Buscar

Parabólica Filosofia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRÉ-SOCRÁTICOS 
Os Pré-socráticos estudam a natureza e suas transformações. 
Começam a se afastar da mitologia buscando uma razão por trás da vida. 
HERÁCLITO DE ÉFESO (535 a.C): nada é permanente, exceto a mudança. Nada é, tudo está por 
vir a ser. As transformações são feitas por uma relação dialética de tensão entre os opostos. 
PARMÊNIDES: a teoria de Heráclito é uma doxa. Para ele (Parmênides) nada muda, tudo é uno. 
TALES DE MILETO (623 a.C): a água é a origem de todas as coisas. 
Termos: 
Physis: fenômenos da natureza. 
Arché: fonte, origem ou início da physis. 
Devir: a mudança ou o que faz se 
transformar. 
Doxa: opinião. Pode levar a incertezas. 
Alétheia: verdade. 
ONTOLOGIA 
A ontologia é o estudo do ser enquanto ser, é o ramo da metafísica que estuda a realidade e a 
existência de tudo que é inerente a todos os seres, a nossa razão, personalidade e as nossas 
ideias, por exemplo. Ramo da metafísica; estudo do ser enquanto ser, enquanto consciência. Há 
três linhas: Ontologia do Uno, Ontologia do Ser e a Ontologia do Devir 
Ontologia do Uno: Todas as ideias dominantes vêm do uno, do que se reduz a ele, como o Mundo 
das Ideias de Platão 
Ontologia do Ser: o ser não parte do Uno, e sim daquilo que ele é, de seus conhecimentos e de 
suas experiências, como a concepção de Aristóteles em relação a razão do mundo, que não vem 
do mundo inteligível e sim do mundo sensível. 
Ontologia do Devir (TEMPO): caracterizada por buscar reintroduzir a dinâmica do ser em 
oposição ao não-ser, deforma interior em sua existência, como a filosofia de Heidegger, que 
enxerga no ser humano diversas possibilidades que podem ser feitas em sua vida, até a sua 
morte. A pessoa se torna o que ela está criando para si 
EPISTEMOLOGIA 
Área da filosofia que estuda como conhecemos as coisas. 
Filosofia da ciência 
Episteme: conhecimento Logia: estudo 
Busca compreender como é possível o ser humano adquirir o conhecimento genuíno 
necessário, compreendo as diversas formas de busca-lo 
Se opõe a crença 
René Descartes: dedução como método de investigação; racionalismo 
John Locke: indução através da experiência para adquirir conhecimento; empirismo 
ANAXIMANDRO DE MILETO: discípulo de Tales de Mileto 
Todos os elementos da natureza apresentam uma origem comum. 
O princípio de tudo é o ápeiron, sendo "sem limites”, isto é, algo ilimitado, indivisível e 
indefinido. É o infinito. 
Esse princípio surge do conflito entre opostos. 
Anaximandro também acreditava que a Terra era cilíndrica e cercada por anéis cósmicos, como 
o Sol e a Lua. 
Os raios solares que chegam a terra são feixes de fogo do sol que passavam pelos furtos em volta 
do planeta 
O que vem antes e depois do finito, tende a ser infinito, então antes do nosso mundo existia um 
universo infinito com outros mundos 
ANAXÍMENES 
Faz parte da escola jônica, foi discípulo de Anaximandro, também trabalhando com os princípios 
da arché e da cosmologia. Para ele, a substância que gerou tudo foi o ar. Chegou a essa 
conclusão porque percebeu que o ar era essencial para a vida, que estava em constante 
movimento, quando se condensa, se torna visível, quando arrefece, se tornaria posteriormente 
pedra. “Todas as coisas se originam devido ao grau de descondensação ou rarefação do ar, a 
mesma causa também do frio e dor calor”. 
Acreditava que a nossa alma é fundamental para animar o corpo, e ela necessita de ar, por isso, 
ao respirarmos, damos condições necessárias para que nossa alma se mantenha ativa. 
Na cosmologia, acreditava que todos os astros são planos, inclusive a terra, e formados por ar 
comprimido. Flutuam, portanto, poque estão em cima de ar. O sol e a lua seriam pedaços da 
terra que se deslocaram e estão aqui para gerar energia. Para ele, todos os outros astros giram 
em torno da terra (geocentrismo) 
DEMÓCRITO 
Teoria atômica (Escola atômica) 
Vazio x átomos 
Átomos têm formas e consistências variáveis, e que pelo encaixe perfeito ou imperfeito deles, 
temos tudo que há hoje. 
ANAXÁGORAS 
Questiona os poderes dos astros (impiedade) 
Escola pluralista: acredita que há uma diversidade de elementos que formam as coisas 
Sementes de infinitas quantidades e qualidades se juntavam para formar as coisas 
(homeomerias) 
Noûs guia a separação ou união das sementes. É um espírito guia. 
Conhecimento humano: 
1- Experiência 
2- Memória 
3- Técnica (modificação da natureza, utilizar 
o que aprendeu para modificar o redor). 
XENÓFANES 
Foi pré-socrático. Fundador da escola Eleática. Foi o primeiro grego a observar a presença de 
fósseis de peixes e conchas em lugares longe dos oceanos. Começa a elaborar sua teoria sobre a 
natureza, chegando a afirmar que onde existem locais secos, podem ter tido água em outros 
tempos. Assim, concluiu que as coisas são feitas de terra e água. 
Mais conhecido por ser considerado um restaurador da mitologia grega, pois ele alegou que não 
havia sentido os deuses possuírem base antropomórfico. “Se os bois, os cavalos e os leões 
tivessem mãos ou pudessem pintar e realizar as obras que os homens realizam com as mãos, os 
cavalos pintariam imagens dos deuses semelhantes a cavalos, os bois semelhantes a bois, e 
plasmariam os corpos dos deuses semelhantes ao aspecto que tem cada um deles”. 
Também faz críticas as obras de Homero e Hesíodo, que estabelecem uma origem para os deuses. 
Pois, segundo ele, se os deuses nascem, também morrem, quando na verdade deveriam ser 
eternos. Deus é uno, e está presente em todas as coisas, pois é a essência das coisas, é o universo, 
além de permanecer parado, e não tem forma semelhante a forma dos homens, permanece 
imóveis, sem se movimentar. 
Diz também que devermos utilizar muito mais a nossa inteligência e razão do que a nossa força 
física. “Não é justo usar a força contra a sabedoria”. 
Xenófanes é o mestre de Parmênides. 
PITÁGORAS 
Pitágoras de Samos foi um importante matemático e filósofo pré-socrático nascido na Jônia, que 
viajou pela Ásia Menor, Egito, Grécia, fundando sua escola filosófica pitagórica em Crotona, na 
Magna Grécia (sul da Península Itálica). Foi o primeiro a conceituar a filosofia, diferenciando-a 
da mitologia e da religião, e se aproximando da argumentação racional. 
Inventor do teorema de Pitágoras. Foi o primeiro a estudar a matemática em sua essência, e não 
apenas em aparência. Chega a uma ideia de que a Arché é constituída de um sistema de relações 
e proporções matemáticas, derivadas de Unidade (número 1 e o ponto). Assim, posteriormente 
surge a oposição e relação entre números pares e impares, que se desenvolveram em figuras 
geométricas materiais para produzir a realidade sensível. As combinações e contradições entre 
os números geram o quente e o frio, o seco e o úmido, o claro e o escuro, entre outros. 
Percebeu as notas musicais, que seguem uma lógica sistemática e harmônica, através de ciclos. 
Para Pitágoras, a natureza estava ordenada pela sistematização dos números. Assim, ele 
acreditava na Metempsicose, que seria a transmigração da alma que era eterna. Ou seja, 
através da razão e da harmonia, a alma poderia viajar para qualquer lugar, trocando até mesmo 
de corpo. 
Na cosmologia, os pitagóricos defenderam que a terra era esférica, se movendo pelo próprio 
eixo, e outros planetas também tinham essa condição, se movendo em diferentes velocidades, 
de forma harmônica. Acreditava que a purificação e libertação da alma se dava pela busca da 
razão e do conhecimento, através do estudo da geometria, aritmética, música e astronomia. 
METAFÍSICA
Além da captação sensorial 
Estuda a natureza das coisas 
Abrangente 
Natureza divina 
Racionalismo: razão é o guia 
Empirismo: sentidos são os guias 
Kant: Correlaciona razão e os sentidos, voltado para o estudo do ser humano. 
Metafísica, busca estudar a natureza das coisas, dos objetos, daquilo que não pode ser visto. Ela 
deixa o mundo sensível de Platão, das experiências ebusca a origem desse objeto. 
Na idade média a metafísica foi usada para entender a origem de Deus, a sua natureza. São 
Thomas de Aquino que fala que é possível explicar a existência de Deus através da Razão, mais 
da razão do que da fé. 
E a metafísica da idade moderna, ela entra em confusão entre os racionalistas, colocando a razão 
como primordial para se conseguir a verdade e os Empiristas, que fala que a verdade é alcançada 
pela experiência, e vem o Filósofo Manuel Kant, que no meio dessa confusão buscou não estudar 
a experiência ou a metafísica mas os seres humanos, e afirma que não dá para estudar aquilo 
que não se apresenta para nós, se ferindo aos racionalistas sobre a metafísica. 
FILOSOFIA SOCRÁTICA 
O foco é o ser humano e a sua busca pela verdade 
SÓCRATES 
Autoconhecimento, conhece-te a ti mesmo 
Diálogo é a melhor maneira de buscar o conhecimento 
Métodos: 
1. Exortação: chamado para o debate de ideias 
2. Indagação: perguntar sobre algum assunto (Sócrates tinha noção de diferença de opinião e 
conhecimento) 
4. Ironização das ideias anteriores para tentar chegar no algo a mais, não é para humilhar o 
próximo. 
5.Maiêutica: dar à luz a um novo conhecimento. 
Foi julgado e condenado a morte, acusado de corromper a juventude a questionar os padrões 
políticos de Atenas, bem como a democracia e seus líderes. 
É o ser humano que constrói tudo que tem na sociedade, logo, não pode fugir da 
responsabilidade pelo que acontece. 
PLATÃO: 
Discípulo de Sócrates 
-Era um cidadão ateniense 
Viajou pelas cidades estado 
-Fundou a Academia de Atenas (onde 
estudou Aristóteles) 
Teoria das ideias: 
 -Dividia o mundo sensível do mundo inteligível (mundo dos sentidos e mundo das ideias) 
 -A perfeição está no mundo inteligível (mundo das ideias) 
 - O mundo sensível é imperfeito (cópia imperfeita do mundo inteligível) 
 -Todos já estivemos no mundo inteligível, mas esquecemos quando viemos pro mundo sensível, 
esquecendo o anterior. Só podemos lembrar do mundo das ideias (reminiscência) através da 
busca pela verdade. 
 - Corpo: finito e mortal, está no mundo sensível 
 - Alma: infinita e imortal, é por ela que alcançarmos a verdade e o mundo das ideias. 
 - Alma tem 3 partes: Apetitiva (sobrevivência), Irascível (sentimentos) e racional 
(conhecimento, é a superior, que leva a Reminiscência) 
Amor platônico: amor perfeito, amor ideal, que está apenas no mundo das ideias 
Mito da caverna: 
Prisioneiros acorrentados em uma caverna, que estão virados para a parede, veem apenas as 
sombras do mundo exterior devido à luz do fogo atrás deles. Acham que aquelas sombras são a 
vida real. Quando um se liberta, vê o mundo exterior, após se acostumar com a luz do sol e se 
admira com o mundo que vê e quer avisar aos seus amigos que aquilo tudo existe, mas é 
menosprezado por seus amigos, que acham que ele é louco. 
Critica a democracia ateniense, pois apenas os mais ricos tinham poder. Para ele, os filósofos 
deveriam conduzir a política, pois tinham sabedoria e razão, estavam mais próximos do mundo 
inteligível. 
ARISTÓTELES 
-Não nasceu em Atenas, estudou lá na Academia de Atenas. 
-Viveu no período de decadência da democracia ateniense, quando o império macedônico invade 
a Grécia (período helenístico) 
-Mentor de Alexandre, o Grande 
TEORIA METAFÍSICA 
-Se opõe às ideias de Platão, para Aristóteles, o mundo sensível pode gerar conhecimento, pois 
a essência das coisas está nas próprias coisas, não no mundo inteligível. 
-Tudo tem um propósito de existir 
TEORIA DAS CAUSAS 
-Em tudo existe uma causa 
1) Causa Material: do que é feito? qual é a matéria prima? 
2) Causa Formal: qual é a forma do objeto? 
3) Causa Eficiente: o que fez a matéria se transformar em forma? a ferramenta de fabricação? 
quem fabricou? como foi feito? 
4) Causa Final: qual é a finalidade do objeto? 
Substância: matéria + forma 
Potência: possibilidades do ser, não é, mas pode vir a ser. potencial para se transformar em algo 
Ato: a situação daquilo que está se transformando de matéria em forma 
 
 
ÉTICA 
-Para Aristóteles, tudo tem uma razão de existir. 
- Sempre se deve buscar algo na vida (um objetivo de vida): a felicidade 
-Todos desejamos ser felizes: almejamos a felicidade (da nossa maneira) 
-Eudemonismo: o sumo bem, bem final, nossa causa final: a felicidade. 
-Ética: busca da felicidade 
- Para buscarmos a ética, precisamos ser racionais, pois a consciência nos faz discernir entre 
certo e errado -> BOA CONDUTA 
-Justa medida: viver no equilíbrio, no meio termo. agir sem excessos nem faltas (sem extremos). 
viver com prudência 
Ética X Política 
 Ética é um valor individual, busca pelo sumo bem (diferente pra cada um) 
Política está ligada a valores coletivos: o bem comum. 
HELENISMO 
Ataraxia: pleno viver, viver bem, ser feliz 
Cinismo: para buscar a ataraxia a felicidade não está nos bens matérias ou grupos sociais. 
Ceticismo: para buscar a ataraxia não devemos julgar as ideias dos outros, devemos suspender 
os nossos juízos de valores. 
Epicuro: Devemos vencer nossos medos, como morte, deuses, dor, sofrimento. Esses medos são 
alimentados por crenças vãs, não devemos evitar prazeres naturais e necessários. Devemos 
evitar prazer que não são naturais e não necessários exemplo consumo em excesso. Devemos 
evitar os prazeres naturais e desnecessário exemplo comer chocolate. Ataraxia por meio da 
ponderação 
Estoicismo: evitar coisas que nos fazem mal, devemos nos preocupar apenas com coisas que 
podemos transformar (sentimentos, ideias) já não devemos nos preocupar com a morte não 
podemos evita-la. 
SOFISTAS 
Sofistas sábios que ensinavam a arte da oratória, não se preocupavam com a verdade, apenas 
em vencer ideias e argumentos. 
A VERDADE É RELATIVA. 
Protágoras, o maior representante " O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, 
enquanto são e das coisas que não são, enquanto não são". 
Ou seja, não existe uma verdade única depende de cada um. 
Aretê: excelência. 
Eristica: convencer 
Logo buscavam a Aretê para fazer a Eristica. 
NEOPLATONISMO 
O Neoplatonismo foi uma corrente filosófica dos séculos III e IV, se desenvolvendo na extensão 
do Império Romano, tendo como o seu principal centro a cidade de Alexandria no Egito. 
Trata-se de uma corrente influenciada pelas ideias de Platão (V-IV a.C), porém não se limita a 
apenas reproduzir os seus conceitos, atuando de forma diversa e influenciando doutrinas pagãs 
e judaico-cristãs. O termo "Neoplatonismo é de utilização moderna, pois em sua época, os 
filósofos utilizavam o nome "Platônico" para referir aos seus trabalhos. O primeiro filósofo 
neoplatônico foi Amônio Sacas, porém o grande nome da escola foi o seu discípulo Plotino e 
posteriormente Agostinho de Hipona 
Uma das principais características do Neoplatonismo é o "Monismo", que define que o ser que 
se apresenta em multiplicidade procede de um único princípio, sendo matéria, ou no caso dos 
neoplatônicos, Uno, Um, ou o único Deus, princípio original. Para o Neoplatonismo não existe o 
mal, sendo apenas a proximidade ou afastamento de Deus que define graus de perfeição ou 
imperfeição. 
Para os neoplatônicos, nunca chegaremos à verdade absoluta contida em Deus, mas podemos 
nos aproximar dele através da espiritualidade e meditação, pois assim nos afastaremos cada 
vez mais da vida terrena e dos vícios. 
- UNO NOUS/LOGOS 
- ALMA DO MUNDO 
 - MUNDO TERRENO 
O pensamento neoplatônico é dividido em três estágios, sendo o primeiro representado pela 
emanação do Uno pelo intelecto (Nous ou Logos), o segundo seria a "Alma do Mundo", uma força 
cosmológica compartilhada que rege o universo divino e pelo qual a espiritualidade divina pode 
se manifestar. Por fim, existe o mundo material e sensível, mais afastado da luz original do Uno, 
e por isso contém as vontades carnais. O mundo sensível é de onde todosnós saímos e devemos 
nos elevar para nos aproximarmos mais do Uno. 
 
MANIQUEÍSMO 
Filosofia religiosa do início do primeiro milênio, fundada por Maniqueu, que tinha como 
influência o zoroastrismo, budismo, cristianismo entre outros. 
Para o maniqueísmo, o nosso universo é formado por um lado bom e um lado mau. O mundo 
terreno é essencialmente mau, e o mundo espiritual é essencialmente bom. Ambos os lados 
estão em constante conflito. 
Gnosticismo: superação do mal pelo bem 
Cristianismo definiu o maniqueísmo como uma heresia, pois segundo o pensamento de Santo 
Agostinho, Deus criou o universo como um ato pleno de bondade, e jamais criaria o seu oposto; 
O mal é ausência de Deus, e se Deus está na Terra, não pode haver o mal. 
O maniqueísmo está muito enraizado na sociedade- se você não está comigo, está contra mim-
sendo que pode haver um meio termo. La Casa de Papel brinca com o maniqueísmo. 
AGOSTINHO DE HIPONA- SANTO AGOSTINHO 
- Patrística 
Filósofo medieval do século V, considerado doutor da Igreja católica, que contribuiu por grande 
parte do pensamento cristão. 
Fase pré-cristã: - BUSCAVA respostas através da razão, se opondo a ideia de um Deus punitivo; 
- não aceitou a naturalidade do bem e do mal (maniqueísmo) 
- Converteu-se ao cristianismo através das Epístolas de Paulo, e através das ideias de Platão. 
- Cristianizou as ideias de Platão (neoplatonismo) 
- Dizia que a salvação só seria atingida através da conversão, da aceitação de Deus, da oração 
e meditação. 
- Para ele, podia sim conciliar a fé e a razão desde que a fé fosse prioridade. –Crer para 
conhecer- 
-Acreditava que a vida teve início quando Deus a criou, o meio é onde reinam os homens, e o fim 
seria a salvação no reino dos céus. 
- Para Agostinho, o amor verdadeiro vem apenas de Deus. 
SÃO TOMÁS DE AQUINO 
Doutor da igreja católica 
- Escolástica; TRANSFORMAÇÕES NA Baixa Idade Média 
- Conciliação entre fé e razão 
- Cristianizou as ideias de Aristóteles, mostrando que o mundo sensível é capaz de gerar 
conhecimento para compreender a fé e a existência de Deus. 
-Dizia ser possível provar a existência de Deus através de 5 argumentos: 
1- Via (motor): se regredirmos para compreendermos o movimento das coisas, chegaremos ao 
primeiro motor, que é Deus. 
2- Causa eficiente: Regredimos para compreendermos o motivo e eficiência das coisas, a 
primeira causa é Deus. 
3- Contingente necessário: Toda forma tem seu motivo de existir e assim ser, e apenas Deus 
pode ter arquitetado tudo como é. 
4- Graus de perfeição: Precisamos ter um parâmetro maior pagar compararmos as coisas, como 
noção de maior ou menor, mais fraco ou mais forte, e o supremo seria Deus. 
5- Governo supremo ou finalidade do ser: Existe uma finalidade de existirmos e vivermos, por 
isso, a vida não pode acabar após a morte. 
SANTO ANSELMO DA CANTUÁRIA E SEU ARGUMENTO ONTOLÓGICO 
Anselmo da Cantuária: 
Monge Benedito/ filósofo em XI/ doutor da igreja católica. 
- Escola Escolástica 
"Fé em busca de inteligência" 
Deus vê todas as almas, a oração leva a Deus 
Livre arbítrio: pecar e não pecar 
Pecado = ausência da justiça divina por causa de nossos pais 
Deus é a bondade suprema, ele é perfeito 
Deus não está apenas no intelecto, mas no mundo sensível também, por conta da sua grandeza. 
Não conseguimos pensar em nada maior que Deus. 
O LEVIATÃ - THOMAS HOBBES 
- Absolutismo monárquico 
- Jus Naturale (Direito Natural) 
- Estado de Natureza em constante guerra, sem leis 
- O homem é o lobo do próprio homem 
- Sem o Estado, a sociedade estaria fadada ao fracasso devido ao seu estado natural 
- Para Hobbes, devido à falta de leis no Estado, qualquer pessoa poderia fazer o que quiser sem 
consequências, sem ser punida. 
- Contrato Social: O ser humano abdica de seu poder de liberdade e o transferiram ao rei 
- Estado/Rei é o representante da nação, mas não significa que ele é bom, por isso a comparação 
com o Leviatã- um monstro marítimo-. 
- Rei Sol: O Estado sou eu 
FILÓSOFOS CONTRATUALISTAS 
- Contrato Social: Explica como a sociedade se organizou como Estado 
- Thomas Hobbes, John Locke e Rousseau 
- THOMAS HOBBES: O estado de natureza para ele é onde não existiam leis e os homens nasciam 
maus, provocando a desordem social. Um verdadeiro Estado selvagem ou de constantes guerras 
- Para a segurança do ser humano, ele não pode ter liberdade total, devendo entregar tal 
liberdade nas mãos de um governante absolutista. 
- Contrato Social para Hobbes: os homens abdicam de sua liberdade plena, entregando-a a um 
rei absolutista para governa-los através da imposição de leis, garantindo a ordem acima de tudo. 
- Rei: poder religioso, militar e governante 
- Propriedade: Para Hobbes a propriedade pertence ao Estado absolutista, pois as pessoas 
abdicaram desse direito. 
- Os súditos tem direito de se rebelar quando a ordem não é garantida pelo soberano 
JOHN LOCKE: No estado de natureza para ele, os seres humanos nascem nem bons e nem maus, 
mas com direitos inalienáveis, como a vida, a liberdade e a propriedade (Propriedade caso vc 
tenha condições) 
- Participou das revoluções inglesas e é contra o absolutismo 
- Contrato Social: Locke participou do estabelecimento da monarquia parlamentar inglesa no 
século XVII, e por isso se opõe ao absolutismo e defende a democracia representativa, onde os 
proprietários seriam a base política; Democracia representativa 
- Os representantes através do Estado devem garantir os diretos inalienáveis da sociedade. 
Caso isso não aconteça, deve ser substituído. 
ROUSSEAU: no estado de natureza os seres humanos nascem bons e se corrompem com as suas 
relações sociais. 
- Contrato Social: Rousseau é defensor do modelo de democracia participativa, onde através de 
praças públicas o povo deve atuar diretamente na política. 
- A propriedade privada é a causa das desigualdades sociais. 
NICOLAU MAQUIAVEL 
- Sua obra é estudada profundamente até hoje devido a sua importância para o entendimento 
das monarquias absolutistas e até a atualidade. 
- O Príncipe, sua obra, foi dedicada a Lorenzo Médici, e se baseava na forma como um governante 
poderia fazer para conquistar e manter o poder. CONQUISTAR E MANTER PODER, dois pontos 
principais do livro 
- Para ele, a política está acima de qualquer moral. Não importa os meios, e sim a conquista do 
poder. 
-Maquiavel não confiava em homens pois pensava que em algum momento até seu braço 
direito iria o trair. Os homens são imprevisíveis e dissimulados, o governante não pode confiar 
nos seus súditos. 
-- Napoleão Bonaparte leu sua obra, e com esse mesmo pensamento ajudou seu irmão para 
reinar na Espanha. 
- O governante, precisa ser completo tendo a força de um leão, para ser violento quando 
preciso; e a astúcia de uma raposa, para utilizar a sua inteligência. 
- Vitú: virtudes e qualidades (para lidar com qualquer situação) 
- Fortú: oportunidades (fortuna, sorte) 
- Como o governante não pode ser temido e amado ao mesmo tempo, é melhor que seja temido 
para manter o respeito, porém esse temor não deve se transformar em ódio, pois aí começam 
as revoltas. 
JACQUES BOSSUET 
- Importante bispo e filósofo do absolutismo do século XVII, influente de Luiz XIV 
- Fundador do Galicanismo: uma vertente em oposição a igreja católica romana, que defendia 
que o Estado francês deveria cuidar dos assuntos da igreja, se afastando do Papa e promovendo 
o bem-estar dos súditos. O nome deriva de Gália, como era chamada a França desde a idade 
antiga. 
- Bossuet era um defensor da unidade religiosa em torno do catolicismo, por isso, buscou 
conciliar os Huguenotes (Protestantes franceses), mas na maioria das vezes, utilizou discursos 
agressivos endereçados aos reformistas. 
-A ideia central de Bossuet é a defesa do providencialismo, que define que o rei tem o poder 
divino (Teoria do Direito Divino – O rei é, porque Deus quis) e tem o dever de realizar a vontade 
deDeus, e em uma sociedade organizada deve-se respeitas a hierarquia imposta pela tradição. 
Quando há revolta de súditos contra o poder do rei, há abertura de espaço para a anarquia. 
- Defendia a ideia de que os reis franceses eram superiores do que outros reis de outros 
estados. No imaginário local, somente os reis franceses foram ungidos no santo óleo trazido em 
uma santa âmbula por um pombo branco. 
- Afirmava que Deus castigava os reis que não seguiam as leis divinas e protegia aqueles que 
seguiam. 
FRANCIS BACON (1561-1626) - "SABER É PODER" 
• Método empírico-indutivo: partir de uma experimentação simples, para entender verdades 
maiores. 
• Indução de fenômenos para adquirir conhecimento 
 1. Observação do fenômeno 
 2. Anotação do que foi visto 
 3. Formulação de ideias a partir do que foi anotado 
 4. Experimentação e repetição do fenômeno para comprovação 
• Teoria dos ídolos - fatos que podem atrapalhar o método empírico-indutivo: 
 - ídolo da tribo: não determinar a verdade por si próprio, sem realmente ter certeza; 
 - ídolo da caverna: não determinar a verdade através dos seus próprios gostos, ser imparcial; 
 - ídolo do foro: utilizar termos científicos, ser formal; 
 - ídolo do teatro: não utilizar ideias antigas como base para o seu experimento. 
DAVID HUME 
Filosofo empirista pertencente ao iluminismo do século XVIII. 
Para Hume, o empirismo é a base para o conhecimento. 
O fundamento da vida não está na razão, e sim na experiência/vivência 
Se opõe as ideias racionalistas de René Descartes 
“O hábito é grande guia da vida humana” 
Impressões: adquiridas na vivência 
Ideias: representação das impressões, lembranças de nossas experiências 
Nascer do sol de todos os dias é uma ideia adquirida através da indução, mas não temos garantia 
de que ele nascerá amanhã. 
Hume é empirista radical, Francis Bacon é empirista indutivo 
Indutivo: parte da específica e chega em uma geral; 
Dedutivo: parte de uma geral e chega a uma específica 
Radical: só acredita vendo 
THOMAS MORE E A UTOPIA 
Filósofo humanista que trabalhou na corte do rei Henrique VIII na Inglaterra 
Utopia: More usa um pseudônimo de Rafael Hithodeu e faz duras críticas a sociedade inglesa 
de sua época, afirmando que Londres mantinha as desigualdades e que o parlamento estava 
sujeito às normas do rei. Rafael veio de uma ilha perfeita. 
Características da ilha: 
- Não existia injustiça; 
- Muito bonita; 
- Sem desigualdade; 
- O acesso aos serviços públicos era uma realidade 
- Com várias cidades com aproximadamente 6 mil habitantes; 
- Os representantes trabalham por amor e não por dinheiro e prestígio e sim por afinidade com 
as profissões; 
- Dinheiro não vale nada, pois as pessoas têm acesso aos bens como escolas, hospitais...; 
- Os bens das pessoas são armazenados e só retirados quando necessário, ninguém fica expondo 
o que tem; 
- Não existe propriedade privada como meio de produção, porque as pessoas agem em conjunto; 
- Único pré-requisito para viver na ilha é acreditar em Deus. Existe uma pluralidade de religiões, 
mas todos vivem em harmonia por acreditarem todos em Deus. 
ERASMO DE ROTERDÃ E O ELOGIO DA LOUCURA 
Nasceu em Roterdã na Holanda, em 1466. Morreu aos 69 anos em 1536. 
• Viveu no século XVI. Contemporâneo de Thomas More. 
• Filho de pessoas religiosas, criado dentro do cristianismo, um homem moderno, é um homem 
renascentista e adepto do humanismo cristão - O humanista cristão é aquele que crê em Deus, 
mas principalmente no livre arbítrio. 
• Tem algumas ligações com o papa Leão X (não de amizade) e também teve aproximação com 
Martinho Lutero. 
• Se negou a aderir-se ao protestantismo. Fez duras críticas a igreja católica e inclusive 
procurou reforma-la, sem, no entanto, querer romper com a igreja. 
• Pacifista, contra a guerra, contra a perseguição aos protestantes, por isso era realmente era 
um humanista. 
• Foi seminarista agostiniano, acadêmico e professor da Universidade de Cambridge – Inglaterra. 
• Acreditava que a salvação tem que vir pela fé. 
• Defensor de um cristianismo aos moldes da época de cristo, simples, sem ganância. 
• Obra “Elogio da Loucura”, dedicado a Thomas More. Publicado em 1509 (18 anos antes da 
reforma protestante de Martinho Lutero -1517). 
• Elogio da loucura: Erasmo cria uma obra escrita em primeira pessoa, como se a loucura fosse 
uma divindade presente na vida das pessoas em sua totalidade, assim, todas as ações da época, 
como as indulgências, à guerra, entre outras, não são obras humanas, e sim da loucura em seu 
domínio. 
• A loucura está dominando o nosso mundo, ela se auto elogia. Na obra a igreja é criticada, as 
indulgências... Será que as pessoas em sã consciência acreditariam que a compra de um artefato 
ou do perdão dariam uma passagem direto para o céu? Provavelmente não, isso é a loucura 
agindo. – Todas as lascas da cruz de Cristo vendidas pela igreja dariam para construir a arca de 
noé. A loucura se entrega por inteiro, ela domina a sua vida e você acaba fazendo tudo por 
influência dela. Ironia é a palavra que define a obra. 
• Papa Leão X chegou a Ler a obra e achar engraçada. 
BARUCH ESPINOZA 
- Filósofo monista, ou seja, acreditava em uma única substancia, sendo Deus, e a natureza 
(universo) a sua manifestação. 
- Filósofo panteísta: acreditava que Deus estava em tudo 
- Deus, para o filósofo, é substância e não um ser criador racional 
- Natura Naturans: criatividade da natureza, sua movimentação e formação 
- Natura Naturata: forma passiva da naturza, já pronto, tudo que já existe em forma de universo 
- Para ele, a nossa liberdade é a capacidade de compreendermos o porquê agimos de tal 
maneira. Assim, vivemos não só pela razão, mas pelas paixões, desejos e necessidades 
- Afeto de alegria: afecção que eleva a potência de agir e de pensar. Afeto de Tristeza é a que 
diminui tal potência. 
-Afecção: alterações que acontecem devido a movimentação das partes complexas e moles do 
corpo 
- Conatus é a potência de existir, a forma com que o corpo utilza para se manter e para que isso 
aconteça ele acaba sendo afetado por outros corpos 
- Os desejos são resultado dos encontros e desencontros dos corpos 
- Afetos passivos: paixões; acontecem devido a questões externas 
- Afetos ativos: ações; só podem ser alegres, pois o corpo age de forma a buscar a alegria 
RENÉ DESCARTES 
Século XVII. Nasceu na França em 1596. Morreu aos 53 anos, em 1650. 
· Filósofo racionalista que contribuiu com a ciência através de seu método de estudos. Pensa 
muito mais na ciência, busca a verdade através de uma forma científica. Suas ideias vão 
convergir no Iluminismo. 
· . Racionalista: valoriza muito mais a sua razão que qualquer outra coisa. 
· Ele tem uma ligação muito forte com a matemática, acredita de a matemática consegue nos 
trazer uma verdade segura, porque 2+2=4, o mundo para ele é formado por formas geométricas. 
O mundo é seguro, as formas geométricas nos trazem essa segurança. A Filosofia por sua vez é 
uma verdade mais inseguro, assim como a ciência é uma verdade que pode trazer mais desafios. 
Filosofia/ciência não nos 
· O Descartes afirma que como as coisas são inseguras, devemos duvidar de tudo. 
 “Duvide de tudo, menos da sua própria dúvida”. 
· Segundo ele nascemos já com ideias inatas: ex: conhecimento matemático e Deus. 
· . Também temos a ideias adventícias: não nascemos com elas, ganhamos elas, aprendemos 
elas através das nossas experiências, pelo método empirismo. 
· Ideias factícias: são ideias geradas através de outras ideias, é um meio termo entre as ideias 
inata e adventícias. Ex: alguém me fala de alguma coisa que nunca vi, eu tento imaginar a forma 
do que seria isso. Descartes trabalha com a ideia de que se pensamos em algo, esse algo tem 
alguma forma. 
· Ele inventa um método muito utilizado pela ciência: Método cartesiano. Precisamos estudara fundo para chegarmos em algumas verdades. Importante selecionar as questões indubitáveis 
e duvidar sim dessas dúvidas. 
· Fazer o método de formiguinha, pegar todas as dúvidas, e analisar todas elas, das menores 
as maiores. Avaliar ponto por ponto. 
· Ideia do solipcismo: se estivermos dominados por algo maior que nos esconde a verdade, 
devemos parti do princípio de que existimos, pois, a nossa consciência está ativa. “Penso, logo 
existo”. 
BLAISE PASCAL 
- Crítica ao racionalismo e atrelado ao catolicismo 
- Jansenismo: leitura crítica das obras de Agostinho de Hipona; defesa da predestinação 
- Para ele, a razão nos engana constantemente, sendo necessário ouvir o coração. 
- “O coração tem razões que a própria razão desconhece” 
- O home precisa se reconhecer como um nada em relação ao infinito e tudo em relação ao 
nada 
- Sua Obra “O pensamento”; crítica a razão humana 
- Argumento da Aposta: acreditar em Deus é o melhor a se fazer 
JOHN LOCKE: DO CONTRATO SOCIAL AO EMPIRISMO 
John Locke (1632 - 1704) foi um filósofo inglês moderno, participou ativamente da Revolução 
Gloriosa (1688) que colocou o Holandês Guilherme de Orange como rei da Inglaterra, iniciando 
a monarquia parlamentarista no país. 
Filosofia política: John Locke se opunha a monarquia absolutista, defendendo um sistema 
parlamentarista. Em oposição ao filósofo do absolutismo Thomas Hobbes, que acreditava que 
em um estado de natureza, os seres humanos eram maus, Locke acreditava que poderiam viver 
de forma pacífica. 
Jus Naturale (direito natural): Para Locke, todos os seres humanos possuem direitos naturais e 
inalienáveis, sendo eles o direito à vida, a liberdade e a propriedade. 
Contrato social: Através da democracia representativa, o povo deve escolher os governantes, 
e o Estado tem principal objetivo de garantir os direitos naturais. 
Religião: John Locke era um defensor da tolerância religiosa, alegando que ninguém, nem juízes, 
nem governantes e nem governados podem definir uma única e verdadeira religião através do 
uso da violência. Essa tolerância não é praticada por povos nativos da América, que não utilizam 
dinheiro, tendo atitudes como selvagens, nem pela igreja católica, que atua como uma serpente 
para conseguir seus objetivos. 
Trabalho: Locke defendia que o trabalho infantil deveria ser utilizado por famílias que não 
tinham condições de se sustentar, além da escravidão, através de um contrato, como em um 
caso de um estado de guerra, quando o derrotado aceita ser escravizado para evitar a morte. 
Essa teoria justificando a escravidão foi utilizada na guerra entre os ingleses e os nativos 
americanos durante o processo colonizador. 
Epistemologia: John Locke acreditava que a mais segura a forma de se obter conhecimento era 
através do empirismo. Ou seja, o método indutivo. Para isso, Locke utilizou a metáfora da tábula 
rasa, afirmando que o ser humano nasce como uma folha em branco, e é moldado pelas suas 
experiências. 
Identidade Pessoal: Locke afirmava aqui todos os átomos são únicos em sua essência, mesmo 
compondo uma massa. Logo, os seres humanos são únicos, assim como todos os organismos 
vivos. Para ele, há uma distinção entre o homem e a pessoa, sendo o primeiro um corpo vivo, e 
a pessoa um corpo pensante, que pode conhecer a si mesmo como ser racional em diferentes 
lugares. Por isso, a consciência pode passar de alma para alma. 
VOLTAIRE: DA TOLERÂNCIA A ALMA 
François Marie Aroquet, filósofo Iluminista francês que utilizava o pseudônimo de Voltaire, teve 
grande influência de John Locke, e mantém a importância de suas ideias até os dias atuais. 
Na questão política, Voltaire condenava o antigo regime, onde os reis exerciam o poder de 
forma absoluta. Para ele, um monarca deveria governar segundo as leis, sendo aconselhado 
por filósofos, e sendo ele mesmo um filósofo. Esse pensamento vai ao encontro dos déspotas 
esclarecidas, que passaram a governar influenciados pela razão iluminista. 
Na questão religiosa, Voltaire acreditava que a razão poderia comprovar a existência de um 
Deus. As suas ideias procuravam combater a intolerância religiosa, fazendo a separação entre 
religiões e a fé, visto que ter fé, para ele, é necessário, desde que seja praticado de forma 
racional. 
Voltaire procurou problematizar o dualismo da alma. Para ele, se a alma se desprendia do corpo, 
como manteria os seus sentidos, como olfato, audição, visão, tato e paladar. Já que são funções 
do corpo humano? Logo, a alma e o corpo para sobreviverem, necessitam ser saudáveis. Afinal, 
um corpo que adoece por falta de alimento, também adoece a alma. 
Considerações finais: Voltaire foi um filósofo que se preocupou em buscar explicações racionais 
para a vida, defendendo a liberdade de pensamentos e escolhas, fazendo duras críticas as 
imposições políticas, morais e religiosas. 
 
KANT 
Teve contato com importantes filósofos empiristas e racionalistas e procurou encontrar um 
caminho entre os dois pensamentos. 
+ Empirismo: Conhecimento que vem da experiência; 
+ Racionalismo: Conhecimento científico 
- Para Kant, devemos aprofundar apenas o que merece ser estudado e contribuí para a ciência. 
+ Descartes dizia o contrário, que devemos desconfiar de tudo, exceto de nossas dúvidas. 
- Para Kant, juízos são formas de conhecimento. 
+ Juízo analítico: forma de conhecimento segura, onde o predicado não altera o sujeito (ex.: Todo 
triângulo tem três lados). 
+ Juízo sintético: forma de conhecimento insegura, onde o predicado altera o sujeito. (Ex.: Aquela 
garrafa é verde, as outras existentes podem não ser). 
+ Juízo sintético a priori: junção entre as duas formas de conhecimento. (Ex.: Todo corpo é 
pesado). Todo corpo tem massa, por isso, pesa. Porém o peso pode variar. 
Kant é um filósofo intencionalista, ou seja, ele analisa não só a conduta, mas também a 
intenção dela. 
• Imperativos: conceitos baseados em nossas ações. 
• Imperativos hipotéticos: ações que são justificadas em um determinado fim ou paixão, 
mas que não necessariamente tem uma racionalidade ética envolvida (ações movidas pelas 
paixões, emoções). Ex.: comprar algo desnecessário, somente por que deseja tê-lo, sabendo que, 
no final do mês, o dinheiro irá fazer falta. 
• Imperativos categóricos: ações movidas pela racionalidade. 
• Ética a priori: julgamento moral que não necessariamente é baseada em um 
aprofundamento da experiência. 
• Moral: conjunto de regras, costumes ou dogmas colocados por uma sociedade. 
• Ética a posteriori: através da razão, conseguimos os preceitos éticos, baseados na ação 
individual, no respeito e na universalidade do conceito. 
• A ética deve estar acima da moral, pois os preceitos éticos devem se universalizar para 
o convívio em sociedade. 
- Conhecimento “a priori” se divide em puros e impuros. Os puros não necessitam do 
empirismo, e os impuros, necessitam de experiência passada. 
- Estética Transcendental é a capacidade de adquirirmos conhecimento de acordo com a 
sensibilidade 
- Lógica Transcendental é a forma como a descrevermos de acordo com nosso entendimento 
Fenômeno é todo objeto que não passa por uma intuição empírica. Forma é aquilo pelo qual o 
objeto tem de diversos. 
- Espaço não pode ser adquirido pela experiência, é a priori. Ele permanece, é uno. De igual forma 
é o tempo. A diferença é que identificamos o tempo internamente, e o espaço externamente. 
HEGEL 
• Filósofo idealista do século XIX. 
• Dialética hegeliana: para toda tese existe uma antítese, e da contradição entre essas 
duas ideias, surge uma síntese. Esse movimento de ideias, para Hegel, transforma o mundo. 
• Fenomenologia do espírito [espírito = consciência]: estudo da consciência. 
• Espírito em si: percepção individual de que existimos. 
• Espírito em outros: a consciência de que vivemos em sociedade. 
• Ser para si (espírito absoluto): consciência absoluta que nos permite viver com harmonia,em sociedade, através de nossa razão. 
• Ao organizarem-se, os seres humanos formam uma sociedade organizada. De acordo com 
Hegel, quando se forma o Estado, este seria a síntese do indivíduo e da coletividade. Ou seja, 
para o filósofo, a criação do Estado é o espírito absoluto alcançado pelas pessoas. 
• O Estado é a síntese de todas as contradições da sociedade; é o resultado que passou 
por todas as formas até chegar ao espírito absoluto 
SCHOPENHAUER 
- Filósofo do século XIX 
- Duras críticas ao idealismo de Hegel 
- Trabalha a ideia de sentimento e bem estar 
- Representação: os objetos são representados de acordo com nossa maneira 
- Somos movidos pela nossa vontade e após saciarmos, resta o vazio e o tédio, nos tornando 
infelizes 
- Através da música buscamos um equilíbrio de nossas vidas. “A música é a vitória do 
sentimento sobre o conhecimento” 
- Influencia de religiões orientais, como o budismo e o hinduísmo, que buscam um equilíbrio 
do viver (Nirvana), através da meditação e dos mantras. 
NIETZSCHE 
Filósofo, poeta, compositor, chegou a ser acadêmico, mas se demitiu. 
· Teve um contato com a obra de Schopenhauer, e com a filosofia grega anterior a clássica. 
· Nietzsche começou estudando a filosofia pré-socrática, em especial com a mitologia grega, 
uma dicotomia, uma fragmentação, uma bipolaridade de deuses, que seriam dois deuses: 
Apolo e Dionísio. 
· Apolo seria o Deus grego da lucidez, harmonia e ordem, enquanto Dionísio seria o deus da 
embriaguez, exuberância e desordem. 
· Para Nietzsche, a nossa humanidade se preocupou mais com os conceitos apolíneos do que 
dionisíacos, nós levamos ao caos, perdendo a humanidade. Nós precisamos procurar um 
equilíbrio entre esses dois deuses. 
· Obra “O anticristo”: o cristianismo é responsável por esse rumo triste em que a humanidade 
tomou, pois se sustenta pelo pecado das pessoas, utilizando a salvação como meio de 
dominação na sociedade. 
· “Deus está morto”: Nietzsche trabalha com a ideia de que nós matamos Deus. O que era de 
mais belo, mais sagrado de nossa humanidade nós matamos. O Deus que nós temos hoje não o 
mesmo Deus das origens dos tempos, pois aquele Deus era um Deus mais belo, mais puro, e nós 
simplesmente o destruímos com a inquisição, com as cruzadas... Matamos em nome de Deus em 
nome de uma razão falha. 
· Para Nietzsche o Niilismo é uma forma de se distanciar dos dogmas impostos pelo 
cristianismo, deixar de crer nessa verdade absoluta, desconstruindo-a e estabelecendo uma 
nova base moral. 
· Obra “Assim falou Zaratustra”: Nietzsche volta nos gregos e fala na ideia da criação de um 
super homem. O super homem está acima do que a sociedade propõe. É aquele que 
compreendeu todo o processo da humanidade e consegue avaliar, propor e dar algo para a 
sociedade de forma mais equilibrada. Esse homem deve tentar levar aos outros a essa 
condição. 
- Ideal Ascético: É uma criação humana para explicar a própria natureza caótica do mundo, dar 
sentido à vida, tentar organizar o caos. 
- Niilismo: é o vazio, a visão cética da realidade e descrença dos valores morais. Absurdo é a 
busca por significado da vida. O niilismo é uma forma de compreender melhor a vida, propondo 
não um fim, mas um meio para eleva a humanidade para uma melhor condição, é uma ponte 
para se chegar ao melhor. 
- Niilismo Negativo: a negação da realidade em detrimento de um mundo superior. Uma clara 
referência ao cristianismo, ao deixar de viver pertencendo a essa realidade, aguardando o juízo 
final ou a vida após a morte. 
- Niilismo Reativo: referente à vida em um mundo imperfeito, que não deveria ser como é. 
Reconhece as imperfeições do mundo, porém há uma adequação a elas. 
- Niilismo Passivo: aceita passivamente a morte de Deus, e não vê outra saída a não ser esperar 
a sua própria morte, vivendo em um mundo imperfeito, injusto e desigual. 
- Niilismo ativo: superação desse mundo imperfeito. Age destruindo os valores já existentes, em 
busca da construção de novos valores. 
- “É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela cintilante.” 
ESCOLA DE FRANKFURT 
- A escola de Frankfurt é uma escola filosófica que surgiu em 1924 departamento de pesquisa 
social da Universidade de Frankfurt, na Alemanha, tendo influência marxista não clássica, pois 
não era ligada a partir dos comunistas. 
- A escola de Frankfurt surgiu no período entre guerras, através de uma obra de seus principais 
nomes como Theodor Adorno e Max Horkheimer, realizando críticas aos regimes fascistas, 
nazistas e soviéticos. 
- Dialética do esclarecimento (Adorno e Horkheimer): O esclarecimento é a necessidade que os 
seres humanos têm de dominar a natureza a seu favor. É a busca pelo conhecimento. Logo, o 
esclarecimento totalitário, pois é utilizado como forma de dominação. 
- Indústria Cultural: Transformamos a cultura em uma grande indústria, onde o principal objetivo 
é atingir o grande público, se tornando uma cultura de massas, e enfim lucrando com ela. 
EX: nazismo era propagado por meio de várias mídias, como cinema, transformando a 
cultura em um meio de manipulação. 
- Em sua obra “A obra de arte na era de sua produtividade técnica” Walter Benjamin, alega que 
a arte tem aura, que representa a sua singularidade, e enquanto a tornarmos mecanizada e a 
copiamos, a aura vai se perdendo. 
WALTER BENJAMIN 
- Assim como uma característica marcante da Escola de Frankfurt, identifica no cinema um 
grande agente da indústria cultural, o diferenciando das artes plásticas e da literatura, pois se 
trata de uma criação coletiva para a sua produção, o que dá uma exigência de atingir grandes 
públicos, se tornando uma cultura de massas, o que foi um fator preponderante para regimes 
totalitários, com apelos nacionalistas, para atingir grande público e propagar ideias. 
Walter Benjamin identifica que o cinema se tornou um objeto importante como fator de 
alienação, principalmente o produzido na grande indústria cultural, como Hollywood e a 
Disney. As artes plásticas, até o século sofreu um processo de transformação, pois os artistas, ao 
concluírem as suas obras, desejavam que elas fossem vistas por uma ou poucas pessoas. Porém, 
com o advento da fotografia, que atingia maior número de pessoas, devido a sua reprodução, os 
artistas necessitaram de atingir maiores mercados, saindo da exclusiva relação com mecenas. 
 
 
MICHEL FOUCAULT 
- Michel Foucault foi um importante filósofo contemporâneo que abordou assuntos diversos em 
sua obra, da história da loucura, dos discursos, arte até o sistema prisional. 
- História da loucura: O louco é para cada sociedade. Não é natural, nem mesmo uma doença, 
mas sim uma definição cultural feita pela sociedade em seu tempo. 
- Idade média V-XV: O louco é um andarilho, um sábio, que tem uma palavra visionária, conhece 
o espaço ao seu redor pois não é um sevo preso aos feudos. Conhece bem mais o mundo, pois 
não é preso e não tem medo de ser livre. 
- Renascimento: a palavra do louco é uma palavra mais restrita, esotérica e não mais visionária, 
como antes. 
- Período clássico (XVI E XVII): O louco tem sua palavra isolada, é julgado por ser errado, é tratado 
muitas vezes como um criminoso, devendo estar confinado. 
- Século XVII em diante: A loucura passa a ser estudada e se torna um assunto da pauta médica. 
- A beleza também varia de acordo com cada sociedade, assim como a loucura. 
- Relações de poder: estamos sempre vivenciando relações de poder que são feitas através de 
normas impostas diariamente por padrões sociais. Estamos enclausurados, deixamos de fazer 
coisas por sermos vigiados: fenômeno do cancelamento na internet 
- Vigiar e punir: Estamos constantemente sendo vigiados nas ruas, escolas, hospitais, na vida em 
geral. 
- Sistema Panóptico é um sistema complexo penitenciário criado pelo inglês Jeremy Bentham no 
séc XVIII, onde a construção da penitenciária de forma circular, com uma torre no centrovigia 
com visão total as celas. Temos medo de descumprir as normas por estarmos sendo vigiados, 
acabamos por ser domesticados. 
- A punição como forma violenta, de modo que o preso caia no ócio, é mais simples e mais barata 
para o Estado. Em contrapartida a readequação do indivíduo, repensando os seus erros para ser 
inserido na sociedade é mais cara. Escolas: passam alunos, mesmo esses não atingindo as 
condições necessárias para aprovação, com o intuito de diminuir os gastos públicos. Reprovar 
significa uma segunda chance para o aluno aprender de fato e ser melhor, não é uma forma de 
castigo. 
VIGIAR E PUNIR DE MICHEL FOUCAULT: SUPLÍCIO E PUNIÇÃO 
- Publicado em 1975 
- Estudo do autor sobre o sistema penal ocidental. Utiliza como ponto de partida as 
transformações políticas, econômicas e sociais da França desde o século XVIII. Obra dividida em 
quatro partes: O Suplício, a punição, a disciplina e a prisão. 
 
- Suplício: Foucault percebeu que o suplício (punição corporal, seguida da intensa dor física e 
humilhação) era constante pelos Estados absolutistas até o século XVIII. A dor do condenado se 
transformava em um verdadeiro espetáculo que os próprios reis proporcionavam para os súditos 
 
- Foucault se questiona sobre os motivos que levaram uma transformação tão radical na forma 
de punir. O espetáculo teatral que era uma condenação em praça pública demostrava a força do 
rei ao punir o corpo do criminoso. Porém, quando o sentenciado conseguia aguentar a tortura, o 
próprio carrasco se tornava alvo de xingamentos dos súditos, invertendo os papéis, e assim, havia 
um tumulto que resultavam no apoio ao condenado. 
- A punição ao corpo continua, pois agora é enclausurada pelo trabalho obrigatório, privado de 
liberdade, a exemplo de casas de detenção repletas de regras, mas a relação castigo-corpo não 
é idêntica ao que se tinha anteriormente. Não é mais o corpo, é a alma, é a privação do intelecto, 
do coração, da vontade. 
 
- Punição: As prisões surgiram a partir do intuito de tornar a punição algo mais sutil, mas não 
pelo objetivo humanizador. Feito pelos reformadores do sistema judiciário em fins do século 
XVIII, século das luzes, Revolução Francesa. Foi uma estratégia para remanejar o poder de punir, 
tornando-o mais eficaz e de menor custo econômico. 
 
Questionamento: será se queremos apenas punir a sociedade ou queremos transformá-la 
também? 
 
Disciplina: O objetivo da disciplina é estabelecer corpos dóceis e obedientes. Ou seja, corpos 
fáceis de serem ensinados. O corpo está em constante disciplina, se orientando pelo tempo nas 
fábricas, nas prisões, instituições religiosas e quartéis, além de seguir uma cartilha usual de como 
se deve comportar. A disciplina diminui a potência, capacidade, fica sujeita à restrição. 
 
-Prisão: é um aparelho disciplinar exaustivo e ininterrupto. Há um isolamento do indivíduo, 
que pretende fazer com que haja uma reflexão pelo remorso. 
 
- Foucault levanta dados desde o século XIX até o século XX, que apontam que o processo de 
disciplina e prisão não renderam uma diminuição na criminalidade, apontando as contradições 
desse método. A detenção provoca a reincidência; depois de sair da prisão se têm mais chances 
que antes de voltar para ela. 
- Foucault aponta que estamos distantes de resolver o problema que assola o sistema judicial e 
carcerário, visto que as reformas feitas não eliminaram os problemas, mas transformaram em 
outros problemas, muitas vezes até maiores e mais complexos. 
 
JURGEN HABERMAS 
 
- Jürgen Habermas é um sociólogo alemão nascido em 1929 que pertenceu a segunda geração 
da escola de Frankfurt.: Foge do pessimismo da primeira geração da escola de Frankfurt 
 
- Crítica a primeira geração da escola de Frankfurt: Habermas alega que Adorno e Horkheimer 
confundiram a razão, sendo apenas instrumental, ou seja, uma forma de se adquirir 
conhecimento para obter poder. 
 
- Teoria da ação comunicativa: o diálogo/comunicação é a forma na qual mais nos expressamos, 
e por isso não pode ser reduzida a uma razão instrumental. O diálogo deve buscar um consenso 
através da ética para construirmos a sociedade. 
 
- Democracia deliberativa: A democracia deve ser construída através do diálogo, com espaços 
para os debates onde tiramos os consensos. Devemos ser livres para nos comunicar. 
 
- Pretensão de inteligibilidade: devemos ser claros e de fácil entendimento. 
 
- Pretensão de verdade: precisamos buscar e dialogar com a verdade: FAKE NEWS 
 
- Pretensão sinceridade: devemos ser sinceros ao expormos ideias. 
 
- Pretensão de correção normativa: devemos ser corretos nos contextos de normas e valores: 
Não fugir do contexto 
 
ZYGMUNT BAUMAN 
 
Nasceu na Polônia em 1925, em uma família de judeus. Em 1930 fugiu para URSS, devido a 
invasão nazista na Polônia. Serviu o exército vermelho durante a 2ª Guerra Mundial e retornou 
ao país de origem onde se formou em Sociologia em Varsóvia. Foi crítico ao governo de Stálin e 
concretizou a sua carreira como grande nome da sociologia na Inglaterra. Faleceu em 2007 
 
Modernidade Sólida: iniciada nos séculos XIV E XV, tendo seu apogeu nos séculos XIX e XX. Trata-
se de uma metáfora para caracterizar um mundo concreto, definido e sólido, onde as estruturas 
capitalistas funcionavam de forma prática através das certezas. 
As tradições religiosas eram bem enraizadas na sociedade. É fácil de entender 
 
A transição se deve na segunda metade do século XX, devido a várias transformações ocorridas 
no mundo 
 
Socialismo soviético entra em crise, o muro de Berlim é derrubado, a economia passa por um 
processo de globalização, sendo que o que afeta um país, pode afetar o mundo todo. 
Estados Nacionais reduzem sua atuação, dando lugar às empresas Multinacionais e 
Transnacionais. 
Internet é fundamental para tornar a cultura globalizante, pois deixamos de procurar notícias 
apenas em fontes oficiais. 
 
Modernidade Líquida ou Pós Modernidade: é uma metáfora para definir o novo mundo em que 
a modernidade vive, pautada não mais nas relações concretas, mas em algo incerto e indefinido. 
A sociedade é agora imprevisível, individualista e não sólida. As relações afetivas tradicionais são 
colocadas em xeque. 
As redes sociais transforam a nossa relação para com o outro em relações superficiais e 
instantâneas . 
O trato com a morte também é transformado. 
Questões sociais são ampliadas e debatidas 
 
O QUE É DIALÉTICA EM PLATÃO, ARISTÓTELES, HEGEL E MARX 
Platão afirma que a dialética é um conjunto de perguntas e respostas. Dialética platônica é um 
mundo onde você, através do diálogo, da razão, você chega a verdade. Platão dizia que o mundo 
inteligível, onde nós já vivemos, e nós caímos neste mundo sensível, e tudo que temos aqui são 
cópias imperfeitas do mundo inteligível. O mundo sensível não gera conhecimento, esse 
conhecimento vem do mundo inteligível. Quando fazemos algo aqui, estamos na verdade 
lembrando, mais ou menos, do mundo inteligível. É imperfeito por não lembramos de tudo. 
• Para Platão, aqueles que conseguem utilizar da razão, através do seu método dialético, 
conseguem, de fato, lembrar do mundo inteligível, isso é um processo de reminiscência. Em 
suma: quando caímos aqui é Amnésia, quando lembramos é reminiscência. Para Platão são os 
filósofos que são capazes disso. 
• Esse conceito pode se transformar ainda na Grécia antiga com Aristóteles. Segundo ele a 
dialética é a lógica do provável, do que não pode ser demonstrado. O provável é o que parece 
ser aceitável para a maioria ou para um grupo de notáveis. Não é algo 100% seguro, pois a 
discursão de ideias nem sempre é passível de ser provado. 
• Durante a Idade Média (V-XV) os debates sobre a Dialética foram reduzidos, visto que os 
filósofos tinham preocupação em defender a verdade sendo Deus. 
• No século XIX, o alemão Friedrich Hegel definiu a Dialética como uma forma de pensar a 
realidade em constante transformação, através da Tese, que é questionada pela Antíteseposteriormente, gerando a Síntese. A sínteses se torna uma nova tese, uma vez que outras 
antíteses irão questioná-la. Dialética é a contradição do ser. 
• Karl Marx, partia do concreto para o abstrato, pois as relações de classes são Dialéticas, tendo 
os proletários vendendo a sua forma de trabalho para os detentores dos meios de produção, que 
por sua vez, ficavam com todo o lucro, de forma contraditória. A contraposição está exatamente 
no fato de o trabalhador dar o suor e receber “nada”, perto de quem em nada gastou de sua 
energia (os patrões) e ficar com quase todo o lucro. 
HANNAH ARENDT 
 
- Filósofa judaica, nascida na Alemanha em 1906. Foi proibida de lecionar com ascensão do 
nazismo. 
 
- Ralé: fundamentalmente um grupo no qual são representados resíduos de todas as classes. A 
ralé brada sempre pelo homem forte, o grande líder. Está em todas as classes, mas pouco se 
importa com a política ou as questões ideológicas. Geralmente apreço pela violência do mais 
forte sobre as minorias, recusando o diálogo, se orgulhando de não pertencer ao que ela entende 
não ser nenhum lado do sistema. A sua única forma de apego é com a nacionalidade, por isso 
passa a defender discursos extremos, inflamados pela pátria 
 
Bertolt Brecht: o pior analfabeto é o analfabeto política 
- Arendt recusa a ideia defendida de que a perseguição e o ódio ao povo judeu se justificam por 
tradição milenar. 
 
- Muitos judeus recusaram a nacionalidade, por não se identificarem a formação dos Estados 
Nacionais, preferindo permanecer fora da concepção de Nação. 
- Antissemitismo: aversão aos judeus 
Em tempos de guerra, os judeus prestavam serviços para o Estado, e por não terem identificação 
com nenhuma nação, desempenhavam muito bem o seu papel nas relações internacionais. 
Com o imperialismo, os meios de se buscar recursos e acumular capitais aumentou. Assim, o 
Estado passou a encontrar interesse nas relações comerciais e a deixar os judeus de lado. 
 
- O movimento autoritário se diferencia do totalitário, pois no primeiro se mantém uma liberdade 
de pensamento, mesmo que restrita, sendo sujeita a tortura e prisões, já o segundo exclui 
totalmente os individualismos das classes, fazendo com que a sociedade pense apenas de uma 
forma, líderes e massas. 
Em sua obra, Hannah identifica duas sociedades totalitárias: o bolchevismo de Stálin na URSS e 
o Nazismo na Alemanha. 
Para ela, o totalitarismo é dependente das massas, por isso, se desenvolve em grandes 
populações. 
 
- As massas, diferente das Ralé do século XIX, não reproduzem apenas os discursos das elites, 
mas de todas as classes a quem pertencem, acabam assumindo o discurso inflamado dos líderes 
e se esquecendo de lutar pelo próprio bem estar, se tornando um só. 
 
- O totalitarismo em uma sociedade de massas exclui qualquer anseio das Classes, agindo através 
da forte propagando de forma psicológica, potencializando o fanatismo, eliminando qualquer 
motivação política e individual. 
 
Movimento Totalitário atinge a sociedade como um todo, desde as ações políticas, econômicas, 
até a polícia, o campo de trabalho e a vida privada. 
O Estado Totalitário não reconhece qualquer diferença entre as leis e ética, visto que as leis 
deveriam ser construídas por interesses coletivos, enquanto a ética como valores individuais. 
Aqueles que pensam diferente, não tem vez, e a única forma encontrada para se libertar é a 
morte, o suicídio. 
 
EXISTENCIALISMO 
 
• A Filosofia Existencialista surgiu no século XIX, através de Kierkegaard e Nietzsche, mas chegou 
ao século XX, principalmente através do francês Jean-Paul Sartre. 
 
Os filósofos existencialistas tem diferenças teóricas, mas o que os aproxima é o foco de seus 
estudos nos seres humanos, em seus sentimentos e em suas vidas, enquanto seres individuais. 
 
• Como característica marcante do existencialismo, temos a concepção sobre o Absurdo 
(ausência de um propósito), que não há sentido no mundo a ser encontrado, além do significado 
que damos a ele. Somos livres para tomar decisões. 
 
Filósofos existencialistas 
• Soren Kierkegaard era cristão, considerado pai do Existencialismo. Para ele, o objeto de estudo 
parte do concreto, da nossa existência, e não do abstrato. Nós damos sentido a nossa existência. 
Porém, conseguimos suprir os vazios da vida através da fé em Deus. 
 
• Friedrich Nietzsche questionou a existência de Deus e criticou o excesso de razão, que por fim 
nos levou ao mundo caótico em que vivemos. 
 
• Jean-Paul Sartre foi o filósofo que mais procurou propagar a filosofia existencialista definindo 
que “A existência precede a essência”. Ou seja, o ser humano primeiro existe e depois define a 
sua própria essência, a sua vida, e não Deus, ou nenhuma outra forma preconcebida. Assim,cada 
um responde pelos seus próprios atos. As nossas escolhas podem causar nossas angústias, pois 
podem afetar o mundo de maneira irreversível. Para Sartre, os intelectuais devem desempenhar 
um papel ativo na sociedade, contribuindo para o uso de nossa consciência e escolhas de forma 
adequada. 
 
SOREN KIERKEGAARD E O EXISTENCIALISMO CRISTÃO 
- Seu objeto de estudo era a angústia e a vida pessoal, pautada na liberdade do indivíduo em suas 
escolhas subjetivas. Por isso, faz críticas a razão de Hegel, que era pautada no idealismo. 
Discutem qual o propósito da vida da pessoa enquanto indivíduo. 
 
- Kierkegaard define que passamos por três estádios, ou modos de vida. São eles: o estético, o 
ético e o religioso. 
 
Estádio Estético: a busca constante pelo prazer, uma vida pautada no hedonismo, focada 
principalmente nos desejos sexuais. Para ele, quanto mais buscamos a vida estética, de 
aparências e prazeres, maior será o nosso vazio, e mais difícil de preenchê-lo, aumentando a 
nossa angústia. 
 
Estádio Ético: absorção de leis morais externas, se caracterizando pelo casamento, quando o 
indivíduo assume responsabilidades e usufrui do prazer de forma limitada. Esse estádio faz com 
que o indivíduo reflita sobre a sua existência, desde o estádio anterior, trazendo arrependimento 
a sua vida até aqui 
 
Estádio Religioso: caracterizado pela fé em Deus, buscando individualmente, sem a presença de 
leis morais (dogmas) ou instituições. O indivíduo que atinge o estádio religioso é, para 
Kierkegaard, a exceção da sociedade, pois não vive através de imposições externas. 
 
 
MARTIN HEIDEGGER 
 
- Importante filósofo alemão que contribuiu com a fundação do pensamento existencialista, 
filiado ao Partido Nazista em 1933, mas, por divergências, passa a se opor até o final da Segunda 
Guerra Mundial. 
 
- Através de sua obra "Ser e Tempo", Heidegger deixa claro que o foco de seus estudos é o SER, 
que não é definido, se diferenciando do ENTE, cuja existência é concreta e definida (coisa). 
 
- Para Heidegger, nós somos Dasein, (Sein=Ser/ Da=Aí). Ou seja, somos seres no mundo, com 
diversas possibilidades, somos jogados no espaço e no tempo de alguma forma, e passamos a 
viver essas possibilidades, até a nossa morte. 
As possibilidades não são infinitas, pois não escolhemos o local que nascemos, nem o tempo. O 
homem só existe no mundo e em relação ao mundo. 
 
- Heidegger define a existência autêntica, compreendendo as possibilidades que podemos 
buscar, se opondo a uma vida inautêntica (Dasman), que se deixa levar pela maioria, não 
compreendendo a sua capacidade de ser, de pensar, de viver. Aquele que tem uma existência 
autêntica compreende a morte como condição para a nossa humanidade. 
 
- O Ente, não morre, pois como ele é definido e concreto, apenas cessa a sua existência. Já o Ser, 
morre, pois compreende as suas diversas possibilidades sendo um dia limitadas pela morte. A 
forma como lidamos com tais situações define a nossa existência. 
 
O QUE É SUBSTÂNCIA 
 
É um conceito Metafísica, segundo Aristóteles é aquilo que permanece nas coisas, que não se 
altera de acordo com as transformações. 
A substância está ligada a realidade das coisas, a matériae as sensações. Para Aristóteles, "o ser 
se diz de diversas maneiras". Por isso, não existe uma única substância que está contida em tudo 
do universo. 
Teoria das causas: Causa Formal, Causa Material, Causa Eficiente e Causa Final 
 
Ainda em Aristóteles, a Substância é composta por Essência e Acidentes. 
Essência é o que identifica algo necessário à existência da Substância (somos seres humanos, 
portanto, mamíferos, bípedes e racionais) 
Acidente é o acaso, o que pode variar entre as coisas e não é algo que define de forma necessária 
a Substância (etnia, estatura, peso). 
 
Existem aqueles filósofos que definem a Substância Monista, sendo única em todos os seres, 
sendo animados ou inanimados, como os neoplatônicos monistas, que acreditavam ser Deus a 
substância. E Baruch Espinoza, filósofo racionalista do século XVIII, que acreditava que ela era 
infinita e indivisível, por isso, Deus e Natureza contém a mesma substância. 
 
PROTÁGORAS DE ABDERA 
 
Foi um sofista, dos mais notáveis sofistas de Atenas, se identificando com o conceito de sofismo 
(sábio), mas que ao longo de sua vida, teve de se refugiar na Sicília, acusado de agnosticismo, 
alegando que a razão humana não é capaz de provar a existência ou não de Deus. 
 
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não 
são, enquanto não são" : Verdades são particulares 
 
Esse conceito define para os sofistas a relação com o relativismo, alegando não haver verdades 
maiores, como Sócrates defendia, e sim relações particulares com o mundo. Por isso, também 
identificamos influência do pensamento de Heráclito de Éfeso, quando o filósofo pré-socrático 
afirmava que 'Tudo flui, nada permanece". Porém, em Protágoras, esse exemplo se estende não 
apenas as coisas materiais, mas também para o campo da política, religião, entre outros. 
 
Para Protágoras, ao fazermos discursos, temos por objetivo a comunicação, e quando esse 
discurso encontra consenso, temos um Discurso Forte. Por isso, as ideias sofistas, penetram 
muito bem na Democracia ateniense, em meio as assembleias. 
 
Protágoras foi também título de um dos diálogos de Platão, ao qual tecia as suas críticas a 
maneira como os sofistas viviam, que segundo ele, ensinando a discursar no contexto político de 
Atenas, e não buscando a verdade. 
 
GÓRGIAS DE LEONTINOS 
 
- Um dos mais importantes pensadores da escola logística, nascido na Sicília, levou seus 
conhecimentos para a ática, chegando a Atenas, onde se tornou conhecido pela sua retórica 
teatral, ao qual se manifestava em público e ao ceticismo em relação a razão. 
Em "O Tratado do Não Ser", Górgias afirma que nada existe, e se existisse, seria incognoscível 
(impossível de conhecer), se fosse cognoscível, seria impossível de transmitir a outros, e as coisas 
que vemos ou ouvimos, são representadas, e não expressam o conhecimento da realidade. 
 
O mundo ao redor são representações 
 
A alma é passiva, recebendo de fora as percepções, as imagens, os sentidos e por fim, a 
linguagem. Por isso, toda alma é passível de ser persuadida por discurso, e esse discurso não 
expressa a exata experiência que o orador teve. Por isso, para Górgias, tudo é falso, diferente de 
Protágoras, que afirmava que tudo era verdadeiro em particularidades, de pessoa pra pessoa. 
 
SCHOPENHAUER, NIETSCHE E HEIDEGGER NA 3ª TEMPORADA DE DARK 
 
"O homem é livre para fazer o que quer, mas não para querer o que quer" 
Em Schopenhauer: Nós, seres humanos somos guiados pela nossa vontade, e essa vontade na 
maioria das vezes é movida de forma passional e não só pela razão. Isso nos faz tornarmos 
pessoas infelizes, pois quando buscamos esse algo e o conquistamos, iremos querer mais, e 
assim, não paramos de buscar. Nós somos seres passionais. 
 
Em Nietzsche, vemos o Eterno retorno, a ideia do ciclo que mantém e reproduz a moral, que 
segundo Nietzsche, é a moral cristã. Para quebrar esse ciclo, é preciso o surgimento do super 
homem, que vai destruir com um martelo esse ciclo e levar a humanidade a uma forma melhor. 
Pulseira cobra comendo a sua própria cauda. 
 
O Niilismo Ativo: aqueles que compreendem a imperfeição da sociedade, mas não como uma 
forma de se conformar com o fim, e sim de buscar compreender melhor a vida e enfim, mudá-la. 
 
Em Heidegger e sua obra Ser e Tempo, o Ser é indefinido. Somos DASEIN (ser que está aí), no 
mundo, com várias possibilidades. Essas possibilidades não são infinitas, pois não escolhemos 
quando, nem onde nascemos. Assim, só existimos no mundo e em relação ao mundo. (Martha e 
Jonas desaparecem, pois, seus mundos desaparecem) 
 
Ainda em Heidegger, há o conceito da Experiência Autêntica, pois aqueles que compreendem 
essas possibilidades são autênticos, e enfim, sabem lidar com a questão da vida e morte. 
 
HÍPIAS DE ÉLIS, O SOFISTA POLÍMATA DA GRÉCIA CLÁSSICA 
 
Contemporâneo de Sócrates e Platão 
Se dizia conhecedor de diversas áreas, como a música, filosofia, história, pintura, astronomia e 
matemática. Por isso se caracterizava como um Polímata (alguém que tem amplos 
conhecimentos),e através da mnemotécnicas (arte de estimular a memória), conseguia dialogar 
sobre diversos assuntos, inclusive, ensinar a vencer debates. 
 
Hípias acreditava que a natureza era composta de múltiplas e diferentes coisas, mas que 
compunham uma totalidade, e assim, a verdade existe, mesmo que não tenhamos conhecimento 
total dela. 
 
Ele faz uma distinção entre natureza (physis) e a lei (nomos), pois, segundo ele, as leis 
estabelecem um limite para nossa compreensão. Para ele, a natureza cria uma sociedade que a 
mesma destrói. A natureza é um fator de união entre os homens e as leis se contrapõe, sendo 
um fator de divisão 
 
Quando as leis não são aplicadas de forma adequada elas separam a sociedade 
 
 
O SOFISTA PRÓDICO E A ÉTICA HERÓICA 
 
As instruções que Pródico passava a seus discípulos, os ensinando a vencer debates, eram 
baseados em questões éticas, como por exemplo, uma fábula sobre Héracles (Hércules), o herói 
grego, que se depara com decisões importantes em sua adolescência, de buscar a felicidade por 
um caminho fácil ou pelo caminho da excelência (Aretê). A fábula contada por Pródico é descrita 
por Xenofonte, em sua obra Memorábilis (Memoráveis). 
 
Se queres que a terra te dê frutos em abundância, terás de cuidar da terra; Se queres que o teu 
corpo seja forte, tens de o habituar a submeter-se à inteligência e exercitá-lo com esforço e suor. 
 
Na questão religiosa, Pródico relacionava a civilização a natureza e a ação do divino, 
considerando como deuses, o céu, a terra, a água, o fogo, a lua e o sol, e esse conceito de divino, 
se transformava na substância necessária para a vida dos homens. A adoração dos homens aos 
deuses era em relação a praticidade que beneficiava a existência. 
 
 
O CETICISMO FILOSÓFICO DE PIRRO DE ÉLIS 
 
Importante filósofo do período helenístico, tendo acompanhado Alexandre Grande como pintor 
em uma viagem para a índia, onde conheceu sábios e se interessou a aprofundar em seus estudos 
filosóficos que convergiam na criação da escola do ceticismo. 
 
O ceticismo filosófico de Pirro se baseia em três perguntas sobre as ações humanas: 
A primeira questão é como as coisas realmente são: Segundo o filósofo, não podemos saber a 
verdade das coisas, pois vivemos em um mundo de aparências. Existe sim, uma verdade, mas 
inatingível por nós. 
 
A segunda pergunta consiste em como estamos em relação as coisas e a determinadas situações. 
Estamos com medo, com vontade, entusiasmados ou indiferentes? 
 
A terceira pergunta consiste em o que acontecerá conosco se tomarmos uma determinada 
atitude? Para Pirro, se tomarmos a atitude da suspensão dos juízos, teremos uma mente 
tranquila, atingindo a Ataraxia, ou seja, a ausência de inquietude e preocupação. Afinal, 
precisamos sair dos julgamentos entre o certo e o errado, ou do bem e do mal. 
- Defende a indiferença e a impossibilidade de obter alguma certeza.A FILOSOFIA DE EPICURO E A BUSCA PELA FELICIDADE E ATARAXIA 
 
Epicuro foi um filósofo helenístico do século V a.C, fundador da doutrina filosófica epicurista, 
desenvolvida em sua escola, O Jardim. 
 
A filosofia epicurista se constitui em uma doutrina prática, na busca pelo prazer de viver, sem 
excessos, para se chegar a Ataraxia (Ausência de inquietude), e essa busca depende de nós seres 
humanos. 
 
Para Epicuro, temos três formas de desejos, e devemos dar mais importância aos primeiros, 
denominados: 
1. Desejos Naturais e Necessários: comer, dormir e beber água 
2. Desejos Naturais e não necessários: como comer em excessos 
3. Desejos Não Naturais e Não Necessários: como por exemplo a cobiça, inveja, o consumo. 
 
Para Epicuro, as coisas, as nossas almas e nossos corpos são formados por pequenas partículas, 
os átomos, que se movimentam de forma tênue, criando outros corpos e outras formas. Assim, 
quando morremos, os átomos se separaram, e perdendo os sentidos, as sensações; por isso, a 
alma representa o nada e consequentemente, não podemos temer os deuses, que existem, mas 
não tomam conhecimento de nós, seres humanos. Para ele, precisamos superar o medo da 
morte. 
 
 
A FILOSOFIA HELENÍSTICA DO CINISMO, DE DIÓGENES 
 
O cinismo foi uma corrente filosófica fundada por Antístenes, Diógenes de Sinope, o seu 
discípulo. 
Assim como outras escolas helenísticas, o Cinismo tem como característica, a busca pela 
eudamonia (estado de clareza/felicidade do ser), diferenciando-se na forma de buscá-la. 
 
Etimologia: Kinikos (cão), que tem no contexto principalmente de Atenas, um insulto aqueles que 
não eram cidadãos, mas que também foi levado pelos próprios cínicos como o meio de vida, nas 
ruas, vivendo apenas o necessário: Viver como cão, buscando somente o necessário 
 
No cinismo, existe uma dura crítica aos valores morais do mundo grego, pois para eles, o meio 
de vida para atingir a eudamonia, se dá através das virtudes dos próprios seres humanos. Ou 
seja, as nossas capacidades, que nos diferenciam de outros animais, e através da Physis 
(natureza), nos distanciando de bens materiais e até mesmo de nossos próprios sentimentos, 
que podem nos trazer tristezas. Por isso, há um desprendimento do amor, pois não há 
necessidade amar outros para viver e até mesmo a superação do medo da morte. 
 
A maior virtude que podemos levar é o conhecimento, e este é adquirido através de nossas vidas 
e ações. Por isso, o Cinismo se diferencia da ideia de outros filósofos, como Platão, por exemplo, 
que foi contemporâneo a Diógenes, pois Platão sistematizava como atingir o mundo inteligível, 
e o cinismo jamais se preocuparia com tal objetivo. 
 
O ESTOICISMO DE ZENÃO DE CÍTIO 
 
Estoicismo foi uma escola filosófica helenística, difundida inicialmente por Zenão de Cítio, mas 
que permaneceu influente no mundo antigo por quase cinco séculos, até o Império Romano, e 
perdendo força com a propagação do cristianismo. 
 
Zenão divide os seus estudos em três partes, a começar pela Lógica 
A Lógica resume a busca pela verdade, que organiza o pensamento e filtra tudo que pode ser 
necessário e deve ser estudado. 
 
A física em Zenão é monista (regida por um princípio único) e Panteísta (proximidade de Deus). 
Ou seja, tudo que existe, pertence apenas a uma força cósmica (Deus). Logo, unindo a Lógica, há 
um movimento racional da natureza, e não aleatório, como acreditavam os epicuristas. 
 
Sobre a Ética, Zenão acreditava que a busca pela ataraxia (ausência de inquietude), vinha de 
nossas virtudes em lidar com a natureza, não nos preocupando com o que não podemos 
interferir, como a morte, o envelhecimento e as opiniões alheias. Essa concepção também se 
difere do Epicurismo, visto que Epicuro defendia a busca pela ataraxia através dos prazeres, e 
não das virtudes.

Continue navegando