos, mastigação e deglutição; As orelhas permanecem eretas e imóveis; A cabeça distendida e a cauda elevada; Hiperestesia ; Prolapso da terceira pálpebra. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano Sinais clínicos: Em casos mais graves, os animais adotam uma postura de cavalete, apresentam dispnéia grave, impossibilidade de ingerir alimentos, rigidez do pescoço, sudorese e seguido de decúbito. A morte geralmente ocorre por asfixia, após a paralisia dos músculos respiratórios. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano Diagnóstico Extremamente simples, pois geralmente a doença se apresenta após algum evento traumático ou cirúrgico; A confirmação pode ser feita, através de esfregaço direto corado pelo Gram ou cultura anaeróbia de material da ferida e baço. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano Tratamento Eliminação da infecção com antibióticos; Administração de relaxantes musculares; Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e nutricional; Tratamento do foco da infecção e anulação da toxina residual. Doenças que podem ser evitadas através da vacinação Tétano O curso clínico e o prognóstico dependem do estado imunológico do animal e da vacinação prévia, da dose de inoculação da toxina e da duração e disponibilidade de tratamento. Esquema de vacinação utilizado em equinos: VACINA DOENÇAS ADULTO POTRO ÉGUA PRENHE Lexington-8 Encefalomielite; Rinopneumonite; Influenza e Tétano Revacinação semestral 3 doses com intervalo de 2 a 4 semanas entre as aplicações, a partir dos 3 meses de idade. 5º, 7º e 9º meses de gestação Tri-Equi Encefalomielite Viral Equina; Tétano e Influenza Equina I e II. Anual 1ª dose com 9 meses de idade; 2ª dose 28 dias após a primeira Anual FluvacInnovator EWT Encefalomielite Anual 1ª dose na desmama; 2ª dose 3 a 4 semanas depois. Anual Encefalogen Equina Encefalomielite e Tétano Anual 3 doses com intervalo de 2 a 4 semanas entre as aplicações, a partir de 3 meses de idade Anual Rabmune; Ourovac; Rai-Vet; Raiva Vencofarma Raiva Anual 1ª dose com 3 meses; 2ª dose 30 dias depois Anual Leptoequus Leptospirose Revacinação semestral 1ª dose a partir de 4 meses de idade e dose de reforço 30 dias após Devem ser vacinadas de acordo com o protocolo individual de vacinação Pneumbort Rinopneumonite A cada 6 meses 1ª dose na desmama; 2ª dose 3 a 4 semanas depois; 3ª dose 6 meses após a 2ª. 2 mL no 5º, 7º e 9º mês de gestação. Vacina Hertrape contra Garrotilho Adenite Equina Anual 3 doses da vacina com intervalos de 2 a 4 semanas por via intramuscular, 1ª dose na desmama. Anual Doenças para as quais ainda não temos vacinas Mormo (ou Lamparão) Doença causada por causada pela bactéria Burkholderia mallei. Pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia. Doenças para as quais ainda não temos vacinas Mormo (ou Lamparão) Contaminação: contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). O agente penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão), invade a circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado. Doenças para as quais ainda não temos vacinas Mormo (ou Lamparão) Tratamento O mormo apresenta forma crônica ou aguda, de modo que a primeira é mais comum nos asininos e muares e a segunda, em equinos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos à prova complementar de maleina. A mortalidade dessa doença é muito alta. Doenças para as quais ainda não temos vacinas Mormo (ou Lamparão) Devem ser realizadas as seguintes medidas: Notificação imediata à Defesa Sanitária; Isolamento da área da infecção e dos animais suspeitos; Sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova de maleína; Cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com eles; Desinfecção rigorosa dos alojamentos; Suspensão das medidas profiláticas somente 120 dias após o último caso constatado; Bloqueio e suspensão do trânsito animal da propriedade. Doençaspara as quais ainda não temos vacinas Anemia infecciosa equina (AIE) É causada por um RNA vírus do gênero Lentivirus, da família Retrovírus. O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, permanece nele por toda a vida mesmo quando não manifestar sintomas. É uma doença essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases hiperaguda, aguda e subaguda. Também conhecida como febre do pântano. Doenças para as quais ainda não temos vacinas Anemia infecciosa equina (AIE) Sinais clínicos: Febre de 40° a 41,1°C, hemorragias puntiformes embaixo da língua, anemia, inchaço no abdômen, redução ou perda de apetite, depressão e hemorragia nasal. Doenças para as quais ainda não temos vacinas Anemia infecciosa equina (AIE) Contaminação: A transmissão ocorre através de picada de mutucas e das moscas dos estábulos, materiais contaminados com sangue infectado como: agulhas, instrumentos cirúrgicos, groza dentária, sonda esofágica, aparadores de cascos, arreios, esporas e outros materiais, além da placenta, colostro e acasalamento. Doenças para as quais ainda não temos vacinas Anemia infecciosa equina (AIE) Prevenção Teste de IDGA (imuno difusão em gel de Ágar) O animal deverá ser isolado e, posteriormente sacrificado. As agulhas e seringas utilizadas deverão ser descartáveis. A comprovação de qualquer equídeo positivo para AIE deverá ser comunicada à agência. Doenças para as quais ainda não temos vacinas Anemia infecciosa equina (AIE) Tratamento Não há tratamento efetivo ou vacina para a doença. O animal infectado torna-se portador permanente da doença, sendo fonte de infecção. Atuação do médico veterinário O Médico Veterinário passou a atuar em equipes de Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Ambiental (OMS – 1946). Atribuições: Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos. Atuação do médico veterinário Atribuições: Difundir informações e orientações à população sobre os princípios básicos de saúde e melhores condições ambientais; Trabalhar para melhorar as condições de vida destes animais, nos diversos âmbitos do seu habitat, como feiras agropecuárias, leilões, transporte, competições e no dia a dia em geral. Considerações finais A imunologia com o tempo se tornou de suma importância no tratamento e na proteção das populações contra as doenças. A vacinação do rebanho equino brasileiro é um grande desafio, por seu tamanho e pela falta de um protocolo de vacinação. Ainda convivemos com doenças para as quais não temos vacinas: Mormo e a Anemia Infecciona Equina. Percebemos avanços nas legislações que tratam do bem-estar animal. O Médico Veterinário é a peça chave para a manutenção e ampliação da saúde pública. Integrantes do Grupo Ana Paula de Lima Ferrarezi Danúbia Wanderley Felix da Cruz Fernanda de Melo Silva Henrique Louro Ad’Vincula Miranda Jeane Raposo Nascimento Karla Cristina Netto Cavalieri Paola Guedes Campos Pinto Paullyenne Basílio da Silva Rodolfo Gravina Lazarone
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